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31/08/2017

Psicoterapia Cognitiva
Apresentação da disciplina

Prof. Marcelo Gonçalves

Bibliografia

• Judith Beck – Terapia Cognitiva: Teoria e prática


• Cristiano Nabuco – Psicoterapias Cognitiva e
Construtivista (cap. 10, 16)
• Aaron T. Beck – O poder integrador da Terapia
Cognitiva (cap. 1)
• Oscar Gonçalves – Psicoterapia Cognitiva Narrativa:
manual de terapia breve (cap.1, 2, 3)
• Marilene Grandesso – Sobre a reconstrução do
significado (cap. V, itens 2.1,2.2,2.3,3.1,3.2,3.3)
• Ricardo Franklin Ferreira – Construtivismo: um
momento de síntese ou uma nova tese?

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Avaliação
 12 questões
◦ 10 múltipla escolha (60% da prova, cada questão vale
0,6)
◦ 2 dissertativas (40% da prova, cada questão vale 2
pontos)

Conteúdo da avaliação é baseado nos textos da


bibliografia apresentada.

Não se basear apenas nos slides da aula.


Não está autorizado gravar as aulas!!

Teoria da Terapia Cognitiva

Marcelo Peixoto Gonçalves


Esp. Psic. 06/62391

Bibliografia: Beck AT, Alford BA. O poder integrador da terapia cognitiva. Porto Alegre. Artmed. 2000 – cap. 1

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Desenvolvimento inicial da TC
 1956 – Aaron Beck

 Na tentativa de dar base


empírica para formulações
psicodinâmicas, encontrou
algumas anomalias (fenômenos
inconsistentes com o modelo
psicanalítico).
 A conceituação psicanalítica afirma que os
pacientes deprimidos manifestam hostilidade,
expressada como masoquismo ou uma
necessidade de sofrer.

 Em respostas a experiências de sucesso os


pacientes deprimidos pareciam melhorar em
vez de resistir a tais experiências.

Desenvolvimento inicial da TC
 A partir desta constatação novos estudos
empíricos e observações clínicas foram feitas na
tentativa de entender as anomalias.

 Como resultado gerou uma reformulação da


depressão como um transtorno caracterizado
por uma profunda tendência negativa.

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Desenvolvimento inicial da TC
 O conteúdo fenomenal desta tendência incluía:

1. expectativas de resultados
negativos na esfera pessoal
2. visão negativa do self
3. visão negativa do contexto
4. visão negativa dos objetivos

Desenvolvimento inicial da TC
 Ao mesmo tempo foram feitas tentativas de
modificar o conteúdo e as distorções cognitivas
negativas.

 Resultando no desenvolvimento e avaliação de


estratégias terapêuticas.

 Assim o modelo foi aplicado a outros transtornos


para testas os limites da nova formulação.

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Desenvolvimento inicial da TC
 Resumindo:
1. A TC originou-se de uma tentativa de
testar os princípios teóricos específicos da
psicanálise.

2. Quando tal evidência não surgia, outras


explicações eram consideradas.

3. Assim, a TC desde o começo foi


impulsionada por interesses teóricos.

Aprofundando conceitos da TC
 A teoria cognitiva clínica consiste em:
1. Os terapeutas cognitivos não excluem e não podem excluir
pessoas significativas das sessões de terapia quando conflitos
dominam as queixas de um paciente.

2. O contexto ambiental não pode ser ignorado quando a


conceitualização cognitiva indica falhas nas construções
pessoais com consequências comportamentais ou conflitos
reais entre consequências a curto prazo X longo prazo.

2. A terapia cognitiva não despreza foco nas questões


inconscientes quando a avaliação clínica revela traumas
primitivos não resolvidos com relacionamentos com pessoas
significativas.

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Aprofundando conceitos da TC
 A teoria cognitiva articula a maneira através da
qual os processos cognitivos estão envolvidos
na psicopatologia e na psicoterapia efetiva.

 O foco da teoria cognitiva incide sobre os


fatores cognitivos da psicopatologia e da
psicoterapia. Os conceitos cognitivos
complementam ideias como:
a. Motivação inconsciente – teoria psicanalítica
b. Reforço ou condicionamento - behaviorismo

Aprofundando conceitos da TC
 Na teoria cognitiva a natureza e a função do
processamento de informação ( atribuição de
significado) constitui a chave para entender o
comportamento mal-adaptativo e os processos
terapêuticos positivos.

 Através da conceitualização cognitiva fornece


estratégias para corrigir esses conceitos.

 A teoria é essencial para a prática clínica!

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Aprofundando conceitos da TC
 A teoria cognitiva de psicopatologia considera a
cognição a chave para os transtornos psicológicos.

 COGNIÇÃO é: aquela função que envolve


deduções sobre nossas experiências e sobre a
ocorrência e o controle de eventos futuros.

 Sugere a importância da percepção fenomenológica


das relações entre os eventos.

 A cognição inclui o processo de identificar e prever


relações complexas entre eventos, de modo a
facilitar a adaptação a ambientes passíveis de
mudança.

Axiomas da Terapia Cognitiva


Introdução

Karl Popper (1959)


“Poucos ramos da ciência tem um sistema teórico e bem
construído, que lhe dê legitimidade.”

Axiomas:

▪ são verdades inquestionáveis universalmente válidas,


muitas vezes utilizadas como princípios na
construção de uma teoria ou como base para uma
argumentação.

▪ Um sistema axiomático é o conjunto dos axiomas que


definem uma determinada teoria e que constituem as
verdades mais simples a partir das quais se
demonstram os novos resultados dessa teoria.

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Aprofundando conceitos da TC

 Os axiomas devem:
1. estar livres de contradições.
2. ser independentes (não depender de outro).
3. suficientes para permitir a dedução de todas as
informações pertencentes à teoria.
4. ser necessários para a derivação das afirmações
pertencentes à teoria.

Os 10 Axiomas da TC
1º Axioma

 O principal caminho do funcionamento ou da


adaptação psicológica consiste de estruturas de
cognição com significado, denominadas
esquemas.

 Significado: refere-se à interpretação da pessoa


sobre um determinado contexto e da relação
daquele contexto com o self.

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Os 10 Axiomas da TC
2º Axioma

 A função da atribuição de significado


(tanto automático como deliberativo) é
controlar os vários sistemas psicológicos
(ex., comportamental, emocional, atenção e memória).

 Portanto, o significado ativa estratégias


para adaptação.

Os 10 Axiomas da TC
3º Axioma

 As influências entre sistemas cognitivos e


outros sistemas são interativas.

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Os 10 Axiomas da TC
4º Axioma

 Especificidade do conteúdo cognitivo.

 Cada categoria de significado tem


implicações que são traduzidas em
padrões específicos de emoção, atenção,
memória e comportamento.

Os 10 Axiomas da TC
5º Axioma

 Embora os significados sejam construídos pela pessoa,


em vez de serem componentes pré existentes da
realidade, eles são corretos ou incorretos em relação a
um determinado contexto ou objetivo.
 Quando ocorre distorção cognitiva ou preconcepção, os
significados são disfuncionais ou maladaptativos (em
termos de ativação de sistemas)1
 As distorções cognitivas incluem erro:
- no conteúdo cognitivo (significado)
- no pensamento cognitivo (elaboração de significado)
- em ambos.
1- Haaga e Beck (1995)

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Os 10 Axiomas da TC
6º Axioma

 Os indivíduos são predispostos a fazer


construções cognitivas falhas específicas
(distorções cognitivas).
 Estas predisposições são denominadas de
vulnerabilidades cognitivas.
 As vulnerabilidades cognitivas específicas
predispõem as pessoas a síndromes
específicas; especificidade cognitiva e
vulnerabilidade cognitiva estão inter-
relacionadas.

Os 10 Axiomas da TC
7º Axioma

 A psicopatologia resulta de significados


maladaptativos construídos em relação
ao:
- self
- contexto ambiental (experiência)
- futuro (objetivos)
Que juntos são denominados de tríade
cognitiva.

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Os 10 Axiomas da TC
7º Axioma - continuação

 Cada síndrome clínica tem significados maladaptativos


característicos associados com os componentes da
tríade cognitiva. Exemplo:
- Depressão – todos os três são interpretados negativamente.

- Ansiedade – o self é visto como inadequado (devido a


recursos deficientes), o contexto é considerado perigoso e o
futuro parece incerto.

- Raiva e nos transtornos paranóides – o self é visto como


sendo maltratado ou abusado pelos outros e o mundo é
visto como injusto e em oposição aos interesses da pessoa.

Os 10 Axiomas da TC
8º Axioma

 Há dois níveis de significado:


1. o público ou objetivo de um evento, que pode
ter poucas implicações significativas para um
indivíduo.
2. o pessoal ou privado. O significado pessoal ao
contrário do significado público, inclui
implicações, significação, ou generalizações
extraídas da ocorrência do evento
- O significado pessoal corresponde ao conceito
de “domínio pessoal” (o quanto eu me percebo)
(Beck,1976, p.56)

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Os 10 Axiomas da TC
9º Axioma

 Há três níveis de cognição:


1. o pré-consciente, o não-intencional, o automático
(pensamentos automáticos).
2. o nível consciente.
3. o nível metacognitivo, que inclui respostas “realísticas”
ou “racionais” (adaptativas). (pensar sobre pensar)

Os níveis conscientes são de interesse primordial para a


melhora clínica em psicoterapia.

Os 10 Axiomas da TC
10º Axioma

 Os esquemas evoluem para facilitar a


adaptação da pessoa ao ambiente.
• são estruturas teleonômicas. (padrão de
comportamento que tem função um propósito evidente ou
inferido)
• não é nem adaptativo nem mal adaptativo
em si.
• apenas em relação a/ou no contexto do
ambiente social e físico mais amplo no qual
a pessoa está.

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O modelo cognitivo de processamento de


informação e de determinação do
comportamento

Histórico de
Organização Cognitiva Aprendizagem
(componente estruturais) (componentes experienciais)
Esquemas específicos Experiências anteriores relacionadas
aos esquemas específicos

Situação Atual

Crença
pré-existente

Processamento
Esquemático (de
significado)
Comportamento Interpretação da situação em termos
de esquemas específicos

Ativação de Sistemas Interpetação


Ativação de formas dentro de Consciente ou Inconsciente
sistemas cognitivos, afetivos e
motivacionais

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A natureza construtivista do significado

 Beck (1979)

“O significado que uma pessoa atribui a uma


situação, ou a forma como um evento é
estruturado (ou construído) por uma pessoa,
teoricamente, determina como aquela pessoa se
sentirá, e se comportará. Por outro lado, a
teoria cognitiva não apenas sugere
a‘construção’ da realidade; ela também
postula a especificidade do conteúdo cognitivo,
no qual respostas emocionais específicas
(normais e anormais) são associadas com
diferentes tipos de construções.”

A natureza construtivista do significado

 Assim, o comportamento humano normal, teoricamente depende


da capacidade da pessoa compreender a natureza do ambiente
social e físico dentro do qual ela está situada.

 A TC é frequentemente mal-interpretada como adotando apenas


uma perspectiva “realista”.

 Entretanto, a perspectiva cognitiva postula ao mesmo tempo a


dupla existência de uma realidade objetiva e uma realidade pessoal,
subjetiva, fenomenológica. Desta maneira, a visão cognitiva é
consistente com as teorias de condicionamento contemporâneas,
que postulam tanto características de estímulos físicos extremo
quanto mediações cognitivas destas.

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Próximas Aulas cap. 1, 2, 6, 8 e 9.


Bibliografia: Beck, JS. Terapia Cognitiva: teoria e
prática. Porto Alegre. Artmed. 1997

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História e Princípios da Terapia


Cognitiva

Marcelo Peixoto Gonçalves


Psic. 06/61392

Bibliografia: Beck, JS. Terapia Cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre. Artmed. 1997 – cap 1

História da TC
 Início dos anos 60, desenvolvida por Aaron
Beck, psiquiatra americano.
 Psicoterapia breve, estruturada, orientada ao
presente, para depressão, direcionada a resolver
problemas atuais e a modificar os pensamentos
e os comportamentos disfuncionais (Beck,
1964)
 Desde então, vem-se adaptando a TC para
diversas populações e transtornos psiquiátricos.
 Essas adaptações mudaram o foco, a tecnologia
e a duração do tratamento, porém os
pressupostos teóricos permaneceram
constantes.

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História da TC
Resumindo:
 O modelo propõe que o pensamento
distorcido ou disfuncional (que influencia o
humor e o comportamento do paciente) seja
comum a todos os transtornos psicológicos.
 A avaliação realista e a modificação no
pensamento produzem uma melhora no humor
e no comportamento.
 A melhora duradoura resulta da modificação
das crenças disfuncionais básicas dos pacientes.

História da TC
 A TC foi testada nos  A TC é usada nos
transtornos: transtornos:

➢ Depressivo maior ➢ TOC


➢ Ansiedade generalizada ➢ Estresse pós-traumático
➢ Pânico ➢ Personalidade
➢ Fobia social ➢ Depressão recorrente
➢ Abuso de substâncias ➢ Dor crônica
➢ Alimentares ➢ Hipocondríase
➢ Problemas de casais ➢ Esquizofrenia
➢ Depressão de pacientes
internados

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História da TC
 A TC está sendo estudada  A TC é efetiva em pacientes
em: com diferentes:
➢ Internos em prisões ➢ Níveis de educação
➢ Crianças escolares ➢ Renda
➢ Pacientes médicos com uma ➢ Background
ampla variedade de doenças.

 A TC foi adaptada para  A TC foi modificada para


pacientes: terapia:
➢ De todas as idades ➢ De grupo
➢ Pré-escola ➢ Problemas de casais
➢ Idosos ➢ Terapia de família
.

História da TC

Com tantas aplicações, como a


terapia cognitiva permanece
reconhecível?

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História da TC
 O tratamento baseia-se tanto em uma
formulação cognitiva de um transtorno
específico como em sua aplicação à
conceituação ou entendimento do
paciente individual.

 O terapeuta busca, de uma variedade de


formas, produzir a mudança cognitiva,
mudança no pensamento e no sistema de
crenças do paciente, visando promover
mudança emocional e comportamental
duradouras.

Caso Sally
 Sally, mulher, solteira, 18 anos, caucasiana. Buscou terapia
durante o segundo semestre da faculdade.
 Queixa: sente-se deprimida e moderadamente ansiosa
durante os últimos 4 meses, com dificuldade de realizar
as atividades diárias.
 Diagnóstico: depressão maior, severidade moderada.

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Princípio nº 1
 A TC se baseia em uma formulação em contínuo
desenvolvimento do paciente e de seus
problemas em termos cognitivos.

1. Ele identifica o pensamento atual da paciente, que ajuda a manter seus


sentimentos de tristeza (“eu sou um fracasso, eu não consigo fazer nada
certo, eu jamais serei feliz”) e seus comportamentos problemáticos (isolar-
se, evitar pedir ajuda)

2. Ele identifica fatores precipitantes que influenciam as percepções da


paciente no início de sua depressão (estar longe de casa pela primeira vez
e lutar em seus estudos contribuíram para sua crença de que ela era
inadequada)

3. Ele levanta hipóteses sobre eventos desenvolvimentais chaves e padrões


duradouros de interpretação desses eventos que podem tê-la predisposto
à depressão (A paciente tem uma tendência profundamente arraigada de
atribuir pontos fortes e conquistas pessoais à sorte, mas vê suas fraquezas
[relativas] como um reflexo de seu eu “verdadeiro).

Princípio nº 1
 O terapeuta baseia sua formulação:

➢ Nos dados que a paciente fornece em seu primeiro encontro e


continua a refinar essa conceituação ao longo da terapia, à medida
que mais dados são obtidos.

➢ Em pontos estratégicos, ele partilha a conceituação com a paciente


para assegurar se ela “parece verdadeira’ para ela.

➢ Ao longo da terapia ele ajuda a paciente a ver sua experiência


através do modelo cognitivo.

➢ A paciente aprende, por exemplo, a identificar os pensamentos


associados a seu afeto angustiante e a avaliar e formular respostas
mais adaptativas ao seu pensamento.

➢ Fazendo isso melhora como ela se sente e com frequência conduz


a que ela se comporte de um modo mais funcional.

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Princípio nº 2
 A TC requer uma aliança terapêutica segura.

1. Pacientes com transtornos simples geralmente não oferecem


dificuldade em confiar e trabalhar com seu terapeuta.
2. Ele vai demonstrar todos os ingredientes básicos necessários em
uma situação de aconselhamento: cordialidade, empatia, atenção,
respeito genuíno e competência.
3. O terapeuta demonstra seu respeito pela paciente fazendo
declarações empáticas, escutando com atenção e cuidado,
resumindo acuradamente seus pensamentos e sentimentos e sendo
realisticamente otimista.
4. Ele também pede ao paciente retorno no final de cada sessão para
certificar-se de que ela se sentiu entendida e positiva em relação à
sessão.

Princípio nº 2
1. Pacientes com transtornos de personalidade (Paranóide,
Esquizóide,Anti-social, Borderline,Histriônica, Narcisista,
Obsessivo-compulsiva) requerem uma ênfase muito maior sobre o
relacionamento terapêutico para promover uma boa aliança de
trabalho.

2. Uma das estratégias: fazer com que a paciente periodicamente


identifique e avalie seus pensamentos sobre o terapeuta.

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Princípio nº 3
 A TC enfatiza colaboração e participação ativa.

1. O Terapeuta encoraja a paciente a ver a terapia como um trabalho


em equipe, juntos decidem coisas:
➢ como o que trabalhar em cada sessão
➢ a frequência das sessões
➢ tarefas de casa da terapia
2. A princípio o terapeuta é mais ativo em sugerir uma direção para
as sessões e em resumir o que eles discutiram durante a sessão.
3. A medida que a paciente começa a apresentar melhoras e mais
socializada na terapia, o terapeuta encoraja a paciente a tornar-se
crescentemente ativa na sessão, como:
➢ decidir sobre o que tópicos falar,
➢ identificar as distorções em seu pensamento
➢ resumir pontos importantes
➢ projetar tarefas para casa.

Princípio nº 4
 A TC enfatiza é orientada em meta e focalizada
em problemas.

1. O Terapeuta na sessão inicial pede para a paciente enumerar seus


problemas e estabelecer metas específicas. Por exemplo:
➢ Um problema inicial envolve sentir-se isolada. Com orientação a
paciente sugere uma meta em termos comportamentais (iniciar
amizades novas e tornar-se mais íntimas dos amigos atuais).

➢ O terapeuta a ajuda a avaliar e responder a pensamentos que


interferem em sua meta, como (eu não tenho nada a oferecer a
ninguém. Eles provavelmente não desejarão estar comigo)

➢ O terapeuta ajuda a avaliar a validade desses pensamentos no


consultório através de um exame de evidências. Daí a paciente
testa os pensamentos em um conhecido ou amigo.

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Princípio nº 4
➢ Uma vez que a paciente conhece e corrige a distorção em seu
pensamento, ela é capaz de beneficiar-se de resolução de problemas
diretamente para melhorar seus relacionamentos.

2. O terapeuta presta atenção particular aos obstáculos que


impedem o paciente de resolver problemas e atingir metas por si
mesmo.
➢ Alguns pacientes se beneficiam da avaliação de ideias disfuncionais
que impedem o uso de suas habilidades previamente adquiridas.
➢ Outros pacientes são deficientes em resolução de problemas e
necessitam de instrução direta para aprender essas estratégias.

3. Portanto, o terapeuta precisa conceituar as dificuldades do


paciente específico e avaliar o nível apropriado de intervenção.

Princípio nº 5
 A TC inicialmente enfatiza o presente.

1. O tratamento de maioria dos pacientes envolve:


➢ forte foco sobre problemas atuais
➢ sobre situações específicas que são aflitivas
2. Portanto o Terapeuta cognitivo em geral tende a iniciar a terapia
com exame de problemas no aqui-e-agora, independentemente do
diagnóstico.
3. A atenção volta-se para o passado em três circunstâncias:
a. quando o paciente expressa uma forte predileção a fazer isso;
b. quando o trabalho voltado em direção a problemas atuais produz
pouca ou nenhuma mudança cognitiva, comportamental e
emocional;
c. quando o terapeuta julga que é importante entender como e
quando ideias disfuncionais importantes se originaram e como
essas ideias afetam o paciente hoje.

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Princípio nº 5
➢ Exemplo:
a. O terapeuta da paciente discute eventos de infância com ela no
meio da terapia para ajudá-la a identificar um conjunto de crenças
que ela aprendeu quando criança:
➢ “se eu tenho um bom desempenho, significa que sou uma boa
pessoa” e “se eu não tenho um bom desempenho, significa que
sou um fracasso”.

b. O terapeuta a ajuda a avaliar a validade dessas crenças tanto no


passado como no presente.

c. Fazer isso conduz a paciente ao desenvolvimento de crenças mais


funcionais e mais razoáveis.

Princípio nº 5
E se a paciente tiver um transtorno de personalidade?

➢ O terapeuta terá que dispender tempo


proporcionalmente maior discutindo a história
desenvolvimental e origem na infância de crenças e
comportamentos de enfrentamento.

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Princípio nº 6
 A TC é educativa, visa ensinar o paciente a ser
seu próprio terapeuta e enfatiza prevenção de
recaída.
1. Na primeira sessão, o terapeuta enfatiza e educa sobre a natureza
e trajetória do seu transtorno, sobre o processo da TC e sobre o
modelo cognitivo (como o pensamento influenciam suas emoções
e comportamentos).

2. O terapeuta não apenas ajuda a estabelecer metas, identificar e


avaliar pensamentos e crenças e planejar mudanças
comportamental, mas também a ensina como fazer isso.

3. Na sessão terapêutica o terapeuta encoraja a registrar, por escrito,


ideias importantes que ela aprendeu, para que se possa beneficiar
do seu novo entendimento nas semanas seguintes e também após
o término da terapia.

Princípio nº 7
 A TC visa ter um tempo limitado

1. Transtornos de depressão e ansiedade são tratados em quatro a


catorze sessões. As metas gerais são:
➢ prover alívio de sintomas
➢ facilitar uma remissão do transtorno
➢ ajudá-la a resolver seus problemas mais prementes
➢ ensinar-lhe o uso de ferramentas para que ela seja mais propensas a
evitar recaída
2. Pacientes com ideias suicidas podem ter sessões mais frequentes.
3. Normalmente inicia-se com sessões semanais, quinzenais, mensais,
bimestrais...
4. Nem todos os pacientes fazem progresso suficiente em apenas
alguns meses. Alguns pacientes requerem um ou dois anos de
terapia para modificar as crenças disfuncionais muito rígidas e os
padrões de comportamento que contribuem para a sua angústia
crônica.

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Princípio nº 8
 As sessões de TC são estruturadas

1. Não importa o diagnóstico ou estágio do tratamento, o terapeuta


cognitivo tende a aderir a uma estrutura estabelecida em cada
sessão. Exemplo:
➢ verificar o humor (BDI)
➢ solicita uma breve revisão da semana
➢ estabelece, conjuntamente uma agenda para a sessão
➢ obtém feedback sobre a sessão anterior
➢ revisa a tarefa de casa
➢ discute os itens da agenda
➢ estabelece nova tarefa para casa
➢ resume com frequência
➢ busca feedback no final de cada sessão

Princípio nº 8
2. Com o passar das sessões, o terapeuta encoraja o
paciente a assumir mais a liderança em contribuir para
a agenda, estabelecer suas tarefas de casa e avaliar e
responder aos seus pensamentos.

3. Seguir um formato estabelecido torna o processo de


terapia mais compreensível tanto para o paciente como
para o terapeuta e aumenta a propensão de que o
paciente será capaz de faze autoterapia após o término.

4. Este formato também focaliza a atenção sobre o que é


mais importante para a paciente e maximiza o uso do
tempo de terapia.

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Princípio nº 9
 A TC ensina os pacientes a identificar, avaliar e
responder a seus pensamentos e crenças
disfuncionais.
1. No diálogo entre terapeuta e paciente (Sally) mostra o terapeuta
ajudando a focalizar:
➢ um problema específico (encontrar um emprego de meio período),
➢ identificar seu pensamento disfuncional (perguntando o que estava
passado em sua mente),
➢ avaliar a validade do seu pensamento (examinando as evidências
que parecem apoiar sua precisão e as evidências que parecem
contradizê-la) e
➢ projetar um plano de ação.

 O terapeuta faz isso através do questionamento socrático leve, que


ajuda a promover o sentimento da paciente de que ele está
verdadeiramente interessado em um empirismo colaborativo.

Princípio nº 9
 Ou seja, ajudá-la a determinar a precisão e a utilidade
de suas ideias através de uma revisão de dados
cuidadosa (em vez de desafiá-la ou persuadi-la a adotar
seu ponto de vista).

 Em outras sessões, o terapeuta utiliza a descoberta


guiada, um processo pelo qual ele continua a perguntar
para a paciente o sentido dos seus pensamentos para
revelar as crenças subjacentes que ela mantém sobre si
mesma, seu mundo e outras pessoas. Através de
questionamento, ele também a orienta em avaliar a
validade e a funcionalidade de suas crenças.

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Princípio nº 10
 A TC utiliza uma variedade de técnicas para
mudar pensamento, humor e comportamento.

1. Estratégias cognitivas como questionamento socrático


e descoberta orientada (técnica de flecha descendente)
são centrais à TC, porém, técnicas de outras
orientações (especialmente terapia comportamental e
terapia gestalt) são também usadas dentro de uma
estrutura cognitiva.

2. O terapeuta seleciona técnicas com base em sua


formulação de caso e seus objetivos em sessões
específicas.

Concluindo...
 Esses princípios básicos se aplicam a todos os pacientes.

 A TC, no entanto, varia consideravelmente de acordo:


➢ com o paciente individual,
➢ a natureza de suas dificuldades,
➢ suas metas,
➢ suas habilidades de formar um vínculo terapêutico
forte,
➢ sua motivação para mudar,
➢ sua experiência prévia com terapia,
➢ suas preferências de tratamento.

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Concluindo...
 A ênfase da TC no tratamento depende do
transtorno(s) particular do paciente.
➢ para transtorno de ansiedade generalizada enfatiza a
reavaliação de risco em situações particulares e os
recursos da pessoa para lidar com ameaças.
➢ para transtornos de pânico envolve a testagem das
interpretações errôneas catastróficas do paciente
(usualmente previsões errôneas ameaçadoras da
sanidade ou da vida) de sensações corporais ou
mentais.
➢ para anorexia nervosa requer uma modificação de
crenças sobre valor pessoal e controle.
➢ para abuso de substâncias focaliza-se em crenças
negativas sobre o eu e crenças facilitadoras ou
permissivas em relação ao uso de substância.

Como desenvolver-se como


terapeuta cognitivo
 O modelo cognitivo de que pensamentos influenciam
nossas emoções e comportamento é bastante direto.
 Porém terapeutas cognitivos realizam muitas tarefas ao
mesmo tempo:
1. Conceituar o caso
2. Estabelecer rapport ou aliança terapêutica
3. Socializar e educar o paciente
4. Identificar problemas
5. Colher dados
6. Testar hipóteses e resumi-las

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Como desenvolver-se como


terapeuta cognitivo
 3 estágios para desenvolver competência como
terapeuta cognitivo:
1. Aprender habilidades básicas para conceituar um caso
em termos cognitivos com base na avaliação inicial e
na obtenção de informações na sessão; a estruturar a
sessão e a utilizar técnicas básicas.
2. Integrar sua conceituação com seu conhecimento das
técnicas.
3. Integra mais facilmente dados novos na conceituação,
refina a habilidade em formular hipóteses para
confirmar ou desconfirmar sua visão do paciente,
inclusive para casos mais difíceis como transtorno de
personalidade.

Conceituação Cognitiva

Marcelo Peixoto Gonçalves


Psic. 06/62391

Bibliografia: Beck, JS. Terapia Cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre. Artmed. 1997 – cap 2

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Perguntas que o terapeuta se faz


para formular um caso:

 Qual é o diagnóstico do paciente?


 Quais são seus problemas atuais, como esses
problemas se desenvolveram e como eles são
mantidos?
 Que pensamentos e crenças disfuncionais estão
associados aos problemas; quais reações
(emocionais, fisiológicas e comportamentais )
estão associadas ao seu pensamento?

O terapeuta levanta hipóteses sobre como


o paciente desenvolveu esse transtorno:
 Que aprendizagens e experiências antigas
contribuíram para seu problema hoje?
 Quais são suas crenças subjacentes (incluindo
atitudes, expectativas e regras) e pensamentos?
 Como ele enfrentou suas crenças disfuncionais?
Que mecanismos cognitivos, afetivos e
comportamentais, positivos e negativos, ele
desenvolveu para enfrentar suas crenças
disfuncionais? Como ele via (e vê) ele mesmo,
os outros, seu mundo pessoal, seu futuro?
 Que estressores contribuíram para seus
problemas psicológicos ou interferiram em sua
habilidade para resolver esses problemas?

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31/08/2017

O modelo cognitivo
 A TC baseia-se no modelo cognitivo, que
levanta a hipótese de que as emoções e
comportamentos das pessoas são
influenciados por sua percepção dos
evento.
 NÃO É UMA SITUAÇÃO POR SI SÓ
QUE DETERMINA O QUE AS PESSOAS
SENTEM, MAS, ANTES, O MODO
COMO ELAS INTERPRETAM UMA
SITUAÇÃO

Exemplo:
 Várias pessoas estão lendo um texto
básico sobre terapia cognitiva. Elas têm
respostas emocionais bastante diferentes
a essa situação (ler um livro) com base no
que está passando por suas cabeças
enquanto lêem.

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 Leitor A pensa: Ei, isso realmente faz sentido.


Finalmente, um livro que realmente vai ensinar-
me a ser um bom terapeuta. O leitor A se sente
moderadamente entusiasmado.
 Leitor B pensa: Essa coisa é muito simples. Isso
nunca funcionará, e se sente decepcionado.
 Leitor C pensa: Este livro não é o que eu
esperava. Que desperdício de dinheiro. Ele está
aborrecido.
 Leitor D pensa: Eu realmente preciso aprender
tudo isso. E se eu não entender? E se eu nunca
ficar bom nisso? e se sente ansioso.
 Leitor E: isso é simplesmente difícil demais. Eu
sou tão burro! Eu jamais dominarei isso. Eu
jamais conseguirei ser um terapeuta. Ele se
sente triste.

Então
 O modo como as pessoas se sentem está
associado ao modo como elas interpretam e
pensam sobre uma situação.
 A situação em si não determina diretamente
como eles sentem; sua resposta emocional é
intermediada por sua percepção da situação.

 O TC está interessado no nível de pensamento


que opera simultaneamente com o nível mais
óbvio e superficial do pensamento.

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 Quando você está lendo este texto, você


pode perceber alguns níveis no seu
pensamento. Parte de sua mente está
focalizando as informações que estão no
texto, ou seja, está tentando entender e
integrar alguma informação factual.

 Em um outro nível, no entanto, você pode


estar tendo alguns pensamentos
avaliativos.

 Esses pensamentos são denominados pensamentos


automáticos e não são decorrentes de deliberação ou
raciocínio.
 Ao contrário, esses pensamentos parecem surgir
automaticamente de repente; eles são, com frequência,
bastante rápidos e breves.
 Você tende muito mais a estar ciente da emoção que se
segue.

 Consequentemente, é mais provável que você aceite


não criticamente os seus pensamentos automáticos
como verdadeiros.
 VC pode aprender, no entanto, a identificar seus
pensamentos prestando atenção às suas mudanças de
afeto.
 Quando vc percebe que está disfórico, pergunte a si
mesmo: O que está passando pela minha cabeça ainda
agora?

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 Ao identificar os pensamentos
automáticos, pode-se avaliar a validade
desses pensamentos.

 Se você percebe que a interpretação é


errônea e você a corrige, provavelmente
irá perceber que seu humor melhora.
 Ou seja, em termos cognitivos, quando os
pensamentos disfuncionais são sujeitos à
reflexão racional, nossas emoções em
geral mudam.

Crenças
 Começando na infância, as pessoas
desenvolvem determinadas crenças sobre
si mesmas, outras pessoas e seus mundos.
 Suas crenças mais centrais ou crenças
centrais são entendimentos que são tão
fundamentais e profundos que as pessoas
frequentemente não articulam, sequer
para si mesmas.
 Essas ideias são consideradas pela pessoa
como verdades absolutas, exatamente o
modo como as coisas são.

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Exemplo
 O leitor E, que pensava ser burro demais para dominar
este texto, poderia ter a crença central “eu sou um
incompetente”.
 Essa crença pode operar apenas quando ele está em um
estado deprimido ou pode estar ativada grande parte
do tempo.
 Quando a crença central está ativada o leitor E
interpreta as situações através da lente dessa crença,
embora a interpretação possa, em uma base racional,
ser evidentemente invalida.
 O leitor E, no entanto, tende a focalizar seletivamente
informações que confirmam a crença central,
desconsiderando ou descontando informações que são
contrárias.
 Desse modo, ele mantém a crença mesmo que ela seja
imprecisa e disfuncional.

Então...

 As crenças centrais são o nível mais


fundamental de crença; elas são globais,
rígidas e supergeneralizadas.

 Os pensamentos automáticos, as palavras


ou imagens reais que passam pela cabeça
da pessoa, são específicos à situação e
podem ser considerados o nível mais
superficial de cognição.

 E entre as duas existem.....

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Crenças intermediárias
 As crenças centrais influenciam o
desenvolvimento de uma classe intermediaria
de crenças que consiste em atitudes, regras e
suposições.
➢ Leitor E:
 Atitude: É horrível ser incompetente.
 Regras/expectativa: Eu devo trabalhar o mais
arduamente que puder o tempo todo.
 Suposição: Se eu trabalhar o mais arduamente
que puder, posso ser capaz de fazer algumas
coisas que as outras pessoas fazem facilmente.

 Essas crenças influenciam sua visão de


uma situação, que por sua vez influencia
como ele pensa, sente e se comporta.

Crenças centrais

Crenças intermediárias
(regras, atitudes,suposições)

Pensamentos automáticos

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Como as crenças centrais e


intermediárias surgem?
 As pessoas tentam extrair sentido do seu
ambiente desde os seus primeiros estágios
desenvolvimentais.

 Elas precisam organizar a sua experiência de


uma forma coerente para funcionar de forma
adaptativa.

 Suas interações com o mundo e com outras


pessoas conduzem a determinados
entendimentos ou aprendizagens, suas crenças,
as quais podem variar em precisão e
funcionalidade.

Assim...
 Para o terapeuta cognitivo o mais
importante refere-se às crenças
disfuncionais, que podem ser
desaprendidas, e às novas crenças mais
embasadas na realidade e funcionais, que
podem ser desenvolvidas e aprendidas
através da terapia.

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A trajetória usual do tratamento,


na TC envolve:
 Uma ênfase inicial sobre pensamentos
automáticos, que são as cognições mais
próximas à percepção consciente.
 O terapeuta ensina o paciente a identificar,
avaliar e modificar seus pensamentos, a fim de
produzir alívio de sintomas.
 Então: as crenças que estão por trás dos
pensamentos disfuncionais e passam por muitas
situações tornam-se o foco de tratamento

Funcionamento do Modelo Cognitivo

Crença central
(Eu sou incompetente)

Crença intermediária
(Se eu não entendo algo perfeitamente, então eu sou burro)

Situação Pensamento automático Reações


(Ler este livro)
(Isto é difícil demais)
(Eu jamais entenderia isto)

(Tristeza) Emocional

(Fecha o livro) Comportamental

(Peso no abdômen) Fisiológica

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Perguntas que o terapeuta faz a si


mesmo:
 Como esse paciente veio parar aqui?
 Que vulnerabilidades e eventos de vida
(traumas, experiências, internações) foram
importantes?
 Como o paciente enfrentou sua
vulnerabilidade?
 Quais são seus pensamentos automáticos
e
 De que crenças eles brotam?

Perguntas que o terapeuta faz a si


mesmo:

 É importante o terapeuta se colocar no


lugar do paciente para desenvolver
empatia pelo que o paciente está
passando;
 Como ele está se sentindo
 E perceber o mundo através de seus
olhos

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Por fim...
 A conceituação inicia no primeiro contato
com um paciente e é refinada em cada
contato subsequente.
 O terapeuta levanta hipóteses sobre o
paciente com base nos dados que o
paciente apresenta.
 Hipóteses são confirmadas,
desconfirmadas ou modificadas à medida
que novos dados são apresentados.

 A conceituação é fluida.
 Em pontos estratégicos, o terapeuta
verifica diretamente suas hipóteses e
formulações com o paciente.
 Em geral, se a conceituação for adequada,
o paciente confirma que ela “parece
certa”. Ele concorda que o quadro que o
terapeuta apresenta verdadeiramente
ressoa nele.

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Próxima Aula cap. 6 e 9


“Identificando os Pensamentos Automáticos”
“Respondendo aos pensamentos automáticos”
Bibliografia: Beck, JS. Terapia Cognitiva: teoria e
prática. Porto Alegre. Artmed. 1997

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