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12/27/2017 2017, o ano em que a China se firmou como superpotência - 20/12/2017 - Marcos Troyjo - Colunistas - Folha de S.

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Economista, diplomata e

marcos troyjo cientista social, dirige o


BRICLab da Universidade
Columbia em NY, onde é
professor­adjunto de relações
internacionais e políticas
-40%
públicas. Escreve às quartas.

2017, o ano em que a China se firmou mt2792@columbia.edu

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20/12/2017   02h00 Friday' para o Brasil

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EM COLUNISTAS

A China, goste-se ou não, continua a crescer muito forte. Não mais a taxas de + LIDAS + COMENTADAS + ENVIADAS ÚLTIMAS

12%, como há 15 anos, mas alguma coisa entre 6,5% e 7% a partir de uma base Clóvis Rossi: Histórias de cínicos
de 13 trilhões de dólares. 1 transparentes, de Paulo César Farias a
Carlos Marun

De acordo com cálculos do FMI, que às vezes mede o PIB dos países pelo Zapping ­ Fefito: Após o fim do 'Pânico',
critério de poder de paridade de compra, a China já é a maior economia do 2 humorista Carioca deverá continuar na
Band
mundo, o que significa um eclipse tão importante nas relações econômicas
internacionais que a última vez que a gente tinha observado alguma coisa Tostão: Em Paulinho, europeus
semelhante foi 1871, quando os EUA ultrapassaram o Reino Unido. 3 descobriram um novo tipo de meio­
campista
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1499 ‐ O Brasil Antes


Neste 2017 que termina, reforça-se uma outra constatação: os Estados Unidos de Cabral
não são mais hegemônicos. São protagonistas, mas ostentam tal condição Reinaldo José Lopes
ladeados pela China. Tem gente que brinca que não se pode mais falar em Por R$ 204,90
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Os chineses estão tomando muito cuidado para que sua indiscutível categoria
de superpotência não lhes suba à cabeça. Buscam não demonstrar estrelismo,
sem tentar impor liderança, por exemplo, naquelas instituições que foram Box 100 Shows Para
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Fazem isso de maneira muito sutil. É o caso do Novo Banco do
Desenvolvimento (NBD) e também de outras instituições onde os chineses De: R$ 79,90

são o principal ator, como o Banco Asiático de Investimento em Por: R$ 49,90

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Algo que nos ajuda a explicar essa postura chinesa está presente numa frase Melhor ‐ Ensaios do
famosa do Deng Xiaoping, grande arquiteto dessa nova fase da China há 40 Afeto
anos: "hide your strengths, bite the bullet, gain time". Ou seja, esconda suas Luiz Felipe Pondé
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Quer dizer, os chineses estão em uma estratégia de longuíssimo prazo, em que
a ascensão precisa ser vista mais como natural do que imposta. Eles gostam
muitas vezes de aparecer como país em desenvolvimento, não se Box Filme Noir (Vol. 9)
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desvinculando, por exemplo, na ONU, da agenda dos africanos ou da Ásia
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Quanto mais países possam se vincular institucionalmente a processos em Comprar
instituições pluri ou multilaterais onde a liderança chinesa é potente, isso é
melhor para a Pequim. Isso é especialmente interessante debaixo do guarda-
chuva do NBD, pois isso dá à China um veículo que não tem as mesmas
amarras geográficas a que se prende o Banco Asiático de Infraestrutura e
Investimento.

O Banco Asiático só vai fazer investimentos na Ásia, ao passo que o Novo


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Banco de Desenvolvimento pode investir em projetos na América Latina, na
África, em outras localidades, o que dá à China não só maior espaço de
manobra, mas também uma certa indireção que eles tanto apreciam em sua
cultura como na política externa. O melhor sistema para inves
na bolsa!

Xi Jinping 1 de 6   
Ma Zhancheng/Xinhua

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12/27/2017 2017, o ano em que a China se firmou como superpotência - 20/12/2017 - Marcos Troyjo - Colunistas - Folha de S.Paulo

O que essa China superpotência quer com o Brasil? Bem, o mais correto é
notar que as relações econômicas bilaterais passam por um momento inercial.

Do ponto de vista comercial, continua muito parecida com aquela que os


países latino-americanos mantinham com a Inglaterra no século 19. Ou seja,
por uma lado, grande exportadores de matérias-primas; por outro, um
exportador de bens manufaturados de mais valor agregado.

Isso deve continuar. A China tem enormes preocupações com segurança


alimentar, precisa mais ainda das commodities minerais para seus projetos de
infraestrutura.

O que seguramente foge da inércia é aumento perceptível do investimento


chinês no Brasil, sobretudo na forma de aquisição de bens, como as chamadas
"fusões e aquisições".

Para empresas chinesas que quiseram ter uma pegada global durante um
período recente, o momento para a investida é agora. E os chineses vão entrar
com tudo também nessa dinâmica de privatizações e concessões, sobretudo
quando ficar claro qual será o cenário político brasileiro a partir das eleições
de 2018.

Eles estão com o dedo no gatilho para mais investimentos no Brasil em várias
áreas, praticamente todo o segmento da infraestrutura está sendo examinado
pelos chineses.

Congresso do Partido Comunista chinês 8 de 9   
Fred Dufour/AFP

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12/27/2017 2017, o ano em que a China se firmou como superpotência - 20/12/2017 - Marcos Troyjo - Colunistas - Folha de S.Paulo
No âmbito da geopolítica global, não é correta a interpretação de que a
consagração de Xi Jinping na China em 2017 simplesmente responde à
chegada ao poder de Donald Trump.

Mesmo se Hillary Clinton fosse eleita presidente, todos teriam de reconhecer


que a China se consolida como uma das duas maiores potências do mundo —e
a hipertrofia do poder chinês é perceptível em diversas áreas das relações
internacionais.

A China está aumentando muito sua função como fonte irradiadora de capital
e de empréstimos externos. Pequim também expande seus investimentos em
12% ao ano na área de defesa.

Tudo isso independe de quem está no poder nos EUA. Agora, é claro, isso foi
ainda mais realçado pelo fato de que essa ascensão chinesa se deu
contemporaneamente à chegada à Casa Branca de um presidente
protecionista, avesso à globalização.

Se a globalização foi o grande trampolim que permitiu essa prosperidade da


China e o livre comércio supostamente é a melhor saída para os problemas
internacionais, os EUA entraram na contramão de tendência. Nesse
empalidecimento da hegemonia norte-americana, 2017 foi marco definitivo
de que a China tomou assento à mesa dos que comandam o mundo.

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