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Por: Portal ORM 25 de Dezembro de 2017 às 12:07 Atualizado em 25 de Dezembro de 2017 às 17:38
Enquanto muitos paraenses estavam envolvidos com os preparativos para as festas do Natal, outros resolveram doar o seu tempo para
levar um pouco de alegria e solidariedade aos doentes e seus familiares que estão neste final de ano nos hospitais públicos paraenses.
Este foi o caso das “Marias de Deus”, que pelo segundo ano seguido percorreram os leitos do Hospital Regional do Baixo Amazonas
(HRBA), em Santarém, para entregar cartas com mensagens de apoio, carinho e fé aos pacientes, acompanhantes e colaboradores da
unidade. Este ano, o grupo percorreu mais de 180 leitos, divididos entre clínicas, Unidades de Terapia Intensiva, Acolhimento e
Hemodiálise.
As cartas foram enviadas por pessoas de vários lugares, escritas com a intenção de proporcionar um Natal diferente para quem vai passar
em um hospital, com palavras de renovação e esperança. “Levamos os sentimentos de gratidão e reflexão, com certeza. Após estar com
essas pessoas, passamos a dar mais valor para a vida e começamos a reclamar menos. Quisera nós que esse sentimento se perpetuasse
ao longo do ano”, reflete uma das integrantes do grupo, Sabrina Tainá.
As reações ao receber as cartas mostram o quanto o gesto é importante e pode fazer a diferença na vida de quem está em um hospital.
“Receber a visita de pessoas que nem conhecemos acaba nos dando conforto. Tudo o que eu queria de presente, a coisa mais importante,
é a saúde da minha filha. Queria que ela se recuperasse bem para voltarmos para casa”, diz Ana Cláudia, que saiu de Monte Alegre para
acompanhar a filha.
Outro que se emocionou bastante foi Reinaldo Gomes. Morador de Itaituba, que acompanhava o filho em tratamento. “Eu quero que Deus
me ajude a recuperar a saúde do meu filho. A saúde dele é o maior presente que posso receber, para que eu possa tê-lo ao meu lado até
quando Deus permitir”, afirma, em meio a lágrimas. Ele agradeceu as palavras e os abraços de conforto que recebeu dos voluntários.
Ana Carolina foi a responsável por personificar o Papai Noel. Como já previa muita emoção, ela esteve todo o tempo de óculos escuros
para esconder as lágrimas. “Tem vários pacientes que moram aqui no hospital, então a rotina não é fácil, dá muita dor no coração de vê-los
assim. É importante trazer um pouco de magia para eles, uma palavra de força, de coragem. Nós levamos muito mais do que deixamos”,
conta.
O grupo de voluntários ainda contou com um flautista, que tocou músicas natalinas durante toda a visita, e com o “Homem-Aranha”, um
dos personagens mais queridos pelas crianças.
População deve ficar atenta a golpes no SUS, alerta Sespa Estelionatários chegam a cobrar altos valores para facilitar ou garantir
cirurgias, exames ou medicamentos.
Luiz Morier Arquivo Por: Portal ORM com informações da Agência Pará 21 de Dezembro de 2017 às 18:51 Atualizado em 21 de
Dezembro de 2017 às 19:02
A população deve ficar alerta a golpes em procedimentos no Sistema Único de Saúde (SUS), alerta a Secretaria de Estado de Saúde
Pública (Sespa). Os golpistas se passam por servidores da Secretaria e de outros órgão e entram em contato com os familiares de
pessoas internadas para, assim, solicitar dinheiro para facilitar ou garantir a realização de atendimentos cirúrgicos, exames e até
medicamentos. Os criminosos chegar a cobrar altos valores para o pagamento de procedimentos que são oferecidos gratuitamente pelo
SUS.
Nesta semana, um homem foi preso acusado de estelionato por conta de crimes deste tipo. O acusado abordava as vítimas com o
argumento de que teria facilidades para conseguir vaga de UTI no Hospital Regional do Sudeste do Pará Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em
Marabá. Assim que a direção do hospital teve a informação de que alguém estava cobrando por suposta vaga de leito, a Polícia Civil foi
acionada e os acompanhantes informados, para que acionassem imediatamente a polícia e fizessem boletim de ocorrência com a
denúncia, caso fossem abordados pelos acusados.
Em comunicado, a Sespa afirma que não compactua e não tolera com qualquer tipo de crime de extorsão, principalmente no que tange
venda de serviços do sistema público de saúde. A nota destacou ainda que um levantamento feito pela Secretaria de Estado de
Administração (Sead) e Casa Civil, constatou que o homem preso esta semana não tem nenhuma ligação com o quadro funcional do
Estado.
O diretor de Desenvolvimento e Assistência aos Serviços de Saúde, Gilberto Penna, reforça que o procedimento não é legal e que os
hospitais regionais realizam 100% dos serviços financiados pelo SUS. “A Sespa vem trabalhando para assegurar cada vez mais uma
regulação eficaz com serviços de saúde assegurados à população. A Secretaria preza pelos princípios do SUS, portanto não cobra nada
aos pacientes”, destacou.
A Sespa acrescenta que vítimas desse golpe devem sempre procurar a direção das unidades. Além disso, também devem entrar em
contato com a delegacia mais próxima para informar o crime. Há também a possibilidade de denunciar por meio da Ouvidoria da Sespa,
localizada na Rua Municipalidade, nº 1655, no bairro do Umarizal.
Telefones: (91) 3222-4184, (91) 3212-5000/ Discagem gratuita: 0800-280 9889
Hospital Oncológico Infantil realiza o “Dia da Careca Maluca” Homenagem na véspera do Natal trará momentos especiais às
crianças que fazem tratamento.
Usadas para marcar momentos importantes, fazer homenagens ou simplesmente mudar o corpo, as tatuagens serão a grande atração do
Dia da Careca Maluca, ação de Natal que será realizada pelo Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém (PA), em parceria com
um estúdio de tatuagens neste sábado, 24, a partir das 15h.
Depois de acompanharem a rotina de familiares que passaram por tratamentos contra o câncer, o casal Patrícia Costa e Rogério Lima,
proprietários de um estúdio de tatuagem, pensaram em proporcionar um Natal com novas experiências para as crianças e adolescentes
em tratamento contra o câncer no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo.
As crianças e adolescentes da unidade, que é referência no Norte e Nordeste do País no tratamento e diagnóstico do câncer infantojuvenil,
participarão desse momento especial. Durante a ação serão distribuídos presentes, os pacientes também terão atividades lúdicas e, é
claro, as tatuagens feitas com canetinhas atóxicas laváveis.
Patrícia Costa explicou que esta é primeira vez que o casal realiza a ação. “Quando mostramos coisas boas, acabamos incentivando
outras pessoas. Conseguimos mobilizar clientes, vizinhos e amigos de profissão para o projeto”, disse.
Serviço
Data: domingo (24)
Local: Travessa 14 de Abril, 1394, São Brás
Hora: 15h.
É aprovado transplante de medula óssea e fígado no Ophir Loyola Sistema Nacional de Transplantes aprovou a realização do
procedimento.
No norte do Brasil, o Hospital Ophir Loyola, em Belém, é referência na realização de transplantes de rim e córnea e na captação de
múltiplos órgãos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para avançar ainda mais, a instituição recebeu na quarta-feira (20) a visita de
membros da Coordenação-Geral e da Câmara Técnica do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), com a finalidade de analisar se o
hospital atende às exigências do credenciamento, pelo Ministério da Saúde, para a realização de transplantes de medula óssea e fígado.
Após a inspeção minuciosa nos equipamentos, infraestrutura física e equipes profissionais, o serviço de Onco-Hematologia do HOL, em
parceria com a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), recebeu a aprovação para realizar transplante de
medula óssea.
Visando receber a visita técnica, a direção do hospital enviou, no início deste semestre, o projeto para a Regulamentação Municipal e a
Central Estadual de Transplantes, para análise e encaminhamento ao SNT. A proposta foi pré-aprovada e realizada a vistoria, iniciada com
a apresentação de um breve histórico do hospital, com informações sobre os serviços existentes e avanços conquistados nos últimos anos,
feita pelo diretor-geral do HOL, Luiz Cláudio Chaves, no auditório Luiz Geolás.
A equipe do Ministério da Saúde conheceu o Centro de Diagnóstico por Imagem, a Medicina Nuclear, o Centro de Terapia Intensiva, o
Centro Cirúrgico, a Clínica Hematológica, o Hospital Dia Hematológico, a Quimioterapia, a Farmácia da Quimioterapia, o Laboratório de
Biologia Molecular e a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes.
“O Hospital Ophir Loyola é reconhecido como a principal referência no tratamento de doenças hematológicas malignas no Estado, e a
diretoria, juntamente com a equipe da hematologia, não mediu esforços para obter essa conquista na saúde pública paraense, que vai
beneficiar os pacientes com linfomas, mielomas e leucemias, que já não precisarão sair do Pará para serem submetidos ao procedimento”,
afirmou Luiz Cláudio Chaves.
Pacientes internados no Metropolitano tiveram atenção e ceia no Natal
Mais de 200 pacientes passaram a data comemorativa sob cuidados médicos na unidade de saúde.
26/12/2017 09h55
O carinho e uma ceia especial no Natal ajudaram a diminuir a tristeza de mais de 200 pacientes internados no Hospital Metropolitano em
Ananindeua. Foi uma surpresa preparada pelos funcionários para garantir uma celebração diferente.
A professora Maria Ferreira sofreu um acidente de moto em Irituiua, nordeste do Pará, e está internada no Metropolitano. Ela já enfrentou
por seis cirurgias e teve que passar o Natal no hospital.
"Peço saúde! Acima de tudo quero que Deus restaure a minha vida e que eu possa voltar para a minha casa, pros meus filhos e para
minha família", afirma a paciente.
Assim como a professora, cerca de 260 pacientes passaram o Natal no Metropolitano, que preparou uma surpresa aos pacientes. No
refeitório do hospital o Natal foi especial, teve batata, arroz, chester, tudo feito com capricho.
O carinho também se estendeu ao atendimento ao paciente. "A gente tenta amenizar um pouco desse sofrimento, fazer com que eles se
sintam a vontade, sintam acolhidos, que eles se sintam bem recebidos", disse a enfermeira Oziele da Silva.
Envie vídeos, fotos e sugestões de pauta para a redação do G1 Pará no (91) 98814-3326.
24/12/2017 20h00
Segundo pesquisadores, substância está sendo testada em camundongos.Segundo pesquisadores, substância está sendo
testada em camundongos.
Uma pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade do Estado do Pará (Uepa) em parceria com a Universidade Federal do Pará
(UFPA) testa um novo remédio de combate ao câncer. A substância, desenvolvida a partir de um medicamento já utilizado no combate a
doença, está sendo patenteada. Os testes estão sendo realizados em camundongos no biotério do Centro de Ciências Biológicas da Uepa.
Segundo a pesquisadora Simone Haru, que está à frente da pesquisa do antitumorígeno, a substância funcionará como medicamento
principal ou auxiliar nas terapias. Ela informa que a motivação para o desenvolvimento da nova droga foi a observação de que os
medicamentos em uso nos tratamentos contra o câncer causam muitas reações adversas.
“Os beneficiados serão os pacientes que lutam contra o câncer e sofrem com reações adversas aos medicamentos utilizados em seus
tratamentos”, reitera Simone Haru.
Fase de testes
Para um medicamento ser liberado para uso por seres humanos deve passar por várias fases. A primeira é a fase não clínica, em que os
cientistas testam as substâncias em laboratório e em animais de experimentação, sempre obedecendo à normas de proteção aos animais.
O objetivo principal desta fase é verificar como a substância se comporta em um organismo.
“Primeiramente, nós temos a fase in vitro, onde o medicamento é testado em células com câncer, para somente depois ser aplicado aos
camundongos. Tudo isso para diminuir os óbitos entre os animais. Após os camundongos, os testes serão realizados com animais maiores,
até chegar aos testes com seres humanos voluntários”, informa a pesquisadora. Todo esse processo leva aproximadamente 15 anos.
24/12/2017 13h59
As tatuagens serão a grande atração do Dia da Careca Maluca, ação de Natal que será realizada pelo Hospital Oncológico Infantil Octávio
Lobo, em Belém, voltada para as crianças internadas com câncer. A ação, neste domingo (24), a partir das 15h, tem parceria com um
estúdio de tatuagens.
As crianças e adolescentes da unidade, que é referência no Norte e Nordeste do país no tratamento e diagnóstico do câncer infantojuvenil,
poderão ser tatuadas com canetinhas atóxicas laváveis. Além disso, elas receberão presentes e participarão de atividades lúdicas.
Depois de acompanharem a rotina de familiares que passaram por tratamentos contra o câncer, o casal Patrícia Costa e Rogério Lima,
proprietários de um estúdio de tatuagem, pensaram em proporcionar um Natal com novas experiências para as crianças e adolescentes
em tratamento contra o câncer no hospital.
Patrícia Costa explica que esta é primeira vez que eles realizam a ação. “Quando mostramos coisas boas, acabamos incentivando outras
pessoas. Conseguimos mobilizar clientes, vizinhos e amigos de profissão para o projeto”, diz.
Serviço: Programação do Dia da Careca Maluca neste domingo (24), no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém, localizado
na Travessa 14 de Abril, 1394, São Brás, às 15h.
Envie vídeos, fotos e sugestões de pauta para a redação do G1 Pará no (91) 98814-3326
DIÁRIO ON LINE.
Doações de sangue caem 40% no fim do ano (Foto: Irene Almeida/Diário do Pará) (Foto: Irene Almeida/Diário do Pará)
O fim do ano é um convite para exercer a solidariedade. E nada melhor que salvar vidas doando sangue. Diante da baixa no número de
doadores nesta época, a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) convoca os voluntários para preservar o
estoque. A assistente administrativa, Fernanda Dias, 23 anos, chegou às 9h do último sábado (23) ao Hemopa para fazer a doação. “Nesta
época, as pessoas viajam e há muitos acidentes nas estradas, por isso reunimos 20 pessoas para doarem”, explica. Para a funcionária
pública Nataly Castilho, 29, não há melhor forma de solidariedade que ajudar o próximo. “Não sabemos quem vai receber, mas alguém vai
se recuperar com este sangue”, argumenta.
Aos 19 anos, o analista de sistema Roberto Farias, 26, foi convidado a doar quando seus amigos passaram por uma cirurgia. Desde então,
a prática é feita costumeiramente. “Faço assim quando posso. É importante neste período e também próximo ao carnaval”. Na correria das
festas, o número de doadores no Hemopa cai em pelo menos 40%. A ausência preocupa, pois neste período o estoque diminui e a procura
aumenta. “Os acidentes são constantes nas estradas e abastecemos o interior do Estado”, explica a assistente social da fundação, Lilian
Bouth.
Para fazer a doação, é preciso estar bem alimentado, descansado e com todos os documentos pessoais - identidade, CPF e comprovante
de residência - em mãos. Os voluntários devem ter entre 16 e 69 anos de idade. Menores de 18 anos necessitam de autorização dos pais
ou responsáveis e a doação deve ser feita no intervalo de 60 dias para homens e 90 para mulheres. As doações podem ser feitas na
travessa Padre Eutíquio, 2109, Batista Campos, e no Hemopa Castanheira, localizado no acesso ao Pórtico Metrópole, na entrada do
shopping Castanheira (BR-316, km 1).
Iasep amplia atendimento para 92 mil famílias no Pará
“Com os investimentos do Governo do Estado e a contribuição do servidor, mais de 92 mil famílias seguradas pelo Iasep estão recebendo
atendimento hospitalar e ambulatorial nas melhores empresas de saúde, em 39 municípios do Pará”, afirma a presidente do Instituto, Iris
Gama.
25/12/2017 15:44h
O compromisso com a valorização do servidor público foi garantido em 2017 mediante a melhoria dos serviços em saúde disponibilizados pelo plano
administrado pelo Instituto de Assistência dos Servidores do Pará (Iasep). Ajustando as contas com a rede credenciada, a instituição ampliou o
número de atendimentos em saúde e planeja melhorias na rede para 2018. Em 2017, as mais de 54 mil consultas por mês resultaram em pelo
menos 301 mil exames e procedimentos em saúde.
“Com os investimentos do Governo do Estado e a contribuição do servidor, mais de 92 mil famílias seguradas pelo Iasep estão recebendo
atendimento hospitalar e ambulatorial nas melhores empresas de saúde, em 39 municípios do Pará”, afirma a presidente do Instituto, Iris Gama.
Dessas 92 mil famílias, 70 mil pagam menos de 500 reais por mês pelo plano, “um valor que só é possível com o aporte do Governo e por ser um
plano que não cobra por faixa etária”, explica ela.
A presidente esclarece que, para garantir a sustentabilidade do plano, o Governo do Estado teve que adotar algumas medidas necessárias, em
2016, reajustando as alíquotas de contribuição do Iasep. Para o Estado, a readequação financeira implicou em um investimento de 322 milhões de
reais no plano dos servidores, em 2017. Para o servidor público, o reajuste foi de 6% para 9% sobre os vencimentos. “Essa medida permitiu a
regularização de pagamentos à rede credenciada e o aumento no número de segurados sendo beneficiados com consultas, exames e cirurgias”, diz
ela.
No ano anterior, o Iasep realizou cerca de 50 mil consultas por mês. Em 2017, com os ajustes administrativos, o número de consultas subiu para
mais de 54 mil por mês. De acordo com o relatório anual do Instituto, as consultas geraram em média 301 mil exames e tratamentos sequenciais por
mês.
Além do atendimento ambulatorial, o Plano Iasep possibilitou mensalmente cerca de 2.200 internações, 18 mil atendimentos de
urgência/emergência e 800 cirurgias, com todo o aporte de material cirúrgico. “Sem fila de espera para iniciar tratamento, os segurados do Plano
Iasep têm hoje a garantia de tratamento oncológico completo, nos maiores hospitais privados do estado. O mesmo ocorre com outros
procedimentos de alta complexidade, como o tratamento para a realização de hemodiálise e cirurgias neurológicas”, esclarece a gestora do Instituto.
Campanhas de prevenção
Além dos atendimentos da assistência curativa, em 2017 o Iasep investiu em ações de prevenção e promoção em saúde. As campanhas Setembro
Amarelo, Outubro Rosa e Novembro Azul reuniram profissionais de diversas áreas para abordar de forma preventiva questões de saúde do homem
e da mulher. Mais de 1.000 pessoas participaram diretamente desses eventos e receberam os informativos específicos produzidos pelo órgão,
auxiliando na prevenção ao suicídio, combate ao câncer de mama, útero e próstata.
Na parte administrativa, o Instituto unificou em Belém todo o atendimento na Central de Segurados, por onde passam diariamente cerca de 1.500
pessoas. A medida facilitou o acesso aos serviços de cadastro, autorização de exames e cirurgias, ingresso nos programas de Assistência Domiciliar
e de Cota Adicional. “Com a unificação dos serviços, o segurado pode resolver mais rapidamente aos serviços oferecidos pelo Iasep”, diz íris Gama.
De acordo com a gestora, três grandes metas estão previstas para 2018: a melhoria da rede credenciada, especialmente nas regiões mais distantes
da capital; a unificação de todas as unidades da capital na Central de Segurados e a implantação da informatização do atendimento. “Todas essas
medidas já estão em andamento. O saneamento total dos débitos, que ocorre com o fim do parcelamento, em 2018, permite ao Iasep que viabilize
formas de melhorar a rede de atendimento aos segurados do Plano”, garante a presidente.
Por Ettiene Angelim
A programação natalina do HGT encerrou com um significativo saldo de mais de 500 pessoas entre usuários e membros da comunidade local que
foram beneficiados com a distribuição de brinquedos e cestas básicas.
25/12/2017 10:41h
Enquanto muitos paraenses estavam envolvidos com os preparativos para as festas do Natal, outros resolveram doar o seu tempo para levar um pouco de
alegria e solidariedade aos doentes e seus familiares que estão neste final de ano nos hospitais públicos paraenses.
Este foi o caso, por exemplo, das “Marias de Deus”, que pelo segundo ano seguido percorreram os leitos do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA),
em Santarém, para entregar cartas com mensagens de apoio, carinho e fé aos pacientes, acompanhantes e colaboradores da unidade. Este ano, o grupo
percorreu mais de 180 leitos, divididos entre clínicas, Unidades de Terapia Intensiva, Acolhimento e Hemodiálise.
As cartas foram enviadas por pessoas de vários lugares, escritas com a intenção de proporcionar um Natal diferente para quem vai passar em um hospital,
com palavras de renovação e esperança. “Levamos os sentimentos de gratidão e reflexão, com certeza. Após estar com essas pessoas, passamos a dar
mais valor para a vida e começamos a reclamar menos. Quisera nós que esse sentimento se perpetuasse ao longo do ano”, reflete uma das integrantes do
grupo, Sabrina Tainá.
As Reações ao receber as cartas mostram o quanto o gesto é importante e pode fazer a diferença na vida de quem está em um hospital. “Receber a visita
de pessoas que nem conhecemos acaba nos dando conforto. Tudo o que eu queria de presente, a coisa mais importante, é a saúde da minha filha. Queria
que ela se recuperasse bem para voltarmos para casa”, diz Ana Cláudia, que saiu de Monte Alegre para acompanhar a filha.
Outro que se emocionou bastante foi Reinaldo Gomes. Morador de Itaituba, que acompanhava o filho em tratamento. “Eu quero que Deus me ajude a
recuperar a saúde do meu filho. A saúde dele é o maior presente que posso receber, para que eu possa tê-lo ao meu lado até quando Deus permitir”, afirma,
em meio a lágrimas. Ele agradeceu as palavras e os abraços de conforto que recebeu dos voluntários.
A enfermeira Patrícia Costa é integrante do Comitê de Humanização do hospital e acompanhou a visita das “Marias de Deus”. “Os pacientes acamados vão
passar o Natal e o Ano Novo internados aqui, longe da família. Então, o projeto é muito bom, porque pode trazer conforto para os pacientes no momento em
que eles mais estão precisando, que lembram da família que está em casa”, explica.
Ana Carolina foi a responsável por personificar o Papai Noel. Como já previa muita emoção, ela esteve todo o tempo de óculos escuros para esconder as
lágrimas. “Tem vários pacientes que moram aqui no hospital, então a rotina não é fácil, dá muita dor no coração de vê-los assim. É importante trazer um
pouco de magia para eles, uma palavra de força, de coragem. Nós levamos muito mais do que deixamos”, conta.
O grupo de voluntários ainda contou com um flautista, que tocou músicas natalinas durante toda a visita, e com o “Homem-Aranha”, um dos personagens
mais queridos pelas crianças.
Oncológico Infantil
Eles estão no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo durante todo o ano, seja para a doação de brinquedos, leitura de histórias ou simplesmente para
levar sorrisos que possam confortar as famílias e usuários da unidade. Em dezembro, não poderia ser diferente. Com o aumento das ações para doação de
brinquedos, fraldas e a realização de programações diferenciadas envolvendo o Natal, os voluntários ganham ainda mais importância dentro do hospital.
Atualmente com 84 voluntários capacitados para atuar nos projetos de apoio ao seu usuário, o Oncológico Infantil tem recebido outros voluntários para
participação e realização de eventos ligados ao Natal. A chegada dos novos voluntários tem mudando a rotina da unidade e contribuído com a missão do
Oncológico Infantil de tratar e cuidar com segurança e humanização dos usuários. “Nossas crianças precisam desse carinho especial. O hospital está de
portas abertas para receber pessoas diferenciadas, como os voluntários, que querem doar amor e cuidados”, explicou a coordenadora de humanização do
Oncológico Infantil, Paula Viana.
Rafael Dahas é um dos voluntários. Gestor de uma pizzaria em Belém, ele levou a equipe de sua empresa para doar pizzas às crianças em tratamento no
Oncológico Infantil. “Com auxílio das nutricionistas do hospital, nossa intenção foi proporcionar algo que toda a criança gosta. O que a gente realmente
deseja é que esses pequenos atos do bem possam confortar as crianças e que os sorrisos que recebemos se prologuem por muito tempo”, disse o
empresário.
Para cerca de 50 crianças em tratamento no Oncológico Infantil, o esforço dos voluntários proporcionou um passeio em parque de diversões.
Recepcionadas pelo Papai Noel, as crianças viveram momentos de diversão. “Quero agradecer a todos que fizeram essa festa. Foi incrível. Gostei muito
dos brinquedos, principalmente da tirolesa”, disse Mariely Costa da Silva, de nove anos.
Essa alegria das crianças é que tem contagiado o trabalho da voluntária Claudia Massoud que, há 11 anos, atua com os amigos no grupo “Semeando Amor”
pelos hospitais. “Um dos maiores presentes para nós é ver a felicidade das crianças saindo do hospital e podendo brincar”, revelou ela.
Até o final do mês, os voluntários ainda serão vistos com frequência no Oncológico Infantil. Eles estarão na maioria das programações agendadas, entre
elas: entrega de presentes, eventos religiosos e rodas de conversa.
Tailândia
“Doe brinquedo e faça uma criança feliz”. É o projeto desenvolvido pelo Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) do Hospital Geral de Tailândia (HGT), na
mesorregião do nordeste paraense, que encerrou a programação natalina com um significativo saldo de mais de 500 pessoas, entre usuários e membros da
comunidade local que foram beneficiados com a distribuição de brinquedos e cestas básicas.
Os donativos foram arrecadados por meio de intensa campanha promovida pelo GTH junto aos colaboradores e voluntários da cidade. As ações começaram
no dia 13, em parceria com a direção da Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria do Socorro Ricarte Lopes, que desenvolve o projeto “Dia Feliz.
Heróis Solidários”, que presenteou menores internados no hospital. Os presentes foram entregues pelo Papai e Mamãe Noel. Houve também apresentação
de coral formado por estudantes do estabelecimento.
No dia 16, O HGT repetiu a campanha que já vem sendo realizada há três anos pelo hospital: “Padrinhos Solidários”, que atende pedidos de presentes de
alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental José Alfredo de Souza, que enviaram cartinhas para o hospital. Foram mais de 200 doações de
brinquedos. O evento contou ainda com brincadeiras, apresentação de palhaços e Papai Noel.
No dia 20, o GTH foi até a sede do Departamento de Regulação do Município (DRM), onde fez o Natal de aproximadamente 50 crianças carentes atendidas
pelo programa de Tratamento Fora do Domicílio (TFD) de Tailândia. A ação contou com apoio da assistente Social da Regulação Municipal, Laura Resende.
Nos dias 21 e 22, os membros do GTH passaram o dia distribuindo mais brinquedos e mais de cestas básicas para pacientes internados e em atendimento
e também para famílias carentes da comunidade, que foram previamente cadastrados pelo Serviço Social do hospital.
Sem esconder a satisfação pelo impacto positivo da programação natalina junto aos usuários e à comunidade local, o diretor executivo da unidade
hospitalar, José Neto, agradece a equipe de colaboradores e às parcerias que deram sua contribuição para levar alegria e autoestima aos beneficiados da
campanha.
“Tudo que realizamos desde o início deste mês exigiu trabalho árduo da equipe para arrecadação dos donativos e contou com a solidariedade de quem fez
a doação em prol de um Natal mais feliz para centenas de pessoas. Só tenho a agradecer a todos e desejar um Natal de luz e reflexões e Ano Novo de
muita saúde e conquistas para uma saúde pública cada vez mais ampla e melhor”.
Jean Bitar
"Estou desempregada e tenho quatro filhos. Hoje, eles receberam roupa e calçado novo, além de que teremos uma ceia de Natal. Não tenho palavras para
descrever a minha gratidão. Que seja o primeiro ano de muitos", declarou a dona de casa Fernanda Ribeiro, 30 anos, uma das pessoas beneficiadas pela
campanha “Natal Solidário”, promovida nos dias 21 e 22 pelo Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) do Centro Hospitalar Jean Bitar (HJB), em Belém.
A ação foi realizada em uma comunidade carente do município de Ananindeua (Região Metropolitana de Belém) e distribuiu kits com roupas e sandálias
para 30 crianças, de até 12 anos, doadas por voluntários do hospital. A confraternização de Natal antecipada contou ainda com brincadeiras e atividades
lúdicas. Ao final, foram sorteadas cestas básicas entre as mães das crianças.
Paralelamente, no hospital, usuários, acompanhantes, funcionários e visitantes participaram de uma celebração com músicas natalinas durante toda a
manhã. O grupo, composto pelos músicos Mauro Coutinho, Paulo Henrique e Mateus Alencar, percorreu as clínicas médica e cirúrgica, além da área
administrativa, alegrando o ambiente hospitalar.
Os pacientes foram surpreendidos pelos residentes de clínica médica - que junto do preceptor e médico do CHJB, Salomão Kahwage -, distribuíram
presentes com kits de higiene pessoal. O clima de descontração e integração marcou o dia de quem está acostumado apenas com o atendimento médico.
Maria Júlia e seu filho, José Carlos de Oliveira da Silva, vão passar o Natal juntos, após vários meses de separação
24/12/2017 09:54h
Uma família vai ter o Natal mais feliz neste ano, graças ao trabalho da equipe que atende os pacientes da área de Psiquiatria do Hospital
de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV), em Belém. A matriarca, que estava desaparecida há quase cinco meses, foi devolvida a seus
parentes após um período de internação, quando recebeu tratamento e estímulo da equipe multiprofissional do setor psiquiátrico, para
tentar recuperar a memória, além da saúde abalada.
A paciente - que ficou conhecida no setor de Psiquiatria como a “Desconhecida da Arthur Bernardes” – chegou ao hospital no dia 22 de
julho deste ano, por volta da meia-noite, quando deu entrada na emergência psiquiátrica, trazida por uma equipe do Samu. Ela estava na
Rodovia Arthur Bernardes, andando entre os carros que trafegavam pelo local, muito agitada e delirando. Naquele momento, não havia
como obter nenhuma informação com a paciente sobre sua procedência, seus parentes ou algum contato.
Logo após a chegada da paciente foi dado início ao Protocolo de Desconhecidos, que estabelece os procedimentos para localização de
familiares e conhecidos de pacientes sem condições de se comunicar. O primeiro passo é obter o máximo possível de informações com a
equipe de resgate. É com base nessas informações que será feita, posteriormente, a busca ativa no local do encontro, pela equipe
multiprofissional.
A assistente social Gisele Soares foi à Rodovia Arthur Bernardes com uma foto da desconhecida, mostrou aos moradores da área, mas
não obteve êxito. A mesma foto foi enviada para veículos de comunicação.
Enquanto a busca era feita, a paciente enfrentava vários problemas. Ao chegar ao hospital ela apresentava várias úlceras pelo corpo. Após
exames, também foi constatado que havia úlceras na região gástrica, o que levou ao uso de sonda para alimentação.
Paralelamente a esses cuidados, a equipe estimulava a memória. “Nós fazemos a estimulação do paciente, tentando fazer com que ele se
lembre de fatos, histórias que levem à descoberta de sua origem. Ela, um dia, disse que se chamava Maria”, contou Rita Favacho, chefe
da enfermagem da Psiquiatria.
As buscas externas levaram também a assistente social Gisele Soares ao Centro de Referência Especializado para População em
Situação de Rua (Centro Pop). No local poderia haver o registro da passagem da paciente. O Centro Pop, inaugurado pela Prefeitura de
Belém em 2013, faz abordagens e oferece cuidados com higiene e alimentação, além de cadastro e entrevista para o encaminhamento à
rede de proteção social de pessoas que estejam em situação de abandono nas ruas. Mas, como atestou a assistente social Giseles
Soares, não havia registro de passagem ou de alguém que lembrasse da paciente.
“Ela voltou” - O resultado negativo das buscas feitas fora do hospital direcionaram as expectativas da equipe nas tentativas de fazer a
paciente recuperar a memória. A psiquiatra encarregada do tratamento diminuiu a dosagem dos remédios, pois chegou à conclusão de que
o estado da paciente era causado por demência, provavelmente mal de Alzheimer. Isso facilitou a volta das lembranças, com nomes e
fatos, como a perda de um filho. O progresso mais significativo foi quando Maria, numa das sessões de estímulos, lembrou de um ônibus
que passaria perto da sua casa, da linha Guamá-Montepio. Esse novo dado motivou a equipe a voltar ao local do resgate, em companhia
da paciente. Mas isso não foi possível devido aos problemas gástricos de Maria, que impossibilitaram sua saída do hospital.
No dia último 19, a equipe responsável pela busca ativa, junto com a paciente, se deslocou até o final da linha do ônibus que havia surgido
nas lembranças de Maria. No local, próximo ao Canal do Tucunduba, próximo a um dos portões de acesso da Universidade Federal do
Pará (UFPA), houve o primeiro sinal de que a busca chegava ao fim. “Paramos uma pessoa e perguntamos se ela conhecia aquela
senhora, e a resposta foi positiva”, disse Gisele Soares. Caminhando na direção indicada, mais uma pessoa reconheceu Maria e apontou a
rua onde ela morava.
Chegando ao local, os moradores indicaram a residência da paciente. Na chegada, a emoção tomou conta de todos. Uma família inteira -
pai, mãe e dois filhos pequenos - correu para abraçar Maria. “Ela voltou. Não disse que ela voltava para o Natal?”, repetia José Carlos de
Oliveira da Silva, um dos filhos da paciente, que se chama Maria Júlia de Oliveira, nascida em janeiro de 1958.
Em meio à calorosa recepção, José Carlos contou que foi a segunda vez que a mãe desapareceu. Na primeira, ela estava próximo à
residência onde mora com o filho, e foi devolvida à família. Já na segunda vez ela demorou a ser localizada, mas a família nunca perdeu a
esperança de tê-la de volta para o Natal, garantiu o filho, aposentado por invalidez.
Muitas histórias - Finais felizes como o de Maria Júlia são raros. Atualmente, duas mulheres e um homem estão na mesma situação no
setor de Psiquiatria do Hospital de Clínicas. Pacientes em sofrimento mental que não conseguem dar referências para localizar parentes ou
amigos acabam, geralmente, ficando internados em hospitais psiquiátricos, enquanto buscas são feitas para tentar levá-los de volta para
casa. O internamento é necessário diante da falta de locais para acolhimento de pessoas em situação de abandono na idade adulta.
Uma tentativa de melhorar o tratamento para essas pessoas está nas Residências Terapêuticas, que reproduzem o ambiente familiar ao
mesmo tempo em que oferecem assistência psiquiátrica, psicológica e outros cuidados. Em Belém, atualmente, há somente um abrigo
desse tipo, no Distrito de Icoaraci, onde moram 15 pessoas.
O lado mais dramático surge quando os parentes localizados se recusam a ficar com os pacientes. É o caso de um septuagenário, que
está internado no HC porque a família não quer recebê-lo de volta. Isso levou a direção do hospital a procurar a Justiça, que deve decidir o
destino do idoso.
Mesmo com essas dificuldades, a busca ativa para encontrar parentes de pacientes, feita pela equipe multiprofissional da Psiquiatria tem
momentos de êxito. São histórias que lembram filmes policiais. Nessa busca, assistentes sociais já viajaram a estados com poucas
informações, fotos ou o nome de uma rua. Com o alcance da internet, a busca ganhou mais agilidade.
O retorno em uma carta - Também há histórias que terminam bem por conta de ajudas inesperadas, com o caso de uma paciente recolhida
na rua, em Belém, que chegou à emergência psiquiátrica sem saber o próprio nome e nem sua procedência. Com o passar dos dias, a
mulher começou a se comunicar, com certa dificuldade, e até a falar em outro idioma, mas sempre se negando a revelar seu passado.
O mistério foi desfeito quando pessoas se apresentaram à equipe médica se identificando como familiares da paciente. Eles disseram que
chegaram ao hospital devido a uma carta enviada por alguém que havia feito amizade com a desconhecida.
A carta narrava a história da paciente e informava o local onde ela estava. Segundo o relato, ela casou com um alemão e foi morar na
Alemanha. Depois de alguns anos, já com filhos, o casamento acabou por conta de problemas psicológicos da esposa, que foi expulsa de
casa pelo marido. Ele pagou a passagem de volta dela ao Brasil, mas o destino não foi a Bahia, terra natal da paciente. Ela vagou por
vários estados até chegar ao Pará, onde foi atendida no Hospital de Clínicas, e depois encontrada pelos parentes.
Uma história com final feliz, que mostra a importância da solidariedade e do acolhimento oferecido a pessoas que, muitas vezes, ficam sem
rumo, mas que precisam apenas de cuidados, acompanhados de um gesto que pode levá-las ao reencontro do sentido de suas vidas.
Biotérios são instalações para produzir e manter animais destinados a pesquisas em diferentes áreas da ciência Baixar Foto
Foto: Thiago Gomes /Ag. Pará A pesquisadora Simone Haru (d), que está à frente da pesquisa, diz que a substância funcionará
como medicamento principal ou auxiliar nas terapias de combate ao câncer Baixar.
23/12/2017 10:50h
Uma pesquisa realizada na Universidade do Estado do Pará (Uepa) poderá beneficiar quem luta contra o câncer. Os testes estão sendo
realizados em camundongos, no biotério do Centro de Ciências Biológicas, resultado da parceria entre a Uepa e a Universidade Federal do
Pará (UFPA). A substância, desenvolvida a partir de um medicamento já utilizado no combate ao câncer, está sendo patenteada.
Segundo a pesquisadora Simone Haru, que está à frente da pesquisa do antitumorígeno, a substância funcionará como medicamento
principal ou auxiliar nas terapias. Ela informa que a motivação para o desenvolvimento da nova droga foi a observação de que os
medicamentos em uso nos tratamentos contra o câncer causam muitas reações adversas. “Estamos desenvolvendo um fármaco que
diminui esses efeitos”, afirma a pesquisadora.
Devido ao processo de busca da patente, os detalhes do novo medicamento não podem ser revelados, mas a pesquisadora adianta que é
derivado de um medicamento já existente no mercado. “Os beneficiados serão os pacientes que lutam contra o câncer e sofrem com
reações adversas aos medicamentos utilizados em seus tratamentos”, reitera Simone Haru.
Para um medicamento ser liberado para uso por seres humanos deve passar por várias fases. A primeira é a fase não clínica, em que os
cientistas testam as substâncias em laboratório e em animais de experimentação, sempre obedecendo à normas de proteção aos animais.
O objetivo principal desta fase é verificar como a substância se comporta em um organismo.
“Primeiramente, nós temos a fase in vitro, onde o medicamento é testado em células com câncer, para somente depois ser aplicado aos
camundongos. Tudo isso para diminuir os óbitos entre os animais. Após os camundongos, os testes serão realizados com animais maiores,
até chegar aos testes com seres humanos voluntários”, informa a pesquisadora. Todo esse processo leva aproximadamente 15 anos.
O biotério da Uepa foi inaugurado em maio deste ano, em uma área de 285 metros quadrados, para abrigar animais em condições
adequadas à utilização em experimentos científicos ou produção de vacinas e soros. O biotério visa atender às demandas de
pesquisadores da Uepa, mas também colabora com outras instituições.
Biotérios são instalações para produzir e manter animais destinados a pesquisas em diferentes áreas da ciência. Independentemente da
espécie ou linhagem dos animais, o manejo e a manutenção devem atender aos princípios éticos na experimentação animal.
Ampliação - “Hoje, o biotério da Uepa segue toda a legislação para o bem-estar dos animais e para o desenvolvimento da pesquisa
científica”, ressalta o veterinário Mário Leal, responsável pelo biotério. Atualmente, o biotério mantém cerca de 80 animais, mas em 2018
esse número deverá chegar a 900, para atender à demanda de novas pesquisas.
Mesmo sendo um prédio novo, que atende às exigências da legislação, algumas adaptações foram necessárias para receber os animais.
Hoje, o biotério conta com alojamentos específicos para cada espécie de animal, com temperatura e luminosidade controladas, e acesso
restrito, para facilitar a limpeza e o manuseio dos animais, e garantir que fiquem livres de contaminação. “O biotério da Uepa se encaixa
em todos estes pré-requisitos”, informa o veterinário.
De acordo com a Rede Nacional de Biotérios de Produção de Animais para Fins Científicos, Didáticos e Tecnológicos (Rebioterio), mantido
pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações (MCTIC), as instituições de pesquisa devem investir na construção e manutenção de biotérios de criação e experimentação,
com o objetivo de promover o desenvolvimento da ciência e tecnologia, com reflexos diretos na saúde pública.