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Objetivos específicos
● Propiciar um momento de apoio mútuo entre os alunos através dos estudos de caso,
tarefas intermediárias e jornada científica presencial.
● Fortalecer o referencial teórico e prático acerca do enfrentamento da violência contra
crianças e adolescentes.
● Cooperar com as ações interventivas dos alunos em seus municípios, assessorando e
incentivando na implantação de programas de prevenção e atendimento direto na
área do enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes.
● Incentivar o funcionamento de redes de proteção à criança e ao adolescente vitimiza-
dos, favorecendo o intercâmbio de serviços no enfrentamento do fenômeno.
Apresentação
A violência contra a criança e o adolescente Trata-se de um trabalho pioneiro, pois é o
consiste num fenômeno complexo, que único curso de pós-graduação em nosso
abrange várias modalidades. Nosso curso país a estudar a violência contra a criança e
estudará a violência doméstica, a explora- o adolescente abordando conjuntamente as
ção sexual comercial e o trabalho infantil. modalidades: violência doméstica, explora-
Nossa metodologia terá como foco a abor- ção sexual comercial e trabalho infantil.
dagem do marco conceitual de cada uma
dessas violências, seu diagnóstico e as es- Sem dúvida, o curso representa um avanço
tratégias para o seu enfrentamento, anali- significativo na luta por uma cultura de paz.
sando inclusive a respectiva legislação. Esperamos que todos os nossos alunos
possam desfrutar das temáticas aqui colo-
A abordagem dos temas será feita dentro de cadas, aplicando os conhecimentos adquiri-
uma visão multidisciplinar e interinstitucional, dos, tornando-se defensores competentes e
isso porque o combate a violência contra a comprometidos com a causa da criança e do
criança e o adolescente requer ação conjun- adolescente vitimizados.
ta, e cada vez mais especializada, de dife-
rentes profissionais, que devem atuar em
rede.
INTRODUÇÃO
A violência contra crianças e adolescentes
sempre esteve presente na sociedade. Se- Todo ato ou omissão
gundo deMause (1975):
OBJETIVO
Estudar o marco conceitual do fenômeno da
violência contra crianças e adolescentes,
abordando as seguintes modalidades: Sujeito Ativo
1. Violência doméstica
2. Exploração sexual comercial a) Pais: biológicos ou por afinidade (pa-
3. Trabalho infantil drasto e madrasta).
b) Responsáveis: tutores e curadores.
c) Parentes: irmãos, avós, tios etc.
1. Violência doméstica
Conceito de tutela
Conceito de curatela
Ainda de acordo com Diniz (2003), o concei- Sujeito Passivo
to de curatela pode ser definido como:
Crianças e adolescentes são sujeitos passi-
vos da violência doméstica. Segundo o Esta-
“Encargo público cometido a alguém, por lei,
tuto da Criança e do Adolescente (ECA),
para reger e defender uma pessoa e adminis-
trar os bens de maiores incapazes que, por si considera-se:
sós, não estão em condições de fazê-lo, em
razão de enfermidade ou deficiência mental”
● Criança – pessoa com até 12 anos in-
(RT, 529:80). completos.
● Adolescente – pessoa entre 12 e 18 anos
de idade.
Estão sujeitos à curatela
(art. 1.767, CC)
a) Aqueles que, por enfermidade ou defici- Violência Física, Sexual
ência mental, não tiverem o necessário dis- e Psicológica
cernimento para os atos da vida civil.
b) Aqueles que, por outra causa duradoura,
não puderem exprimir a sua vontade. Violência física
c) Os deficientes mentais, os ébrios habi-
tuais e os viciados em tóxicos. Muitas são as discussões quanto à forma
d) Os excepcionais sem completo desenvo- conceitual da violência doméstica física.
lvimento mental. Para alguns, só existirá dano físico quando
e) Os pródigos, isto é, pessoas que gastam estiver presente o dano anatômico. Para
desordenadamente suas posses. para outros, ela se quando da ação resultar
dor, mesmo que não produza dano físico, a
Segundo Diniz (2003): violência já estará presente.
2. Exploração sexual
comercial Tráfico Humano
Foi realizado em 1996, na cidade de Esto-
colmo, Suécia, o I Congresso Mundial contra
a Exploração Sexual Comercial de Crianças.
Na ocasião, o conceito de exploração sexual O tráfico é realizado com vários objetivos,
comercial foi definido como: dentre os quais destacamos:
● exploração sexual;
● escravatura;
● remoção de órgãos.
“(...) o uso de uma criança para propósi-
tos sexuais em troca de dinheiro ou favo- Geralmente, as crianças são recrutadas
res em espécie entre a criança, o cliente, através do uso de força, coação, rapto e
o intermediário ou agenciador, e outros abuso de autoridade. Muitas vezes são da-
que se beneficiam do comércio de crian- das ou vendidas por uma pessoa que tenha
ças para esse propósito.” autoridade sobre elas.
● prostituição;
● pornografia; “A expressão 'tráfico de pessoas' significa
● turismo sexual; e recrutamento, transporte, transferência,
● tráfico de crianças e adolescentes para abrigo ou recebimento de pessoas, por
fins comerciais e sexuais. meio de ameaça ou uso de força ou de
outras formas de coerção, rapto, fraude,
engano, abuso de poder ou posição de
vulnerabilidade ou de dar ou receber pa-
Prostituição gamentos ou benefícios para obter o con-
sentimento para uma pessoa ter controle
sobre outra pessoa, para o propósito de
exploração.
Ocorre em uma relação mercantil e sexual,
em que ocorre uma permuta de sexo por va- A exploração incluirá, no mínimo, a explo-
lores materiais ou sociais. As crianças e os ração da prostituição de outrem ou outras
adolescentes, por sua vulnerabilidade e formas de exploração sexual, o trabalho
condição própria de pessoas ainda em pro- ou serviços forçados, escravatura ou prá-
cesso de desenvolvimento, devem ser vistos ticas similares à escravatura, a servidão
como vítimas, logo são “prostituídas”, e não ou a remoção de órgãos.”
“prostitutas”.
3. Trabalho infantil
Turismo sexual
Pornografia infanto-juvenil
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