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1 - Os legitimados para propor no STF as 4 ações do controle concentrado (ADI, ADC, ADO e
ADPF) são os MESMOS! São legitimados para propor ADI, ADC, ADO e ADPF no STF: 4
autoridades (Presidente da República, Governadores de Estado, Governador do DF e PGR), 4
Mesas (Mesa do Senado Federal, Mesa da Câmara dos Deputados, Mesas das Assembleias
Legislativas e Mesa da Câmara Legislativa do DF), 4 entidades (Conselho Federal da OAB, Partido
Político com representação no Congresso Nacional, confederação sindical e entidade de classe
de âmbito nacional).Os legitimados que estão grifados são os especiais, isto é, os que precisam
demonstrar pertinência temática; os que não estão grifados são os universais, que não precisam
demonstrar a pertinência temática, pois o interesse é presumido. A legitimidade ativa do Partido
Político é aferida no momento da propositura da ação. Se houver perda superveniente de
representação parlamentar no Congresso Nacional, isso não desqualificará o Partido a
permanecer no polo ativo da relação processual.
2 - A decisão de mérito em ADI tem efeito vinculante, erga omnes e, em regra, efeitos ex tunc –
mas havendo razões de segurança jurídica ou excepcional interesse social, o STF, por 2/3 de seus
membros, poderá modular os efeitos temporais da decisão para que esta produza os seus efeitos
em outro momento (por ex.: efeitos ex nunc ou pro futuro). Segundo entendimento do STF,
poderá haver a modulação dos efeitos temporais também em suas decisões de
inconstitucionalidade proferidas no controle difuso.
4 - O STF poderá conceder medida cautelar em ADI desde que aprovada pela maioria de seus
membros, salvo no caso do período de recesso em que esta poderá ser concedida pelo
Presidente do Tribunal e referendada pelo Pleno. A medida cautelar concedida suspenderá a
norma impugnada e terá efeitos vinculantes, erga omnes e, em regra, ex nunc. A concessão da
cautelar em ADI torna aplicável a legislação anterior acaso existente (efeito repristinatório, que é
automático; art. 11, §2°, Lei 9.868/99), salvo se houver expressa manifestação do STF em sentido
contrário.
6 - O STF está obrigado (art. 178, RISTF) a comunicar ao Senado Federal a decisão que declarou,
no controle difuso (em decisão definitiva), a inconstitucionalidade de uma norma. O SF não está,
todavia, obrigado a atuar, a suspender a execução da lei e, com isso, transformar o efeito em
erga omnes (art. 52, X, CF). Se o STF, em decisão definitiva no controle difuso, houver declarado
a constitucionalidade da norma ou mesmo sua não recepção (quando o objeto avaliado é
anterior ao parâmetro constitucional), não há que se falar em comunicação ao SF.
10- O Presidente da República não será responsabilizado, na vigência do mandato, por atos
estranhos à função presidencial, mas responderá por estes atos após o término do mandato. O
Presidente só pode ser preso por sentença penal condenatória prolatada pelo STF. O Presidente
somente será processado por crime comum no STF e por crime de responsabilidade no Senado
Federal, se antes a Câmara dos Deputados autorizar, por 2/3 de seus membros, o
processamento. A autorização da CD não vincula o STF (que fará novo juízo de admissibilidade),
mas vincula o Senado (que deverá instaurar o processo). A suspensão do Presidente de suas
funções se inicia com a instauração do processo pelo Senado, ou quando o STF recebe a
denúncia ou queixa crime, isto é, não se inicia com a autorização dada pela CD (art. 86, CF/88).