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Centro Universitário do Distrito Federal – UDF Comentado [m1]:

Coordenação do Curso de Arquitetura e Urbanismo

BEATRIZ DAMASCENO BRITO

A QUESTÃO HABITACIONAL NO BRASIL

Brasília

2016
BEATRIZ DAMASCENO BRITO

A QUESTÃO HABITACIONAL NO BRASIL

Trabalho de conclusão de curso


apresentado à Coordenação de
Arquitetura e Urbanismo do Centro
Universitário do Distrito Federal -
UDF, como requisito parcial para
obtenção do grau de bacharel em
Arquitetura e Urbanismo.

Orientador: Marcelo Almeida

Brasília

2016
1. INTRODUÇÃO

Por vários lugares habitados no Brasil pode-se observar ocupações


ilegais e irregulares que fazem parte do cenário social, sendo principalmente por
falta de moradia. Contudo, não pode-se simplificar o problema de habitação ao
simples fato de não ter um imóvel para morar, deve-se atrelar a falta de uma
posse segura, que gera construções de más qualidades e localizadas em áreas
ilegais. Desse maneira exposta, pode-se constatar que existe uma cadeia de
fatos que resultam no problema habitacional no país.

Partindo dessa visão do cenário nacional, delimitou-se o objetivo geral do


trabalho que consiste em desenvolver um projeto de moradia para pessoas de
baixa renda utilizando-se o sistema modular atrelado a sustentabilidade. Para Comentado [m2]: Qual o critério de sustentabilidade
aqui?
melhor desenvolvimento optou-se por trabalhar com objetivos mais específicos:
(I) Identificar os fatores que estão presentes no processo de habitação no Brasil
e como afeta a marginalização de pessoas de baixa renda; (II) Compreender a Comentado [m3]: Amplo e vago. Definir melhor.

importância de novas formas de habitação para integração de pessoas de baixa


renda nos centros urbanos; (III) Desenvolver um projeto arquitetônico voltado Comentado [m4]: Aonde em seu TCC há alguma
referencia a alguma nova forma de habitação?
para atender as necessidades de pessoas de baixa renda localizado em centros
urbanos tendo como base a sustentabilidade. Comentado [m5]: Especificar que projeto arquitetônico
você ira propor. Edificio residencial? Casas
geminadas? Unifamiliares?
Levando em consideração o cenário atual do país, pode-se afirmar que Comentado [m6]: Do que? Que tipo?
um dos maiores problemas sociais é a habitação. É interessante destacar que a
questão habitacional não se restringe apenas a uma falta de moradia ou uma
moradia indigna, mas a uma série de fatores que devem ser observados para Comentado [m7]: Como seria essa habitação indigna?

que encontre uma solução mais adequada. Desta maneira elaborou-se a


questão norteadora do trabalho: Como o sistema modular empregado para
habitações nos centros urbanos possibilitaria a pessoas de baixa renda ter maior Comentado [m8]: Qual sistema modular foi
empregado em seu projeto?
inclusão social?
Comentado [m9]: Qual sistema modular? Qual a
relação de um sistema modular com inclusão social?
De acordo com Lorezenti (1998) afirma que o direito a uma moradia digna Comentado [m10]: Qual pagina? O que é seu e o que
é dele no texto?
está presente na comunidade internacional desde a Declaração Universal dos Quem é?

Direitos Humanos de 1948. O artigo 25 da Declaração discorre que “Todo ser


humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar-lhe, e a sua família,
saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados
médicos e os serviços sociais indispensáveis [...]”. Atualmente o entendimento
sobre habitação que está inserido na política nacional de habitação tem como
objetivo garantir uma moradia digna que permita a inserção urbana, como
também infraestrutura, equipamentos comunitários, não se restringe a ideia de
habitação como uma simples casa, mas sim o direito de habitar com dignidade
(FERNANDES; SILVEIRA, 2010). Comentado [m11]: Qual pagina? O que é seu e o que
é dele no texto?

A metodologia utilizada para desenvolver o presente trabalho se divide


em duas. A primeira ferramenta utilizada foi o revisão bibliografia, trabalhando
autores de áreas distintas, como Direito, Sociologia, Serviço Social, Gestão Comentado [m12]: Cadê?

Pública, para trazer um referencial teórico que pudesse embasar a pesquisa


desenvolvida, discutindo o problema da habitação no Brasil, como isso poderia
ser solucionado, quais seriam os meios para se alcançar uma habitação digna. Comentado [m13]: Não há solução possível?

No segundo momento utiliza-se da ferramenta Revit, que é um programa voltado Comentado [m14]: Há parâmetros para se considerar
uma habitação como digna? Se sim, quem estipulou os
para construção de projetos arquitetônicos, onde se coloca em prática todo parâmetros?

arcabouço teórico desenvolvido na primeira parte do trabalho. Comentado [m15]: Aqui você irá fazer um projeto
arquitetônico. Não importa aqui, qual o software a ser
utilizado.
O projeto arquitetônico terá como ponto base o sistema modular e como Comentado [m16]: Qual sistema?
característica primordial a sustentabilidade. Escolheu-se um terreno localizado Comentado [m17]: Porque? Como?

no centro de Brasília, capital do Brasil, como uma forma de demonstrar que Comentado [m18]: ???

construções para pessoas de baixa renda podem ser implementadas em centro


urbanos e não gera poluição visual, como muitos afirmam, e sem marginalizar Comentado [m19]: Qual a relação poluição visual com
habitação de baixa renda? Qual é o critério para
pessoas por seu status social. considerar uma habitação como poluição visual?

Esse trabalho se justifica como uma forma de contestação dos padrões


de construções populares que o Governo Federal vem adotando nos últimos Comentado [m20]: Onde estão estipulados os
padrões? A culpa é do Governo ou de quem constrói?
anos. São construções que não possuem em seu projeto a sustentabilidade, Há fiscalização para verificar a qualidade da obra?

como também pode-se observar a utilização de materiais de baixa qualidade, o


que resulta na durabilidade pequena, necessitando logo de reparos que geram
gastos altíssimos a seus proprietários. Outra característica que pode-se observar
nas construções populares realizadas por empresas particulares que são
contratadas mediante licitação é que o que ofertar o menor custo consegue o
contrato, não havendo uma preocupação com os materiais utilizados e sua
qualidade.
São grandes obras geradas por esses programas habitacionais do
Governo, com objetivo de atingir o maior número possível de pessoas, os locais
escolhidos para o desenvolvimento dos projetos são afastados dos grandes
centros urbanos, e para piorar a situação, toda implementação de uma
infraestrutura e todos serviços públicos necessários demandam muito tempo
para fazerem parte da realidade das pessoas a que são destinadas essas
moradias. As pessoas que moram nesses locais não possuem um transporte
adequado, como ônibus e metrôs, ou se possuem não é suficiente para a grande
demanda dos locais, além de ausência de escolas, saúde e até mesmo
comércios próximos. Desta forma questiona-se a eficácia e eficiência desse
modelo de habitação adotada pelo Governo Federal, como exemplo do
programa Minha Casa Minha Vida, onde pessoa de baixa renda só possuem
essa forma de ter uma moradia mais digna para sua família.

2. REFERENCIAL TEÓRICO Comentado [m21]: Se você vai propor trabalhar com


sistema modulado, é importante você pesquisar sobre a
historia da construção modulada. Veja os exemplos
2.1 QUESTÃO HABITACIONAL MAIS QUE UMA QUESTÃO SOCIAL norte-americanos da metade do século XX.
Comentado [m22]: Divida em 3 topicos: mundo, brasil
e distrito federal.
A questão habitacional em uma amplitude tem seus primeiros
apontamentos no processo de industrialização por volta do século XVIII. Neste
período Friedrich Engels, que foi um teórico revolucionário alemão que fundou o
marxismo, já demonstrava em seus escritos as condições habitacionais da
classe operária na Alemanha, sendo um dos percussores sobre essa temática e
também trouxe as formas que a burguesia passou a enfrentar determinados
problemas de moradia.

A situação habitacional tem seu ponto maior de eclosão de problema por


dois fatores, primeiro ocorre o esbulho das terras de camponeses pelo capital e
segundo pelo processo migratório que impulsionou os trabalhadores rurais a
irem para as cidades em busca de melhores condições de vidas através do
trabalho industrial. Sobre o processo de êxodo rural e a ampliação da
urbanização Silva (1989 apud CASTELLS, 1983, p. 460):
Fundamenta-se na decomposição prévia das estruturas sociais
agrárias, com emigração da população para centros urbanos já
existentes, fornecendo a força de trabalho essencial à
industrialização, caracterizada pela passagem de uma economia
doméstica de manufatura e depois uma economia de fábrica,
com concentração de mão-de-obra, criação de mercado e
constituição de um meio industrial.

Engels (1979) traz em sua obra relata que os operários recebiam salários
extremamente baixos para a quantidade de tempo de trabalho que realizavam,
desta forma o local no qual residiam era compatível com o que podiam pagar,
para se ter uma ideia melhor da condição precária as moradias da classe
proletária eram consideradas como disseminadoras de epidemias que se
alastravam por toda cidade, afetando até bairros nobres onde estavam os
grandes capitalistas. Esse período é caracterizado por Engels (1979) como “crise
aguda da habitação” ocasionada pela Revolução Industrial. Comentado [m23]: Qual pagina? O que é seu e o que
é dele no texto?
Quem foi?
A situação agravou-se os responsáveis governamentais do período
seriam resolvidas com medidas rápidas e de cunho sanitário, pois entendia-se
que era relacionado a saúde pública. Após a aplicação dessas medidas Engels
(1979) observou que não seriam suficientes para a resolução dos problemas, era
necessário tratar um problema de estrutura, que só seria solucionado com a
superação do sistema capitalista de produção. Esse teórico considerou que a
questão habitacional está intrinsecamente relacionada ao sistema capitalista,
pois o sistema e as condições salariais não possibilitam ao trabalhador ter
recursos necessários para ter uma moradia adequada para uma vida melhor.

No momento abordado acima a questão habitacional não era


compreendida como um problema social, ou seja, que fosse necessária
intervenção estatal para que o problema fosse sanado. O que realmente
acontecia era ao contrário, onde o Estado buscava a defesa dos grandes
capitalista e do seu capital de investimento, que era um dos maiores propulsores
de mazelas sociais para a classe proletária.

A situação durante o século XIX quando o sistema capitalista


concorrencial é trocado pelo sistema capitalista monopolista, tem uma
perceptível alteração após a segunda metade do século, onde observou-se a
hegemonia do capital estadunidense e a grande mobilidade social que
fomentaram alterações na divisão internacional do trabalho e a expansão da
industrialização para o interior das sociedades subdesenvolvidas. Essas
mudanças no processo de produção afetou diretamente na vida das pessoas
que faziam parte da classe operária, principalmente nos ganhos reais (salários),
resultando dessa maneira em um empobrecimento da população, como também
na qualidade de vida. Durante o século XX não ocorrem muitas mudanças no
âmbito habitacional, pois agora estavam inseridos em um liberalismo clássico,
que busca intervenção mínima no Estado nos meios de produção.

O processo de urbanização no Brasil, é resultante de dois pontos:


primeiro, o crescimento da população; e segundo, pelo intenso processo de
migração, que ocorreu o deslocamento de um alto número de pessoas para a
região Sudeste e posteriormente outra onda migratória para as regiões Norte e
Centro-Oeste. Todo esse processo migratório no país de desenrolou juntamente
com a evolução das atividades produtivas, principalmente com o processo
industrial a partir de 1930, o que resultou no êxodo rural para os centros urbanos,
como São Paulo e Paraná (MATA, 1973 apud MELO, 2007). Comentado [m24]: Qual pagina? O que é seu e o que
é dele no texto?

Pode-se afirmar que o processo de migração no país inicia-se na colônia,


momento em que se observou várias ondas migratórias. Primeiro, o ouro de
Minas Gerais, que vem como uma forma de sanar a crise do açúcar, sendo a
primeira grande migração. Após ocorre a exploração da borracha no norte do
país, que vai deslocar muitos nordestinos para a Amazônia. A partir de 1970,
São Paulo, Paraná e o Centro-Oeste de maneira geral, receberam muitos
Comentado [m25]: Qual pagina? O que é seu e o que
imigrantes (MATA, 1973 apud MELO, 2007). é dele no texto?
Comentado [m26]: Plagio? LUIZ GABRIEL BETTIOL
Realizando uma breve comparação em o Brasil e a Europa, pode-se DUTRA
O processo migratório no Brasil começou desde o início
afirmar de acordo com Ribeiro (1996) que na Europa a questão urbanística da colonização, no momento em que houve um grande
número de ondas migratórias. O ouro descoberto em
iniciou com a inserção da questão social em debates que buscavam reformas Minas Gerais, coincidente com o declínio da economia
açucareira, foi o primeiro processo migratório notável.
sociais. No Brasil, o quesito urbano não teve um ideal reformador, contrário do Depois, a exploração da borracha na Amazônia atraiu
principalmente os nordestinos. Na década de 70, São
que estava ocorrendo em países da Europa, onde essas reformas estavam Paulo, Paraná e o Centro-Oeste atraíram grande
número de imigrantes.
atreladas a uma construção de uma identidade ou nacionalidade do país, e no Comentado [m27]: As guerras na Europa não
mudaram a percepção governamental e da sociedade
sobre o assunto?
nosso país nada estava ocorrendo, nem na agenda política nem no cenário
urbanístico.

Os reformadores no Brasil faziam distinções entre a questão urbana e a


questão social, como não sendo correlatas, demonstrando uma política urbana
composta de ações excludentes, trazendo em seu bojo a segmentação e a
segregação dos espaços das cidades, categorizando-as de acordo com a renda
das classes sociais (RIBEIRO, 1996). Comentado [m28]: Qual pagina? O que é seu e do
autor citado?

Lojkine (1997) discorre que a política urbana é fruto das contradições Comentado [m29]: Qual pagina? O que é seu e do
autor citado?
urbanas, como também resulta das interrelações entre forças sociais distintas
como forma de ocupação e a produção de espaço urbano. A maneira pela qual
o Estado constrói, realiza e aplica a política urbana, torna-se um mecanismo que
agrava as distorções sociais, principalmente ao delimitar o espaço urbano sendo
segregado ao um determinado grupo, ao destinar quais serão os locais onde
serão destinados para a produção e reprodução da força de trabalho,
diferenciando onde serão áreas residenciais de ricos e pobres, observando
sempre um lógica diatômica entre acumulação e desenvolvimento do capital. Comentado [m30]: Qual pagina? O que é seu e o que
é dele no texto?
Deve-se então destacar a afirmação de Ramos (2002, p.137):
Comentado [m31]: Quem é?

As políticas urbanas incidem sobre o espaço, imprimindo sua


marca na configuração territorial e social. As políticas de
responsabilidade do poder central dizem respeito, em sua
maioria, às condições gerais necessárias à reprodução ampliada
do capital e às medidas de controle e incentivo quanto à
instalação e ampliação dos meios de produção do capital.

Pode-se compreender desta questão de contradições que é explicito essa


realidade no cotidiano brasileiro, onde pessoas mais abastadas possuem suas
residências em locais mais nobres da cidade, enquanto pessoas consideradas
pobres, desempregados, ou que possuem subempregos são deslocados para as
periferias onde todo aparato estatal é insuficiente e em péssimas condições. A
população que não possui o poder aquisitivo alto, ao se deparar com o valor
elevado para se ter uma moradia no centro das regiões urbanas, são guiadas
pela sua necessidade ocupam áreas públicas ou locais de reservas ambientais,
ou acomodam-se em áreas de risco como encostas e alagados.

Tudo isso advêm de má estruturação da política habitacional, não sendo


eficaz e eficiente, possibilitando a criação de ocupações em locais indevidos,
resultando em várias formas de assentamentos. Essas pessoas além de colocar
suas integridades físicas em risco como também degradam o meio ambiente ao
seu redor. Essas pessoas que localizam-se em locais irregulares possuem
algumas estratégias de sobrevivência, como afirma Cardoso (2010, p.3):

Nos processos de favelização, encortiçamento e periferização,


onde prevalecem a irregularidade e a ilegalidade do acesso à
terra e precárias condições de sobrevivência, pela carência
quantitativa e qualitativa dos equipamentos e serviços urbanos,
e por grandes dificuldades de acesso ao sistema de transportes,
impedindo assim sua mobilidade plena no espaço da cidade. Comentado [m32]: Muito similar a LUIZ GABRIEL
BETTIOL DUTRA
famílias de menor renda ocupam encostas de morros,
Deve-se enfatizar que o modelo de crescimento e desenvolvimento áreas sujeitas a inundações, locais impróprios para
estabelecer residência em geral. Por isso, acabam
urbano que o Brasil utilizou-se gerou as “favelas” localizadas nas periferias das colocando suas integridades físicas em risco e causam
danos ao meio ambiente. Estas famílias possuem
grandes cidades. As favelas podem ser caracterizadas como assentamentos estratégias de sobrevivência no espaço urbano que se
materializam, segundo Cardoso (2010, p. 03): Nos
urbanos com péssimas condições de vida, com ausência de urbanização e processos de favelização, encortiçamento e
periferização, onde prevalecem a irregularidade e a
serviços públicos, onde moram pessoas de baixa renda. São por completo ilegalidade do acesso à terra e precárias condições de
sobrevivência, pela carência quantitativa e qualitativa
irregulares, pois não possuem a propriedade da terra e muito menos um plano dos equipamentos e serviços urbanos, e por grandes
dificuldades de acesso ao sistema de transportes,
urbanístico para o local em que está habitado. impedindo assim sua mobilidade plena no espaço da
cidade.
Comentado [m33]: Existem definições oficiais para um
Figura 1: Favelas no Brasil espaço habitado ser considerado favela. Inserir em seu
texto.

Fonte: Google, 2016


Com quase nenhuma infraestrutura, Favela passou a ser caracterizada
pela pobreza, falta de higiene e criminalidade:

A favela, vista pelos olhos das instituições e dos governos, é o


lugar por excelência da desordem. (...) Ao longo deste século, a
favela foi representada como um dos fantasmas prediletos do
imaginário urbano: como foco de doenças, gerador de mortais
epidemias; como sítio por excelência de malandros e ociosos,
negros inimigos do trabalho duro e honesto; como amontoado
promíscuo de populações sem moral (ZALUAR; ALVITO, 1999,
p.14). Comentado [m34]: Similar a Patrícia Fabiana Moura
Com pouca ou nenhuma infra-estrutura, a favela virou
cenário e sinônimo de pobreza, falta de higiene e
De acordo com Conti (2006) a história da Favelas está atrelada a história criminalidade. A favela, vista pelos olhos das
instituições e dos governos, é o lugar por excelência da
das Cidades no Brasil. Não é simplesmente relacionar as favelas ao processo desordem. (...) Ao longo deste século, a favela foi
representada como um dos fantasmas prediletos do
de urbanização desenvolvido durante o século XX, torna-se necessário analisar imaginário urbano: como foco de doenças, gerador de
mortais epidemias; como sítio por excelência de
os pontos que levam a favelização das grande massa populacional. Não é um malandros e ociosos, negros inimigos do trabalho duro
e honesto; como amontoado promíscuo de populações
simples exemplo de déficit habitacional, a Favela, representa processos de sem moral. (ZALUAR & ALVITO, 1999, p.14, grifo dos
autores).
interação social, políticos, culturais e até estéticos (JACQUES, 2001). Comentado [m35]: Qual pagina? O que é seu e o que
é dele no texto?
Comentado [m36]: Qual pagina? O que é seu e do
autor citado?
Comentado [m37]: E a conclusão do TCC?
Comentado [m38]: Cópia? Patrícia Fabiana Moura
Para Conti (2006), a história das favelas é análoga à
história das cidades brasileiras. Se antes era
constrangedor associar a favela à dinâmica da
urbanização, ao longo do século XX fez-se necessário
considerar a amplitude de fatores que envolvem a
favelização. Mais do que um déficit habitacional, a
favela reflete os processos sociais, políticos, culturais e
até estéticos (JACQUES, 2001).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Comentado [m39]: Só colocar o que está citado no
texto.

CARDOSO, Adauto Lucio. Desigualdades urbanas e políticas habitacionais.


Rio de Janeiro: IPPUR/UFRJ, 2010

CASTELLS, M. A questão urbana. 4. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

CONTI, Alfio. Favela: Análise crítico-propositiva das abordagens existentes.


In: Cadernos de Arquitetura e Urbanismo, Belo Horizonte, v.13, n.14, p.31-51,
dez.2006.

ENGELS, F. A questão da habitação. Belo Horizonte: Aldeia Global, 1979.

FERNANDES, Cassia do Carmo Pires; SILVEIRA, Suely de Fatima Ramos da.


Ações e contexto da Política Nacional de Habitação: da fundação casa
popular ao programa “minha casa, minha vida”. 2010. In Anais do II Encontro
Mineiro de Administração Pública, Economia Solidária e Gestão Pública (p. 8-
21). Viçosa: UFV.

JACQUES, Paola Berenstein. Estética da ginga: a arquitetura das favelas


através da obra de Hélio Oiticica. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, RIOARTE,
2001.

LOJKINE, Jean. O Estado capitalista e a questão urbana. São Paulo: Martins


Fontes, 1981.

LORENZETTI, Maria Sílvia Barros. A questão habitacional no Brasil.


Consultoria legislativa, jul. 1998

MELO, Francisca das Chagas. Déficit Habitacional Brasileiro: fatores


determinantes da expansão atual. 2007. Dissertação (Mestrado em Serviço
Social) - Programa de Pós Graduação em Política Social, UnB, Brasília, 2007.

MORAIS, Maria da Piedade. Breve diagnóstico sobre o quadro atual da


habitação no Brasil. Ipea: 2011.
RAMOS, Maria Helena Rauta. Metamorfoses Sociais e Políticas Urbanas. Rio
de Janeiro: DP&A, 2002.

RIBEIRO, Luiz César de Queiroz. Cidade, povo e nação. Rio de Janeiro:


Civilização Brasileira, 1996.

SILVA, C. S. M. Programas habitacionais para famílias de baixa renda: O


caso do programa socorro social: efetivação de um direito ou clientelismo?
Brasília: UNB, 2007.

ZALUAR, Alba; ALVITO, Marcos (orgs). Um século de favela. Rio de Janeiro:


Editora FGV, 1999.

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