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16/02/2017

TEMA: Fatores que influenciam na fadiga do material


Prof. MSc. Eng. Eurico Montenegro
FADIGA - CCE0696
ENGENHARIA MECÂNICA
Recife, 16 de Fevereiro de 2017

TÓPICO

OBJETIVO DA AULA
Ao final desta aula, você deverá:
1. Saber os conceitos de fadiga e de materiais;
2. Conhecer as composições químicas dos materiais, através de suas
respectivas classificações;
3. Conhecer o tipo e amplitude de carregamento;
4. Conhecer a importância do acabamento superficial;
5. Identificar os tipos de erros encontrados na rugosidade superficial;
6. Exercício de Fixação.

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INTRODUÇÃO
o Fadiga – é a deformação plástica progressiva que leva ao
acúmulo de danos que podem iniciar uma ou mais trincas no
material, podendo levar o mesmo à fratura;
o É uma condição mecânica do material na qual o mesmo está
sujeito à tensões cíclicas;
o É a causa principal de ruptura em peças ou partes mecânicas
em serviço, sendo responsável por cerca de 90% das mesmas;
o É um tipo de fratura que ocorre sem evidências macroscópicas
de que o material irá romper;
o É um fenômeno essencialmente de superfície, onde a fratura
ocorre para tensões nominais abaixo do limite de escoamento.

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CONCEITO DE MATERIAL
o A palavra material provém do termo latim materiālis e diz
respeito àquilo que pertence ou é relativo à matéria, opondo-se
assim ao espiritual e ao moral. No entanto, o conceito tem
diferentes acepções consoante o contexto;
o Para a ciência, um material é qualquer conglomerado de matéria
ou de massa;
o Na engenharia, um material é uma substância (composto químico)
com uma propriedade útil, podendo ser mecânica, elétrica,
óptica, térmica ou magnética;
o No campo da arte, dá-se o nome de material à obra (fruto do seu
trabalho) do artista (por exemplo, “A banda britânica foi atuar na
capital argentina para apresentar o seu novo material”). O
mesmo aplica-se para as obras.
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O MUNDO DOS MATERIAIS


o Denominação mais popular dada à antiga era da civilização:
 Idade da pedra – 2,5 milhões de anos atrás;
 Idade do bronze – 2000 até 1000 a.C. (ligas de cobre e estanho);
 Idade do Cobre – 4000 e 3000 a.C.;
 Idade do Ferro – 1000 até 1 a.C.;
 Século XX – “era dos plásticos” e “idade do silício”.

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EVOLUÇÃO DA UTILIZAÇÃO DOS MATERIAIS

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CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS


o A classificação tradicional dos materiais é geralmente baseada
na estrutura atômica e química destes.

 Metais
 Cerâmicos Ligação química e
 Polímeros estrutura atômica

 Compósitos
 Semicondutores Aplicação
 Biomateriais

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CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS


TIPO DE CARACTERÍSTICAS CONSTITUINTES
MATERIAL TÍPICOS
Dúctil, Resistência Mecânica Átomos Metálicos e Não-
METÁLICOS Elevada, Condutor Elétrico e Metálicos
Térmico, Dureza Elevada, Opaco
Frágil, Isolante Térmico e Óxidos, Silicatos, Nitretos,
CERÂMICOS Elétrico, Alta Estabilidade Aluminatos, etc.
Térmica, Dureza Elevada,
Transparentes em Alguns Casos;
Dúctil, Baixa Resistência Cadeia Molecular Orgânica de
POLIMÉRICOS Mecânica, Baixa Dureza, Flexível, Comprimentos Elevados
(Plásticos) Baixa Estabilidade Térmica,
Transparentes em Alguns Casos.

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CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS METÁLICOS


o Materiais metálicos são geralmente
uma combinação de elementos
metálicos;
o Os elétrons não estão ligados a
nenhum átomo em particular e por
isso são bons condutores de calor e
eletricidade;
o Não são transparentes à luz visível;
o Têm aparência lustrosa quando
polidos;
o Geralmente são resistentes e
dúcteis;
o São muito utilizados para aplicações
estruturais.
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COMPOSIÇÃO QUÍMICA
o Ligas ferrosas
 Aços com baixo, médio e alto teor de carbono;
 Aços inoxdiváveis (liga de cromo);
 Aço liga;

o Ferros fundidos
 Ferros cinzento, nodular e branco;

o Ligas não ferrosas


 Cobre e suas ligas;
 Alumínio e suas ligas.

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ESTÁGIO E MODELOS DE FADIGA

1º Início de trinca: 3ºFratura:


Em dúcteis; vazios sob tração Se ‘a’ aumenta até que
causam regiões de 2º Propagação:
concentração de tensão Trinca cresce (aumenta ‘a’). atinja Kc
(entalhes), com os ciclos escoa (Tenacidade à fratura onde
(amplitudes altas ou corrosão FSFM=Kc/K) ocorre fratura por
em bandas e deslizamento. aumentam a taxa de fadiga (com marcas de praia).
Em frágeis; não há crescimento por ciclo)
escoamento, pode passar (Quando é σnom que aumenta,
direto à propagação da trinca. geralmente falha é estática).

o Mecanismo inicia com trinca invisível que progride até a


ruptura brusca após N ciclos de carga, com def. plástica e sob
tensão as vezes abaixo de Srup . Quinas, roscas, rasgos,
corrosão, entalhes ou furos acumulam tensão e propagam as
fissuras.
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ENTAILHES MECÂNICOS

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ACABAMENTO SUPERFICIAL
o As superfícies de peças apresentam irregularidades quando
observadas em detalhes. Estas irregularidades são provocadas por
sulcos ou marcas deixadas pela ferramenta que atuou sobre a
superfície da peça;
o O acabamento superficial é fundamental onde houver desgaste,
atrito, corrosão, aparência, resistência à fadiga, transmissão de
calor, propriedades óticas, escoamento de fluidos e superfícies de
medição (blocos-padrão, micrômetros, paquímetros, etc.);
o O acabamento superficial é medido através da rugosidade
superficial, a qual é expresso em microns, milímetro ou metro;
No Brasil, os conceitos de rugosidade superficial são definidos pela norma
ABNT NBR 6405-1985.

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ACABAMENTO SUPERFICIAL
RUGOSIDADE SUPERFICIAL
o A rugosidade superficial se dá em função do tipo
de acabamento, da máquina-ferramenta ou do
processo de fabricação utilizado;
o Na análise de fadiga são analisados os desvios da
superfície real, em relação à superfície
geométrica, (ideal, de projeto), onde poderão
Rugosímetro Manual ser identificados os seguintes erros:
o Erros macro geométricos ou erros de forma – os quais podem ser
medidos com instrumentos de medição convencionais;
o Erros micro geométricos – os quais podem ser medidos somente com
instrumentos especiais tais como rugosímetros, perfilógrafos. Estes
instrumentos podem ser óticos, a laser ou eletromecânicos.
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ACABAMENTO SUPERFICIAL
SISTEMA DE MEDIÇÃO DE RUGOSIDADE
o Existem basicamente dois sistemas
de medição de rugosidade:
o O sistema da linha média M;
o O sistema da envolvente E.
o O sistema da linha média M é o mais
utilizado;
o A norma ABNT NBR 6405-1985 adota
no Brasil o sistema M. Além do Brasil,
os EUA, Inglaterra, Japão e Rússia
adotam o sistema M;
o A Alemanha e Itália adotam o sistema
Esquema de Rugosímetro E. A França adota ambos os sistemas.
Eletromecânico
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ACABAMENTO SUPERFICIAL
SISTEMA DE MEDIÇÃO DE RUGOSIDADE

Rugosímetro Eletromecânico
Resultado da medição com um
Rugosímetro Eletromecânico
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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1. João trabalha na fábrica de um equipamento, que tem um número elevado de
reclamações devido à quebra de uma peça de aço ABNT1045, usinada a partir
de barra laminada. Ele estudou o problema e chegou à conclusão de que se a
resistência mecânica dessa peça fosse aumentada, o número de reclamações
teria uma considerável redução. Concluiu também que o aumento da
resistência dessa peça não implicaria quebra de outra. A mudança do material
foi avaliada e chegou-se à conclusão de que o custo não seria viável. Sabendo-
se que a peça em questão é usinada, o processo de fabricação para
confeccionar essa peça, visando à maior resistência e tendo em vista que ela
sofrerá usinagem final, é o (a):
a) ( ) fundição;
b) ( ) trefilação;
c) ( ) forjamento;
d) ( ) extrusão;
e) ( ) as alternativas (a) e (c) são corretas.
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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
2. A solda elétrica é uma forma de união entre duas peças metálicas. O principal
responsável pela fusão do metal nesse tipo de solda é:
a) ( ) o eletrodo;
b) ( ) o cabo terra;
c) ( ) a máquina de solda;
d) ( ) o arco voltaico elevando a temperatura;
e) ( ) a bancada de trabalho.

3. No Brasil, a sigla da entidade privada reconhecida como Foro Nacional de


Normalização é:
a) ( ) IBRACON;
b) ( ) ABNT;
c) ( ) ISO;
d) ( ) INMETRO;
e) ( ) ASTM.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bibliografia Recomendada
o NORTON, Robert L., Projeto de Máquinas uma abordagem integrada. Porto Alegre: Bookman,
2004;
o STROHAEKER, Telmo Roberto. Mecânica da Fratura. Porto Alegre: Gráfica UFRGS, 2000;
o Charles, J. A.; Greenwood, G. W.; Smith, G.C. ? Future Developments of Metals and Ceramics,
The Institute of Materials, 1992;
o BRANCO, C.M., FERNANDES, A.A., CASTRO, P.M.S.T., Fadiga de Estruturas Soldadas. Rio de
Janeiro: Fundação Calouste Gulbenkian, 1986.

Bibliografia Complementar
o CHARLES, J.ª; Smith, G.C. Advances in Physical Metallurgy, The Institute of Metals,1992;
o HERTZBERG, R.W. Deformation and Fracture Mechanics of Engineering Materials, 3rd ed.,
New York: John Wiley & Sons, 1986;
o ANDERSON, T.L., Fracture mechanics. Fundamentals and applications, 2ª ed., CRC Press,
1995;
o DIETER, G.E. Mechanical Metallurgy, SI Metric Edition, McGraw-Hill Book Company, N.Y, 1988.

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REFLEXÃO

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Obrigado!
Eurico Montenegro
eurico.montenegro@gmail.com
(81) 9 9800.1656 / 9 8406.0033 - (81) 3311.4856

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