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Universidade​ ​Federal​ ​do​ ​Rio​ ​Grande​ ​do​ ​Sul

Libras​ ​(2017/2)
Camila​ ​Guedes

Bruna​ ​Rodrigues​ ​de​ ​Vargas


Juliana​ ​Becker
Juliana​ ​Neves
Mar​ ​Garcia
Tais​ ​de​ ​Souza​ ​Pahissa
Thaís​ ​Ferreira

LEGISLAÇÃO

Porto​ ​Alegre
2017
Introdução

A Língua de Sinais (Libras) chegou no Brasil no século XIX, porém alguns


anos após sua chegada a língua de sinais passa a ser proibida em todo o mundo
após o congresso na Itália e a idealização da “oralidade” que praticava a obrigação
da fala. Apenas em 1993 o ensino da Libras passa a ser reconhecido como
prioridade no Brasil. O Brasil passa a assinar alguns tratados internacionais, como a
Declaração de Salamanca, que prevê no sistema educacional a integração de
pessoas com necessidades especiais, visando a melhoria do acesso à
educação.Além da Declaração de Salamanca, assinou também a convenção da
Guatemala, em 2001, que trata sobre a eliminação de todas as formas de
discriminação contra as pessoas com necessidades especiais. Em 2000, o Brasil
aprova a lei Nº 10.098/00 que trata sobre a formação dos profissionais em Libras.
Porém, somente em 2002 a legislação de Libras que determina os direitos e
deveres​ ​dos​ ​surdos​ ​e​ ​reconhece​ ​oficialmente​ ​a​ ​língua​ ​de​ ​sinais.

LEI​ ​Nº​ ​10.436,​ ​DE​ ​24​ ​DE​ ​ABRIL​ ​ ​DE​ ​2002.

No ano de 2002,o então presidente da república,Fernando Henrique Cardoso


decreta a lei de LIBRAS,onde ele reconhece legalmente a Língua Brasileira de
Sinais​ ​e​ ​outros​ ​recursos​ ​ligados​ ​à​ ​ela​ ​como​ ​meios​ ​de​ ​comunicação​ ​e​ ​expressão.

“Entende-se​ ​como​ ​Língua​ ​Brasileira​ ​de​ ​Sinais​ ​-​ ​Libras​ ​a​ ​forma​ ​de​ ​comunicação​ ​e
expressão,​ ​em​ ​que​ ​o​ ​sistema​ ​linguístico​ ​de​ ​natureza​ ​visual-motora,​ ​com​ ​estrutura
gramatical​ ​própria,​ ​constituem​ ​um​ ​sistema​ ​linguístico​ ​de​ ​transmissão​ ​de​ ​ideias​ ​e
fatos,​ ​oriundos​ ​de​ ​comunidades​ ​de​ ​pessoas​ ​surdas​ ​do​ ​Brasil”​ ​(Lei​ ​nº​ ​10.436,​ ​de​ ​24
abril​ ​de​ ​2002).”
Ainda em seus artigos 2​º e 3º atenta ainda que devem ser garantidas,por
parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos
formas institucionalizadas de apoiar o uso e a propagação da LIBRAS como um
meio objetivo de comunicação e uso corrente nas comunidades surdas do Brasil.Os
órgãos públicos de assistência e serviços à saúde também devem garantir um
tratamento e atendimento adequado aos portadores de deficiência auditiva,de
acordo​ ​com​ ​as​ ​normas​ ​correntes.

Relacionado à educação, em seu artigo 4​º a lei insere a Língua Brasileira de


Sinais nos currículos dos cursos de formação de Educação Especial,Fonoaudiologia
e Magistério,nos níveis médios e superior,nos sistemas educacionais
federais,estaduais,municipais e também do Distrito Federal,conforme a legislação
vigente.’’ Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não poderá
substituir a modalidade escrita da língua portuguesa’’(Lei nº 10.436, de 24 abril de
2002).

CAPÍTULO​ ​I​ ​–​ ​DAS​ ​DISPOSIÇÕES​ ​PRELIMINARES

Os dois primeiros artigos da legislação de libras respectivamente decretam a


regulamentação da lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002 e o art. 18 da lei
nº10.098/00, e a consideração da relação da pessoa surda com a compreensão e
interação por meio de experiências visuais e a manifestação de sua cultura pelo uso
principal​ ​da​ ​Libras.

CAPÍTULO​ ​II​ ​-​ ​DA​ ​INCLUSÃO​ ​DA​ ​LIBRAS​ ​COMO​ ​DISCIPLINA


CURRICULAR

O terceiro artigo decreta a inserção curricular obrigatória nos cursos de


formação de professores do magistério, do ensino médio e superior, e nos cursos de
Fonoaudiologia,​ ​em​ ​todo​ ​o​ ​Brasil.

CAPÍTULO​ ​III​ ​-​ ​DA​ ​FORMAÇÃO​ ​DO​ ​PROFESSOR​ ​DE​ ​LIBRAS​ ​E


INSTRUTOR​ ​DE​ ​LIBRAS
O quarto artigo decreta que a formação do professor para o ensino de Libras
nas séries finais de ensino fundamental, no ensino médio e no ensino superior, deve
ser realizada em curso de graduação de licenciatura plena em Letras – Libras, ou
em Letras – Libras/Língua Portuguesa como segunda língua. Já no quinto artigo é
decretado que nos anos iniciais do ensino fundamental e na educação infantil a
formação do professor deve ser realizada no curso de Pedagogia ou curso normal
superior, em que a Libras e a Língua Portuguesa escrita constituem línguas de
instrução,​ ​no​ ​intuito​ ​de​ ​viabilizar​ ​a​ ​formação​ ​bilíngue.

O sexto artigo decreta sobre a formação do instrutor de Libras, que deve ser
realizada pelos cursos de: -educação profissional, continuada promovidos por
instituições de ensino superior e instituições credenciadas por secretarias de
educação.

O sétimo artigo decreta que caso não haja docente com graduação ou pós
graduação em Libras para o ensino em cursos de educação superior, ela poderá ser
ministrada por profissionais que sejam: professor de Libras (usuário dessas língua
com curso de pós graduação ou graduação e certificado de proficiência em Libras),
e instrutor de Libras (com formação de nível médio e certificado obtido por meio de
proficiência em Libras), professor ouvinte bilíngue (Libras-Língua Portuguesa, com
pós​ ​graduação​ ​ou​ ​graduação​ ​e​ ​proficiência​ ​em​ ​Libras).

O oitavo artigo decreta sobre o exame de proficiência e a sua avaliação, que


deve avaliar a fluência no uso, o conhecimento e a competência para o ensino da
língua.

O nono artigo decreta a inclusão de Libras como disciplina curricular na


formação para o magistério e as instituições de ensino superior que oferecem
Fonoaudiologia ou de licenciaturas, nos seguintes prazos e percentuais mínimos:
até três anos, em vinte por cento dos cursos da instituição , até cinco anos, em
sessenta por cento dos cursos da instituição, até sete anos, em oitenta por cento
dos cursos da instituição, e em dez anos, em cem por cento dos cursos da
instituição.
O décimo artigo decreta a inclusão de Libras como objeto de ensino,
pesquisa e extensão nos cursos de licenciatura para educação básica,
Fonoaudiologia​ ​e​ ​nos​ ​cursos​ ​de​ ​Libras-Língua​ ​Portuguesa.

O décimo primeiro artigo decreta a promoção de programas específicos para


a criação de cursos de graduação oferecidas pelo Ministério da Educação, como a
formação de professores surdos e ouvintes, de licenciatura em letras, de formação
em​ ​tradução​ ​e​ ​interpretação.

O décimo segundo artigo decreta que as instituições de educação superior,


inclusive as que oferecem Educação Especial, Pedagogia e Letras, devem viabilizar
cursos de pós graduação para a formação de professores para o ensino de Libras e
sua​ ​interpretação.

O décimo terceiro artigo decreta que o ensino da modalidade escrita da


Língua Portuguesa como segunda língua para pessoas surdas deve ser incluído
como​ ​disciplina​ ​curricular​ ​nos​ ​cursos​ ​de​ ​formação​ ​de​ ​professores.

O décimo terceiro artigo decreta que o ensino da modalidade escrita da Língua


Portuguesa como segunda língua para pessoas surdas deve ser incluído como
disciplina​ ​curricular​ ​nos​ ​cursos​ ​de​ ​formação​ ​de​ ​professores.

O documento define no seu Capítulo IV questões relativas ao uso e à difusão


da Libras e da Língua Portuguesa para o acesso das pessoas surdas à educação.
Libras precisa estar presente no cotidiano da escolarização das pessoas surdas, por
isso, cabe às instituições de ensino superior formar estes profissionais,
considerando sempre a Libras como primeira língua e a Língua Portuguesa como
segunda​ ​Língua.

De acordo com o artigo 14, as instituições federais devem garantir o acesso à


educação (atividades, comunicação, informação) desde a educação infantil até à
superior.​ ​Para​ ​realizar​ ​este​ ​objetivo,​ ​estes​ ​devem​ ​ter​ ​oito​ ​aspectos​ ​cobertos:
1. Cursos​ ​de​ ​formação​ ​de​ ​Libras​ ​para​ ​professores,​ ​tendo​ ​em
conta​ ​que​ ​a​ ​ ​ ​ ​ ​ ​língua​ ​portuguesa​ ​é​ ​a​ ​segunda​ ​língua​ ​para​ ​as
pessoas​ ​surdas.

2. ​ ​Uso​ ​de​ ​Libras​ ​desde​ ​a​ ​educação​ ​infantil​ ​para​ ​garantir​ ​a


inclusão​ ​desde​ ​o​ ​ ​ ​ ​início.

3. ​ ​As​ ​escolas​ ​tem​ ​que​ ​ter​ ​certas​ ​figuras​ ​indispensáveis,​ ​como


professor​ ​de​ ​Libras​,​ ​tradutor/intérprete​ ​de​ ​Libras​ ​–​ ​Língua
Portuguesa​,​ ​professor​ ​de​ ​Língua​ ​Portuguesa​ ​como​ ​segunda
língua​ ​e​ ​professores​ ​conscientes​ ​da​ ​singularidade​ ​linguística
dos​ ​alunos​ ​surdos.

4. ​ ​ ​Atendimento​ ​às​ ​necessidades​ ​educacionais​ ​especiais​ ​de


alunos​ ​surdos,​ ​nas​ ​salas​ ​de​ ​aula​ ​e​ ​também​ ​nas​ ​salas​ ​de
recursos,​ ​desde​ ​a​ ​educação​ ​infantil.

5. ​ ​ ​Apoio​ ​da​ ​comunidade​ ​docente​ ​à​ ​comunidade​ ​surda,


enfatizando​ ​a​ ​importância​ ​de​ ​Libras.

6. ​ ​ ​ ​A​ ​avaliação​ ​tem​ ​que​ ​ser​ ​coerente​ ​com​ ​aprendizado​ ​de


segunda​ ​língua.

7. ​ ​ ​ ​Mecanismos​ ​alternativos​ ​para​ ​a​ ​avaliação​ ​de​ ​Libras,​ ​usando


meios​ ​eletrônicos​ ​para​ ​registrar​ ​os​ ​sinais​ ​e​ ​as​ ​expressões.

8. ​ ​ ​ ​Estar​ ​dotados​ ​de​ ​equipamentos,​ ​novas​ ​tecnologias​ ​de


informação​ ​e​ ​comunicação,​ ​assim​ ​como​ ​recursos​ ​didáticos​ ​para
desenvolver​ ​uma​ ​educação​ ​para​ ​alunos​ ​surdos​ ​ou​ ​com
deficiência​ ​auditiva​ ​de​ ​qualidade.

Este artigo também comenta que para exercer a função de tradutor e


intérprete da Libras – Língua Portuguesa, é preciso passar uma prova que
diferencia este profissional do professor docente ordinario. Para finalizar, inclui a
importância de conscientização por parte de instituições educacionais de todos os
tipos para assegurar atendimento educacional especializado aos alunos surdos ou
com​ ​deficiência.

O artigo 15 fala sobre como, dentro dos centros educativos, Libras e Língua
Portuguesa devem ser ensinados a partir de uma perspectiva dialógica, funcional e
instrumental, como atividades específicas os primeiros anos da educação formal e
como​ ​áreas​ ​de​ ​conhecimento​ ​posteriormente.

A modalidade oral da Língua Portuguesa, nos termos do artigo 16, deve ser
ofertada na educação básica aos alunos surdos ou com deficiência auditiva,
exigindo​ ​um​ ​trabalho​ ​conjunto​ ​das​ ​áreas​ ​de​ ​Educação​ ​e​ ​Saúde​ ​(Fonoaudiologia).

CAPÍTULO​ ​VI:​ ​DA​ ​GARANTIA​ ​DO​ ​DIREITO​ ​À​ ​EDUCAÇÃO​ ​DAS​ ​PESSOAS
SURDAS​ ​OU​ ​COM​ ​DEFICIÊNCIA​ ​AUDITIVA

O​ ​artigo​ ​22​ ​visa​ ​garantir​ ​a​ ​inclusão​ ​dos​ ​estudantes​ ​surdos​ ​ou​ ​com​ ​deficiência
auditiva​ ​nas​ ​instituições​ ​federais​ ​de​ ​nível​ ​básico​ ​através​ ​de:

● Escolas​ ​e​ ​classes​ ​de​ ​educação​ ​bilíngue​ ​abertas​ ​tanto​ ​para​ ​surdos​ ​quanto
para​ ​ouvintes,​ ​com​ ​professores​ ​bilíngues​ ​desde​ ​a​ ​educação​ ​infantil​ ​até​ ​os
anos​ ​iniciais​ ​do​ ​ensino​ ​fundamental;

● Escolas​ ​bilíngues​ ​ou​ ​escolas​ ​comuns,​ ​abertas​ ​a​ ​surdos​ ​e​ ​ouvintes​ ​para​ ​os
anos​ ​finais​ ​do​ ​ensino​ ​fundamental,​ ​ensino​ ​médio​ ​ou​ ​educação
profissional,​ ​com​ ​professores​ ​de​ ​variadas​ ​áreas​ ​que​ ​compreendam​ ​as
diferenças​ ​e​ ​necessidades​ ​da​ ​linguagem​ ​de​ ​sinais​ ​e​ ​intérpretes.

1. ​ ​Escolas​ ​bilíngües​ ​são​ ​aquelas​ ​em​ ​que​ ​a​ ​Libras​ ​e​ ​a​ ​modalidade
escrita​ ​da​ ​Língua​ ​Portuguesa​ ​são​ ​utilizadas​ ​durante​ ​toda​ ​a
educação.

2. Os​ ​alunos​ ​têm​ ​o​ ​direito​ ​à​ ​escolarização​ ​em​ ​outro​ ​turno
especializado​ ​em​ ​suas​ ​necessidades​ ​para​ ​reforço​ ​com​ ​os
equipamentos​ ​necessários​ ​a​ ​sua​ ​disposição.
3. As​ ​mudanças​ ​decorrentes​ ​da​ ​implementação​ ​dos​ ​incisos​ ​I​ ​e​ ​II
implicam​ ​a​ ​formalização,​ ​pelos​ ​pais​ ​e​ ​pelos​ ​próprios​ ​alunos,​ ​de
sua​ ​opção​ ​ou​ ​preferência​ ​pela​ ​educação​ ​sem​ ​o​ ​uso​ ​de​ ​Libras.

4. O​ ​disposto​ ​no​ ​§​ ​2o​​ ​ ​deste​ ​artigo​ ​deve​ ​ser​ ​garantido​ ​também​ ​para
os​ ​alunos​ ​não​ ​usuários​ ​da​ ​Libras.

O​ ​artigo​ ​23​ ​trata​ ​do​ ​direito​ ​que​ ​os​ ​alunos​ ​surdos​ ​têm​ ​a​ ​um​ ​tradutor​ ​e
intérprete​ ​em​ ​ambiente​ ​educacional​ ​nas​ ​instituições​ ​federais​ ​de​ ​ensino​ ​básico
e​ ​superior,​ ​bem​ ​como​ ​as​ ​tecnologias​ ​necessárias​ ​a​ ​sua​ ​informação,
educação​ ​e​ ​comunicação.

1. Os​ ​professores​ ​devem​ ​ter​ ​acesso​ ​à​ ​literatura​ ​e​ ​informações


sobre​ ​a​ ​especificidade​ ​linguística​ ​do​ ​aluno​ ​surdo.

2. As​ ​instituições​ ​privadas​ ​e​ ​as​ ​públicas​ ​dos​ ​sistemas​ ​de​ ​ensino
federal,​ ​estadual,​ ​municipal​ ​e​ ​do​ ​Distrito​ ​Federal​ ​buscarão
implementar​ ​as​ ​medidas​ ​referidas​ ​neste​ ​artigo​ ​como​ ​meio​ ​de
assegurar​ ​aos​ ​alunos​ ​surdos​ ​ou​ ​com​ ​deficiência​ ​auditiva

acesso​ ​à​ ​comunicação,​ ​à​ ​informação​ ​e​ ​à​ ​educação.

A programação visual dos cursos de nível médio e superior de


educação a distância, segundo o artigo 24, devem ter sistemas que
possibilitem o entendimento do conteúdo por pessoas surdas, como janelas
com tradutor e intérprete de LIBRAS e legendas, conforme previsto no
Decreto​ ​no​​ ​ ​5.296,​ ​de​ ​2​ ​de​ ​dezembro​ ​de​ ​2004.

Todo cidadão brasileiro tem seus direitos quando compete à saúde.No


capítulo VII do presente decreto podemos conhecer quais são os direitos da pessoa
surda​ ​ou​ ​deficientes​ ​auditivos.

Segundo fala o artigo 25 do presente capítulo,o Sistema Único de Saúde/SUS


e as demais empresas que detém a concessão ou a permissão de serviços públicos
de assistência à saúde,devem garantir prioritariamente aos alunos matriculados em
redes de ensino públicas,a fim de promover sua inclusão plena em todas as esferas
sociais,a atenção integral à sua saúde,nos diversos níveis de complexidade e
especialidades​ ​médicas,sempre​ ​efetivando:
1. ações de prevenção e desenvolvimento de programas de saúde
auditiva;

2. tratamento clínico e atendimento especializado, respeitando as


especificidades​ ​de​ ​cada​ ​caso;

3. realização de diagnóstico, atendimento precoce e do


encaminhamento​ ​para​ ​a​ ​área​ ​de​ ​educação;

4. seleção, adaptação e fornecimento de prótese auditiva ou aparelho


de​ ​amplificação​ ​sonora,​ ​quando​ ​indicado;

5. acompanhamento médico e fonoaudiológico e terapia


fonoaudiológica;

6. atendimento​ ​em​ ​reabilitação​ ​por​ ​equipe​ ​multiprofissional;

7. atendimento fonoaudiológico às crianças, adolescentes e jovens


matriculados na educação básica, por meio de ações integradas
com a área da educação, de acordo com as necessidades
terapêuticas​ ​do​ ​aluno;

8. orientações à família sobre as implicações da surdez e sobre a


importância para a criança com perda auditiva ter, desde seu
nascimento,​ ​acesso​ ​à​ ​Libras​ ​e​ ​à​ ​Língua​ ​Portuguesa;

9. atendimento às pessoas surdas ou com deficiência auditiva na rede


de serviços do SUS e das empresas que detêm concessão ou
permissão de serviços públicos de assistência à saúde, por
profissionais capacitados para o uso de Libras ou para sua tradução
e​ ​interpretação;​ ​e

10. apoio à capacitação e formação de profissionais da rede de


serviços do SUS para o uso de Libras e sua tradução e
interpretação.

O disposto neste artigo deve ser garantido também para os alunos surdos ou
com​ ​deficiência​ ​auditiva​ ​não​ ​usuários​ ​da​ ​Libras.

O capítulo VIII trata do papel do poder público e das empresas que detêm
concessão ou permissão de serviços públicos (empresas de energia elétrica e
abastecimento de água, por exemplo), no apoio ao uso e difusão da libras. O
decreto garante na prática um tratamento diferenciado, conforme prevê o Artigo 26,
por meio do uso e difusão de Libras e da tradução e interpretação de Libras - Língua
Portuguesa, realizados por servidores e empregados capacitados para essa função,
bem​ ​como​ ​o​ ​acesso​ ​às​ ​tecnologias​ ​de​ ​informação:

1. As instituições devem dispor de, pelo menos, cinco por cento de


servidores, funcionários e empregados capacitados para o uso e
interpretação​ ​da​ ​Libras.

2. O Poder Público, os órgãos da administração pública estadual,


municipal e do Distrito Federal, e as empresas privadas que detêm
concessão ou permissão de serviços públicos buscarão implementar as
medidas referidas neste artigo como meio de assegurar às pessoas
surdas​ ​ou​ ​com​ ​deficiência​ ​auditiva​ ​o​ ​tratamento​ ​diferenciado.

O Artigo 27 coloca a Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento,


Orçamento e Gestão como coordenadora responsável pelo controle dos padrões de
atendimento e a avaliação da satisfação dos usuários de serviços prestados por
servidores e empregados capacitados para utilizar a Libras e realizar a tradução e
interpretação de Libras - Língua Portuguesa. Cabendo à administração pública no
âmbito estadual, municipal e do Distrito Federal disciplinar, em regulamento próprio,
os padrões de controle do atendimento e avaliação da satisfação do usuário dos
serviços​ ​públicos.

O decreto, em seu último capítulo (IX), busca garantir a viabilidade das ações
descritas até o momento através do Artigo 28 no qual coloca os órgãos da
administração pública federal, como responsáveis por incluir estas medidas em seus
orçamentos anuais priorizando a formação, capacitação e qualificação de
professores, servidores e empregados para o uso e difusão da Libras e a realização
da​ ​tradução​ ​e​ ​interpretação​ ​de​ ​Libras​ ​-​ ​Língua​ ​Portuguesa.

Segundo o Artigo 29 os instrumentos para a efetiva implantação e o controle


do uso e difusão de Libras e de sua tradução e interpretação são sob
responsabilidade​ ​do​ ​Distrito​ ​Federal,​ ​Estados​ ​e​ ​Municípios.

Assim como o artigo 28, o artigo 30 também coloca a administração Federal,


porém inclui a administração pública municipal e estadual como responsáveis pela
viabilização das ações previstas no decreto também priorizando a formação,
capacitação e qualificação de professores, servidores e empregados para o uso e
difusão da Libras e a realização da tradução e interpretação de Libras - Língua
Portuguesa.

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