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Libras (2017/2)
Camila Guedes
LEGISLAÇÃO
Porto Alegre
2017
Introdução
“Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação e
expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura
gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e
fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil” (Lei nº 10.436, de 24
abril de 2002).”
Ainda em seus artigos 2º e 3º atenta ainda que devem ser garantidas,por
parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos
formas institucionalizadas de apoiar o uso e a propagação da LIBRAS como um
meio objetivo de comunicação e uso corrente nas comunidades surdas do Brasil.Os
órgãos públicos de assistência e serviços à saúde também devem garantir um
tratamento e atendimento adequado aos portadores de deficiência auditiva,de
acordo com as normas correntes.
O sexto artigo decreta sobre a formação do instrutor de Libras, que deve ser
realizada pelos cursos de: -educação profissional, continuada promovidos por
instituições de ensino superior e instituições credenciadas por secretarias de
educação.
O sétimo artigo decreta que caso não haja docente com graduação ou pós
graduação em Libras para o ensino em cursos de educação superior, ela poderá ser
ministrada por profissionais que sejam: professor de Libras (usuário dessas língua
com curso de pós graduação ou graduação e certificado de proficiência em Libras),
e instrutor de Libras (com formação de nível médio e certificado obtido por meio de
proficiência em Libras), professor ouvinte bilíngue (Libras-Língua Portuguesa, com
pós graduação ou graduação e proficiência em Libras).
O artigo 15 fala sobre como, dentro dos centros educativos, Libras e Língua
Portuguesa devem ser ensinados a partir de uma perspectiva dialógica, funcional e
instrumental, como atividades específicas os primeiros anos da educação formal e
como áreas de conhecimento posteriormente.
A modalidade oral da Língua Portuguesa, nos termos do artigo 16, deve ser
ofertada na educação básica aos alunos surdos ou com deficiência auditiva,
exigindo um trabalho conjunto das áreas de Educação e Saúde (Fonoaudiologia).
CAPÍTULO VI: DA GARANTIA DO DIREITO À EDUCAÇÃO DAS PESSOAS
SURDAS OU COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA
O artigo 22 visa garantir a inclusão dos estudantes surdos ou com deficiência
auditiva nas instituições federais de nível básico através de:
● Escolas e classes de educação bilíngue abertas tanto para surdos quanto
para ouvintes, com professores bilíngues desde a educação infantil até os
anos iniciais do ensino fundamental;
● Escolas bilíngues ou escolas comuns, abertas a surdos e ouvintes para os
anos finais do ensino fundamental, ensino médio ou educação
profissional, com professores de variadas áreas que compreendam as
diferenças e necessidades da linguagem de sinais e intérpretes.
1. Escolas bilíngües são aquelas em que a Libras e a modalidade
escrita da Língua Portuguesa são utilizadas durante toda a
educação.
2. Os alunos têm o direito à escolarização em outro turno
especializado em suas necessidades para reforço com os
equipamentos necessários a sua disposição.
3. As mudanças decorrentes da implementação dos incisos I e II
implicam a formalização, pelos pais e pelos próprios alunos, de
sua opção ou preferência pela educação sem o uso de Libras.
4. O disposto no § 2o deste artigo deve ser garantido também para
os alunos não usuários da Libras.
O artigo 23 trata do direito que os alunos surdos têm a um tradutor e
intérprete em ambiente educacional nas instituições federais de ensino básico
e superior, bem como as tecnologias necessárias a sua informação,
educação e comunicação.
2. As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino
federal, estadual, municipal e do Distrito Federal buscarão
implementar as medidas referidas neste artigo como meio de
assegurar aos alunos surdos ou com deficiência auditiva
O disposto neste artigo deve ser garantido também para os alunos surdos ou
com deficiência auditiva não usuários da Libras.
O capítulo VIII trata do papel do poder público e das empresas que detêm
concessão ou permissão de serviços públicos (empresas de energia elétrica e
abastecimento de água, por exemplo), no apoio ao uso e difusão da libras. O
decreto garante na prática um tratamento diferenciado, conforme prevê o Artigo 26,
por meio do uso e difusão de Libras e da tradução e interpretação de Libras - Língua
Portuguesa, realizados por servidores e empregados capacitados para essa função,
bem como o acesso às tecnologias de informação:
O decreto, em seu último capítulo (IX), busca garantir a viabilidade das ações
descritas até o momento através do Artigo 28 no qual coloca os órgãos da
administração pública federal, como responsáveis por incluir estas medidas em seus
orçamentos anuais priorizando a formação, capacitação e qualificação de
professores, servidores e empregados para o uso e difusão da Libras e a realização
da tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa.