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PAI E MÃE
SEMPRE!
AGRADECIMENTOS
Agradeço também a minha grande batalhadora MÃE, que tanto lutou e incentivou-
me para que eu pudesse realizar este sonho e todos os outros. Só ela sabe como foi
difícil, mas o quanto é gratificante. Mãe, tudo que sou devo a você. Obrigada por ser
tão especial, te amo demais mãezinha querida!
Não posso deixar de agradecer à minha irmã, pelas inúmeras ajudas em todos
esses quatro anos de curso, sempre disposta a colaborar e quem me deu a grande
luz para elaboração deste trabalho, mesmo rabugenta eu a amo muito. Minha
grande e especial família.
À minha grande orientadora, Profa MARIA ANITA que se dedicou diariamente a este
trabalho tornando-o real. Obrigada pela paciência, força, dedicação, compreensão e
acima de tudo por me tranqüilizar e fazer acreditar que tudo daria certo, e realmente
deu. Está pronto, conseguimos!
Finalmente, agradeço a ajuda divina que me move todos os dias, que me dá força
para enfrentar qualquer desafio, que me guia e me faz seguir em frente sem medo
de ser feliz, PAI, obrigada por estar sempre ao meu lado. Cada passo, cada
conquista foi dada por você e para você. Obrigada sempre!
Resumo
Com este trabalho busco a verificação dos fatores que influenciam a construção
da Identidade e Autonomia das crianças na Educação Infantil, assim como a
importância da escola e do professor neste processo. No capítulo 1, apresento as
definições e principais características dos conceitos que irei ter como base do meu
trabalho, Identidade e Autonomia. Em seguida, no capítulo 2, discorro sobre o papel
da escola como importante espaço de socialização. Também apresento as
influências que o professor traz para este processo. Por fim, no terceiro capítulo
trago uma análise sobre a continuidade do processo de construção de nossa
identidade, que segundo este trabalho é mutável e perdura por toda a vida.
Introdução e Justificativa
O que é identidade?
O termo “Identidade” foi adotado por psicólogos sociais que estavam
preocupados em considerar o homem no seu todo, como sujeito social em um
contexto sócio-histórico.
Este tema muito me chama atenção por estar continuamente permeando minha
prática pedagógica. Em meu dia - a - dia percebo o quanto é importante que o
professor da Educação Infantil saiba como suas atitudes transformam seus alunos, o
quanto o seu olhar atento é fundamental para que o desenvolvimento das crianças
aconteça de modo saudável. Já que muitas experiências vivenciadas nesta etapa do
desenvolvimento infantil são consideradas de grande magnitude e podem ser
determinantes posteriormente em sua vida escolar e até mesmo pessoal.
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Dentro deste processo também foi observado qual é o papel do professor, sua
importância e como ele pode agir para que seu aluno trilhe da melhor forma possível
esse caminho em busca da construção de sua identidade.
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1 Definições
1.1 Identidade
“Nas interações sociais se dá a ampliação dos laços afetivos que as crianças podem
estabelecer com as outras crianças e com os adultos, contribuindo para que o
reconhecimento do outro e a constatação das diferenças entre as pessoas sejam
valorizadas e aproveitadas para o enriquecimento de si próprias.” (Id,. p. 11)
“Ali, cada um possui traços que o distingue dos demais elementos, ligados à posição
que ocupa (filho mais velho, caçula etc.), ao papel que desempenha, às suas
características físicas, ao seu temperamento, às relações específicas com pai, mãe e
outros membros etc.” (Id, p. 13)
Cada um dos estágios descritos por Wallon prepara a criança para o estágio
seguinte, sendo assim o processo de construção da identidade tem início desde
nosso nascimento. Neles é possível perceber características que demonstram como
essa construção ocorre. De forma gradativa, um a um, os estágios vão mostrando as
transformações vivenciadas por todos nós, seres humanos, desde o primeiro
momento em que começamos a nos perceber, perceber nosso corpo, até as várias
identidades assumidas durante a vida adulta.
“Por meio das explorações que faz, do contato físico com outras pessoas, da
observação daqueles com quem convive, a criança aprende sobre o mundo, sobre si
mesma e comunica-se pela linguagem corporal.” (BRASIL, 1998b, p. 25)
Na repetição ou ecolalia
“a fala da criança ainda não é socializada”. Ela repete apenas sílabas ou palavras e o
faz pelo prazer de falar, sem a preocupação de dirigir-se a algum interlocutor. Este tipo
de comportamento é imitativo e inconsciente, pois, na realidade, a criança não entende
por que repete. Ela realiza um jogo de palavras, no qual sente prazer pelo divertimento
de repetir palavras. (Id, p.36)
“a fala é utilizada pela criança como se estivesse falando em voz alta. Ela não tem a
preocupação de dirigir-se a algum interlocutor, fala para acompanhar ou dar suporte à
sua ação. Neste sentido, a linguagem não possui uma função social porque ela não
está sendo utilizada com o objetivo de comunicar o pensamento.” (Id, p.36)
“é comum a criança ter perto de si um interlocutor ao falar, mas este, no entanto, não
interfere em sua narrativa. Ao monologar com o outro, ela não tem a intenção de
estabelecer um diálogo pretende apenas que o interlocutor atente para suas ações. A
função social da linguagem neste contexto é de pouca eficácia, pois a preocupação
dela está centrada em demonstrar a ação e não o pensamento.” (Id, p.37)
“partilhando significados e sendo significadas pelo outro. Cada língua carrega, em sua
estrutura, um jeito próprio de ver e compreender o mundo, o qual se relaciona a
características de culturas e grupos sociais singulares. Ao aprender a língua materna,
a criança toma contato com esses conteúdos e concepções, construindo um sentido
de pertinência social.” (BRASIL, 1998b, p. 24)
“A criança nasce à vida, mas para sustentar-se nela deve ser ratificada como vivo,
como sujeito, pelos outros, pelo desejo historicizado desses outros no interior de um
ordenamento simbólico, em resumo, no campo do Outro.” (LAJONQUIERE, 1996,
p.155)
“O Outro, que não é somente o outro tangível. O Outro que está constituído por todos
os outros, que simbolicamente permitem reconhecer a individualidade construída
especularmente. O Outro que devolve a própria unidade, a própria integridade. Esse
Outro devolve especularmente a possibilidade de reconhecer-se como uma unidade,
porém só se pode apreciá-lo completo quando o espelho de vidro nos reproduz a
imagem corporal, incluindo o rosto. O Outro, tal qual o espelho, também devolve a
imagem de coisa completa, que alguém só nunca alcança” (FERNANDEZ, 1991, p.
69)
Sendo assim, nesse estágio, Wallon (in: MAHONEY & ALMEIDA, 2007) distingue
três fases, a oposição, a sedução e a imitação.
A fase da oposição tem início por volta dos três anos e é caracterizada por
crises de oposição ao outro. Na maioria das vezes, são crises sem motivo aparente.
Essa reação pode ser vista como uma forma de afirmação de si mesmo pois está
começando a se constituir a identidade humana em um processo de diferenciação
entre o eu e o outro.
16
“A criança tem necessidade de ser prestigiada, de mostrar que tem qualidades a ser
admiradas, ou melhor, de ser mostrar no que ela acredita poder agradar aos outros
para obter exclusividade de atenção. (...) Ao se exibir, a criança reconhece que pode
ter sucesso ou fracassar. Dessa maneira, a necessidade de ser admirada e aprovada
por quem admira vem sempre acompanhada por inquietações, conflitos e decepções,
17
Para Wallon (In: MAHONEY & ALMEIDA, 2007), o ciúme é bem característico
nesta faixa etária, “é uma causa de ansiedade freqüente nessa etapa da vida
afetiva.” (Id, p. 43)
Sendo assim,
“ao tomar consciência de sua pessoa distinta do outro, confirmá-la, a criança vai
buscar compreender sua posição nas relações com os outros e, partindo das relações
familiares, pode construir uma referência de conjunto no qual tem lugar e papel
específicos. No conjunto familiar, ela aprende a se situar em relação aos outros
irmãos, aos pais, como um elemento fixo nessa estrutura. Ao mesmo tempo em que se
sente muito ligada à família, está buscando intensamente sua independência.” (Id, p.
44)
1.2 Autonomia
Piaget nomeia quatro estágios para a construção das regras nas crianças. Os
estágios são analisados através de jogos propostos pelo autor a diferentes crianças
de várias faixas etárias. Os estágios são divididos em:
“Em outras palavras, a própria natureza da relação entre a criança e o adulto coloca a
criança numa situação à parte, de tal forma que seu pensamento permanece isolado,
e, mesmo acreditando partilhar do ponto de vista de todos, ela fica, de fato, fechada
em seu próprio ponto de vista. O próprio vínculo social ao qual a criança esta presa, e
por mais estreito que ele pareça quando visto do exterior, implica, assim, um
egocentrismo intelectual inconsciente, favorecido, além disso, pelo egocentrismo
espontâneo característico de toda consciência primitiva.” (Id, p. 40)
Para o autor, neste estágio o prazer é de essência motora e não prazer social,
assim como no estágio anterior.
Já no terceiro estágio,
Durante o quarto estágio domina o interesse, sendo assim nos parece ser um
interesse efetivo pela regra como ela é.
21
“Só que muito depressa, ela adquire hábitos que constituem espécies de regras
individuais. Esse fenômeno, longe de ficar isolado, está a par da observação de uma
espécie de ritualização das condutas em geral, observação essa fácil de ser feita em
relação a todos os bebês, antes de qualquer linguagem e antes de qualquer pressão
especificamente moral do adulto.” (Id, p. 50)
Ela passa a conceber as regras criadas pelos outros, quase sempre, os mais
velhos, como regra absoluta, imutável.
“Ora, desde o segundo estágio, isto é, desde que a criança se põe a imitar as regras
dos outros, e qualquer que seja, na prática, o egocentrismo de seu jogo, considera as
regras do mesmo como sagradas e intocáveis: recusa-se a mudar as regras do jogo e
entende que toda modificação, mesmo aceita pela opinião geral, constituiria uma falta.”
(Id, p. 53)
Este estágio é uma fase em que a criança ainda apresenta certa dificuldade em
separar os conhecimentos que vem das outras pessoas e o que vem dela própria. A
esse respeito Piaget diz:
E, por fim, em terceiro lugar, a criança tem a respeita das origens do jogo e das
regras,
“idéias que não diferem muito das nossas: as primeiras bolinhas deveriam ser simples
seixos arredondados que as crianças lançavam para se divertir, e as regras, longe de
ter sido impostas como tais pelos adultos, foram sendo estabelecidas, pouco a pouco,
pela iniciativa das próprias crianças.” (Id, p.61)
Portanto,
“o respeito mútuo é, por assim dizer, a forma de equilíbrio para a qual tende o respeito
unilateral, quando as diferenças desaparecem entre a criança e o adulto, o menor e o
maior, como a cooperação constitui a forma de equilíbrio para a qual tende a coação,
nas mesmas circunstâncias. (Id, p. 83)
25
“Como a criança chegará à autonomia propriamente dita? Vemos surgir o sinal quando
ela descobre que a veracidade é necessária nas relações de simpatia e de respeito
mútuos. A reciprocidade parece, neste caso, ser fato de autonomia. Com efeito, há
autonomia moral, quando a consciência considera necessário um ideal, independente
de qualquer pressão exterior. Ora, sem relação com outrem, não há necessidade
moral: o indivíduo como tal conhece apenas a anomia e não a autonomia.
Inversamente, toda a relação com outrem, na qual intervém o respeito unilateral,
conduz à heteronomia. A autonomia só aparece com a reciprocidade, quando o
respeito mútuo é bastante forte, para que o indivíduo experimente interiormente a
necessidade de tratar os outros como gostaria de ser tratado.” (Id, p. 155)
Após algum tempo, a criança passa a freqüentar outros ambientes e seu círculo
social começa a se expandir. Idas a parques, clubes e festinhas proporcionam
momentos de interação com outros indivíduos.
“Nas interações sociais se dá a ampliação dos laços afetivos que as crianças podem
estabelecer com as outras crianças e com os adultos, contribuindo para que o
reconhecimento do outro e a constatação das diferenças entre as pessoas sejam
valorizadas e aproveitadas para o enriquecimento de si próprias.” (BRASIL, 1998b, p.
11)
27
“A criança como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma
organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada
cultura, em um determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo meio
social em que se desenvolve, mas também o marca. A criança tem na família,
biológica ou não, um ponto de referência fundamental, apesar da multiplicidade de
interações sociais que estabelece com outras instituições sociais.” (BRASIL, 1998a,
p.21)
1
Retirado do site http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm - Acesso em 30 de setembro de
2008
2
(Id)
28
“Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade
o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
Art. 30. A educação infantil será oferecida em:
I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;
II - pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade.” 3
As escolas
“A escola é um meio para a constituição de grupos que são iniciadores das práticas
sociais e intervêm no processo de desenvolvimento, em torno dos três anos, quando a
3
(Id)
29
“Neste sentido, a entrada e o percurso pelo âmbito escolar vão constituir para a
criança um acúmulo de experiências ricas e interessantes, pois a escola é um
microcosmo da sociedade. No meio escolar, a criança se relaciona com muitas
pessoas, com diferentes graus de conhecimentos com as quais estabelece relações
4
Personalismo - Estágios do desenvolvimento infantil elaborados por Henri Wallon e descritos
anteriormente.
30
Sendo assim,
5
Esse ciclo abrange crianças de três meses até três anos.
33
Apesar de, até então, não ser obrigatória, a educação infantil é considerada de
grande importância para o desenvolvimento humano.
“Já foram atribuídas muitas razões para que o segundo ciclo da educação infantil 6 seja
considerado obrigatório. Considera-se que a partir dos três ou quatro anos, de uma
maneira muito geral, na sociedade atual, as crianças possas apresentar mais
experiências enriquecedoras na escola do que exclusivamente em casa. O intercâmbio
com outras crianças e com pessoas adultas, que lhes propõem atividades adequadas
a seu nível, pode significar uma ajuda importante no desenvolvimento de suas
capacidades.” (BASSEDAS, HUGUET & SOLÉ, 1999, p. 52)
Com a educação infantil sendo reconhecida pela lei como a primeira etapa
referente à educação básica, foi elaborado um documento especial para esta fase, o
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.
6
Esse ciclo abrange crianças de três até os seis anos.
34
Como o próprio nome sugere, este documento é para ser usado como
referência e não como parâmetro, ele irá permear e direcionar a prática dos
profissionais da educação infantil, visando desenvolver da melhor forma a criança
em todas as suas capacidades.
“Essa estrutura se apóia em uma organização por idades — crianças de zero a três
anos e crianças de quatro a seis anos — e se concretiza em dois âmbitos de
experiências — Formação Pessoal e Social e Conhecimento de Mundo — que são
constituídos pelos seguintes eixos de trabalho: Identidade e autonomia, Movimento,
Artes visuais, Música, Linguagem oral e escrita, Natureza e sociedade, e Matemática.”
(Id, p. 43)
35
Sendo assim,
Por fim, podemos concluir que durante todo o caminho pela educação infantil, o
professor é o grande responsável por mediar e favorecer as interações, situações de
aprendizagem, que irão fundamentar toda a base do processo de construção da
identidade e autonomia infantil.
A escola, por sua vez, tem como papel, ser um espaço de socialização. Onde a
criança, por intermédio do professor irá expandir seus laços afetivos e sociais,
tornando-se apta a ingressar definitivamente na sociedade. Sendo capaz de fazer
escolhas, tomar decisões e responder por suas conseqüências, com valores morais
e capacidade de julgamento já adquiridos.
Com os estudos feitos para a elaboração deste trabalho, podemos concluir que
a identidade é em si uma construção sócio-histórica e cultural de cada indivíduo.
Não existem duas identidades iguais, pois ela é uma singularidade que se constrói
nas relações estabelecidas ao longo da vida humana.
Em seu livro “Identidade” (2005), Bauman faz uma análise de como é possível
se construir formas de identidade na sociedade ‘líquida’ em que vivemos.
Segundo o autor,
“nesse nosso mundo fluido, comprometer-se com uma única identidade para toda a
vida, ou até menos do que a vida toda, mas por um longo tempo à frente, é um
negócio arriscado. As identidades são para usar e exibir, para armazenar e manter”.
(BAUMAN, 2005 p. 96)
Talvez não seja mais garantido que o ser humano tenha valores fixos,
engendrados, seguir por muito tempo em um mesmo conjunto de idéias pode
significar estar atrasado, parado no tempo. Todos os ideais e valores que levaram
7
Termo apresentado pelo autor em seu livro “Modernidade Líquida” – Jorge Zahar Editor
39
tantos anos para serem construídos e antes eram garantia de solidez, hoje com a
modernidade perderam sua razão de existir tão rigidamente.
Para este autor, a identidade não diz respeito somente a subjetividade de cada
um e sim a uma realidade social na qual todos somos inseridos.
Apesar de não viver mais na Polônia, Bauman não desconsidera sua identidade
polonesa, ao mesmo tempo tem nacionalidade britânica, o seja, uma identidade
construída na Inglaterra.
Considerações Finais
Por fim, concluo que este trabalho serve de incentivo e alerta para prestarmos
bastante atenção às constantes identidades que iremos ajudar a construir e
transformar, para posteriormente termos muito do que nos orgulhar. Que nossos
alunos possam se desenvolver de forma integral e saudável, que nossas marcas em
suas vidas sejam sempre positivas e boas de serem recordadas. Finalizo com um
texto de Helen S. Buckley, que nos mostra o quanto nossas atitudes são
significativas na vida de nossas crianças, o quanto é importante olharmos para
esses “pequenos gigantes” e vermos seres humanos felizes e realizados
futuramente.
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O menininho
Era uma vez um menininho. Ele era bastante pequeno. E era uma grande
escola.
Mas quando o menininho descobriu que podia ir à sua sala caminhando através
da porta da rua, ele ficou feliz. E a escola não parecia tão grande quando antes.
Uma manhã, quando o menininho estava na escola, a professora disse:
- Hoje nós iremos fazer um desenho.
- Que bom! Pensou o menino. Ele gostava de fazer desenhos. Ele podia fazê-
los de todos os tipos: leões, tigres, galinhas, vacas, trens e barcos, ele pegou sua
caixa de lápis e começou a desenhar. Mas a professora disse:
-Esperem! Ainda não é hora de começar!
E ela esperou até que todos estivessem prontos.
-Agora! Disse a professora - Nós iremos desenhar flores.
-Que bom! Pensou o menininho. Ele gostava de desenhar flores e começou a
desenhar flores com lápis rosa, laranja e azul. Mas a professora disse:
-Esperem! Vou mostrar como fazer.
A flor era vermelha, com o caule verde.
-Assim - disse a professora - Agora vocês podem começar.
Então ele olhou para sua flor. Ele gostava mais de sua flor, mas não podia dizer
isso. Ele virou o papel e desenhou uma flor igual à da professora - Uma flor
vermelha, com o caule verde.
Num outro dia, quando o menininho estava em aula, ao ar livre a professora
disse:
-Hoje iremos fazer alguma coisa com o barro.
-Que bom! Pensou o menininho. Ele gostava de barro.
Ele pensou que podia fazer todos os tipos de coisas com o barro: elefantes,
camundongos, carros e caminhões. Ele começou a amassar a sua bola. Mas a
professora disse:
-Esperem! Não é hora de começar. Ela esperou que todos estivessem prontos.
-Agora! Disse a professora, nós iremos fazer um prato.
-Que bom! Pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as
formas e tamanhos.
A professora disse:
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Referências Bibliográficas
DOURADO, Ione Collado Pacheco ; PRANDINI, Regina Célia Almeida Rego . Henri
Wallon: Psicologia e Educação. Disponível em <http//:www.anped.org.br/reunioes/
LAURENTI, Carolina & BARROS, Mari Nilza Ferrari de. Identidade: questões
conceituais e contextuais. Disponível em <http://www2.uel.br/ccb/psicologia/
revista/textov2n13.htm> Acesso em 29 de maio de 2008
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MAHONEY, Abigail Alvarenga & ALMEIDA, Laurinda Ramalho de. (Org.) Henri
Wallon – Psicologia e Educação. São Paulo, Edições Loyola, 2007.