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LEI ORGÂNICA
TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º O Município de Porto Belo, pessoa jurídica de direito público interno, parte integrante da
República Federativa do Brasil e do Estado de Santa Catarina no pleno uso de sua autonomia política,
administrativa, reger-se-à por esta Lei Orgânica e demais e demais leis que adotar, visando à
construção de uma sociedade livre, justa e solidária, tendo como fundamentos:
I - a soberania nacional;
II - a autonomia estadual;
IV - a cidadania;
Art. 2º Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente,
nos termos da legislação eleitoral e desta Lei Orgânica.
Parágrafo Único - A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - Plebiscito;
II - Referendo;
Art. 3º O Município como entidade autônoma e básica da federação, promoverá digna a seus
habitantes e será administrada mediante os seguintes compromissos fundamentais:
II - moralidade administrativa;
IV - impedimento de recursos à força pública para tratar com mobilizações populares pacíficas;
Art. 4º São símbolos do Município de Porto Belo, o Brasão, a Bandeira, o Hino e outros estabelecidos
em Lei.
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Art. 6º O Município, por suas leis e pelos atos de seus agentes, assegurará em seu território e nos
limites de sua competência, os direitos e garantias individuais e coletivas, sociais e políticos, previstos
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na Constituição Federal e na Constituição Estadual, ou decorrentes dos princípios e do regime por elas
adotados.
Parágrafo Único - As omissões do Poder Público que tornem inviável o exercício dos direitos
constitucionais, serão supridas na esfera administrativa, sob pena de responsabilidade da autoridade
competente, no prazo de trinta dias, contados do requerimento do interessado, sem prejuízo da
utilização de medidas judiciais.
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO
Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 7º O Município de Porto Belo, organiza-se política e administrativamente nos termos desta Lei
Orgânica e das leis que adotar.
Capítulo II
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
Art. 10 Ao Município cabe exercer em seu território, todas as competências que não lhe sejam
vedadas pela Constituição Federal e Estadual, promovendo a tudo quanto respeite ao seu interesse
local, tendo como objetivo o pleno desenvolvimento de suas funções sociais e bem estar de seus
habitantes e especialmente:
II - Suplementar a legislação federal e a estadual no que couber para atender suas peculiaridades;
IV - Instituir e arrecadar tributos de sua competência, fixar e cobrar tarifas e preços públicos, bem como
administrar e aplicar suas rendas sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar
balancetes até o último dia do mês subsequente ao encerramento dos mesmos;
VI - Executar, mediante administração direta ou por via de licitação, as obras públicas locais;
VIII - Constituir a guarda municipal, destinada a proteção de seus bens, serviços e instalações;
XIV - Celebrar convênio, consórcios, ajustes, acordes e instrumentos congêneres com as demais
pessoas político-administrativa, visando a execução de suas leis, serviços e decisões pelos respectivos
servidores e a mutua cooperação no desempenho de tarefas de competência ou interesse comum.
I - Zelar pela guarda da Constituição Federal, da Constituição Estadual, desta Lei Orgânica, das leis e
das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
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III - Proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
§ 2º Inexistindo norma geral federal e estadual, o Município exercerá a competência legislativa plena
para atender suas peculiaridades.
§ 3º A superveniência da lei federal ou estadual, sobre normas gerais suspende a eficácia de lei
municipal no que lhe for contrário.
Capítulo III
DOS BENS
I - Os que atualmente lhe pertencem, que vier adquirir ou lhe forem xxxxxxxx a hipótese de permuta,
esta será precedida de avaliação dos imóveis objetos da operação;
III - É dispensada a avaliação na doação gratuita, mas necessária na doação com encargos.
Art. 13 Todos os bens municipais devem ser cadastrados, com identificação respectiva, numerando-se
os móveis, segundo o que for estabelecido em regulamento e mantendo-se um livro tombo com a
relação descritiva dos bens imóveis, ao qual qualquer cidadão poderá solicitar informações.
I - Na hipótese de permuta, esta será precedida de avaliação dos imóveis objetos da operação;
III - É dispensada a avaliação na doação gratuita, mas necessária na doação com encargos.
Art. 15 A alienação de imóveis, sempre subordinada a existência de interesse público, será realizada:
I - Por venda ou permuta, atendendo no que couber o disposto no artigo no artigo anterior;
II - Por doação a União ou ao Estado, para realização de obra ou serviço de interesse geral, bem como
a entidades filantrópicas, educacional, cultural, cívicas ou esportivas, examinando-se nestes casos, a
conveniência de lhe ceder apenas o direito real de uso, por prazo certo.
Art. 16 Os imóveis adquiridos para fins especiais de estimulo a industria ou ao turismo, será alienados
na forma que estabelecer a lei, elaborada com as seguintes cautelas:
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III - Estabelecerá os requisitos básicos para a concessão de benefício, de modo a poder ser aplicada
pelo Prefeito no caso concreto independente de nova autorização legislativa, resguardando o interesse
público;
Parágrafo Único - É vedado ao Município a permissão para uso de bens imóveis de seu patrimônio,
excetuando-se aquelas feitas a órgãos e entidades previstas no Inciso II do Artigo 15º desta Lei
Orgânica.
Art. 17 Os bens imóveis, inservíveis, obsoletos ou excedentes, serão alienados por concorrência,
permitida a doação na forma do Artigo 15º, Inciso II.
§ 1º Se os valores mobiliários não tiverem cotação em bolsa de valores, serão alienados por
concorrência ou leilão.
§ 2º A onerarão dos valores de que trata este artigo, como garantia a realização da operação de crédito
ou à obtenção de financiamento, depende da autoridade legislativa.
Art. 19 O uso de bens do Município por terceiros, poderá ser feito por arrendamento, concessão,
permissão ou autorização.
Parágrafo Único - A utilização e administração de bens de uso especial, como mercados, matadouros,
recintos de espetáculos e campos de esportes, serão feitos na forma que a lei municipal determinar.
Art. 20 Os bens de uso comum do povo, possuem livre utilização, desde que respeitada a sua
finalidade e devem ter sempre um conjunto mínimo de elementos naturais ou de obras de urbanização
que caracterizem a sua destinação.
Parágrafo Único - As áreas verdes podem ter seu cultivo e sua manutenção realizadas com a
participação da comunidade.
Capítulo IV
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
a) Autarquias;
b) Empresas públicas;
c) Sociedades de economia mista:
d) Fundações públicas;
I - A criação de autarquias;
II - A autorização para:
Art. 22 As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros.
§ 1º Os atos administrativos são públicos, salvo quando a lei, por relevante interesse da administração,
impuser sigilo.
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prazo máximo de quinze dias, de atos, contratos e convênios administrativos, sob pena de
responsabilidade da autoridade competente ou do servidor que negar ou retardar a expedição.
§ 3º A autoridade competente terá o mesmo prazo do parágrafo anterior para atender requisição do
Poder judiciário se outro não for o prazo por este fixado.
§ 4º A lei fixará prazo para proferimento de decisão final no processo contencioso administrativo ou
administrativo tributário, bem como normas gerais para seu processamento.
§ 6º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e as campanhas dos órgãos e entidades da
administração pública, ainda que não custeadas diretamente por esta, deverão ter caráter educativo, ou
de orientação social, delas não podendo constar símbolos, expressões, nomes ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos e serão suspensas noventa dias
antes das eleições, ressalvadas as essenciais ao interesse público.
Parágrafo Único - A licitação e a contratação de obras públicas são proibidas no período de até cento e
vinte dias precedentes ao término do mandamento do Prefeito Municipal, salvo situação de
comprovada urgência ou se especificadas na lei de diretrizes orçamentarias.
Art. 26 Os atos de improbidade administrativa imporão a suspensão dos direitos políticos, a perda da
função pública, a indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário na forma e gradação prevista
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Art. 27 Os convênios, ajustes, acordos e instrumentos congêneres firmados pelo município, serão
submetidos a Câmara Municipal para homologação, no prazo de trinta dias, contados da celebração, e
serão apreciados na forma e nos prazos previstos em seu regimento interno, sem o que não produzirão
seus efeitos jurídicos e legais. (Declarado Inconstitucional conforme ADIN nº 2013.042871-0)
Art. 28 Os cargos empregos e funções públicas, criados por lei, em números e com atribuições e
remuneração certos, são acessíveis a todos os brasileiros que preencherem os requisitos legais
observados o seguinte:
II - O prazo de validade do concurso público será de até dois anos prorrogável uma vez, por igual
período;
III - Durante o prazo improrrogável prevista no edital de convocação, quem for aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos, será convocado com prioridade sobre novos concursados para
assumir cargo ou emprego na mesma carreira;
IV - A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão.
§ 2º A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público.
§ 3º A lei estabelecerá a par dos gerais requisitos específicos de escolaridade, habilitação profissional
e outros para a investidura de cargo público.
Art. 29 Todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo, emprego ou
função, é obrigado na posse, exoneração ou aposentadoria, a declarar seus bens.
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Art. 30 A remuneração dos servidores da administração pública de qualquer dos poderes atenderá o
seguinte:
II - A lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e menor remuneração, observados
como limites máximos e no âmbito dos respectivos poderes, os valores percebidos como remuneração,
em espécie a qualquer título, pelo Prefeito;
VI - Os acréscimos pecuniários percebidos por serviço público não serão computados nem,
acumulados, para fins de concessão de acréscimo ulteriores sob o mesmo título ou idêntico
fundamento.
III - em qualquer caso que seja o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.
SEÇÃO II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA AUTÁRQUICA E FUNDACIONAL
Art. 33 O Município instituirá regime jurídico único e planos de carreiras para os servidores da
administração pública direta, das autarquias e fundações que instituir e mantiver.
§ 2º Para aplicação do disposto no parágrafo anterior, a lei estabelecerá os cargos de atribuições iguais
ou assemelhados.
Art. 34 São direitos dos servidores públicos sujeitos ao regime jurídico único, além de outros
estabelecidos em Lei:
III - décimo terceiro vencimento com base na remuneração integral ou o valor dos proventos;
VII - percepção dos vencimentos e proventos até o quinto dia útil do mês subsequente;
VIII - duração do trabalho normal, não superior a oito horas diárias e quarenta semanais, facultadas a
compensação de horários e a redução de jornada de jornada, nos termos da lei;
XI - gozo de férias anuais remuneradas com pelo menos um terço a mais de que a remuneração
norma;
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XIV - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XV - redução dos riscos inerentes ao trabalho por meios normais de saúde, higiene e segurança;
XVI - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubre ou perigosas, na forma da lei;
XVII - proibição de diferenças de vencimentos do exercício das funções e critérios da admissão, bem
como de ingresso e freqüência em cursos de aperfeiçoamento por motivo de sexo, cor ou estado civil;
XIX - a greve, nos termos e nos limites definidos em lei complementar federal.
Art. 35 São estáveis após dois anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em virtude de
concurso público.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável será ele reintegrado, e o eventual
ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro
cargo ou posto em disponibilidade.
Art. 36 Os servidores públicos municipais terão direito a aposentadoria de acordo com o regime
jurídico adotado pelo Município e segurado os seguintes preceitos:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes de acidente em serviço,
moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificados em lei e proporcionais
nos demais casos;
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;
III - Voluntariamente;
a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta se mulher, com proventos integrais;
b) aos trinta anos efetivo exercício em funções do magistério se professor, e vinte e cincos anos, se
professora, com proventos integrais;
c) aos trinta anos de serviço se homem, e aos vinte e cinco se mulher, com proventos proporcionais ao
tempo de serviço;
d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de serviço;
§ 2º O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será computado integralmente para os
efeitos de aposentadoria e de disponibilidade.
§ 3º Os proventos da aposentadoria serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que
se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos inativos
qualquer benefícios e vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, quando
decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria,
na forma da lei.
§ 4º Para efeito do disposto no inciso III, alínea "b" considera-se efetivo exercício em funções de
magistério e atividades dos especialistas em assuntos educacionais.
Capítulo V
DOS ATOS MUNICIPAIS
SEÇÃO I
DA PUBLICIDADE DOS ATOS MUNICIPAIS
Art. 37 Os atos municipais que produzam efeitos externos serão publicados no órgão oficial do
Município ou da respectiva associação municipal e em jornal local ou da micro região a que pertencer
e, na falta deles, em edital que será afixada na sede da Prefeitura e na Câmara Municipal.
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§ 1º Inexistindo órgão oficial do Município, a publicação dos atos a este regime, será feita
obrigatoriamente e jornal de circulação diária;
§ 2º Os atos municipais mencionados no "caput" deste artigo, somente produzirão efeitos após
publicação;
§ 3º Diante da necessidade de escolha do órgão de imprensa para publicação dos atos municipais,
esta deverá ser feita mediante licitação, em que se levarão em conta, não só as condições de preço,
honorários, tiragem, distribuição e tempo de existência que deverão constar expressamente no edital;
§ 4º O jornal que vencer a licitação e firmar contrato com a Prefeitura, para publicação dos atos
municipais, será considerada, por decreto do Poder Executivo, órgão oficial do Município.
§ 6º Os atos normativos internos, bem como os que declarem situações individuais, dispensam
publicações, desde que transmitidos a seus destinatários para ciência e cumprimento.
III - anualmente, até o dia 31 (trinta e um) de março, pelo órgão oficial do Município, as contas da
administração, constituídas do balanço financeiro, do balanço patrimonial, do balanço orçamentário e
demonstração das variações patrimoniais de forma sintética.
Art. 39 A administração municipal realizará com divulgação antecipada de prazo mínimo de 30 dias os
processos de concessão de serviços públicos, de locação e de cessão de uso, de próprios municipais.
Parágrafo Único - a divulgação referida no presente artigo, se dará no mínimo por publicação em edital.
SEÇÃO II
DOS LIVROS
Art. 40 O Município manterá os livros que forem necessários ao registro se deus serviços.
I - Termos de compromisso e posse de Prefeito, Vice - Prefeito e dos Auxiliares diretos do Prefeito;
§ 3º Os livros referidos neste artigo, exceto os obrigatórios, poderão ser substituídos por fichas ou
outros sistemas, convenientemente autenticados.
SEÇÃO III
DA FORMA DOS ATOS
Art. 41 Os atos municipais de competência do Prefeito serão baixados com observância das seguintes
normas:
a) regulamentação da lei:
b) instituição, modificação e extinção de atribuições não privativas de lei;
c) abertura de créditos suplementares, até o limite autorizado por lei, assim como de créditos
extraordinários;
d) declaração de utilidade pública ou interesse social, para fins de desapropriação ou de servidão
administrativa;
e) aprovação de regulamentos ou de regime das entidades que formam a administração municipal;
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III - DECRETOS numerados em ordem cronológica crescente, em série própria continua e infinita, nos
seguintes casos:
a) Regulamentação de lei;
b) Instituição, modificação e extinção de atribuições não privativas de lei;
c) Abertura de créditos suplementares, até o limite autorizado por lei, assim como de créditos
extraordinários;
d) Declaração de utilidade pública ou interesse social, para fins de desapropriação ou de servidão
administrativa;
e) Aprovação de regulamentos ou de regime das entidades que formam a administração municipal;
f) Medidas executarias do Plano Diretor;
g) Normas de efeito externos, não privativos de lei.
V - CONTRATO em ordem cronológica crescente, em séries própria contínua e anual, seguida pela
identificação do ano de sua celebração, nos seguintes casos:
a) para contratação de pessoal por tempo determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público, nos termos da lei;
b) para execução de obras e serviços municipais, nos termos da lei;
c) para concessão de uso, no caso do inciso II do artigo 15 desta Lei Orgânica.
Parágrafo Único - Os atos constantes do inciso IV deste artigo, poderão ser delegados aos auxiliares
diretos do Prefeito, por Decreto.
SEÇÃO IV
DAS CERTIDÕES
§ 1º As requisições jurídicas serão atendidas no prazo, se outro não for fixado pelo juiz.
§ 3º Nos termos do inciso XXXIV, do artigo 5º da Constituição Federal, são a todos assegurados,
independentemente de pagamento:
§ 4º Com exceção dos casos dos §§ 1º e 3º, deste artigo, as demais petições e certidões serão
cobradas de conformidade com a legislação tributária.
Capítulo VI
AS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS
Art. 43 Nenhum empreendimento de obras e serviços do Município poderá ter início sem prévia
elaboração do plano respectivo, do qual, obrigatoriamente, consta:
§ 1º Nenhuma obra, serviço ou melhoramento, salvo casos de extrema e comprovada urgência, serão
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§ 2º As obras Públicas serão executadas pela Prefeitura, por órgão da administração indireta, ou por
terceiros, mediante licitação.
§ 1º Serão nulas de plano direto as permissões, as concessões, bem como quaisquer outros ajustes
feitos em desacordo com este artigo.
§ 3º Desde que executados em desconformidade com o ato ou contrato bem como os que se revelarem
insuficientes para atendimento dos usuários, os serviços permitidos ou concedidos poderão ser
retomados pelo Município, sem indenização.
Art. 45 As tarifas dos serviços públicos deverão ser fixadas pelo Executivo, tendo em vista a justa
remuneração.
Art. 46 O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum, mediante convênio com
entidades públicas ou particulares, bem assim, por consórcio, com outros Municípios, mediante
aprovação dos mesmos pela Câmara Municipal. (Declarado Inconstitucional conforme ADIN nº
2013.042871-0)
Parágrafo Único - Os consórcios deverão ter sempre um Conselho Consultivo, com a participação de
todos os Municípios, integrantes, um autoridade executiva, e um Conselho Fiscal de munícipes não
pertencentes ao serviço público.
Capítulo VII
DAS LICITAÇÕES
Art. 47 Aplica-se a legislação federal específica sobre licitações, na execução de serviços, obras, e no
caso de compras e alienações.
TÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Parágrafo Único - Salvo as expressas exceções previstas nesta Lei Orgânica, é vedado a qualquer dos
Poderes delegar competência.
Capítulo II
DO PODER LEGISLATIVO
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 51 A eleição para vereador se fará simultaneamente com as eleições gerais para Prefeito.
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Parágrafo Único - Nas sessões legislativas extraordinárias a Câmara somente poderá deliberar sobre a
matéria objeto da convocação.
Art. 54 As deliberações da Câmara e de suas comissões, Serão tomadas, por maioria de votos,
presente a maioria de seus membros, salvo a disposição em contrário nas Constituições Federal e
Estadual e nesta Lei Orgânica, que exija "Quorum" superior qualificado.
§ 1º As deliberações Serão públicas, através de chamada nominal ou por votação simbólica, salvo que
a Lei determina procedimento em contrário.
§ 2º A Câmara mediante resolução aprovada pelo voto de dois terços de seus membros, no ano que
antecedera das eleições, fixará o número de vereadores para a Legislação seguinte, para
compatibiliza-lo com o crescimento da população do município, respeitados os limites previstos na
Constituição Estadual.
Art. 55 O Poder Legislativo será representado, Judicial e extrajudicialmente, por seu presidente.
Art. 56 A Câmara Municipal é assegurada autonomia administrativa e financeira, na forma desta Lei
Orgânica.
Parágrafo Único - A Câmara Municipal elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites fixados
pela lei e diretrizes orçamentarias.
SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DA CAMÂRA MUNICIPAL
Art. 57 (*) Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito,dispor sobre todas as matérias de
competência do Município, especialmente sobre:
III - Planejamento Urbano: plano diretor, suas alterações, e em especial planejamento e controle do
parcelamento, edificação, uso e ocupação do solo;
XII - Obtenção de empréstimos e financiamentos pela administração direta e indireta, bem como a
forma e os de pagamento.
XIII - Autorizar a aquisição de bens imóveis, por doação, salvo se esta não trouxer nenhum encargo,
excluído os de escritura e registro.
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SEÇÃO III
DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS DA CÂMARA
II - eleger sua mesa, e constituir suas comissões técnicas, nestas assegurada, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos políticos;
IX - zelar pela preservação de sua competência, sustando os atos normativos, do Poder Executivo que
exorbitem o poder regulamentado ou os limites da delegação legislativa.
XII - decretar a perda do mandato do Vereador, Prefeito e Vice-Prefeito nos casos previstos na
Constituição Federal, nesta Lei Orgânica e lei Federal aplicável;
XIII - criar comissões especiais de investigação ou de inquérito, que terão poderes de investigação
próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno, sobre fato
determinado, que as incluas na competência municipal, sempre que o requerem um terço dos
Vereadores, e cujas conclusões, se for o caso, serão encaminhadas ao Ministério Público, para que
promova a responsabilidade dos infratores;
XVI - exercer, através de controle externo, com auxílio do Tribunal de Contas do Estado, a fiscalização
financeira, orçamentaria e patrimonial do Município;
XVII - tomar e julgar as contas do Prefeito, deliberado sobre o parecer do tribunal de Contas do Estado
no prazo máximo de noventa dias de seu recebimento, observados os seguintes preceitos:
a) o parecer do Tribunal de Contas do estado, somente deixará de prevalecer por decisão de dois
terços dos membros da Câmara;
b) decorridos o prazo de noventa dias, sem deliberação pela Câmara, as contas serão consideradas
aprovadas ou rejeitadas, de acordo com a conclusão do parecer do Tribunal de Contas do Estado;
c) rejeitadas, as contas serão imediatamente remetidas ao Ministério Público, para os fins de direito;
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XXII - resolver definitivamente sobre os acordos, convênios, consórcios e outros ajustes, depois de
celebrados pelo Prefeito: (Inciso XXII declarado inconstitucional, conforme ADIN nº 2013.042871-0)
SEÇÃO IV
DA POSSE
Art. 59 No primeiro ano de cada legislatura, a primeiro de janeiro, às dezoito horas, independente de
convocação, sob a Presidência do Vereador mais idoso entre aos presentes, os Vereadores eleitos
reunir-se-ão em Reunião Solene, com a seguinte ordem do dia: (Redação dada pela Lei Complementar
nº 74/2016)
§ 1º O Vereador que não tomar posse na reunião prevista neste artigo, deverá faze-lo no prazo de
quinze dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara;
§ 5º Ato contínuo, o vereador mais idoso suspenderá a reunião por trinta minutos a fim de ser
procedida a eleição da Mesa Diretora.
SEÇÃO V
DA MESA DA CÂMARA
Art. 60 Decorridos os trinta minutos, a reunião será reaberta e os Vereadores, sob a Presidência do
mais idoso e constatada a maioria absoluta dos membros da Câmara, elegerão os componentes da
Mesa, que ficarão automaticamente empossados;
Parágrafo Único - Não havendo número legal, o Vereador mais idoso dentre os presentes permanecerá
na Presidência e convocará reuniões diárias até que seja eleita a Mesa.
Art. 61 A eleição para a renovação da Mesa realizar-se-á sempre no primeiro dia de janeiro, ás dez
horas;
Parágrafo Único - Vagando qualquer cargo da Mesa, este será preenchido por eleição no prazo
máximo de quinze dias, não podendo ser votados os legalmente impedidos . O eleito completará o
mandato do antecessor.
Art. 63 O mandato da Mesa será de dois anos, não permitida a reeleição, de qualquer de seus
membros, para igual cargo, na mesma legislatura.
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Art. 64 A eleição da Mesa será feita por cotação que obedecerá as formalidades específicas no
Regimento Interno.
SEÇÃO VI
DAS ATRIBUIÇÕES DA MESA
I - Propor projetos de lei que criem ou extingam cargos dos serviços da Câmara e fixem os respectivos
vencimentos:
II - Elaborar e expedir, mediante ato, discriminação analítica das dotações orçamentarias da Câmara,
bem como alterá-las, quando necessário;
III - Apresentar projeto de lei disposto sobre a abertura de créditos suplementares ou especiais, através
de anulação parcial ou total da dotação da Câmara;
IV - Promulgar as Resoluções e os Decretos Legislativos, bem como as leis com sanção tácita ou cujo
veto tenha sido rejeitado pelo plenário;
V - Fazer publicar os atos da Mesa, bem como as Resoluções, os Decretos Legislativos e as leis por
ele promulgadas;
VI - Declarar extinto o mandato de Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, nos casos previstos em Lei;
VIII - Apresentar ao plenário, até o dia vinte (20) de cada mês, o balancete relativo aos recursos
recebidos e às despesas do mês anterior;
XI - Manter a ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a força necessária para este fim;
XII - Comunicar por ofício, com pelo menos vinte e quatro (24) horas de antecedência, ao Juiz Eleitoral
da Comarca e aos Vereadores, a mudança do local de reunião da Câmara Municipal, em caso de
impedimento de uso do recinto destinado ao seu funcionamento, sob pena de nulidade dos atos
praticados.
SEÇÃO VII
DA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA
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II - Em período extraordinário, quando convocada pelo Prefeito, por seu Presidente ou a requerimento
da maioria de seus membros, em caso de urgência ou interesse público relevante, devendo neste
período ser apreciada apenas a matéria que motivou a convocação.
Parágrafo Único - A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a aprovação do projeto de
lei diretrizes orçamentarias.
§ 2º A convocação pelo Prefeito se fará mediante ofício dirigido ao Presidente, comunicando o dia para
a realização da reunião extraordinária. De posse do ofício, o Presidente, se o receber:
SEÇÃO VIII
DAS REUNIÕES
I - No dia primeiro de janeiro do primeiro ano de Legislatura, sob a presidência do Vereador mais idoso
entre os presentes, para o compromisso e posse de seus membros, do Prefeito e do Vice-Prefeito;
a) a sessão legislativa ordinária iniciar-se á na forma e no dia prevista no artigo 67 desta lei;
b) a fixação do número e dos dias para realização das reuniões ordinárias será mensalmente, a quatro
(4) se o município tiver população até dez mil habitantes; a seis (6) se o número de habitantes for
superior a dez mil e inferior ou igual a cinqüenta mil; a oito (8) se o número de habitantes for superior a
cinqüenta mil e inferior ou igual a cem mil e a dez (10) se o Município contar com mais de cem mil
habitantes;
IV - Em Reuniões Extraordinárias:
Art. 70 As reuniões da Câmara e de suas Comissões serão sempre públicas, salvo deliberação em
contrário de dois terços de seus membros, adotada em razão de motivo relevante de preservação de
preservação do decoro parlamentar.
Art. 71 As reuniões da Câmara deverão ser realizadas em recinto destinado ao seu funcionamento,
considerando-se nulas as que se realizarem fora dele.
§ 1º Comprovada a impossibilidade de acesso àquele recinto ou outra causa que impeça a sua
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utilização, poderão as reuniões ser realizadas em outro local designado pela Mesa, mediante
comunicação escrita ao Juiz Eleitoral da Comarca, com o mínimo Vinte e quatro (24) horas de
antecedência.
Art. 72 As reuniões somente poderão ser abertas com a presença de, no mínimo, 1/3 (um terço) dos
membros d Câmara.
Parágrafo Único - Considerar-se-á presente à sessão o Vereador que assinar o livro e presença e
participar dos trabalhos do Plenário e das votações, salvo, neste último caso se legalmente impedido.
Art. 73 A falta de comparecimento às reuniões extraordinárias, será computada para fins de extinção
de mandato na forma da lei.
Art. 74 As deliberações da Câmara e de suas Comissões serão tomadas por maioria de votos,
presentes a maioria de seus membros, salvo disposição em contrário desta Lei Orgânica.
Art. 75 Fica instituída a tribuna popular nas sessões plenárias, ordinárias e extraordinárias, da Câmara
Municipal de Porto belo, com espaço garantido de trinta (30) minutos a ser distribuído eqüitativamente
entre as entidades inscritas.
§ 1º Podem fazer uso da Tribuna Popular entidades com sede em Porto Belo, entidades
representativas de moradores ou outras entidades que tenham atuação no âmbito municipal,
reconhecidas ou registradas como tal.
§ 2º Entidades que mesmo não tendo caráter municipal, venham a apresentar questões de relevância
para a população de Porto Belo, poderão ocupar a Tribuna Popular.
§ 3º Para fazer uso da Tribuna Popular, as entidades interessadas deverão realizar, com antecedência
mínima de vinte e quatro (24) horas, junto à Secretaria da Câmara, que manterá livro próprio para este
fim, a inscrição de seus representantes.
SEÇÃO IX
DAS COMISSÕES
I - Permanente;
II - Especiais;
I - Dar parecer em Projeto de Lei, de Decreto - Legislativo, de Resolução e em outras matérias que lhe
forem encaminhadas;
III - Convocar os Secretários Municipais ou Diretores para prestarem informações sobre assuntos
inerentes as suas atribuições, desde que aprovado pelo voto da maioria da Comissão respectiva;
§ 3º As Comissões Especiais de Inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades
judiciais, serão criadas pela Câmara mediante requerimento um terço (1/3) de seus membros, para
apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas
ao Ministério Público para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
I - Proceder as vistorias e levantamentos nas repartições públicas municipais, onde terão livre ingresso
e permanência;
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III - Transportar-se aos lugares onde a sua presença se fizer necessária, ali realizando os atos que lhe
competirem;
§ 5º É fixado em quinze (15) dias, prorrogáveis por igual período, desde que solicitado e devidamente
justificado, o prazo para que os responsáveis pelos órgãos da administração direta prestem as
informações e encaminhem os documentos requisitados pelas Comissões Especiais de Inquérito;
§ 6º No exercício de suas atribuições poderão, ainda, as Comissões Especiais de Inquérito, por seu
Presidente:
III - Tomar depoimento de quaisquer autoridades, intimar testemunhas e inquiri-las sob compromisso;
IV - Proceder a verificação contábil em livros, papéis e documentos dos órgãos da administração direta
e indireta.
SEÇÃO X
DO REGIMENTO INTERNO
Art. 77 Câmara Municipal, dentro de (180) cento e oitenta dias, da data da promulgação desta Lei
Orgânica, por iniciativa da Mesa Diretora, observado o disposto nesta Lei, elaborará o seu regimento
interno, dispondo sobre sua organização, política e serviços, valendo-se neste período, e após, nos
casos omissos, do regimento interno da Assembléia Legislativa e especialmente sobre:
V - comissões;
VI - sessões;
VII - deliberações;
§ 1º A discussão e a votação da matéria da ordem do dia só poderá ser efetuada com a presença da
maioria absoluta dos membros da Câmara.
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§ 4º Dependerão de voto favorável de dois terços (2/3) dos membros da Câmara a aprovação e as
alterações das seguintes matérias:
I - Plano Diretor;
II - Zoneamento urbano;
I - na eleição da Mesa;
II - nas matérias dependentes do voto favorável de dois terços (2/3) da maioria absoluta dos membros
da Câmara para aprovação ou rejeição;
§ 6º O voto será sempre público nas deliberações da Câmara, salvo disposição em contrário da
Legislação Federal.
SEÇÃO XI
DOS VEREADORES
a) firmar ou manter contrato com o Município, com suas autarquias, fundações, empresas públicas,
sociedades de economia mista ou com suas empresas concessionárias de serviços públicos, salvo
quando o contrato obedecer cláusulas uniformes;
b) aceitar cargo, emprego ou função, no âmbito da administração públicos direta ou indireta do
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II - desde a posse:
a) ocupar cargo, função ou emprego na administração pública direta ou indireta do Município, de que
seja livremente exonerado, salvo o Cargo de Secretário Municipal;
b) exercer outro cargo eletivo Federal, Estadual ou Municipal;
c) ser proprietário ou diretor da empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica
de direito público do Município ou nela exercer função remunerada;
d) patrocinar causa junto ao Município em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere
a alínea "a", do inciso I, deste artigo.
IV - deixar de comparecer, em cada sessão legislativa anual, à Terça parte das sessões ordinárias da
Câmara, salvo doença comprovada, licença ou missão autorizada pela Edilidade;
I - Pela Câmara, nos casos dos incisos I, II e VII, por voto secreto e maioria absoluta, mediante
provocação da mesa ou de partido político representado na Câmara, assegurada ampla defesa;
II - Pela Mesa da Câmara, nos casos previstos nos incisos III e VI, de ofício ou mediante provocação de
qualquer Vereador ou de partido político representado na Câmara, assegurada ampla defesa.
II - para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que o afastamento não ultrapasse
sessenta (60) dias por sessão legislativa;
IV - tratando-se de Vereadora, aplica-se o disposto no inciso II do parágrafo único do artigo 112 desta
lei.
§ 2º Nos casos dos incisos I e III, deste artigo, não será concedida sem prejuízo da remuneração do
vereador.
§ 3º A licença referida no inciso II, deste artigo, não será inferior a trinta (30) dias, e o Vereador não
poderá reassumir o exercício do mandato antes do término da licença.
§ 4º Poderão ser abonadas em cada sessão legislativa, com direito a remuneração, até seis (6) faltas,
por motivo de doença desde que devidamente comprovadas por atestado médico, que deverá ser
entregue à Mesa da Câmara até a abertura sessão em que ocorrer a falta.
Art. 82 (**) No caso de vaga ou licença será convocado o suplente de Vereador, que deverá tomar
posse no prazo de cinco(5) dias, contados da convocação, salvo motivo justo aceito pela Câmara, que
fixará o prazo da prorrogação.
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§ 1º Enquanto não preenchida a vaga o "quorum" será calculado em função dos Vereadores
remanescentes.
§ 2º Se o suplente se achar presente na mesma sessão em que for concedida a licença, poderá
assumir as suas funções independentemente de qualquer formalidade, por convocação do Presidente
da Câmara, que será obrigatória .
SEÇÃO XII
DO PROCESSO LEGISLATIVO
I - Leis Complementares;
II - Leis Ordinárias;
III - Resoluções;
IV - Decretos - Legislativos.
Parágrafo Único - A lei disporá sobre a apresentação e material e formal dos atos normativos e
municipais, para que guarde similaridade com os atos Federais e Estaduais.
Art. 84 Esta Lei disporá material e formal dos atos normativos municipais, para que guarde
similaridade com os atos federais e estaduais.
II - do Prefeito municipal;
III - da iniciativa popular, subscrita no mínimo, por cinco por cento (5%) do total de eleitores inscritos no
Município.
§ 1º As propostas apresentadas através de iniciativa popular terão inscrição prioritária na Ordem do dia
da Câmara municipal, devendo obrigatoriamente ser apresentadas em regime de urgência;
§ 3º O projeto de alteração será discutido e votado em dois turnos, com interstício mínimo de dez (10)
dias, considerando-se aprovado se obtiver, em ambas as votações, o voto favorável de dois (2/3) dos
membros da Câmara;
§ 4º Esta Lei Complementar não poderá ser alterada na vigência do estado de sitio ou de intervenção
ao Município;
§ 5º As alterações a esta Lei Complementar serão promulgadas pela Mesa da Câmara, com o
respectivo número de ordem.
§ 6º A matéria constante de emenda rejeitada ou havida por prejudicada, não poderá ser objeto de
nova proposta na mesma sessão legislativa.
I - a qualquer Vereador;
II - ao Prefeito Municipal;
Parágrafo Único - No caso do inciso III, deste Artigo, a proposta deve vir assinada, no mínimo, por
cinco por cento (5%) dos eleitores inscritos no Município, salvo se a iniciativa for de competência
exclusiva do Prefeito, quando não caberá a proposta.
Art. 85 A. Todo projeto de lei de iniciativa do Poder Legislativo, Executivo ou mesmo de iniciativa
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popular, independentemente de sua natureza, quando tratar de matéria cujo interesse diga respeito a
qualquer entidade, deverá vir acompanhado de parecer desta, sob pena de não ser submetido a
apreciação do Plenário até a manifestação da entidade interessada, sendo o parecer requisito
indispensável para a inserção do Projeto na Ordem do Dia.
Parágrafo Único - Conceitua-se entidade para fins do disposto no caput deste artigo, Conselhos
Municipais, Fundações, Associações, Sindicato dos Servidores Públicos e demais pessoas jurídicas
que sejam previamente reconhecidas pela Mesa Diretora como legitimadas à emissão de opiniões
quanto a matérias constante de Projeto de Lei.(Artigo acrescentado pela Lei Complementar nº 19, de
06 de fevereiro de 2008)
Art. 86 Com exceção das alterações desta Lei Complementar que serão por outras alteradas, as
demais constituir-se-ão em Leis Ordinárias.
VI - aprovação de convênios, consórcios, acordos e outros ajustes de que for parte o Município. (Inciso
VI declarado inconstitucional, conforme ADIN nº 2013.042871-0)
VI - todo e qualquer assunto de sua economia interna, de caráter geral ou normativo, que não
compreenda nos limites dos simples atos administrativos;
Art. 89 As deliberações da Câmara sofrerão duas discussões, com interstício mínimo de vinte e quatro
horas, executando-se as moções, as indicações e os requerimentos, que sofrerão uma única
discussão, além de outros casos previstos nesta Lei Orgânica.
Art. 90 São de iniciativa exclusiva do Prefeito os Projetos de Lei que disponham sobre:
III - criação, estruturação e atribuições das Secretarias Municipais e demais órgãos e entidades da
administração pública;
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Art. 91 O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.
§ 1º Se a Câmara Municipal não deliberar em até 45 (quarenta e cinco) dias, o projeto será incluído
automaticamente na Ordem do Dia até que se ultime a sua votação.
Art. 92 Aprovado o Projeto de Lei será este enviado ao Prefeito que, aquiescendo, o sancionará.
§ 2º Vetado o projeto, o Prefeito, dentro de 48 (quarenta e oito) horas após transcorrido o prazo do § 1º,
comunicará á Câmara Municipal as razões do veto.
§ 3º A precessão do veto pela Câmara Municipal será no prazo de 30 (trinta) dias a contar de seu
recebimento, em uma só discussão e votação, com ou seu parecer, e considerado rejeitado se obtiver o
voto contrário da maioria absoluta dos membros da Câmara.
§ 4º Rejeitado o veto, será o projeto devolvido ao Prefeito para que o promulgue no prazo de 48
(quarenta e oito) horas, e não o fazendo, caberá essa medida ao Presidente da Câmara, em igual
prazo, e na negativa desde, ao Vice-Presidente.
§ 5º O veto parcial só poderá incidir sobre o texto integral de artigo, parágrafo, inciso e alínea.
§ 6º Decorrido o prazo do § 1º, deste artigo, e não havendo ao projeto, este será considerado
sancionado, e sua promulgação obrigatória pelo presidente da Câmara.
Art. 93 Ressalvados os projetos de iniciativa exclusiva, a maioria constante de projeto de lei rejeitado
somente poderá ser renovado, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta
dos membros da Câmara.
I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito, ressalvados o disposto no Art. 130 §§ 1º e 2º:
III - para o controle dessa vedação, os projetos deverão ser encaminhados à Câmara acompanhados
de demonstrativos que permitam aferir sua expressão financeira.
Art. 95 A iniciativa das Leis Complementares cabe a 1/3(um terço) dos membros da Câmara, ao
Prefeito e aos cidadãos na forma prevista nesta Lei Orgânica.
§ 1º No caso de proposta subscrita por eleitores esta deverá ser acompanhada dos dados
identificadores do título eleitoral.
II - os direitos e garantias individuais, inclusive as formas de exercício soberania popular prevista nesta
Lei Orgânica;
§ 3º a matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havia por prejudicada, somente poderá
ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa se subscrita por 2/3(dois terços) dos
Vereadores ou por 10% (dez por cento) do eleitorado do Município.
Art. 96 A iniciativa das Leis Ordinárias cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara, ao Prefeito
e aos cidadãos, na forma da Lei Orgânica.
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III - servidores públicos municipais, seu regime jurídico, provimento de cargos, e aposentadorias;
§ 2º a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara de projeto de lei de interesse
específico do Município, da cidade ou de bairro, subscrito por pelo menos 5%(cinco por cento) do
eleitorado do Município, respeitando a determinação do § 1º do artigo 95 desta Lei.
Art. 97 As Leis Complementares serão aprovadas por, no mínimo (2/3) dois terços dos membros da
Câmara.
Art. 98 Nos casos de calamidade pública, para atender situações de relevância e urgência dela
decorrentes, o Prefeito poderá adotar medidas provisórias com força da Lei, devendo submetê-las de
imediato à Câmara, que estando em recesso será convocada extraordinariamente, no prazo de cinco
(5) dias.
Parágrafo Único - As medidas provisórias perderão eficácia desde a edição, se não forem convertidas
em Lei no prazo de trinta (30) dias a partir de sua publicação, devendo a Câmara disciplinar as
relações jurídicas delas decorrentes.
SEÇÃO XIII
DA FISCALIZAÇÀO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Parágrafo Único - Prestará conta qualquer pessoa física ou entidade pública ou privada que utiliza,
arrecada, guarda, gerência ou administra dinheiro, bens e valores públicos ou pelos quais o Município
responde, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Art. 100 O controle externo, a cargo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas do Estado do, ao qual serão oferecidos as condições e os elementos necessários para:
I - emitir parecer prévio sobre as contas que o Prefeito deve prestar anualmente, nelas incluídas a da
Câmara;
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiro, bens e valores públicos
da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo
Município, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou irregularidade de que resulte
prejuízo ao erário;
III - apreciar para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na
administração direta e indireta, incluídas as funções instituídas e mantidas pelo Município, efetuadas as
nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias e
pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterarem o fundamento legal do ato
concessório;
V - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pelo Estado mediante convênio, acordo,
ajuste ou instrumento congênere;
VI - prestar informações solicitadas pela Câmara Municipal, ou por qualquer de suas comissões, sobre
a fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial e sobre resultado de auditorias e
inspeções realizadas;
VIII - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
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§ 1º No caso de contrato, o ato de sustentação será adotado diretamente pela Câmara Municipal, que,
aplicará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis;
§ 2º Se a Câmara Municipal ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas
previstas no parágrafo anterior, o Tribunal de Contas do Estado decidirá a respeito.
Art. 101 A Comissão de finanças públicas, diante de indícios de despesas não autorizadas, ainda que
sobre a forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, poderá solicitar a
autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos
necessários.
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão se julgar que o gasto possa causar dano
irreparável ou grave lesão a economia pública, proporá a Câmara sua sustação.
Art. 102 As contas do Município, serão encaminhadas pelo Prefeito à Câmara e ao Tribunal de Contas
do estado até o dia 31 de março.
Parágrafo Único - As contas da Câmara serão encaminhadas pela Mesa ao Prefeito até o dia 28 de
fevereiro.
Art. 103 A Via das contas do Município encaminhadas a Câmara ficará na Comissão de finanças
públicas, durante sessenta dias, a disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o
qual poderá questionar-lhes a legitimidade.
§ 1º A Mesa da Câmara divulgará, por edital, no órgão oficial, do Município ou naquele que assim
considerado for, a data a partir da qual as contas do Município estarão a disposição do contribuinte
para exame e apreciação.
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legitima para, na forma da lei,
denunciar irregularidade ou ilegalidade perante o Tribunal de Contas da União, do Estado e à Câmara
Municipal.
Capítulo III
DO PODER EXECUTIVO
SEÇÃO I
DO PREFEITO E DO VICE- PREFEITO
Art. 104 O Poder Executivo Municipal é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários Municipais e
Diretores, e os responsáveis pelos órgãos da administração direta e indireta.
Parágrafo Único - É assegurada a participação popular nas decisões nas decisões da administração
pública municipal.
Art. 105 As entidades e movimentos da sociedade civil poderão requerer ao executivo ou legislativo,
conforme o caso, a realização de audiências pública para prestar esclarecimento sobre projetos, obras
ou outras matérias de interesse social.
Art. 106 A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito, para mandato de quatro anos, se fará até noventa
dias antes do término do mandato dos que devam suceder, mediante pleito direto e simultâneo
realizado em todo país, atendidas as condições das legislação eleitoral.
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§ 2º Se o Município tiver mais de duzentos mil (200.000) eleitores na eleição de Prefeito será
observado o disposto no Artigo 77 §§ 2º e 5º da Constituição Federal.
Art. 107 O Prefeito e o Vice-Prefeito, tomarão posse em Sessão da Câmara Municipal, no dia Primeiro
de janeiro do ano subsequente ao da eleição, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir
a Constituição Federal, a Constituição Estadual e esta Lei Orgânica, observar as leis, promover o bem
geral e sustentar a autonomia do Município.
§ 1º Se decorridos dez (10) dias da data da posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito salvo motivo justificado
e aceito pela Câmara, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago pela Mesa da Câmara, e
enquanto não ocorrer a posse do Prefeito, assumirá o Vice-Prefeito e, na falta ou impedimento deste, o
Presidente da Câmara.
Parágrafo Único - O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem atribuídas por lei, auxiliará
o Prefeito sempre que por ele convocado para missões especiais, nestas incluídas a investidura e
cargo de Secretário Municipal.
Art. 109 Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacância dos respectivos cargos,
será chamado ao exercício do cargo de Prefeito o Presidente da Câmara Municipal.
Art. 110 Vagando os cargos de Prefeito e de Vice-Prefeito, far-se-á eleição noventa dias depois da
abertura da última vaga.
§ 1º Ocorrente a vacância nos últimos dois anos do período governamental, a eleição para ambos os
cargos será feita trinta (30) dias depois de aberta a última vaga, pela Câmara Municipal, por voto
secreto e maioria absoluta.
Art. 111 O Prefeito e o Vice-Prefeito residirão no Município e não poderão dele se ausentar por mais
de sete (7) dias, quando em território nacional, e por qualquer período quando fora dele, sem licença
da Câmara Municipal, sob pena de perda de cargo. (Expressão "e não poderão dele se ausentar por
mais de sete (7) dias, quando em território nacional, e por qualquer período quando fora dele, sem
licença da Câmara Municipal, sob pena de perda de cargo" declarada inconstitucional, conforme ADIN
nº 2013.042873-4)
II - Quando impossibilitado para o exercício do cargo, por motivo de doença, devidamente comprovada
ou em licença gestante;
Art. 113 Os substitutos legais do prefeito não poderão se recusar a substituí-lo, sob pena de extinção
de seus mandatos de Vice-Prefeito ou de Presidente da Câmara, conforme o caso.
SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO
Art. 114 São atribuições privativas do Prefeito: (Declarado Inconstitucional conforme ADIN nº
2013.042871-0)
I - exercer, com o auxílio dos Secretários Municipais, a direção superior da Administração Municipal;
II - iniciar o Processo Legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;
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III - sancionar, promulgar e fazer as Leis, bem como expedir decretos e regulamentos para as sua fiel
execução;
VII - prestar anualmente, à Câmara Municipal, até trinta e um (31) de março, as contas referentes ao
exercício anterior;
VIII - encaminhar ao Poder Legislativo, para exame, até o último dia do mês subsequente ao
encerramento dos mesmos, os balancetes mensais da Prefeitura Municipal, que deverão trazer em
acostado, uma via de todos os documentos remetidos ao Tribunal de Contas do Estado;
IX - remeter mensagem e plano de governo à Câmara Municipal por ocasião da abertura da sessão
legislativa, expondo a situação do Município e solicitando as providências que julgar necessárias;
X - ministrar, por escrito, as informações e esclarecimentos que lhe forem solicitados pela Câmara
Municipal, no prazo máximo de quinze dias; observados as condições e princípios do Artigo 23 §§ 1º e
2º desta Lei Orgânica;
XII - celebrar convênios, acordos, consórcios e outros ajustes de interesse do Município, "ad
referendum" da Câmara Municipal;
XVI - Editar Medidas Provisórias com força de Lei nos termos do Artigo 98 desta Lei Orgânica.
SEÇÃO III
DAS RESPONSABILIDADES DO PREFEITO
Art. 115 (***) São crimes de responsabilidade os atos do Prefeito Municipal que atentarem contra a
Constituição Federal, contra a Constituição Estadual, contra esta Lei Orgânica e especialmente contra:
VI - A Lei Orçamentaria;
§ 1º A Câmara Municipal, ao tomar conhecimento de qualquer ato do prefeito que possa configurar
crime comum ou de responsabilidade, nomeará comissão especial para oferecer, no prazo de 30
(trinta) dias, sobre os fatos, relatório ao plenário, que decidirá sobre a conveniência ou não de
encaminhá-lo ao Procurador Geral da Justiça, para as providências cabíveis.
§ 2º Nas infrações político-administrativas, o Prefeito será julgado pela Câmara, assegurada ampla
defesa, que o absolverá ou condenará, neste caso, por maioria absoluta de votos e com a decretação
da perda do mandato.
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SEÇÃO IV
DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS
Art. 116 Os secretários Municipais serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no
exercício dos direitos políticos.
Parágrafo Único - Compete ao secretário municipal, além de outras atribuições estabelecidas em Lei:
IV - Praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Prefeito;
Art. 117 São crimes de responsabilidade dos Secretários Municipais os referidos no Art.115 desta Lei
Orgânica, os demais nela previsto entre os quais se inclui o não comparecimento, sem justa causa, à
Câmara Municipal, quando convocado.
SEÇÃO V
DA PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO
Art. 118 A Procuradoria Geral do Município é a instituição que representa o Município judicial e
extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da Lei que dispuser sobre sua organização e
funcionamento, as atividades de consultoria e acessoramento jurídico do Poder Executivo.
§ 1º A Procuradoria Geral tem por chefe o Procurador Geral do Município, de livre nomeação pelo
Prefeito dentre cidadãos, advogados, de reconhecido saber jurídico e reputação ilibada;
TÍTULO V
DAS FINANÇAS PÚBLICAS
Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 119 Cabe à Lei Complementar, observadas as normas gerais de direito financeiro fixado pela
União e, no que couber pelo estado, dispor sobre:
II - o exercício financeiro;
§ 2º A lei que autoriza operação de crédito cuja liquidação ocorra em exercício financeiro subsequente
deverá dispor sobre os valores que devam ser incluídos nos orçamentos anuais, para os respectivos
serviços de juros, amortização e resgate, durante o prazo para sua liquidação.
Art. 120 A disponibilidade financeira dos órgãos e entidades da administração pública serão
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depositadas em instituições financeiras no Município e somente através delas poderá ser aplicadas.
Parágrafo Único - A lei poderá executar depósitos e aplicações dessa obrigatoriedade, quando o
interesse público recomendar.
Art. 121 As dívidas dos órgãos e entidades da administração pública independentemente de sua
natureza, quando inadimplidas serão monetariamente atualizadas, apartir do dia de seu vencimento e
até o de sua liquidação, segundo os mesmos critérios adotados para a atualização de obrigações
tributárias.
Parágrafo Único - Essa disposição não se aplica a operação de crédito contratadas com instituições
financeiras.
Art. 122 Os preços públicos pela utilização de bens, serviços e atividades municipais, fixadas pelo
Prefeito mediante Decreto deverão cobrir os custos ou acompanhar os valores de mercado, conforme o
caso, salvo disposição de lei em contrário.
Art. 123 A despesa com pessoal ativo e inativo do município não poderá exercer os limites
estabelecidos em Lei Complementar Federal.
I - se houver Dotação Orçamentária suficiente para atender as projeções da despesa de pessoal e aos
acréscimos dela decorrentes;
Art. 125 O Poder Executivo publicará até o último dia do mês subsequente ao da arrecadação os
montantes de cada um dos tributos arrecadados e os recursos recebidos.
Capítulo II
DOS ORÇAMENTOS
I - O Plano Plurianual;
II - As Diretrizes Orçamentárias;
Art. 127 A Lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá por região administrativa, ou bairro, as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública para as despesas de capital e outras delas
decorrentes, e para as relativas ao programas de duração continuada.
Parágrafo Único - Os planos e programas municipais e setoriais serão elaborados em consonância com
o plano plurianual e apreciados pela Câmara Municipal.
I - O orçamento fiscal referente aos Poderes Legislativo e Executivo, seus fundos, órgãos e entidades
da administração pública:
II - O orçamento de investimentos das empresas cujo controle seja, direta ou indiretamente, detido pelo
Município;
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§ 1º A Lei Orçamentária, não poderá conter estranha a previsão de receita e à fixação de despesa
exceto para autorizar:
I - a abertura de créditos suplementares, até o limite de 1/4 (um quarto) do montante das respectivas
dotações orçamentárias;
II - a contratação de operações de créditos, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Art. 130 Os Projetos de Leis relativos ao Plano Plurianual, às Diretrizes Orçamentárias, ao Orçamento
Anual e aos Créditos Adicionais serão apreciados pela Câmara Municipal na forma do Regimento
Interno, cabendo à comissão de Finanças Públicas, sem prejuízo da atuação das demais comissões,
examinar e emitir parecer sobre projetos e sobre os planos e programas municipais e setoriais.
§ 1º As emendas ao Projetos serão apresentados à Comissão de Finanças Públicas, que sobre elas
emitirá parecer sobre sua constitucionalidade, legalidade e mérito.
§ 2º As emendas ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com o plano plurianual.
§ 3º As emendas ao Projeto de Lei do orçamento Anual ou aos Projetos que o modifiquem, somente
podem ser acolhidas caso:
III - Sejam relacionadas com correções de erros ou omissões ou com dispositivos de texto do projeto;
§ 4º O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara, propondo a modificação desses projetos, enquanto
não iniciada a votação, na Comissão de Finanças Públicas da parte cuja alteração é proposta.
§ 6º Os recursos que por decorrência de veto, emenda ou rejeição do Projeto de Lei Orçamentária
Anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares com prévia e específica autorização legislativa.
II - Iniciar, sob pena de crime de responsabilidade, investimento cuja execução ultrapasse um exercício
financeiro sem prévia inclusão no plano plurianual ou sem lei que autorize a inclusão;
III - Realizar despesas ou assumir obrigações diretas que excedam créditos orçamentários ou
adicionais;
IV - Realizar operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as
autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo
Poder Legislativo por maioria absoluta;
V - Vincular receitas e impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvada a destinação de recursos para
a manutenção e o desenvolvimento de ensino e a prestação garantias às operações de crédito por
antecipação de receita;
VI - Abrir crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem a indicação dos
recursos correspondentes;
VII - Transpor, remanejar ou transferir recursos de uma categoria de programação para outra, ou de um
órgão para outro sem prévia autorização legislativa;
IX - Utilizar, sem autorização legislativa específica recursos dos orçamentos fiscais e de seguridade
social, para suprir necessidades ou cobrir déficit de empresas, fundações ou fundos;
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subsequente.
§ 2º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender as despesas imprevisíveis
e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o
disposto no Artigo 98.
Capítulo III
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
I - Impostos;
II - Taxas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
§ 1º A função social dos tributos constitui princípio a ser observado na legislação que sobre eles
dispuser.
§ 2º A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e
jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, nos termos da Lei.
§ 3º As taxas não poderão ser cobradas em valor superior ao custo de seus fatos geradores, e também
não poderão ter base de cálculo próprio de impostos instituídos pela mesma pessoa ou por outra de
direito público.
§ 4º A Lei poderá determinar a atualização monetárias dos tributos, desde a data da ocorrência do fato
gerador até a do pagamento.
Art. 133 O Município poderá instituir contribuição cobradas de seus servidores, para o custeio, em
benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social.
Parágrafo Único - As contribuições do sistema Municipal de previdência social, só poderá ser exigidas
depois de decorridos noventa (90) dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou
aumentado, não se lhes aplicando o disposto no inciso III, "b" do Artigo 135 .
Art. 134 A Legislação Tributária observará o disposto em Lei Complementar Federal no tocante a:
III - definição de tributos e de suas espécies, bem como em relação aos impostos constitucionalmente
discriminados, dos respectivos fatos geradores, base de cálculo e contribuintes;
Art. 135 Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedada ao Município:
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por elas exercidas independentemente
da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou
aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
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VII - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua
procedência ou destino;
§ 2º As vedações do inciso VI "a" e do parágrafo anterior não aplicam ao patrimônio, à renda e aos
serviços relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a
empreendimento privados, ou em que haja contra prestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo
usuário, nem exoneram o promitente comprador da obrigação de pagar o imposto relativamente ao
bem imóvel.
§ 4º Somente a Lei poderá conceder isenção, redução de alíquota ou base de cálculos, anistia,
remissão e outros incentivos e benefícios fiscais.
II - transmissão "inter-vivos", a qualquer título, por ato oneroso de bens imóveis, por natureza ou
acessão fiscal e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a
sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza definidos em Lei Complementar, exceto o de transporte interestadual
e intermunicipal e de comunicação;
§ 1º A lei poderá estabelecer a progressividade do imposto no inciso I, com vistas a garantir a função
social da propriedade;
§ 3º o imposto referido no inciso III, não exclui a audiência do imposto previsto no Artigo 129, I, "b" da
Constituição Estadual, sobre a mesma operação.
I - fixar as alíquotas máximas dos Impostos referidos nos incisos III e IV;
II - excluir da incidência do imposto referido no inciso IV, exportações de serviços para o exterior.
TÍTULO VI
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL
Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 137 A ordem social do Município tem como base e primado do trabalho e como objetivo o bem-
estar e a justiça social.
Art. 138 As Leis que estabelecerem, a política, os planos e programas municipais de desenvolvimento
econômico e social, atenderão os princípios da Constituição Federal e da Estadual, e serão baseados
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no primado do trabalho, tendo por fim assegurar a todos uma existência digna, conforme os ditames da
justiça social.
Art. 139 O Município só intervirá na exploração direta da atividade econômica por motivo de interesse
público, expressamente definido em lei.
§ 1º As empresas públicas que exploram atividade econômica se sujeitarão ao regime jurídico próprio
da empresa privada, inclusive quanto as obrigações trabalhistas e tributárias.
III - Articulação e integração das ações das diferentes esferas do governo e das respectivas entidades
da administração indireta com atuação no Município, objetivando distribuição adequadas dos recursos
financeiros;
Art. 140 Ao Município incube a prestação dos serviços públicos de sua competência.
§ 1º A execução poderá ser delegada, precedida de licitação, nos regimes de concessão ou permissão.
II - política tarifária socialmente justa que assegure aos usuários o direito de igualdade, o
melhoramento e expansão dos serviços, a justa remuneração do capital empregado e o equilíbrio
econômico-financeiro do contrato.
Capítulo II
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO
Art. 141 A política de desenvolvimento urbano tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes, na forma da lei.
§ 1º O Plano Diretor, aprovado pela Câmara Municipal, é o instrumento básico da política da lei.
§ 2º A propriedade urbana cumpre suas funções sociais quando atende às exigências fundamentais de
ordenação da cidade, expressas no plano diretor.
§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.
§ 4º É facultado o Poder Público Municipal mediante Lei específica para área incluída no Plano Diretor,
exigir nos termos da lei Federal, do proprietário do solo urbano não edificado, sub-utilizado, que
promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente de:
III - desapropriação mediante pagamento com títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovado pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e juros legais.
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V - atendimentos aos problemas decorrentes de áreas ocupadas por população de baixa renda;
Art. 143 A Lei estabelecerá, em conformidade com as diretrizes do Plano Diretor normas sobre
zoneamento, loteamento, parcelamento, uso e ocupação de solo, índices urbanísticos, proteção
ambiental e demais limitações administrativas pertinentes.
Art. 144 Compete ao Município, de acordo com as respectivas diretrizes de desenvolvimento urbano, a
criação e a regulamentação de zonas industriais, obedecidos os critérios estabelecidos pelo estado,
mediante Lei, e respeitadas as normas relacionadas ao uso de ocupação do solo e meio ambiente.
Art. 145 As áreas ou distritos industriais serão definidos em lei, observadas as limitações e dimensões
dos estabelecimentos industriais tendo presente, sempre a preservação do meio ambiente.
Parágrafo Único - Inexistindo serviços públicos necessários como água, energia elétrica e demais
recursos indispensáveis a implantação de industrias, não poderá o Município fixar distrito industrial,
sem prévia audiência dos órgãos responsáveis pela manutenção dos mesmos serviços no Estado.
Capítulo III
DA PESCA
Art. 147 O Município definirá política específica para o setor pesqueiro local, em consonância com as
diretrizes dos Governos Federal e Estadual, promovendo seu planejamento, ordenamento e
desenvolvimento, enfatizando sua função de abastecimento alimentar através da implantação de
mercados de peixes nas sedes distritais, provimento de infra-estrutura de suporte à pesca, incentivo à
implantação dos sistema de informação setorial.
Art. 148 Cabe ao Município criar base institucional comunitária participativa, para promover o
gerenciamento pesqueiro, através da implantação do Conselho Municipal da Pesca, constituído de
representantes dos Poderes Executivo e legislativo Municipal, de instituições ligadas à pesca, e, ao
meio ambiente e das comunidades pesqueiras locais.
Parágrafo Único - O apoio à fiscalização da pesca será exercida por delegação do Conselho, contará
com apoio logístico do Executivo Municipal e será exercido por membros do Conselho Municipal da
pesca e por cidadãos escolhidos dentre aqueles indicados pelas comunidades pesqueiras organizadas
do Município.
Art. 149 O Município poderá articular-se com o Governo Federal ou Estadual, visando a implantação e
a operação do serviço de busca e salvamento no limite do mar territorial.
Art. 150 O Município deve promover permanente adequação dos conteúdos dos currículos escolares
das comunidades relacionadas econômicas e socialmente à pesca, a sua vivência, realidade e
potencialidade pesqueira.
Capítulo IV
DA SEGURIDADE SOCIAL
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SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 151 O Município participará, respeitada sua autonomia e os limites de seus recursos, das ações
dos sistemas Federal ou Estadual de seguridade social.
§ 1º A proposta do orçamento anual da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos
órgãos Municipais responsáveis pela saúde e assistência social, observadas as metas e prioridades no
Plano Plurianual e na Lei de Diretrizes Orçamentárias, assegurada a cada área a gestão democrática
de seus recursos.
§ 2º É assegurada a gestão democrática e descentralizada das ações relativas à seguridade social civil
organizada, nos termos da lei.
SEÇÃO II
DA SAÚDE
Art. 152 A Saúde é direito de todos e dever do Município, garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visam a redução de risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
I - trabalho digno, educação, alimentação, saneamento, moradia, meio ambiente saudável, transporte e
lazer;
II - informação sobre o risco da doença e morte, bem como a promoção e recuperação da saúde;
V - formação da consciência sanitária individual e coletiva nas primeiras idades, através do ensino
primário;
VII - combate ao uso de substâncias tóxicas ou que causam dependência física ou psíquica.
Art. 153 O Poder Público Municipal deverá viabilizar a assistência médica, hospitalar, odontológica e
farmacêutica de boa qualidade e a construção de centros de saúde em número suficiente para atender
a demanda da população, prioritariamente nos distritos e bairros.
Art. 154 Terá caráter obrigatório a inspeção médica nos estabelecimentos de ensino do Município.
Parágrafo Único - O Município promoverá periodicamente, ou no mínimo uma vez por ano, exames
completos de saúde inclusive odontológicos e oftalmológicos gratuitos para todas as crianças
matriculadas nas escolas do Município.
Art. 155 São de relevância pública as ações e serviços de saúde cabendo ao poder público dispor, nos
termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita
diretamente ou através de terceiros e também por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 156 O Município, integra, com a União e o Estado, o Sistema Único de Saúde, dirigindo-o em sua
circunscrição territorial de acordo com as seguintes diretrizes:
I - atendimento integral, com prioridade para as ações preventivas e coletivas, sem prejuízo dos
serviços assistenciais;
II - a participação da comunidade.
Art. 157 É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições
privadas com fins lucrativos.
Art. 158 A Lei Ordinária criará o Conselho Municipal de Saúde, regulamentando a composição, o
funcionamento e as atribuições do mesmo.
SEÇÃO III
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
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Art. 159 O Município prestará em cooperação coma União e o estado, assistência social, a quem dela
necessitar, objetivamente:
V - aos maiores sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos em linhas
urbanas e intermunicipais de características urbanas, assim classificadas pelos poderes concedentes.
Parágrafo Único - as ações municipais na área da assistência social, deverão ser organizadas com
base na participação da população por meio de organizações representativas, na formulação e controle
das políticas, e no controle das ações.
Art. 161 O Município implementará política destinada a amparar as pessoas idosas, assegurando sua
participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem estar e garantindo-lhes o direito à vida,
nos termos da lei, observando o seguinte:
Art. 162 a Lei Ordinária regulamentará os casos de redução ou isenção de impostos e taxas
municipais para os maiores de 65 (sessenta e cinco) anos.
SEÇÃO IV
DA CONSULTA POPULAR
Art. 163 O Prefeito poderá realizar consultas populares para decidir sobre assuntos de interesse
específico do município, de bairros ou distritos, cujas medidas deverão ser tomadas diretamente pela
administração municipal.
Art. 164 A consulta popular deverá ser realizada sempre que a maioria absoluta dos membros da
Câmara ou pelo menos cinco por cento do eleitorado inscrito no Município, no bairro ou no distrito, com
a identificação de título eleitoral, de acordo com a abrangência da matéria, apresentarem proposta
neste sentido.
Art. 165 A votação será organizada pelo Executivo no prazo de dois meses após a apresentação da
proposição, com participação da Câmara e mediante processo que garanta a correta aferição da
consulta.
§ 1º Será adotado cédula oficial que conterá as palavras sim e não, indicando respectivamente a
aprovação ou rejeição da proposição, esclarecida a mesma.
§ 2º A proposição será considerada aprovada se o resultado lhe tiver sido favorável, pelo voto da
maioria dos eleitores que comparecerem às urnas, em manifestação a que se tenham apresentado
pelo menos cinqüenta por cento dos eleitorados envolvidos.
§ 4º É vedada a realização de consultas populares nos quatro meses que antecederem as eleições
para qualquer nível de governo.
Art. 166 O Prefeito Municipal proclamará o resultado da consulta popular e será considerada como
decisão sobre a questão proposta, devendo o governo Municipal, quando couber, adotar as
providências legais para sua consecução.
SEÇÃO V
SEGURANÇA PÚBLICA
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Art. 167 O Município poderá constituir guarda municipal, força auxiliar destinada a proteção de seus
bens, serviços, e instalações nela incluída a guarda florestal, na forma da Lei.
§ 1º A Lei de criação de Guarda Municipal disporá sobre acesso, direitos, deveres, vantagens e regime
de trabalho, com base na hierarquia e disciplina.
§ 2º A investidura nos cargos da Guarda Municipal, far-se-á mediante concurso público de provas e
título.
SEÇÃO VI
DA EDUCAÇÃO
Art. 168 A Educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida coma
colaboração da sociedade, visando ao Pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para exercício
da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 169 O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
II - ensino fundamental, obrigatório e gratuito inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade
própria;
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo, acionável mediante mandato
de injução.
§ 2º O não oferecimento de ensino obrigatório pelo Município, ou sua oferta irregular, importará em
responsabilidade da autoridade competente.
Art. 170 O Sistema de Ensino Municipal assegurará aos alunos necessitados condições de eficiência
escolar.
Art. 171 O Ensino Oficial do Município será gratuito em todos os graus, e atuará prioritariamente no
ensino fundamental e pré-escolar.
§ 1º O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários das escolas oficiais do
Município, e será ministrado de acordo com a confissão religiosa do aluno, manifestada por ele se for
capaz, ou por seu representante legal ou responsável.
§ 4º O Município orientará e estimulará por todos os meios, a educação física, que será obrigatória nos
estabelecimentos oficiais de ensino.
Art. 173 O Município aplicará, anualmente, vinte e cinco por cento no mínimo, da receita resultante de
impostos, compreendida e proveniente de transferência na manutenção e no desenvolvimento do
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ensino.
Art. 174 Os recursos do Município destinados à educação serão aplicados, prioritariamente, nas
escolas públicas, visando ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório.
§ 1º Os recursos de que trata este artigo, serão destinados à bolsas de estudo para o ensino
fundamental, na forma da Lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver
falta de vagas nos cursos regulares da rede pública na localidade de residência do educando, ficando o
Município obrigado a investir prioritariamente na expansão na localidade.
§ 3º A lei que dispuser sobre os programas de bolsas de estudo e outros incentivos econômicos
definirá os casos e as formas de contrapartida que seus beneficiários deverão prestar ao Município.
Art. 175 A Lei Ordinária criará e regulará a composição, o funcionamento e as atribuições do Conselho
Municipal de Educação, que será composto obrigatoriamente, com membros do Poder Executivo, do
Poder Legislativo, de Pais de educandos, de Professores e demais membros da sociedade civil
organizada.
Art. 176 A Lei estabelecerá o Plano Municipal de Educação, de duração plurianual, visando à
articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do
Poder Público na comunidade que conduzam a:
I - erradicação do analfabetismo;
SEÇÃO VII
DA CULTURA
Art. 177 O Município garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da
cultura nacional, catarinense e portobelana, baseados no seguintes princípios:
III - proteção das obras, objetos, documentos, monumentos naturais e outros bens de valor histórico,
artístico, científico e cultural;
VII - Concessão de incentivos, na forma da lei, para produção e difusão de bens e valores culturais,
como forma de garantir a preservação das tradições e costumes das etnias formadoras da sociedade
portobelana;
VIII - integração das ações do Poder público no âmbito da educação, cultura e esporte;
X - criação de espaços públicos equipados para a formação de difusão das expressões artístico-
culturais.
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SEÇÃO VIII
DO DESPORTO
Art. 178 É dever do Município fomentar práticas desportivas formais e não formais, como direito de
todos, observados:
III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e não profissional, privilegiando o esporte
amador;
VIII - a prática de atividades esportivas pelas comunidades, facilitando o acesso às áreas públicas
destinadas à pratica do esporte;
SEÇÃO IX
DO TURISMO
Art. 179 A Lei criará e regulará a composição, o funcionamento e as atribuições do Conselho Municipal
de Turismo, que será composto obrigatoriamente com membros do Poder Legislativo, do Poder
Executivo, representantes da iniciativa privada e membros da sociedade civil organizada.
Parágrafo Único - O Conselho Municipal de Turismo tem por objetivo formular e controlar a execução
da Política Municipal de Turismo, principalmente no que diz respeito:
II - ao registro das atrações turísticas de natureza geofísica, históricas, étnicas e culturais do Município,
incentivando a sua preservação;
IV - fixação de padrões de qualidade nos serviços e das instalações que atendem o turismo;
Capítulo I
DO MEIO AMBIENTE
Art. 180 Todos têm direitos ao Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Município e a coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
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VIII - proteger a flora, a fauna e a paisagem natural, vedadas as práticas que coloquem em riscos a sua
função ecológica e paisagística, provoque a extinção de espécies ou submetam os animais a
crueldade;
X - incentivar e promover a recuperação das áreas degradadas nos corpos d`água e nas encostas
sujeitas a erosão;
XII - combater as queimadas, responsabilizando os autores e o proprietário do solo, quando for o caso,
por suas conseqüências;
XIII - determinar a realização de estudo prévio de impacto ambiental e alternativas para a instalação e
operação de obra ou atividade pública ou privada que possa causar significativa degradação ou
transformação do meio ambiente, do patrimônio histórico, natural e paisagístico, em especial toda e
qualquer atividade de parcelamento do solo, extração mineral ou exploração de produtos florestais, a
quer se dará publicidade de maneira acessível às entidades interessadas e com prazo mínimo de cento
e vinte (120) dias.
§ 3º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de
acordo com solução técnica exigida pelo órgão competente na forma da lei.
Art. 182 O Município pode promover consulta plebiscitaria quando a obra ou atividade pública Federal
ou Estadual afetar o ambiente no território Municipal.
Art. 183 A tutela do meio ambiente será exercida por todos os órgãos do Município e por todos os
cidadãos.
Art. 184 O município, respeitado o direito de propriedade, poderá executar levantamentos, estudos,
projetos e pesquisas necessárias ao conhecimento do meio físico.
Art. 185 Os Projetos de Lei originários dos Poderes Executivo ou Legislativo Municipal, que venham a
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causar impacto ambiental, terão de ser informados previamente à população, mediante afixação por
noventa (90) dias no quadro oficial de avisos da Prefeitura, dos planos, plantas, projetos, RIMA e outros
documentos, precedidos de ampla divulgação em jornais, rádios, televisão com circulação e penetração
no Município
Parágrafo Único - Será realizada audiência pública pelos poderes legislativo ou Executivo num prazo
de até trinta (30) dias a contar do término do prazo a que se refere o "caput" deste artigo, se houver
solicitação de qualquer entidades não governamental ou instituição pública interessada, para que colha
opiniões ou propostas alternativas.
Art. 186 A implantação de pólos industriais, de alto potencial poluente, bem como quaisquer obras de
grande porte que possam causar danos à vida ou alterar significativa ou irreversivelmente o ambiente,
dependerá de autorização de órgão ambiental, da aprovação da Câmara Municipal e de concordância
das comunidades, manifestada por plebiscito na forma da Lei mediante requerimento de entidade
ambientalista ou representativa da sociedade.
Art. 187 As áreas verdes, praças, parques, jardins e reservas ecológicas municipais, são patrimônio
público inalienável, sendo proibida sua concessão ou cedência, bem como qualquer atividade ou
empreendimento público ou privado que danifique ou altere suas características.
§ 1º Somente com a finalidade de adequar às condições locais de cada região, após consultada e
ouvida as associações representativas da população afetadas pelo ato, serão permitidas, na forma da
Lei, permutas de áreas citadas no "caput" deste artigo, mantida para o imóvel adquirido, destinação
idêntica e originalmente fixada para aquele permutado.
§ 2º Na inexistência de uma associação representativa nas localidades envolvidas, estas poderão ser
representadas por outra associação do Município, mediante delegação assinada por cinco (5) por cento
dos eleitores das localidades afetadas.
Art. 188 As elevações existentes acima da conta de vinte (20) metros sobre o nível do mar, no âmbito
do perímetro urbano do Município e suas mata nativas, são patrimônio da cidade, destinadas à
preservação de reservas ecológica, biológica e natural, nelas sendo vedadas qualquer atividades ou
obras que possam alterar suas características topográficas que venham a introduzir situações de
comprometer a integridade das condições que justifiquem sua preservação.
§ 1º As árvores e arbustos aí situados, bem como aquelas existentes no perímetro urbano, são
consideradas imunes ao corte.
§ 2º A Lei definirá sansões e os casos e os casos em que por apresentar risco às pessoas, dano ao
patrimônio ou por necessidade de obra pública ou privada, excepcionalmente se autorizará o abate,
garantindo na Lei que a efetivação se dará mediante prévia autorização do órgão ambiental e sob sua
orientação e fiscalização.
Art. 189 Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a adquirir, por via amigável ou judicial, as áreas
delimitadas no "caput" do artigo anterior, desprovidas de cobertura vegetal apropriadas as suas
funções naturais previstas, para o fim exclusivo de reflorestamento com espécies nativas.
§ 1º O ato expropriatório garantirá os diretos de manutenção nas condições atuais, aos proprietários de
áreas já edificadas, ou em construção, devidamente licenciada, na proporção necessária ao uso
familiar, bem como aos proprietário de loteamentos aprovados pela Prefeitura, ou seus adquirentes.
§ 2º Até a efetivação das desapropriações previstas neste artigo, ao longo da malha rodoviária
municipal já implantada, serão permitidas edificações exclusivamente unifamiliares, às quais o ato
expropriatório respeitará o disposto no § 1º deste artigo.
Art. 190 Caberá ao Município, na forma da Lei, a coordenação das atividades destinadas a controlar
evitar incêndios nos morros e áreas florestais do território municipal.
Art. 191 O Município, visando a melhoria da qualidade do ambiente urbano, elaborará um programa de
manutenção e expansão de arborização, com as seguintes metas prioritárias:
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definirá o local e a espécie vegetal a ser plantada, podendo no entanto, a receber a cooperação da
população.
§ 4º Para a consecução dos objetivos previstos neste artigo os orçamentos consignarão, anualmente,
dotação nunca inferior a 2,5% (dois e meio por cento) do total prevista para receita, destinada à
aquisição de áreas para proteção do verde, na forma prevista.
IV - a instalação de depósitos de explosivos, seja para uso civil ou militar, a menos de dois (2)
quilômetros da área urbana;
VI - a pesca que se utilize de arte que possam causar prejuízo à preservação de recurso vivos;
VII - a implantação de atividades poluidoras cujas emissões possam conferir aos corpos receptores, em
quaisquer condições, características em desacordo com os padrões de qualidade ambiental em vigor;
IX - a destruição, descaracterização ou alteração por qualquer meio ou para qualquer finalidade, dos
costões e formações rochosas, existentes a longo do litoral, bem como sua vegetação associados;
Art. 193 Fica proibido a instalação no território de Plantas geradoras de eletricidade proveniente de
fissão nuclear, bem como a produção, armazenamento e transporte, por qualquer via, de armamento
nucleares ou de resíduos que tenham sua origem, na utilização de energia nuclear, bem como qualquer
atividade, mesmo de pesquisa, que esteja relacionada com o seu uso militar.
§ 5º O Município fica obrigado a prestar informações, quando solicitadas, por entidades civis da defesa
do meio ambiente sobre atividades nucleares existentes no seu território, riscos de contaminação e
sobre acidentes com materiais radioativos.
Art. 194 Fica criado o Fundo de Saneamento Básico cujos recursos compor-se-ão de dotação
orçamentária própria, subvenções, rendas por aplicação financeira, doações e outras receitas.
§ 1º A ação do fundo tem por objetivo a manutenção da boa qualidade e recuperação dos corpos
d`água e do meio ambiente em geral, mediante o fornecimento e instalação, por parte do Poder
Público, sem ônus para os proprietários que comprovarem renda insuficiente para tanto, de
equipamentos de comprovada eficiência, e recomendados pelo Órgão Ambiental do Governo do
Estado, destinados ao tratamento de esgotos domésticos.
§ 2º A administração dos recursos e da ação do Fundo, será exercida pelo Órgão Ambiental do
Município, com a participação efetiva do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente -
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Art. 1º Esta Lei Orgânica, aprovada e assinada pelos vereadores da Câmara Municipal, será
promulgada pela mesa da Câmara com o número, e suas alterações, na forma do § 5º do seu arquivo
81 receberão a numeração seguinte, pela ordem.
Art. 2º Fica mantida a presente legislatura, o número atual de nove vereadores à Câmara Municipal,
cujo mandato espira a 31 de dezembro de 1992.
Art. 3º Até a promulgação da Lei Complementar Federal a que se refere o artigo 169, da Constituição
Federal, a despesa com o pessoal, ativo e inativo, não poderá receber a 65% (sessenta e cinco) de
valor das respectivas receitas correntes.
Art. 4º Enquanto não forem disciplinados por Lei Complementar Federal, o Plano Plurianual e as
Diretrizes Orçamentárias, não se aplica a lie de Orçamento o disposto no § 3º, do Art. 166 da
Constituição Federal .
Art. 5º O registro a que se refere a alínea III do Art. 40 desta lei Orgânica deverá ser feito e publicado
no órgão oficial do Município, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar de sua promulgação.
Art. 6º No prazo de um (1) ano a contar da promulgação desta Lei Orgânica, a Câmara Municipal
promoverá através da Comissão Mista Especial, exame analítico e pericial da Legalidade dos atos e
fatos relacionados à aquisição, doação, permuta, concessão de uso e venda pela Prefeitura, das áreas
pertencentes ao Patrimônio do Município destinadas ao uso público, adquiridos dos proprietários de
loteamento como decorrência da Lei Municipal nº 180/74 e legislação posterior.
§ 1º A Comissão Mista especial será constituída por três (3) Vereadores, atendida tanto quanto
possível a representação proporcional dos Partidos Políticos, que participam da Câmara Municipal, um
(1) representante do Poder Executivo Municipal um (1) representante de cada associação
representativa da sociedade devidamente registrada, com sede e jurisdição no Município.
§ 2º A Comissão terá força legal de Comissão Parlamentar de Inquérito, para fins de requisição,
diligências, intimação de testemunhas e convocação e poderá atuar com o auxílio do Tribunal de
Contas do Estado, sendo suas reuniões de audiências de caráter públicos.
§ 3º No tocante às vendas e permutas, o exame será feito com base exclusivamente no critério de
legalidade operação.
§ 4º Nos casos de aquisição, doação e concessão de uso, a revisão obedecerá aos critérios de
legalidade e de conveniência do interesse público.
§ 5º Apurada eventual irregularidade, a Câmara Municipal, se for o caso proporá ao Poder Público a
declaração de nulidade do ato e encaminhará as peças do processo ao Ministério Público, para
formalização da ação cabível.
Art. 7º As áreas definidas por esta Lei Orgânica como reserva ecológica, biológica ou área natural,
deverão ser desapropriadas e recuperadas até o ano 2010, para a real implantação destas reservas no
Município.
Art. 8º A criação dos conselhos previstos nesta Lei, deverá ser efetivada no prazo de noventa (90) dias
da promulgação desta Lei Orgânica.
Art. 9º O Município mandará imprimir esta Lei para distribuição nas escolas e entidades
representativas da comunidade, gratuitamente, de modo que se faça a mais ampla divulgação de seu
conteúdo.
Lauro Silveira da Silva Filho Presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Porto Belo, faz saber a
todos os habitantes deste Município, que a Câmara de Vereadores aprovou, e eu PROMULGO
apresente Lei complementar.
Art. 1º A Lei Complementar Nº 01 de 05 de abril de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação.
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"Art. 57 Cabe a Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, não exigida esta para o especificado no
Art.58, disposto sobre todas as matérias de competência do Município, especialmente sobre:
..."
"Art. 58 ...
V - Dispor sobre sua organização, funcionamento, política, criação, transformação ou extinção dos
cargos, empregos ou funções de seu serviço e fixação respectiva remuneração, observados os
parâmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias;
..."
"Art. 65 ...
I - Propor Projetos de Resolução que disponham sobre sua organização, funcionamento, polícia,
criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços e fixação da
respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias;
..."
Art. 2º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.
LEI Nº 860/95
SERGIO LUIZ BIEHLER, Prefeito do Município de Porto Belo no uso de suas atribuições legais, faz
saber à todos os habitantes deste Município, que a Câmara de Vereadores aprovou e eu sanciono a
seguinte Lei:
Art. 1º Por morte do Prefeito, Vice-Prefeito ou Vereador, na vigência de seus respectivos mandatos, os
dependentes fazem jus a uma pensão mensal de valores correspondentes ao da respectiva
remuneração ou proventos, a partir da data do óbito.
§ 1º A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas permanentes, que somente a extingue ou revertem
com a morte de seus beneficiários.
§ 2º A pensão temporária é composta de cota ou contas que podem se extinguir ou reverter por motivo
de morte, cessação de invalides ou maioridade do beneficiário nos termos da Lei.
I - Vitalícia:
a) O cônjuge, enquanto durar seu estado de viuves ou não passe a conviver com outra pessoa em
união durável ou que dela resulte prole;
b) A pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada, com percepção de pensão alimentícia;
c) O companheiro ou companheira designado que comprove união estável como entidade familiar;
d) A mão e o pai que comprovem dependência econômica do referido falecimento;
e) A pessoa designada maior de 60 anos, e a pessoa portadora de deficiência, que vivem sob a
dependência econômica do referido falecimento.
II - Temporários:
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§ 1º A concessão de pensão vitalícia ao beneficiários de que tratam as alíneas "a" e "c" do inciso I
deste artigo, deste exclui deste direito os demais beneficiários referidos nas alíneas "d" e "e".
§ 2º A Comissão da pensão temporária aos beneficiários de que tratam as alíneas "a" e "b" do inciso II
deste artigo exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas alíneas "c" e "d".
§ 3º As alíneas "b" e "c" do inciso I, aplicam-se as mesmas disposições da alínea "a" do mesmo inciso I
deste artigo.
Art. 4º A pensão será concedida integralmente ao titular da pensão vitalícia, exceto se existirem
beneficiários da pensão temporária.
§ 1º Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão vitalícia, o seu valor será distribuído em partes
iguais entre os beneficiários habilitados.
§ 3º Ocorrendo habilitação somente a pensão temporária, o valor integral da pensão será rateada, em
partes iguais, entre os que se habilitarem.
Art. 5º A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo-se tão somente as prestações
exigíveis há mais 5 anos.
Parágrafo Único - Concedida a pensão, qualquer prova posterior ou habilitação tardia que implique
exclusão de beneficiários ou redução de pensão só produzirá efeitos a partir da data em que for
oferecida.
Art. 6º Não faz jus à pensão o beneficiário pela prática de crime doloso de que tenha resultado a
morte do Prefeito, Vice-Prefeito, ou Vereador.
Art. 7º Será concedida pensão provisória por morte presumida do Prefeito, Vice-Prefeito ou Vereador,
nos seguintes casos:
Parágrafo Único - A pensão provisória será transformada em vitalícia ou temporária, conforme o caso,
decorridos 5 (cinco) anos de sua vigência, ressalvados o eventual reaparecimento do Prefeito, Vice-
Prefeito, e Vereador, hipótese em que o benefício será automaticamente cancelado.
I - O seu falecimento;
V - A renúncia expressa.
I - Da pensão vitalícia para os remanescente desta pensão, titulares de pensão temporária, se não
houver pensionista remanescente da pensão vitalícia e se, no caso de morte, esta não resultou de
ação ou omissão de um dos demais beneficiários.
Art. 11 Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, produzindo seus afeitos a partir de 01 de
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LEI Nº 908/96
SERGIO LUIZ BIEHLER, Prefeito do Município de Porto Belo, no uso de suas atribuições legais, faz
saber a todos os habitantes deste Município que a Câmara de Vereadores a provou e eu sanciono a
presente Lei:
Na conformidade do disposto nos artigos 134 e seguintes do Regimento Interno e Artigo 84 e seguinte
da referida Lei Orgânica da Câmara de Vereadores do Município de Porto Belo - Santa Catarina,
através da presente altera a redação do Artigo 82, o qual fica assim disciplinado:
"Art. 82 No caso de vaga ou licença por período superior a 30 (trinta) dias, será convocado o suplente
de Vereador que deverá tomar posse no prazo de 05 (cinco) dias, contados da convocação, salvo
motivo justo pela Câmara, que fixará o prazo de prorrogação.
§ 1º Enquanto não preenchida a vaga, o "quorum" será calculado em função dos Vereadores
remanescentes.
§ 2º Se o suplente de Vereador se acha na mesma sessão em que for concedida a licença, poderá
assumir as suas funções independente de quaisquer formalidade, por convocação do Presidente da
Câmara que será obrigatório"
LEI Nº 933/96
SERGIO LUIZ BIEHLER, Prefeito do Município de Porto Belo, no uso de suas atribuições legais, faz
saber à todos os habitantes deste Município que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e eu
sanciono a presente Lei:
Art. 1º Altera a redação do artigo 1º da lei 860/95 de 03 de julho de 1995, passando o mesmo a ter a
seguinte redação:
Art. 2º esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação revogados as disposições em contrário.
A Mesa da Câmara Municipal de Vereadores de Porto belo através de seu presidente, Antônio Sérgio
Stein, nos termos do Inciso VIII do Artigo 65 da Lei Orgânica, faz saber a todos os habitantes deste
Município, que a Câmara Municipal aprovou, e eu promulgo a presente Lei Complementar.
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"Art. 58 ...
XII - Decretar a perda do mandato do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador, nos casos previstos nesta Lei
Orgânica e Lei Federal aplicável;
...".
"Art. 66 ...
...".
III - O artigo 75 passa a vigorar com a nova redação, excluindo-se do artigo os seus Parágrafos 1º, 2º e
3º.
"Art. 75 Fica instituída a Tribuna Popular nas sessões plenárias ordinárias da Câmara Municipal de
Porto Belo, com espaço garantido de 15(quinze minutos), a serem distribuídos eqüitativamente entre as
entidades regularmente inscritas nos órgãos competentes".
IV - Fica acrescido o inciso IV do Art.76, acrescentando-se, ainda, neste Artigo um Parágrafo que será
denominado de § 3º e remunerando-se o Parágrafo 3º e, assim sucessivamente até o Parágrafo 8º que
passará a denominar-se de Parágrafo 9º, passando a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 76 ...
IV - Processante:
§ 1º ...
§ 2º ...
...".
V - O Inciso II, do § 5º do Artigo 77 da Lei Orgânica passa a vigorar cm nova redação, acrescentando-
se, ainda, o Inciso IV e V no referido Parágrafo:
"Art. 77 ...
§ 5º ...
I - ...;
II - Nas matérias dependentes do voto favorável de 2/3 (dois terços) da maioria absoluta dos membros
da Câmara;
III - ...;
...".
VI - Ficam revogados do Capítulo III, a Seção III, seu Artigo e todos os Parágrafos e Incisos passando
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"
SEÇÃO III
DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO, DA PERDA E EXTINÇÃO DO MANDATO"
"Art. 115 São crimes de responsabilidade do Prefeito aqueles definidos pela Legislação Federal.
§ 1º A Câmara Municipal, tomando conhecimento de qualquer ato do Prefeito que possa configurar
infração penal comum ou crime de responsabilidade, nomeará Comissão Especial para apurar os fatos
e apresentar relatório conclusivo ao Plenário, no prazo de 30 (trinta) dias.
§ 3º Recebido a denúncia contra o Prefeito, pelo Tribunal de Justiça do estado, a Câmara decidirá por
maioria absoluta, sobre a conveniência da designação de Procurador para atuar no processo como
assistente de acusação.
§ 4º O Prefeito ficará suspenso de suas funções com o recebimento da denúncia pelo Tribunal de
Justiça do estado, cessando o afastamento caso não se conclua o julgamento do processo dentro de
189 (cento e oitenta) dias."
"Art. 115a - São infrações político-administrativas do Prefeito, sujeitas ao julgamento pela Câmara
Municipal e sancionadas com a cassação do mandato:
II - Impedir o exame de livros, folhas de pagamento e demais documentos que devam constar dos
arquivos da Prefeitura, bem como a verificação de obras e serviços municipais por comissão de
investigação da Câmara ou auditoria, regularmente instituída;
III - Desatender, sem motivo justo, as convocações ou os pedidos de informações da Câmara, quando
feitos a tempo e na forma regular;
IV - Retardar a publicação ou deixar de publicar as Leis e Atos Oficiais sujeitos a essa formalidade;
VII - Praticar, contra expressa disposição da lei, ato de sua competência, ou omitir-se na sua prática;
VIII - Omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do Município, sujeitos
a Administração Municipal;
IX - Ausentar-se do Município, por tempo superior ao permitido em Lei, ou afastar-se da Prefeitura sem
autorização da Câmara Municipal;
XI - Ordenar ou efetuar despesas não autorizadas por Lei, ou realizá-las em desacordo com as normas
financeiras pertinentes; (Inciso XI Declarado inconstitucional, conforme ADIN nº
9150773-36.2015.8.24.0000)
XII - Deixar de prestar contas, no devido tempo, ao órgão competente, da aplicação de recursos,
empréstimos, subvenções ou auxílios internos ou externos recebidos a qualquer título; (Inciso XII
Declarado inconstitucional, conforme ADIN nº 9150773-36.2015.8.24.0000)
XIII - Antecipar ou inverter a ordem de pagamento a credores do Município, sem vantagem para o
Erário; (Inciso XIII Declarado inconstitucional, conforme ADIN nº 9150773-36.2015.8.24.0000)
XIV - Nomear, admitir ou designar servidor, contra expressa disposição em lei; (Inciso XIV Declarado
inconstitucional, conforme ADIN nº 9150773-36.2015.8.24.0000)
XV - Deixar de fornecer certidões de atos ou contratos municipais dentro do prazo estabelecido em lei.
(Inciso XV Declarado inconstitucional, conforme ADIN nº 9150773-36.2015.8.24.0000)
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I - A denúncia escrita da infração poderá ser feita por qualquer eleitor, com a exposição dos fatos e
indicação das provas; se o denunciante for Vereador, ficará impedido de votar sobre a denúncia e de
integrar a Comissão Procedente.
Se o denunciante for o Presidente da Câmara, passará a Presidência ao substituto legal, para os autos
do processo, e só votará, se necessário, para completar o "quorum" do julgamento. Será convocado o
suplente do Vereador impedido de votar, o qual não poderá integrar a Comissão Procedente;
III - Recebendo o processo, o Presidente da Comissão iniciará os trabalhos dentro de 05 (cinco) dias,
notificando o denunciante, com a remessa de cópia da denúncia e dos documentos, que a instruírem,
para que no prazo de 10 (dez)dias apresente defesa prévia, por escrito, indique as provas que pretende
produzir e arrole testemunhas, até o máximo de 08(oito). Decorrido o prazo de defesa, a Comissão
Processante emitirá parecer em 05(cinco) dias, opinando pelo prosseguimento ou arquivamento da
denúncia, a qual, neste caso, será submetida ao Plenário. Se a Comissão opinar pelo prosseguimento,
o Presidente designará, deste logo, o início da instrução e determinará os atos e diligências que se
fizerem necessárias para o depoimento do denunciado e inquisição das testemunhas;
V - Concluída a instrução, será aberta vista do processo ao denunciado, para razões finais, no prazo
de 05 (cinco) dias e após a Comissão Processante emitirá Parecer Final, pela procedência ou
improcedência da acusação, e solicitará ao Presidente da Câmara a convocação de sessão para
julgamento. Na sessão de julgamento o processo será lido integralmente, e, a seguir, os Vereadores
que o desejarem poderão manifestar-se verbalmente pelo tempo máximo de 10(dez) minutos cada um,
e, ao final, o denunciado ou seu Procurador terá o prazo máximo de 02 (duas horas para produzir a sua
defesa oral;
VII - O processo a que se refere este artigo deverá estar concluído dentro de 90 (noventa) dias
contados da data em que se efetivar notificação inicial do denunciado. Transcorrido o prazo sem
julgamento o processo será arquivado, sem prejuízo de nova denúncia, ainda que sobre os mesmos
fatos.
Art. 2º Esta Lei Complementar entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições.
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