Ramo jurídico independente e autônomo, podemos
conceituá-lo, em síntese, como o regime jurídico especial de
direito privado destinado à regulação das atividades
econômicas e dos seus agentes produtivos. Na qualidade de
regime jurídico especial, contempla todo um conjunto de
normas específicas que se aplicam aos agentes econômicos,
antes chamados de comerciantes e hoje chamados de
empresários – expressão genérica que abrange os
empresários individuais e as sociedades empresárias
Ramo jurídico independente e autônomo, podemos
conceituá-lo, em síntese, como o regime jurídico especial de
direito privado destinado à regulação das atividades
econômicas e dos seus agentes produtivos. Na qualidade de
regime jurídico especial, contempla todo um conjunto de
normas específicas que se aplicam aos agentes econômicos,
antes chamados de comerciantes e hoje chamados de
empresários – expressão genérica que abrange os
empresários individuais e as sociedades empresárias
Ramo jurídico independente e autônomo, podemos
conceituá-lo, em síntese, como o regime jurídico especial de
direito privado destinado à regulação das atividades
econômicas e dos seus agentes produtivos. Na qualidade de
regime jurídico especial, contempla todo um conjunto de
normas específicas que se aplicam aos agentes econômicos,
antes chamados de comerciantes e hoje chamados de
empresários – expressão genérica que abrange os
empresários individuais e as sociedades empresárias
Direito Empresarial Sobre o conceito do Direito Empresarial, Ramos (2014) afirma: Ramo jurdico independente e autnomo, podemos conceitu-lo, em sntese, como o regime jurdico especial de direito privado destinado regulao das atividades econmicas e dos seus agentes produtivos. Na qualidade de regime jurdico especial, contempla todo um conjunto de normas especficas que se aplicam aos agentes econmicos, antes chamados de comerciantes e hoje chamados de empresrios expresso genrica que abrange os empresrios individuais e as sociedades empresrias. Direito Empresarial As fontes do Direito podem ser conceituadas como tudo aquilo que fundamenta e d origem ao prprio sistema jurdico. Isto , as fontes so as responsveis diretas pela criao, elaborao e fundamentao de todo o Direito, produzindo e justificando suas leis e decises judiciais em todo o ordenamento jurdico. Direito Empresarial So exemplos de fontes do Direito. - A Constituio Federal de 1988; - O Cdigo Civil de 2002. - O conjunto de diversas leis de natureza comercial, tais como o Cdigo Comercial (comrcio martimo), as que tratam dos ttulos de crdito, cheques, propriedade industrial, sociedades annimas, recuperao judicial e falncia etc. - A jurisprudncia; - A doutrina; - Os usos e costumes comerciais; e - Os princpios gerais do Direito. Direito Empresarial Princpios (constitucionais) norteadores do Direito Empresarial. - Liberdade de iniciativa ou livre iniciativa. Conceitua-se, assim, o direito livre iniciativa, enquanto direito criao de empresa (direito de empreender) e sua gesto de forma autnoma, o qual compreende: (a) a liberdade de investimento ou de acesso, a qual se traduz no direito de escolha da atividade econmica a desenvolver, e (b) a liberdade de exerccio e de organizao da empresa, ou seja, a liberdade de determinar como ser desenvolvida a atividade, incluindo-se a forma, qualidade, quantidade e o preo dos produtos ou servios a serem produzidos, a liberdade de contratao ou liberdade negocial (GOMES). - Liberdade de concorrncia. Tratamento isonmico entre os agentes econmicos. Direito Empresarial - Garantia e defesa da propriedade privada. Garantir e defender a propriedade privada dos meios de produo pressuposto fundamental do regime capitalista de livre mercado. Ausente a propriedade privada, no h tambm mercado, obviamente (RAMOS, 2014). - Preservao ou conservao da empresa. No princpio da preservao da empresa, construdo pelo moderno Direito Comercial, o valor bsico prestigiado o da conservao da atividade (e no do empresrio, do estabelecimento ou de uma sociedade), em virtude da imensa gama de interesses que transcendem os dos donos do negcio e gravitam em torno da continuidade deste (DALSENTER, 2011). Direito Empresarial - Funo social da empresa. A empresa enquanto propriedade dever atender sua funo social, isto , gerar benefcios no s para os seus proprietrios ou acionistas, mas sim a toda a coletividade, seja para os trabalhadores, seja para os credores, para os fornecedores, na arrecadao de tributos pelo exerccio da atividade econmica. Sendo assim, a Constituio Federal levou em conta a propriedade, considerada em sob o seu aspecto econmico, mas com evidentes reflexos sociais, que abrangem, primordialmente, a empresa, como atividade organizadora que da propriedade em sua fase dinmica, nesta reconhecida, como meio de produo (VARELLA). Direito Empresarial Empresa. - Trata-se de um fato social regulado pelo Direito, ou seja, uma entidade privada reconhecida pelo ordenamento jurdico para atuar conforme as normas nacionais. - a atividade econmica organizada para a produo de bens, a prestao de servios ou a intermediao de negcios, direcionada para o mercado, visando lucro. - A empresa pode ser exercida pelo empresrio individual ou pela sociedade empresarial. Direito Empresarial Empresrio. - a pessoa fsica ou jurdica que exerce profissionalmente atividade econmica organizada, para a produo ou circulao de bens ou servios voltada para o mercado, tendo por objetivo o lucro (com a exceo das profisses de natureza cientfica, literria ou artstica). - O Artigo 966 do Cdigo Civil afirma: considera-se empresrio quem exerce profissionalmente atividade econmica organizada para a produo ou a circulao de bens ou de servios. - O Artigo 972 do Cdigo Civil afirma: Podem exercer a atividade de empresrio os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e no forem legalmente impedidos. Direito Empresarial O empresrio do comerciante. - O comrcio pode ser objeto da empresa, entretanto o conceito de empresa bem mais abrangente em relao ao conceito de comrcio. - O comrcio caracterizado pela mediao, pela habitualidade e pela finalidade lucrativa. a forma mais tradicional de empresa. O empresrio do gerente. - o preposto permanente no exerccio da empresa, na sede desta ou em sucursal, filial ou agncia. Estando autorizado a praticar todos os atos necessrios ao exerccio dos poderes inerentes gerncia, salvo quando estipulado limitaes a esses poderes. O empresrio do preposto. - aquele que autorizado pelo empresrio pratica atos negociais em seu nome. um empregado, no havendo essa relao empregatcia a figura jurdica ser a do mandatrio. Direito Empresarial Personalidade jurdica. - Conforme Pereira (1977) a caracterstica essencial da pessoa a personalidade, que exprime a aptido genrica para adquirir direitos e contrair obrigaes. Portanto, personalidade, atributo jurdico que se d a um ser status de pessoa. - A personalidade uma criao do Direito, isto , um atributo jurdico. - As pessoas podem ser naturais ou jurdicas. Pessoa jurdica. - Diniz (2007) afirma que pessoa jurdica a unidade de pessoas naturais ou de patrimnios, que visa consecuo de certos fins, reconhecida pela ordem jurdica como sujeito de direitos e obrigaes. - A pessoa jurdica uma fico jurdica, uma entidade abstrata. Direito Empresarial - Finalidade da PJ. Conforme Kmpel (2015) o objetivo da personalizao de entes com escopos e atividades prprias obviamente o de distinguir a figura da pessoa jurdica daquela dos membros que a compem, e fazer com que possa gerar vnculos jurdicos prprios, o que em ltima anlise implica como j dito na autonomia patrimonial, de forma que os bens da pessoa jurdica no se confundem com os bens dos seus membros e vice-versa. Direito Empresarial - Miranda afirma que a pessoa jurdica uma unidade jurdica que resulta de uma reunio de pessoas fsicas e/ou jurdicas e que possui contrato ou estatuto social registrado em rgo pblico prprio. um agrupamento de pessoas fsicas e/ou jurdicas tendo o seu ato constitutivo registrado em rgo pblico peculiar ao qual a lei lhe atribui personalidade para agir como se fosse qualquer pessoa natural, tornando-se sujeito de direitos e de obrigaes. - O registro pblico de empresas mercantis o registro geral a que se submetem todos os empresrios, qualquer que seja a atividade exercida. Esse registro de competncia de rgos administrativos estaduais, denominados Juntas Comerciais. Direito Empresarial Empresrio Individual. - A empresa pode ser exercida individualmente ou coletivamente, dividindo a lei civil em pessoas naturais (fsicas) e jurdicas. O indivduo que exerce sozinho a atividade de empresrio pode se inscrever na Junta Comercial como empresrio individual. Quando mais de um indivduo se renem e se inscrevem na Junta comercial para o exerccio da empresa, elas formam uma sociedade empresarial. - O empresrio individual, chamado de empresa individual, a pessoa fsica que por ter aberto uma empresa individual passou a ser uma pessoa jurdica, sujeitando-se a exercer direitos e responder por obrigaes. Ao responder pelas dvidas, o patrimnio da empresa individual e da pessoa fsica sero envolvidos, de forma ilimitada em regra. Direito Empresarial Sociedades empresrias. - Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou servios, para o exerccio de atividade econmica e a partilha, entre si, dos resultados. - As sociedades pode ser categorizadas como: personificadas; e no personificadas. - As sociedades ganham personificao a partir do momento do registro pblico. - As no personificadas so as sociedades cujos atos constitutivos no foram inscritos em registros pblicos. Direito Empresarial Nome Empresarial. - Considera-se nome empresarial a firma (razo social) ou a denominao adotada para o exerccio da empresa. - Nome empresarial do nome fantasia. Nome fantasia a designao utilizada por uma empresa sob a qual ela se torna conhecida do pblico. Esta denominao ope-se razo social, que o nome utilizado perante os rgos pblicos de registro das pessoas jurdicas. - Por firma tambm se entende a assinatura empresarial, ou seja, literalmente a assinatura de quem representa a empresa, pessoa jurdica. Direito Empresarial Composio da empresa. - O estabelecimento empresarial o complexo de bens, materiais e imateriais, organizado, para o exerccio da empresa, por empresrio (firma individual) ou por sociedade empresria (sociedade comercial), englobando-se to somente seu ativo. - O estabelecimento do ponto comercial. O segundo o estabelecimento fsico que a clientela reconhece pelo endereo em decorrncia da atividade comercial. - O artigo 1.142 do Cdigo Civil afirma: Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exerccio da empresa, por empresrio, ou por sociedade empresria. Direito Empresarial - O fundo empresarial (ou de comrcio) o conjunto de elementos necessrios para o desempenho das atividades profissionais, mensurveis pelo seu valor patrimonial. a universalidade de bens que tem um valor econmico e pode ser alienada em conjunto ou separadamente. - O fundo empresarial composto por elementos corpreos e incorpreos. Exemplos de bens corpreos mveis: mquinas, utenslios, mercadorias, moblia etc. Exemplos de bens corpreos imveis: terrenos, prdios etc. Exemplos de bens incorpreos: ponto, nome comercial, acessrios ao nome comercial (insgnias, sinais identificadores da marca), propriedade de marcas, privilgio de patentes de inveno ou desenhos etc. Direito Empresarial Propriedade Industrial - Considerando o interesse social e o desenvolvimento tecnolgico e econmico nacional, so protegveis legalmente: a concesso de patentes de inveno e modelo de utilidade, a concesso de registro de desenho industrial, a concesso de registro de marca, a represso s falsas indicaes geogrficas de procedncia e origem de produto e a represso concorrncia desleal. - A inveno o ato de criar coisa, sistema ou processo novo no campo da cincia, da tecnologia ou das artes, suscetvel de industrializao. - Tem prioridade e privilgio o inventor que primeiro protocolou o pedido de patente ou de registro. Direito Empresarial - O desenho industrial a forma plstica ornamental de um objeto ou conjunto ornamental de linhas e cores que possam ser aplicados a um produto, propiciando uma imagem nova e original em sua configurao externa e que possa servir de tipo de fabricao industrial. - A marca o sinal distintivo de produtos, mercadorias ou servios, a marca deve apresentar requisitos de especialidade ou originalidade e de novidade. - Crimes contra a propriedade industrial. As penas para esses crimes variam de deteno de trs meses a um ano ou multa. Direito Empresarial O papel do INPI. - O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) uma autarquia federal vinculada ao Ministrio da Indstria, Comrcio Exterior e Servios, responsvel pelo aperfeioamento, disseminao e gesto do sistema brasileiro de concesso e garantia de direitos de propriedade intelectual para a indstria. Entre os servios do INPI, esto os registros de marcas, desenhos industriais, indicaes geogrficas, programas de computador e topografias de circuitos, as concesses de patentes e as averbaes de contratos de franquia e das distintas modalidades de transferncia de tecnologia (INPI, 2017). Direito Empresarial A responsabilidade dos scios nas sociedades empresariais. - A sociedade limitada aquela que rene dois ou mais scios para explorar atividades econmicas organizadas para a produo ou circulao de bens ou de servios, constituindo elemento de empresa. Os scios respondem de forma limitada ao capital social da empresa pelas dvidas contradas no exerccio da sua atividade perante os seus credores. - A sociedade ilimitada reza que os scios respondem sem qualquer limite ao capital subscrito e integralizado. - Dependendo do tipo de sociedade tais responsabilidades so atribudas aos scios em uma sociedade. importante frisar que os mesmos scios tambm so solidariamente ou subsidiariamente responsveis dentro da sociedade. Direito Empresarial Desconsiderao da personalidade jurdica. Nas palavras de Kmpel (2015) Vem mostrando a experincia, no entanto, que o vu da personalidade jurdica desviou-se de sua natureza intrnseca, e pode mais servir a ocultar atividades escusas que propriamente a viabilizar os casos acima descritos. Tornou-se necessrio um instrumento jurdico capaz de penetrar este vu, e assim sendo, criou- se o instituto da desconsiderao da personalidade jurdica. - O Artigo 50 do Cdigo Civil afirma que: em caso de abuso da personalidade jurdica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confuso patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministrio Pblico quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relaes de obrigaes sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou scios da pessoa jurdica. Direito Empresarial CIVIL E PROCESSUAL. RECURSO ESPECIAL. AO MONITRIA. CONVERSO. EXECUO. PERSONALIDADE JURDICA. DESCONSIDERAO. REQUISITOS. AUSNCIA. CONHECIMENTO E PROVIMENTO. I. Nos termos do Cdigo Civil, para haver a desconsiderao da personalidade jurdica, as instncias ordinrias devem, fundamentadamente, concluir pela ocorrncia do desvio de sua finalidade ou confuso patrimonial desta com a de seus scios, requisitos objetivos sem os quais a medida torna-se incabvel. II. Recurso especial conhecido e provido" (REsp 1098712/RS, DJe 04/08/2010). - Efeito da desconsiderao da PJ. Trata-se de uma relativizao ao princpio da separao patrimonial dos scios e da pessoa jurdica, pois, uma vez verificados os requisitos, quebra-se a referida separao e o resultado a invaso dos patrimnios dos proprietrios da personalidade jurdica. Direito Empresarial As operaes societrias. - Transformao. Operao pela qual a sociedade, independentemente de dissoluo ou liquidao, passa de um tipo para outro. - Incorporao. Quando uma ou vrias sociedades so absorvidas por outra, que lhe sucede em todos os direitos e obrigaes. - Fuso. Quando duas ou mais sociedades se unem para formar uma sociedade nova, que lhe suceder em todos os direitos e obrigaes. Direito Empresarial - Ciso. Quando a companhia transfere parcelas de seu patrimnio para uma ou mais sociedades, constitudas para esse fim ou j existentes. - Alienao ou trespasse. Segundo Ramos (2014), trespasse o contrato oneroso de transferncia do estabelecimento empresarial. Conforme o artigo 1.144 do Cdigo Civil O contrato que tenha por objeto a alienao, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, s produzir efeitos quanto a terceiros depois de averbado margem da inscrio do empresrio, ou da sociedade empresria, no Registro Pblico de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial. Direito Empresarial A sucesso empresarial. - Nas palavras de Lima (2016) A sucesso empresarial a assuno do fundo de comrcio (ou parte dele) de uma empresa por outro empresrio ou sociedade empresarial em virtude de ciso, fuso, transformao, alienao ou trespasse. - Em suma, corriqueiramente, tal tipo de sucesso ocorre por via das operaes societrias ou entre sociedades. Direito Empresarial Outras operaes entre sociedades. - Conforme o artigo 1.097 do Cdigo Civil, consideram-se coligadas as sociedades que, em suas relaes de capital, so controladas, filiadas, ou de simples participao. - Ser controlada a sociedade na qual exista preponderncia permanente de outra empresa individualmente ou por meio de outras controladas (grupo econmico/de empresas). - Filiada: sociedade de cujo capital outra sociedade participa com 10 % ou mais, com direito a voto, sem control-la. - Simples participao: sociedade de cujo capital outra sociedade participa com menos de 10 %, sem control-la. Direito Empresarial O papel fiscalizador do CADE. - O Conselho Administrativo de Defesa Econmica - CADE tem como misso zelar pela livre concorrncia no mercado, sendo a entidade responsvel, no mbito do Poder Executivo, no s por investigar e decidir, em ltima instncia, sobre a matria concorrencial, como tambm fomentar e disseminar a cultura da livre concorrncia (CADE, 2017). - Entre outras funes, cabe ao CADE: a) Preventivamente, analisar e posteriormente decidir sobre as fuses, aquisies de controle, incorporaes e outros atos de concentrao econmica entre grandes empresas que possam colocar em risco a livre concorrncia; e b) repressivamente, investigar, em todo o territrio nacional, e posteriormente julgar cartis e outras condutas nocivas livre concorrncia. Direito Empresarial A Recuperao Judicial. - Regida pela Lei n. 11.101/2005. - Tornando-se insolvente, mas antes de declarar a falncia, o comerciante poder tentar se recuperar, requerendo ao juiz que lhe seja concedida a recuperao judicial. - A recuperao visa o estabelecimento de um acordo com os credores mediante a apresentao em juzo de um plano dos meios de recuperao, demonstrando a viabilidade de sua implementao. Direito Empresarial - A lei dispe sobre as condies necessrias para ser requerida a recuperao judicial, que, quando concedida, impe aos credores uma proposta de acordo. A recuperao judicial no afasta o devedor do exerccio de suas atividades, objetivando soerguer a empresa. - Quando deferido o pedido de recuperao, o juiz nomeia um administrador judicial, para a elaborao do quadro geral de credores, ente outras atividades; e um Comit de Credores, com a funo de fiscalizar as atividades do administrador judicial e do devedor. Direito Empresarial Falncia. - Regida pela Lei n. 11.101/2005. - A falncia um processo de execuo coletiva contra o devedor, inadimplente ou insolvente, que envolve a arrecadao de seus bens e a venda judicial forada, para o pagamento proporcional ao crdito de cada um dos credores. - A falncia promove o afastamento do devedor de suas atividades, visando preservar e otimizar a utilizao dos bens, ativos e recursos da empresa. Direito Empresarial - Esto sujeitos falncia o empresrio e as sociedades empresariais. (a sociedade em conta de participao tambm pode ter a falncia decretada, frente ao seu scio ostensivo). - No podem ser declaradas falidas: As empresas pblicas e as sociedades de economia mista, que somente podem ter seus bens penhorados. As sociedades seguradoras e as entidades de previdncia privada, que ficam sujeitas liquidao extrajudicial. As instituies financeiras, cooperativas de crdito, consrcio, sociedade operadora de assistncia sade, sociedades de capitalizao e equiparadas, sujeitas interveno e liquidao extrajudicial determinada pelo Banco Central. Direito Empresarial A insolvncia na falncia. - Consiste na situao decorrente de impossibilidade econmica de adimplemento de obrigaes, por dficit patrimonial (passivo superior ao ativo) ou iliquidez patrimonial (falta de recursos disponveis imediatamente). - O reconhecimento do estado de insolvncia se d por meio de sinais exteriores, definidos por lei, como o inadimplemento no vencimento de obrigao lquida (impontualidade), materializada por ttulo ou ttulos executivos protestados, ou por outros atos, taxativamente expressos em lei. Direito Empresarial A decretao da falncia. - Decretada a falncia, a pedido do prprio devedor ou de credor, fundado em insolvncia ou inadimplemento, inclusive por descumprimento da recuperao judicial, o juiz, entre outras providncias, ordenar: a) o falido que apresente a relao de credores; b) a nomeao do administrador judicial e o Comit de Credores, para administrarem a massa falida, na figura de profissional idneo ou pessoa jurdica especializada; c) A fixao do termo legal da falncia (perodo suspeito, data em que se considera o falido estar na expectativa de falir); e d) Suspenso das aes de execuo contra o falido. Direito Empresarial A arrecadao dos bens. - Consiste na imediata arrecadao do patrimnio, listando todos os bens que forem encontrados, com suas respectivas caractersticas. Realizao do ativo. - Trata-se da liquidao dos bens que integram a massa falida para o pagamento dos credores, obedecida a ordem das preferncias. - Os bens so vendidos sob a forma de leiles, de uma s vez ou em lotes, por lances ou propostas. Direito Empresarial A ordem das preferncias de pagamento, crditos: - Trabalhistas at 150 salrios mnimos e os decorrentes de acidentes do trabalho (salrios, frias, indenizaes). - Com direito real de garantia (penhor, hipoteca, alienao fiduciria). - Tributrios (impostos, taxas, contribuies previdencirias). - Com privilgio especial (aluguis de prdio locado pelo falido). - Com privilgio geral (direito de reteno sobre determinados bens). - Quirografrios (duplicatas, notas promissrias, cheques, obrigaes reconhecidas por sentena em aes judiciais) - Multas contratuais e tributrias. - Subordinados (direitos dos scios ou administradores sem vnculo empregatcio). Direito Empresarial Crimes falimentares. - A Lei Falimentar especifica uma srie de crimes, dentre outros, fraudar credores, mediante inexatido, omisso, destruio, ocultao de documentos, livros e sistemas informatizados de bens; informaes falsas, uso ilegal de bens, exerccio ilegal da atividade, favorecimento a credores etc. - Crimes punveis com deteno, isto , recluso prisional.