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ABSTRACT
Nesta nota considero que a firma ata pessoas tendo em vista a realizao de alguns
fins. Admito que a articulao pode ser explicada por dos conjuntos binrios
alternativos de princpios polticos: de um lado, temos a alternativa de articular as
relaes de poder firma por meio do Consentimento (consent) vs.Coero ( coercion);
e, do outro lado, a configurao do exerccio desse poder pode meio da sua Alieno
(translatio) vs delegao (concessio).
Esta nota tem como objetivo evidenciar as multiplas possibilidades de articulao das
relaes de poder no interior da firma e, para tanto, parte de uma assimilao das
alternativas ontolgicas expressa no consentimento (consent) ou na coero (
coercion); esta ultima a opo na qual se assenta a teoria democrtica e que a
coero como um mecanismo poltico. Em seguida, tendo como premissa a excluso
da coero como um principio poltico, assentamos a reflexo sobre a natureza das
relaes de poder em torno da firma, na esfera do consentimento (consent), a partir
do qual exploro os mecanismos de deciso da alocao consentida do poder, no
sentido do direito de governar por meio da alienao(translatio) ou da delegao
(concessio) do referido poder.
Concluo chamando ateno que a teoria dos direitos inalienveis aplica-se a alguns dos
contratos que estrtuturam a nossa sociedade, a exemplos dos contratos fundamentais,
entre outros, que articulam a firma (contratos de trabalho) e a famlia (contrato de
casamento), a base do nosso sistema econmico, e, aponto procedimentos que visam
ampliar o escopo de aplicao da teoria inalienabilidade no estudo das transaes que
articulam nossa economia tendo em vista a explorao das condies de possibilidades
de constituio de formas alternativas de economias de mercado baseado na
propriedade privada, tendo em considerao a requalificao das relaes de trabalho
que passem a ter seu fundamento poltico no na alienao, mas na delegao.
BIBLIOGRAFIA
ELLERMAN, D. (2010) Inalienable Rights: A Litmus Test for Liberal Theories of Justice.
Law and Philosophy. n.29, v.5, pp.