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Caso Clínico - ENXAQUECA


F.R.P. 14 anos, com quadro de cefaléia recorrente holocraniana, pulsante e episódios de aura
e fotofobia. Refere que inicia e dura aprox. 2 dias e teve inicio há 2 anos. Exame físico sem
alterações.
Hipótese diagnóstica = enxaqueca
Diagnóstico ampliado:
Diagnóstico antropológico: Paciente incluído em uma família tipicamente urbana de
estrutura nuclear, de classe média baixa, a raça e a religião não traduzem nenhuma influência no
modo de vida. Aparentemente a relação intra-familiar é saudável.
Diagnóstico socioeconômico: A situação econômica da família é relativamente estável,
com fácil aquisição de bens essências. Não recebe auxílio do governo.
Diagnóstico psíquico: O paciente apresentou-se muito prestativo e respondeu a todas as
perguntas. Apresenta auto-estima preservada. Não demonstrou alterações significativas de
memória ou comportamento.
Diagnóstico biológico:
Sindrômico: Síndrome álgica
Anatômico: sistema nervoso central
Etiológico: desequilíbrio de neurotransmissores no SNC
Fisiopatológico: A enxaqueca, é uma síndrome neurológica de natureza incerta.
Acredita-se que a causa da enxaqueca seja multifatorial, apresentando caráter hereditário bem
definido. Estudos demonstram que pacientes com enxaqueca apresentam um desequilíbrio de
neurotransmissores no Sistema Trigemino-Vascular, que é responsável pelos fenômenos
dolorosos relacionados à face e ao crânio. Caracteriza-se pela presença de dores de cabeça
recorrentes, unilaterais ou bilaterais, geralmente de caráter pulsátil, com intensidade de moderada
a intensa, precedidas ou não por sinais neurológicos focais denominados de aura. Usualmente é
acompanhada de náuseas, vômitos, fonofobia e fotofobia. O diagnóstico da enxaqueca é clínico,
com história detalhada, exame físico e neurológico completo.
Diagnóstico diferencial: cefaléia tensional, cefaléia em salvas, sinusite
Diagnóstico secundário: nenhum
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Proposta de cuidado integral: Foi iniciada a investigação de outras causas para fazer o
diagnostico por exclusão. Solicitado raio X de seios da face, EEG e encaminhado ao
oftalmologista. Prescrito dipirona 35gtas de 6/6h se dor.
O tratamento da enxaqueca depende de:
• diagnóstico correto do tipo de dor de cabeça,
• controle de fatores predisponentes
• tratamento medicamentoso abortivo das crises : são utilizados desde antiinflamatórios,
até medicamentos específicos para enxaqueca, como os triptanos, que são drogas que
agem nos mecanismos responsáveis pelo desencadeamento da dor de cabeça
• tratamento medicamentoso preventivo das crises: quando ocorrerem três ou mais crises
por mês, ou quando as crises forem muito incapacitantes, ou com pobre resposta aos
medicamentos abortivos. Os medicamentos utilizados podem ser desde antidepressivos
tricíclicos em baixas doses (desta forma servem para tratar dor e não depressão) até
betabloqueadores e anticonvulsivantes

Caso clinico – CANDIDIASE


F.M.M, 34 anos. Relata quadro de leucorréia. O corrimento esbranquiçado em grumos
em grande quantidade acompanhado de prurido intenso há aprox. 5 dias. Relata ardência durante
a relação sexual. Nega tosse, febre, cefaléia e sintomas urinários. Ela refere já ter tido quadros
semelhantes a esse, várias outras vezes. Exame físico=sem alterações.
Hipótese diagnóstica = Candidíase vulvovaginal
Diagnóstico ampliado:
Diagnóstico antropológico: Paciente incluída em uma família tipicamente urbana de
estrutura nuclear, de classe média baixa, a raça e a religião não traduzem nenhuma influência no
modo de vida. Aparentemente a relação intra-familiar é saudável.
Diagnóstico socioeconômico: A situação econômica da família é relativamente estável,
com fácil aquisição de bens essências. Não recebe auxílio do governo.
Diagnóstico psíquico: O paciente apresentou-se muito prestativa e respondeu a todas as
perguntas. Paciente tímida. Apresenta auto-estima preservada. Não demonstrou alterações
significativas de memória ou comportamento.
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Diagnóstico biológico:
Sindrômico: Síndrome pruriginosa
Anatômico: Vulva e vagina – genitália feminina
Etiológico: Candida albicans (80-90% dos casos)
Fisiopatológico: É uma infecção da vulva e vagina, causada por um fungo
comensal que habita a mucosa vaginal e a mucosa digestiva, que cresce quando o meio torna-se
favorável para o seu desenvolvimento. A relação sexual não é a principal forma de transmissão
visto que esses organismos fazer parte da flora endógena em até 50% das mulheres
assintomáticas.
Os fatores predisponentes da candidíase vulvovaginal são:
• gravidez;
• Diabetes Mellitus (descompensado);
• obesidade;
• uso de contraceptivos orais de altas dosagens;
• uso de antibióticos, corticóides ou imunossupressores;
• hábitos de higiene e vestuário inadequados (diminuem a ventilação e aumentam a
umidade e o calor local);
• contato com substâncias alérgenas e/ou irritantes (por exemplo: talcos, perfume,
desodorantes);
• alterações na resposta imunológica (imunodeficiência), inclusive a infecção pelo HIV.
Sinais e sintomas dependerão do grau de infecção e da localização do tecido inflamado;
podem se apresentar isolados ou associados e incluem:
• prurido vulvovaginal (principal sintoma, e de intensidade variável); .
• ardor ou dor à micção;
• corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto caseoso (“leite coalhado”);
• hiperemia, edema vulvar, fissuras e maceração da vulva;
• dispareunia;
• fissuras e maceração da pele; e
• vagina e colo recobertos por placas brancas ou branco acinzentadas, aderidas à mucosa.

Diagnóstico diferencial: Vaginose bacteriana e tricomoníase


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Diagnóstico secundário: nenhum


Proposta de cuidado integral: fluconazol 150mg dose única + miconazol creme vaginal por
7 dias. Solicitado que colhesse o preventivo.

Caso Clínico – sinusite


N.P. 71 anos, hipertensa de longa data em uso regular da medicação, portadora de sífilis
congênita. Queixava- se de tosse, coriza , obstrução nasal e cefaléia há 1 mês e meio. Foi
suspeitado de sinusite e solicitado raio X de seios da face. Este revelou velamento importante de
seios maxilares.. Mamografia = normal. Exame físico: Nariz em sela.
Hipótese diagnóstica = sinusite
Diagnóstico ampliado:
Diagnóstico antropológico: Paciente incluída em uma família tipicamente urbana de
estrutura nuclear, de classe média baixa, a raça não traduz nenhuma influência no modo de vida.
Família católica com ensino religioso desde a infância. Aparentemente a relação intra-familiar é
saudável.
Diagnóstico socioeconômico: A situação econômica da família é relativamente estável,
com fácil aquisição de bens essências. Não recebe auxílio do governo.
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Diagnóstico psíquico: O paciente apresentou-se muito prestativa e respondeu a todas as


perguntas. Paciente alegre. Apresenta auto-estima preservada. Não demonstrou alterações
significativas de memória ou comportamento.
Diagnóstico biológico:
Sindrômico: infecciosa e artrose
Anatômico: seios paranasais e articulações.
Etiológico: S. pneumoniae e H. influenzae,
Fisiopatológico: As patologias próprias da mucosa sinusal (naso-sinusal) por si só
produzem patologias (alergias, distúrbios muco-ciliares). As sinusites originam-se ou pioram na
maioria dos casos pela obstrução da drenagem mucociliar ao nível de seus óstios. Ultimamente
existe a tendência de denominar as sinusites de Rinossinusites (alérgica ou infecciosa) dada a sua
íntima relação com as fossas nasais. Algumas sinusites não tem essa fisiopatologia como por
exemplo a sinusite maxilar odontogênica secundária a um foco infeccioso dentário.
Para que a infecção transponha os limites da barreira nasal e atinja a mucosa sinusal é
necessário a interferência de condições de ordem geral e local.
Condições de ordem geral:
– manifestações alérgicas;
– baixo índice imunológico;
– doenças que produzem distúrbios metabólicos: diabete, tuberculose, sífilis,
avitaminose;
– mucoviscidose;
– doença mucociliar;
– intolerância de ácido acetil salicílico;
– mudanças de temperatura provocando distúrbios vasomotores;
– inalação de substâncias irritantes.
Causas locais:
– desvios septais;
– hipertrofia dos cornetos nasais;
– hipertrofia vegetações adenóides;
– atresia coanal;
– fissura palatina;
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– odontogênica;
– polipos nasais.
Diagnóstico diferencial: gripe
Diagnóstico secundário: HAS, sífilis congênita
Proposta de cuidado integral: Amoxalicilina 500mg 8/8h e soro nasal.

Caso clinico. - HPB


E.N., 77 anos. Paciente hipertenso de longa data, em uso regular da medicação. Relata
disúria, polaciúria, diminuição do jato, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga há aprox.
6 meses, que vem piorando com o tempo. Relata ter feito PSA há cerca de um ano e meio, mas
não trouxe o resultado. Nega história familiar de câncer prostático, disfunção sexual, hematúria e
infecções do trato urinário. Exame físico: extra sístoles esparsas. Presença de grande quantidade
de varizes calibrosas em ambos os membros inferiores. Não foi realizado toque retal, pois a
preceptora não tem experiência e ela me orientou a solicitar a US de próstata.
Hipótese diagnóstica = Hiperplasia prostática benigna
Diagnostico ampliado
Diagnóstico antropológico: Paciente incluído em uma família tipicamente urbana de
estrutura nuclear, de classe média baixa, a raça e a religião não traduzem nenhuma influência no
modo de vida. Aparentemente a relação intra-familiar é saudável.
Diagnóstico socioeconômico: A situação econômica da família é relativamente estável,
com fácil aquisição de bens essências. Não recebe auxílio do governo.
Diagnóstico psíquico: O paciente apresentou-se muito prestativa e respondeu a todas as
perguntas. Paciente alegre. Apresenta auto-estima preservada. Não demonstrou alterações
significativas de memória ou comportamento.
Diagnóstico biológico:
Sindrômico: síndrome obstrutiva
Anatômico: vias urinárias
Etiológico: não se sabe ao certo, acredita-se que após uma certa idade (acima dos
50 anos) há um novo arranjo na produção de hormônios masculinos, que levam a
hipertrofia do tecido muscular da próstata.
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Fisiopatológico:
A próstata é uma glândula situada na parte inferior da bexiga e anterior ao reto. No seu
interior passa a uretra. A função da próstata é, entre outras, fabricar uma porção do esperma.
Como a próstata envolve a uretra, um aumento do volume prostático pode impedir a passagem da
urina.
Durante a infância, a próstata é muito pequena. Quando começa a adolescência, há uma
maior produção de hormônios masculinos e, conseqüentemente, a próstata inicia seu aumento. A
próstata tem neste período o tamanho de 15-20 gramas. Este crescimento continua durante a vida
do indivíduo, em uma velocidade que varia de uma pessoa para outra. Em alguns indivíduos, por
motivos não bem conhecidos, a próstata cresce mais rapidamente e, em outros, o aumento é mais
lento. Geralmente, após os 50-60 anos, o crescimento prostático apresenta uma aceleração maior.
Os principais sintomas da HBP são: jato urinário fraco, jato interrompido, aumento da
freqüência das micções com eliminação de pequenos volumes de urina, aumento da freqüência
de micções à noite, urgência para urinar com perda, ocasionalmente, de urina na roupa. Estes
sintomas podem ocorrer isoladamente ou em conjunto. Podem ser leves, moderados ou severos.
Há situações agudas, como a retenção urinária, levando o paciente ao hospital, a fim de que uma
sonda seja introduzida na sua uretra, esvaziando assim a bexiga.
Geralmente os sintomas levam o paciente ao médico. Este, através de uma história
clínica, vai classificar o paciente em pouco, leve ou muito sintomático. Existem questionários
específicos para se avaliar sintomas urinários. Um exame físico detalhado, incluindo um toque
retal (exame digital através do ânus), é realizado. Exames laboratoriais são geralmente
solicitados, incluindo exame qualitativo de urina, urocultura, creatinina e uréia. A dosagem do
antígeno prostático específico (PSA) é de vital importância como parte desta avaliação, pois
permite a detecção precoce do câncer da próstata.
O PSA também está aumentado em outras patologias prostáticas, como prostatite,
abscesso prostático, traumatismos da próstata.
É importante que se diga que os sintomas acima descritos não são específicos da HBP.
Diagnóstico diferencial: câncer de próstata, infecção das vias urinarias, bexiga
neurogênica, estenose de uretra, etc
Diagnóstico secundário: hipertensão, varizes
Proposta de cuidado integral:
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Foi solicitado PSA total, livre, exame qualitativo de urina, urocultura, creatinina, uréia e US
de próstata. Retorno com resultado dos exames.
A maioria dos pacientes com HBP não requer tratamento. Aqueles pacientes sintomáticos
que procuram o urologista serão tratados conforme a severidade dos sintomas. Os pacientes
levemente sintomáticos serão acompanhados clinicamente, ficando sob observação. Os
moderadamente sintomáticos serão tratados com medicamentos - que impeçam o crescimento
prostático (finasteride), ou que relaxem a próstata (drogas alfa-bloqueadoras). Nos pacientes
severamente sintomáticos ou naqueles que, por qualquer razão, não possam tomar os
medicamentos, está indicada a cirurgia.
O paciente com HBP assintomática e sem tratamento deverá realizar PSA e toque retal
anualmente. O mesmo procedimento também serve para aqueles pacientes sintomáticos e
tratados. A HBP não se transforma em câncer de próstata. Entretanto, um paciente pode ter,
concomitantemente, HBP e câncer de próstata.
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Caso Clínico – Ictericia Neonatal


M.V.L. 4 dias. Paciente em bom estado geral, hidratada e acianótica . Mãe trouxe para
consulta de puericultura e com queixa de febrícula e amarelamento em todo corpo ha 1 dia.
Exame físico paciente ictérica 4+/4.(mucosas, planta dos pés e palma das mãos, tronco, MMII e
MMSS). Peso= 3150g, Temperatura: 36,7ºC, PC= 34cm, CT= 33cm e CA= 29,5cm.
HD=icterícia neonatal. Foi orientada a como fazer os banhos de sol e retornar com a criança
em 2 dias.
Hipótese diagnóstica = icterícia neonatal fisiológica
Diagnóstico ampliado:
Diagnóstico antropológico: Paciente incluído em uma família tipicamente urbana de
estrutura nuclear, de classe média baixa, a raça não traduz nenhuma influência no modo de vida.
Família evangélica com presença de educação religiosa desde a infância. Aparentemente a
relação intra-familiar é saudável.
Diagnóstico socioeconômico: A situação econômica da família é relativamente estável,
com aquisição de bens essências. Não recebe auxílio do governo.
Diagnóstico psíquico: família bem estruturada e unida, criando ambiente
psicologicamente saudável para a criação do RN.
Diagnóstico biológico:
Sindrômico: síndrome ictérica
Anatômico:baço (sistema reticular) e fígado
Etiológico: icterícia neonatal fisiológica
Fisiopatológico: A icterícia de RN define-se como a coloração amarela da pele e das
mucosas por deposição de bilirrubina, o que se verifica quando esta excede 5 mg/dl no sangue. A
hiperbilirrubinemia está presente em cerca de 97% dos RNs a termo, mas só 67% deles ficam
ictéricos. Define-se como bilirrubinemia fisiológica:
- No RN a termo: aumento da bilirrubina nos primeiros 3 dias até 6-8 mg/dl, estando
dentro dos limites fisiológicos se inferior a 12mg/dl.
As principais complicações da hiperbilirrubinemia são: a encefalopatia bilirrubinica e o
chamado kernicterus. Este define a alteração anatomopatológica do cérebro, com morte neuronal
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por deposição de pigmento de bilirrubina em áreas específicas, especialmente gânglios da base e


cerebelo. Estruturas profundas, tais como núcleos subtalâmicos, hipocampo e tronco cerebral
também podem ser afetados. A encefalopatia bilirrubinica define-se como as manifestações
clinicas da lesão do sistema nervoso central provocado pela bilirrubina. Abrange as
manifestações precoces, ligeiras e irreversíveis (letargia e alteração do tônus muscular) até
manifestações graves de lesão por bilirrubina (opistótonus, convulsão e morte).
O tratamento de eleição da hiperbilirrubinemia no RN é a fototerapia. Esta pode ser
profilática (evitando os níveis tóxicos) ou terapêutica. Ela é comparável a restante farmacologia,
sendo a molécula os fótons de energia que são absorvidos pela bilirrubina, dando-se uma reação
fotoquímica e como resultado, temos isômeros solúveis.
A fototerapia esta contra-indicada na porfiria congênita ou quando há historia familiar,
porque esta pode provocar foto sensibilidade ou erupções bolhosas graves.
Diagnóstico diferencial: histocompatibilidade ABO, incompatibilidade Rh, infecções
congênitas, obstrução biliar, anemia hemolítica, policitemia
Diagnóstico secundário: nenhum
Proposta de cuidado integral: Foi orientada a dar banho de luz na RN todos os dias pela
manha e no final da tarde.

Caso clínico - pediculose


B.M.P. 2 anos, com queixa lesões em couro cabeludo há uma semana. Mãe nega febre.
Exame fisco: ausência de adenomegalia palpável. Presença de lêndeas em pequena quantidade
em couro cabeludo e lesões maculares e escoriações por todo o couro cabeludo. Demais sem
alterações.
Hipótese diagnóstica = Infecção parasitaria – pediculose capilar
Diagnóstico ampliado:
Diagnóstico antropológico: Paciente incluído em uma família tipicamente urbana de
estrutura nuclear, de classe média baixa, a raça e a religião não traduzem nenhuma influência no
modo de vida. Aparentemente a relação intra-familiar é saudável. Freqüenta a creche á 1 ano.
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Diagnóstico socioeconômico: A situação econômica da família é relativamente estável,


com fácil aquisição de bens essências. Não recebe auxílio do governo.
Diagnóstico psíquico: O paciente apresentou-se pouco prestativo, não respondeu a
nenhuma das perguntas, porém deixou examinar corretamente. Paciente aparentemente alegre e
divertido (de acordo com relato da mãe). Mãe nega alterações significativas de memória ou
comportamento.
Diagnóstico biológico:
Sindrômico: síndrome infecciosa
Anatômico: couro cabeludo
Etiológico: Pediculus humanus capitis
Fisiopatológico: Pediculus humanus capitis é um inseto sem asas com corpo
apresentando divisão clara em cabeça, tórax e abdome. O seu ovo fixa-se ao fio de cabelo por
uma substância pegajosa, assumindo a forma vulgarmente conhecida como lêndea.
O ciclo é autoxênico e inicia-se com a ovipostura. Os ovos necessitam de 4 a 14 dias para
completarem a incubação. Após a eclosão, surgem as ninfas que atingem o estádio adulto em 2
semanas. A maturidade sexual nos adultos ocorre em 4 horas, com cópula imediata. Sobrevivem
de 3 a 4 semanas; ovipostura de cerca de 90 ovos.
Causador da pediculose, encontra-se principalmente nos cabelos da cabeça; é muito comum
em crianças; causam inflamação do couro cabeludo em virtude das picadas, reações alérgicas e
infecções secundárias.
Diagnóstico diferencial: escabiose
Diagnóstico secundário: nenhum
Proposta de cuidado integral: As medidas de controle dessa pediculose são o uso de produtos
químicos (ex. xampus a base de piretróides) contra piolhos, evitar contato íntimo entre
portadores e pessoas sadias, lavar as roupas com água quente, corte do cabelo rente ao couro
cabeludo e escovação do cabelo com pente-fino, para soltar as lêndeas.
Foi prescrito deltrametrina xampu, passar 1 vez por semana e deixar na cabeça por 15
minutos, depois enxaguar.

Caso clínico - OXIURUS


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B.A.B. 9 anos. Queixa-se de prurido anal há 2 semanas. Relata piora do prurido a noite.
Nega febre, tosse, dispnéia e sintomas urinários. Não se lembra quando foi a ultima vez que fez
uso de antiparasitários.
Hipótese diagnóstica = oxiúrus
Diagnóstico ampliado:
Diagnóstico antropológico: Paciente incluído em uma família tipicamente urbana de
estrutura nuclear, de classe média baixa, a raça e a religião não traduzem nenhuma influência no
modo de vida. Aparentemente a relação intra-familiar é saudável.
Diagnóstico socioeconômico: A situação econômica da família é relativamente estável,
com fácil aquisição de bens essências. Não recebe auxílio do governo.
Diagnóstico psíquico: O paciente apresentou-se muito prestativa e respondeu a todas as
perguntas. Paciente alegre e divertida. Apresenta auto-estima preservada. Não demonstrou
alterações significativas de memória ou comportamento.
Diagnóstico biológico:
Sindrômico: Síndrome infecciosa/ parasitária
Anatômico: trato gastrointestinal/ reto e ânus
Etiológico: Nematódeo Enterobius Vermicularis
Fisiopatológico:
A infecção por oxiúrus é uma doença na qual o parasita cresce e se reproduz no interior
dos intestinos da criança. Os vermes são brancos e têm a espessura de um fio de cabelo. Eles se
movem bastante sendo por isso mais facilmente visíveis mesmo a olho nu, especialmente nas
primeiras horas após a criança ter se deitado para dormir de noite, pois os oxiúrus têm hábitos
noturnos.
Esta infecção parasitária é de fácil contágio e disseminação pois os ovos do parasita são
transferidos da área em torno do ânus para as roupas, que são transportados freqüentemente pelos
dedos, até a boca de outra criança que os engole. Os ovos também são muito leves e podem ser
inalados do ar, motivo pelo qual se torna difícil controlar a infestação.
O sintoma de uma infecção por oxiúrus essencialmente coceira em torno do ânus.
Diagnóstico diferencial:: fissura, dermatite atópica, escabiose
Diagnóstico secundário: nenhum
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Proposta de cuidado integral: Foi prescrito mebendazol 100mg em dose única. Foi
solicitado um parasitológico de fezes e hemograma para serem realizados após o tratamento.
O tratamento para oxiúrus é simples, uma dose única de mebendazol cura
aproximadamente 90% dos casos. Para completar o tratamento a aplicação de pomadas ou
cremes sobre a área em torno do ânus para aliviar a coceira e acalmar a pele é aconselhada.
A infestação por oxíurus é comum entre crianças que freqüentam a mesma creche, ou
mesmo entre irmãos, já que é uma infecção de fácil contágio, por isso todos os membros da
família devem tomar o remédio. É comum a reinfestação após o tratamento, pois continua a
ocorrer a eliminação de ovos vivos nas fezes até uma semana após os sintomas terem acabado.
As roupas de cama e os brinquedos devem ser lavados freqüentemente para tentar eliminar
qualquer ovo presente.

Caso clinico. - ESCABIOSE


A.V.A, 55 anos, hipertensa de longa data, em uso regular da medicação. Queixava-se de
fraqueza em MMII há aprox 6 meses. Foi encaminhada anteriormente ao cirurgião vascular,
porém perdeu a consulta. Queria outro encaminhamento. Relata aparecimento de maculas em
tronco e embaixo do seio, há aprox 2 semanas. Relata inicio com quadro de vesícula pruriginosa.
O prurido piora a noite e pela manhã. Exame físico: pápulas eritematosas escoriadas de aprox. 5
mm de diâmetro em fossa antecubital e tronco, sem descamação.
Hipótese diagnóstica = escabiose
Diagnostico ampliado
Diagnóstico antropológico: Paciente incluída em uma família tipicamente urbana de
estrutura nuclear, de classe média baixa, a raça não traduz nenhuma influência no modo de vida.
Família católica com ensino religioso desde a infância. Aparentemente a relação intra-familiar é
saudável.
Diagnóstico socioeconômico: A situação econômica da família é relativamente estável,
com fácil aquisição de bens essências. Não recebe auxílio do governo.
Diagnóstico psíquico: O paciente apresentou-se muito prestativa e respondeu a todas as
perguntas. Paciente alegre. Apresenta auto-estima preservada. Não demonstrou alterações
significativas de memória ou comportamento.
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Diagnóstico biológico:
Sindrômico: Síndrome infecciosa/ parasitária
Anatômico: pele
Etiológico: ácaro Sarcoptes scabiei
Fisiopatológico:
Parasitose da pele causada por um ácaro cuja penetração deixa lesões em forma de
vesículas, pápulas ou pequenos sulcos, nos quais ele deposita seus ovos. O prurido é intenso e,
caracteristicamente, maior durante a noite, por ser o período de reprodução e deposição de ovos.
Modo de transmissão é através de contato direto com doentes, roupa de cama de doente,
relações sexuais. Podem complicar com infecções secundárias pela “coçadura”. O diagnostico é
clínico e/ou com visualização do ácaro, à microscopia pelo raspado ou biópsia de pele (poucos
usados).
Diagnóstico diferencial: pediculose
Diagnóstico secundário: HAS
Proposta de cuidado integral: Prescrito prometazina 5%. Passar uma vez por dia, antes de
dormir e deixar agir. Lavar pela manhã. Fazer isso por 7 dias. Foi encaminhada ao vascular.
Para o tratamento da escabiose pode –se usar
- medicação sistêmica = Ivermectina, dose única, VO, obedecendo à escala de peso
corporal (15 a 24kg - 1/2 comprimido; 25 a 35kg - 1 comprimido; 36 a 50kg - 1 1/2 comprimido;
51 a 65kg - 2 comprimidos; 65 a 79kg - 2 1/2 comprimidos; 80 kg ou mais, 3 comprimidos ou
200μg/kg), a dose pode ser repetida após uma semana.
- Medicação tópica = Permetrima a 5% em creme ou shampoo, uma aplicação à noite, por
7 noites.
- anti-histamínicos sedantes (dexclorfeniramina, prometazina), para alívio do prurido.
Havendo infecção secundária, utiliza-se antibioticoterapia sistêmica. Considerar fracasso
terapêutico a presença de sinais e sintomas após 2 semanas. Se os sintomas reaparecerem após 4
semanas, considerar reinfestação.
Medidas de controle: lavar as roupas de banho e de cama com água quente (pelo menos a
55°C); buscar casos na família ou nos residentes do mesmo domicílio do doente e tratá-los o
mais breve possível. A escabiose, raramente, vem como caso isolado, por esse motivo tratar as
pessoas que tiveram contato cutâneo com o doente.
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Caso Clínico - gardnerella


J.S.P. 18 anos, veio trazer resultado do preventivo e pegar prescrição de anticoncepcional.
Preventivo apresentava-se negativo para neoplasia, presença de cocos, lactobacilos e Gardnerella
vaginalis. Ao ser questionada relata prurido de moderada intensidade e corrimento
esbranquiçado, fluído e de pequena quantidade com odor desagradável que piora no período pré
menstrual. Exame físico sem alterações, não foi realizado exame especular.
Hipótese diagnóstica = vaginose bacteriana.
Diagnóstico ampliado:
Diagnóstico antropológico: Paciente incluída em uma família tipicamente urbana de
estrutura nuclear, de classe média baixa, a raça e a religião não traduzem nenhuma influência no
modo de vida. Aparentemente a relação intra-familiar é saudável.
Diagnóstico socioeconômico: A situação econômica da família é relativamente estável,
com fácil aquisição de bens essências. Não recebe auxílio do governo.
Diagnóstico psíquico: A paciente apresentou-se muito prestativo e respondeu a todas as
perguntas. Apresenta timidez e auto-estima preservada. Não demonstrou alterações significativas
de memória ou comportamento.
Diagnóstico biológico:
Sindrômico: Síndrome pruriginosa?
Anatômico: vulva e vagina
Etiológico: Gardnerella vaginalis
Fisiopatológico:
A vaginose bacteriana é caracterizada por um desequilíbrio da flora vaginal normal, devido
ao aumento exagerado de bactérias, em especial as anaeróbias (Gardnerella vaginalis,
Bacteroides sp, Mobiluncus sp, micoplasmas, peptoestreptococos), associado a uma ausência ou
diminuição acentuada dos lactobacilos acidófilos (que são os agentes predominantes na vagina
normal).
Não se trata de infecção de transmissão sexual, apenas pode ser desencadeada pela relação
sexual em mulheres predispostas, ao terem contato com sêmen de pH elevado.
Suas características clínicas incluem:
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• corrimento vaginal com odor fétido, mais acentuado após o coito e durante o período
menstrual;
• corrimento vaginal branco-acinzentado, de aspecto fluido ou cremoso, algumas vezes
bolhoso; dor às relações sexuais (pouco freqüente); Embora o corrimento seja o sintoma mais
freqüente, quase a metade das mulheres com vaginose bacteriana são completamente
assintomáticas.
O diagnóstico é feito por:
• Exame a fresco ou esfregaço corado do conteúdo vaginal, que mostra a presença de “clue-
cells”;
• pH da secreção vaginal em papel indicador colocado em contato com a parede vaginal,
durante um minuto, sem tocar o colo. Na vaginose bacteriana é sempre maior que 4,5.
• teste das aminas: ocorre a liberação de aminas produzidos por germes anaeróbios exalando
odor fétido, semelhante ao odor de peixe podre quando o conteúdo vaginal é misturado com 1 ou
2 gotas de KOH a 10%.
Diagnóstico diferencial: candidiase e tricomoníase
Diagnóstico secundário: nenhum
Proposta de cuidado integral:
Foi prescrito metronidazol 250mg 4 cp pela manhã e 4 a noite, metronidazol creme
vaginal por 7 dias, feito orientações e tiradas as dúvidas da paciente.
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Caso Clínico - IVAS


J.V.L.C. 1 ano e 2 meses. Mãe relata quadro de febre (não aferida), coriza e obstrução nasal e
chiado no peito há 5 dias. Nega tosse. Exame físico: peso= 9,5kg (percentil entre 10-95), altura =
71cm, PC= 45,5cm, CT= 45cm, CA= 44cm. Exame físico: presença de coriza em ambas as
narinas e roncos de transmissão em ápices pulmonares.
Hipótese diagnóstica = Infecção de vias aéreas superiores
Diagnóstico ampliado:
Diagnóstico antropológico: Paciente incluído em uma família tipicamente urbana de
estrutura nuclear, de classe média baixa, a raça não traduz nenhuma influência no modo de vida.
Família católica, com presença de educação religiosa desde a infância. Aparentemente a relação
intra-familiar é saudável.
Diagnóstico socioeconômico: A situação econômica da família é relativamente estável,
com fácil aquisição de bens essências. Não recebe auxílio do governo.
Diagnóstico psíquico: O paciente apresentou-se muito prestativo, respondeu a todas as
perguntas e deixou examinar corretamente. Paciente alegre e divertido (de acordo com relato da
mãe). Não demonstrou alterações significativas de memória ou comportamento.
Diagnóstico biológico:
Sindrômico: síndrome infecciosa
Anatômico: vias aéreas superiores
Etiológico: rinofaringite aguda é a mais comum na infância – Rinovírus = 70%
- Coronavírus = 20%
Fisiopatológico: doença autolimitada, de boa evolução, transmitida por via aérea,
através de gotículas de tosse e espirro. Mais comum em meses de frio e chuvas. Período de
contágio = 2 a 5 dias e período de incubação = 1 a 3 dias a uma semana. Sinais e sintomas =
febre, anorexia, coriza, rouquidão, tosse, cefaléia, irritabilidade, vômitos, obstrução nasal, fezes
amolecidas e dor de garganta .
Diagnóstico diferencial: Gripe e sinusite
Diagnóstico secundário: nenhum
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Proposta de cuidado integral: Foi prescrito soro fisiológico 0,9% 2,5 ml para fazer inalação
e posterior avaliação. Após a inalação os roncos haviam melhorado. Foi prescrito soro nasal e
paracetamol.
Nas IVAS é importante orientar a mãe sobre a natureza da doença, orientar a hidratação,
alimentação normal, desobstrução nasal e a possibilidade de possíveis complicações. Deve
prescrever sempre soro nasal e antitérmico. Se necessário prescrever vasoconstrictor tópico, anti-
histamínico, xaropes , vitaminas e broncodilatador.

Caso clinico – gestante com ITU


A.D.S., 21 anos, GV, PIV, A0, Estava com 36, 5 semanas, exames em dia. Relata queixa
de poliúria e polidipsia com dor em “baixo ventre” há seis dias. Exame físico sem alterações.
BCF de 120 bpm, AU=29 cm, dorso em lateral direita e cabeça fixa. Foi solicitado EAS de
urgência. E orientada a marcar consultas quinzenais. No dia seguinte o exame veio com
leucócitos aumentados e ausência de nitrito.
Hipótese diagnóstica = Infecção urinária
Diagnóstico ampliado:
Diagnóstico antropológico: Paciente incluída em uma família tipicamente urbana de
estrutura nuclear, de classe média baixa, a raça não traduz nenhuma influência no modo de vida.
Família católica, com presença de educação religiosa desde a infância. Aparentemente a relação
intra-familiar é saudável.
Diagnóstico socioeconômico: A situação econômica da família é relativamente estável,
com fácil aquisição de bens essências. Não recebe auxílio do governo.
Diagnóstico psíquico: O paciente apresentou-se muito prestativa e respondeu a todas as
perguntas. Paciente alegre, divertida. Esta ansiosa pela chagada do novo bebe, diz que não
agüenta mais esperar. A gestação não foi planejada, mas é muito desejada. Apresenta auto-estima
preservada. Não demonstrou alterações significativas de memória ou comportamento.
Diagnóstico biológico:
Sindrômico: Síndrome infecciosa
Anatômico: trato geniturinário baixo
Etiológico: Escherichia coli
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Fisiopatológico: As transformações anatômicas e fisiológicas que ocorrem no trato


urinário durante a gravidez facilitam o desenvolvimento de infecções urinárias sintomáticas em
mulheres. A compressão extrínseca dos ureteres e a redução da atividade peristáltica provocada
pela progesterona e maior produção de prostaglandina (que agem aumentando a complacência
vesical e reduzindo o tônus muscular e sua peristalse) provocam dilatação progressiva das pelves
renais e ureteres. Essas mudanças, junto com o aumento do débito urinário, levam à estase
urinária. A estase ainda é favorecida pela diminuição do tônus vesical, com subseqüente aumento
da capacidade da bexiga e seu esvaziamento incompleto, facilitando o refluxo vesicoureteral e
pielonefrites. Além disso, o rim perde sua capacidade máxima de concentrar a urina, reduzindo
sua atividade antibacteriana, e passa a excretar quantidades maiores de glicose e aminoácidos,
fornecendo meio apropriado para a proliferação bacteriana.
Diagnóstico diferencial: Pielonefrite
Diagnóstico secundário: nenhum
Proposta de cuidado integral: Arsenal terapêutico antimicrobiano e as possibilidades
profiláticas são mais restritas, considerando-se a toxicidade das drogas para o feto.
Optou-se por : Cefalexina 500mg 6/6h por 7 dias
- Cefalosporina de primeira geração, com ação preferencialmente sobre germes gram +. Seu
espectro inclui: Streptococcus beta-hemolítico, Staphylococcus aureus, incluindo cepas
produtoras de penicilinase, Escherichia coli, Proteus mirabilis, Klebsiella sp e Haemophilus
influenzae. São excretados pelos rins sem modificações na urina 12 h após ingestão.
As cefalosporinas são antibióticos classificados na categoria B do FDA
A paciente foi encaminhada ao planejamento familiar, pois manifestou desejo de fazer
laqueadura.

Caso clinico – candidiase gestante


V.L.S. 24 anos, gestante de 38 semanas, GII PI AI. Veio para consulta de pré natal com
queixa de leucorréia há 4 dias. Corrimento esbranquiçado de grande quantidade acompanhado de
prurido intenso e hiperemia em região vulvar. Nega tosse, febre, cefaléia e sintomas urinários.
Ela refere já ter tido quadros semelhantes a esse várias outras vezes. Exame físico: AU=29cm,
BCF=130. Dorso em lateral direita, cabeça fixa. Faz uso regular de sulfato ferroso e acido fólico.
Hipótese diagnóstica = Candidíase vulvovaginal
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Diagnóstico ampliado:
Diagnóstico antropológico: Paciente incluída em uma família tipicamente urbana de
estrutura nuclear, de classe média baixa, a raça e a religião não traduzem nenhuma influência no
modo de vida. Aparentemente a relação intra-familiar é saudável.
Diagnóstico socioeconômico: A situação econômica da família é relativamente estável,
com fácil aquisição de bens essências. Não recebe auxílio do governo.
Diagnóstico psíquico: A paciente apresentou-se muito prestativa e respondeu a todas as
perguntas. Paciente tímida. Apresenta auto-estima preservada. Não demonstrou alterações
significativas de memória ou comportamento. Relata ansiedade pelo parto. Percebe o medo que
ela tem de perder mais um bebe. Ela teve um abordo há 1 ano.
Diagnóstico biológico:
Sindrômico: Síndrome pruriginosa
Anatômico: Vulva e vagina – genitália feminina
Etiológico: Candida albicans (80-90% dos casos)
Fisiopatológico: É uma infecção da vulva e vagina, causada por um fungo
comensal que habita a mucosa vaginal e a mucosa digestiva, que cresce quando o meio torna-se
favorável para o seu desenvolvimento. A relação sexual não é a principal forma de transmissão
visto que esses organismos podem fazer parte da flora endógena em até 50% das mulheres
assintomáticas.
Os fatores predisponentes da candidíase vulvovaginal são:
• gravidez;
• Diabetes Mellitus (descompensado);
• obesidade;
• uso de contraceptivos orais de altas dosagens;
• uso de antibióticos, corticóides ou imunossupressores;
• hábitos de higiene e vestuário inadequados (diminuem a ventilação e aumentam a
umidade e o calor local);
• contato com substâncias alérgenas e/ou irritantes (por exemplo: talco, perfume,
desodorantes);
• alterações na resposta imunológica (imunodeficiência), inclusive a infecção pelo HIV.
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Sinais e sintomas dependerão do grau de infecção e da localização do tecido inflamado;


podem se apresentar isolados ou associados e incluem:
• prurido vulvovaginal (principal sintoma, e de intensidade variável); .
• ardor ou dor à micção;
• corrimento branco, grumoso, inodoro e com aspecto caseoso (“leite coalhado”);
• hiperemia, edema vulvar, fissuras e maceração da vulva;
• dispareunia;
• fissuras e maceração da pele; e
• vagina e colo recobertos por placas brancas ou branco acinzentadas, aderidas à mucosa.
Diagnóstico diferencial: Vaginose bacteriana e tricomoníase
Diagnóstico secundário: nenhum
Proposta de cuidado integral: fluconazol 150mg dose única + miconazol creme vaginal por
7 dias. Solicitado que colhesse o preventivo. Foi orientada quanto a marcação de consulta
semanais.
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REFERÊNCIAS

 ABC da saúde – sinusite

 ARVALHO, M.C. Tratamento da icterícia neonatal , 0021-7557/01/77-Supl.1/S71 Jornal


de Pediatria. Disponível em: http://www.jped.com.br/conteudo/01-77-S71/port.pdf
BARBOSA, M. S. G. P. Disponível em http://www.uff.br/disicamep/pediculose.htm

 Referencia: tratado de clinica médica – Antonio Carlos Lopes

 Manual de conduta – programa saúde da família 2001

 Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria 1 edição 2007

 Manual Merck

 MARTINELLI A.L. C. ICTERICIA Medicina, Ribeir„o Preto,37: 246-252, jul./dez.


2004

 Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Manual de


Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis / Ministério da Saúde, Secretaria
de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. Brasília: Ministério da
Saúde. 2005.140p. Série Manuais n.o 68 4.ed.

 PRADO, Felício C., Atualização Terapêutica, 20°edição, 2001

 Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Manual de


Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis / Ministério da Saúde, Secretaria
de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. Brasília: Ministério da
Saúde. 2005.140p. Série Manuais n.o 68 4.ed.

 PRADO, Felício C., Atualização Terapêutica, 20°edição, 2001


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 SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA. Hiperplasia prostática benigna.


Projeto diretriz 2006

 Secretaria de Vigilância em Saúde. Doenças infecciosas e parasitárias : guia de bolso /


Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – 5. ed. amp, – Brasília :
Ministério da Saúde, 2005. 320 p. – (Série B. Textos Básicos de Saúde) ISBN 85-334-
1048-4

 Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Manual de


Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis / Ministério da Saúde, Secretaria
de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids. Brasília: Ministério da
Saúde. 2005.140p. Série Manuais n.o 68 4.ed.

 Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Dermatologia na


Atenção Básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde.- 1ª edição.
-Brasília: Ministério da Saúde, 2002. 142p.:il. - (Série Cadernos de Atenção Básica; n.
09) - ( Série A. Normas e Manuais Técnicos; n. 174)ISBN 85-334-0510-3

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