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RELATIVIDADE
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO KL 210510
PROT: 3906
PROF:.
12
IMPACTO: A Certeza de Vencer!!!
O ÉTER E A EXPERIÊNCIA DE MICHELSON-MORLEY
E EE
A velocidade das ondas eletromagnéticas no vácuo foi
d , Δtv
calculada teoricamente por Maxwell. O valor obtido, c = 3 . 108 D , Δts D = c . Δts
m/s, é exatamente igual à velocidade da luz no vácuo
(Maxwell já supunha que a luz fosse uma onda Δts
eletromagnética) e foi amplamente confirmada por inúmeras F v Δtv v
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experiências, o que colocava fora de dúvida a validade desse


resultado.
No entanto, suas deduções não tocavam num elemento
fundamental da mecânica newtoniana: o referencial. Como a distância D medida no referencial do solo é maior
A necessidade do referencial para medir uma velocidade, que a distância d medida no referencial do vagão, concluímos
tão marcante na mecânica newtoniana, parecia irrelevante para que o tempo medido no solo (Δts) é maior que o medido no
o eletromagnetismo, o que intrigava os físicos. vagão (Δtv)! Isto é, o tempo depende do referencial adotado.
Para os físicos da época, haveria um fluido denominado
"éter" preenchendo todo o universo, e que a velocidade da luz O tempo medido no solo, Δts, é dado por:
encontrada por Maxwell era medida em relação a ele. Logo,
Δts = γ . Δtv Fator de Lorentz: γ = 1 , onde γ ≥ 1
poderia ser medida a velocidade da Terra em relação ao éter.
Criou-se, então, no mundo da física, uma expectativa geral em 1– v ²
torno dessa possibilidade. Quem seria o primeiro a medir a c
velocidade da Terra em relação ao éter. O tempo medido no solo é chamado de tempo inercial, Δt, e o
Porém, Michelson, com a colaboração de Edward Morley, tempo medido no vagão, de tempo próprio, Δto. Substituindo,
montou um dispositivo, chamado interferômetro, para medir temos: Δt tempo inercial
essa velocidade e o resultado... foi insatisfatório!!! Δt = γ . Δto
Δto tempo próprio
Tal impasse foi solucionado por Albert
Einstein ao lançar a ousada Teoria da OBS1: Se a velocidade (v) do vagão for muito menor que a da
Relatividade Restrita, onde a velocidade luz (v << c), o fator de Lorentz será 1 (γ = 1) e os tempos
da luz não dependeria de referencial, o medidos no solo e no vagão serão iguais (Δt = Δto). Isto é,
que contrariava Galileu e Newton. Logo, para velocidades do nosso cotidiano, os efeitos relativísticos
não existia esse fluido chamado “éter”!!! não são percebidos.

4. POSTULADOS DE EINSTEIN PARA A TEORIA DA OBS2: À medida que a velocidade do vagão se aproxima da
RELATIVIDADE RESTRITA (OU ESPECIAL) velocidade da luz, os efeitos relativísticos se tornam cada
1º) As leis da física são as mesmas para qualquer referencial vez mais acentuados (Δt > Δto).
inercial.
PARADOXO DOS GÊMEOS
2º) A velocidade da luz no vácuo tem o mesmo valor “c” Um clássico exemplo dos efeitos da dilatação temporal é o
para qualquer referencial inercial. paradoxo dos gêmeos, onde um dos gêmeos embarca numa
nave espacial para fazer uma longa viagem, com velocidade
CONSEQÜÊNCIAS DA TEORIA DA RELATIVIDADE próxima à da luz.
RESTRITA DE EINSTEIN Quando retorna, seu irmão gêmeo, que permaneceu na
a
Terra, estará mais velho do que ele.
1 ) DILATAÇÃO TEMPORAL ANTES DA VIAGEM DEPOIS DA VIAGEM
Na relatividade de Galileu e Newton, o tempo é absoluto;
não depende de referencial. Entretanto, como a velocidade
da luz é constante na relatividade de Einstein, veremos que o
tempo depende do referencial adotado.
Considere um vagão com velocidade constante v
relativamente ao solo. Dentro do vagão, uma fonte F emite um
feixe de luz, que incide num espelho E fixo no teto. Para um Portanto, concluímos que o tempo na nave espacial passa
observador dentro do vagão, o feixe percorre a distância d mais lentamente.
em um tempo Δtv em relação ao vagão. Sendo c a velocidade
da luz no vácuo, temos: a
2 ) CONTRAÇÃO ESPACIAL
Na figura 1, o comprimento próprio, Lo, do segmento AB, no
E
E
solo, coincide com o comprimento próprio do vagão (em
repouso). Na figura 2, como o tempo medido no vagão, com
d , Δtv
d = c . Δtv velocidade próxima à da luz, é menor, um observador nesse
vagão medirá um comprimento, L, menor para o segmento
AB. E a recíproca é verdadeira! Um observador no solo
F v também medirá um comprimento, L, menor para o vagão.

1 Lo 2
CONTEÚDO - 2011

v
Para um observador parado no solo, o fenômeno é visto
como na figura abaixo. De acordo com Einstein, a luz percorre
a distância D, com a mesma velocidade c, em um tempo Δts
em relação ao solo. Assim: A Lo B A L B
Concluímos que os corpos sofrem uma contração em c) ele se atrasará em relação ao relógio em terra durante metade
relação ao tamanho que têm quando medidos em repouso. de sua órbita e se adiantará durante a outra metade da órbita.
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d) ele ficará cada vez mais atrasado em relação ao relógio em


O comprimento contraído, L, é dado por: terra.
L = Lo L comprimento contraído (em movimento) 03. Considere que dois irmãos gêmeos sejam separados ao
γ Lo comprimento próprio (em repouso) nascerem e um deles seja colocado em uma nave espacial que
se desloca com velocidade v pelo espaço durante 20 anos,
v enquanto o outro permanece em repouso na Terra. Para que o
OBS: v irmão que ficou na Terra tenha 60 anos no momento do
reencontro entre eles, a velocidade da nave deverá ser de:
(I) (II)
a) 2√2 . c c) 8 .c e) 2 . c
A contração ocorre sempre na direção do movimento. Em (I) a 3 9
contração do livro é na horizontal e em II, é na vertical.
b) 1 .c d) c
APLICAÇÃO 2
01. Com o advento da teoria da relatividade de Einstein, alguns 04. André está parado com relação a um referencial inercial e
conceitos básicos da Física newtoniana, entre eles o espaço e o Regina está parada com relação a outro referencial inercial, que
tempo, tiveram de ser revistos. Qual a diferença substancial se move com velocidade (vetorial) constante em relação ao
desses conceitos para as duas teorias? primeiro. O módulo dessa velocidade é v.
Física newtoniana Teoria da relatividade André e Regina vão medir o intervalo de tempo entre dois
Alternativas Espaço Tempo Espaço Tempo eventos que ocorrem no local onde esta se encontra. (Por
a) absoluto absoluto dilata contrai exemplo, o intervalo de tempo transcorrido entre o instante em
b) dilata absoluto contrai dilata que um pulso de luz é emitido por uma lanterna na mão de
c) absoluto contrai dilata absoluto Regina e o instante em que esse pulso volta à lanterna, após ser
d) absoluto absoluto contrai dilata refletido por um espelho.)
e) contrai dilata absoluto absoluto A Teoria da Relatividade Restrita nos diz que, nesse caso, o
intervalo de tempo medido por André (ΔtAndré) está relacionado
02. Carlos e Farias são irmãos gêmeos, com 25 anos de idade. ao intervalo de tempo medido por Regina (ΔtRegina) através da
Farias parte para uma missão espacial a bordo de uma nave, a expressão: ΔtAndré = γ . ΔtRegina . Nessa relação, a letra gama (γ)
uma velocidade v = 0,8.c, onde c é a velocidade da luz no vácuo. denota o fator de Lorentz.
v
Quando retorna à Terra, Farias está com 37 anos de idade. Qual O gráfico abaixo representa a relação entre γ e , na qual c é
c
a idade real de Carlos? a velocidade da luz no vácuo.
a) 7,2 anos c) 45 anos
b) 37 anos d) 50 anos e) 55 anos

REVISÃO
01. A Teoria da Relatividade Especial ou Restrita prediz que
existem situações nas quais dois eventos que acontecem em
instantes diferentes, para um observador em um dado referencial
inercial, podem acontecer no mesmo instante, para um outro
observador que está em outro referencial inercial. Ou seja, a
noção de tempo é relativa e não absoluta.
A relatividade do tempo é conseqüência do fato de que:
a) a Teoria da Relatividade Especial só é válida para velocidades
pequenas em comparação com a velocidade da luz.
b) a velocidade de propagação da luz no vácuo depende do
sistema de referência inercial em relação a qual ela é medida.
c) a Teoria da Relatividade Especial não é válida para sistemas Imagine que, realizadas as medidas e comparados os
de referência inerciais. resultados, fosse constatado que: ΔtAndré = 2 . ΔtRegina. Usando
d) a velocidade de propagação da luz no vácuo não depende do essas informações, é possível estimar-se que, para se obter
sistema de referência inercial em relação ao qual ela é medida. esse resultado, a velocidade v teria de ser aproximadamente:
a) 50% da velocidade da luz no vácuo.
02. Nos dias atuais, há um sistema de navegação de alta b) 87% da velocidade da luz no vácuo.
precisão que depende de satélites artificiais em órbita em torno c) 105% da velocidade da luz no vácuo.
da Terra. Para que não haja erros significativos nas posições d) 20% da velocidade da luz no vácuo.
fornecidas por esses satélites, é necessário corrigir
relativisticamente o intervalo de tempo medido pelo relógio a 05. Uma espaçonave passa sobre a Terra com velocidade igual
bordo de cada um desses satélites. A Teoria da Relatividade a 0,80c, sendo c a velocidade da luz no vácuo. O tripulante
Especial prevê que, se não for feito esse tipo de correção, um observa a pista de pouso de um aeroporto – orientada
relógio a bordo não marcará o mesmo intervalo de tempo que paralelamente à direção do movimento da nave – que, medida
outro relógio em repouso na superfície da Terra, mesmo segundo o referencial da Terra, possui comprimento L0. O
sabendo-se que ambos os relógios estão sempre em perfeitas comprimento da pista observado pelo tripulante será:
condições de funcionamento e foram sincronizados antes do a) 60% maior do que L0.
satélite ser lançado. b) igual a L0.
Se não for feita a correção relativística para o tempo medido pelo c) 40% menor do que L0.
CONTEÚDO - 2010

relógio de bordo: d) 80% maior do que L0.


a) ele se adiantará em relação ao relógio em terra enquanto ele e) 36% menor do que L0.
for acelerado em relação à Terra.
Gabarito da Revisão
b) ele ficará cada vez mais adiantado em relação ao relógio em 01. d 2. d 03. a 04. b 05. c
terra.

REVISÃO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!!

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