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Universidade de Braslia

Instituto de Cincia Poltica


Representao Poltica Turma A
Prof. Luis Felipe Miguel
Catarina Cardoso 15/0032242
YOUNG, Iris Marion. Representao poltica, identidade e minorias. Lua Nova, v. 67, p.
139-190, 2006.

No contexto contemporneo muito comum a queixa ao carter excludente da


representao nas democracias atuais, principalmente em relao aos grupos
estruturalmente desfavorecidos. O principal objetivo do texto em anlise defender que
certas posies sociais geram perspectivas cuja incluso nas discusses polticas pode ser
favorecida pela representao em grupo, sem, necessariamente enfraquecer a participao
(Pp. 139-146).

Levando em conta que no atual estgio de complexidade social a representao se


faz necessria, a autora afirma que a ideia de co-presena dos cidados nas deliberaes
gera um paradoxo, pois torna as democracias impossveis. A representao, assim, no
deve ser pensada como substituio da presena dos eleitores, mas sim como uma relao
de conexo entre representantes e representados, apoiado pelo conceito de diffrance, que
mantm a pluralidade dos grupos sem requerer a unificao de suas identidades (Pp. 146-
150).

Neste relacionamento prolongado, a representao oscila entre momentos de


autorizao e prestao de contas, se tornando um ciclo de aes com discursos que
devem carregar vestgios do momento anterior, sendo tanto participativos quanto
inclusivos. Sendo assim, a principal ameaa democracia a desconexo entre o
representante e aqueles que ele representa. Young determina, ento, trs aspectos pelos
quais uma pessoa pode ser representada: seus interesses, suas opinies e suas perspectivas
(Pp 150-169).

Por fim, a autora defende que a incluso de grupos sociais sub-representados


contribui para que a sociedade reduza sua desigualdade estrutural, na medida em que as
pessoas situadas em posies semelhantes nas estruturas sociais possuem perspectivas
similares que podem revelar a parcialidades e especificidades das relaes polticas
consideradas homogneas. A aplicao deste argumento, finaliza Young, depende da
situao poltica, da natureza das clivagens e de possveis permutas do contexto social de
representao (Pp. 169-187).

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