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Reginaldo J. Santos
Departamento de Matemática-ICEx
Universidade Federal de Minas Gerais
http://www.mat.ufmg.br/~regi
23 de abril de 2002
1 Produto Interno
O conceito de produto escalar pode ser estendido a certos espaços de funções.
Seja V = C 0 [a, b]. A função que associa a cada par ordenado de funções f e g em V,
o escalar Z b
hf, gi = f (t)g(t)dt
a
é chamada de produto escalar ou interno em V
Por exemplo, se f (t) = t, g(t) = et ∈ C 0 [0, 1], então
Z 1 ¯1 Z 1
t t¯
hf, gi = te dt = te ¯ − et dt = 1.
0 0 0
O produto interno satisfaz as seguintes propriedades, que são análogas às do produto
escalar em Rn :
(a) Para todos os f1 , f2 , g ∈ V, hf1 + f2 , gi = hf1 , gi + hf2 , gi;
1
Rb Rb Rb
(a) hf + g, hi = a (f (t) + g(t))h(t)dt = a f (t)h(t)dt + a g(t)h(t)dt = hf, hi + hg, hi.
Rb Rb
(b) hαf, gi = a αf (t)g(t)dt = α a f (t)g(t)dt = α hf, gi.
Rb Rb
(c) hf, gi = a f (t)g(t)dt = a g(t)f (t)dt = hg, f i.
(d) Se f 6= 0̄, então, como f é contı́nua, existe um subintervalo de [a, b], onde f 2 é limi-
Rb
tada inferiormente por um número maior do que zero. Assim, hf, f i = a (f (t))2 dt >
0.
Seja V = CP 0 [a, b] o espaço vetorial das funções reais contı́nuas por partes
f : [a, b] → R. Definindo
Z b
hf, gi = f (t)g(t)dt, para todas as funções f, g ∈ CP 0 [a, b]
a
temos um produto interno se considerarmos idênticas duas funções que diferem uma da
outra apenas em um número finito de pontos. Também neste caso são válidas as pro-
priedades de (a) a (d) acima. A demonstração é semelhante, por isso, deixamos como
exercı́cio para o leitor.
Vamos provar as propriedades de (e) a (g) usando as propriedades de (a) a (d). Sejam
f, g1 , g2 ∈ V = CP 0 [a, b] e α um escalar.
(g) Se f 6= 0̄, então pela definição de produto interno, hf, f i > 0. Se f = 0̄, então
h0̄, 0̄i = hα0̄, 0̄i = α h0̄, 0̄i, para todo escalar α. O que implica que h0̄, 0̄i = 0.
2
1.1 Norma
Assim como o produto escalar pode ser estendido ao Rn e a certos espaços de funções, a
noção de norma ou comprimento de um vetor pode ser estendida ao Rn e a espaços de
funções onde esteja definido um produto interno.
1
1 π
Z π
1 1 ¯¯π
Z Z
2 2 2
• ||h|| = hh, hi = cos πt dt = cos s ds = (1+cos 2s)ds = (s¯ +
−1 π −π 2π −π 2π −π
1 ¯π p
sen 2s¯ ) = 1. Assim, ||h|| = hh, hi = 1.
¯
2 −π
(b) Para todo vetor f ∈ V e para todo escalar α, ||αf || = |α| ||f ||;
(d) Para todos os vetores f, g ∈ V, ||f + g|| ≤ ||f || + ||g|| (Desigualdade triangular);
3
p p p
(b) ||αf || = hαf, αf i = α2 hf, f i = |α| hf, f i = |α| ||f ||.
Temos um polinômio do segundo grau que é maior ou igual a zero para todo λ. Isto
implica que
∆ = 4(hf, gi)2 − 4||f ||2 ||g||2 ≤ 0.
Logo, | hf, gi | ≤ ||f || ||g||.
2 Ortogonalidade
Vamos, agora, estender ao espaço CP 0 [a, b] o conceito de ortogonalidade.
Exemplo 2. Seja L um número real maior que zero. Seja V = CP 0 [−L, L] o conjunto
das funções contı́nuas por partes do intervalo [−L, L] em R com o produto interno definido
por Z L
hf, gi = f (t)g(t)dt.
−L
4
Vamos mostrar que o conjunto
πt πt 2πt 2πt nπt nπt
{1, cos , sen , cos , sen , . . . , cos , sen , . . .}
L L L L L L
é ortogonal. Como as funções do conjunto, exceto a primeira, são funções cujas primitivas
são periódicas de perı́odo igual a 2L/n, então a integral de −L a L destas funções é igual
a zero e portanto elas são ortogonais à função constante 1.
Z L
L π
¿ À
nπt mπt nπt mπt
Z
cos , sen = cos sen dt = cos ns sen msds
L L −L L L π −π
L π
Z
= [sen (m + n)s + sen (m − n)s]ds = 0
2π −π
5
Para m 6= n temos que
Z L
L π
¿ À
nπt mπt nπt mπt
Z
cos , cos = cos cos dt = cos ns cos msds
L L 0 L L π 0
L π
Z
= [cos(m + n)s + cos(m − n)s]ds
2π 0
L ¯π L ¯π
= sen (m + n)s¯ + sen (m − n)s¯ = 0,
¯ ¯
2π(m + n) 0 2π(m − n) 0
¿ À Z L Z π
nπt mπt nπt mπt L
sen , sen = sen sen dt = sen ns sen msds
L L 0 L L π 0
L π
Z
= [− cos(m + n)s + cos(m − n)s]ds = 0
2π 0
3 Convergência
Podemos estender a CP 0 [a, b] o conceito de convergência de seqüência de números reais.
lim ||fm − f || = 0.
m→∞
Passando ao limite obtemos que ||f − g|| = 0 o que implica que f = g a menos de um
número finito de pontos.
6
Proposição 3. Se uma seqüência de vetores {fm } de V = CP 0 [a, b] converge para uma
função f de V, então para todo vetor g de V a seqüência de números reais {hf m , gi}
converge para hf, gi. Ou seja, se lim fm = f , então
m→∞
D E
lim hfm , gi = lim fm , g .
m→∞ m→∞
Passando ao limite obtemos que lim | hfm , gi − hf, gi | = 0. O que implica que lim =
m→∞ m→∞
hf, gi.
∞
X
Definição 4. Uma série de vetores fm de V = CP 0 [a, b] converge para uma função
m=0
f de V se o limite da seqüência das somas parciais converge para f , ou seja,
m
X
lim fn = f.
m→∞
n=0
∞
X
Corolário 4. Se uma série de vetores fm de V = CP 0 [a, b] converge para uma função
m=0
f de V, então, para toda função g de V,
∞
* ∞
+
X X
hfm , gi = fm , g .
m=0 m=0
7
Proposição 5. Seja V = CP 0 [a, b], o espaço das funções contı́nuas por partes no inter-
valo [a, b]. Seja {g0 , g1 , g2 , . . . , gn , . . .} um subconjunto de V de vetores ortogonais não
nulos. Se ∞
X
f= c m gm ,
m=0
então
hf, gm i
cm = , para m = 0, 1, 2, . . .
||gm ||2
∞
X
Demonstração. Seja f = cm gm . Fazendo o produto escalar de f com gn , para
m=0
n = 0, 1, 2 . . ., obtemos que
* ∞
+ ∞
X X
hf, gn i = c m gm , g n = cm hgm , gn i = cn ||gn ||2 ,
m=0 m=0
hf, gn i
cn = , para n = 0, 1, 2 . . .
||gn ||2
4 Séries de Fourier
Exemplo 4. Seja L um número real maior que zero. Seja V = CP 0 [0, L] o conjunto das
funções contı́nuas por partes do intervalo [0, L] em R com o produto interno definido por
Z L
hf, gi = f (t)g(t)dt.
0
8
é ortogonal. Vamos calcular as normas dos seus elementos.
Z L
h1, 1i = dt = L
0
Z L
L π L π
¿ À
nπt nπt 2 nπt
Z Z
2
cos , cos = cos dt = cos nsds = [1 + cos 2ns]ds = L/2
L L 0 L π 0 2π 0
Assim, para toda função f ∈ CP 0 [0, L] que possa ser escrita como a série
∞
a0 X mπt
f (t) = + am cos ,
2 m=1
L
f, cos mπt 2 L
®
mπt
Z
L
am = mπt 2 = f (t) cos dt, para m = 0, 1, 2, . . .
|| cos L || L 0 L
Exemplo 5. Seja L um número real maior que zero. Seja V = CP 0 [0, L] o conjunto das
funções contı́nuas por partes do intervalo [0, L] em R com o produto interno definido por
Z L
hf, gi = f (t)g(t)dt.
0
Assim, para toda função f ∈ CP 0 [0, L] que possa ser escrita como a série
∞
X mπt
f (t) = bm sen ,
m=1
L
f, sen mπt 2 L
®
mπt
Z
L
bm = mπt 2 = f (t)sen dt, para m = 1, 2, . . .
||sen L || L 0 L
9
Exemplo 6. Seja L um número real maior que zero. Seja V = CP 0 [−L, L] o conjunto
das funções contı́nuas por partes do intervalo [−L, L] em R com o produto interno definido
por Z L
hf, gi = f (t)g(t)dt.
−L
Assim, para toda função f ∈ CP 0 [−L, L] que possa ser escrita como a série
∞ ∞
a0 X mπt X mπt
f (t) = + am cos + bm sen ,
2 m=1
L m=1
L
f, cos mπt 1 L
®
mπt
Z
L
am = mπt 2 = f (t) cos dt, para m = 0, 1, 2, . . . (1)
|| cos L || L −L L
f, sen mπt 1 L
®
mπt
Z
L
bm = mπt 2 = f (t)sen dt, para m = 1, 2, . . . (2)
||sen L || L −L L
10
seguinte, cuja demonstração pode ser encontrada por exemplo em [3], afirma que para
toda função f contı́nua por partes em [−L, L], a série de Fourier de f converge.
Teorema 6. Seja L um número real maior que zero. Para toda função f pertecente ao
espaço das funções contı́nuas por partes, CP 0 [−L, L], a série de Fourier de f
∞ ∞
a0 X mπt X mπt
+ am cos + bm sen ,
2 m=1
L m=1
L
em que
1 L mπt
Z
am = f (t) cos dt para m = 0, 1, 2, . . .
L −L L
1 L mπt
Z
bm = f (t)sen dt, para m = 1, 2, . . .
L −L L
³R ´ 21
L 2
converge para f na norma ||f || = −L
(f (t)) dt .
Se uma função f ∈ CP 0 [−L, L] é par, isto é, f (−t) = f (t), para todo t ∈ [−L, L], e
pode ser escrita como a série
∞ ∞
a0 X mπt X mπt
f (t) = + am cos + bm sen ,
2 m=1
L m=1
L
1 L mπt 2 L mπt
Z Z
am = f (t) cos dt = f (t) cos dt, para m = 0, 1, 2, . . .
L −L L L 0 L
1 L mπt
Z
bm = f (t)sen dt = 0 para m = 1, 2, . . .
L −L L
ou seja, os coeficientes bm são iguais a zero e os am são iguais aos dados no Exemplo 4.
Analogamente, se uma função f ∈ CP 0 [−L, L] é ı́mpar, isto é, f (−t) = f (t), para
todo t ∈ [−L, L], e pode ser escrita como a série
∞ ∞
a0 X mπt X mπt
f (t) = + am cos + bm sen ,
2 m=1
L m=1
L
11
então os coeficientes obtidos no Exemplo 6 são dados por:
1 L mπt
Z
am = f (t) cos dt = 0 para m = 0, 1, 2, . . .
L −L L
1 L mπt 2 L mπt
Z Z
bm = f (t)sen dt = f (t)sen dt, para m = 1, 2, . . .
L −L L L 0 L
ou seja, os coeficientes am são iguais a zero e os bm são iguais aos dados no Exemplo 5.
Para as funções f que são contı́nuas por partes em [0, L] podemos prolongá-las de
forma que elas se tornem par ou ı́mpar no intervalo [−L, L] (verifique!). Assim, segue
da obsevação que fizemos anteriormente, que as séries de Fourier de cossenos e de senos
de f são séries de Fourier dos prolongamentos par e ı́mpar de f , respectivamente. Este
raciocı́nio estende o resultado anterior para séries de Fourier de senos e de cossenos.
Corolário 7. Seja L um número real maior que zero. Para toda função f pertecente ao
espaço das funções contı́nuas por partes, CP 0 [0, L], as séries de Fourier de cossenos de f
∞
a0 X mπt
+ am cos ,
2 m=1
L
e de Fourier de senos de f
∞
X mπt
bm sen ,
m=1
L
em que
2 L mπt
Z
am = f (t) cos dt para m = 0, 1, 2, . . .
L 0 L
2 L mπt
Z
bm = f (t)sen dt, para m = 1, 2, . . .
L 0 L
³R ´ 21
L
convergem para f na norma ||f || = 0
(f (t))2 dt .
(0)
Exemplo 7. Seja L um número real maior que zero. Considere a função fcd : [0, L] → R
dada por
½
(0) 1, se cL ≤ t ≤ dL,
fcd (t) = para c e d fixos satisfazendo 0 ≤ c < d ≤ 1.
0, caso contrário,
12
y y y
1 1 1
0 x 0 x 0 x
y y y
1 1 1
0 x 0 x 0 x
Figura 1: A função f : [0, 1] → R definida por f (t) = 1, se t ∈ [1/4, 3/4] e f (t) = 0, caso
contrário e as somas parciais da série de Fourier de cossenos de f , para n = 0, 2, 6, 10, 14, 18
(0)
Vamos calcular as séries de Fourier de senos e de cossenos de fcd . Para a série de cossenos
temos que
2 dL 2 dL
Z Z
a0 = f (t)dt = dt = 2(d − c),
L cL L cL
2 dL mπt 2 dL mπt 2
Z Z ¯mπd
am = f (t) cos dt = cos dt = sen s¯ , para m = 1, 2, . . .
¯
L cL L L cL L mπ mπc
13
y y y
1 1 1
0 x 0 x 0 x
y y y
1 1 1
0 x 0 x 0 x
Figura 2: A função f : [0, 1] → R definida por f (t) = 1, se t ∈ [1/4, 3/4] e f (t) = 0, caso
contrário e as somas parciais da série de Fourier de senos de f , para n = 1, . . . , 6
(0)
Assim, a série de Fourier de senos de fcd é dada por
∞ ∞
(0)
X mπt 2 X cos mπc − cos mπd mπt
fcd (t) = bm sen = sen
m=1
L π m=1 m L
(0)
Observe que para a função constante igual a 1, f01 os termos de ı́ndice par são iguais a
(0)
zero e neste caso a série de senos de f01 é dada por
∞
(0) 4X 1 (2m − 1)πt
f01 (t) = sen
π m=1 2m − 1 L
14
1.5 y 1.5 y 1.5 y
1 1 1
0 x 0 x 0 x
1 1 1
0 x 0 x 0 x
(1)
Exemplo 8. Considere a função fcd : [0, L] → R dada por
½
(1) t, se cL ≤ t ≤ dL,
fcd (t) = para c e d fixos satisfazendo 0 ≤ c < d ≤ 1.
0, caso contrário,
(1)
Vamos calcular as séries de Fourier de senos e de cossenos de fcd . Para a série de cossenos
temos que
2 dL 2 dL
Z Z
a0 = f (t)dt = t dt = L(d2 − c2 )
L cL L cL
2 dL 2 dL
Z mπd
mπt mπt 2L
Z Z
am = f (t) cos dt = t cos dt = 2 2 s cos sds
L cL L L cL L m π mπc
2L ¯mπd
= (s sen s + cos s)
¯
mπ2 2
¯
mπc
15
y y y
0.8 0.8 0.8
0 x 0 x 0 x
−0.2 −0.2 −0.2
0 0.5 1 0 0.5 1 0 0.5 1
16
y y y
0.8 0.8 0.8
0 x 0 x 0 x
−0.2 −0.2 −0.2
0 0.5 1 0 0.5 1 0 0.5 1
y y y
0.8 0.8 0.8
0 x 0 x 0 x
−0.2 −0.2 −0.2
0 0.5 1 0 0.5 1 0 0.5 1
(1)
e neste caso a série de cossenos de f01 é dada por
∞ ∞
(1)
X mπt 2L X (−1)m+1 mπt
f01 (t) = bm sen = sen
m=1
L π m=1 m L
Com os coeficientes das funções destes dois exemplos podemos determinar as séries de
Fourier de várias funções que são combinações lineares delas. Isto por que os coeficientes
das séries dependem linearmente das funções, ou seja,
am (αf + βg) = αam (f ) + βam (g) e am (αf + βg) = αam (f ) + βam (g).
Por exemplo, a função ½
t, se 0 ≤ t ≤ L/2
f (t) =
L − t, se L/2 < t ≤ L
pode ser escrita como
(1) (0) (1)
f = f0 L/2 + LfL/2 L − fL/2 L .
17
Assim os coeficientes am e bm podem ser calculados como
(1) (0) (1)
am (f ) = am (f0 L/2 ) + Lam (fL/2 L ) − am (fL/2 L )
(1) (0) (1)
bm (f ) = bm (f0 L/2 ) + Lbm (fL/2 L ) − bm (fL/2 L )
L L
2 mπt 2 mπt
Z Z
f : [0, L] → R am = f (t) cos dt bm = f (t)sen dt
L 0 L L 0 L
½
1, se cL ≤ t ≤ dL a0 = 2(d − c) ¯mπd
(0) 2
fcd (t) = ¯mπd bm = − mπ cos s¯
¯
0, caso contrário 2
am = mπ sen s¯
¯
mπc
mπc
a0 = L(d2 − c2 )
½
t, se cL ≤ t ≤ dL bm =
(1)
fcd (t) = am = ¯mπd
0, caso contrário ¯mπd 2L
(−s cos s + sen s) ¯
¯
2L m2 π 2
(s sen s + cos s) ¯
¯
m2 π 2 mπc
mπc
y y y
0.8 0.8 0.8
0 x 0 x 0 x
−0.2 −0.2 −0.2
0 0.5 1 0 0.5 1 0 0.5 1
18
y y y
0.8 0.8 0.8
0 x 0 x 0 x
−0.2 −0.2 −0.2
0 0.5 1 0 0.5 1 0 0.5 1
Exercı́cios Numéricos
Ache as séries de Fourier de senos e de cossenos das funções dadas:
½
0, se 0 ≤ x < L/2,
1. f (x) =
1, se L/2 ≤ x ≤ L,
½
1, se L/4 ≤ x < 3L/4,
2. f (x) =
0, caso contrário,
½
0, se 0 ≤ x < L/2,
3. f (x) =
t, se L/2 ≤ x < L,
½
x, se 0 ≤ x < L/2
4. f (x) =
L − x, se L/2 ≤ x ≤ L
x, se 0 ≤ x < L/4
5. f (x) = L/4, se L/4 ≤ x < 3L/4
L − x, se 3L/4 < x ≤ L
19
∞
1 2 X sen 3mπ4
− sen mπ4 mπx
2. f (x) = + cos .
2 π m=1 m L
∞
2 X cos mπ
4
− cos 3mπ
4 mπx
f (x) = sen
π m=1 m L
∞
3L 2L X cos mπ − cos mπ 2
− mπ
2
sen mπ
2 mπx
3. f (x) = + 2 2
cos .
8 π m=1 m L
∞
2L X mπ2
cos mπ
2
− mπ cos mπ − sen mπ2 mπx
f (x) = 2 2
sen
π m=1 m L
∞
L 2L X 2 cos mπ 2
− 1 − (−1)m mπx
4. f (x) = + 2 2
cos .
4 π m=1 m L
∞
4L X sen mπ2 mπx
f (x) = 2 2
sen
π m=1 m L
∞
3L 2L X cos mπ 4
+ cos 3mπ
4
− 1 − (−1)m mπx
5. f (x) = + 2 cos .
16 π m=1 m2 L
∞
2L X sen mπ
4
+ sen 3mπ
4 mπx
f (x) = 2 2
sen
π m=1 m L
Comandos do MATLAB:
>>proj(g,f,a,b) calcula
à !
b
hf, gi 1
Z
g(t) = Rb f (t)g(t)dt g(t).
||g||2 (g(t))2 dt a
a
20
Por exemplo: >>proj(cos(5*pi*t),f,-pi,pi) calcula
à Z π !
1
Rπ cos(5πt)f (t)dt cos(5πt) =
−π
(cos(5πt))2 dt −π
µ Z π ¶
1
= cos(5πt)f (t)dt cos(5πt)
2π −π
= a5 cos(5πt).
y y y
0.8 0.8 0.8
0 x 0 x 0 x
−0.2 −0.2 −0.2
0 0.5 1 0 0.5 1 0 0.5 1
Figura 8: A função f : [0, 1] → R definida por f (t) = t, se t ∈ [0, 1/4], f (t) = 1/4, se
t ∈ [1/4, 3/4] e f (t) = 1 − t, se t ∈ [3/4, 1] e somas parciais da série de Fourier de cossenos
para n = 0, 1, 2
21
y y y
0.8 0.8 0.8
0 x 0 x 0 x
−0.2 −0.2 −0.2
0 0.5 1 0 0.5 1 0 0.5 1
Figura 9: A função f : [0, 1] → R definida por f (t) = t, se t ∈ [0, 1/4], f (t) = 1/4, se
t ∈ [1/4, 3/4] e f (t) = 1 − t, se t ∈ [3/4, 1] e somas parciais da série de Fourier de senos
para n = 1, 3, 5
y y y
1 1 1
0 x 0 x 0 x
y y y
1 1 1
0 x 0 x 0 x
Figura 10: A função f : [0, 1] → R definida por f (t) = 1, se t ∈ [1/2, 1] e f (t) = 0, caso
contrário e as somas parciais da série de Fourier de cossenos de f , para n = 0, 1, 3, 5, 7, 9
22
y y y
1 1 1
0 x 0 x 0 x
y y y
1 1 1
0 x 0 x 0 x
Figura 11: A função f : [0, 1] → R definida por f (t) = 1, se t ∈ [1/2, 1] e f (t) = 0, caso
contrário e as somas parciais da série de Fourier de senos de f , para n = 1, 2, 3, 5, 6, 7
23
y y y
0.8 0.8 0.8
0 x 0 x 0 x
−0.2 −0.2 −0.2
0 0.5 1 0 0.5 1 0 0.5 1
y y y
0.8 0.8 0.8
0 x 0 x 0 x
−0.2 −0.2 −0.2
0 0.5 1 0 0.5 1 0 0.5 1
Figura 12: A função f : [0, 1] → R definida por f (t) = t, se t ∈ [1/2, 1] e f (t) = 0, caso
contrário e as somas parciais da série de Fourier de cossenos de f , para n = 0, 1, 2, 3, 5, 6
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y y y
0.8 0.8 0.8
0 x 0 x 0 x
−0.2 −0.2 −0.2
0 0.5 1 0 0.5 1 0 0.5 1
y y y
0.8 0.8 0.8
0 x 0 x 0 x
−0.2 −0.2 −0.2
0 0.5 1 0 0.5 1 0 0.5 1
Figura 13: A função f : [0, 1] → R definida por f (t) = t, se t ∈ [1/2, 1] e f (t) = 0, caso
contrário e as somas parciais da série de Fourier de senos de f , para n = 1, 2, 3, 4, 5, 6
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Referências
[1] William E. Boyce and Richard C. DiPrima. Equações Diferenciais Elementares e
Problemas de Valores de Contorno. Livros Técnicos e Cientı́ficos Editora S.A., Rio de
Janeiro, 6a. edition, 1999.
[3] Donald Kreider, Donald R. Ostberg, Robert C. Kuller, and Fred W. Perkins. In-
trodução à Análise Linear. Ao Livro Técnico S.A., Rio de Janeiro, 1972.
[4] Erwin Kreiszig. Matemática Superior. Livros Técnicos e Cientı́ficos Editora S.A., Rio
de Janeiro, 2a. edition, 1985.
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