Substituico da dominante

Estudando o acorde de dominante, vimos ele na funo de Dominante primria, de Dominante secundria
e de SubV7. Em todas essas circunstncias, vimos que ele satisfaz a resoluo de trtono no acorde de
chegada.

Vimos, tambm, alguns acordes "especiais", que definimos acordes de dominante sem funo de
dominante. Esses acordes encontram sua justificao terica na emancipao e emprego da sonoridade
dominante por si s, sem precisar resolver. Provavelmente, o Blues teve uma parcela de influncia nisso.

Consideramos que a harmonia est sempre em evoluo, e nesse sentido, quero apresentar uma
estratgia que nos permite ampliar o uso de acordes de dominante que, mesmo no tendo uma real
resoluo de trtono, oferecem, de certo modo, uma forma de "resoluo disfarada". Por meio dessa
"estratgia" podemos ampliar nossa viso sobre o uso do acorde de dominante, trazendo novos acordes
para a ampliao harmnica da tonalidade.

Podemos substituir o acorde de dominante primrio

por outro acorde de dominante que traz mais riqueza harmnica.

Vejamos a estratgia terica que norteia a substituio:

Tendo o acorde de C como tnica, sabemos que os acordes

Am e Em (relativo e antirrelativo) pertencem mesma classe Em
(famlia da Tnica). Assim, o acorde G7, dominante de C,
pode "resolver" para um dos outros dois acordes.
G7 C
claro, que no se trata de uma resoluo Dominante-Tnica
"tradicional", e por isso no indicamos esse movimento com Am
a setinha de praxe.

Esse raciocnio traz possibilidades interessantes, pois, de

maneira inversa, os acordes de dominante do relativo e
B7 Em
antirrelativo podem "resolver" para C.
C

E7 Am

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A tonalidade homnima traz mais um acorde til: o acorde sobre o bVII da tonalidade (Bb7, na
tonalidade de C maior):

Eb Bb7 Eb

G7 Cm Cm

Ab Eb7 Ab

Dos acordes aqui apresentados, os mais teis para a substituio so:

VII7 e o bVII7 (na tonalidade de D: B7 e Bb7).

Quando interessante trocar o acorde de Dominante primrio por um desses acordes?

Quando na melodia temos uma nota pouco "interessante" para o V7 original, como, por exemplo,
a fundamental do acorde ou seu terceiro grau. Vejamos os exemplos a seguir:

G7 C7M

G7 C7M

Mas h outras possibilidades, em que a melodia se encontra em outros graus do acorde da

dominante primria, que oferecem vantagens harmnicas.

De modo geral, vale a ideia de que se a melodia representa a 9, #9, #11, b13, 13 do acorde de
dominante "alternativo", esse acorde traz um enriquecimento harmnico interessante.

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