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I O CONCEITO DE SOCIOLOGIA A palavra “Sociologia”, cléncia da sociedade, ¢ uma defor: ide, meio latina e meio’ grega. cardter artificioso e atbi- la palavra € uma indicagio do nascimento tatdio da jplina; nfo a encontramos como tal no edificio tradicional di “do Sabet. O termo, em si, teve sua origem.¢in Auguste Comte, que é getalmente considerado o criador da Sociologie. A sua principal obra sociolépica, 0 Cours de Philosopbie Positive, foi publicada em 1830-1842, (*) A palavta “positiva”’ enfatizava aqui, com precisio, o caréter que a sociologia sempre manteria desde ent¥o, como cin mum sentido especifico. Ela é uma cen da vontade de emancipar 0 co- s_oligioses ¢_da_especilagio_metatisica. {gorosa Fdelidade aos fatos, também se esperava ~latingie neste campo a objetividade de que etam modelo s cién. cias naturais, empfricas por um Indo © mateméticas por outro, * ‘A dontrina da sociedade tinha permanecido, segundo Comte, aquém desse ideal cientifico, Assim, procurou fazer dela uma inca, « qual desse corpo e substfncia a0 que a filosofia apenas tina entrevisto. De fato, a filosofia vinculaca-se primitivemente 4 douttina da sociedade © 2 novidade da Sociologia nfo sé encontra, por certo, em seu objeto. Um testo fundamental da filosofia’ clis- sica, como A Repablica, de Platio, era, em s 1, ecto orig else de piginns vio reunidas no final de cada lume. projeto do Estado ideal esté acompanhado de dade do seu tempo ¢ de vérias teotias sobre a sociedade, pre- eursoras de desenvolvimentos futuros. A Republica é, em grande medida, o resultado da experifncia pessoal de Plato na socie- dade do seu tempo, Ele préptio menciona, na Carta VII, como se focalizaram na politeia as suas observagées disetas sobre a ibertinagem desenfreada da plebe e sobre as Iutas inescrupulosas pelo poder, entre os déspotss, A condenacio de Sécrates levou-o 4 conclusto de que a sociedade, que para ele de Estado, nfo podia ser comigida medi ses da Constituicgo, as quais somente poder dos fortes pelo de ouitos mais fortes, mas, outrossim, através de uma reorganizasfo total, inspitada pela, Racio: “Compreendi, finale que todas as cidades extayam mal ‘Sovernadas, porgie at suas {eis nfo. podiam yer comgidas sem & jomada a um feliz scam, © vie gue. #60 ‘etn. tio dominio ., © Estado 36 pode fundamentar-se na edueagio dos seus cidadies para o bem, no na cobice do poder dos individues ou hss, Bar que os homens sjam educa no set do bem, € necessitio saber em que consiste 0 Bem; sonhec que & tarefa da filos 7 portato, na bese de ume sociedade de Platio une-se as eternas, aa Yinicas mento adequac ia pravis; 0 obj mento platOnico € a unio do saber e do atua fisica conyertese em construsfo tedrica de sociedade; sto da sociedade reflete a do mundo inteligivel. A -Aivisio" em mercadores-artesios (os escravos), guerdi6es. Cos milltares), ¢ os regentes (os adiministradores) cosresponde a ‘patureza do homes, que em seu fntimo conjuga as faculdades ‘de cobica, lirascibilidade sacionalidade, ¢ a bierarquia social idicada com a hierarguia metalisca desses et: O Es: ial, governado pelos filésofos, a quem incumbe realizar \ 4 fists late os seas conesinesor rains, tem ua te istéria tio carta quanto as préprias idéias eternas, 'Foi postu- Iado de ume forme tae ae forma se peer os ‘estados existentes, A intengio deste primeiro projeto de socie- dade racional nfo diz outra coisa sendo “que terminem as des- A. concepsio plat influin em todas as subseqiientes filosofias da sociedade, inclusive as antiplatéaic: Como em jo, essas filosofias partiam de determinadas relagSes' sociais fata retomar a clas m sbatho do pensamento. Os “‘projetos de sociedades ideais ram-se sempre vinculados lis sociedades existentes e na dep ncia destas. Mesmo quando “a filosofia pretende elaborar as s entre o poder € o Direito,

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