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INTRODUO
Quando a Mulher Comeou a Falar: literatura e crtica feminista... Dignamara Sousa; Daise Lilian Dias 145
Multiplicidade / Multiplicidad / Multiplicity
dos grupos, mas sim impera a lei do mais forte e da propriedade privada
da terra. O homem j sabe quem o pai da criana e a mulher perde toda
a influncia, o mundo agora patriarcal e patricntrico. As culturas mais
antigas so sucedidas por outras mais avanadas e governadas por um
Deus muito mais eficiente e funcional para os tempos modernos, que , por
exemplo, Jav, Deus dos exrcitos, um Deus onipresente e transcendente.
Os homens passaram a dominar o sagrado e a deter o poder; as mulheres,
em geral, tornaram-se marginalizadas.
As discusses complementam-se, pois o poder do homem foi,
aos poucos, se tornando absoluto e visvel no apenas na vida cotidiana,
mas tambm no mito. Um exemplo disso que inmeros mitos que
descrevem pocas em que a mulher era considerada um ser sagrado foram,
gradualmente, substitudos por outros, em que os homens detinham o
poder. Como afirma Muraro (2000, p. 28), no se pode esquecer que
os mitos so fabricados por meio de cada cultura de acordo com suas
necessidades de sobrevivncia e definem as relaes de poder entre os
gneros, entre os grupos, e as dos grupos com o meio ambiente. Os
mitos de origem das diversas fases da humanidade, onde quer que tenham
aparecido, seja na religio, na cincia, no coletivo, etc., foram o princpio
organizador da relao do homem com a realidade e, em ltima instncia,
da relao consigo mesmos.
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CONSIDERAES FINAIS
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