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SUSTENTABILIDADE

INOVAÇÃO

1
Agenda

Conceito Sustentabilidade e origem do termo


Conceito de Inovação na Sustentabilidade
Ação sustentável
Ferramentas para se chegar a sustentabilidade
Sustentabilidade na empresa
Papel do líder
Falsa sustentabilidade
Cases
Considerações finais

2
Conceito e origem

Conceito sistêmico em que se relacionam:

Aspectos econômicos

Aspectos culturais Aspectos sociais

Aspectos ambientais

http://pt.wikipedia.org

3
Conceito e origem

Empreendimento sustentável:

• ecologicamente correto

• economicamente viável

• socialmente justo

• culturalmente aceito

http://planetasustentavel.abril.com.br/
http://planetasustentavel.abril.com.br/glossario/d.shtml

4
Conceito e origem

"O desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades


do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras
atenderem às suas próprias necessidades”.
(Relatório de Brundtland - ONU-1987)

Sustentabilidade se define como um princípio de uma sociedade que


mantém as características necessárias para um sistema social justo,
ambientalmente equilibrado e economicamente próspero por um
período de tempo longo e indefinido e culturalmente aceito.
Ana Izaura (2010 – adaptado de diversas definições)

Fonte: www.bancoreal.com.br/sustentabilidade

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Conceito e origem
Histórico
1962 - Lançamento do livro “Primavera Silenciosa” de Rachel Carson: marco para o
entendimento das inter-relações entre economia, meio ambiente e as questões sociais.

1972 - Estocolmo: ONU promove a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
Humano com a criação do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

1983 - Noruega: ONU cria a Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento


(UNCED), presidida pela então primeira-ministra Gro Harlem Brundtland.

A Comissão lança, em 1987, o documento “Nosso Futuro Comum”, conhecido também


como Relatório de Brundtland, traz a definição de Desenvolvimento Sustentável.

1988 - A Organização Meteorológica Mundial e o PNUMA (Programa das Nações Unidas


para o Meio Ambiente) constituíram o IPCC (Intergovernamental Panel on Climate
Change).

1992 - Rio de Janeiro Eco-92/Rio-92: elaboração de importantes documentos como


a Declaração do Rio e a Agenda 21, que foi o primeiro documento do gênero a obter
consenso internacional.

Fonte: www.bancoreal.com.br/sustentabilidade

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Conceito e origem
Histórico
1997 - Protocolo de Kyoto: estabelece para os países desenvolvidos signatários metas de
redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE). Entre 2008 e 2012 eles deverão
reduzir pelo menos 5% das emissões de GEE.

1999 - Índice Dow Jones de Sustentabilidade: primeiro índice global que acompanha o
desempenho financeiro das companhias líderes em sustentabilidade em todo o mundo com
papéis negociados na Bolsa de Nova York.

1999 - Pacto Global: desafio proposto pelo secretário geral da ONU durante o Fórum
Econômico Mundial. Busca a mobilização do setor privado para o alinhamento das
práticas empresariais com valores universais nas áreas de direitos humanos, trabalho,
meio ambiente e combate à corrupção.

2000 – Cúpula do Milênio da ONU: o encontro, realizado em Nova York, deu origem à
Declaração do Milênio. O documento define os 8 objetivos de Desenvolvimento do
Milênio, divulgados no Brasil como 8 Jeitos de Mudar o Mundo. Os objetivos contam
com metas concretas a serem atingidas pelos 191 estados membros da ONU até 2015.

Fonte: www.bancoreal.com.br/sustentabilidade

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Conceito e origem
Histórico
2002 - Johannesburgo - Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável: conhecida
como Cúpula do Milênio ou Rio+10 . Sua meta foi a implementação da Agenda 21
mundial e avaliação dos obstáculos encontrados para atingir as metas propostas na
Eco-92 e dos resultados alcançados em dez anos.

2003 - Princípios do Equador: O Banco Mundial e a IFC (International Finance


Corporation) estabeleceram, em conjunto com uma série de bancos privados, critérios
de análise de risco no financiamento de projetos acima de 50 milhões de dólares
(reduzido em 2006 para 10 milhões de dólares nos Princípios do Equador II).

2005 - ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) Bovespa: acompanha o desempenho


financeiro de empresas líderes em sustentabilidade com ações negociadas na Bovespa.

2006 - Carbon Disclosure Project: pedido de informações sobre emissão de gases do efeito
estufa, lançado em 2003 e realizado pela primeira vez no Brasil em 2006. É um
requerimento coletivo formulado por investidores institucionais sobre o posicionamento
das maiores empresas com ações negociadas em bolsa em relação às mudanças climáticas.

2009 - Copenhague - COP-15: reunião sobre mudanças climáticas das Nações Unidas
resultou em uma carta de intenções.

Fonte: www.bancoreal.com.br/sustentabilidade

8
Conceito e origem – ONU X Sustentabilidade

A ONU (Organização das Nações Unidas), em mais uma de suas iniciativas de


Cooperação internacional em busca de fomentar o desenvolvimento sustentável, no ano
2000, propôs as "8 Metas do Milênio". O acordo foi aprovado por 191 países membros,
em Nova York, na maior reunião de dirigentes mundiais de todos os tempos.
Estiveram presentes 124 Chefes de Estado e de Governo, inclusive do Brasil, que se
comprometeram a cumprir os 8 objetivos, que seguem abaixo, até 2015:

Acabar com a fome e a miséria Melhorar a saúde das gestantes

Educação básica e de qualidade Combater a AIDS, a malária e outras


para todos doenças

Igualdade entre sexos e


valorização da mulher Qualidade de vida e respeito ao meio
ambiente

Reduzir a mortalidade infantil Todo mundo trabalhando pelo


desenvolvimento

Fonte: www.bancoreal.com.br/sustentabilidade

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Inovação e Sustentabilidade

Inovar, no sentido amplo, é realizar novas combinações de recursos – combinar diferentemente


materiais, recursos humanos, organizacionais e conhecimentos – com o objetivo de gerar
valor econômico adicional, apropriável por agentes privados ou por toda a sociedade.
(Inspiração shumpeteriana)

A Inovação está no âmago da “economia baseada no conhecimento”, trata-se de um


fenômeno muito mais complexo e sistêmico que se imaginava anteriormente.

As abordagens sistêmicas à inovação deslocam o foco das políticas, dando ênfase à interação
das instituições, observando processos interativos, tanto na criação do conhecimento,
como em sua difusão e aplicação. Cunhou-se o termo “Sistema Nacional de Inovação”
para este conjunto de instituições e fluxos de conhecimento.
(Manual de Oslo)

As três citações são da apostila sobre o treinamento de Gestão Estratégica da


Inovação Tecnológica: Modelo e Ferramentas do Prof. Ruy Quadros
GEMPI – Grupo de Estudos de Empresas de Inovação
DPCT/IG/UNICAMP
São Paulo, 6 e 7 de abril de 2010

10
Inovação e Sustentabilidade
A Inovação está no cerne da mudança econômica. Nas palavras de Shumpeter,
“inovações radicais provocam grandes mudanças no mundo, enquanto inovações
‘incrementais’ preenchem continuamente o processo de mudança”.

A palavra-chave do conceito
de sustentabilidade é
continuidade, como as vertentes
econômicas, sociais, culturais e
ambientais podem se manter em
equilíbrio ao longo tempo.

INOVAÇÃO EM GESTÃO E
TECNOLÓGICA
EM PRODUTOS
E PROCESSOS ( TPP)

Apostila sobre o treinamento de Gestão Estratégica da Inovação Tecnológica:


Modelo e Ferramentas do Prof. Ruy Quadros
GEMPI – Grupo de Estudos de Empresas de Inovação
DPCT/IG/UNICAMP
São Paulo, 6 e 7 de abril de 2010

11
Inovação e Sustentabilidade
“Greenovation” é tudo aquilo que “cria e captura valor ao atender às necessidades
do presente sem comprometer a capacidade de as futuras gerações atenderem às
suas próprias necessidades”.

Johannesburg Summit 2002 – Global Challenge Global Opportunity

12
Inovação e Sustentabilidade

EnergyStar

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Ação Sustentável
São atitudes simples tomadas de forma individual (cidadão) ou coletiva
(empresa por ex.):

1) Minimizar de perdas;

2) Reuso da água;

3) Separar o lixo para coleta seletiva;

4) Plantar uma árvore (por ano);

5) Comprar produtos com menos


embalagens e que gerem menos
resíduos durante a sua fabricação;

6) Verificar o filtro de ar do carro;

7) Consumo consciente (inclui


priorização por produtos reciclados).

http://planetasustentavel.abril.com.br/atitude

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Ferramentas para Sustentabilidade

Global
Reporting
Initiative

Análises
Fóruns
Ambiente

Redes Palestras
Sociais

Workshops Seminários

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Ferramentas para Sustentabilidade - GRI

Global Reporting Initiative – GRI (1997): criado por instituição não


governamental americana com o intuito de elevar o padrão dos Relatórios
de Sustentabilidade para um nível equivalente aos Relatórios Financeiros
em termos de credibilidade, rigor, pontualidade e verificabilidade,
sendo hoje considerado benchmark:

- Usado em mais de 600 instituições, sendo pelos menos 100 empresas;

- No Brasil, adotado parcial ou integralmente em poucas empresas


ainda (Natura, CPFL, Petrobras, Souza Cruz, McDonald´s do Brasil,
Banco Real ABN AMRO,Usinimas).

Clarissa Lins (clarissa.lins@fbds.org.br)


Fabiana Moreno (fmoreno@fbds.org.br)
Iaci Lomonaco (iaci@fbds.org.br)
Sustentabilidade corporativa: do conceito à prática
Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (www.fbds.org.br)
11/05/2009

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Ferramentas para Sustentabilidade - O uso de redes sociais para debates

As Redes Sociais Virtuais são grupos ou espaços


específicos na internet, que permitem partilhar dados
e informações, sendo estas de caráter geral ou específico,
das mais diversas formas
(textos, arquivos, imagens fotos, vídeos, etc.).

Há também a formação de grupos por afinidade,


formando comunidades virtuais,
com ou sem autorização, e de espaços abertos
ou não para discussões, debates e apresentação
de temas variados (comunidades, fóruns, twitter,
sites de relacionamento).

As redes sociais virtuais funcionam como uma ferramenta para


o debate de assuntos ligados à sustentabilidade e trazem consigo
fóruns para discussão de temas específicos.

http://pt.wikipedia.org

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Ferramentas para Sustentabilidade - O uso de redes sociais para debates

Exemplos de redes sociais virtuais que discutem sobre


Sustentabilidade:

- planetasustentavel.abril.br - openinnovation.net

- ecodesenvolvimento.org - confrariasustentavel.ning.com

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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Eco-eficiência: busca produzir mais com menor utilização de energia e material, seja
graças a melhoria de eficiência nos processos produtivos existentes, seja por
abordagens inovadoras (reciclagem, redução de desperdício). Algumas áreas de
oportunidades:

- Re-engenharia de processos: melhoria das práticas gerenciais e dos procedimentos


operacionais, mudança tecnológica (inclui redução de perdas e transformação de
resíduos em subprodutos);

- Redesenho de produtos: promoção da reciclagem e reuso;

- Valorização de produtos reciclados.

Clarissa Lins (clarissa.lins@fbds.org.br)


Fabiana Moreno (fmoreno@fbds.org.br)
Iaci Lomonaco (iaci@fbds.org.br)
Sustentabilidade corporativa: do conceito à prática
Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (www.fbds.org.br)
11/05/2009

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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Como promover a sustentabilidade das empresas


em consonância com as questões econômicas.
sociais e ambientais?

A sustentabilidade das empresas depende da


sustentabilidade das partes interessadas
(stakeholders) com os quais se relacionam.

Só pode ser alcançada pela constante adequação


às mudanças, proporcionada pela internalização
de questões surgidas no relacionamento
balanceado com todos stakeholders.

Maria Raquel Grassi Ferreira Marques


Raimundo Soares Filho
Paulo Henrique Horta Nunes
Cláudio Bruzzi Boechat
Estratégias e indicadores de sustentabilidade nas empresas brasileiras
Fundação Dom Cabral (FDC)
12/05/2004

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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

• Novo modelo de gestão, onde meio ambiente, sociedade e retorno econômico são
considerados na tomada de decisões

Geração de externalidades

• Fundamentos do novo modelo

Ética, transparência, engajamento dos stakeholders, boas práticas de


governança corporativa e prestação de contas

• Sustentabilidade corporativa não é

Assistencialismo

Filantropia

• É uma agenda fundamental para quem se diferencia pelo seu compromisso com as
gerações futuras

Clarissa Lins (clarissa.lins@fbds.org.br)


Fabiana Moreno (fmoreno@fbds.org.br)
Iaci Lomonaco (iaci@fbds.org.br)
Sustentabilidade corporativa: do conceito à prática
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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)
Tripé da Sustentabilidade

Prosperidade
Econômica

Respeito à
cultura
Governança
Corporativa

Inovação

Progresso Social Responsabilidade


Ambiental

Clarissa Lins (clarissa.lins@fbds.org.br)


Fabiana Moreno (fmoreno@fbds.org.br)
Iaci Lomonaco (iaci@fbds.org.br)
Sustentabilidade corporativa: do conceito à prática
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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Principais questões – Prosperidade econômica

Rentabilidade e crescimento sustentado;

Transparência na divulgação de fluxos econômicos;

Gestão de risco;

Quantificação de externalidades e intangíveis.

Clarissa Lins (clarissa.lins@fbds.org.br)


Fabiana Moreno (fmoreno@fbds.org.br)
Iaci Lomonaco (iaci@fbds.org.br)
Sustentabilidade corporativa: do conceito à prática
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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Principais questões – Responsabilidade Ambiental

Eficiência energética;

Gestão de recursos hídricos;

Conservação da biodiversidade;

Impacto na Terra e no habitat;

Emissão de gases de efeito estufa (GEE);

Gestão de resíduos.

Clarissa Lins (clarissa.lins@fbds.org.br)


Fabiana Moreno (fmoreno@fbds.org.br)
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Sustentabilidade corporativa: do conceito à prática
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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Principais questões – Progresso social

Diversidade;

Saúde e segurança ocupacional;

Capacitação e treinamento;

Medidas contra o trabalho infantil e escravo;

Medidas contra suborno e corrupção;

Relacionamento com stakeholders;

Educação da comunidade;

Seleção de parceiros locais.

Clarissa Lins (clarissa.lins@fbds.org.br)


Fabiana Moreno (fmoreno@fbds.org.br)
Iaci Lomonaco (iaci@fbds.org.br)
Sustentabilidade corporativa: do conceito à prática
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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Principais questões – Respeito à cultura e desenvolvimento de cultura de


inovação

Compreensão da diversidade;

Respeito às tradições;

Ética / Identificação e respeito à cultura moral;

Diagnóstico cultura empresarial;

Divulgação e política de inovação;

Redes de relacionamento interno;

Liderança e ferramentas;

Geração de valor.

Laryssa Ribeiro Barros Miranda Sá


Geóloga Sênior
Fosfertil

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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

As empresas devem ainda perceber não somente as dimensões econômicas,


sociais e ambientais de suas atividades, mas também as relações entre
tais dimensões.

Planeta

Sociedade

Mercado
Empresa

Indivíduo

Maria Raquel Grassi Ferreira Marques


Raimundo Soares Filho
Paulo Henrique Horta Nunes
Cláudio Bruzzi Boechat
Estratégias e indicadores de sustentabilidade nas empresas brasileiras
Fundação Dom Cabral (FDC)
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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Empresas e cadeia produtiva

O conceito de cadeia produtiva está relacionado ao conjunto de etapas consecutivas


pelas quais os insumos passam e são transformados. Os principais elementos de uma
cadeia produtiva são: empresa, fornecedores, distribuidores, clientes e consumidores
finais.

Fornecedores Empresa Distribuidores

Consumidores
Clientes
Finais

Cada elo de uma cadeia produtiva é constituído por empresas que têm seus próprios
stakeholders. Alguns são comuns a mais de uma empresa de uma cadeia. Isso delineia,
mais que uma cadeia, uma rede de interesses.

Maria Raquel Grassi Ferreira Marques


Raimundo Soares Filho
Paulo Henrique Horta Nunes
Cláudio Bruzzi Boechat
Estratégias e indicadores de sustentabilidade nas empresas brasileiras
Fundação Dom Cabral (FDC)
12/05/2004

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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Empresas e cadeia produtiva

Fundação Dom Cabral (FDC)

29
Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

C1 C2 C3 E
M
P
D1 D2
R
E
Empresa S
F1 F2 A
S

Consumidor Final

Laryssa Miranda & Ana Izaura

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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)
Empresas e cadeia produtiva

Pensamento Biossistêmico: é dinâmico e fala da vivência, a cada instante, de um senso


de conexão consigo mesmo e com o mundo que nos cerca, referindo-se à contenção de
organismos menores em outros maiores, e vice-versa.

Fundação Dom Cabral (FDC)

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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)
Empresas e cadeia produtiva

Estabelecer indicadores de sustentabilidade para uma cadeia produtiva requer os


seguintes cuidados:

• considerar as dimensões econômica, social e ambiental desde a extração de insumos da


natureza até a reciclagem do produto consumido;

• refletir as questões críticas impostas pelas limitações naturais, pela sociedade e pelas
comunidades nos locais em que as operações se dão;

• possibilitar a identificação de redes de interesse comum entre


os diversos participantes de uma cadeia produtiva
e seus respectivos stakeholders.

Maria Raquel Grassi Ferreira Marques


Raimundo Soares Filho
Paulo Henrique Horta Nunes
Cláudio Bruzzi Boechat
Estratégias e indicadores de sustentabilidade nas empresas brasileiras
Fundação Dom Cabral (FDC)
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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)
Processo de gestão da sustentabilidade a partir do nível estratégico
Stakeholders

Diálogo
Questões

Estratégias

Planejamento estratégico

Metas

Indicadores

Desdobramento funcional

Projetos corporativos Balanço integrado

Desdobramento funcional: a partir dos indicadores qual a aplicabilidade dentro


e fora da empresa nas diversas
atividades.
Maria Raquel Grassi Ferreira Marques
Raimundo Soares Filho
Paulo Henrique Horta Nunes
Cláudio Bruzzi Boechat
Estratégias e indicadores de sustentabilidade nas empresas brasileiras
Fundação Dom Cabral (FDC)
12/05/2004

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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Objetivos estratégicos mais adotados Dimensão


Obter diferencial competitivo por meio da melhoria contí
contínua . Inovaç
Inovação
Maximizar a riqueza dos acionistas no longo prazo (gerar valor). Financeira
Criar/desenvolver cultura de inovação e empreendedorismo. Inovaç
Inovação
Desenvolver pessoas e competências (lideranç
(liderança). Pessoas
Antecipar-se às expectativas dos stakeholders (acionistas, clientes, etc.).
Antecipar- Sustentabilidade
Aumentar a participação de mercado. Marketing
Diversificar as fontes de receita da empresa (novos produtos/servi
produtos/serviçços). Marketing
Desenvolver e consolidar parcerias, alianç
alianças e contratos de longo prazo. Estraté
Estratégia
Criar/desenvolver cultura de desenvolvimento sustentá
sustentável. Sustentabilidade
Obter diferencial competitivo por meio do desenvolvimento sustent
sustentável. Sustentabilidade
Desenvolver e gerenciar conhecimento sobre processos, materiais, produtos. Inovaç
Inovação

Maria Raquel Grassi Ferreira Marques


Raimundo Soares Filho
Paulo Henrique Horta Nunes
Cláudio Bruzzi Boechat
Estratégias e indicadores de sustentabilidade nas empresas brasileiras
Fundação Dom Cabral (FDC)
12/05/2004

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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Ranking de Importância dos Desafios da Sustentabilidade para os Negócios

Fundação Dom Cabral (FDC)


2007

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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Desafios de Acordo com a “Incorporação” e “Importância

Fundação Dom Cabral (FDC)


2007

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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Fonte: INSEAD

Fonte: INSEAD

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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Cultura de Inovação e Sustentabilidade

Inovação precisa mirar sustentabilidade

Principal motor do crescimento, a inovação também está relacionada à capacidade de


antecipar cenários, tendências e, consequentemente, à perenidade de uma organização.
O termo inovação sustentável faz referência, portanto, a capacidade inovadora de uma
empresa que se mantém viva ao longo dos anos, mas também as soluções que ofereçam
respostas aos dilemas sociais, ambientais e econômicos.

O primeiro passo para construção de uma cultura de inovação voltada para a sustentabilidade
é, na verdade, uma pergunta: “Para que inovar?”. Esse simples questionamento pode
reorientar a estratégia da companhia em busca de soluções sustentáveis.
Outro passo é disseminar o tema por toda a empresa, não somente restringindo a área de
interesse direto e nem somente as de apoio. A inovação precisa fazer parte do “corpo” da
empresa!

Fonte: Juliana Lopes - Revista Idéia Socioambiental – publicado no site da


Anpei (www.anpei.org.br) – 20/01/2009

Laryssa Ribeiro Barros Miranda Sá - Geóloga Sênior - Fosfertil

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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Como avaliar a sustentabilidade

A sustentabilidade só poderá ser avaliada se o desempenho econômico e a


qualidade de vida também puderem ser medidos com novas ferramentas,
que nada têm a ver com os atuais PIB e IDH.

O progresso indicado pelas medidas resultantes da contabilidade nacional convencional


(como PNB ou PIB) não se altera ao ser substituído por uma medida efetivamente
orientada para o bem-estar.
Para tanto, introduziram uma série de correções
no método de cálculo do produto (nacional ou
apenas interno).

Voltar ao produto líquido, em vez do bruto, considerando algumas das


imprescindíveis depreciações.

Fonte: Valor Online – Prof. José Eli da Veiga (www.zeeli.pro.br)

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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Como avaliar a sustentabilidade

Comparando-se resultados obtidos com a medida de bem-estar econômico (MEW) aos


dados do produto líquido, em vez de compará-los ao PIB ou PNB, torna-se mais
coerente.

O Índice de Bem-estar Econômico Sustentável (ISEW) transformou-se no Indicador


de Progresso Genuíno (GPI).

O grande problema de ambos é que a precificação de danos ambientais, de ganhos


de lazer e de trabalho doméstico ou voluntário, por exemplo, é altamente especulativa.

Sempre será um exercício arbitrário atribuir grandezas monetárias a prejuízos ou


ganhos que não têm preços determinados em mercados.

Uma coisa é medir desempenho econômico, outra é medir qualidade de vida e uma
terceira é medir a sustentabilidade ambiental do processo.

Fonte: Valor Online – Prof. José Eli da Veiga (www.zeeli.pro.br)

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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Como avaliar a sustentabilidade

O Report by the Commission on the Measurement of Economic Performance and


Social Progress (www.stiglitz-sen-fitoussi.fr) propõe:

1) O PIB deve ser inteiramente substituído por uma medida bem ajustada de renda
domiciliar disponível, e não de produto;

2) A qualidade de vida só pode ser medida por um índice composto sofisticado, que
incorpore inclusive recentes descobertas desse novo ramo que é a economia da
felicidade;

3) A sustentabilidade ambiental exige um pequeno grupo de indicadores físicos, e não


de malabarismos que artificialmente tentam precificar coisas que não são
mercadorias.

Fonte: Valor Online – Prof. José Eli da Veiga (www.zeeli.pro.br)

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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Instrumentos

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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)
Instrumentos

• Life Cycle Assessment (LCA): abordagem que mede o consumo de recursos


e de resíduos ambientais durante todo o ciclo de vida do produto ou serviço – da
extração da matéria-prima, do transporte, manufatura, distribuição, uso até uso final.
Para tanto, faz-se um inventário de uso de recursos básicos e energia, desperdício
e emissões em cada etapa de produção.

• Relatórios de Sustentabilidade: 45% das 250 maiores companhias do Global


Fortune publicam um relatório de sustentabilidade separado do Relatório Anual,
mostrando o desempenho econômico, social e ambiental de forma integrada.
Importante motivador para tal movimento: padronização trazida pelo Global
Reporting Initiative (GRI).

Clarissa Lins (clarissa.lins@fbds.org.br)


Fabiana Moreno (fmoreno@fbds.org.br)
Iaci Lomonaco (iaci@fbds.org.br)
Sustentabilidade corporativa: do conceito à prática
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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Instrumentos

Sugestão de conteúdo para um relatório de


sustentabilidade:

• Declaração do CEO;
• Sustentabilidade integrada à visão, missão e estratégia;
• Políticas ambiental, social e de sustentabilidade;
• Perfil da organização;
• Indicadores de sustentabilidade (metas);
• Lista dos stakeholders consultados;
• Adequação às normas legais;
• Desempenho econômico;
• Desempenho ambiental (emissões, uso de energia, água,
impactos na biodiversidade, etc);
• Desempenho social (saúde e segurança, treinamento,
envolvimento com as comunidades, etc);
• Verificação externa.

Clarissa Lins (clarissa.lins@fbds.org.br)


Fabiana Moreno (fmoreno@fbds.org.br)
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Sustentabilidade corporativa: do conceito à prática
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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Instrumentos

• Dow Jones Sustainability Index (DJSI, 1999): família de índices que medem a
performance financeira de empresas líderes em sustentabilidade, listadas na Bolsa
de NY.

- Benchamarks objetivos e confiáveis usados por gestores de ativos;

- Abordagem best-in-class que premia os líderes em sustentabilidade por


por grupo industrial;

- Processo de avaliação da sustentabilidade feito por terceiros (SAM Group),


cobrindo aspectos econômicos, social e ambiental e com foco na criação
de valor para o acionista no longo prazo.

Clarissa Lins (clarissa.lins@fbds.org.br)


Fabiana Moreno (fmoreno@fbds.org.br)
Iaci Lomonaco (iaci@fbds.org.br)
Sustentabilidade corporativa: do conceito à prática
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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Instrumentos

• FTSE4Good (2001): usado como instrumento por investidores focados em


investimentos socialmente responsáveis, sendo negociado na Bolsa de Londres.

- Critério de seleção e metodologia baseados em padrões relacionados a


sustentabilidade ambiental, direitos humanos universais e manutenção
de bom relacionamento com stakeholders;

- Cerca de 250 empresas compõem o índice que exclui aquelas atuantes nos
setores de fumo, armas e energia nuclear.

Clarissa Lins (clarissa.lins@fbds.org.br)


Fabiana Moreno (fmoreno@fbds.org.br)
Iaci Lomonaco (iaci@fbds.org.br)
Sustentabilidade corporativa: do conceito à prática
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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

http://www.terrachoice.com/files/EcoMarkets%202009%20Summary%20Repo
rt%20-%20Oct%202009.pdf

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Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

http://www.terrachoice.com/files/EcoMarkets%202009%20Summary%20Repo
rt%20-%20Oct%202009.pdf

48
Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Sustentabilidade Corporativa no Brasil

49
Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

Sustentabilidade Corporativa no Brasil

• Foco ainda é em melhorar prática de governança corporativa e responsabilidade social,


mas conceito de sustentabilidade vem avançando;

• Indicadores Ethos (baseados no GRI) e IBASE (foco no social) utilizados e reportados


em Relatórios Sócio-ambientais;

• Índice de Sustentabilidade e Responsabilidade Social lançado pela Bovespa, em 2005,


à luz do DJSI;

• Foco atual: relatório integrado Financeiro-Sustentabilidade.

Clarissa Lins (clarissa.lins@fbds.org.br)


Fabiana Moreno (fmoreno@fbds.org.br)
Iaci Lomonaco (iaci@fbds.org.br)
Sustentabilidade corporativa: do conceito à prática
Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (www.fbds.org.br)
11/05/2009

50
Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)
Triple Bottom Line

De acordo com John Elkington*, criador do termo Triple Bottom Line


(que designa o equilíbrio entre os 3 pilares - ambiental, econômico e social – para
obtenção do sucesso nos negócios), a expectativa de que as empresas devem
contribuir de forma progressiva com a sustentabilidade surge do reconhecimento
de que os negócios precisam de mercados estáveis, e que devem possuir habilidades
tecnológicas, financeiras e de gerenciamento necessárias para possibilitar essa
transição rumo ao desenvolvimento sustentável. As ações e inovações das empresas
nesse sentido devem ser cada vez mais disseminadas na busca em ampliar a
eficiência e a efetividade da sustentabilidade.

•John Elkington é autor de "Canibais com Garfo e Faca" (Cannibals with forks), publicado
originalmente na Inglaterra em 2000, e no Brasil em 2001, pela Makron Books Ltda. O
livro é dedicado ao estudo conceitual e prático da sustentabilidade e de suas relações com
o mundo corporativo.

Fonte: www.bancoreal.com.br/sustentabilidade

51
Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

O que significa ser um negócio sustentável?

A Underwriters Laboratories Meio Ambiente


anunciou a elaboração de uma norma de
certificação para a atuação verde de empresas.

Projeto de criação de um padrão global de sustentabilidade para negócios.

Para ser usado como uma ferramenta de contrato para as empresas e agências governamentais.

Fonte: Joel Makower (Editor executivo da GreenBiz.com - Agenda


Sustentável www.agendasustentavel.com.br)
23/06/2010

52
Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

O que significa ser um negócio sustentável?

A nova norma abrange o ambiente, a força de trabalho, o social e o envolvimento


da comunidade, governança de clientes e fornecedores. Estamos descrevendo a
norma de forma abreviada como "LEED para Empresas" - isto é, um sistema de
classificação baseado em pontos com níveis de certificação. Fomos inspirados pelo
sucesso do LEED, do Green Building Council, que criou as definições de "edifício
verde", onde não havia nenhuma norma.

Esses sistemas de classificação foram catalisadores que estimularam o mercado de


construção verde. Da mesma forma, acreditamos que este novo padrão e sistema de
avaliação ajudarão a definir a sustentabilidade ao nível da empresa e possibilitar o
crescimento dos mercados para as empresas certificadas.

Fonte: Joel Makower (Editor executivo da GreenBiz.com - Agenda


Sustentável www.agendasustentavel.com.br)
23/06/2010

53
Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

O que significa ser um negócio sustentável?

Claro, a analogia ao LEED vai longe. O LEED não é perfeito e as empresas não são
prédios - eles variam infinitamente, em termos de tamanho, setor, geografia, atividades,
cultura, entradas, saídas e as pessoas que interagem com a estrutura todos os dias. Assim,
projetar um padrão para as empresas tem sido um desafio complexo. A primeira minuta
da norma já foi concluída e um processo robusto de feedback dos interessados está
começando. O plano é ter uma versão final pronta para o mercado este ano.

Fonte: Joel Makower (Editor executivo da GreenBiz.com - Agenda


Sustentável www.agendasustentavel.com.br)
23/06/2010

54
Sustentabilidade na empresa (Sustentabilidade Corporativa)

O que significa ser um negócio sustentável?

Você pode estar se perguntando: "Como isso é diferente de dezenas de outras normas que
existem?" A resposta curta é que desta vez é diferente. Primeiro, esta é uma norma de
empresa, como poucas que existem. É o primeiro padrão global de sustentabilidade, que
é abrangente em seu alcance global, em aplicação e que necessita de auditoria por uma
equipe treinada, credenciada por terceiros, incluindo gestão da qualidade e elaboração
de relatórios, enfatizando o desempenho.

Por último, ela integra-se com dezenas de outros padrões de todo o mundo - uma sopa
de letrinhas rica que inclui ASHRAE, Boma, CDP, GRI, ISO, IUCN, SPC, UNESCO e
muitas outras. Haverá muito mais a dizer no lançamento formal do sistema, além de
anunciar nossos principais parceiros, as empresas-piloto e muito mais. Por hora,
queremos levantar o véu, a fim de lidar mais eficazmente e de forma colaborativa no
trabalho árduo que temos pela frente.

Fonte: Joel Makower (Editor executivo da GreenBiz.com - Agenda


Sustentável www.agendasustentavel.com.br)
23/06/2010

55
Papel do líder na sustentabilidade

Compreender o poder que há em não precisar estar certo!


• Comprometer-se pessoalmente e envolver toda a alta administração com o tema;
• Orientar a atividade de pesquisa e desenvolvimento sob este enfoque;
• Valorizar as pessoas;
• Formar profissionais conscientes de suas responsabilidades junto à organização,
ao meio ambiente e à sociedade;
• Estabelecer relações de trabalho mais permanentes;
• Ter a capacidade de antecipar cenários futuros;
• Transformar, com agilidade, novos conhecimentos em soluções de mercado;
• Desenvolver novas tecnologias e modelos de gestão que favoreçam a cooperação;
• Criar uma estrutura organizacional flexível que proporcione liberdade de
expressão, capaz de identificar e desenvolver boas idéias;
• Estimular atividades comunitárias e a criação de redes de colaboração.

Conhecimento Habilidades Atitudes Valores


•Cadeia Produtiva •Identificar e Criar •Coragem •Justiça
•Sustentabilidade é inovação •Visão LP •Crença •Liberdade
•Interdependência •Escutar e dialogar •Respeito •Humanidade
•Bottom line... •Stakeholders... •Visão coletivista... •Transparência...

Fonte: Revista Ideia Socioambiental


A liderança sustentável: quem são, o que pensam e como agem
Ricardo Voltolini (jornalista, consultor em Sustentabilidade e diretor da
consultoria Ideia Sustentável. Professor de Marketing Social da FIA-USP,
professor de Comunicação no curso de pós-graduação em Investimento
Social Privado da ESPM, é instrutor da ABERJE e também colunista de
sustentabilidade da Gazeta Mercantil.)

56
Falsa Sustentabilidade
Se
m
P ro
Qual é o limite da inovação? alsas va
Etiquetas F

Cada indústria, cada segmento tem uma necessidade de inovar;

Há empresas que inovam além do necessário, induzindo a um consumo desnecessário;

A inovação abusiva está presente no dia-a-dia; Mentirin


has

Muitas vezes a eficiência do novo produto não fica clara para o consumidor.

Dos Males o Menor

Torna-se interessante a inovação que permite a sustentabilidade e a


perpetuidade da vida com qualidade.
lto
ocu
-o ff
Irrelevância Tr ade

Terra Choice: 2007 a 2009 o crescimento dos produtos verdes subiu de


40% para 176 - 98% cometeram pelo menos um do pecado.

Texto: “Qual é o limite da inovação?”


Autor: Laryssa R.B.Miranda Sá - http://gestaoempreendedor.blogspot.com/
http://resultson.com.br/blog/os-7-pecados-do-greenwashing/

57
Falsa Sustentabilidade
I - Detergente que tem a embalagem reciclada, mas agride a saúde.

II - Tintas ditas “sem cheiro”, mas que ao abrir a lata têm cheiro e não possuem
comprovação de cumprimento de limites de toxidade por laboratório
credenciado.

III - Garrafa divulgada como tendo a embalagem “100% reciclada”, mas a


tampa é produzida com material virgem.

IV - Briquetes vendidos como ecológicos, de sobras industriais de madeiras de


origem não confirmada como legal.

VI – Produto que consome menos X % de energia, sem definir qual a


referência.

VI – Produto vinculado ao atributo de “reciclável” com a presença de


componentes acidentais na composição do produto limita a sua reciclagem.

VII - Confundir o consumidor com Selos próprios ou de terceiros sem


consistência.

58
Princípios Gerais de Sustentabilidade

Prevenção: menor custo a degradação/poluição

Precaução: avaliação prévia dos impactos

Participação: envolvimento da comunidade

Proatividade: prevenção de problemas

Compensação: melhoria ampla em outra área

Compromisso melhoria continua: meta modesta

Poluidor pagador: arcar com os custos de remediar

http://www.sustentabilidade.org.br/conteudos_sust.asp?scateg=128

59
Cases

60
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

Temas fundamentais

FECHAMENTO DA MINA RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

USO FUTURO

BLOQUEIO DE NOVOS
GARANTIAS ECONÔMICAS
REQUERIMENTOS

LICENCIAMENTO
AMBIENTAL

Fonte: Ricardo Carneiro


O encerramento de mina e as competências constitucionais da união, estados
e municípios
www.carneiroesouza.com.br

61
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

Encerramento e Reabilitação

RECUPERAÇÃO

FECHAMENTO

Fonte: Ricardo Carneiro


O encerramento de mina e as competências constitucionais da união, estados
e municípios
www.carneiroesouza.com.br

62
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

Encerramento e Reabilitação

Art. 225

§2° - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio
ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público
competente, na forma da lei.

Fonte: Ricardo Carneiro


O encerramento de mina e as competências constitucionais da união, estados
e municípios
www.carneiroesouza.com.br

63
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável
Desafio para os stakeholders: garantir, no fechamento, mínimos
impactos e custos à sociedade e maximizar os benefícios.

Pos Encerram. RECUPERAÇÃO:


Equilíbrio Física e Química
Investimento+Conhecimento

Saúde e Segurança
Encerramento
Drenagem de Reservatórios
Reservatórios Permanentes
Operação Escavações e Preenchimentos
Regevetação
Demolição de Estruturas
Desenvolvimento Segurança: aberturas, acessos, subsidência
Rejeitos Perigosos
Exploração Pilhas de Estéril
Barragens
Drenagem Ácida
Prospecção

Adaptado: www.bamburra.com

64
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

Por que as minas fecham?

• Razões Econômicas, queda no preço das commodities e/ou


altos custos de produção;
• Razões Geológicas, imprevisto decréscimo no teor ou reserva
do corpo de minério;
• Técnica, condições geotécnicas adversas ou falhas
mecânicas ou de equipamentos;
• Regulamentar, segurança ou acidente ambiental;
• Mudanças políticas;
• Pressão social, particularmente de ONGs;
• Fechamento de indústrias ou de mercados da cadeia produtiva;
• Exaustão das reservas.

Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentável


3º Workshop QFe2050
Fórum Internacional: Visão de futura para o Quadrilátero Ferrífero
Hernani Mota de Lima (hernani.lima@ufop.br)
Departamento de Engenharia de Minas
Escola de Minas
UFOP

65
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

• Indicadores crescimento socioeconômico fáceis de medir;

• Quanto a mineração pode ser considerada um vetor de


desenvolvimento socioeconômico sustentável e de gestão ambiental
em nível local;

• Quanto a mineração contribui para a existência continuada e


sustentável de uma comunidade local, particularmente após um
eventual fechamento de mina.

Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentável


3º Workshop QFe2050
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66
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

Componentes-chave de um fechamento de mina:

Envolvimento dos stakeholders;

Pesquisa e tecnologia;

Planejamento e gestão;

Provisão financeira;

Minas abandonadas.

Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentável


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67
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

Custos de fechamento

Específicos do local quanto geologia.


Generalizações do Banco Mundial:
Pequenas minas da Romênia: ~1M US$;
Grandes minas de linhito Alemanha: 100M US$.
Custo de fechamento menores quando a própria mina implementa.
Maiores implementado pelo governo.
Estimativas baseadas em planos conceituais são críticas.
Atualizações são necessárias ao longo da vida da mina para garantir
recursos quando do fechamento.
Reabilitação progressiva pode salvar milhões (US$) dos custos de
reabilitação no fechamento.

Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentável


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68
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

Dado retirado do PAE - DNPM


Custo Fechamento Mina / CAPEX (%)

100%
90% 90%

80%
65% 67%

60%

37% 39%
40%
26%

20% 15%
6% 7% 7% 10%
1% 1%
0%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentável


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69
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

70
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

Regulamentação
$$$$$$$

Para atingir
o desenvolvimento sustentável -$$
no fechamento

Iniciativas
voluntárias da
indústria

Adaptado
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentável
3º Workshop QFe2050
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Escola de Minas
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71
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

Regulamentação

I. EIA e Plano de Reabilitação de Áreas Degradadas – PRAD – Desde 1989


(Federal);

II. NRM 20 – DNPM – Apresentação do plano de fechamento junto ao PAE – Em


vigor desde 2001. (Federal);

III. Plano Ambiental de Fechamento de Mina – PAFEM – desde julho de 2009


(Minas Gerais – FEAM).

Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentável


3º Workshop QFe2050
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Hernani Mota de Lima (hernani.lima@ufop.br)
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Escola de Minas
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72
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

NRM-20 – Suspensão, fechamento de mina e retomada das operações


mineiras

20.1 Objetivo

Esta norma tem por objetivo definir procedimentos administrativos e operacionais em caso
de fechamento de mina, suspensão e retomada das operações mineiras.

Departamento Nacional de Produção Mineral


Portaria n°237, de 18 de outubro 2001
Marcelo Ribeiro Tunes
www.dnpm.gov.br

73
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

NRM-20 – Suspensão, fechamento de mina e retomadada das operações


mineiras

1. Generalidades
20.2.1 Para efeito desta norma o termo fechamento de mina designa a cessação definitiva
das operações mineiras.

1 Para efeito desta norma o termo suspensão designa a cessação de caráter temporário
das operações mineiras.

2 A suspensão, o fechamento de mina, e a retomada das operações mineiras não


podem ser efetivados sem prévia
comunicação e autorização do DNPM .

Departamento Nacional de Produção Mineral


Portaria n°237, de 18 de outubro 2001
Marcelo Ribeiro Tunes
www.dnpm.gov.br

74
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

NRM-20 – Suspensão, fechamento de mina e retomada das operações


mineiras

1. Fechamento de Mina
Após comunicação prévia é obrigatório pleito ao Ministro de Estado de Minas e
Energia em requerimento justificativo acompanhado de instrumentos
comprobatórios nos quais constem:
a) relatório dos trabalhos efetuados e dos estado geral da mina e suas possibilidades
futuras;
b) caracterização das reservas remanescentes;
c) atualização de todos os levantamentos topográficos da mina;
d) plano de desmobilização das instalações e equipamentos que compõem a
infraestrutura do empreendimento mineiro indicando o destino a ser dado aos
mesmos;

Departamento Nacional de Produção Mineral


Portaria n°237, de 18 de outubro 2001
Marcelo Ribeiro Tunes
www.dnpm.gov.br

75
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

NRM-20 – Suspensão, fechamento de mina e retomada das operações


mineiras
1. Fechamento de Mina

e) planta da mina na qual conste a área lavrada, a disposição do solo


orgânico, estéril, minério, sistemas de disposição, vias de acesso e
outras obras de acesso;

f) programa de acompanhamento e monitoramento relativo a:


I – sistemas de disposição e contenção;
II – taludes em geral;
III – comportamento do lençol freático;
IV – drenagem das águas;

Departamento Nacional de Produção Mineral


Portaria n°237, de 18 de outubro 2001
Marcelo Ribeiro Tunes
www.dnpm.gov.br

76
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

NRM-20 – Suspensão, fechamento de mina e retomada das operações


mineiras

1. Fechamento de Mina

g) plano de controle da poluição do solo, atmosfera e recursos hídricos, com


caracterização de parâmetros controladores;

h) plano de controle de lançamento de efluentes com caracterização de parâmetros


controladores;

i) medidas para impedir o acesso à mina de pessoas estranhas e interditar com barreiras
os acessos às áreas perigosas;

Departamento Nacional de Produção Mineral


Portaria n°237, de 18 de outubro 2001
Marcelo Ribeiro Tunes
www.dnpm.gov.br

77
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

NRM-20 – Suspensão, fechamento de mina e retomada das operações


mineiras

1. Fechamento de Mina

j) definição dos impactos ambientais nas áreas de influência do empreendimento


levando em consideração os meios físico, biótico e antrópico;

l) aptidão e intenção de uso futuro da área;

m) conformação topográfica e paisagística levando em consideração aspectos


sobre a estabilidade, controle de erosões e drenagens;

Departamento Nacional de Produção Mineral


Portaria n°237, de 18 de outubro 2001
Marcelo Ribeiro Tunes
www.dnpm.gov.br

78
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

NRM-20 – Suspensão, fechamento de mina e retomada das operações


mineiras

1. Fechamento de Mina

n) relatório das condições de saúde ocupacional dos trabalhadores durante

a vida útil do empreendimento mineiro e


o) cronograma físico e financeiro das atividades propostas.

20.4.2 Para toda mina que não tenha plano de fechamento contemplado
em seu PAE, a critério do DNPM, fica o seu empreendedor obrigado a
apresentar o referido plano conforme o item 20.4.1.

20.4.2.1 O plano de fechamento deve ser atualizado periodicamente, no


que couber e estar disponível na mina para a fiscalização.

Departamento Nacional de Produção Mineral


Portaria n°237, de 18 de outubro 2001
Marcelo Ribeiro Tunes
www.dnpm.gov.br

79
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

Recuperação e uso futuro

DECRETO N° 97.632, de 10.04.1989


Dispõe sobre a regulamentação do artigo 2°, inciso VIII da lei

n° 6.938, de 31 de agosto de 1981, e dá outras providências.

Art.3° - A recuperação deverá ter por objetivo o retorno do


sítio degradado a uma forma de utilização, de acordo com
um plano preestabelecido para o uso do solo, visando
a obtenção de uma estabilidade do meio ambiente.

Fonte: Ricardo Carneiro


O encerramento de mina e as competências constitucionais da união, estados
e municípios
www.carneiroesouza.com.br

80
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

Recuperação e uso futuro

Exaustão da
LO expira
jazida

Execução do PRAD
Reabilitação
sob acompanhamento
do órgão ambiental
Uso futuro • CR/1998, art. 225,§2°
• Decreto n° 97.632/1989

Licenciamento • NRM-21

ambiental específico

Fonte: Ricardo Carneiro


O encerramento de mina e as competências constitucionais da união, estados
e municípios
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81
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável
Case
Case - Mina Flambeau

• Mina Flambeau, Ladysmith, Wisconsin, Kennecott Minerals


Company (KMC);

• KMC tentou desenvolver o projeto no ínicio dos anos 70. Projeto inicial – 11 anos de
vida útil com mina a céu aberto, desvio do rio,pilhas de estéril e barragem de rejeitos;

• Preocupação da comunidade sobre o tratamento de minério no local e possível risco de


contaminação do rio Flambeau tornaram impossível a obtenção das licenças;

• Reformulação do projeto no meio da década de 80, incluiu as considerações e


solicitações da comunidade, possibilitou a aprovação e obtenção das licenças mais o
completo engajamento da comunidade.

Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentável


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82
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

Case
Case – Mina Flambeau

Interação Mina Flambeau & Comunidade local

• Acordo local em 1988;


• Planejamento global incluiu todas as considerações
ambientais, econômicas e sociais;
• Foram feitas concessões ao projeto inicial;
• Licença de operação em janeiro de 1991;
• Primeiro embarque de minério em 1993;
• Reabilitação da área em 1996.

Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentável


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83
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

Case
Case – Mina Flambeau

Considerações ambientais:

• Reformulação do projeto:
– Cava menor, sem desvio do rio;
– Sem usina de concentração;
– Preenchimento da cava ao final da vida útil da mina;
– Quatro anos de vida útil da mina;
• Nenhuma violação da qualidade da água durante as operações,
resultado do tratamento de toda a água coletada na cava e outras
áreas operacionais.

Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentável


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84
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável
Case – Mina Flambeau
Case
Considerações socioeconômicas:

– Bolsas estudantis;
– Contratação de 75% da mão de obra local;
– Centro de visitação para a comunidade durante as operações
removido após as operações;
– Local transformado em parque com trilhas para caminhada;
– Apoio na construção de uma nova biblioteca;
– Desenvolvimento de um novo parque industrial, suporte
financeiro;
– Constante apoio à comunidade.

Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentável


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85
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável
Case – Mina Case
Flambeau

Princípios de D.S. adotados na Mina Flambeau

• Deixar a menor “pegada” possível;


• Preencher a cava até restabelecer os contornos originais;
• Tratar a água e controlar a drenagem ácida;
• Desenvolver oportunidades econômicas e sociais;
• Aumentar a transparência das operações.

Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentável


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86
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

Case – Mina Flambeau


Case

Oportunidades Econômicas

• 181.000 t de cobre, 334 mil onças de ouro e 3,3 milhões de onças


de prata;
• 16 M de dólares para o Estado;
• 10 M de dólares para projetos locais;
• 500 novos empregos gerados;
• 6,5 M de dólares para o governo local.

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Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável
Case
Case – Mina Flambeau

Responsabilidade Social

• Zero de parada por acidente;


• Geração de empregos;
• 1.3 M de dólares para biblioteca local;
• 30.000 dólares para um playground;
• Programa anual de bolsas mais contribuições para a comunidade local;
• Centro de visitação – 125.000 pessoas;
• Proteção das propriedades a margem do rio;
• Doação de propriedades.

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Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável
Case – Mina Flambeau

Dados Econômicos

• Investimento de capital – US$60M (desenvolvimento e start up);


• Receita bruta – US$341M;
• Receita Líquida US$126M (após desconto dos custos
operacionais e taxas);
• Custo estimado – plano conceitual (US$8.7M);
• Atualização – US$11.7M;
• Após encerramento da mina, em 1997, aprox. US$20M foram gastos
com a reabilitação do local;
• Garantia de monitoramento e manutenção da qualidade da água (40
anos – US$??).

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89
Mina em 2006

Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentável


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Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentável
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Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável
Case
Case – Mina Flambeau

Bases para o sucesso de um fechamento de mina

Consulta transparente e completa entre os stakeholders durante o


processo de planejamento e implantação do fechamento;
Planejamento e implementação do plano de fechamento são parte
integradas do plano de mina e são consideradas variáveis críticas nas
tomadas de decisões que afetam a operação da mina;
Minimização da dependência local durante a vida da mina auxiliando
na criação de alternativas econômicas antes do fechamento;
Custos ambientais e sociais devem ser internalizados durante a vida
operacional da mina de forma a evitar altos custos e passivos no
fechamento.

Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentável


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UFOP

92
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

Case – Mina Flambeau

Segurança e saúde são alta prioridade;


Gestão do impacto ambiental além da reabilitação;
Reabilitação para sistemas auto-sustentáveis;
Comunidades sustentáveis após vida operacional da mina;
Engajamento e envolvimento da comunidade;
Sustentabilidade social/infraestrutura física para desenvolvimento da comunidade;
Capacitar a comunidade para evitar colapso;
Educação e treinamento para novas habilidades e mobilidades.

Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentável


3º Workshop QFe2050
Fórum Internacional: Visão de futura para o Quadrilátero Ferrífero
Hernani Mota de Lima (hernani.lima@ufop.br)
Departamento de Engenharia de Minas
Escola de Minas
UFOP

93
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

Gastos do Plano de Fechamento

• Descomissionamento;
• Trabalhos de demolição;
• Remoção da infraestrutura;
• Recomposição de paisagem;
• Fechamento de aberturas e acessos subterrâneos;
• Trabalhos de remediação/restauração;
• Atividades de manutenção e monitoramento;
• Gastos de administração e gerenciamento;
• Custos de treinamento e realocação;
• Custos de disfunções sociais;
• Imprevistos.

Seminário Brasil e Canadá de Recuperação Ambiental de Áreas Mineradas –


Tecnologias e Inovações
Garantias Financeiras e o Fechamento de Mina
Eduardo Vale
Florianópolis
Dezembro, 2003

94
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

O que pode ser feito para mitigar os gastos futuros com o descomissionamento
e fechamento de mina?

Levantamento de vertentes e divisores de água, de forma tal que auxiliem


na tomada de decisões de qual o melhor local, por exemplo, para a
construção de um depósito.

Ferramentas: cartas topográficas e fotos aéreas.

Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais


Teresa Galloti Florenzano
São Paulo: Oficina de Textos, 2008

95
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável
O que pode ser feito para mitigar os gastos futuros com o
descomissionamento e fechamento de mina?

Variáveis morfométricas
- Declividade – escoamento superficial e infiltração;
- Orientação de vertentes;
- Comprimento de rampa – capacidade de remoção e de
transporte de partículas;
- Curvatura vertical – forma côncava/convexa do terreno;

Relacionada aos processos de migração e acúmulo de água, minerais e matéria orgânica


no solo através da superfície causados pela gravidade.

Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais


Teresa Galloti Florenzano
São Paulo: Oficina de Textos, 2008

96
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável

O que pode ser feito para mitigar os gastos futuros com o descomissionamento e
fechamento de mina?

- Curvatura horizontal – caráter divergente/convergente;

Posicionamento de estruturas de drenagem e mapeamento


das possíveis áreas de alagamento.

Casos extremos de combinações de curvatura do terreno:


• forma côncavo-convergente (máxima concentração e
acúmulo do escoamento;
• forma convexa-divergente (máxima dispersão do escoamento).

Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais


Teresa Galloti Florenzano
São Paulo: Oficina de Textos, 2008

97
Fechamento de Mina e Desenvolvimento Sustentá
Sustentável
O que pode ser feito para mitigar os gastos futuros com o descomissionamento
e fechamento de mina?

- Área de captação – corresponde ao acúmulo de todas as linhas de fluxo que passam


por esse ponto, por isso chamado também de fluxo acumulado ;

- Delineamento de canais de drenagem e divisores de água – ponto de partida


para o traçado de microbacias e a organização de tipos de rochas e solos.

Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais


Teresa Galloti Florenzano
São Paulo: Oficina de Textos, 2008

98
Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais
Teresa Galloti Florenzano
São Paulo: Oficina de Textos, 2008

99
Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais
Teresa Galloti Florenzano
São Paulo: Oficina de Textos, 2008

100
Mina de Caeté - Au
Operação: 1996 a 2001
Reabilitação: 2002 a 2005
Monitoramento: 5 anos

Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais


Teresa Galloti Florenzano
São Paulo: Oficina de Textos, 2008

101
Mina Germano - Fe
Operação: 1976 a 1991
Preenchimento da Cava com rejeitos grossos
Projeto Paisagístico Conceitual: elaborado por Burle Marx

Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais


Teresa Galloti Florenzano
São Paulo: Oficina de Textos, 2008

102
Case 1: Carbono Neutro Natura

Programa busca oferecer produtos neutros no que diz respeito às emissões


de gases de efeito estufa (GEEs) geradas em todo seu ciclo de vida, desde as
atividades de extração de matérias-primas até a disposição final no meio
ambiente.

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103
Case 1: Carbono Neutro Natura

Linha do tempo – Sustentabilidade Natura

Incorporação
• Lançamento no processo
A Natura Frota de da linha de
nasce distribuição Natura Ekos; desenvolvi-
Refis são
com a na capital mento de
introduzidos
proposta de São • Estação de produtos da
pela Natura
de utilização Paulo é tratamento Metodologia
no setor de
de convertida de efluentes de Avaliação
cosméticos
ingredientes para gás com sistema de Ciclo
do Brasil.
naturais natural aeróbico de Vida
em suas veicular no Espaço (ACV)
formulações. (GNV). Natura para
Cajamar. embalagens.

1969 1983 1997 2000 2001

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104
Case 1: Carbono Neutro Natura

Linha do tempo – Sustentabilidade Natura

• Início da operação da • Substituição de óleos minerais


Unidade Industrial Benevides (PA), por óleos vegetais nas linhas
para fornecimento de óleos de óleos corporais;
• Projeto piloto de reciclagem de
vegetais da Amazônia;
Substituição embalagens pós-consumo da Natura
de gordura em São Paulo e Recife;
• Energia solar no Espaço • Introdução da Tabela Ambiental
animal por
Natura para aquecer a água e nos produtos;
óleos
iluminar o estacionamento; • Linha Ekos passa a ter 30% de PET
vegetais reciclado em embalagens de óleo
na linha trifásico;
• Sistema Natura de Gases
de sabonetes. • Substituição gradativa do álcool
do Efeito Estufa, rede
por álcool orgânico;
interna de colaboradores • Redução de 7% nas emissões de GEE;
encarregada de planejar a redução • Escolha de projetos para neutralização
de emissões. das emissões de 2207.

2005 2005 2007

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105
Case 1: Carbono Neutro Natura

Linha do tempo – Sustentabilidade Natura

Seguimento da
Investimento
vegetalização dos
em
produtos Natura Ekos;
nanotecnologia para
Movimentos de
linha Ekos e
produtos inspirados
campanha
em festas
institucional
populares brasileiras;
reforçando
Projeto Globo
os principais
Amazônia e Edições
diferenciais
Verdes dos principais
e a cadeia
veículos impressos
sustentável
do país, como
da marca.
Veja e Época.

2008 2009

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http://www.naturaekos.com.br

106
Case 1: Carbono Neutro Natura

107
Case 1: Carbono Neutro Natura

O Projeto Carbono Zero

A Natura adotou o compromisso de neutralizar todas as suas emissões, a partir de 2007.


Aquilo que não é possível reduzir imediatamente, é compensado pelo apoio a projetos
externos, dotados de benefícios socioambientais evidentes.

1° Passo: Inventário

A primeira medida foi definir, no início de 2006, uma consultoria especializada em questões
ambientais. Era preciso saber quanto era, afinal, o volume de emissões da empresa.

A emissão da extração de materiais

Identificou-se, em 2007, a necessidade de criar um modelo confiável para quantificar as


emissões de GEEs associadas às matérias-primas (MPs) e aos materiais de embalagem (MEs).

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108
Case 1: Carbono Neutro Natura

O Projeto Carbono Zero

2° Passo: Redução

O processo interno de aprendizado sobre GEEs levou à certeza de que o foco deve recair
sobre a redução das emissões, mais que em sua compensação.

3° Passo: Compensação

Entre as ações, ampliar cadeias de reciclagem e de projetos de extração, que contribuem


também para a redução do descarte de produtos e embalagens.

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109
Case 1: Carbono Neutro Natura
O Projeto Carbono Zero

1) Recomposição da paisagem e Sistemas Agroflorestais


Projeto busca restaurar 184 hectares de áreas degradadas com o plantio de mais de 80
espécies nativas.
2) Recuperação e conservação dos recursos naturais em assentamentos rurais
Serão recuperados 150 hectares de áreas degradadas, com o plantio de 167 mil mudas de
espécies nativas em Áreas de Preservação Permanente e Reservas Legais.

3) Uso de biomassa renovável em indústrias cerâmicas


O projeto que contempla tanto a ação ambiental quanto social e buscou alternativas
sustentáveis em substituição ao uso de madeira nativa nas indústrias ceramistas, garantindo o
emprego das pessoas, mas sem a necessidade de desmatar.

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110
Case 1: Carbono Neutro Natura

4) Cooperativas de pequenas centrais hidrelétricas


Parceiro: Pequenas Centrais Hidrelétricas
Perfil da organização: As Cooperativas de Pequenas Centrais Hidrelétricas
(PCH) do Rio Grande do Sul geram e distribuem energia renovável para o
meio rural. Foram apresentadas à Natura pela consultoria Ecoinvest.
Tipo: Energética
Localização: CERILUZ – PCH Linha Três Leste – Ijuí (RS)
CRERAL – PCH Cascatas de Andorinhas – Erechim (RS)
COOPERLUZ – PCH Caraguatá - Santa Rosa (RS)
Quantidade de compensação disponibilizada para Natura: 14 mil
toneladas CO2e

5) Troca de óleo combustível por biomassa certificada com manejo sustentável


Troca de combustível não-renovável fóssil pelo cavaco de madeira a base de pinnus e
eucalyptus com certificado de manejo sustentável.

111
Case 1: Carbono Neutro Natura

Distribuição geográfica dos projetos de compensação

112
Case 1: Carbono Neutro Natura
O Projeto Carbono Zero

Neutralização

Ao assumir a responsabilidade de contabilizar e neutralizar também as emissões de toda


a cadeia produtiva, a Natura multiplicou seu custo total da neutralização.

Recursos
Natura Ciclo do Carbono (% de emissões) Critérios de seleção

Álcool orgânico Portfólio de projetos de compensação

Projetos de redução em planejamento

Avaliação do ciclo de vida

Avaliação de projetos

Reconhecimento internacional
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113
Case 2: Construção de terminal marítimo de navios - Aracruz

Uma necessidade, uma idéia, muitas dificuldades.

O Terminal Caravelas foi de execução árdua, mas trouxe benefícios para a empresa.

Para execução do projeto do transporte marítimo, a Aracruz investiu US$ 51 milhões,


sendo US$ 31 milhões na construção do empurrador e de três barcaças. No caminho,
a empresa encontrou corais, baleias jubarte e ONGs preparadas para bloquear o projeto.

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114
Case 2: Construção de terminal marítimo de navios - Aracruz
A Aracruz

A Aracruz Celulose está no mercado de celulose branqueada de


eucalipto, utilizada na fabricação de diversos tipos de papéis.
Ela é responsável por cerca de 20% da produção internacional.

A Ideia

A construção de uma nova planta aumentou a demanda por


madeira e levá-la por terra seria inviável. Não só o custo seria
alto, como a estrada ficaria extremamente congestionada com
cerca de 500 carretas da Aracruz por dia.

Premissas Aracruz

Se não fosse possível evitar ou minimizar os possíveis


impactos, a decisão já estava tomada: aquele projeto não sairia
do papel.

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115
Case 2: Construção de terminal marítimo de navios - Aracruz

Análise de impactos
A empresa passou a considerar o que fazer para conhecer a extensão dos riscos ambientais.

Apresentação do projeto à comunidade

O projeto foi apresentado à comunidade, a fim de neutralizar reações negativas quanto à


dragagem, mas a falta de informações prejudicou a apresentação.

Primeiro desafio: os corais

A principal preocupação no primeiro momento era com os corais da região, que poderiam
ser atingidos por sedimentos durante o processo de dragagem.

Obras

As obras do terminal, iniciadas em fevereiro de 2002, geraram cerca de 400 empregos,


70% preenchidos por pessoas da região de Caravelas.

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116
Case 2: Construção de terminal marítimo de navios - Aracruz

A criação de empregos

Em parceria com o Governo do Estado da Bahia, Prefeitura de Caravelas e Senai-BA, foi


criado o Programa de Qualificação Profissional, que capacitou 1.416 pessoas em 28 cursos,
14 voltados para as necessidades da Aracruz e 14 em outras áreas.

Resultados

Consultoria Consumeta Pesquisas foi contratada para pesquisar os impactos do Terminal de


Barcaças na Geração de Riquezas no Município de Caravelas (BA).

Conclusão

A Aracruz ainda tem um desafio pela frente: como conduzir o relacionamento com a
comunidade sem cair no paternalismo, mas assegurando a boa convivência.

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117
Case 2: Construção de terminal marítimo de navios - Aracruz

Recursos

• O comércio

Dos comerciantes, 86,3% disseram que tem clientes que trabalham no porto da Aracruz
celulose ou nas empresas prestadoras de serviço para o porto, (em 2002, 69,2% tinham
algum cliente que trabalhava nas obras do porto). O crescimento médio das vendas do
comércio foi de 5,7%.

Com o aumento do movimento nos estabelecimentos comerciais, 61,2% dos comerciantes


fizeram alterações na estrutura, como reforma, ampliação e contratação de funcionários.
A pesquisa de 2002 indicava que 73,7% dos comerciantes pretendiam fazer algum
investimento na empresa.

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118
Case 2: Construção de terminal marítimo de navios - Aracruz

• Geração de mão-de-obra direta e indireta

O empreendimento do terminal de barcaças da Aracruz Celulose em Caravelas gerou 185


empregos diretos, sendo que 142 são trabalhadores locais e 43 são originados de outras
localidades. O volume salarial mensal pago pelas empresas é de R$ 129.032,00, sendo
que R$ 97.330,00 são destinados aos trabalhadores locais de Caravelas.

Em relação à pesquisa de 2002, o número de trabalhadores contratados para as obras era 143,
a média salarial era de R$ 700,00 e o volume salarial mensal de R$ 97.300,00, sendo
que R$ 47.900,00 eram destinados aos trabalhadores de Caravelas.

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119
Case 2: Construção de terminal marítimo de navios - Aracruz

• Geração de riquezas

O acréscimo de divisas geradas direta e indiretamente no município foi significativo nos anos
de 2002 e 2003. O acréscimo nominal no período totalizou R$ 11.803.672,42, sendo
que 47,2% teve participação direta ou indireta das atividades do terminal de barcaças
da Aracruz Celulose.

Comparativamente, este valor representa um acréscimo na renda média da população


economicamente ativa de R$ 98,53 mensais ou R$ 1.182,35 anuais per capta, representando
um acréscimo de 22,1%. Os 142 empregos diretos gerados para os trabalhadores que já
moravam em Caravelas, representam 6,0% da população economicamente ativa do município.
O total de salários pagos por esses empregos foi de R$ 1.399.740,00.

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120
Case 2: Construção de terminal marítimo de navios - Aracruz

No comércio, o número médio de trabalhadores ‘contratados’ (com ou sem carteira


assinada) foi de 346, com potencial para mais 173 neste ano. O volume médio salarial
pago foi de R$ 1.017.240,00.

Do total da receita de ISS da Prefeitura de Caravelas, no ano de 2001, 32% foram da


Aracruz Celulose, em 2002 a participação foi de 58% e, em 2003, de 52%. Em 2002, o
crescimento da receita de ISS da Prefeitura Municipal de Caravelas (PMC) foi de 89%
em relação a 2001. E, em 2003, o crescimento foi de 21% em relação a 2002.

121
Case 2: Construção de terminal marítimo de navios - Aracruz
• Passo-a-passo

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122
Case 2: Construção de terminal marítimo de navios - Aracruz

• ONGs

O Instituto Baleia Jubarte foi o mais contrário à execução, pois alegavam que o projeto era
inviável, e a região era sagrada e precisava ser preservada. Contudo, tinham poucas informações,
pois faltavam estudos sobre a região.

Algumas ONGs criticaram o projeto e foram contrárias a ele:


Instituto Baleia Jubarte,
Instituto de Apoio e Proteção Ambiental (IAPA)
Patrulha Ecológica
Conservation International.

A Aracruz comprometeu-se a dar todas as respostas sobre questões que fossem levantadas,
fazendo os estudos que se mostrassem necessários e mudando a atuação sempre que esse fosse
o melhor caminho para a sociedade e o meio ambiente.

A partir daí, a participação das ONGs passou a ser importantíssima, porque eram elas que
colocavam as questões e a Aracruz, assumindo como seu o risco ambiental, se empenhava
em buscar respostas consistentes que as satisfizessem.

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123
Case 2: Construção de terminal marítimo de navios - Aracruz

• Monitoramento

O monitoramento verificaria os riscos que corriam os corais da região caso acontecessem as


obras de dragagem. Por sugestão do professor Clóvis de Castro, os corais ao norte de
Caravelas também seriam monitorados, apesar de a corrente marítima ir de norte para sul e,
portanto, a dragagem apresentar maior risco aos corais ao sul da cidade, como
Nova Viçosa e Sebastião Gomes.

Coloca-se um copo no recife, depois ele é retirado e levado para o laboratório no


Rio de Janeiro e seu conteúdo é analisado. Caso apresente sedimentos semelhantes aos
retirados na região da dragagem, fica comprovado que a obra pode prejudicar o coral.
As principais ONGs do sul da Bahia, ainda céticas, acompanhavam de perto o processo.

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124
Case 2: Construção de terminal marítimo de navios - Aracruz

• Parceria com o Instituto Baleia Jubarte


Instituto Baleia Jubarte (IBJ) viu que o trabalho da Aracruz era sério e decidiu que queria ler
o projeto, considerando que a preocupação da empresa ia além das exigências do Ibama.
O Instituto levantou questões sobre a rota das barcaças, procurando saber se causariam
desconforto às baleias ou que ocorressem atropelamentos. A Aracruz ofereceu-se, então, para
financiar estudos que possibilitassem ao IBJ determinar a melhor rota para os navios-barcaça
e garantiu que seria seguida a rota escolhida.

Iniciou-se uma parceria que ajudaria os biólogos a conhecer


melhor os hábitos das baleias jubarte e franca, que costumam
freqüentar o litoral do sul da Bahia e norte do Espírito Santo
todos os anos, de julho a dezembro.

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125
Case 3: Vale Florestar - Vale

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126
Case 3: Vale Florestar - Vale

O Vale Florestar é programa iniciado em 2007, com a missão


de promover a reabilitação de áreas desmatadas da Amazônia
a partir de ações de recuperação de matas nativas,
combinadas com o plantio de florestas industriais.

Serão 1,5 mil km2 de proteção e recomposição de árvores


e espécies originais, agregadas a 1,5 mil km2 de
reflorestamento industrial no sudeste do Estado do Pará – a
área de duas cidades do tamanho de Londres ou 3 mil km2.

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127
Case 3: Vale Florestar - Vale

A idéia é criar um ciclo virtuoso que começa com a expansão da silvicultura na


região e prossegue atraindo indústrias de base florestal e outras atividades
produtivas associadas, além de incentivar a legalização das terras.

Desde o início das atividades, em fevereiro de 2007, o Vale Florestar já realizou o


plantio de 41 km2 de florestas industriais.

Em 2008, com a incorporação de novas fazendas, o plantio atingirá 140 km2,


enquanto cerca de 250 km2 serão destinados à recuperação de florestas nativas.

Os processos de licenciamento das novas áreas já estão em curso.

128
Case 3: Vale Florestar - Vale
A ideia

O Vale Florestar é programa iniciado em 2007, com a missão de promover a reabilitação


de áreas desmatadas da Amazônia a partir de ações de recuperação de matas nativas,
combinadas com o plantio de florestas industriais. Serão 1,5 mil km2 de proteção e
recomposição de árvores e espécies originais, agregadas a 1,5 mil km2 de
reflorestamento industrial no sudeste do Estado do Pará – a área de duas cidades do
tamanho de Londres ou 3 mil km2.

A ideia é criar um ciclo virtuoso que começa com a expansão da silvicultura na


região e prossegue atraindo indústrias de base florestal e outras atividades
produtivas associadas, além de incentivar a legalização das terras.

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129
Case 3: Vale Florestar - Vale

Mecanismo de Ação

Mas plantar florestas comerciais pode contribuir para proteger florestas naturais?
“Claro que sim.”

A resposta, carregada de entusiasmo, é do professor e doutor em política


florestal e meio ambiente da Universidade Federal do Paraná, Joésio Pierin Siqueira.

“Digo mais: essa é a única solução para recuperar terras já desmatadas e, ao mesmo tempo,
preservar as áreas nativas”, continua o professor. Para ele, mesmo que todos os brasileiros
se tornem fiscais da Amazônia, não será possível deter o desmatamento se não houver uma
alternativa econômica de produção de madeira.

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130
Case 3: Vale Florestar - Vale

“O mundo, inclusive o Brasil, quer e precisa de madeira. Então, vamos plantar.


Temos sol, temos terra disponível e temos tecnologia”, ressalta Joésio Pierin Siqueira,
professor e doutor em política florestal e meio ambiente da
Universidade Federal do Paraná.

131
Case 3: Vale Florestar - Vale

Com mais de 25 anos de experiência e estudos na área, o professor acredita que o Vale Florestar
se transformará em um modelo de gestão florestal no Brasil e no mundo. “O programa reúne
todas as ações fundamentais para construir as bases de um desenvolvimento sustentável na
região. Gera riqueza econômica e desenvolvimento social, mantém a floresta e recupera o que
já foi devastado. A iniciativa mostrará que é possível produzir e conservar. Outros virão depois”,
prevê Siqueira.

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132
Case 3: Vale Florestar - Vale

A proposta do Vale Florestar consiste em usar, no máximo, metade da área para produção de
madeira e destinar o restante para reabilitação da floresta nativa. Um trabalho que inclui a
proteção e o enriquecimento de fragmentos florestais ainda existentes. Entre esses fragmentos,
uma especial atenção é dada às matas ciliares – fundamentais porque protegem as fontes
de água – e aos corredores ecológicos, que ligam diferentes fragmentos.

Esses dois tipos de área potencializam os resultados da reabilitação e ajudam a conservar


e incrementar a biodiversidade local. “Nesse primeiro ano, a proporção de área de
reabilitação foi maior do que a destinada à floresta industrial. Cerca de 65% da área
trabalhada foi para reabilitação”, conta o engenheiro florestal Manoel Brum, responsável
pelo controle operacional e de qualidade do Vale Florestar.

133
Case 3: Vale Florestar - Vale

Mudança de atitude

Com o apoio da Fundação Vale, a empresa deu início à aplicação de uma estratégia de gestão
de impactos e à elaboração de um Plano de Sustentabilidade para as duas cidades. A iniciativa
também contou com o apoio de consultorias, como a Agência 21, especialista no
desenvolvimento de estratégias de sustentabilidade, e a Phorum, do economista Paulo Haddad,
ex-ministro da Fazenda e do Planejamento, que elaborou estudo sobre os impactos econômicos
na região.

“A chegada de grandes empresas como a Vale sempre causa desestruturação nos


pequenos municípios. Tem que haver um trabalho conjunto das partes envolvidas para
diminuir os impactos”, diz Haddad.

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134
Case 3: Vale Florestar - Vale

• Para reverter o quadro instaurado em Barão de Cocais, a Vale elaborou um plano de


investimentos para o crescimento da região.

• Durante o processo, no entanto, a empresa percebeu que muitas soluções estavam mais
relacionadas à abertura da empresa para o diálogo do que a grandes gastos em infraestrutura.

• A mudança de postura da empresa começou de dentro para fora, com um processo de


sensibilização dos empregados, principalmente de uma equipe específica, destinada para atuar
no diálogo social com a comunidade.

• Eles participaram dos grupos de solução conjunta, que reuniam, além de representantes da
empresa, cidadãos e autoridades locais para debater as dificuldades vividas pela cidade,
envolver terceiros e buscar soluções viáveis para os impactos socais existentes no município.

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135
Case 3: Vale Florestar - Vale

• A Vale assumiu a responsabilidade pelos impactos causados pela sua chegada e atuação,
discutindo com a população a responsabilidade dos problemas já existentes.

• Para apoiar as discussões, foram contratados estudos especializados sobre cada questão.

• O congestionamento do trânsito causado pelo aumento do número de veículos ligados à


empresa, por exemplo, foi amenizado com a ajuda de uma consultoria especializada, que
orientou a inversão de mão em algumas ruas, transferências de pontos de ônibus e a alteração
de rota de caminhões.

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136
Case 3: Vale Florestar - Vale

• O projeto foi viabilizado com financiamento da Vale. Por outro lado, um estudo
comprovou que as dificuldades do hospital municipal eram anteriores e apontou possíveis
soluções a serem adotadas pelo poder público.

• “Passamos de causadores de impactos para agentes catalisadores de soluções”, afirma


Silmar Silva, diretor de Ferrosos da Vale.

• Em São Gonçalo do Rio Abaixo, as opiniões se dividem quanto a responsabilizar a


chegada da Vale pelas dificuldades enfrentadas hoje.

• “Temos problemas como aumento da violência, uso de drogas e costumes avançados, mas
que não foram trazidos pela Vale. São os impactos do progresso”, diz a professora Beatriz
Stella Blonski, diretora do recém-inaugurado Centro Cultural.

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137
Case 3: Vale Florestar - Vale
Investimentos

Um investimento de US$ 300 milhões até o ano de 2015.

Resultado

Desde o início das atividades, em fevereiro de 2007, o Vale Florestar já realizou o plantio
de 41 km2 de florestas industriais. Em 2008, com a incorporação de novas fazendas, o plantio
atingirá 140 km2, enquanto cerca de 250 km2 serão destinados à recuperação de florestas
nativas. Os processos de licenciamento das novas áreas já estão em curso.

“Queremos acelerar a implantação do programa porque é uma proposta de manejo que inclui
um forte componente de fortalecimento da legalidade e da regulamentação fundiária”, diz
o secretário de Meio Ambiente do Pará, Valmir Ortega.

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138
Case 3: Vale Florestar - Vale

Desafios futuros

Para Ortega, o principal desafio nos próximos anos será regulamentar um mecanismo de
licenciamento para atividade de reflorestamento mais simples do que os existentes
atualmente.

“No caso do Pará, essa simplificação poderá alavancar também a legalização


fundiária e a implantação de uma nova estratégia de zoneamento ecológico e econômico.
Não queremos e não vamos repetir a experiência do centro-sul, de substituir áreas degradadas
por pasto e plantação de soja. Queremos plantar florestas”, promete Ortega.

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139
Case 3: Vale Florestar - Vale

Recurso
Cultura de reflorestamento
A criação de empregos é uma transformação já percebida nas principais cidades da região.
“As mesmas mãos que desmataram e queimaram madeira estão, agora, plantando florestas”,
observa Adnan Demachki, prefeito de Paragominas, município que, com Dom Eliseu,
Ulianópolis e Rondon do Pará, compõe a área de abrangência do Vale Florestar, no sudeste
do Pará – Brasil.

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140
Case 3: Vale Florestar - Vale

Um dos pontos fortes do programa é sua capacidade de difusão e consolidação da cultura de


reflorestamento como forma de gerar renda para as pessoas da região. “Não só no plantio de
árvores, mas também porque vai viabilizar o fortalecimento do pólo moveleiro que já
implantamos em Paragominas”, destaca Demachki.

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141
Case 3: Vale Florestar - Vale

Em dezembro de 2007, o número de trabalhadores no programa atingiu 873 pessoas,


sendo 41 empregados Vale e 832 terceiros contratados pelas duas empresas parceiras.
“Pelo acordo, oferecemos aos nossos empregados benefícios que vão além da
legislação, como plano de saúde, alimentação balanceada, treinamentos em segurança
e meio ambiente”, conta Jacimar Zanelato, diretor da Enflora Empreendimentos
Florestais, uma das empresas atuantes no Vale Florestar.

142
Case 3: Vale Florestar - Vale

Depois de um começo difícil, o empresário acredita que os próximos anos serão


promissores: “Tivemos problemas para reter o pessoal, porque eles não estavam
acostumados ao trabalho fixo, com horários determinados. Mas agora já podemos
perceber que eles valorizam o emprego e entendem o conceito de contribuir para
recuperar a floresta”

143
Case 3: Vale Florestar - Vale

O Vale Florestar também é visto como modelo pela Associação Brasileira de Produtores de
Florestas Plantadas (Abraf). “Sem dúvida, é o mais ambicioso e bem planejado programa
de florestas plantadas já realizado no Brasil”, afirma o diretor executivo, César Reis.
“É socialmente justo e ambientalmente correto”, resume. Uma das características da iniciativa
é que a Vale não compra as terras, mas estimula parcerias por meio de arrendamentos.

A empresa incentiva a regulamentação fundiária das terras e dá oportunidade aos proprietários


de continuar na região, com uma atividade que aumenta a disponibilidade de madeira e
contribui para recuperar a mata nativa de áreas de preservação permanente e reservas legais.
É um processo em que todos ganham.

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144
Case 3: Vale Florestar - Vale

Barragem Norte

• A experiência de Brucutu marca uma mudança no modo de a Vale se relacionar com a


comunidade.

• Hoje, as ações da empresa são pró-ativas, participativas e prezam pelo diálogo,


pela transparência e pela busca de soluções conjuntas.

• A eficiência desse novo jeito de conversar foi confirmada no projeto de construção da


Barragem Norte, que receberá os rejeitos da mina, permitindo a continuidade das operações
de Brucutu.

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145
Case 3: Vale Florestar - Vale
Barragem Norte

Na construção da Barragem Norte, o maior impasse reside na ocupação do local onde


se encontram moradores, além da Igreja e o Cemitério do povoado de Brumadinho,
distrito de Cocais.

Por se tratar de um local sagrado para a comunidade, a realocação da igreja para


outra área não é bem-aceita.

Com base num processo de diálogo participativo e entendendo a posição da


comunidade, a Vale alterou o projeto reduzindo o número de casas realocadas.

No entanto, será preciso utilizar a área da Igreja e do Cemitério. “O que conseguimos


foi postergar a ocupação da área da igreja para 2020. Assim, teremos mais tempo para
planejar com a população local outras alternativas viáveis”, conta o gerente de
planejamento da mina de Brucutu, Joaquim Pedro de Toledo.

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146
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar

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147
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar

A Ideia

O intuito é proporcionar uma experiência de compra diferenciada. “Informação, instalações,


operação, produtos e completos processos de reciclagem e aproveitamento de resíduos, são
algumas das ferramentas escolhidas para envolvermos fornecedores e consumidores acerca
de conceitos e práticas de consumo sustentável”, declara José Roberto Tambasco,
vice-presidente comercial e de operações do Grupo Pão de Açúcar.

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148
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar
A Ideia

Por todos os cantos, dentro e fora do novo Pão de Açúcar, há muita informação. Clara,
simples e precisa. Soluções criadas especialmente para essa loja ajudam a esclarecer,
mobilizar e despertar os clientes para a oportunidade de mudança e melhoria no
comportamento de consumo.

“Tudo foi pensado para oferecer uma proposta coerente, sustentável, democrática,
inovadora e acessível de consumo consciente. Criamos um espaço educativo, onde
esperamos aprender, trocar e promover conhecimento acerca de causas sócio-ambientais
que envolvem o nosso negócio e sua relação com todos os stakeholders”, destaca
Tambasco.

149
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar
Ações

•Construção baseada no sistema LEED (Leadership in Energy and Environmental Design);

• Mais alternativas em embalagens ecológicas e redução de


sacolas plásticas;

• Certificação FSC e Selo Corporativo;

• Estações de reciclagem 100% recicladas e


recicláveis;

• Reciclagem de resíduos orgânicos e sólidos,


pilha e bateria;

• Ações educacionais para crianças;

• Funcionários com conhecimento de ações


sócio-ambientais;

• Ampla participação de produtos orgânicos e


sustentáveis.

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150
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar

Localização

A escolha de Indaiatuba (interior de São Paulo) mostra a preocupação da empresa com a


coerência que deve trabalhar toda sua cadeia de relacionamentos, minimizando substancialmente
o impacto do seu negócio. A localização vai permitir avançar no conceito de fornecimento de
produtos com baixo impacto ambiental, especialmente no segmento de hortifruti, com
produtores localizados próximos à loja.

Outro ponto favorável foi a topografia do terreno, que exigiu baixa intervenção de sistemas de
terraplanagem, e a existência de vegetação nativa que foi preservada e será integrada à loja.
A implantação em local apropriado, minimizou os impactos da operação sobre a região, evitando
desmatamento, e prevendo conectividade com a comunidade (fácil acesso).

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151
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar

Localização

A favor da cidade de Indaiatuba como sede do primeiro supermercado verde da América


Latina, também vale ressaltar a certificação de Parceiro da Paz e de Sustentabilidade no
Brasil entregue pelo IGWC – International Global Water Coalition.

“Para nós, termos uma Loja Verde do Pão de Açúcar instalada em nossa cidade é muito
importante. O Grupo Pão de Açúcar segue uma filosofia de trabalho muito parecida com a
de nosso governo, apoiando projetos de cidadania, incentivando o esporte e respeitando o
meio ambiente”, diz o prefeito de Indaiatuba e presidente do Conselho de Desenvolvimento
da Região Metropolitana de Campinas, José Onério da Silva.

152
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar

Projeto

O projeto arquitetônico do Pão de Açúcar Indaiatuba considerou estudos de impacto e o


resultado dos levantamentos é um empreendimento que privilegia melhor qualidade
ambiental interna, eficiência energética, racionalização do uso de água, sustentabilidade de
espaço e materiais, garantindo conforto, qualidade dos produtos e operação com padrão
de excelência.

Como exemplos de qualidade ambiental interna estão vários aspectos ligados ao bem estar.
Nos balcões frigoríficos e no ar condicionado será utilizado o gás ecologicamente correto R404.
Utilização de cobertura zenital para garantir iluminação natural, espaços administrativos com
abertura para área externa e cobertura com alto índice de refletância para diminuir a ilha de
calor, também resulta em impacto favorável no microclima com consumo eficiente de energia.

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153
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar

Entre as medidas visando melhor eficiência e redução no consumo de energia, a


empresa implantou controle de iluminação, com energia racionalizada e otimizada
por meio de time e sensores inteligentes nos ambientes da loja. Entre os
equipamentos, a escolha da rede foi por aparelhos de alto desempenho, como
produtividade maior ou igual às versões tradicionais e menor demanda de energia. A
água utilizada nas áreas internas (chuveiros, áreas de manipulação) é aquecida com
o calor excedente da casa de máquinas. O abastecimento de energia é proveniente
100% de fontes renováveis – energia verde.

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154
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar

Resíduos

A rede Pão de Açúcar foi a primeira empresa do varejo brasileiro a


oferecer sacolas retornáveis como alternativa às embalagens
plásticas, há três anos. Mantendo seu posicionamento de liderança
em sustentabilidade no varejo, a empresa reforça o seu portfólio de
opções e lança uma nova ecobag, 100% algodão e com a frase:
“eu sou uma sacola verde”. Somadas às versões da SOS Mata
Atlântica e as confeccionadas em ráfia, a rede oferece dez opções
diferentes de ecobags dimensionadas para diferentes momentos de
compra. Desde o lançamento do projeto de sacolas retornáveis, já
foram comercializadas mais de 180.000 em todo o Brasil.

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155
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar
Resíduos

Além do incentivo para o uso de meios alternativos de embalagens, os consumidores também


têm à sua disposição as sacolas plásticas, mas que terão uma nova versão na loja verde:
100% reciclável, com textura mais grossa que as tradicionais e produzidas em 3 camadas:
25% material virgem – externo -, 50% reprocessado (reciclado), no recheio - e 25% virgem
– na área de contato com os alimentos. Mais resistente, o novo modelo de sacola plástica
pode ser reutilizada e inibe anda o uso de duas ou mais embalagens no transporte das
mercadorias.

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156
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar

Resíduos

Ainda na linha da redução da demanda por plásticos, estarão disponíveis nessas unidades
as caixas de papelão, sacolas kraft e saquinhos de papel, com certificação FSC
(Forest Stewardship Council/Conselho de Manejo Florestal), garantindo que o papel
utilizado na embalagem é obtido de reflorestamento.

Nas embalagens de produtos para venda, outra inovação: a fécula de mandioca é matéria
prima para uma bandeja em substituição ao isopor. A novidade é ecológica, iodegradável,
usada exclusivamente para produtos secos e com casca. Por uma necessidade técnica, os
demais itens continuam com a embalagem de isopor reciclável, com o devido selo
informativo alertando para a possibilidade de reciclagem.

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Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar

Funcionários

No atendimento ao público, uma equipe de 110 colaboradores compõe o quadro de


profissionais do primeiro supermercado verde do Brasil. Já no processo de seleção,
a empresa contemplou candidatos com histórico de engajamento em ações
sócio-ambientais e/ou voluntariado que, uma vez contratados, receberam uma série
de treinamentos privilegiando conceitos de sustentabilidade, que incluem as
inovações implantadas na loja verde do Pão de Açúcar e conhecimentos gerais
que irão ajudar no esclarecimento do consumidor em suas dúvidas, destacando a
importância do tema.

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Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar
Orgânicos

O Pão de Açúcar Indaiatuba oferece uma seção


inteira de itens orgânicos – é o maior sortimento da
linha verificado num supermercado, 50% a mais
que numa loja convencional. São mais de duzentas
opções disponíveis na loja entre: frutas, verduras,
legumes, sucos, cafés, vinhos, cachaça, azeites,
geléias, açúcar, arroz, chás, molho de tomate, l
entilhas, purê de maça, farinha, feijão, xampus,
condicionadores, cremes e muito mais.

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159
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar

• E para oferecer uma ampla linha de alimentos saudáveis, por seis meses, um grupo de
profissionais da área comercial dedicou-se ao desenvolvimento de novos fornecedores e
produtos.

• O resultado é um mix de frutas, legumes e verduras, convencionais e orgânicos,


entregues diretamente na loja por produtores da região gerando menor impacto
ambiental e produtos com maior frescor e qualidade. Na linha de sustentáveis, os
destaques são a água carbono neutro da Petrópolis e a carne de terneiro Taeq, ambos
lançamentos.

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Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar

Serviços Diferenciados

Em uma área de 380m², o Pão de Açúcar Indaiatuba reúne rotisserie, sushi bar, pizzaria,
frutaria, sorveteria e o espaço café.

Na rotisserie, todo dia uma sugestão verde. O menu elaborado pela chef Mariana Seabra
conta com um cardápio variado incluindo as linhas orgânica e vegetariana. Haverá também
o pastifício com fabricação diária de 6 tipos de massas frescas: recheada com carne e nozes,
mussarela de búfala, alho poró e parmesão; secas: nhoque de mandioquinha e batata.
Os molhos são branco, bolonhesa e casse. Na pizzaria, opções em pizzas e paninis com
massa integral. Tem também os Smothies, uma combinação de polpa de frutas orgânicas,
frutas, sorvetes ou iogurtes light em várias versões.

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161
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar

Serviços Diferenciados

No Espaço Café estão dispostas mesas com vista para um jardim com vegetação nativa e
onde são servidos sanduíches e salgados, incluindo os naturais e/ou integrais, acompanhados
de sucos e cafés, chocolates e chás, que são servidos em xícaras do projeto Hope Cups –, do
Instituto Rodrigo Mendes (http://www.institutorodrigomendes.org.br, instituição
comprometida com a construção de uma sociedade inclusiva por meio da arte. As “xícaras
da esperança”, como são chamadas as louças pintadas pelos alunos do instituto também
serão comercializadas pela rede nas linhas Sunrise, Abstratos e Contrastes.

162
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar

Investimentos X Resultados

Inaugurada em junho de 2008 em Indaiatuba, a primeira Loja Verde do Pão de Açúcar na


América Latina recebeu um investimento de R$ 7,5 milhões e já exibe resultados satisfatórios
em economia de recursos renováveis, como energia elétrica e água, nos primeiros três meses
de funcionamento.

No período, o percentual de energia elétrica economizado chega a 13%, na comparação com


o valor pago ao mercado cativo (concessionárias) em outra loja Pão de Açúcar com tamanho
e formato semelhantes. A economia de água é de 14%. Os valores são superiores à média de
economia verificada no mercado.

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163
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar

Proveniente de fonte alternativa, PCH (Pequena Central Hidrelétrica), que resulta em uma
economia média de 9,5%, quando comparada ao mercado cativo, a energia elétrica utilizada
na Loja Verde representa uma redução de CO2 de 34 mil toneladas/ano, o equivalente a mais
de 190 mil árvores reflorestadas – ou 580 mil m², sendo que a cidade de Indaiatuba tem
310,564 km². Os resultados aferidos durante os primeiros três meses também são significativos
em kWh: 11% de economia na média dos três meses.

O percentual de economia aumentou significativamente do primeiro para o terceiro mês:


enquanto em julho foi de 3%, nos meses seguintes, agosto e setembro, a economia chegou a 15%.
“O aumento registrado nos dois últimos meses está dentro do esperado, já que o primeiro
mês sempre envolve testes de adequação até que se atinjam os níveis aguardados”, avalia
João Edson Gravata, diretor de operações da rede Pão de Açúcar.

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164
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar

Em relação à água, a economia chegou a 14% na média dos primeiros três meses, sendo
que no terceiro mês de avaliação, o percentual chegou a 30%, quando comparado a uma loja
tradicional do Pão de Açúcar. Em m³, o resultado em Indaiatuba foi de 390m³ utilizados,
contra 556m³ de uma das lojas tradicionais do Grupo. “A economia de água poderá ser ainda
maior nos próximos meses, podendo chegar a 20% ao mês e a uma média ainda maior no
período de três meses quando comparada a uma loja com área verde compatível à de
Indaiatuba. Isso se deve à fase de adaptação da loja e às necessidades diárias”,
comenta Gravata.

No período, o aquecimento da água, realizado via calor excedente da Casa de Máquinas,


resultou em economia mensal de 48 mil kW/h, somente nos banheiros. Torneiras e válvulas
inteligentes diminuíram em 40% o consumo de água. Em um ano, a redução deverá chegar
a 2.520 metros cúbicos. O moderno sistema de ar condicionado, que permite redução de
10% no consumo de energia, equivale a 120 mil kW/ano.

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165
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar
Recursos

Água

Para racionalização do uso da água, a


instalação de torneiras com comprovada
melhoria de rendimento e vasos com
possibilidade de escolha de vazão vão
permitir 40% de redução do volume utilizado.
O sistema de ar-condicionado é especial e não
utiliza água para a climatização dos
ambientes. A conservação da flora local,
na área externa, o plantio de vegetação
nativa em 26% da área total do terreno,
já acostumada com as variáveis de clima
local e sua alternância de chuvas, dispensa
a necessidade de irrigação, o que equivale
a uma economia mensal de 100.000 litros
de água.

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166
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar
Veículos

No estacionamento, (capacidade para mais de


140 veículos), 75% do sombreamento previsto
será realizado por árvores e apenas 25% por
cobertura metálica. Ainda na área externa,
a pavimentação feita em blocos de concreto
vazado com preenchimento em grama, garante
maior permeabilidade do terreno e possibilita o
abastecimento de lençóis freáticos sem
sobrecarregar vias públicas com água de chuva.

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167
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar

Para quem vai à loja de carro, atenção para


os veículos flex. Eles têm espaço diferenciado
e reservado no estacionamento, ao lado da
entrada e das vagas preferenciais determinadas
por lei. Estacionamento garantido tem também
os ciclistas. No bicicletário, 20 vagas para deixar
a bike em segurança. Para os funcionários,
também foi construída uma área dedicada a
bicicletas para quem quiser utilizá-las para
ir e vir do trabalho.

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168
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar

Materiais

Nos materiais e mobiliário da loja, a priorização pela sustentabilidade: nas gôndolas,


destaque para a utilização de madeira com certificação FSC. Nos corredores, circulam
carrinhos de compra 100% confeccionados em material reciclado, entre outras inovações
em produtos.

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Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar
Construção

Na construção, atendendo aos sistemas


propostos pelo LEED, a execução da
obra teve total controle de
sedimentação e erosão. Para evitar o
transporte de resíduos para fora da loja
e grande incidência de partículas
suspensas (poeira), as rodas dos
caminhões foram lavadas na saída do
canteiro de obras e a água utilizada
armazenada numa cisterna para
reaproveitamento na própria obra.

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170
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar

Outro sistema inovador usado na construção foi o gerenciamento de entulho, com


descarte inteligente desse material, que foi segregado em caçambas, dividido por espécie:
parte do entulho foi reaproveitada na própria obra e outra parte reprocessada por empresas
da região. Além disso, 40% de todo o material utilizado na construção são provenientes de
fornecedores localizados numa distância próxima, evitando os fretes de longa distância.

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Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar

Selo Corporativo

Para informar o cliente sobre reciclagem, o Grupo Pão de Açúcar lança um Selo Corporativo.
todas as embalagens de marcas exclusivas e suprimentos recebem o Selo que informa sobre
a possibilidade da reciclagem e ainda orienta sobre o material que a embalagem é feita:
plástico, papel, vidro ou alumínio. Para facilitar o processo, o descarte do material pode ser
feito na própria loja, na Estação de Reciclagem Pão de Açúcar Unilever.

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172
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar
Resíduos Orgânicos e Sólidos

Após oito anos desde a instalação da primeira


Estação de Reciclagem Pão de Açúcar Unilever,
este programa já registra a marca de 25.000.000
quilos de resíduos arrecadados. Atualmente,
são arrecadadas cerca de 500 toneladas por mês
somadas todas as 94 lojas participantes do projeto
em todo o Brasil. Seguindo o pioneirismo do
projeto, na loja verde do Pão de Açúcar, mais
novidades: é a primeira estação confeccionada
em material 100% reciclado e reciclável. Os
clientes também poderão descartar pilhas e baterias
no equipamento especialmente desenhado para
recebimento desse material.

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173
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar

Além da facilidade para depósito de materiais pós-consumo, os clientes que quiserem optar
pela reciclagem pré-consumo podem deixar as embalagens de papel e plástico adquiridas
na loja no próprio caixa, no ato da compra. É o projeto Caixa Verde, lançado pela rede no
início deste ano, já disponível em 7 lojas e que em Indaiatuba estará disponível em 04 check-outs.

E não são só os consumidores que estarão envolvidos na cruzada lixo zero. Na loja, entre os
treinamentos recebidos pelos colaboradores, está o de separação do lixo, cuja meta é reciclar
90% de todo resíduo gerado no processo operacional, incluindo material orgânico. A empresa
responsável é a GMV Recycle. O lixo orgânico é reaproveitado para a ração animal, a sucata
da madeira, de caixas e paletes, para elaboração de móveis e o restante - papelão e plástico –
vai para reciclagem. O próximo passo é utilizar a biomassa do lixo, ou seja, o descarte, para
produzir energia e consequentemente, gerar créditos de carbono.

Nas entregas das compras, os veículos de transporte se utilizam de biocombustível (álcool)


diminuindo o impacto no meio ambiente.

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174
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar
Programa Pequeno Cidadão

Durante o mês junho, todas as quartas-feiras, escolas da região de Indaiatuba vão visitar o
novo Pão de Açúcar Indaiatuba para conhecer a loja modelo em sustentabilidade e
receber informações sobre consumo consciente, operação sustentável e sistemas de
reciclagem. O objetivo é conscientizar os pequenos cidadãos da importância de
pequenas atitudes para a preservação do meio ambiente.

Água carbono neutro

A água carbono neutro é envasada em garrafa PET de


510ml com a menor gramatura do mercado – 16,5g a
17,0g; o rótulo é de papel reciclado - primeiro produto
nacional de água mineral a utilizar este tipo de papel
na rotulagem; a neutralização de carbono acontece no
processo fabril da unidade de envasamento (fonte),
com selo verde carbono neutro no rótulo. As caixas
de transporte são confeccionadas em papelão reciclado
e retornável, diminuindo o impacto ambiental de lixo.

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175
Case 4: Supermercado Verde - Pão de açúcar

Carne de terneiro Taeq

A carne de terneiro Taeq é fruto da combinação entre as raças Rubia Gallega


(de origem espanhola) e Nelore (tradicional no Brasil). As características são: maior
concentração de proteína, baixo teor de gorduras, redução de colesterol e baixa caloria.

O resultado é uma carne mais saudável e com alto valor nutricional: 27% menos caloria
que a carne convencional e 78% menos gordura total. São 114 calorias a cada 100g.

Outro diferencial é a sustentabilidade do produto, feito sob uma cadeia produtiva orientada
para a responsabilidade econômica, social e ambiental, fruto da parceria do Grupo Pão de
Açúcar com o Instituto ETHOS e do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Download do case completo: www.agendasustentavel.com.br/case

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176
Case 5 : Projeto Juriti Sustentável - Alcoa

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177
Case 5 : Projeto Juriti Sustentável - Alcoa

www.alcoa.com/brazil/sustentabilidade

178
Case 5 : Projeto Juriti Sustentável - Alcoa
Modelo de implementação de agenda de
desenvolvimento local sustentável para Juruti face à
instalação de um empreendimento de mineração de
grande porte na região.

• Criado pela FGV-SP, FUNBIO e Alcoa:


conceito de um tripé de intervenção

1. Criação de Conselho de desenvolvimento local sustentável, com efetiva participação


do poder público, empresas e organizações da sociedade civil que discuta um futuro
comum de interesse público, priorize ações e formule agenda de longo prazo.

2. Construção de indicadores de desenvolvimento sustentável e aferição do território


a ser monitorado, que instrumentalize o monitoramento do desenvolvimento de Juruti
e entorno e informe o Conselho para tomada de decisões.

3. Criação de um fundo de desenvolvimento local e regional, que capte recursos


financeiros e invista em ações de desenvolvimento a partir do diagnóstico de Juruti e
entorno e priorização definida pelo Conselho.

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179
Case 5 : Projeto Juriti Sustentável - Alcoa
Conselho Juriti Sustentável – Princípios e Compromissos

1. Diálogo e a cooperação para construir e articular ações, visando a uma Juruti justa e
sustentável.
•Articular parcerias e alianças estratégicas da sociedade civil com setores empresariais
e do Estado comprometidos com a responsabilidade socioambiental;

2. Diálogo implica em ouvir atentamente e responder a todas as partes interessadas;

3. Valorização das potencialidades e vocações regionais, dos bens e serviços ambientais


e o patrimônio da sociobiodiversidade;

4. Respeito às diversidades culturais;

5. Promoção da educação básica e de pesquisas e tecnologias adequadas à realidade


local;

6. Reconhecimento dos conhecimentos tradicionais associados ao uso da biodiversidade;

7. Promoção do ordenamento territorial e ambiental e a regularização fundiária da


região;

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180
Case 5 : Projeto Juriti Sustentável - Alcoa
Conselho Juriti Sustentável – Princípios e Compromissos
8. Equacionamento dos problemas da urbanização;

9. Estímulo às atividades sustentáveis e eliminação do fomento e dos subsídios às atividades


insustentáveis e ilegais;

10. Geração de trabalho decente e renda;

11. Coibir incisivamente a ilegalidade, acabar com a impunidade e a corrupção que permeiam
os processos de degradação socioambiental;

12. Promover o exercício pleno das responsabilidades constitucionais do Estado frente aos
direitos humanos, a justiça, a segurança pública, a proteção do meio ambiente e infra-estruturas
de desenvolvimento territorial;

13. Gerar um ambiente de negócios com regras claras e respeito aos direitos;

14. Evitar paternalismo e desenvolver capacidades locais para aumentar autonomia das
comunidades;

15. Aplicar tecnologias e sistemas gerenciais de classe mundial

16. Os itens Missão, Visão de Futuro e Valores do Conselho devem ser objeto de reelaboração
pelo Conselho Provisório.

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181
Case 5 : Projeto Juriti Sustentável - Alcoa

Prioridades já identificadas

SEGURANÇA

• CAMPANHAS DE ESCLARECIMENTO (DST/AIDS, DROGAS, TRÂNSITO);


• CRIAÇÃO DE POSTOS POLICIAIS: CENTRO, STA. RITA, MARACANÃ,
BOM PASTOR, S.FRANCISCO;
• RONDA POLICIAL;
• PRESENÇA DO DETRAN NO MUNICÍPIO;
• AUMENTO DO EFETIVO POLICIAL;
• RETOMADA DOS COMISSÁRIOS COMUNITÁRIOS;
• CRIAÇÃO DA “CIDADE FELIZ” (PÚBLICO INFANTIL);
• CRIAÇÃO DO CENTRO DE RECUPERAÇÃO;
• CURSOS PARA PILOTO DE EMBARCAÇÃO MOTORIZADA;
• IMPLANTAÇÃO DE BASES DE FISCALIZAÇÃO, TERRESTRES, COM
APOIO FLUVIAL;

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182
Case 5 : Projeto Juriti Sustentável - Alcoa
Prioridades já identificadas

EDUCAÇÃO

1. AMPLIAR A OFERTA DE EDUCAÇÃO FORMAL: “NENHUMA CRIANÇA


FORA DA ESCOLA”;

2. GARANTIR A PERMANÊNCIA E O ACESSO DAS CRIANÇAS E


ADOLESCENTES NAS ESCOLAS;

3. AMPLIAR ACESSO A PROJETOS EDUCATIVOS E SOCIAIS (EDUCAÇÃO


INFORMAL);

4. ESTIMULAR GRUPOS VOLUNTÁRIOS;

5. FORTALECER ORGANIZAÇÕES COMUNITÁRIAS;

6. CRIAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE


EDUCAÇÃO (CME), SISTEMA MUNICIPAL DE ENSINO (SME);

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183
Case 5 : Projeto Juriti Sustentável - Alcoa
Prioridades já identificadas

7. EDUCAÇÃO CONTINUADA DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E


COMUNIDADES EM GERAL (CURSOS DE CAPACITAÇÃO, OFICINAS,
SEMINÁRIOS, MATERIAL EDUCATIVO E ETC.);

8. AMPLIAR PARTICIPAÇÃO NAS CAMPANHAS DE EDUCAÇÃO


AMBIENTAL;

9. CRIAR ESTRATÉGIAS DE INTERAÇÃO DOS PCA’S;

10. CRIAÇÃO E/OU FORTALECIMENTO DOS CONSELHOS ESCOLARES E


PROJETO DE ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS.

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184
Case 5 : Projeto Juriti Sustentável - Alcoa
Prioridades já identificadas

ECONOMIA & TRABALHO

• APOIO A EMPREENDIMENTOS VOLTADOS À GERAÇÃO DE EMPREGO E


RENDA, COM RESPONSABILIDADE AMBIENTAL, VALORIZAÇÃO DAS
MATÉRIAS PRIMAS E CONHECIMENTO LOCAL ACUMULADO
(BURITI, BABAÇÚ, ÓLEOS, PALMITO, MEDICINAIS);

• APOIO À COMERCIALIZAÇÀO DA PEQUENA PRODUÇÃO FAMILIAR


(EFETIVA PRIORIZAÇÃO DAS EMPRESAS, E OUTRAS FORMAS DE
APOIO)DIFICULDADES PARA OBTENÇÃO DE FINANCIAMENTO;

• ESTRUTURA DE COMERCIALIZAÇÃO DEFICITÁRIA;

• VISIBILIDADE E VALORIZAÇÃO DA PRODUÇÃO LOCAL.

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Prioridades já identificadas

INFRAESTRUTURA & SANEAMENTO

• IMPLANTAÇÃO DA AGENDA POSITIVA;

• DIVULGAÇÃO E ESCLARECIMENTO DO PLANO DIRETOR;

• ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO;

• FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA;

• TERMINAL HIDROVIÁRIO;

• MATADOURO;

• REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA;

• ESTRADAS/ ACESSOS COMUNIDADES RURAIS.

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Case 5 : Projeto Juriti Sustentável - Alcoa
Prioridades já identificadas

CULTURA & TURISMO

1. MAIOR CAPACITAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DAS COMUNIDADES PARA


PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DO ARTESANATO;
2. CASA DE CULTURA: CENTRO DE EXPOSIÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO E
OFICINAS;
3. MANIFESTAÇÃO PERMANENTE DAS RAÍZES CULTURAIS;
4. FESTIVAL DAS TRIBOS;
5. CULTURA, EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE;
6. VALORIZAÇÃO DA CULTURA JURUTIENSE;
7. PATRIMÔNIO CULTURAL EDIFICADO;
8. ESCOLA DE ARTE;
9. DIVULGAÇÃO DOS PONTOS TURÍSTICOS.

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Case 5 : Projeto Juriti Sustentável - Alcoa
Prioridades já identificadas

SAÚDE

1.INTENSIFICAR DIVULGAÇÃO PARA CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAIS


DA ÁREA MÉDICA;

2.MEDICINA PREVENTIVA: HIGIENE E ÁGUA. COM COMPANHAS


PREVENTIVAS/EDUCATIVAS;

3.PROJETO ALERTA;

4.INTENSIFICAR COLETA DE LIXO E COMBATE À DENGUE;

5.CENTRO DE ATENÇÃO PSICO-SOCIAL;

6.CAMPANHA DE VOLUNTARIADO

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Case 5 : Projeto Juriti Sustentável - Alcoa
Membros do Conselho

PODER PÚBLICO EMPRESAS


TITULARES TITULARES

1.PREFEITURA MUNICIPAL DE JURUTI 1.ALCOA

2.EMATER 2.HOTEL GARCIA

3.CÂMARA DOS VEREADORES 3.CAMARGO CORREA

SUPLENTES SUPLENTES

1.PODER JUDICIÄRIO 1.CNEC ENGENHARIA

2.ADEPARÄ 2.ATLÂNTICA SEGURANÇA

3.POLÍCIA MILITAR DE JURUTI 3.HAMAD ENGENHARIA

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Case 5 : Projeto Juriti Sustentável - Alcoa
Membros do Conselho SOCIEDADE CIVIL

TITULARES SUPLENTES

1.SINDICATO DOS TRABALHADORES E 1.PASTORAL DA CRIANÇA


TRABALHADORAS RURAIS DE JURUTI
2.COLÔNIA DE PESCADORES
2.ASSOCIAÇÃO DE MULHERES
TRABALHADORAS DE JURUTI 3.ASSOCIAÇÃO DOS MOTOTAXISTAS DE
JURUTI
3.MOVIMENTO 100% JURUTI
4.ASSOCIAÇÃO NOVA VITÓRIA
4.CONSELHO TUTELAR
5.ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS
5.ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E EMPRESARIAL DO ASSENTAMENTO SOCÓ
DE JURUTI
6.SINDICATO DOS PRODUTORES RURAIS
6.COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS
7.SINDICATO DOS MOTORISTAS DE JURUTI
7.TRIBOS ASSOCIAÇÕES FOLCLÓRICAS
MUNDURUKUS OU MUIRAPINIMA 8.ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DA CRIANÇA
E DO ADOLESCENTE
8.SINDICATO DOS TRABALHADORES DA
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL PESADA 9.ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE E
DE JURUTI PROMOCIONAL DO BOM SAMARITANO DA
ASSEMBLÉIA DE DEUS
9.ASSOCIAÇÃO DOS DEFICIENTES DE JURUTI

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Case 5 : Projeto Juriti Sustentável - Alcoa
I SEMINÁRIO
Seminário “Ações para o Desenvolvimento
Sustentável de Juruti”,promovido pelo Conselho
Juruti Sustentável (CONJUS), com assessoria do
Instituto de Estudos da Religião -ISER, estabelece
as ações prioritárias para o biênio 2010 / 2011,

• Participação maciça da comunidade rural,


Prefeitura (quase todos os secretários) e
lideranças –cerca de 200 pessoas. Prefeito participou
da abertura;

• Adesão de 54 instituições e participantes nas


câmaras técnicas;

• Interesse dos presentes em participar das reuniões


do colegiado;

• Debates interessantes e construtivos;

• As câmaras técnicas de desenvolvimento rural e


saúde foram as mais procuradas;

• Construção da Carta Juruti Sustentável.

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191
Case 5 : Projeto Juriti Sustentável - Alcoa
Sustentabilidade na estratégia empresarial

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192
Case 5 : Projeto Juriti Sustentável - Alcoa
Proposta de modelo

Premissas do modelo » O diálogo com a realidade » A participação ampla e democrática »


A abordagem de território » A internalização na empresa

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193
Case 5 : Projeto Juriti Sustentável - Alcoa
Modelo de Sustentabilidade Alcoa

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194
Considerações finais

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195
Considerações finais – Sustentabilidade Corporativa

• A temática da sustentabilidade corporativa é muito recente na agenda da sociedade,


dos governos, do mercado financeiro e das corporações.

• Fenômenos reais (urbanização, impacto da industrialização no meio ambiente,


acidentes ecológicos) influiram na percepção de que se trata de uma agenda global, e
não regional e local.

• A pressão para que as empresas estejam inseridas na busca de soluções inovadoras,


avaliando riscos e mapeando oportunidades, é feita pela sociedade civil, cada vez mais
organizada e exigente.

• Buscar o desenvolvimento sustentável exige a adoção de nova postura e novas


práticas, sob a liderança da cúpula da empresa.

• No longo prazo, é uma aposta vencedora

Fonte: Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (www.fbds.org.br)

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196
Considerações finais

• Atuais padrões de desenvolvimento e consumo incompatíveis com a disponibilidade


de recursos naturais: necessidade de novos paradigmas

• Poder do setor privado de induzir mudanças de comportamento nas empresas e em


seus elos de relacionamento, além de oferecer novas oportunidades

• Demais agentes da sociedade civil devem refletir sobre seu papel de agente de
transformação, obrigação de todos nós

• Crise econômico-financeira deve provocar uma reflexão acerca dos modelos de


getão e crescimento em vigor

Fonte: Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (www.fbds.org.br)

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197
Back up

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198
Natura Ciclo do Carbono (% de emissões)

Na busca pela melhoria constante dos processos que envolvem o projeto Carbono Neutro
identificou-se a necessidade de criar um modelo confiável para quantificar as emissões de
GEEs associadas às matérias-primas (MPs) e aos materiais de embalagem (MEs), ao
longo de todo ciclo de vida desses elementos na Natura.

Diante da grande diversidade de materiais utilizados a empresa optou, num primeiro


momento, pela seleção das três MPs e MEs responsáveis por cerca de 65% do volume
consumido pela Natura em 2007. Ao lado de fornecedores e de uma consultoria
especializada, deu início a um mapeamento detalhado de todas as emissões provenientes
das cadeias produtivas desses seis materiais.

Posteriormente, a abrangência do estudo foi ampliada e foram gerados os fatores de


emissão de CO2e para todas MPs e MEs utilizadas pela Natura. Isso foi feito considerando
As informações dos mapeamentos detalhados, as estimativas de processos produtivos
semelhantes e, finalmente, as categorizações de MPs e MEs pela proximidade dos
materiais.

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199
Álcool Orgânico
Com o detalhamento das cadeias, conseguimos ter em mãos informações relevantes para a
tomada de decisões. Um bom exemplo foi o mapeamento do álcool orgânico produzido pela
empresa Native, uma das matérias-primas que tiveram as emissões mapeadas em detalhes, e
é utilizado na produção de perfumes Natura.

O inventário do álcool orgânico compreendeu as emissões de GEE de todo o ciclo de


produção do etanol, compreendendo: etapa agrícola (preparo do solo, plantio, adubação
orgânica, colheita e manutenção da área), industrial (toda a energia necessária às atividades
da usina, que é suprida por intermédio de co-geração com queima do bagaço resultante da
moagem da cana-de-açúcar) e transporte até a Natura.

As emissões de CO2e do etanol orgânico neutro produzido pela Native atingiram 0,215
kgCO2e/kg de etanol. Já a produção do etanol convencional, baseada em estudos*, chegaria
a 0,471 kgCO2e/kg de etanol.

O álcool orgânico consegue uma redução de GEEs 54% menor que a do etanol, principalmente
por utilizar o processo colheita mecanizada de cana crua (e não sistemas de queimadas, como
nos processos convencionais). Outra diferença significativa é que não há emissões de N2O
(óxido nitroso, um dos gases causadores de efeito estufa) do solo durante o cultivo da cana
orgânica, já que não são utilizados fertilizantes nitrogenados industrializados, responsáveis
por este tipo de emissão. No álcool orgânico, os fertilizantes utilizados são a palha de cana
e a adubação verde, que têm contribuição significativa na redução de GEEs.

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200
Projetos de redução em planejamento
Principais projetos

1) Extração de MPs - ampliar a vegetalização das fórmulas


- ampliar o uso de matérias-primas orgânicas

2) Extração de Mês - utilizar biopolímeros


- ampliar o uso de refis
- reduzir a massa das Revistas Natura
- reduzir e/ou substituir embalagens de produtos
- ampliar o uso de materiais reciclados

3) Fornecedores diretos - incentivar energias limpas e ações de eficiência energética

4) Processos internos - ações de eficiência energética nas fábricas, restaurante, ar condicionado


e central de unidades
- alterar a política de reembolso para incentivo ao uso de álcool
- ampliar a frota flex de executivos e promotoras de vendas

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201
Projetos de redução em planejamento

Principais projetos

5) Transporte de produtos - incentivar a substituição de combustíveis fósseis e


renovação de frota:
- otimizar o modelo e transportes Brasil e operações internacionais
- reduzir modal aéreo na exportação
- ampliar uso de transporte marítimo

6) Descarte de produtos - ampliar cadeias de reciclagem e de projetos de extração, que


contribuem também para a redução dos resíduos gerados.

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202
Avaliação do ciclo de vida
Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) é uma importante ferramenta para buscar as
melhores alternativas para viabilizar embalagens de menor impacto ambiental.
Desde 2001, foram obtidos expressivos resultados no desenvolvimento de novos produtos
e na escolha dos artigos que compõem as promoções comerciais. Em 2007, houve uma
redução de 12% no impacto das embalagens (por quilo de produto), comparando com o
ano anterior.

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203
Avaliação de Projetos

Definido o escopo de compensação a ser atingido, desenhou-se uma ferramenta-guia


para a seleção e qualificação dos projetos. Os pontos mais importantes do processo de
seleção foram o perfil socioambiental, os itens de melhoria e o potencial inovador. Para
a construção dessa análise a empresa baseou-se em pesquisas e em ferramentas avançadas
utilizadas em todo o mundo e as adaptamos às nossas necessidades e estratégias. A avaliação
é composta de quatro temas centrais (GEE, Social, Ambiental e Inovação), utiliza 15 critérios
e é dividida em três filtros: críticos, mínimos e adicionais.

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204
Reconhecimento Internacional

A ONU, Organização das Nações Unidas, por meio de sua instituição para o meio ambiente
UNEP, reconheceu o esforço da Natura para combater o aquecimento global. A empresa é
a primeira da América Latina convidada a integrar o Climate Neutral Network, um fórum
virtual global para apresentação e discussão de cases de corporações, cidades e governos
envolvidos com as mudanças climáticas.

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205
Portfólio de Projetos de Compensação

A empresa decidiu adotar uma postura mais arrojada e deve compensar um total de 224
mil toneladas CO2e, quantidade superior às emissões geradas em 2007 – em números uma
neutralização de 122%. A idéia é que o processo de compensação funcione de forma
semelhante a um “balancete financeiro” e que o saldo durante os anos que se seguem possa
ser controlado.

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206

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