You are on page 1of 28

2010

Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo

Jailson Santos
13/03/2010
2
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo
Sumário

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 4

POR QUE A IGREJA ESTAR SEM CREDIBILIDADE NO MUNDO? ...................... 6

1.1. Razão externa: O pluralismo religioso e a relatividade da verdade. ......................... 6

1.2. Razões Internas ........................................................................................................... 7

1.2.1. Escândalos envolvendo lideres. ........................................................................... 7

1.2.2. Um deus chamado $ e a Igreja materialista. ........................................................ 7

1.2.3. A geração “Gospel”. ............................................................................................ 8

1.2.4. Vivendo a verdade como se fosse uma mentira. ................................................. 8

1.2.5. Rótulo do cristianismo sem conteúdo de Cristo. ................................................. 9

1.2.6. Ortodoxia sem ortopraxia. ................................................................................. 10

2. AVIVAMENTO: UMA SOLUÇÃO PARA A CRISE DA IGREJA. ....................... 12

2.1. O que não é avivamento ........................................................................................... 12

2.1.1. Não é resultado da ação da igreja. ..................................................................... 12

2.1.2. Não é emoção a flor da pele. ............................................................................. 13

2.1.3. Não é o show das 19h 30min. ............................................................................ 13

2.1.4. Não é manifestação de dons sem o fruto. ......................................................... 14

2.2. O que é avivamento. ................................................................................................. 14

2.3. Sentido bíblico da palavra ........................................................................................ 15

2.4. Os frutos do verdadeiro avivamento. ........................................................................ 16

2.4.1. Volta a Palavra: para conhecer, pregar e viver. ................................................. 16

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
3
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo
2.4.2. Purificação da igreja .......................................................................................... 18

2.4.3. Transformação da sociedade ............................................................................. 20

CONCLUSÃO.................................................................................................................... 22

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................... 23

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
4
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo
INTRODUÇÃO

Alguns missionários que trabalhavam na Índia pensaram em uma estratégia que


poderia trazer um verdadeiro avivamento para o País. Eles disseram: “Se nós conseguirmos
evangelizar o líder do hinduísmo Mahatma Gandhi e o ganharmos para Cristo, toda nação
indiana será impactada por esse testemunho”. Convictos da sua estratégia foram ao
encontro de Gandhi para persuadi-lo a ser o cristão, entretanto no meio da conversar
ouviram de Gandhi: “No vosso Cristo eu creio eu só não creio é no vosso Cristianismo
[sem vida]”. 1
O que aqueles missionários ouviram de Gandhi é o que constantemente ouvimos
sobre o cristianismo brasileiro. São pessoas que acreditam em Cristo, 2 mas são descrentes
em relação os crentes. Acreditam em Deus, todavia não acreditam na Igreja como uma
instituição divina.
Segundo as estatísticas sobre a religião brasileira, um dos percentuais que mais
crescem é os dos “sem religião”. Em 1950, “os sem religião” eram aproximadamente 0,5%
da população; em 2000 (ano do último Censo), passaram a ser 7,4%, proporção 14 vezes
maior. Hoje eles já são a terceira maior “identidade religiosa” do País, estando atrás apenas
dos católicos (70%) e dos evangélicos (17%). 3
Esses não são adeptos da “não religião”, por serem ateus, mas são que já
freqüentaram uma Igreja e viram algumas razões para não crerem nela como uma
instituição divina. Decepcionados com a Igreja, descrentes dos crentes e convictos que as
demais religiões não os levariam a Deus, optaram em ser “sem religião”.
Por que os “sem religião” crescem tanto? Por qual razão a sociedade brasileira não
acredita na Igreja como antes? Podemos resgatar a credibilidade da Igreja? O que devemos
fazer?
Este trabalho tem como objetivo analisar e estudar o assunto, dentro de uma
cosmovisão reformada. Não pretendemos aqui esgotar o assunto em sua inteireza, pois o
mesmo é amplo, o que esta pesquisa deseja é estudar as principais razões pelas quais a

1
Gandhi apud LOPES, Hernandes Dias. Avivamento Urgente: como buscar um avivamento autêntico e
preparar o caminho para a sua chegada. 4 ed. Venda Nova, Editora Betânia, 1994. p. 73, 74.
2
Segundo a revista seleções de Dezembro de 2006: 95 % da população brasileira acreditam no poder da
oração, logo essas pessoas acreditam também em Deus.
3
Ver www.ibge.org.com e também CORDOVIL, Percentual dos „sem-religião‟ cresce 14 vezes nas
últimas cinco décadas. Disponível em: <http://pibnf.wordpress.com/2007/03/12/percentual-dos-
%E2%80%98sem-religiao%E2%80%99-cresce-14-vezes-nas-ultimas-cinco-decadas/ >. Acessado em:
16/06/2008

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
5
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo
Igreja contemporânea tem perdido a credibilidade da sociedade, alertar a Igreja sobre o
assunto e propor uma resposta às questões levantada. Além disso, mostrar que o
avivamento bíblico e genuíno é a melhor resposta aos desafios de nossa época.

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
6
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo
POR QUE A IGREJA ESTAR SEM CREDIBILIDADE NO MUNDO?

Não são poucas a razões pelas quais a igreja tem perdido a credibilidade diante do
mundo. Aqui citaremos apenas algumas.

1.1. Razão externa: O pluralismo religioso e a relatividade da


verdade.

Segundo o Dr. Herber Campos as últimas décadas do século XX têm sido


caracterizadas por movimentos filosófico-teológicos que romperam com tudo o que,
historicamente, tem sido crido como verdade fundamental, da qual não se poderia abrir
mão.4 Com nomes diferentes, tais como secularismo, relativismo, pós-modernismo e
pluralismo,5 eles defendem a mesma causa e levantam a mesma bandeira.
Estes movimentos, não reivindicam ter a verdade e condenam qualquer ideia de
verdade absoluta.6 Para os pluralistas a multiplicidade de conceitos sobre o exercício da fé,
das crenças (Deísmo, Teísmo, ateísmo, politeísmo, seja quanto for), compreende a essência
do pensamento humano e seu direito em crer ou deixar de crer no que quiser, sem ser
discriminado por isso. A crença do individuo e sua verdade. Para eles pode-se até dialogar,
desde que aja “tolerância”, o que para eles é quase um sinônimo de concordância.
Essa relativização da verdade tem tido grande influência a visão da sociedade com
relação a igreja. São com “óculos” relativistas e pluralistas que a sociedade ver a Igreja. E
a conclusão que muitos tem chegado é: ser a verdade não é absoluta, logo, a igreja não
pode ser a razão de uma crença absoluta e não é digna de todo o crédito. Razão pela qual
segundo eles “todas as religiões devem ser tratadas numa base politicamente igual”.7 Este
relativismo contemporâneo ataca a principal arma do cristianismo, isto é, a Bíblia. Sem o
“status” de ter a verdade absoluta a igreja dia a após dia tem perdido a “credibilidade”, na
visão relativista contemporânea.

4
CAMPOS, Heber Carlos de. O pluralismo do pós-modernismo. Fides Reformata. Vol. II, N° 1 (1997).
5
Sobre ver também o artigo de Ricardo Quadros Gouvêa, "A Morte e a Morte da Modernidade: Quão
Pós-moderno é o Pós-modernismo?" in: Fides Reformata, 1/2 (Julho-Dezembro 1996) 59-70.
6
Sobre este assunto ver MACDOWELL, Josh. Evidências Históricas que Exige um Veredicto: Evidências
históricas da fé cristã. 2ª Ed., São Paulo: Candeia, 1992, (Vol. 1. Cap. 3,4,5; vol. 2. Cap. 27,28).
7
McGRATH, Alister E.. Paixão Pela Verdade. A coerência intelectual do evangelismo. São Paulo: Shedd
Publicações, 2007, (Cap. 5: pags.169-202).

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
7
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo
1.2. Razões Internas

Hoje em dia dizer que é um cristão não é sinônimo de credibilidade. Se você estiver
conversando com alguém e no meio da conversa disser que é um pastor, pode até perder
um possível novo amigo. A Igreja como instituição, tem perdido a credibilidade e a
sociedade está descrente dos crentes. Tudo isso são por razões internas do próprio
cristianismo atual. Aqui apresentaremos algumas razões da falta de Credibilidade.

1.2.1. Escândalos envolvendo lideres.

Não precisa sem bem informado para tomar conhecimento dos escândalos que
envolvem lideres, políticos e de pessoas que se dizem evangélicas. As várias e repetidas
decepções com líderes tem levado sociedade à resignação. Uma pesquisa organizada pelo
instituto LifeWay Research, nos Estados Unidos, feita no final de 2006, mostrou as
principais causas que levam uma pessoa a mudar de igreja, dentre as razões 74% estava
envolvia o testemunho da igreja, liderança e principalmente do Pastor.8
Esta é uma realidade nos quatros cantos do mundo. A igreja evangélica brasileira
tem sido, via de regra, marcada por uma mentalidade consumista, materialista, hedonista e
pragmática, como o restante da sociedade. A visão mercantilista de igreja tem feito da
igreja evangélica no Brasil objeto de escárnio e deboche. A mídia expõe com frequência os
escândalos morais de líderes evangélicos brasileiros. O sal tem se tornado insípido e não
tem servido senão para ser pisado pelos homens. Esse comportamento escandaloso
ridiculariza a Cristo, prejudica o evangelismo e destrói a credibilidade do cristianismo em
nosso país.9

1.2.2. Um deus chamado $ e a Igreja materialista.

Em algumas denominações ou comunidades a igreja se tornou um negócio, pastores


se tornaram executivos, o ministério um gerenciamento. Estas tem sido guiadas mais pelas

8
MACEDO, Joel. Evangélicos sem igreja. Artigo disponível em: <http://guerreirosdaluz.com.br> Acessado
em: 26 de Nov. 2009.
9
Sobre este assunto ver: NICODEMUS, Augustus. O que estão fazendo com a Igreja. São Paulo: Mundo
Cristão, 2008. p. 152.

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
8
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo
leis do mercado como a produtividade, performance, faturamento, profissionalismo,
qualidade, nichos de consumidores e estratégias de marketing, do que pela Palavra de
Deus. Apresentam um Jesus Cristo atraente, prometemos a salvação no céu e a
prosperidade na terra, sem precisar renunciar a nada. Palavras como sacrifício, pecado,
arrependimento, negar-se a si mesmo, foram substituídas por decretar, determinar,
conquistar, restituir, saquear. 10
Além disso, movidas pela teologia da “prosperidade” ou “confissão positiva”,
muitas Igrejas estão se tornado materialistas. Pregam sobre dinheiro e por dinheiro,
prometendo o que Deus não prometeu, levando muitos, à decepção religiosa e por fim a
descrença. Essa e outra razão da descrença da sociedade em relação aos crentes.

1.2.3. A geração “Gospel”.

Ser gospel está na moda. Os artistas são gospel, pessoas importantes são gospel, é a
geração gospel. Todavia esta palavra é sinônima de evangélico, mas está longe de o ser na
pratica. A geração gospel é uma geração de convencidos e não de convertidos. Anos atrás
uma Monique Evans apresentadora de um programa (não recomendado para menores de 18
anos), foi Converteu a geração gospel, e questionada por algum por continuar a fazer o
mesmo programa depois da “conversão” disse: “Eu me converte, mas não precisei mudar
nada na minha vida Jesus me aceita do jeito que eu sou”. Essa é a geração “gospel” é uma
das razões pela qual a sociedade não acredita na Igreja como antes.

1.2.4. Vivendo a verdade como se fosse uma mentira.

“Eu creria na sua salvação se eles [os cristãos] se parecessem um pouco mais com
pessoas que foram salvas”. Essa afirmação dita por Fiedrich Nietzche, no final do século
XVIII, nunca foi tal atual como nos dias de hoje. O cristianismo estar cheio de pessoas que
vivem a verdade como se fosse uma mentira. Pessoas que vivem o que não pregam e
pregam o que não vivem.

10
MACEDO, Joel. Evangélicos sem igreja. Artigo disponível em: <http://guerreirosdaluz.com.br>
Acessado em: 26 de Nov. 2009.

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
9
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo
O professor Hugh Black, no seu “Serviço de amor de Cristo”, disse que uma
jovem judia, que é agora Cristã, pediu a certo senhor que lhe havia dado instruções a
respeito do Evangelho, que lesse com ela a história. Porque, disse ela: “Tenho lido os
Evangelhos e estou perplexa. Quero saber quando os cristãos deixaram de ser tão
diferentes de Cristo”11 Essa é a realidade atual, um cristianismo que tem o rotulo de Cristo,
mas nenhum conteúdo dEle.
O Rev. Elben M. Lenz César falando sobre a crise da igreja contemporânea diz:
“Não temos defesa: estamos desacreditados diante do governo (também desacreditado),
diante dos críticos, diante dos antigos simpatizantes, diante dos opositores, diante da mídia
(caçadora de escândalo) e diante do povo.”12 E acrescenta:

“Lamento muito ser obrigado a admitir que faço parte do grupo que acredita que a
igreja está desacreditada. Basta ler O Escândalo do Comportamento Evangélico, de Ronald
J. Sider, recentemente publicado no Brasil. Embora o autor se refira aos maus testemunhos
dos evangélicos americanos, o problema é universal (...) Sider cita Michael Horton: „Os
cristãos evangélicos estão aderindo a estilos de vida hedonistas, materialistas, egoístas e
sexualmente imorais com a mesma proporção que o mundo‟ (...) Se já não somos o sal da
terra, a luz do mundo e o bom perfume de Cristo, não servimos para mais nada, exceto para
sermos jogados fora e pisados pelos homens, de acordo com Jesus”. 13

1.2.5. Rótulo do cristianismo sem conteúdo de Cristo.

Vivemos na epoca do vazio. A manipulação estar substituindo o conhecimento de


Deus e sua Palavra em nossas igrejas. Não são poucos os que tem a cruz de Cristo no peito,
mas não tem Cristo na mente. Os membros das igrejas são recebidos, mas não são
instruídos; são animados, mas não são ensinados. As pessoas então adorando há um Deus
que elas não conhecem. A verdadeira adoração requer o envolvimento do coração e da
cabeça. O culto do coração, sem o entendimento, é forma errada de adoração, conforme o
Senhor Jesus Cristo.

11
Apud FISHER, Harold A. Avivamentos que Avivam. Tradução de Messias Freire. Rio de Janeiro,
Editoras Livros Evangélicos, 1961, 215 pp.
12
CÉSAR, E. M. Lenz. Que diferença fazem os evangélicos? In: Entrevista com Elben Lenz César ao
instituto Jetro. Dados disponíveis em: http://www.institutojetro.com.br/lendoentrevista.asp?t=&a=892
Acessado em 29 de Nov. de 2009
13
Idem

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
10
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo
Muitas igreja são como os ateniesses no Areopago. O altar estava ali, adoração
estar sendo realizada, mas o Deus é deconhecido. A cena é parecida demais com a igreja
moderna. Muitas nada mais falam de Deus e se resumiram apenas a uma ajuntamento de
pessoas, um verdadeiro clube social, onde tudo é supeficial, inclusive o estudo sobre Deus.
O carater de Deus é desconhecido. Falando sobre a necessidade de conhecermos a Deus
com o coração e a mente Sproul lembramos que:

“Se entendermos o caráter de Deus. então a doutrina da Escritura, a doutrina de Cristo e


tudo mais se encaixa. Por outro lado. pode tudo mais estar certo exceto sua doutrina sobre
Deus, e você ainda será um pagão. É ainda um idólatra. Pode ser um inerrantista, pode ser
que sua escatologia esteja certinha, pode ser que você não deixe de fazer seu culto
individual ou ir à igreja. Mas se não estiver adorando o Deus certo, você estará adorando e
servindo a um Deus falso, E imprescindível que conheçamos e prossigamos em conhecer o
Senhor” (Os 6.3). 14

Essa falta de conteúdo de Cristo na vida daqueles que são ou se dizem seus
seguidores tem tirado a força do testemunho da verdade e a credibilidade da mensagem do
evangelho.

1.2.6. Ortodoxia sem ortopraxia.

Há muitas igrejas que são ortodoxias, zelam pela doutrina e pela fidelidade na
Palavra de Deus, todavia essa fé não é evidenciada na sociedade. Todo extremo é um erro.
Ser cristão ortodoxo nos livra dos erros que citamos acima, mas não viver a verdade na
prática com a pregação do evangelho e, dentro de uma visão calvinista buscando a
transformação da sociedade que vivemos, é fazer do cristianismo algo árido e sem vida e
sem sentido para a sociedade a nossa volta. J. I. Packer diz que há cultos solenes, mas sem
vida. “Não há nada mais solene do que um cadáver. Há cultos solenes, porém mortos”. A
razão disso é que a igreja tem muita ortodoxia, mas não tem nada de ortopraxia. Igrejas que
fecharam os olhos prática que o evangelho pressupõe.15

14
Sproul in: HORTON, Michael Scott. Religião de Poder. Igreja sem fidelidade bíblica e sem credibilidade
no mundo. São Paulo: Cultura Cristã, 1998, p. 265.
15
Apud LOPES, Hernandes Dias. Avivamento Urgente: como buscar um avivamento autêntico e preparar
o caminho para a sua chegada. 4 ed. Venda Nova, Editora Betânia, 1994. 108 pp.

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
11
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo
O dr. Herber Campos diz que um dos desafios da igreja neste mundo pós-moderno
é o de não tornar um gueto. A Igreja cristã, diz ele “não deve se isolar, embora deva
proteger a verdade. Ela deve aceitar o desafio de contrariar o espírito do tempo presente
como uma espécie de "contracultura," saindo para minar os campos alheios. Se não fizer
isso a igreja vai perder a sua verdadeira identidade”. 16
Muitas igrejas são ortodoxias mais irrelevantes em sua atuação no mundo. Dizem
ter tradições reformadas, mas não segue o verdadeiro pensamento dos reformadores. Dr.
Abraham Kuyper falando sobre Calvino, o qual muitos ortodoxos dizem seguir, diz que o
pensamento deste Genebrino não deve ser visto apenas como um conjunto de dogmas
teológicos que teve influência no meio eclesiático, mas que tem sido antes de tudo, uma
filosofia de vida que tem afetado a sociedade e os indivíduo como um todo. 17 Segundo ele
“A visão teológica de Calvino permeada pela soberania de Deus, fez com que ele
procurasse relacionar a aplicação desta soberania às diversas atividades culturais do ser
humano”.18
Os cristãos foram postos no mundo para ser a consciência da sociedade, e não
para se fecharem em si mesmos. A Igreja deve ser a voz do que clama no deserto a fim de
fazer a diferença no mundo. “o reino de Cristo é também externo”,19 dizia Zuínglio que foi
ao mesmo tempo pastor e patriota, teólogo e político. Uma vez salvos e inseridos na
família de Deus ele nos chama para cuidar do mundo que vivemos e, uns dos outros.20 Na
verdade, a igreja necessita deixar o monte da transfiguração e descer até ao povo sofrido
onde se encontram os perdidos da sociedade. Esta falta de prática das verdades as quais os
cristãos dizem crer é uma das razões pelas quais a sociedade estar descrentes dos crentes.

16
CAMPOS, Heber Carlos de. O pluralismo do pós-modernismo. Fides Reformata. Vol. II, N° 1 (1997).
17
KUYPER, Abraham. Calvinismo. São Paulo: Cultura Cristã, 2002. p. 119.
18
Ibid e idem p. 35.
19
Apud GEORGE, Timothy. Teologia dos reformadores. Trad. Gérson Dudus, Valéria Fontana. São
Paulo: Vida Nova, 1993, p. 112
20
Cf. BIÉLER, André. O Pensamento Econômico e Social de Calvino. Trad. Luz, Waldyr Carvalho. São
Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1990, p. 565.

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
12
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo

2. AVIVAMENTO: UMA SOLUÇÃO PARA A CRISE DA IGREJA.

Para revitalizar a imagem da Igreja na sociedade precisamos voltar a viver o


cristianismo autentico e genuíno e impactar positivamente a nossa sociedade. Isso só
acontecerá se Deus por sua graça aviva a sua igreja. Somente um avivamento genuíno e
bíblico trará a igreja de volta aos trilhos e consequentemente a cofiança por parte da
sociedade. Por isso esse capítulo é dedicado a mostrar o que acontece quando a igreja
experimenta o verdadeiro avivamento.

2.1. O que não é avivamento

O termo “avivamento” tem sido grotescamente mal entendido. Certo escritor


contemporâneo escreveu que nunca houve uma época em que a palavra “avivamento”
precisasse ser mais claramente definida como em nossa época. Por isso, não há como
falarmos sobre avivamento sem termos em mente o que é, de fato, avivamento bíblico e
histórico!
E para clarear nossa mente, precisamos definir o que não é avivamento. Para
definirmos o que não é avivamento, consideraremos cinco coisas que mesmo não tendo
forma ou aparência é confundida com avivamento. Vejamo-las:

2.1.1. Não é resultado da ação da igreja.

Avivamento não é uma ação isolada da igreja. A Igreja não é o agente que promove
ou faz o avivamento. Os homens que almejam o avivamento jamais podem trazê-los por
sua própria energia e vontade. Jamais pode o homem, por mais piedoso, santo e dedicado a

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
13
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo
obra do Senhor, produzir vida nos que dormem, porque o único Autor do avivamento é
Deus. É Ele que soberanamente e por sua livre graça derrama do seu Espírito Santo sobre o
seu povo, e, Ele somente!
Todavia, isso não anula a responsabilidade da Igreja. O avivamento jamais virá, se
a Igreja não buscar e preparar o caminho para a sua chegada. Isso não é difícil de nós
entendermos, é só lermos a Bíblia e a História da Igreja, e veremos que só houve
avivamento quando o povo se humilhou, orou, se santificou e se converteu da impiedade
para a piedade. Preparando, assim, o canal das águas do Espírito.
Foi assim que aconteceu com Esdras, Neemias, com os apóstolos no Pentecostes;
foi assim que aconteceu com os valdenses na França no século XII; na Boemia; na
Reforma no século XVI, com Lutero, Calvino, Zwinglio, com os morávios, nos séculos
XVII e XVIII, na Nova Inglaterra, com Jonathan Edwards, na Escócia e País de Gales,
com Moody. Assim, produzir avivamento é um ato de Deus, buscar e preparar o Caminho
é um ato da Igreja!

2.1.2. Não é emoção a flor da pele.

Muitos são os movimentos que, com base em emoções antropocêntricas, dizem


viver um verdadeiro avivamento. São grupos que descartam a teologia e sã doutrina e
dizem viver um avivamento fundamentado em sonhos e visões de pessoas que dizem ser
“espirituais”. Em cultos que são shows antropocêntricos. Todavia avivamento não é mero
emocionalismo ou mudança doutrinária. Pois o genuíno avivamento está fundamentado na
sã doutrina das Sagradas Escrituras. “O avivamento precisa estar dentro das balizas da
Bíblia e não dentro dos muros de revelações subjetivas, produto muitas vezes da carne”.21
Avivamento sem doutrina é fogo de palha e não fogo do Espírito. O avivamento
está norteado pelas Sagradas Escrituras e não por experiências humanas e antropocêntricas,
ou seja, mero emocionalismo.

2.1.3. Não é o show das 19h 30min.

21
LOPES, Hernandes Dias. Avivamento Urgente: como buscar um avivamento autêntico e preparar o
caminho para a sua chegada. 4 ed. Venda Nova, Editora Betânia, 1994. P 28.

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
14
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo
Muitos crentes confundem avivamento com forma de culto, onde todos em uma
liturgia e louvor animados, com coreografias, gingos, palmas, gritam aleluias e dizem estar
sentindo e até vendo a Deus e experimentando do fogo do Espírito, todavia parece mais um
fogo estranho perante o altar do Senhor.
Não estou aqui fazendo uma crítica aos irmãos pentecostais ou aos
neopentecostais. O que não podemos crer é que avivamento seja sinônimo de culto e
louvor animado. Pois, o louvor sem obediência e santidade é barulho aos Seus ouvidos. E
Ele deixa bem claro isso quando diz: “afasta de mim o estrepito dos teus cânticos; porque
não ouvirei as melodias das tuas liras” (Amós 5:23). Avivamento não é sinônimo de culto
animado, mas de culto ungido. Não é mudança da forma de cultuar, mas da forma de viver.

2.1.4. Não é manifestação de dons sem o fruto.

Muitas pessoas confundem o avivamento e até o limita a milagres, curas e


exorcismos, chegando a dizer que só há avivamento onde há uma constante manifestação
de dons carismáticos. Todavia, isso não é o cerne de avivamento, uma igreja pode ter todos
os dons sem ser uma igreja avivada. O que caracteriza o avivamento não são os dons do
Espírito e sim os frutos do Espírito.
E esta verdade é visível na Igreja de Corinto que era cheia de dons, mas vazia do
Espírito, a ponto do apóstolo Paulo considerá-la espiritualmente um “bebê”. Uma igreja tão
cheia de dons quanto de partidarismo, contendas, imoralidades. Uma igreja carismática,
entretanto, não tinha carisma nem simpatia de Deus.
No avivamento, a ênfase não está nos dons, mas sim no fruto do Espírito. Nem
sempre manifestação de dons carismáticos é sinônimo de avivamento. Há muitas igrejas
que tem muitos dons, mas poucos dotes divinos. Tem muitas manifestações de dons, mas
pouca manifestação de vida. Cheios de curas físicas, mas pouca cura espiritual. Cheios de
dons do Espírito, mas vazias do fruto do Espírito. Avivamento não é manifestação de dons,
porém, manifestação de uma nova vida em Cristo.
Vimos, então, o que não é avivamento, com o propósito de clarear a nossa mente
para definirmos o que é o genuíno avivamento bíblico e histórico.

2.2. O que é avivamento.

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
15
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo
A melhor maneira de definirmos avivamento é entendendo como ele foi
compreendido na História da igreja. Por isso, deixaremos que as testemunhas oculares o
definam.
G. J. Morgan exprime-se dizendo que avivamento é: “despertar de novo na
humanidade a consciência de Deus, mediante a presença interior do Espírito Santo” 22
Arthur Wallis diz ser: “a intervenção divina no curso normal das coisas
espirituais. É Deus revelando-se ao homem, em solene santidade e irresistível poder”. 23
Joseph W. Kempe diz que avivamento é sinônimo de: “reanimar aquilo que
já tinha vida, mas que caiu no estado de declínio”. 24
D. M. Panton define ser: “o Espírito Santo enchendo um corpo preste a tornar-se
um cadáver”25
O Dr. Martin Lloyd-Jones define como sendo: “dias de céu sobre a terra”26
Na ótica de David A. Womack, “avivamento é um estado espiritual no qual os
crentes se chegam mais perto de Deus, arrependem-se e purificam-se de acordo com os
padrões bíblicos de santidade, são cheios com o Espírito Santo, esperam e experimentam
manifestações sobrenaturais e cooperam juntos para glorificar a Deus, identificar-se uns
aos outros e evangelizam perdidos para Cristo”27
Avivamento é o despertar de Deus em nossas vidas para vivermos o verdadeiro
cristianismo, e sermos considerados, de fato, cristãos tais como os discípulos em
Antioquia.

2.3. Sentido bíblico da palavra

A palavra “avivamento” não ocorre na Bíblia; o verbo “avivar” é empregado


apenas uma vez nas versões bíblicas em português (Hc. 3.2, RC, AR e ARA).

22
Apud OLFORD, Stephen F. Um Grito por Reavivamento. Tradução de Jorge A . P . Rosa. Lisboa, s/d,
1966. P. 17.
23
Idem p. 18
24
Idem e ibid
25
RAVENHILL, Leonard. Porque Tarda o Pleno Avivamento? Tradução de Myriam Talitha Lins. Venda
Nova, Editora Betânia, 1989. P 64.
26
LLOYD-JONES, Martyn. Avivamento. Tradução de Inge Kaenig. 2 ed. São Paulo, Publicações
Evangélicas Selecionadas, 1993. P. 108.
27
Apud TRASK, Thomas E. (editor). O Pastor Pentecostal. Tradução de Luiz Aron de Macedo. Rio de
Janeiro, Casa Publicadora das Assembléias de Deus. 1999. P 243.

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
16
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo
Biblicamente, a ideia da palavra avivamento vem do hebraico hy"x' “haya” e do grego
avnazaw “anazao”. Ambas significam literalmente “vindo os mortos de volta à vida”
Em Hc 3:2, o profeta diz: “Senhor, ouvi falar da tua fama; tremo diante dos teus
atos, Senhor. Realiza de novo, em nossa época, as mesmas obras...” (NVI). Esse clamor
por parte do profeta é para que Deus realize novamente os mesmos atos de maravilha do
passado.
Em II Tm. 1.6, o apóstolo Paulo escrevendo ao jovem pastor Timóteo diz: “[...]
reavives o dom de Deus que há em ti...”. Reavives no original é avnazwpurei/n
“anadzopurein” que significa “reinflamar”, “reatiçar”, o fogo do zelo visto nos dons
espirituais pode apagar-se, ou pode tornar-se embotado e ineficaz, se alguém não tem
cuidado do serviço apropriado dos mesmos, renovando-se sempre na dedicação a Cristo.
Apesar de não termos várias referências do termo avivamento, temos, por
inferência várias palavras que são quase sinônimas da palavra avivamento. Tais como:
“despertar”; “restaurar”; “vivificar”; (Ed. 1.5; Is. 51.9,17; Sl. 14.7; 19.7; 80.3,7,19; 119.25,
37, 40, 88, 107; 126.4).

2.4. Os frutos do verdadeiro avivamento.

Quando Deus fende os céus e desse, com grande poder, os montes tremem na Sua
presença (cf. Is 64.1). Quando o fogo inflama os gravetos, quando faz ferver as águas, para
fazer conhecido seu nome as nações tremem (cf. Is 64.2). Quando as chuvas torrenciais do
Espírito regam as sementes do avivamento plantadas pela igreja, produz frutos em
abundância. Vejamos alguns deles:

2.4.1. Volta a Palavra: para conhecer, pregar e viver.

28
“Esta é era de sermõezinhos: e sermõezinhos fazem cristãozinhos”. Essa frase
dita por Michael é o diagnóstico da realidade vivida na Igreja contemporânea. Vivemos na
época do vazio. A falta de conteúdo nos púlpitos nunca se fez visível como nos dias de
hoje. Não são poucos os que dizem que estão “ungidos” por Deus e com a desculpa de que

28
EBY, David. Pregação Poderosa para o Crescimento da Igreja: O papel da pregação em igrejas em
crescimento. São Paulo, Editora Candeia, 2001. p. 38

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
17
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo
é o Espírito Santo que fala, desprezam totalmente o estudo, bem como o preparo do
sermão. Talvez essa seja a razão pela quais as pessoas não vão mais a Igreja. Pregadores
vazios no púlpito geram bancos vazios na Igreja. Charles Haddon Spurgeon diz que “no
momento em que a igreja de Deus menospreza o púlpito, Deus a desprezará”. 29
Esta é uma das razões pelas quais precisamos de um avivamento bíblico. O
despertamento de Deus sempre traz o povo de volta a Palavra. Se lermos II Crônicas caps.
34 e 35 veremos que o reencontro com livro da Lei foi à base do grande despertamento que
abalou toda a nação judaica. Nos tempos de o Esdras e Neemias, o avivamento conduziu o
povo a um retorno a leitura pública da Palavra de Deus. O grande avivamento apostólico
em Jerusalém iniciou-se quando Pedro, cheio do Espírito Santo, retornando e pregando
com poder a Palavra de Deus. No avivamento em Éfeso, que abalou os quatro cantos da
Ásia Menor e constrangeu o povo a abandonar a idolatria e voltar-se para o Senhor, teve
como o ponto de partida a volta as Sagradas Escrituras. Sobre ele Lucas escreve: “Assim a
Palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente” (At.19, 20).
Se lermos a História da Igreja, veremos que muitos avivamentos foram
“logocêntricos”: centrados na Palavra. Um destes aconteceu na cidade italiana de Florença.
Enquanto muitos desprezavam a Palavra de Deus, Savonarola “desbruçava-se sobre a
Bíblia, dia e noite, de modo que se dizia que ele a sabia de cor, do princípio ao fim”.30 E
quando subia ao púlpito para pregar, seu sermão irrompia como um meteoro do céu,
quando sua palavra ecoava, o rosto de todo auditório branqueava, tamanho era o poder do
Espírito Santo em suas palavras.
Outro grande despertamento logocêntricos foi o do século XVI, com Martinho
Lutero. O Dr. Pollich após assistir uma aula de Lutero disse: “Este monge revolucionará
todo ensino escolástico”.31 E foi o que aconteceu, não só na Europa, mas em todo o mundo.
Mas que inovação fez Lutero? Nenhuma! Lutero não fez outra coisa senão voltar à Palavra
e colocá-la na língua do povo. E, pela primeira vez na história, a Bíblia tornou-se
propriedade do povo e o Evangelho, o poder de Deus para a salvação.
João Calvino, após ler o sistema católico, chegou à seguinte conclusão: “Se eu me
voltar para a verdade que está contida nas Escrituras, não estaria voltando para a Igreja?
Não pode haver igreja onde a verdade não esteja.32 O D.Martin Lloyd-Jones, comentando

29
Ibid, idem
30
FISHER, Harold A. Avivamentos que Avivam. Tradução de Messias Freire. Rio de Janeiro, Editoras
Livros Evangélicos, 1961, p 77.
31
Apud idem
32
Apud idem p. 90,91

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
18
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo
sobre a Reforma Protestante, diz que: “A maior lição que a Reforma tem a nos ensinar é,
justamente, o segredo do sucesso na esfera da igreja e das coisas do Espírito Santo, é olhar
para traz”. Lutero e Calvino, diz ele: “foram descobrindo que estiveram redescobrindo o
que Agostinho já tinha descoberto e que eles tinham esquecido”.33
No despertamento na Escócia, no século XVI, John Knox, grande pregador e
erudito, voltou-se para as Sagradas Escrituras e a pregou com tão grande poder, que suas
mensagens pareciam um balde de água gelada sobre o povo sonolento, de modo que o
povo, de olhos arregalados voltou-se para o Senhor, e tamanha foi à manifestação do
Senhor que ele mesmo declarou: “Se eu não tivesse visto com meus próprios olhos e no
meu próprio país, eu não o teria crido”.34
Em tempos de avivamento, a Bíblia é arrancada do liberalismo e trazida de volta
ao Cristianismo. É tirada do baú e colocada de volta nos púlpitos; e então ela age como
espada que penetra (cf. Hb 4.12). Como fogo que queima e martelo que despedaça (cf. Jr
23.29). A Igreja precisa voltar a um princípio reformado “Sola Scriptura”, e ao tempo dos
apóstolos, quando a pregação não era por força ou por métodos, porém, só pelo Espírito
Santo. Ela não precisa de novos métodos humanos, mas de velhos homens de Deus,
dispostos a volta-se para as Escrituras e pregá-la com poder. Precisamos de um avivamento
que traga a Palavra de volta para os púlpitos da das igrejas. Isso é que trará uma
transformação real e duradora.

2.4.2. Purificação da igreja

Sempre que a igreja é avivada é também purificada. Quando as chuvas torrenciais


do Espírito deságuam sobre o povo de Deus lavam todas as impurezas da igreja. Os
prazeres mundanos são abandonados e os pecados são confessados e deixados.
No despertamento entre o povo de Deus, no tempo de Esdras e Neemias, a
manifestação de Deus trouxe purificação ao seu povo. O pecado que antes era amado
passou a ser odiado; a impureza que outrora prevalecia agora não mais existia; os
casamentos mistos que os afastava de Deus deram lugar para o divórcio que os trouxeram
de volta para Deus; o dia do Senhor que estava esquecido e abandonado foi restaurado e

33
Apud NETO, F. Solano Portela. A Mensagem da Reforma para os Dias de Hoje. In: MATOS, Alderi
Souza de; LOPES, Augustus Nicodemos. Fides Reformata. v.2, n.2. jul/dez, 1997. p.22-34.
34
Apud FISHER, Harold A. Avivamentos que Avivam. Tradução de Messias Freire. Rio de Janeiro,
Editoras Livros Evangélicos, 1961, p 92.

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
19
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo
observado. O povo que trilhava nos caminhos da impureza mudou de rota e voltou ao
caminho da pureza.
Sempre que o fogo do Espírito desce sobre a igreja as impurezas viram cinzas e a
igreja torna-se uma brasa viva. Quando o Espírito Santo desceu sobre os puritanos na
Inglaterra as palhas da impureza foi consumida restando apenas gravetos verdes e puros. E
purificada, a igreja foi sal para a sociedade e luz para o mundo.
Antes do avivamento americano do séc. XVIII, a impureza era algo notório no
meio do povo de Deus. No púlpito havia homens que não eram convertidos, e nos bancos
membros que não eram regenerados. A Bíblia não era regra de fé e prática, e a igreja era
impura e mundana. Jonathan Edwards, escrevendo sobre a sua própria paróquia, disse está
vivendo em uma época de extraordinária sonolência religiosa; a licenciosidade prevalecia
grandemente, entre a juventude, as práticas mundanas e impuras eram visíveis e normais.35
Todavia, quando o Espírito avivador desceu sobre a igreja, os inconversos foram
convertidos; os impuros foram purificados; a licenciosidade deu lugar à santidade; a igreja
que vivia em densas trevas passou a viver em clara luz. O fogo do Espírito sempre sapeca o
mundanismo e purifica a igreja.
O avivamento sempre purifica a igreja e a leva a santidade de vida. Ele sempre faz
surgir homens que queiram morrer totalmente para o pecado e viver vida santa, totalmente
devota a Ele. O D. M. Loyd-Jones, comentando sobre o pequeno movimento, que começou
em Oxford, conhecido como o “Clube dos Santos”, e alcançou o mundo, escreve:

“Que aconteceu com eles? O que aconteceu com os irmãos Wesley, com Whitefielde e os outros que
se reuniram com eles? Foi apenas isto – eles disseram: „sim, a igreja Cristã ainda é a Igreja Cristã,
todavia ela é muito indigna e pecaminosa. A pessoa não está prestando atenção aos mandamentos de
Deus e a vida como é apresentada no Novo Testamento. Isto está errado, precisamos nos dedicar à
santidade, precisamos nos purificar‟. Eles talvez tenham ido longe demais, tornado-se um pouco
legalistas, todavia estabeleceram regras e regulamento a respeito de como deviam viver. Por isso
foram chamados metodistas. Disseram: „Devemos reunir para estudar as Escrituras juntos,
precisamos orar juntos, e devíamos viver de forma metódica em todas as coisas‟. Metodistas! Sim,
no entanto, o que estavam buscando era santidade”. 36

35
FISHER, Harold A. Avivamentos que Avivam. Tradução de Messias Freire. Rio de Janeiro, Editoras
Livros Evangélicos, 1961.
36
LLOYD-JONES, Martyn. Avivamento. Tradução de Inge Kaenig. 2 ed. São Paulo, Publicações
Evangélicas Selecionadas, 1993. P 73.

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
20
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo
Vivemos em uma época em que o vírus do mundo tem adentrado à igreja e
contaminado o “corpo de Cristo”. A igreja, noiva do Senhor, tem praticado adultério com o
mundo. O conformismo, o secularismo, o liberalismo, o subcristianismo e uma série de
“ismos” têm levado nossas igrejas há um vale de ossos secos. Precisamos de um
avivamento que lave nossas igrejas, tornando-nos um povo santo, como Ele é santo.

2.4.3. Transformação da sociedade

O mundo nunca é o mesmo após um avivamento; toda vez que Deus sacode
(desperta) a Igreja abala o mundo; toda vez que o povo de Deus é despertado, o mundo é
transformado. “Nunca houve um grande avivamento sem reformas sociais e políticas”. 37
No século XVI, o mundo foi abalado pela Reforma e Genebra transformada por
Calvino. Genebra era uma das cidades mais tormentosas da Europa; seu governo era
dividido e havia uma grande briga pelo poder; nas ruas, o pecado e a violência dominavam
o povo. Entretanto, Calvino foi usado por Deus no avivamento suíço. A Reforma atinge,
não só a igreja, mas também a sociedade! E foi as grandes visões administrativas,
eclesiásticas e sociais de Calvino, com a graça de Deus, que fez com que Genebra se
tornasse uma cidade única na Europa; sobre Genebra Fischer afirma: “O distintivo que
Calvino conseguiu lhe dar parece incrível” 38 . E, após séculos, permanece como centro de
cultura e progresso. Todo avivamento traz mudanças culturais e sociais.
Quando o avivamento vem, a Igreja é vivificada e a sociedade restaurada. No
avivamento britânico, em 1739, a Inglaterra caminhava para o caos, os piores vícios
prevaleciam. A bebida era algo tão comum que os embriagados viviam mais nos bares do
que nos lares; tamanha era a criminalidade que não podiam andar nas ruas, à noite.
Todavia, quando Deus derramou do Seu Espírito sobre os Wesleys e Whitfield, a Inglaterra
mudou sua rotina; os bêbados deixaram os bares e voltaram para os lares;os escravos
tornaram-se cidadãos, os marginais voltaram ao convívio social. A sociedade que estava
em ruínas foi reformada por Deus. Sobre este período o historiador Samuel Green disse:
“Toda a maneira de ser do povo inglês se modificou”.39 Quando a igreja é avivada, a

37
OLFORD, Stephen F. Um Grito por Reavivamento. Tradução de Jorge A . P . Rosa. Lisboa, s/d, 1966. P
73.
38
FISHER, Harold A. Avivamentos que Avivam. Tradução de Messias Freire. Rio de Janeiro, Editoras
Livros Evangélicos, 1961, P.92.
39
Apud OLFORD, Stephen F. Um Grito por Reavivamento. Tradução de Jorge A . P . Rosa. Lisboa, s/d,
1966. 185 pp.

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
21
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo
sociedade é impactada. No grande despertamento no país de Gales, em 1904, os bares
fecharam porque não havia mais alcoólatras; os teatros pararam porque não havia mais
expectadores; as casas de jogos faliram, porque não havia mais quem jogasse. A nação
profana passou a ser uma nação cujo Deus era o Senhor.
Ah! Como precisamos de um avivamento do céu, que transforme nossa sociedade.
Nossa nação está doente, infectada com amarga miséria; as crianças então abandonadas e
famintas; os ricos, cada vez mais ricos, e robustos; os valores imorais são tidos como
valores legais; o homossexualismo não é mais motivo de escândalo e o adultério é motivo
de orgulho; a violência é maior que as autoridades; a televisão com seus valores imorais é
mestra, que educa o povo. Isso é motivo para não cessarmos de clamar a Deus, para que o
mesmo abale a igreja e transforme nossa pátria, e nos faça um povo onde Ele seja o
Senhor.

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
22
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo

CONCLUSÃO

Agora que chegamos juntos ao fim deste trabalho, esperamos ter lançado luz sobre
o importante assunto abordado, a ponto de podermos entender a gravidade da crise vivida
pela igreja contemporânea, na sua falta de credibilidade no mundo. Como vimos às razões
do descrédito da igreja estão relacionadas, a questões internas da igreja. O problema do
cristianismo contemporâneo tem sido permitir que o espírito da nossa época entre em seu
arraial secularize nosso povo.
Esta é a razão que a proposta deste trabalho é desafiá-la a volta-se para Deus com
fé ortodoxa, e vida prática; ambas baseadas na verdade de Deus como revelada nas Santas
Escrituras. O que só é possível se a igreja experimentar um verdadeiro avivamento
produzido nos céus e não na terra. Somente ele produzirá um despertar de Deus os cristãos
viver o verdadeiro cristianismo, e ser considerados, de fato, cristãos tais como os
discípulos em Antioquia.
Por isso, precisamos clamar a Deus para que Ele intervenha em nossas igrejas,
transformando nossas vidas e caráter, nossas famílias e negócios, nossa grande impiedade
em uma profunda piedade, nossa vida de falsidade, em uma vida de santidade. Precisamos
de um avivamento que abale as nossas igrejas, fazendo-nos um povo vivo e santo e
transforme nossa sociedade, fazendo de nós uma nação justa, próspera, cujo Deus
Soberano seja o Senhor. Pois somente assim o mundo crerá novamente nos crentes.
A Deus toda a glória!

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
23
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo

BIBLIOGRAFIA

Apostilhas.

LADEIA, Donizeti Rodrigues, Manual Metodológico para produção de monográfica:


Anotações de Aulas, da matéria metodologia, apresentadas no Seminário Teológico José
Manuel da conceição. São Paulo. 1° Semestre 2008. 33 p.

LADEIA, Donizeti Rodrigues, Guia para Confecção de Projeto de Pesquisa: Anotações


de Aulas, da matéria metodologia, apresentadas no Seminário Teológico José Manuel da
conceição. São Paulo. 1° Semestre 2008. 08 p.

LADEIA, Donizeti Rodrigues, Anotações de Aula Sociologia Geral: Anotações de Aulas


apresentadas no Seminário Teológico José Manuel da conceição. São Paulo. 1° Semestre
2008. 20 p.

Bíblias:

A BÍBLIA VIDA NOVA. Editor responsável: Russel P. Schedd. Antigo e Novo


Testamento traduzido por João Ferreira de Almeida. 2 ed. São Paulo, Editora Vida Nova,
1988. 1065 pp.

BÍBLIAS DE ESTUDO GENEBRA. Editor Geral: R. C. Sproul. Editor em português:


Cláudio Antônio Batista Marra. Antigo e Novo Testamento traduzido por João Ferreira de
Almeida. 2 ed. Revista e atualizada. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade
Bíblica do Brasil, 1999. 1728 pp.

BÍBLIA SAGRADA: Nova Versão Internacional. Sociedade Bíblica Internacional, 2003.


1002 pp.

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
24
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo

Dicionários:

FERREIRA, Aurélio. Buarque de Holanda. Minidicionário da Língua Portuguesa. 3 ed.,


Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira S.A., 1993. 557pp.

Enciclopédia:

CHAMPLIN, Russel Norman. “Reavivamento”. In: CHAMPLIN, Russel Norman;


BENTES, João Marques. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Tradução João
Marques Bentes. 4 ed., São Paulo, Editora Candeia,1997. 5 v., p. 570-571.

Livros:

AGRESTE, Ricardo. Igreja? Tô Fora! Santa Bárbara D'Oeste. Editora: SOCEP, 2007.
120 p.

ALLEN, E. William. História dos Avivamentos Religiosos. Tradução de Helcias Câmara.


Rio de Janeiro, Casa Publicadora Batista, 1958. 101 pp.

AMORESE, Rubem. Icabode. Da mente de Cristo à consciência moderna. Viçosa:


Ultimato, 1998, (Cap. 7: 165-188).

ANGLADA, Paulo. Spurgeon e o Evangelicalismo Moderno. São Paulo, Editora Os


Puritanos, 1996. 50pp.

BIÉLER, André. A Força Oculta dos Protestantes. São Paulo: Cultura Cristã, 1999,
(Prefácio e Introdução – pags. 17-49).

BIÉLER, André. O Pensamento Econômico e Social de Calvino. Trad. Luz, Waldyr


Carvalho. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1990, 673 p.

CALVINO, João. As Pastorais. São Paulo: Ed. Paracletos, 1998. 379 p.

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
25
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo

CÉSAR, Elben M. Lenz. História da Evangelização do Brasil. Viçosa, Editora Ultimato,


2000. 191 pp.

CLOUSE, Robert G., Pierard, Richard V., Yamauchi, Edwin M.. Dois Reinos. São Paulo:
Cultura Cristã, 2003, ( Cap. 21: pags. 495-517).

EBY, David. Pregação Poderosa para o Crescimento da Igreja: O papel da pregação


em igrejas em crescimento. São Paulo, Editora Candeia, 2001. 230 pp.

EVANS, E. Reavivamento: sua origem, progresso e realizações. São Paulo, Publicações


Evangélicas Selecionadas, s/d. 30 pp.

HORTON, Michael. O Cristão e a Cultura, São Paulo, Editora Cultura Cristã, 1998,

HORTON, Michael Scott. Religião de Poder. Igreja sem fidelidade bíblica e sem
credibilidade no mundo. São Paulo: Cultura Cristã, 1998, (Cap. 2: pags. 33-47).

FISHER, Harold A. Avivamentos que Avivam. Tradução de Messias Freire. Rio de


Janeiro, Editoras Livros Evangélicos, 1961, 215 pp.

FONSECA, Gilson Altino. Noções Básicas de Monografia. Patrocínio, Editora Reggraf,


1997. 34pp.

GEORGE, Timothy. Teologia dos reformadores. Trad. Gérson Dudus, Valéria Fontana.
São Paulo: Vida Nova, 1993. 339 p.

LLOYD-JONES, Martyn. Avivamento. Tradução de Inge Kaenig. 2 ed. São Paulo,


Publicações Evangélicas Selecionadas, 1993. 320 pp.

LOPES, Hernandes Dias. Avivamento Urgente: como buscar um avivamento autêntico e


preparar o caminho para a sua chegada. 4 ed. Venda Nova, Editora Betânia, 1994. 108 pp.

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
26
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo
LOPES, Hernandes Dias. Piedade e Paixão: A vida do ministro e a vida do seu ministério.
São Paulo, Editora Candeia, 2002. 96 pp.

OLFORD, Stephen F. Um Grito por Reavivamento. Tradução de Jorge A . P . Rosa.


Lisboa, s/d, 1966. 185 pp.

RAVENHILL, Leonard. Porque Tarda o Pleno Avivamento? Tradução de Myriam


Talitha Lins. Venda Nova, Editora Betânia, 1989. 160 pp.

MACARTHUR John F Jr., Com Vergonha do Evangelho, trad. Eros Pasquini. São Paulo:
Editora Fiel, 1997 287 p.

MACARTHUR, John. Pense Biblicamente. Recuperando a visão cristã de mundo. São


Paulo: Hagnos, 2005, (Cap. 7: pags. 199-229).

MACDOWELL, Josh. Evidências Históricas que Exige um Veredicto. Evidencias


históricas da fé cristã. 2ª Ed., São Paulo: Candeia, 1992,

McGRATH, Alister E.. Apologética Cristã no Século XXI. Ciência e arte com
integridade. São Paulo: Vida, 2008,

_________, Paixão Pela Verdade. A coerência intelectual do evangelismo. São Paulo:


Shedd Publicações, 2007, (Cap. 5: pags.169-202).

_________, Teologia Histórica. Uma introdução a história do pensamento cristão. São


Paulo: Cultura Cristã, 2007, (cap. 4: pags. 233 a 273).

KUYPER, Abraham. Calvinismo. São Paulo: Cultura Cristã, 2002. 208p.

SMITH, Oswald J. David Brainerd: sua mensagem para os nossos dias.Tradução de


Waldemar W. Wey. Belo Horizonte, Edições Renovação Espiritual, 1961. 108 pp.

SMITH , Oswald. O Fogo Consumidor. Tradução de Waldemar W. Wey. 3 ed. São Paulo,
Editora Vida, 1995. p.

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
27
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo

SMITH, Oswald. Paixão pelas Almas. 27 ed. São Paulo, Editora Vida, 1996. 124 pp.

STEGEN, Erlo. Avivamento na África do Sul. Tradução de Augustus Nicodemos Lopes.


São Paulo, Editora Os Puritanos, 1996. 78 pp.

STEWART, James Alexandre. Quando Desceu o Espírito: A história de Evans Roberts


e o reavivamento no país de Gales. Tradução de Waldemar W. Wey. Belo Horizonte,
Editora Renovação Espiritual, [1966].100 pp.

TOGNINI, Eners. Avivamento Real. São Paulo, Editora Enéas Tognini,1969. 58 pp.

TRASK, Thomas E. (editor). O Pastor Pentecostal. Tradução de Luiz Aron de Macedo.


Rio de Janeiro, Casa Publicadora das Assembléias de Deus. 1999. 672 pp.

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENSIE. Apresentação de Trabalhos


Acadêmicos: guia para alunos. São Paulo: Editora Mackenzie, 2009.

Revistas:

GOUVÊA, Ricardo Quadros. "A Morte e a Morte da Modernidade: Quão Pós-


moderno é o Pós-modernismo?" em Fides Reformata, 1/2 (Julho-Dezembro 1996) 59-70

CAMPOS, Heber Carlos de. O pluralismo do pós-modernismo. Fides Reformata. Vol. II,
N° 1 (1997).

SCHALKWIJK, Frans Leonard. Aprendendo da História dos Avivamentos. In: LOPES;


Augustus Nicodemus; MATOS, Alderi de Souza. Fides Reformata. São Paulo, v.2 , n. 2.
jul/dez, 1997. p.61-68.

NETO, F. Solano Portela. A Mensagem da Reforma para os Dias de Hoje. In: MATOS,
Alderi Souza de; LOPES, Augustus Nicodemos. Fides Reformata. v.2, n.2. jul/dez, 1997.
p.22-34.

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com
28
Descrentes dos crentes: a igreja sem credibilidade no mundo

Internet:

http://www.mai.org.br/

http://www.ibge.gov.br

CÉSAR, E. M. Lenz. Que diferença fazem os evangélicos? In: Entrevista com Elben Lenz
César ao instituto Jetro. Dados disponíveis em:
<http://www.institutojetro.com.br/lendoentrevista.asp?t=&a=892> Acessado em 29 de
Nov. de 2009

MEISTER, Mauro. Os Filhos de Deus e a Cultura Popular. Artigo. Disponível em:


<http://www.monergismo.com/textos/cultura/filhos_deus_cultura_meister.htm> Acessado
em: 08 Maio de 2008.

BARRETOS, Francisco A. A importância da História na vida cristã. Artigo disponível em:


<http://www.iprb.org.br/artigos/textos/art51_100/art85.htm> acessado em: 09/06/08

Jailson Santos – www.JAILSONIPB.blogspot.com


Contato: sem.jailson@gmail.com

You might also like