Ano XL - nº 271 - AGOSTO - 2006

2 ducave

É agosto. E nova etapa se inicia. É

tempo de você, aluno, redobrar seus es-
forços para que consiga ultrapassar a
barreira do vestibular ou dos módulos
do ingresso seriado (PISM).
É tempo de lembrar algumas perso-
nalidades que ajudaram, de formas di-
uma marca nos eventos do
ferentes, a construir um mundo melhor.
CAVE. Este ano, teve como tema
Através da Literatura: Guimarães Rosa
MAGIA e BRUXARIA. Foi muito bo-
– 50 anos de Grande sertão: veredas;
nita e nossos alunos curtiram muito es-
Mario Quintana: 100 anos de pura poe-
colher e até mesmo confeccionar suas
sia; Freud: possibilitou o homem saber
fantasias que, por sinal, estavam bem
um pouco mais sobre si mesmo; Mo-
criativas.
zart: sensibilizou o ser humano através
É uma festa que visa à confraterni-
de sua música; Santos Dumont permitiu
zação entre os alunos do CAVE e à pra- versos gêneros tex-
que o homem voasse com ajuda de asas
tica da solidariedade, uma vez que, para tuais comuns nos jor-
artificiais.
pegar o ingresso, era necessário fazer nais. Não foi um trabalho que visava
Eles revolucionaram a existência;
uma doação. Tivemos também a coroa- nota, mas sim o desafio de sair da ro-
assim como é possível que você tam-
ção da nossa Miss 2006, que foi eleita tina e produzir textos com conteúdo
bém procure contribuir de alguma for-
entre as diversas candidas escolhidas pe- embasado nas mais diversas discipli-
ma para isso.
los alunos da sala que cada uma estava nas, conversa e entrevista com os pro-
Na finalização do nosso primeiro se-
representando. fessores. Estes jornais poderão ser li-
mestre, tivemos a tradicional Festa à
O CAVE agradece a todos que parti- dos na íntegra no site do CAVE, a par-
fantasia que já se tornou
ciparam e colaboraram na realização tir do dia 15 deste mês. Vale a pena
deste evento. conferir.
Gostaria de registrar, neste núme- Para terminar, é importante lembrar
ro, os parabéns aos vários alunos do que dia 29 de agosto é o Dia Nacional
PISM III que produziram jornais com do Combate ao Fumo. Abrace esta cau-
excelente qualidade visual e textos mui- sa. Não fume.
to bem escritos. Essa atividade surgiu Boas vindas aos alunos do PISM I,
a partir de várias unidades, trabalha- II, intensivo e bom retorno aos demais.
das por mim, com os di- Um grande abraço.
Nilcilea Peixoto
Professora de Português

Conheça um pouco sobre os grandes nomes

da página 1, visitando os sites abaixo:
- mozart.infonet.com.br;
Estas ilustrações são as - www.sbpsp.org.br/diretoria_cientifica/centenario.asp;
primeiras páginas dos
jornais criados pelos
- www.santos-dumont.net;
alunos do PISM III. - www.novae.inf.br/bicarato/nasceumaobra/index.htm;
- www.estado.rs.gov.br/marioquintana.

Erramos na última edição do jor- EXPEDIENTE

nal ducave (nº 270), no texto da página
8, “De Julio Verne a Santos Dumont”.
A data correta da publicação do livro
Cinco semanas em um balão é 1863,
e 1888 é o ano em que Santos Dumont
vai a São Paulo e começa a trabalhar
com a idéia de um balão dirigível.
Ano XL - nº 271 - AGOSTO - 2006
Raquel N. Carvalho: jornalista responsável. Reg. Profissional Mtb-MG 4230
Nilcilea Peixoto: coordenação editorial Ana Maria da Silva: revisão
Cláudia Mourão: colaboradora Tiragem: 1.600 exemplares
Vitor Gonçalves: editoração eletrônica e Impressão: CAVE Editora Ltda.
arte final
O Ducave está na íntegra no site do CAVE na Internet
http://www.cave.com.br/noticias/jornal/ducave.php
Fale conosco: nilcilea@uol.com.br
ducave 3

Curso de Letras, o que oferece?

O curso de Letras da Universidade Fe-
deral de Juiz de Fora oferece habilitações
em Português, Latim, Inglês, Francês, Ita-
liano e Espanhol, e suas respectivas Lite-
raturas. Isso significa a formação de pro-
fessores, que poderão atuar nessas áreas
nos ensinos fundamental e médio. Além
dessas licenciaturas, o aluno poderá op-
tar pelo Bacharelado em Tradução, op-
ção oferecida em língua inglesa.
O curso funciona em dois turnos:
diurno e noturno. O curso diurno tem a
duração de quatro anos, e o noturno, de
quatro anos e meio.
A Faculdade de Letras da UFJF (FALE)
abriga o curso de graduação (descrito acima)
e ainda Cursos de Especialização em Lín-
gua Portuguesa e em Estudos Literários,
além do Mestrado em Letras, que é apro-
vado pela Capes/MEC.
Com um corpo docente altamente qua-
lificado (todos são Mestres e 90% são
Doutores), o curso oferece muitas pos-
sibilidades de melhor formação aos alu-
nos. Há programas de Monitoria, de Ini-
ciação Científica, e de Extensão. São pro-
gramas que oferecem orientação e bolsas
aos estudantes selecionados para atuarem
junto às pesquisas e outras atividades dos
professores.
A FALE tem hoje uma boa infra-es-
trutura, com infocentro (centro de com-
putadores para as pesquisas dos alunos),
salas de estudo e reunião, anfiteatro e au-
ditório multimeios, laboratórios para es-
tudos de línguas estrangeiras, o que pro-
picia aos estudantes uma vivência que vai
além da sala de aula.
Quanto à vida cultural, há mostras re-
gulares de cinema, tendo os professores
como debatedores; há grupos estudantis
de teatro e música, e ainda uma progra-
mação regular de seminários e simpósi-
os, o que torna a formação acadêmica
mais completa e o convívio mais agradá-
vel e proveitoso.
Terezinha Scher Pereira
Professora de Literatura e Diretora da FALE/UFJF

Aproveite as oportunidades
A vida é repleta de escolhas. Enquan-
to somos crianças, há pessoas que são
responsáveis por tomá-las por nós. Cres-
cer significa trilhar caminhos e ser res-
ponsável pelas conseqüências. Desafios?
Todos são válidos, se você souber con-
duzi-los. E conduzir significa, nesse caso,
correr atrás e usufruir dos melhores re-
sultados possíveis. Entrar em uma facul-
dade, para muitos, além de um sonho é
também um desafio. Que tal se formar e
ser um profissional brilhante como aque-
le que você sonhava ser quando criança?
Pois é... Não é tão fácil, mas assim que
passar no vestibular comece a traçar seus
planos para atingir a sua meta e não deixe
de aproveitar tudo, pois as oportunida-
des passam.
A pessoa é a responsável pelo próprio
sucesso e quando as portas estão aber-
tas, é muito mais fácil. A Universidade
Federal de Juiz de Fora é um exemplo de
“porta” que eu posso dar. Assim que en-
trar para uma faculdade, já comece a fi-
car de olho. Não perca a oportunidade
de conhecer novas áreas, pessoas e par-
ticipar de projetos por que você se inte-
ressa e nunca se imaginou fazendo parte.
Ao final, você vai ver que tudo valeu a
pena e que seu tempo na Universidade
foi aproveitado da melhor maneira possí-
vel. Bem clichê, mas é verdade: Conhe-
cimento nunca é demais.
Vejo muitas pessoas falarem que a fa-
culdade não era o que ela esperava. Para
quem não corre atrás, não é mesmo. Cada
um tem um perfil, uma coisa de que gos-
ta e não existe um curso que satisfaça
integralmente os seus anseios. Sendo as-
sim, se a pessoa levou o curso como se
estivesse estudando para passar de ano
(como muitas vezes acontece), ela sai
frustrada e ainda se pergunta: por que
fulano da minha sala se deu tão bem
na profissão e eu não? Está aí a
diferença.
Você tem que pensar que, além
de estar em uma das melhores épo-
cas da vida, ser universitário signi-
fica sair, conhecer pessoas, fazer
mil coisas ao mesmo tempo e cur-
tir cada momento. Mas você não
deve se esquecer de que já está se
preparando para o mercado de tra-
Empresa Júnior da Faculdade de Comunicação UFJF
balho e que, às vezes, seu colega
de sala pode ser seu futuro chefe. Por sa júnior. Nessa atividade, o aluno gere
isso, é tão importante fazer contatos, bus- uma empresa, tem contato com clientes,
car os caminhos e aprimorar na área de realiza projetos e já começa a atuar no
seu interesse. E, para isso, a faculdade é mercado de trabalho. A outra forma é cur-
o primeiro passo. Deixar para se preocu- sar matérias de outros cursos e, princi-
par com o futuro depois da formatura nem palmente, as línguas estrangeiras. Além
sempre é a melhor escolha. de aprofundar seu conhecimento em áre-
As bolsas são uma alternativa para as específicas, isso enriquece demais o
quem quer colocar em prática algum pro- seu currículo. Ler bastante, não somente
jeto que lhe interesse, sob a orientação as obras relativas ao seu curso, mas tam-
de professores e, ainda, recebendo uma bém, jornais, revistas e obras literárias
remuneração. Na UFJF, por exemplo, as ajudará a torná-lo um profissional dife-
bolsas de iniciação científica são ideais renciado.
para os que adoram pesquisar. Nela, os Fora as oportunidades que citei, há
alunos desenvolvem projetos na área es- muitas outras que são específicas de cada
colhida e apresentam os resultados. A curso. Basta procurar e ficar atento. Em
monitoria é a oportunidade de colocar em todos os cursos há murais que, muitas ve-
prática o que foi aprendido em aula, re- zes, os alunos não dão atenção. Mas neles
passando o conhecimento aos alunos de há oportunidades de estágios, de cursos e
períodos anteriores e trocando experiên- eventos (palestras e congressos) que com-
cias. É uma ótima oportunidade para plementam o ensino de sala de aula. As-
quem quer ser professor. Há, também, sim que você entrar na faculdade você vai
projetos específicos em que o estudante ver e conhecer todas essas alternativas.
aprende o que é ensinado na aula através Fique sempre atento, pois as oportunida-
de estágios. As bolsas têm duração de um des passam e nem sempre voltam. Às ve-
ano e atualmente são de R$ 200,00. zes uma porta que se fecha é sinal que
E as oportunidades para trilhar o seu muitas janelas se abrirão para você. Basta
caminho dentro na Universidade não pa- querer e correr atrás, pois esperar que a
ram por aí. Há outras formas de se capa- sorte faça tudo por você... É fria!!!
citar em uma área de interesse, como, Cláudia Mourão
por exemplo, ser um membro de empre- Colaboradora
4 duca
A hora e a vez do PISM
Este é o seu momento, e não pode
esperar mais! Depois que você entrou
na primeira série do Ensino Médio, de-
parou-se com o aprofundamento de con-
teúdos, com mais cobranças de estudos
e, ao mesmo tempo, com uma série de
indagações envolvendo a sua escolha vo-
cacional e o PISM (Programa de Ingres-
so Seletivo Misto) ou outros programas
de ingresso de diversas Universidades.
Nesta avalanche de mudanças, surgem
os professores alertando-o sobre a ne-
cessidade de ter atenção nas aulas, de
fazer exercícios, de criar hábito de estu-
dos regulares e de manter um bom apro-
veitamento nas avaliações.
É... Você se tornou o centro das aten-
ções e não sabe o que fazer. No entan-
to, veja que não é o fim do mundo e
que os Programas de Ingresso, na for-
ma seriada, foram criados para estudan-
tes do Ensino Médio, ou seja, exatamen-
te para estudantes como você.
Por uma questão lógica, temos que
reconhecer que é melhor dividir o estu-
do em três etapas do que passar um ano
estudando loucamente um extenso con-
teúdo, com uma angústia pela certeza
de enfrentar uma cruel concorrência. É
vantajoso pensar que as questões de pro-
vas são elaboradas e adequadas ao seu
nível de estudo, com o grau de dificul-
dade apropriado para o seu momento de
escolaridade. Se você estiver prepara-
do, não se sentirá com aquele “frio no
estômago” uma vez que terá outras
oportunidades para demonstrar seu co-
nhecimento e, assim, o “trauma” do ves-
tibular poderá desaparecer da sua vida.
Pensando bem, a sua vida poderá se
tornar muito mais interessante se o seu
estudo estiver comprometido com a re-
alidade. Nada de memorização, pura e
simples. De que adianta saber nomes,
datas e fórmulas, se você não sabe como
ou em que aplicá-las? Tem de haver pra-
zer de aprender e, sem dúvida, você
poderá descobri-lo, se perceber que é
possível transpor os limites do tempo e
do espaço, que é possível encontrar ele-
mentos do passado no presente e vice-
versa, que os versos dos poetas expri-
mem o que você gostaria de dizer para
o seu amor, e que, ao discutir a Ordem
Mundial, você vislumbrou possibilidades
de mudanças que poderiam tornar a re-
alidade mais justa.
As questões das provas do PISM pro-
curam avaliar os seus conhecimentos
básicos, o seu domínio sobre a lingua-
gem científica, a sua habilidade para in-
terpretar os fenômenos físicos e a sua
capacidade de resolver situações bási-
cas do cotidiano. São questões com char-
ges, reportagens de jornal,tirinhas, aná-
lises de filmes ou documentários exibi-
dos pela televisão, relacionados com os
conteúdos que lhe foram ensinados du-
rante o ano. O importante é estar atento
ao que está acontecendo.
Assim é estudar. Assim é aprender.
O conhecimento nos abre caminhos e
nos permite ter critérios de escolhas.
Pense nisso.
Estruture o seu estudo e, com cal-
ma, comece a pensar no curso universi-
tário que você pretende, e na sua voca-
ção. A escolha de uma profissão está
dentro de cada um de nós, e a certeza
do caminho a ser trilhado só acontece
Mafalda
quando paramos para nos observar di-
ante da realidade. O estudo, a afinidade
com determinados conteúdos, o conhe-
cimento de como é o exercício da pro-
fissão, são aspectos que poderão lhe ser-
vir de orientação. Mas, a escolha profis-
sional não é essencial, nos dois primei-
ros anos do Ensino Médio. Não tenha
pressa, não fique angustiado. Converse
com profissionais da área que está lhe
interessando, troque idéias com seus co-
legas, com seus pais e leia sobre assun-
tos relacionados aos seus interesses –
estes passos poderão lhe ser úteis.
Finalmente, o mais importante é o
seu estudo, e o segredo está em fazê-lo
com seriedade, concentração e regulari-
dade. Aqui no CAVE você encontra o
apoio necessário para não se sentir so-
brecarregado pelo excesso de tarefas e
cobranças. Este segundo semestre é fun-
damental, pois ainda é tempo de correr
atrás da qualidade, de mais informações
que lhe dêem a base necessária para a
segurança. É importante fazer exercíci-
os que sejam direcionados para o PISM.
Através deles, você faz a revisão e a fi-
xação do conteúdo e conhece as dife-
rentes possibilidades de um assunto ser
cobrado em prova. Por isso, criamos no
CAVE, para os alunos da primeira e da
segunda série, aulas de apoio, que enfo-
cam o que é essencial em cada conteú-
do. Nestas aulas você fará muitos e mui-
tos exercícios para fixar a matéria. Par-
ticipe bastante delas!
Não vale apenas o desejo de entrar
na Universidade. É preciso ter a garra e,
acima de tudo, perseverança. A experi-
ência, a presença amiga e a orientação
de seus professores lhe transmitirão a
confiança de estar preparado para obter
o sucesso que você procura.
Bom proveito e boa sorte.
Ana Maria Beraldo Crespo
Professora de História
ave 5

Construir ou plantar
“Cada pessoa, em sua existência, pode ter duas atitudes:
Construir ou Plantar
Os construtores podem demorar anos em suas tarefas, mas
um dia terminam aquilo que estavam fazendo. Então param, e ficam
limitados por suas próprias paredes. A vida perde o sentido quando
a construção acaba.
Mas existem os que plantam. Estes às vezes sofrem com as
tempestades, as estações, e raramente descansam. Mas, ao contrá-
rio de um edifício, o jardim jamais pára de crescer.
E, ao mesmo tempo que exige a atenção do jardineiro, tam-
bém permite que, para ele, a vida seja uma grande aventura.
Os jardineiros se reconhecerão entre si porque sabem que na
história de cada planta está o crescimento de toda terra.”
Paulo Coelho

A credito ser interessante fazer

algumas comparações entre
este pensamento de Paulo Coelho e vo-
cês alunos que estão vivendo esta con-
turbada fase de vida que é o vestibular.
Vamos refletir juntos. No início do
ano, plantamos mais uma semente em
nossas vidas, e durante ele estamos cui-
dando da terra, aguando a semente para
que esta se desenvolva com vitalidade e
brilho.
Podemos comparar a terra com nos-
sas vidas, que são a base para que venha-
mos nos desenvolver com saúde e felici-
dade. Mas, é bom lembrar que o excesso
pode vir a prejudicar. Se colocarmos mui-
ta água ou adubo na nossa planta, ela po-
derá não reagir bem, como também, se es-
tudarmos muito e sem qualidade podemos
acabar prejudicando nosso rendimento. O
que conta agora, como já dito, é a quali-
dade e não a quantidade.
Vamos buscar ser sempre bons jar-
dineiros e nos prepararmos para as tem-
pestades, as mudanças de estações, mas
nunca deixando de enfrentá-las saben-
do que, depois dessa tempestade, vive-
remos lindos dias ensolarados.
Cuidar sempre de nossas vidas é mui-
to importante, e se a nossa plantinha não
anda muito bem, temos que procurar
onde está o problema para que possa-
mos consertá-lo.
Alunos, estamos entrando no segun-
do semestre que será decisivo para o
nosso sucesso, e se você andou não cui-
dando bem do seu jardim, não desani-
me, ainda está em tempo de recuperá-
lo, pois nunca é tarde para recomeçar-
mos e planejarmos um novo fim.
Lembre-se: esse jardim poderá lhe
render belos e deliciosos frutos que
será sua aprovação no vestibular!!!
Um grande abraço,
Vivian Werneck

Condutores, Supercondutores,
Isolantes e Semicondutores
Os metais e as ligas me-
tálicas são, hoje em dia, de
grande importância em re-
lação à capacidade dos ma-
teriais conduzirem corren-
te. Pesquisas a respeito de
condutores cada vez me-
lhores para maior conser-
vação da energia transportada assumem
papel importante entre os cientistas.
Os metais e suas ligas são os melho-
res exemplos de condutores. Isto ocor-
re, porque nas ligações metálicas exis-
tem cátions mergulhados em um "mar
de elétrons" que possibilita a condução.
É como se todos os átomos de uma liga-
ção metálica formassem um único orbi-
tal ligante que se espalharia por toda a
peça (liga) metálica. Como a diferença
de energia entre estes elétrons envolvi-
dos na ligação é pequena, é necessária
pouca energia para fazê-los se movimen-
tar por este orbital comunitário. Daí a
grande capacidade dos metais em con-
duzir corrente. Note que a condutivida-
de metálica não é semelhante à conduti-
vidade das soluções iônicas, onde íons
positivos e negativos se movimentam em
relação a uma diferença de potencial. A
condutividade de um metal diminui com
o aumento da temperatura. Isto ocorre
porque, quando aquecidos,
os átomos vibram mais vigo-
rosamente e os elétron em
movimento colidem com es-
tes átomos em vibração, di-
ficultando sua movimentação
através do sólido.
Um supercondutor é um
sólido com resistência zero à passagem de
corrente. Alguns metais se tornam super-
condutores a temperaturas muito baixas.
Outras substâncias são supercondutores de
alta temperaturas e apresentam um gran-
de potencial de uso, pois permitem uma
transmissão de energia mais eficiente, ge-
rando campos magnéticos muito intensos
utilizados para a levitação magnética em
veículos de transportes, como os trens. Um
isolante é um material incapaz de condu-
zir corrente por possuir grande dificuldade
em gerar cargas em movimento.
A água pura, água destilada, é consi-
derada não condutora nas condições am-
bientes, por possuir poucos íons disolvi-
dos. Como há predomínio maciço de
moléculas e estas não apresentam car-
gas em excesso não há condução de cor-
rente. Para que a água pura se torne con-
dutora nas condições ambientes, seria ne-
cessária uma diferença de potencial da
ordem de alguns mega volts.
Semicondutores são substâncias nas
quais a condutividade aumenta com o
aumento da temperatura. A condutivi-
dade de um semicondutor pode ser au-
mentada com a maior oferta de elétrons
disponíveis para conduzir corrente. Isto
é feito com a dopagem do sólido, ou
seja, espalhando-se pequenas quantida-
des de impurezas através dele. Um exem-
plo desta dopagem é feita adicionando-
se arsênio a silício de alta pureza. O maior
número de elétrons de valência do arsê-
nio permite uma melhor condução de
corrente pelo sólido. Na maioria das ve-
zes um condutor metálico possui con-
dutividade muito maior que a de um se-
micondutor, mas é a dependência da
temperatura que irá distinguir os dois ti-
pos de condutores.
A energia é, sem dúvida, uma gran-
de aliada para a resolução de problemas
futuros e se soubermos utilizá-la e trans-
portá-la adequadamente, estaremos ca-
minhando para um futuro de maior con-
forto e comodidade.
Carlos Eduardo Noguères
Referência bibliográfica:
ATKINS, P. W. e JONES L., Princípios de Química -
Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente.
Ed. Bookman.
6 ducave

CPI do Bingos, Marcos Valério, Claudio Lembo, Ronaldo,

o fim do mundo o publicitário o governador o fenômeno

De repente, em pleno momento de
frustração decorrente de nossa vexató-
ria eliminação da Copa do Mundo de
futebol na Alemanha, tentando encon-
trar motivos para reagir, sem perder as
esperanças de que possamos realmente
ser os “melhores do mundo”, olhei em
volta e tentei me questionar sobre no
que seríamos tão melhores assim.
Os últimos acontecimentos em nos-
so país, infelizmente me fizeram pen-
sar o contrário. Vieram-me à memória
os ataques do PCC na capital paulista,
onde a sociedade se viu vítima e refém
do crime organizado com a complacên-
cia das autoridades paulistanas. O que
restou aos cidadãos? Ficar acuados, den-
tro de suas casas, por marginais que de-
veriam estar confinados em presídios
de segurança máxima, mas que, na ver-
dade, não “seguram” ninguém. E con-
tentar-se com medidas banais como a
proibição do sinal de celular em presí-
dios, apresentadas como soluções de
grande envergadura.
Insisti em encontrar exemplos de
nossos maiores valores, recordei-me dos
escândalos envolvendo o governo Lula,
aquele que elegemos com a missão de
fazer o diferente, de resgatar a dignida-
de da política, da ética, do compromis-
so com o povo, mas que, apesar dos
avanços em setores específicos, não se
furtou a alianças com o que havia de
pior em nossa política. Resultado: um
escândalo sem precedentes, que termi-
na na maior “pizza” já produzida no
Brasil e nosso presidente, coitadinho,
não sabia de nada.
Mais uma tentativa, e me vêm à lem-
brança os controvertidos casos envol-
vendo nossa “Justiça”, será mesmo que
o nome é aplicado? Será essa nossa sen-
sação com a liberdade provisória de
réus confessos em seus crimes, como
o caso de Suzana Richthofen e do ex-
diretor do Jornal Estado de S. Paulo,
jornalista Antônio Pimenta Neves, que
assassinou a namorada a tiros?
Estive perto de desistir, estava qua-
se concluindo que falimos e que a úni-
ca solução seria começar tudo de novo,
fechar, embalar e mandar entregar este
país em um lugar muito longe daqui,
que somente assim colocaríamos fim
nos desmandos, na corrupção, na im-
punidade, nessa balbúrdia em que nos
encontramos, mas me recusei a simples-
mente aceitar esta triste realidade.
Veio-me à lembrança um slogan
muito divulgado: “SOU BRASILEIRO
E NÃO DESISTO NUNCA!”. Essa
frase tem um peso muito interessante,
combina a afirmação de nossa nacio-
nalidade com a firmeza de que conti-
nuaremos tentando. Recordei-me tam-
bém de uma frase dita por uma aluna
da sala “EUA”, “Meu orgulho de ser
brasileira vai além da falta de garra
da seleção”. Que a cada dia nossos lí-
deres e ídolos nos envergonhem, mas
que saibam que a cada derrota, que a
cada escândalo, estaremos mais forta-
lecidos, mais resistentes e com a obsti-
nação dos
esperanço-
sos, busca-
remos no-
vos lideres e
construire-
mos novos
ídolos capa-
zes de honrar com a plenitude devida
nosso orgulho por nossa pátria, nosso
amado BRASIL!
Rogério Siqueira de Oliveira
Professor de História

A quem será atribuída a derrota nesta Copa?

Tragicamente repetimos a
história de 98, mas desta vez,
quem teve a convulsão? Antes de
criticarmos, vamos parar e pen-
sar acerca da situação do país em
que vivemos, antes de apontar os
erros vamos olhar para esta so-
ciedade contraditória a qual, des-
percebidamente, julgamos patri-
ota torcedora. Como podemos
classificá-la assim, se em sua
maioria há o descaso, a violên-
cia e a corrupção? Estamos can-
sados de ouvir isto, mas quem de
nós se levanta para modificar este
cenário? Com certeza, neste sá-
bado, presenciamos esta duali-
dade, vimos muitos brasileiros
que “vestem a camisa” nas ruas
após o fatídico 1x0 para os fran-
ceses, festejando e, assim, per-
dendo a razão de se manifestar e
acusar qualquer um pelo inciden-
te. Há a necessidade de mudar o
nosso ponto de vista e julgar com
bom senso o fato que esta Copa
nos faz refletir. Então, utilize-
mos inteligência ao votar
nessas eleições, para
modificarmos esta
imoralidade que cor-
rompe a socieda-
de pública e privada. Tomemos
cuidado com prováveis novas
convulsões... E, voltando ao co-
tidiano, não devemos nos esque-
cer de nossos adversários, vol-
temos a vestir a camisa de vesti-
bulandos, concentrados e deter-
minados na vitória deste jogo.
Roberto Bastos Toffano
3ª série
BRASIL 0 X 1 FRANÇA
ducave 7

Jogo do amor

Alex Martoni
Professor de Literatura
Como participar:
Envie perguntas ou relatos sobre experiências amorosas
em até 6 linhas para o email: nilcilea@uol.com.br
8 ducave

A festa à fantasia, que aconteceu no

dia 16 de julho, no Privilège, além de
promover uma confraternização entre os
alunos do CAVE, foi também um evento
beneficente. Na compra do ingresso para
a festa, era necessário que os alunos
fizessem doações, para a ESCOLA
MUNICIPAL JOÃO PANISSET. Letícia e Laísa Galil, Miss CAVE 2005
Cerca de 800 kits escolares e de
limpeza foram arrecadados e estes
serão entregues, na primeira semana de
agosto, pela coroada Miss CAVE 2006.

Letícia de Oliveira Lambert, Miss CAVE 2006

Renata e Lawrence Matheus Pontes Gomes

PREMIAÇÃO
PARA A MISS
CAVE 2006

Ipasoft:
Celular com câmera
Churrasqueira:
Jantar com acompanhante
Criss:
Vestido
Privilège:
Cartão Vip para
todas as candidatas