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1. PROGRAMA DA DISCIPLINA 1
1.1 EMENTA 1
1.2 CARGA HORÁRIA TOTAL 1
1.3 OBJETIVOS 1
1.4 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1
1.5 METODOLOGIA 1
1.6 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2
1.7 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 2
CURRÍCULO RESUMIDO DO PROFESSOR ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
2. INTRODUÇÃO 3
3. CONCEITOS BÁSICOS 8
4. CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS 12
7.1 INTRODUÇÃO 24
7.1.1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO 24
7.1.2 CUSTEIO DIRETO 25
7.1.3 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 25
7.1.4 COMPARAÇÃO ENTRE OS CRITÉRIOS (DIRETO E POR ABSORÇÃO) 26
7.1.5 ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO PELO SISTEMA DE
CUSTEIO POR ABSORÇÃO 29
7.1.6 ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO PELO SISTEMA DE
CUSTEIO DIRETO 30
7.1.7 A RELAÇÃO CUSTO – VOLUME – LUCRO 31
7.1.8 ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO 31
7.1.9 PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL 31
7.1.10 PONTO DE EQUILÍBRIO ECONÔMICO 31
7.1.11 PONTO DE EQUILÍBRIO FINANCEIRO 32
8. CUSTO ABC 36
8.1 INTRODUÇÃO 36
8.2 OS BENEFÍCIOS E AS RESTRIÇÕES DO ABC 37
8.3 ATRIBUIÇÃO DE CUSTOS ÀS ATIVIDADES 38
8.4 IDENTIFICAÇÃO E SELEÇÃO DOS DIRECIONADORES DE CUSTOS 40
80 horas.
1.3 Objetivos
1.5 Metodologia
Contabilidade de Custos
1.6 Critérios de avaliação
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
Contabilidade de Custos
2. Introdução
Passaremos a expor alguns conceitos breves que nos auxiliarão a desenvolver a tese de
que as técnicas de Contabilidade de Custos constituem um poderoso instrumento nas
mãos do administrador para o eficiente desempenho de suas funções.
Importante notar que durante muito tempo se pensou que a Contabilidade de Custos se
referia apenas ao custeamento dos produtos e que servia somente às empresas
industriais. Todavia, atualmente, esse ramo da Contabilidade é constituído de técnicas
que podem ser aplicadas a muitas outras atividades, inclusive, e principalmente, aos
serviços públicos e ainda às empresas não-lucrativas.
A idéia básica de custos, atualmente, é de que eles devem ser determinados, tendo em
vista o uso a que se destinam. A “diversidade de objetivos da Contabilidade de Custos
torna difícil estabelecer um só tipo de custo da produção, que se adapte a todas as
necessidades. Cada utilização de custo requer, de fato, diferentes tipos de custos”. Por
isso, a Contabilidade de Custos, quando acumula os custos e os organiza em
informações relevantes, pretende atingir três objetivos principais: a determinação do
lucro, o controle das operações e a tomada de decisões.
Contabilidade de Custos
deverá ser feita para transformá-los em informações úteis. Por exemplo, a separação dos
custos em aplicados e periódicos já vai fornecer resultados mais realísticos à
Administração. A acumulação dos custos por fases de fabricação, por departamentos e
por produtos resultará em apropriações mais racionais. O atendimento do princípio
contábil de que a toda renda devem ser computados os custos necessários para realizá-la
é a maneira mais usada e correta para o levantamento do lucro do período.
O sistema de custos-padrão, adotado pelas empresas industriais e que também pode ser
empregado para o controle de outras atividades, é instrumento valioso à disposição do
administrador o qual permite a criação de metas contra as quais medir os resultados.
A separação dos custos em relação ao volume, isto é, dos custos fixos e custos
variáveis, fornecerá ao contador meios para dar melhores informações à administração
em termos de controle (por exemplo, os orçamentos flexíveis) e em termos de auxílio ao
processo decisório (por exemplo, a análise do ponto de equilíbrio).
Neste ponto é que reside a maior utilidade das técnicas de Custos. Os dados de custos
são manipulados de formas diferentes, objetivando emprestar-lhes a significação exigida
para a solução dos mais complexos problemas que enfrenta o administrador.
É sabido que existem fatores qualitativos de extrema importância que devem ser levados
em conta ao se tomar uma decisão. Todavia, mesmo reconhecendo que existem
elementos imponderáveis na escolha de uma alternativa, este processo será mais válido
se auxiliado por fatores de natureza quantitativa.
Contabilidade de Custos
2. A determinação dos custos de qualquer natureza;
3. A determinação dos custos dos setores de uma organização;
4. A redução dos custos dos fatores de produção, de qualquer atividade ou de
setores da organização;
5. O controle das operações e das atividades de qualquer organização;
6. A administração, quando esta deseja tomar uma decisão, estabelecer planos ou
solucionar problemas especiais;
7. O levantamento dos custos dos desperdícios, do tempo ocioso dos operários, da
capacidade ociosa do equipamento, dos produtos danificados, do trabalho
necessário para conserto, dos serviços de garantia de produtos;
8. A determinação da época em que se deve desfazer de um equipamento, isto é,
quando as despesas de manutenção e reparos ultrapassam os benefícios advindos
da utilização do equipamento;
9. A determinação dos custos dos pedidos não satisfeitos;
10. A determinação dos custos dos inventários com a finalidade de ajudar o cálculo
do estoque mínimo, do lote mais econômico de compra, da época de compra;
11. O estabelecimento dos orçamentos.
Nesse tempo eram apenas computados os custos diretos: o valor do material consumido
e o valor da mão-de-obra aplicada.
No fim do século passado, vários fatores exigiram que o cantador de Custos desse mais
um grande passo em direção a um maior refinamento. Foi bastante difícil a adoção
generalizada da computação de valores estimados no custo de um produto. Os
contadores se restringiam a contabilizar apenas os custos reais. Era princípio rígido o
registro das transações e das operações somente pelas despesas realmente incorridas.
De qualquer modo, essa primeira fase se caracterizou pela preocupação com o registro
dos custos.
Contabilidade de Custos
A Contabilidade de Custos ganhou corpo, atingindo sua identidade específica e
começou a ser finalmente considerada como instrumento da Administração.
Contabilidade de Custos
2.1.3 Comparação entre a Contabilidade Geral e de Custos
Como resumo do que foi discutido até aqui, em relação à dissociação da Contabilidade,
podemos estabelecer as características mais importantes de cada uma delas.
• Trata das relações externas da empresa; • Trata das relações internas da empresa;
• Tem mais ligações com o que passou. • Tem mais ligações com o presente e com
o futuro.
Contabilidade de Custos
3. Conceitos Básicos
3.2 Gasto
Sacrifício que a entidade arca para obtenção de um bem ou serviço, representado por
entrega ou promessa de entrega de ativos.
EXEMPLOS:
Contabilidade de Custos
3.3 Investimento
Gasto com bem ou serviço ativado em função de sua vida útil ou de benefícios
atribuíveis a períodos futuros.
EXEMPLOS:
3.4 Custo
Gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços: são
todos os gastos relativos à atividade de produção.
EXEMPLOS:
3.5 Despesa
Gastos com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos com
a finalidade de obtenção de receitas.
Contabilidade de Custos
Todos os Custos que estão incorporados nos produtos acabados que são fabricados pela
empresa industrial são reconhecidos como Despesas no momento em que os produtos
são vendidos.
EXEMPLO:
3.6 Desembolso
Saídas de caixa para atender a aquisição de um bem ou serviço. Pode ocorrer antes,
durante ou após a entrada da utilidade comprada, portanto defasada ou não do gasto.
3.7 Perda
No 1º caso, são considerados da mesma natureza que as Despesas e são jogadas diretamente
contra o resultado do período.
EXEMPLOS:
• Incêndio.
• Obsoletismo de estoques.
• Período de greve.
• Enchente.
Contabilidade de Custos
• Furto/roubo.
EXEMPLO:
Uma indústria de estamparia que aproveita apenas 80% da chapa de aço e considera
20% como perda técnica. Da mesma forma, o camiseiro que considera o preço do pano
total comprado, como custo, não se importando com os retalhos. Em alguns casos
admite-se considerar dias parados por motivo de greve como “ociosidade” e incluí-los
nos gastos gerais de fabricação para rateio na formação do custo de todos os produtos.
Contabilidade de Custos
4. Classificação de Custos
São aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados, porque há
uma medida objetiva de seu consumo nesta fabricação.
EXEMPLOS:
• Material de embalagem.
• Energia elétrica das máquinas, quando é possível saber quanto foi consumido
na produção de cada produto.
Contabilidade de Custos
4.2 Custo Indireto
São os custos que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem apropriados
em diferentes produtos, portanto, são os custos que só são apropriados indiretamente
aos produtos. O parâmetro utilizado para as estimativas é chamado de base ou critério
de rateio.
EXEMPLOS:
OBSERVAÇÕES:
Contabilidade de Custos
4.3 Custo Fixo
Custos Fixos são aqueles cujos valores são os mesmos qualquer que seja o volume e
produção da empresa. É o caso, por exemplo, do aluguel da fábrica. Este será cobrado
pelo mesmo valor qualquer que seja o nível de produção, inclusive no caso da fábrica
nada produzir.
Observe que os Custos Fixos são fixos em relação ao volume de produção, mas podem
variar de valor no decorrer do tempo. O aluguel da fábrica, mesmo quando sofre
reajuste em determinado mês, não deixa de ser considerado um Custo Fixo, uma vez
que terá o mesmo valor qualquer que seja a produção do mês. Outros exemplos:
Imposto Predial, Depreciação dos equipamentos (pelo método linear), Salários de vigias
e porteiros da fábrica, Prêmios de seguro, etc.
CF
Quantidade
Contabilidade de Custos
4.4 Custo Variável
OUTROS EXEMPLOS:
Valor
CV
Quantidade
Contabilidade de Custos
GRÁFICO CLÁSSICO DOS CUSTOS TOTAIS (CT)
Valor
CT
CV
CF
Quantidade
Custos Semi-Fixos são custos que são fixos numa determinada faixa de produção, mas
que variam se há uma mudança nesta faixa.
Contabilidade de Custos
4.6 Custo Semi-Variável
Custos Semi-Variáveis são custos que variam com o nível de produção, mas que,
entretanto, têm uma parcela fixa que existe mesmo que não haja produção. É o caso, por
exemplo, da conta de energia elétrica da fábrica, na qual a concessionária cobra uma
taxa mínima mesmo que nada seja gasto no período, embora o valor da conta dependa
do número de quilowatts consumidos e, portanto, do volume de produção da empresa.
Outros exemplos: aluguel de uma copiadora no qual se cobra uma parcela fixa mesmo
que nenhuma cópia seja tirada; gasto com combustível para aquecimento de uma
caldeira, que varia de acordo com o nível de atividade, mas que existirá, mesmo que
seja num valor mínimo, quando nada se produza, já que a caldeira não pode esfriar.
Contabilidade de Custos
5. Custos para Determinação do
Lucro
5.1 Introdução
Estes gastos estão relacionados aos ativos (Ativo Permanente – Imobilizado). Temos
então como exemplo:
• Depreciação.
• Amortização.
• Exaustão.
Contabilidade de Custos
5.1.3 Gastos Não Fabris
EXEMPLO:
• Despesas Administrativas.
• Despesas Comerciais.
• Despesas Financeiras.
RESULTADO
DO
EXERCÍCIO
Contabilidade de Custos
5.1.5 Custo Primário
Representa a soma dos custos dos produtos fabricados até o momento do encerramento
do exercício, ou seja, é o custo da produção do período mais o custo da produção dos
períodos anteriores ainda em estoque.
É o custo dos produtos entregues aos clientes no período, ou seja, o custo dos produtos
acabados que saíram do depósito. Representa a parcela de custo confrontada com a
receita visando à apuração do resultado.
Contabilidade de Custos
5.1.10. Esquema básico da Contabilidade de Custos para Apuração do
Resultado.
CUSTOS
DESPESAS
INDIRETOS DIRETOS • ADMINISTRATIVAS
• VENDAS
• FINANCEIRAS
RATEIO
RECEITA
PRODUTO DAS
A VENDAS
PRODUTO
B
PROCUTO
C
ESTOQUE
CUSTO
PRODUTOS
VENDIDOS
RESULTADO
Contabilidade de Custos
6. Custos para Planejamento e
Controle
Contabilidade de Custos
6.1.2 Custo-Padrão Estimado
Situa-se entre o Ideal e o Estimado. Ao contrário deste último, para fixar o Corrente, a
empresa deve proceder a estudos para uma avaliação da eficiência da produção. Por
outro lado, ao contrário do Ideal, leva em consideração as deficiências que
reconhecidamente existem, mas que não podem ser sanadas pela empresa, pelo menos a
curto e médio prazo. Este tipo de Custo-Padrão pode ser considerado o mais adequado
para fins de controle.
Contabilidade de Custos
7. Custos para Tomada de Decisões
7.1 Introdução
Custeio por Absorção significa a apropriação, aos produtos elaborados pela empresa, de
todos os custos incorridos no processo de fabricação, quer estejam diretamente
vinculados ao produto, quer se refiram à tarefa de produção em geral e só possam ser
alocados aos bens fabricados indiretamente, isto é, mediante rateio.
Passam a integrar o valor contábil dos produtos feitos, nesse método de custeio, tanto os
custos que são variáveis (que só existem quando cada unidade é feita) quanto os fixos
(que independem de cada unidade, relacionando-se mais com a criação das condições de
se produzir).
Contabilidade de Custos
No Custeio por Absorção é como se a empresa estivesse separada em duas partes: a
fábrica e a atividade comercial, e é como se esta última estivesse a adquirir da fábrica os
produtos por ela elaborados por um valor tal que cobrisse tudo o que a fábrica tenha
gasto para produzi-los.
Na verdade este lucro marginal só se converterá em lucro propriamente dito depois que
forem deduzidos os custos fixos que, dependendo do seu valor, irá determinar o
resultado final.
Contabilidade de Custos
7.1.4 Comparação Entre os Critérios (Direto e por Absorção)
Na prática pelo Custeio Direto somente os custos variáveis irão compor o valor da
produção e neste caso os custos fixos da produção serão debitados diretamente a
Resultado do Exercício.
Contabilidade de Custos
Esquema de Custeio por Absorção
Matéria-Prima
Variáveis
Mão–de-Obra
Custos Produção
Direta
Energia (parte) Estoque
Produção em
Andamento Produtos
Acabados
Mão-de-Obra Ind.
Fixos
Depreciação
Aluguel Resultado
Energia (parte)
(=) Vendas
Despesas
Fixas
. Vendas
Despesas com
Vendas (=) Resultado Operacional Líquido
Fixas
Despesas com
Vendas
Contabilidade de Custos
Esquema de Custeio por Direto
Matéria-Prima
Variáveis
Produção em Estoque
Mão–de-Obra Produtos
Custos Produção
Direta Andamento
Acabados
Energia (parte)
Mão-de-Obra Ind.
Depreciação Fixos
Aluguel Resultado
Energia (parte)
(=) Vendas
Despesas com
Vendas
Contabilidade de Custos
7.1.5 Estrutura da Demonstração de Resultados do Exercício pelo Sistema de
Custeio por Absorção
Despesas de Vendas
Despesas Administrativas
Despesas e Receitas Financeiras (Resultado Financeiro Líquido)
Outras Receitas e Despesas Operacionais
Contabilidade de Custos
7.1.6 Estrutura da Demonstração de Resultados do Exercício pelo Sistema de
Custeio Direto
Contabilidade de Custos
7.1.7 A Relação Custo – Volume – Lucro
Esta análise é um instrumento utilizado para projetar o lucro que seria obtido a diversos níveis de
produção e vendas, bem como para analisar o impacto sobre o lucro de modificações no preço de
venda, nos custos ou em ambos. Ela é baseada no Custeio Variável e, através dela, pode-se estabelecer
qual a quantidade mínima que a empresa deverá produzir e vender para que não incorra em prejuízo.
A quantidade mínima que a empresa deve produzir e vender para que não tenha prejuízo, chama-se
Ponto de Equilíbrio.
Uma vez separados os custos da empresa em fixos e variáveis, a Administração está de posse de
informações úteis para a preparação de instrumentos de análise que além de responderem a muitas
perguntas, auxiliarão no processo de tomada de decisões, no planejamento e no controle.
Um desses instrumentos é a Análise do Ponto de Equilíbrio, que, ultimamente, vem merecendo uma
vasta divulgação nos livros e nos periódicos.
O Ponto de Equilíbrio é uma conseqüência direta do comportamento dos custos diante do volume de
atividade. Eis o conceito mais simples do Ponto de Equilíbrio: é o ponto da atividade da empresa no
qual não há lucro nem prejuízo, isto é, o ponto em que a receita é igual ao custo total. Além do Ponto
de Equilíbrio, a empresa obterá lucro, abaixo do Ponto de Equilíbrio, a empresa terá prejuízo.
Significa a quantidade que equilibra a receita total com a soma dos custos e despesas relativos aos
produtos vendidos.
É a quantidade que iguala a receita total com a soma dos custos e despesas acrescida de uma
remuneração mínima (custo de oportunidade) sobre o capital investido pela empresa.
Contabilidade de Custos
7.1.11 Ponto de Equilíbrio Financeiro
É a quantidade que iguala a receita total com a soma dos custos e despesas que representam
desembolso financeiro para a empresa. Neste caso, os encargos da depreciação são exclusos por não
representarem desembolso para a empresa.
Quantidade
Contabilidade de Custos
GRÁFICO REPRESENTATIVO DO PONTO DE EQUILÍBRIO
Valor R
CT
PE
CV
CF
Quantidade
Prejuízo
Lucro
Conforme se pode observar no gráfico anterior, no ponto de equilíbrio a receita total iguala os
custos totais, então podemos escrever a seguinte equação:
R total = C total
(qde no ponto de equil.) x (preço unit. de venda) = (custos fixos) + (qde no ponto de equil.) x (custo
unit. variável)
Ou,
(qde. no ponto de equil.) x [(preço unit. venda) – (custo unit. variável)] = (custos fixos)
então,
Contabilidade de Custos
Custos fixos
quantidade no ponto de equilíbrio =
(preço unit. venda) – (custo unit. variável)
ou ainda,
Custos fixos
quantidade no ponto de equilíbrio =
Margem de Contribuição Unitária
Exemplo:
No ponto de equilíbrio:
6.000,00
quantidade no ponto de equilíbrio = = 60.000 unidades
(0,60 – 0,50)
então,
R$ 6.000,00/ano
Ponto de Equilíbrio Contábil = =
(R$ 0,60/u –R$ 0,50/u)
A fórmula do ponto de equilíbrio tal como deduzido anteriormente, que é o ponto onde o lucro é igual
a zero, representa o ponto de equilíbrio contábil.
Supondo que a empresa tenha tido um patrimônio líquido, no início do ano, de R$ 20.000,00 e
colocado a render um mínimo de 10% ao ano tem-se um lucro líquido anual desejado de R$ 2.000,00.
Contabilidade de Custos
Neste caso, então, ao custo fixo deverão ser adicionados R$ 2.000,00, pois, no caso, o equilíbrio de
receitas e despesas só se dará no ponto de lucro igual a R$ 2.000,00 e não no do lucro igual a zero,
como no caso clássico.
R$ 6.000,00 + R$ 2.000,00
Ponto de Equilíbrio Econômico = =
(R$ 0,60/u –R$ 0,50/u)
Supondo, por outro lado, que exista uma depreciação de R$ 1.000,00, e como não representa
desembolso de caixa, tudo se passa como se os fixos fossem de apenas R$ 5.000,00.
R$ 5.000,00
Ponto de Equilíbrio Contábil = =
(R$ 0,60/u –R$ 0,50/u)
Contabilidade de Custos
8. Custo ABC
8.1 Introdução
O custo ABC – Activity Based Costing é uma das maneiras que dispomos para calcular os custos da
empresa, mas não a única.
O Custo Baseado em Atividades (ABC) é uma metodologia que procura reduzir sensivelmente as
distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos.
O ABC pode ser aplicado, também, aos custos diretos, principalmente à mão-de-obra direta, e é
recomendável que o seja; mas não haverá, nesse caso, diferenças significativas em relação aos
chamados “sistemas tradicionais”. A diferença fundamental está no tratamento dado aos custos
indiretos.
Com equipamentos cada vez mais automatizados, a mão-de-obra direta tende a reduzir cada vez mais
enquanto os custos indiretos tendem a crescer tanto em valor como percentualmente em relação à mão-
de-obra direta. Esses custos indiretos são principalmente os de manutenção e depreciação desses
equipamentos. Os custos indiretos representavam cerca de 10% do custo de produção e hoje chegam a
50%, enquanto a mão-de-obra reduziu consideravelmente e em alguns casos pode chegar até a 5% do
custo de produção.
Tradicionalmente, os rateios dos custos indiretos de produção eram feitos em grande parte em relação
à mão-de-obra direta e como eram valores relativamente pequenos a serem rateados, não causava
grandes problemas no custo de produção mesmo que, não fossem absolutamente corretos.
Atualmente, a aplicação pura e simples desta sistemática pode causar sérias distorções no cálculo do
custo e, portanto no preço de venda dos produtos.
Note que estamos falando de rateios dos custos indiretos de produção. As despesas indiretas das
empresas, desde que não façam parte da cadeia logística do produto ou serviço, podem e devem
continuar a ser rateadas da maneira tradicional. Exemplo: honorários da diretoria, salários dos
funcionários do RH, etc..
Contabilidade de Custos
O ABC iniciou com Kaplan e Cooper em Harvard e mostra as atividades que consomem recursos e
agregam ou não valor ao produto ou serviço. Ele utiliza direcionadores de custos, que permitem uma
melhor distribuição dos custos indiretos de produção ou do serviço.
Devem-se considerar também no custo dos produtos ou serviços, os referentes à sua cadeia logística,
desde que, possamos identificar os recursos consumidos por cada um deles. Por exemplo, custos de
compra, armazenagem, propaganda, vendas, marketing, fretes, etc..
Ele facilita a identificação dos custos das atividades que compõem os processos e facilita as decisões
de melhorias, pois, mostra as atividades que não agregam valor ao cliente ou a empresa e permite a
análise para reduzi-las ou mesmo eliminá-las.
Um dos benefícios obtidos com o ABC é o de permitir uma melhoria nas decisões gerenciais, pois se
deixa de ter produtos “subcusteados” ou “supercusteados” permitindo-se a transparência exigida na
tomada de decisão empresarial, que busca, em última análise, melhorar a rentabilidade do negócio.
O ABC em sua forma mais detalhada pode não ser aplicável na prática, em virtude de exigir um
número excessivo de informações gerenciais que podem inviabilizar sua aplicação. O custo da coleta e
manipulação detalhada teria que justificar o seu benefício. As estimativas realizadas tornam o ABC
factível, consagrando-o como poderosa ferramenta de decisão gerencial.
Segundo Cooper e Kaplan (1991), as empresas que implantam o ABC usam três métodos para estimar
os custos que ocorrem na execução das atividades.
O método mais simples agrega os gastos em todos os recursos destinados àquela atividade particular,
tais como “setup” de máquinas ou emissão de ordens de compra, e divide esse dispêndio total pelo
número de vezes que a atividade foi realizada (n° de “setups”, n° de ordens de compras).
O segundo método utiliza a duração dos direcionadores de custos, isto é, o tempo requerido para a
realização de cada atividade, na alocação das despesas indiretas aos produtos, como por exemplo, o
tempo em horas ou minutos na execução do “setup”. É mais preciso que o anterior, porém mais
dispendioso. Os benefícios de uma maior precisão na medição das atividades consumidas deverão ser
balanceados com um custo mais elevado na coleta de dados.
O terceiro, e o mais preciso dos métodos, consiste em medir diretamente os recursos consumidos em
cada ocorrência da atividade. Pode-se, por exemplo, medir todos os recursos usados para uma
determinada modificação de engenharia ou para um trabalho específico de manutenção. A duração dos
direcionadores assume que as despesas são proporcionais ao tempo total que a atividade é executada.
Contabilidade de Custos
8.3 Atribuição de custos às Atividades
O custo de uma atividade compreende todos os sacrifícios de recursos necessários para desempenhá-la.
Deve incluir salários com os respectivos encargos sociais, materiais, depreciação, energia, uso de
instalações, etc..
Muitas vezes, é possível agrupar vários itens de custos em um só para refletir a natureza do gasto pelo
seu total, como por exemplo:
• Aluguel + imposto predial + água + luz + gás = custo do uso das instalações;
Outras vezes, pode ser recomendável desmembrar uma conta em várias subcontas para melhor
evidenciar os recursos utilizados por diversas atividades. A conta de mão-de-obra indireta pode ser
aberta para separar as quantias gastas nas diversas atividades.
A primeira fonte de dados para o custo por atividade é o razão geral da empresa. Geralmente, é
necessário, também, solicitar estudos da engenharia a realizar entrevistas com os responsáveis pelos
departamentos ou processos e até com os funcionários que executam as atividades para especificarmos
corretamente cada atividade.
Contabilidade de Custos
A atribuição dos custos às atividades deve ser feita da forma mais criteriosa possível, de acordo com a
seguinte ordem de prioridade:
1. Alocação Direta;
2. Rastreamento;
3. Rateio.
A Alocação Direta se faz quando existe uma identificação clara, direta e objetiva de certos itens de
custos com certas atividades. Pode ocorrer com salários, depreciação, viagens, material de consumo,
etc..
O Rastreamento é uma alocação com base na identificação da relação de causa e efeito entre a
ocorrência da atividade e a geração dos custos. Essa relação é expressa através de direcionadores de
custos de primeiro estágio, também conhecidos como direcionadores de custos de recursos (isto é: de
recursos para as atividades). Alguns exemplos desses direcionadores são:
• Número de empregados;
• Área ocupada;
• Tempo de mão-de-obra (homem-hora);
• Tempo de máquina (hora-máquina);
• Quantidade de energia consumida (kWh).
O Rateio é realizado apenas quando não há possibilidade de utilizar nem a alocação direta nem o
rastreamento.
Tanto no Custo por Atividade como nos Sistemas Tradicionais, o simples fato da divisão de
departamentos em centros de custos já facilita o processo. No momento que se identifica bases mais
apropriadas para a alocação melhora-se a precisão do cálculo dos custos da empresa.
Porém, nem sempre num centro de custos se desenvolve uma atividade, isto é, os conceitos não são
necessariamente coincidentes. Podem ocorre três situações:
Portanto, devemos analisar a conveniência, ou não, de agregar dois ou mais centro de custos ou de
subdividir outros. Tudo vai depender do grau de precisão desejado, do escopo do projeto ABC, da
relação custo-benefício, etc..
Contabilidade de Custos
8.4 Identificação e Seleção dos Direcionadores de Custos
O grande desafio, a verdadeira “arte” do ABC está na escolha dos direcionadores de custos.
Direcionador de custos é o fator que determina a ocorrência de uma atividade. Como as atividades
exigem recursos para serem realizadas, deduz-se que o direcionador é a verdadeira causa dos custos.
Portanto, o direcionador de custos deve refletir a causa básica da atividade e, conseqüentemente, da
existência de seus custos.
A rigor, há que se distinguir dois tipos de direcionador: os de primeiro estágio, também chamados de
“direcionadores de recursos” e os de segundo estágio, chamados de “direcionadores de atividades”.
O primeiro identifica a maneira como as atividades consomem recursos e serve para custear as
atividades, ou seja, demonstra a relação entre os recursos gastos e as atividades.
As atividades, ao serem executadas, consomem recursos que serão alocados a elas. Os direcionadores
de recursos responderão às seguintes perguntas:
Por exemplo: “Como a atividade Comprar Materiais consome materiais de escritório?”. A maneira
como essa atividade se utiliza deste recurso pode ser mensurada através das requisições feitas ao
almoxarifado; assim, as requisições de materiais identificam as quantidades utilizadas deste recurso
(material de escritório) para realizar aquela atividade (Comprar Materiais). O direcionador de recurso,
neste caso, é a quantidade necessária, e não as requisições, estas indicam o direcionador.
O segundo identifica a maneira como os produtos “consomem” atividades e servem para custear
produtos (ou outros custeamentos), ou seja, indica a relação entre as atividades e os produtos. Por
exemplo, o número de inspeções feitas nas diferentes linhas de produto define a proporção em que a
atividade Inspecionar Produção foi consumida pelos produtos.
Por exemplo: “Como os produtos consomem a atividade Comprar Materiais?”. O número de pedidos e
cotações emitidos para comprar um produto em relação ao número total de cotações e pedidos indica a
relação da atividade com aquele produto. Assim, o direcionador desta atividade (Comprar Materiais)
para os produtos é o número de pedidos e cotações emitidos.
Para efeito de custeio de produtos, o direcionador deve ser o fator que determina ou influencia a
maneira como os produtos “consomem” (utilizam) as atividades. Assim, o direcionador de custos será
a base utilizada para atribuir os custos das atividades aos produtos.
A quantidade de direcionadores com que se vai trabalhar depende do grau de precisão desejado e da
relação custo-benefício.
Contabilidade de Custos
Os direcionadores variam de uma empresa para outra, dependendo de como e porque as atividades são
executadas.
EXEMPLO:
No caso do nosso exemplo, vamos admitir que fossem selecionadas as seguintes atividades relevantes:
Departamentos Atividades
Compras Comprar Materiais
Desenvolver Fornecedores
Almoxarifado Receber Materiais
Movimentar Materiais
Administração da Produção Programar Produção
Controlar Produção
Corte e Costura Cortar
Costurar
Acabamento Acabar
Despachar Produtos
É importante observar que para cada atividade devemos atribuir o respectivo custo e um direcionador.
Contabilidade de Custos
Levantamento dos Custos de Atividades
Para a atividade Comprar Materiais, admitindo-se que os pedidos são homogêneos, o direcionador a
ser utilizado é o número de pedidos de compra de material. Há casos em que os pedidos têm
características muito diferentes uns dos outros. Nestes casos, deve-se procurar outra medida de
atividade, tal como o tempo gasto por pedido, já que o “número de pedidos” não representa o esforço
requerido.
A atividade Movimentar Materiais será direcionada aos produtos conforme o número de requisições do
departamento de produção ao almoxarifado. Poderia ser também o peso de cada requisição.
Contabilidade de Custos
Programar a Produção será direcionada de acordo com o número de linhas de produtos. No caso,
chegou-se à conclusão de que a melhor medida de saída desta atividade era o número de itens de
produtos a programar.
A atividade Controlar a Produção terá como direcionador o número de lotes produzidos. Admitiu-se
que o esforço exigido desta atividade estava relacionado ao número de lotes produzidos, portanto, a
serem controlados.
Para as atividades Cortar, Costurar e Acabar, os direcionadores são os tempos gastos em cada produto
para que a atividade seja efetuada.
Para a atividade Despachar Produtos, teremos como direcionador um levantamento do tempo gasto
com os despachos através do preenchimento de relatório de tempo gasto pelo funcionário.
A empresa XYZ produz dois produtos específicos “A” e “B”. A manufatura consiste apenas na
montagem e encaixe de peças produzidas por terceiros, para comercializar no mercado. Os custos
indiretos, por sua vez, são três vezes maiores que a mão-de-obra direta e correspondem a um galpão de
armazenagem e expedição, alguns equipamentos de inspeção e pessoal para receber, inspecionar e
armazenar os componentes comprados.
Os custos dos produtos da empresa XYZ são calculados por métodos tradicionais incluindo a matéria-
prima e a mão-de-obra direta, adicionando-se R$ 3,00 para cada R$ 1,00 de mão-de-obra direta. Para
efeito do exemplo, consideraremos que os custos e as quantidades produzidas de cada produto são
idênticas:
A empresa está considerando uma mudança no fornecedor dos componentes para o Produto B. O novo
fornecedor promete fornecer os componentes ao mesmo preço, porém com um nível de tolerância
maior, que facilita substancialmente a operação de montagem. Esta melhoria acaba gerando um
impacto de redução em 50% na mão-de-obra direta deste produto. Para efeito do exemplo, assume-se
que o ganho na redução da mão-de-obra direta é totalmente anulado, por um incremento dos custos
indiretos em expansão da área de armazenagem e pessoal para inspeção. Todos esses incrementos
foram ocasionados pelo Produto B, porém como a contabilidade de custos não é atualizada
mensalmente, não houve mudança no custo total do produto em questão.
Apesar de não haver nenhuma economia na alteração do fornecedor, a XYZ acredita que a substituição
irá incrementar a competitividade do produto no mercado, optando pela troca. Concomitantemente, a
área de custos da empresa elaborou o novo cálculo geral de custos, em função das alterações no
fornecimento. Nesta ocasião ficou evidenciado um incremento na taxa entre a mão-de-obra direta e
Contabilidade de Custos
custo indireto. O novo valor da taxa é de 433 %, baseando-se no total de custos indiretos de R$
1.950.000,00 (incremento de R$ 150.000,00) e de R$ 450.000,00 para a mão-de-obra direta (redução
de R$ 150.000,00). O novo quadro de custos da XYZ ficou assim:
Na realidade, como se sabe, os custos dos produtos não deveriam ter variado, pois para o produto B,
simplesmente houve uma redução da mão-de-obra direta, seguida de um aumento igual no custo
indireto relacionado ao mesmo. A tabela anterior mostra que o produto A sofreu um acréscimo de
24%. Neste ponto é que os métodos tradicionais de custeio distorcem a informação, pressupondo que
os custos indiretos são uma função do custo direto. Em alguns tipos de indústria são, porém na grande
maioria esta premissa é totalmente falsa.
Receosos de seu sistema de custos, a empresa XYZ contratou uma consultoria especializada em
Gestão de Custos para programar a metodologia ABC. Após a análise e a obtenção de dados para a
construção do modelo conceitual, evidenciou-se os seguintes recursos que compõem o custo indireto:
De acordo com o mapeamento, a mão-de-obra indireta está relacionada com as atividades de “receber
os componentes”, “inspecionar os componentes” e “armazenar os componentes”. O resultado dos
levantamentos dos direcionadores primários está apresentado na tabela a seguir.
Contabilidade de Custos
Direcionadores de Recursos
De posse das tabelas acima, podemos calcular o custo alocado a cada uma das atividades suporte,
aplicando os direcionadores dos recursos nos valores totais de custos de cada um dos recursos:
Neste estágio, já efetuamos a 1ª fase da alocação dos custos, utilizando os dados dos recursos,
alocando às atividades mapeadas, utilizando os direcionadores específicos. A fim de completar a
alocação do ABC, é necessário que se aloque os custos das atividades acima para os produtos A e B.
Para tal, a equipe do projeto levantou os direcionadores de cada uma das atividades, buscando os
valores específicos para o período. Os resultados do mapeamento podem ser visualizados na tabela a
seguir:
Com os valores acima tabulados, podemos enfim montar a tabela dos custo dos produtos da XYZ com
base na metodologia ABC:
Produto A Produto B
Contabilidade de Custos
Método Tradicional $ 124 $ 76
Método ABC $ 81 $ 119
Redução / Aumento (%) 34,68% 56,58%
Contabilidade de Custos
9. Sistemas de Tradicionais de Custeio
O método mais conveniente para apropriação de custos deve ser baseado no tipo do processo de
produção.
• Por processo;
• Por Ordem de Serviço.
Quando a produção de uma empresa industrial é realizada de forma contínua, repetitiva, seriada, adota-
se o método de apropriação de custos por processo.
O custo por processo caracteriza-se pela própria natureza do fluxo de produção. Os materiais são
submetidos à transformação contínua, através de várias etapas ou fases de fabricação, até atingir o
produto final.
Algumas indústrias podem utilizar o método de apropriação de custos por processo: Produção de
pregos, parafusos, extração de sal, moagem de trigo, assim como as que produzem em série: lâmpadas,
livros, ventiladores do mesmo tipo, tamanho e qualidade, etc.
No método de apropriação de custos por processo, o custo total da fase anterior será o primeiro
componente de custos da fase seguinte, tornando-se indispensável o controle distinto e acumulado de
cada fase da produção (centro de custos).
A apropriação e controle de cada fase de produção, pelo método de custo por processo, deve abranger:
Contabilidade de Custos
c) Gastos diretos;
d) Custo Primário (∑ a, b, c);
e) Custo Indireto;
f) Custo Total (∑ d, e);
g) Saldo anterior;
h) Produção concluída no mês;
i) Saldo atual (∑ g, f - h)
j) Quantidade produzida;
k) Custo médio unitário (h ÷ j)
O método de apropriação de custos por processo deve propiciar informações, de modo a permitir o
controle permanente de:
1. Produção Acumulada (volume de unidades físicas produzida até o mês a que corresponde o
relatório de custos);
2. Média Mensal da Produção (média mensal do volume de unidades físicas produzidas até o
mês a que corresponde o relatório de custos);
Contabilidade de Custos
O controle da Ordem de Serviço deve prever informações, como as relatadas a seguir:
Evidentemente, além das informações mencionadas, o controle deve prever, por mês e acumulado:
Será relevante o controle de custos por unidade organizacional da produção, independentemente da sua
apropriação por Ordem de Serviço.
No final do mês, o relatório de custos pode revelar informações úteis sobre os custos apropriados em
cada unidade organizacional, relatando:
a) Custo Primário
• Salários e Encargos;
Contabilidade de Custos
• Serviços de Empreitada;
• Materiais Diretos;
• Gastos Diretos.
b) Custo Indireto
• Gastos Indiretos.
Auto-peças Móveis
Montadoras Equipamentos Pesados
Cimento Construção Civil
Químicas Escritório de Auditoria
Petroquímicas Consultorias
Álcool Construção Naval
Telefônica Indústria Farmacêutica
Energia Elétrica Autorizada de Veículos
Contabilidade de Custos
Fatores positivos e negativos do custeamento por Processo
Vantagens Desvantagens
Vantagens Desvantagens
O acompanhamento do lançamento
proporcionará ao administrador um controle
que independerá do levantamento físico de
seus estoques.
Contabilidade de Custos
10. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Exercício 01
a. ( ) Gasto b. ( ) Desembolso
c. ( ) Custo d. ( ) Perda
3. ......................... é o gasto realizado na obtenção de um bem para o ativo da entidade (bem este ativado em
função de sua vida útil ou porque serão atribuídos a exercícios futuros).
a. ( ) Custo b. ( ) Despesa
c. ( ) Investimento d. ( ) Desembolso
4. O encargo financeiro efetuado por uma entidade com vistas à obtenção de um bem, para a produção de um
bem ou para a obtenção de uma receita qualquer é o que denominamos:
a. ( ) que diz respeito ao pessoal que trabalha e b. ( ) responsável pelas vendas dos produtos
atua estritamente ligado ao produto que fabricados.
está sendo fabricado.
c. ( ) relativa à manutenção, prevenção de d. ( ) relativa à administração dos escritórios e
acidentes, supervisão, programação e contabilidade geral.
controle da produção.
Contabilidade de Custos
6. Coloque nos parênteses CD (para custos diretos) CI (para custos indiretos) e D (para despesas) ao
lado de cada conta abaixo e após assinale a alternativa que corresponde corretamente à questão:
a. ( c ) CI-D-D-CD-D-CD-D-CI b. ( ) CD-D-D-CD-D-CI-D-CI
c. ( ) CI-D-D-CD-D-CI-D-CI d. ( ) CD-D-D-CD-D-CI-CD-CI
8. Os custos de manutenção do prédio da indústria, tais como aluguel, taxas de seguro, depreciação,
aquecimento e luz, são:
9. Em uma empresa que mantenha inalterável sua estrutura orgânica, aqueles gastos que se operam
sempre dentro das mesmas medidas, qualquer que seja o volume de produção independentemente
da natureza do trabalho, tais como seguro e aluguel, são denominados de:
a. ( ) custos diretos.
b. ( ) custos marginais.
c. ( ) custos variáveis.
d. ( ) custos fixos.
e. ( ) custo padrão.
10. Coloque nos parênteses CV (para custos variáveis) CF (para custos fixos) e D (para despesas) ao
lado de cada conta abaixo e após assinale a alternativa que responde corretamente a questão:
Contabilidade de Custos
( )
Depreciação do Automóvel utilizado pelo Diretor da Empresa.
( )
Encargos Financeiros sobre Descontos de Títulos.
( )
Consumo de Aço numa Indústria Metalúrgica.
( )
Energia Elétrica (do painel luminoso instalado no centro da cidade).
( )
Energia Elétrica (consumida por uma máquina utilizada para corte de lâminas) (Esta
máquina contém dispositivo para contagem do número de produtos produzidos no dia,
bem como dispositivo para medição do consumo diário de energia).
( ) Gastos com Propaganda e Publicidade.
( ) Energia Elétrica (consumo de energia relativa às luminárias do teto do prédio da
indústria, que servem para iluminação do ambiente).
a. ( ) CF-D-D-CV-CF-CV-D-CF b. ( ) CF-D-D-CV-D-CV-D-CF
c. ( ) CF-D-D-CV-CV-D-D-CV d. ( ) CF-D-D-CV-D-CV-D-CV
Contabilidade de Custos
Exercício 02
Informações:
Custos Fixos 800.000
Custo Variável Unitário 300
Receita Unitária 700
a. ( ) 1.000.000 b. ( ) 1.400.000
c. ( ) 300.000 d. ( ) 1.250.000
3) Se a produção (ou vendas) passar para 2.250 unidades, o lucro será de:
a. ( ) 100.000 b. ( ) 20.000
c. ( ) 1.300.000 d. ( ) 400.000
Contabilidade de Custos
Exercício 03
A empresa Surpresa, mono produtora, vendeu 25.000 unidades e obteve o seguinte resultado:
$
Vendas 625.000
Custos Variáveis 375.000
Custos Fixos 150.000
Calcule:
Contabilidade de Custos
Exercício 04
1. Uma empresa industrial apresentou os seguintes custos, relativos a um período de produção: Vendas
Totais $900.000,00, Custos Fixos $210.000,00, Custos Variáveis $340.000,00, Lucro Liquido do
Exercício $350.000,00. A empresa deseja saber o valor da Margem de Contribuição.
2. O Sr. Juca, diretor da empresa JXP Ltda., esta diante da seguinte situação: pode vender o XP
embalado ou sem embalagem. O custo desse produto sem embalagem é de $350,00 por unidade e a
embalagem custa $45,00 cada. O preço de venda unitário do produto embalado é de $515,00 e sem
embalagem é de $475,00. A empresa tem maior ganho vendendo o produto embalado ou sem
embalagem? Faça os cálculos e apresente sua conclusão.
4. Numa fábrica de solventes durante o mês de agosto de 2001 foram apurados os seguintes gastos:
Matéria-prima consumida no processo $100.000,00; Mão-de-obra apontada $60.000,00; Energia
elétrica da fábrica $20.000,00; Salário da administração $30.000,00; Depreciação das máquinas da
fábrica $10.000,00; Despesas de entrega $40.000,00. Analisando os dados acima, pede-se calcular o
Custo de Produção do período.
Contabilidade de Custos
6. Uma empresa fabrica determinado componente que usa na fabricação de certo produto.
Mensalmente, são produzidas 1.000 unidades de componentes, e 1.000 unidades de produtos. Os
custos identificados foram:
A empresa esta estudando uma oferta de um fornecedor, que lhe propõe entregar o componente por
$140,00/u. O fato de a empresa passar a comprar o componente de um fornecedor não alterará em nada
os custos fixos, já que estes são comuns tanto para o componente quanto para o produto.
a) Quantas unidades devem ser produzidas e vendidas por ano para atingir o ponto de equilíbrio
contábil e o valor de receita neste ponto;
b) O ponto de equilíbrio econômico e o valor da receita para um lucro mínimo desejado de
$304.000,00.
Contabilidade de Custos
Exercício 05
1. Determine:
2. Determine:
3. Determine:
Contabilidade de Custos
6. Admitindo-se que uma empresa tenha um custo fixo de $ 100.000,00, um custo variável unitário de
$ 24,00 e um preço de venda de $ 40,00 por unidade, qual das seguintes afirmações é falsa?
a. ( ) Se uma empresa deseja maximizar o lucro líquido, ela deve produzir o seu ponto
de equilíbrio.
b. ( ) Volume de vendas no ponto de equilíbrio de uma empresa com custos fixos de $
90.000,00 e custos variáveis importando em 70% das vendas é de $ 450.000,00.
c. ( ) Se a percentagem de custos variáveis aumenta, sendo todos os outros itens
iguais, o volume de vendas no ponto de equilíbrio também aumenta.
d. ( ) Se todos os outros itens são iguais, quanto mais altos forem os custos fixos de
uma empresa, mais baixo será o seu volume de venda no ponto de equilíbrio.
9. Imagine que uma empresa operando abaixo da capacidade e acima do ponto de equilíbrio, tem uma
oportunidade de aceitar um pedido especial a um preço mais baixo do que o normal de um cliente de
um mercado à parte do mercado regular. Com respeito a essa situação, quais das seguintes afirmações
estão erradas?
a. ( ) O pedido não deve ser aceito, se o custo unitário médio da empresa é maior do
que o preço de venda proposto.
b. ( ) O pedido não deve ser aceito, se o custo unitário variável de produção é maior
do que o preço de venda proposto.
c. ( ) Se o pedido for aceito, o custo unitário médio da empresa será menor em um
nível maior de produção.
Contabilidade de Custos
10. Indique a afirmação errada:
Contabilidade de Custos
Exercício 06
A empresa RLL é uma fabricante de sapatos e, em um período típico, o custo unitário do produto é:
A direção está projetando uma queda de vendas de 30% do funcionamento normal, devido à recessão
oriunda de decisões governamentais recentes.
Apesar da previsão de recessão no mercado que atua, a Prefeitura do Rio de Janeiro acaba de convidar
a RLL para uma concorrência de 50.000 pares de botas. Os materiais a serem empregados na produção
não são os mesmos dos sapatos e o custo unitário é mais barato em $ 1,50. O tempo de produção de
um par de botas é idêntico ao do par de sapatos; portanto, os outros custos não se modificam. O
vencedor da concorrência terá de produzir e entregar os 50.000 pares de botas. A alta administração da
RLL acha que esta é uma oportunidade para recuperar 50% da perda esperada com o lucro. Esta perda
é baseada na suposição de que a empresa não terá outra oportunidade a não ser produzir os costumeiros
pares de sapatos e sua demanda será 30% inferior ao funcionamento normal.
Pede-se:
Contabilidade de Custos
Exercício 07
A empresa Dados S.A. é uma manufatureira que corta metal e madeira e vende produtos para o mercado de
construção de casas. Considere os seguintes dados para o ano de X1:
Dados R$ CA CD
Lixa 2.000
Gastos com Movimentação dos Materiais 70.000
Lubrificantes e Colas 5.000
Mão-de-obra Indireta 40.000
Mão-de-obra Direta 300.000
Matéria-prima Direta, 01/01/X1 40.000
Produtos Acabados, 01/01/X1 100.000
Produtos Acabados, 31/12/X1 150.000
Produtos em Processo, 01/01/X1 10.000
Produtos em Processo, 31/12/X1 14.000
Aluguel da Fábrica 54.000
Depreciação dos Equipamentos da Fábrica 36.000
Impostos (Fábrica) 4.000
Seguro contra Incêndio (Equipamentos da Fábrica) 3.000
Compra de Matéria-prima 460.000
Matéria-prima em 31/12/X1 50.000
Receita Líquida (já deduzida dos Impostos sobre Vendas) 1.360.000
Gastos com Propaganda e Marketing 60.000
Gastos com Salários da Administração 100.000
Gastos com Distribuição das Vendas 70.000
Gastos com Serviços de Atendimento ao Cliente 100.000
Pede-se:
1. Prepare o demonstrativo de resultado com uma planilha de suporte dos custos dos produtos acabados
(Custeio por Absorção). Para todos os itens de produção, indique com V ou F se cada item for
basicamente um custo variável ou um custo fixo (onde o objeto de custo é uma unidade do produto).
Elaborar o demonstrativo de resultados pelos sistemas de Custeio por Absorção e Direto.
2. Suponha que os custos com materiais diretos e aluguel da fábrica estão relacionados com a produção de
900.000 unidades. Qual é o custo unitário dos materiais diretos apropriados a cada unidade produzida?
Qual é o custo unitário do aluguel da fábrica? Suponha que os custos com aluguel da fábrica são fixos.
3. Repita os cálculos exigidos no item anterior para custos com materiais diretos e aluguel da fábrica,
supondo que os custos foram previstos para uma produção de 1 milhão de unidades no próximo ano.
Suponha também que os padrões de comportamento dos custos são os mesmos.
4. Como consultor, explique concisamente ao presidente porque os custos unitários dos materiais diretos
não se modificam nos itens 2 e 3 e os custos unitários do aluguel da fábrica sim.
Contabilidade de Custos
Exercício 08
A XYZ é uma empresa fabricante de camisas. No ano passado, havia fabricado 1.000.000 de camisas e
seu demonstrativo de resultado apresentava as seguintes informações:
Demonstrativo de Resultados
Pede-se:
a) A empresa recebeu uma proposta da empresa Pão de Açúcar para vender 200.000 camisas ao
valor de $ 7 por camisa. Essas camisas exigiriam uma modificação no processo produtivo,
resultando em custos adicionais de produção: variável de $ 0,50 por camisa e fixo de $ 100.000.
Em contrapartida, como a proposta de compra partiu direto do Pão de Açúcar, não haverá
comissão de vendas. Qual o lucro ou prejuízo marginal com esta operação?
b) A empresa Furnas iniciou uma concorrência pública para adquirir 300.000 camisas. Devido ao
fato de o material empregado na fabricação ser mais barato do que o normalmente utilizado, a
projeção do custo variável unitário de produção para essas 300.000 camisas é de $ 3. Por ser
concorrência pública, a empresa não terá de pagar comissão de vendas, mas os custos fixos
operacionais aumentarão de $ 150.000. Como a empresa só poderá optar por uma das duas
oportunidades, qual o preço mínimo a ser estabelecido para Furnas, de forma que seja indiferente
ganhar a concorrência ou aceitar a proposta do Pão de Açúcar?
Contabilidade de Custos
Contabilidade de Custos