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continua
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Sem a repetida frustrao dos desejos, a demanda pelo consumo se esvaziaria rapidamente, e a
economia voltada para o consumidor perderia o gs. o excesso da soma total de promessas
que neutraliza a frustrao provocada pelo excesso de CAD uma delas, impedindo que a
acoumulao de experincias frustrantes solapem a confiana na eficcia final dessa busca 107
108 toda
Isso implica que as cosisas deveriam ser como mercadorias devendo ser encaradas com
suspeita ou, melhor ainda, rejeitadas e evitadas, caso se recusem a se enquadrar no padro do
objeto de consumo. 116
objeto de consumo deve ser uma clusula em seu registro de nascimento destino final lata de
lixo; (...) O lixo o produto final de toda ao de consumo. 116
A percepo da ordem das coisas na atual socuedade de consumo diametralmente oposta que
era caracterstica da agora j ultrapassada sociedade de produtores. Ento, era a a parte ultil,
extrada de matrias-primas adequeadamente reprocessadas, que devida ser solifa e permanente,
enquanto os restos e dejetos redundantes remoo e ao esquecimento instantneos Agora a
vez das partes teis terem vida curta, voltil e efmera, a fim de abrir caminho para a prxima
gerao de produtor teis. S o lixo tende a ser (infelismente) solido e durvel. Solidez agorae
sinnimo de lixo. 117
Quase tudo que a sociedade dos produtores considerav uma virtufe no corpo de um produtor
seria considerado pela sociedade dos consumidores extremamente contraproducente e portanto
deplorvel, no corpo de um consumidor, no vorpo consumista. 119
O consumismo no se refere a satisfao dos desejos, mas incitao do desejo por outros
desejos sempre renovados de preferecnia do ripo que no se pode em principio saciare.
O ideal de boa forma.
Como tal, a boa forma no ocnhece limite superior; na verdade, ela definida pela ausncia de
limites mais especificamente por sua inadmissibilidade. Seu corpo pode estar em excelente
forma, no importa - sempre ser possvel melhorar. 122