O problema de Funes e a soluo de Menard Funes, o memorioso Funes, o memorioso
Assim, Funes, o memorioso, uma
parbola tragicmica sobre as possibilidades e os obstculos da representao (Beatriz Sarlo, p. 64) A memria de Funes e a narratividade realista
"Funes ignora os processos de construo
da realidade e, portanto, incapaz de pronunciar um discurso que o libere da escravido absoluta mimese (Beatriz Sarlo, p. 65) Pierre Menard, autor do Quixote Pierre Menard, autor do Quixote
Borges destri, por um lado, a ideia de
identidade fixa de um texto; de outro, a ideia de autor; e finalmente, a de escrita original (Beatriz Sarlo, p. 66) A soluo metaficcional de Menard
O paradoxo cmico de Menard mostra,
por meio de seu escndalo lgico, que todos os textos so reescrita de outros textos (num desdobramento especular, oblquo e infinito de sentido) (Beatriz Sarlo, p. 66-77) A metafico como vetor do ps-modernismo
Linda Hutcheon: metafico historiogrfica
Patricia Waugh: narrativa que
sistematicamente chama ateno para seu status enquanto artefato, para questionar a relao entre fico e realidade A metafico como vetor do ps-modernismo
Linda Hutcheon: metafico historiogrfica
Patricia Waugh: narrativa que
sistematicamente chama ateno para seu status enquanto artefato, para questionar a relao entre fico e realidade Isto, s margens do Rio da Prata, equivale a reivindicar um novo lugar para o escritor e para a literatura argentina, cujas operaes de mistura, de seleo livre de "devoes" [...] no tm que respeita a ordem de precedncia hierrquica atribuda aos originais (SARLO, p. 68) Silviano Santiago: O entre-lugar do discurso latino-americano
postura marginal do latino
jogo com os signos alheios
Entre o sacrifcio e o jogo, entre a priso e a transgresso, entre a submisso ao cdigo e a agresso, entre a obedincia e a rebelio, entre a assimilao e a expresso - ali, nesse lugar aparentemente vazio, seu templo e seu lugar de clandestinidade, ali, se realiza o ritual antropfago da literatura latino-americana (SANTIAGO, p. 26)