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INTRODUÇÃO em 100%, em termos per capita não houve acréscimo nos

gastos públicos.
De forma resumida, o Estado é constituído de quatro
Nos trinta anos subseqüentes (1945 – 1975),
elementos: povo, território, governo e finalidade (bem comum).
entretanto, as despesas do governo cresceram rapidamente
Assim sendo, o Estado se apresenta como um ente e nem sempre de forma contínua. A participação das
com personalidade jurídica (Direito Público/art. 40 e 41 despesas públicas no Produto interno Bruto em 1947 foi de
Cód. Civil Brasileiro), sendo sujeito capaz de adquirir direitos e 17% e, em 1969, de 25%, sendo que as épocas de maior
contrair obrigações na ordem jurídica, tanto nas relações aceleração foram 1955/60 e 1969/73.
internacionais, quanto nas internas.
Relativamente á década de 70, Carlos longo chama a
Na CF/88, no seu art. 18, encontra-se a seguinte atenção para a redução sofrida pela carga tributária (bruta
previsão, no tocante à organização político-administrativa e líquida): os percentuais da carga bruta em relação ao PIB
do Brasil: corresponderam a 24% (1970), 23,9% (1975) e 21,9% (1980). A
“a organização político-administrativa da República carga líquida correspondeu 15%, 14,9% e 12,8%, naqueles
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o distrito mesmos anos.
federal e os municípios, todos autônomos”. Tal situação traduziria a tendência à diminuição
A forma federativa de Estado é tida como cláusula de tamanho do setor público tradicional, isto é, daquele
pétrea da CF/88 (art. 60, §4º, inc I), não sendo objeto de fornecedor de serviços e bens públicos clássicos: segurança,
abolição por meio de reforma constitucional. justiça, educação, saúde, etc.
Em decorrência disso, no Brasil, dada a sua forma Paralelamente, entretanto, teria crescido o outro
federativa, tem-se uma Administração Pública Federal, uma lado do setor público: o Estado – Empresário.
Administração Estadual, uma Administração Distrital e No decorrer da década de 1980 e nos primeiros anos
Administrações Municipais, caracterizando-se uma da década seguinte, a carga tributária total do Brasil girou
“descentralização política”, onde se observa a convivência, em torno de 24% a 26% do PIB, com exceção dos anos de
num mesmo território, de diferentes entidades políticas 1987 a 1988, em que esse percentual foi um pouco menor, e de
autônomas, distribuídas regionalmente. 1990, quando as medidas do Plano Collor aumentaram a
Convém enfatizar a inexistência de subordinação carga para 28,8%.
entre os diversos entes federados no Brasil. Sua relação Após várias tentativas de enfrentamento do processo
interna é caracterizada como de “coordenação”, tendo, cada inflacionário crônico, em meados da década de 1990 o Plano
um deles, autonomia política, administrativa e financeira. Real finalmente conseguiu estabilizar os preços.
Dada essa forma de organização, é que se pode Nos dias atuais, segundo dados fornecidos pelo
verificar a existência de administrações autônomas em cada Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT, em
uma das esferas da Federação. março de 2009, a carga tributária referente ao ano de 2007
Ainda observando o texto constitucional, verifica-se a teria crescido em relação ao ano de 2006 e atingido a
adoção de uma tripartição de poderes, conforme o seu art. marca de 35,54% do PIB.
2º: Ressalta ainda que a carga tributária de 2008
“são poderes da União, independentes e harmônicos chegou a 36,56% do PIB, com um montante arrecadado no
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. ano de R$ 1,056 trilhão sobre o valor do PIB, que ficou em
Esta separação dos poderes não é de caráter R$ 2,889 trilhão. No mesmo período, cada brasileiro pagou
absoluto. De fato, o que se tem são três funções distintas aproximadamente R$ 5.572 em impostos, com um aumento de
(legislativa, executiva e a judiciária), sendo que cada um dos R$ 652 sobre os valores pagos em 2007.
poderes exerce uma de forma preponderante, a saber: O crescimento da arrecadação Federal foi de R$ 88,70
Legislativo – elaboração de leis; bilhões (13,63%), dos Estados R$ 36,55 bilhões (15,66%) e dos
Judiciário – solução de litígios; e municípios R$ 8,02 bilhões (20,64%), crescimento que gerou
Executivo – função administrativa. acréscimo de 13,24% na carga tributária Per Capta de 2008.
Uma vez mais, convém ressaltar que, em todos os Por fim, uma das mais antigas explicações para o
três poderes, existe a presença das três funções, sendo crescimento das despesas públicas é atribuída ao
consideradas funções atípicas. economista alemão Adolf Wagner, que formulou a chamada
Dessa forma, os poderes Legislativo e Judiciário, “Lei do Crescimento Incessante das Atividades Estatais”,
além das suas funções preponderantes de legislar e julgar, com o seguinte enunciado:
exercem funções administrativas, exemplificando-se os atos “À medida que cresce o nível de renda em países
decorrentes dos poderes hierárquico e disciplinar sobre os industrializados, o setor público cresce sempre a taxas
seus respectivos servidores. mais elevadas, de tal forma que a participação relativa do
O desempenho dessas funções administrativas, governo na economia cresce com o próprio ritmo de crescimento
independentemente do Poder que as exerce, deve observar, econômico do país.”
sempre, as normas e os princípios relativos ao direito Esta lei foi empiricamente comprovada por Richard
administrativo. Bird ao verificar que a elasticidade das despesas públicas
em relação à Renda Nacional foi sempre superior à
unidade em países com o Reino Unido, Alemanha e Suécia,
1 – O CRESCIMENTO DAS DESPESAS PÚBLICAS
nos períodos compreendidos entre 1910 e 1960.
Uma das características mais marcantes da
BIRD aponta três causas determinantes da
economia do século XX é o crescente aumento das
evidência formulada por Wagner:
despesas públicas. Tal situação foi observada não apenas
nos países de economia coletivizada, onde o Estado, por 1 – o crescimento das funções administrativas e
definição é o grande agente econômico, mas também nas de segurança;
nações capitalistas avançadas, defensoras da livre iniciativa 2 – as crescentes demandas por maior bem-estar
e da economia de mercado. social, especialmente educação e saúde; e
No Brasil o crescimento acelerado das despesas 3 – a maior intervenção direta e indireta do
públicas teve a partir do término da 2ª Guerra Mundial. governo no processo produtivo.
Segundo Rezende Silva, apud Giacomoni, as despesas
governamentais apenas dobraram entre 1907 e 1943 e, 1.1 - ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO
considerando que nesse mesmo período a população cresceu

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A atividade financeira do Estado é caracterizada pelo Planejar e Gerir – Orçamento Público; e
instrumental administrativo necessário à obtenção de recursos, Despender – Despesa Pública
com o objetivo de viabilizar o atendimento e a satisfação das (Corrente/Investimento).
necessidades públicas.
No Estado moderno, as finanças públicas, além de 2 – INTERVENÇÃO NA ATIVIDADE ECONÔMICA
assegurarem a cobertura das despesas governamentais,
Usando do seu poder normativo, o Estado intervém na
servem como instrumento fundamental de intervenção na
atividade econômica, elaborando leis de combate ao abuso do
economia, de pressão ou estímulo à estrutura produtiva, e de
poder econômico, de proteção ao consumidor (CDC/90), e leis
modificação das formas de distribuição de renda na sociedade.
tributárias de natureza extrafiscal, conferindo-lhes caráter
Considerando que a finalidade do Estado é a ordinatório, dente outras.
promoção do bem comum – “conceituado como sendo um
Esta prática intervencionista do Estado estimula
ideal que promove o bem-estar e conduz a um modelo de
ou desestimula determinada atividade econômica pelo
sociedade, que permite o pleno desenvolvimento das
exercício de seu poder de polícia.
potencialidades humanas (Kiyoshi Harada)” - ele
desenvolve um sem número de atividades, de forma a Por intermédio de mecanismos administrativos, o
satisfazer determinada necessidade pública. Poder público fomenta a atividade econômica, promovendo os
financiamentos públicos a cargo das agências financeiras
Estas necessidades são tidas como essenciais,
oficiais de fomento, quais sejam: BNDES, BB e CEF, dentre
quando a sua realização compete ao Estado, de forma
outros.
direta e exclusiva, como aquelas relacionadas à segurança
pública, prestação jurisdicional, à justiça e à defesa Cumpre, ainda, ao Estado o seu papel de
nacional, dentre outras. Essas atividades representam os interventor direto na economia, por intermédio da
interesses primários do Estado, sendo indelegáveis em exploração de atividade econômica em caráter
função da indisponibilidade do interesse público. excepcional.
Além dessas atividades, existem as complementares Utilizando os instrumentos de intervenção econômica
do Estado, que podem ser desenvolvidas diretamente pelo de que dispõe o Estado, o Governo desenvolve várias funções
Poder Público ou por concessionárias de serviços públicos, com objetivos específicos, porém inter-relacionados e, em
normalmente por meio da constituição de empresas estatais. muitos casos, conflitantes, exigindo, dessa maneira,
Ditas atividades representam interesses secundários do coordenação macroeconômica.
Estado. São as seguintes as funções e respectivos propósitos
Conforme disposto no texto constitucional: da intervenção econômica do Governo na economia
(Richard Musgrave), também denominadas Funções Fiscais, e
“Art. 3º Constituem Objetivos Fundamentais da
consideradas como as próprias Funções do Orçamento,
República Federativa do Brasil:
principal instrumento de ação estatal na economia:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
A) Alocativa – com o fim de promover ajustamentos
II - garantir o desenvolvimento nacional; na alocação de recursos. É a ação estatal na alocação de
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as recursos justificada nos casos em que o sistema de mercado
desigualdades sociais e regionais; (ação privada) não tem a necessária eficiência.
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de Situações:
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de a.1) Investimentos na Infra-Estrutura Econômica –
discriminação. transporte, energia, comunicações, armazenamento, etc –
como indutores do desenvolvimento regional e nacional.
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo Altos investimentos necessários e longo período de retorno,
estabelecerão: desestimulando a ação privada nestes setores.
I - o plano plurianual;
a.2) Demanda por bens com características
II - as diretrizes orçamentárias;
especiais
III - os orçamentos anuais.
a.2.1) bens públicos típicos
§ 5º - A Lei Orçamentária Anual compreenderá:
1) benefícios não limitados a um consumidor
I - o Orçamento Fiscal referente aos Poderes da
qualquer;
União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta
e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder 2) não há rivalidade no consumo desse bem; e
Público; 3) o consumidor não é excluído em caso de não-
II - o Orçamento de Investimento das empresas em pagamento;
que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do Obs: bens privados típicos
capital social com direito a voto; 1) os benefícios estão limitados a um consumidor
III - o Orçamento da Seguridade Social, abrangendo qualquer;
todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração 2) há rivalidade no consumo desse bem; e
direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e 3) o consumidor é excluído no caso de não
mantidos pelo Poder Público. pagamento.
§ 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado
B) Distributiva – com o fim de promover
de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e
ajustamentos na distribuição de renda. É a função pública
despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios
de promover ajustamentos na distribuição de renda, justificada
e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
em função da necessidade de realizar a correção das
§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste
“falhas de mercado”.
artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre
suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, Obs: Ideal de Pareto – “Uma situação alocativa é
segundo critério populacional.” dita como “ótima” no sentido de Pareto se a produção
e a distribuição não podem ser re-organizadas ou re-
Assim, para atender a todas essas atividades, arranjadas para aumentar o bem-estar de um ou
decorrentes de suas obrigações constitucionais, o Estado mais indivíduos sem prejudicar ou piorar o bem-estar
necessita: de outro indivíduo. Da mesma forma, uma alocação
Obter – Receitas Públicas; de recursos é um “não-ótimo” de Pareto se o bem
estar de alguém pode ser melhorado sem prejudicar o
Criar – Crédito Público (endividamento);
bem-estar de qualquer outro indivíduo”

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Neste sentido, o Orçamento Público é utilizado (Executivas e, principalmente, Reguladoras). Dessa forma, o
como o principal instrumento para a viabilização das governo passou de fornecedor dos serviços a regulador dos
políticas públicas de distribuição de renda. serviços que foram privatizados.
Pressuposto: tirar de alguns para melhorar a vida de
3 PRINCÍPIOS E SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO
outros
FEDERAL
Exemplos: Mecanismo Fiscal – impostos s/ a renda,
de caráter progressivo, concessão de subsídios para bens de EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19, DE 04 DE JUNHO DE
consumo popular financiados por impostos sobre bens de 1998
consumo de classes superiores, educação gratuita, etc; e
Modifica o regime e dispõe sobre
C) Estabilizadora – fim de manter a estabilidade da princípios e normas da
economia. Neste sentido a Política Fiscal é utilizada com 4 Administração Pública, servidores
objetivos macroeconômicos; e agentes políticos, controle de
1) manutenção de elevado Nível de Emprego; despesas e finanças públicas e
2) Estabilidade nos níveis de Preços; custeio de atividades a cargo do
3) Equilíbrio no Balanço de Pagamentos; e Distrito Federal, e dá outras
4) manter/aumentar taxa de crescimento providências
econômico.
Mecanismo básico da política estabilizadora: ação As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
estatal sobre a demanda agregada, aumentando-a ou Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição
reduzindo-a, por meio: Federal, promulgam esta Emenda ao texto constitucional:
1 - do controle dos gastos públicos e do crédito; e
2 - do aumento da tributação, de forma que o impacto "Art. 37. A administração pública direta e indireta de
causado pelas crises inflacionárias ou de recessão seja atenuado. qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Os principais mecanismos de intervenção, nesses Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
casos 4 casos já mencionados, são a Política Fiscal e a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
Monetária. eficiência e, também, ao seguinte: (EC nº 18/98, EC nº 19/98,
Na política fiscal, por exemplo, o governo, em uma EC nº 20/98, EC nº 34/01, EC nº 41/03, EC nº 42/03 e EC nº
situação recessiva, para aumentar a demanda agregada e 47/05...”
atingir altas taxas de crescimento e emprego, eleva os A Lei nº 9.784, de 29/1/99 (Lei do Processo
gastos públicos com consumo e investimento ou reduz as Administrativo Federal), no artigo 22, faz referência aos
alíquotas dos impostos. Com isso a renda disponível no setor princípios da legalidade, finalidade, motivação,
privado aumenta e, conseqüentemente, a demanda agregada razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla
também aumenta. defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse
O governo também pode optar, em uma situação público e eficiência.
recessiva, por usar a política monetária. Nesse caso, poderia Além disso, outras leis esparsas fazem expressa
haver uma redução da taxa de juros para estimular o referência a princípios específicos de determinados processos,
investimento e o conseqüente aumento da demanda tal como ocorre com a Lei nº 8.666, de 21/6/93, sobre
agregada e da renda disponível. licitação e contrato, e com a Lei nº 8.987, de 13/2/95,
No caso de um período inflacionário, com excesso sobre concessão e permissão de serviço público.
de demanda na economia (diz-se excesso de demanda, quando PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
há mais compradores no mercado de bens e serviços, do que
ofertantes dos mesmos, ocasionado desequilíbrio e fazendo surgir O princípio da legalidade decorre da estrutura
a chamada inflação de demanda), o governo pode utilizar a hierárquica das normas jurídicas. O ato administrativo tem seu
política fiscal, por meio da redução de gastos públicos ou fundamento de validade nas normas legais, de escalão
do aumento da alíquota dos impostos, para reduzir a imediatamente superior. Se faltar esse fundamento de validade,
renda disponível e o consumo (demanda) da economia, o que, ele pode se atacado por invalidade e eventualmente anulado,
conseqüentemente, ocasionaria uma diminuição da por via administrativa ou judicial. A anulação por via
inflação. administrativa distingue-se da anulação por via judicial porque
A política monetária, para o caso de excesso da o ato administrativo de anulação é passível, por sua vez, de
demanda, poderia ser adotada por meio do aumento das anulação por via judicial, enquanto a decisão judicial, após
taxas de juros, o que reduziria a renda disponível, pois as passar em julgado, não pode mais ser anulada.
pessoas tenderiam a preferir aplicar seus recursos no mercado Segundo o princípio da legalidade, a Administração
financeiro e, como conseqüência, haveria também a redução Pública só pode fazer o que a lei permite. No âmbito das
da demanda agregada e do consumo. relações entre particulares, o princípio aplicável é o da
Na prática, seja no caso recessivo, seja no caso autonomia da vontade, que lhes permite fazer tudo o que a
inflacionário, o mais comum na intervenção governamental é a lei não proíbe. Essa é a idéia expressa de forma lapidar por
utilização de uma combinação entre as políticas fiscal e Hely Lopes Meirelles.
monetária (vide o período atual – 2009, onde o governo PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
contingenciou/reduziu os gastos correntes do governo, priorizando Se o interesse da organização estatal é
os investimentos, e promoveu a desoneração de alguns tributos, e
ainda, por meio da autoridade monetária – BACEN, vem reduzindo
secundário, o interesse da pessoa que, na qualidade de
as taxas de juros da economia). agente público, exerce a função administrativa é
irrelevante. Daí o princípio da impessoalidade.
Por fim, modernamente, na teoria de finanças
públicas, principalmente a partir das privatizações ocorridas Portanto, o administrador é um executor do ato, que
na década de 1990, houve o surgimento de uma quarta serve de veículo de manifestação da vontade estatal, e,
função do governo: a função reguladora. portanto, as realizações administrativo-governamentais não
são do agente político, mas sim da entidade pública em
Na função reguladora, o governo passou a regular a nome da qual atuou.
atividade econômica por meio de legislação, normas
administrativas e com a criação de Agências Autônomas PRINCÍPIO DA MORALIDADE

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A moralidade é pressuposto básico para o exercício c) formular o plano plurianual, as diretrizes
adequado da função administrativa. orçamentárias e os orçamentos anuais;
Pelo princípio da moralidade administrativa, não d) gerenciar o processo de planejamento e
bastará ao administrador o estrito cumprimento da estrita orçamento federal;
legalidade, devendo ele, no exercício de sua função pública, e) promover a articulação com os Estados, o Distrito
respeitar os princípios éticos de razoabilidade e justiça, pois Federal e os Municípios, visando a compatibilização de
a moralidade constitui, a partir da Constituição de 1988, normas e tarefas afins aos diversos Sistemas, nos planos
pressuposto de validade de todo ato da administração federal, estadual, distrital e municipal.
pública.
O SPOF é integrado pelos seguintes órgãos:
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
a) Ministério do Planejamento, Orçamento e
O princípio da publicidade decorre da necessária Gestão, como órgão central;
transparência dos atos administrativos em um Estado
Democrático de Direito. O sigilo, de acordo com a b) órgãos setoriais (unidades de planejamento e
Constituição, somente é justificável nos casos em que seja orçamento dos Ministérios, da Advocacia-Geral da União, da
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado (art. Vice-Presidência e da Casa Civil da Presidência da República);
5º, inciso XXXIII). c) órgãos específicos (vinculados ou subordinados ao
O princípio da publicidade, que vem agora inserido no órgão central do Sistema, cuja missão está voltada para as
artigo 37 da Constituição, exige a ampla divulgação dos atos atividades de planejamento e orçamento).
praticados pela Administração Pública, ressalvadas as 3.1.2 Sistema de Administração Financeira Federal
hipóteses de sigilo previstas em lei. O Sistema de Administração Financeira Federal visa
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA ao equilíbrio financeiro do Governo Federal, dentro dos
O agente público, no exercício da função limites da receita e despesa públicas.
administrativa, tem o dever de utilizar todos os meios legais Compreende as atividades de programação
de que dispõe para atingir o resultado. financeira da União, de administração de direitos e haveres,
A atividade estatal produz de modo direto ou garantias e obrigações de responsabilidade do Tesouro
indireto conseqüências jurídicas que instituem, Nacional e de orientação técnico-normativa referente à
reciprocamente, direito ou prerrogativas, deveres ou execução orçamentária e financeira.
obrigações para a população, traduzindo uma relação É integrado por:
jurídica entre a Administração e os administrados. Portanto, a) a Secretaria do Tesouro Nacional, como órgão
existirão direitos e obrigações recíprocos entre o Estado- central;
administração e o indivíduo-administrado e,
conseqüentemente, esse, no exercício de seus direitos b) órgãos setoriais (unidades de programação
subjetivos, poderá exigir da Administração Pública o financeira dos Ministérios, da Advocacia-Geral da União, da
cumprimento de suas obrigações da forma mais eficiente Vice-Presidência e da Casa Civil da Presidência da República).
possível. 3.1.3 Sistema de Contabilidade Federal
O princípio da eficiência compõe-se, portanto, das O Sistema de Contabilidade Federal visa a evidenciar
seguintes características básicas: direcionamento da a situação orçamentária, financeira e patrimonial da União.
atividade e dos serviços públicos à efetividade do bem Tem por finalidade registrar os atos e fatos
comum, imparcialidade, neutralidade, transparência, relacionados com a administração orçamentária, financeira
participação e aproximação dos serviços públicos da população, e patrimonial da União e evidenciar:
eficácia, desburocratização e busca da qualidade.
a) os recursos dos orçamentos vigentes, as
3.1 - SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO FEDERAL alterações decorrentes de créditos adicionais, as receitas
prevista e arrecadada, a despesa empenhada, liquidada e
A Lei Federal nº 10.180/2001, organiza sob a forma
paga à conta desses recursos e as respectivas disponibilidades;
de sistemas as atividades de Planejamento e de Orçamento
Federal, de Administração Financeira Federal, de Contabilidade b) perante a Fazenda Pública, a situação de todos
Federal e de Controle Interno do Poder Executivo Federal. quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem
despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes
Dessa forma, o chamado Ciclo de Gestão, no âmbito
ou confiados;
do Poder Executivo, abrange 4 (quatro) sistemas:
c) as operações de que resultem débitos e créditos de
a) de Planejamento e de Orçamento Federal;
natureza financeira não compreendidas na execução
b) de Administração Financeira Federal; orçamentária serão, também, objeto de registro,
c) de Contabilidade Federal; e individualização e controle contábil.
d) de Controle Interno. Compreende as atividades de registro, de
tratamento e de controle das operações relativas à
3.1.1 Sistema de Planejamento e de Orçamento
administração orçamentária, financeira e patrimonial da
Federal
União, com vistas à elaboração de demonstrações
O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal - contábeis.
SPOF compreende as atividades de elaboração,
É integrado por:
acompanhamento e avaliação de planos, programas e
orçamentos, e de realização de estudos e pesquisas sócio- a) Secretaria do Tesouro Nacional, como órgão
econômicas. central;
O Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal b) órgãos setoriais (unidades de gestão interna dos
tem por finalidade: Ministérios e da Advocacia-Geral da União)
a) formular o planejamento estratégico nacional; 3.1.4 Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal
b) formular planos nacionais, setoriais e regionais de
desenvolvimento econômico e social; O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Federal visa à avaliação da ação governamental e da gestão

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dos administradores públicos federais, por intermédio da despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
e patrimonial, e a apoiar o controle externo (TCU) no § 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo,
exercício de sua missão institucional. compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas
Tem as seguintes finalidades: funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo
critério populacional.
a) avaliar o cumprimento das metas previstas no § 8º - A lei orçamentária anual não conterá
plano plurianual, a execução dos programas de governo e dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
dos orçamentos da União; despesa, não se incluindo na proibição a autorização para
b) comprovar a legalidade e avaliar os resultados, abertura de créditos suplementares e contratação de
quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, operações de crédito, ainda que por antecipação de
financeira e patrimonial nos órgãos e nas entidades da receita, nos termos da lei.
Administração Pública Federal, bem como da aplicação de § 9º - Cabe à lei complementar: (Lei nº 4.320/1964)
recursos públicos por entidades de direito privado; I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência,
c) exercer o controle das operações de crédito, avais e os prazos, a elaboração e a organização do plano
garantias, bem como dos direitos e haveres da União; plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei
orçamentária anual;
d) apoiar o controle externo no exercício de sua II - estabelecer normas de gestão financeira e
missão institucional. patrimonial da administração direta e indireta bem como
Compreende as atividades de avaliação do condições para a instituição e funcionamento de fundos.
cumprimento das metas previstas no plano plurianual, da
(ADCT - Art. 35. O disposto no art. 165, § 7º, será cumprido de
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União
forma progressiva, no prazo de até dez anos, distribuindo-se os recursos
e de avaliação da gestão dos administradores públicos federais, entre as regiões macroeconômicas em razão proporcional à população, a
utilizando como instrumentos a auditoria e a fiscalização. partir da situação verificada no biênio 1986-87.
É integrado por: § 1 o Para aplicação dos critérios de que trata este artigo,
excluem-se das despesas totais as relativas:
a) a Controladoria –Geral da União (ex Secretaria I – aos projetos considerados prioritários no plano plurianual;
Federal de Controle Interno/SFC), como órgão central; II – à segurança e defesa nacional;
b) órgãos setoriais. III – à manutenção dos órgãos federais no Distrito Federal;
IV – ao Congresso Nacional, ao Tribunal de Contas da União e
4 - ORÇAMENTO PÚBLICO ao Poder Judi-ciário;
V – ao serviço da dívida da administração direta e indireta da
4.1 – MARCO REGULATÓRIO ATUAL União, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público
- Constituição Federal (88) – Seção II – Dos federal.
Orçamentos – art. 165 a 169; § 2 o Até a entrada em vigor da lei complementar a que se
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo refere o art. 165, § 9 o , I e II, serão obedecidas as seguintes
normas:
estabelecerão:
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o
I - o plano plurianual; final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial
II - as diretrizes orçamentárias; subseqüente, será encaminhado até quatro meses antes do
III - os orçamentos anuais. encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual sanção até o encerramento da sessão legislativa;
estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será
e metas da administração pública federal para as despesas encaminhado até oito meses e meio antes do encerramento do
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do
de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos
primeiro período da sessão legislativa;
programas de duração continuada. III – o projeto de lei orçamentária da União será
§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício
compreenderá as metas e prioridades da administração financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão
pública federal, incluindo as despesas de capital para o legislativa.)
exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano
lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento
legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas
agências financeiras oficiais de fomento. duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento
§ 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias comum.
após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido § 1º - Caberá a uma Comissão Mista permanente de
da execução orçamentária. Senadores e Deputados (Comissão Mista de Planos,
§ 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e Orçamentos Públicos e Fiscalização -CMO)
setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em (Resolução nº 01/2006-CN, alterada pela
consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Resolução 03/2008-CN:
Congresso Nacional. Art. 2º A CMO tem por competência emitir parecer e
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá: deliberar sobre:
I - projetos de lei relativos ao plano plurianual, diretrizes
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da
orçamentárias, orçamento anual e créditos adicionais, assim como
União, seus fundos, órgãos e entidades da administração sobre as contas apresentadas nos termos do art. 56, caput e § 2º, da
direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000;
pelo poder público; II - planos e programas nacionais, regionais e setoriais, nos
II - o orçamento de investimento das empresas em termos do art. 166, § 1º, II, da Constituição;
que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do III - documentos pertinentes ao acompanhamento e
capital social com direito a voto; fiscalização da execução orçamentária e financeira e da gestão
fiscal, nos termos dos arts. 70 a 72 e art. 166, § 1º, II, da
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo
Constituição, e da Lei Complementar nº 101, de 2000, especialmente
todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da sobre:
administração direta ou indireta, bem como os fundos e a) os relatórios de gestão fiscal, previstos no art. 54 da Lei
fundações instituídos e mantidos pelo poder público. Complementar nº 101, de 2000;
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado b) as informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da
de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e União relativas a fiscalização de obras e serviços em que foram

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identificados indícios de irregularidades graves e relacionados em anexo especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder
lei orçamentária anual, nos termos da lei de diretrizes orçamentárias Legislativo por maioria absoluta;
c) os relatórios referentes aos atos de limitação de empenho e IV - a vinculação de receita de impostos a órgão,
movimentação financeira, nos termos do art. 9º da Lei Complementar nº
101, de 2000, e demais relatórios de avaliação e de acompanhamento da
fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da
execução orçamentária e financeira, nos termos da lei de diretrizes arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e
orçamentárias 159, a destinação de recursos para as ações e serviços
d0 as informações prestadas pelo Poder Executivo, ao públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do
Congresso Nacional, nos termos dos §§ 4º e 5º do art. 9º da Lei ensino e para realização de atividades da administração
Complementar nº 101, de 2000 tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198,
Art. 5º A CMO compõe-se de 40 (quarenta) membros § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de
titulares, sendo 30 (trinta) Deputados e 10 (dez) Senadores, com
igual número de suplentes)
crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º,
bem como o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente V - a abertura de crédito suplementar ou especial
pelo Presidente da República; sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e recursos correspondentes;
programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta § 1º - Nenhum investimento cuja execução
Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que
do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.
o art. 58. § 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão
§ 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados,
mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos
forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos
Congresso Nacional. nos limites de seus saldos, serão incorporados ao
§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual orçamento do exercício financeiro subseqüente.
ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser § 3º - A abertura de crédito extraordinário
aprovadas caso: somente será admitida para atender a despesas
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra,
com a lei de diretrizes orçamentárias; comoção interna ou calamidade pública, observado o
II - indiquem os recursos necessários, admitidos disposto no art. 62.
apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas
as que incidam sobre: Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações
a) dotações para pessoal e seus encargos; orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e
b) serviço da dívida; especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e
c) transferências tributárias constitucionais para Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública,
Estados, Municípios e Distrito Federal; ou ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em
III - sejam relacionadas: duodécimos, na forma da lei complementar a que se refere
a) com a correção de erros ou omissões; ou o art. 165, § 9º. Redação dada pela Emenda Constitucional nº
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. 45, de 2004)
§ 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da
orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
com o plano plurianual. não poderá exceder os limites estabelecidos em lei
§ 5º - O Presidente da República poderá enviar complementar.
mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação § 1º A concessão de qualquer vantagem ou
nos projetos a que se refere este artigo enquanto não aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e
iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como
alteração é proposta. a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título,
§ 6º - Os projetos de lei do plano plurianual, das pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta,
diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só
enviados pelo Presidente da República ao Congresso poderão ser feitas: (Renumerado do parágrafo único, pela
Nacional, nos termos da lei complementar a que se refere o Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
art. 165, § 9º.(LRF) I - se houver prévia dotação orçamentária
§ 7º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal
artigo, no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais e aos acréscimos dela decorrentes; (Incluído pela Emenda
normas relativas ao processo legislativo. Constitucional nº 19, de 1998)
§ 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, II - se houver autorização específica na lei de
emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas
ficarem sem despesas correspondentes poderão ser públicas e as sociedades de economia mista. (Incluído pela
utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou Emenda Constitucional nº 19, de 1998)”
suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
- Lei nº 4.320/64 - Estatui Normas Gerais de
Art. 167. São vedados: Direito Financeiro para elaboração e controle dos
I - o início de programas ou projetos não incluídos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos
na lei orçamentária anual; Municípios e do Distrito Federal.
II - a realização de despesas ou a assunção de
- Lei 93.872/86 - Dispõe sobre a unificação dos
obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários
recursos de caixa do Tesouro Nacional, atualiza e
ou adicionais;
consolida a legislação pertinente e dá outras
III - a realização de operações de créditos que
providências.
excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas
“Art . 20. As dotações atribuídas às unidades
as autorizadas mediante créditos suplementares ou
orçamentárias, diretamente ou por meio de destaque, poderão
ser descentralizadas para unidades administrativas, quando

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capacitadas a desempenhar os atos de gestão, e regularmente concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido
cadastradas como unidades gestoras. do empenho na dotação própria às despesas a realizar, e que
Art . 21. Pertencem ao exercício financeiro as despesas não possam subordinar-se ao processo normal de
nela legalmente empenhadas (Lei nº 4.320/64, art. 35, II). aplicação, nos seguintes casos (Lei nº 4.320/64, art. 68 e
Art . 22. As despesas de exercícios encerrados, Decreto-lei nº 200/67, § 3º do art. 74):
para as quais o orçamento respectivo consignava crédito I - para atender despesas eventuais, inclusive em viagem e
próprio com saldo suficiente para atendê-las, que não se com serviços especiais, que exijam pronto pagamento em espécie.
tenham processado na época própria, bem como os Restos (Redação dada pelo Dec. 2.289, de 4.8.1997)
Il - quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso,
a Pagar com prescrição interrompida, e os compromissos conforme se classificar em regulamento; e
reconhecidos após o encerramento do exercício III - para atender despesas de pequeno vulto, assim
correspondente, poderão ser pagos à conta de dotação entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não ultrapassar limite
destinada a atender despesas de exercícios anteriores, estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda.
respeitada a categoria econômica própria (Lei nº 4.320/64, art. § 1º O suprimento de fundos será contabilizado e incluído nas
37). contas do ordenador como despesa realizada; as restituições, por falta
§ 1º O reconhecimento da obrigação de de aplicação, parcial ou total, ou aplicação indevida, constituirão
anulação de despesa, ou receita orçamentária, se recolhidas após
pagamento, de que trata este artigo, cabe à autoridade o encerramento do exercício.
competente para empenhar a despesa. § 2º O servidor que receber suprimento de fundos, na forma
§ 2º Para os efeitos deste artigo, considera-se: deste artigo, é obrigado a prestar contas de sua aplicação,
a) despesas que não se tenham processado na época procedendo-se, automaticamente, à tomada de contas se não o
própria, aquelas cujo empenho tenha sido considerado fizer no prazo assinalado pelo ordenador da despesa, sem prejuízo
insubsistente e anulado no encerramento do exercício das providências administrativas para a apuração das responsabilidades
correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o credor e imposição, das penalidades cabíveis (Decreto-lei nº 200/67, parágrafo
tenha cumprido sua obrigação; único do art. 81 e § 3º do art. 80).
b) restos a pagar com prescrição interrompida, a despesa § 3º Não se concederá suprimento de fundos:
cuja inscrição como restos a pagar tenha sido cancelada, mas ainda a) a responsável por dois suprimentos;
vigente o direito do credor; b) a servidor que tenha a seu cargo e guarda ou a
c) compromissos reconhecidos após o encerramento do utilização do material a adquirir, salvo quando não houver na
exercício, a obrigação de pagamento criada em virtude de lei, mas repartição outro servidor;
somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do c) a responsável por suprimento de fundos que, esgotado o
exercício correspondente. prazo, não tenha prestado contas de sua aplicação; e
Art . 23. Nenhuma despesa poderá ser realizada d) a servidor declarado em alcance.
sem a existência de crédito que a comporte ou quando § 4º Os valores limites para concessão de suprimento de
imputada a dotação imprópria, vedada expressamente qualquer fundos, bem como o limite máximo para despesas de pequeno vulto de que
atribuição de fornecimento ou prestação de serviços, cujo custo trata este artigo, serão fixados em portaria do Ministro de Estado da
Fazenda. (Parágrafo incluído pelo Decreto nº 1.672, de 11.10.1995)
excede aos limites previamente fixados em lei (Decreto-lei nº
Art . 46. Cabe aos detentores de suprimentos de fundos
200/87, art. 73).
fornecer indicação precisa dos saldos em seu poder em 31 de
Art . 24. É vedada a realização de despesa sem
dezembro, para efeito de contabilização e reinscrição da
prévio empenho (Lei nº 4.320/64, art. 60).
respectiva responsabilidade pela sua aplicação em data
Parágrafo único. Em caso de urgência caracterizada
posterior, observados os prazos assinalados pelo ordenador da
na legislação em vigor, admitir-se-á que o ato do empenho seja
despesa (Decreto-lei nº 200/67, art. 83).
contemporâneo à realização da despesa.
Parágrafo único. A importância aplicada até 31 de
Art . 27. As despesas relativas a contratos,
dezembro será comprovada até 15 de janeiro seguinte.
convênios, acordos ou ajustes de vigência plurianual,
Art . 67. Considerem-se Restos a Pagar as despesas
serão empenhadas em cada exercício financeiro pela parte
empenhadas e não pagas até 31 de dezembro, distinguindo-
nele a ser executada.
se as despesas processadas das não processadas (Lei nº
Art . 35. O empenho de despesa não liquidada será
4.320/64, art. 36).
considerado anulado em 31 de dezembro, para todos os fins, § 1º Entendem-se por processadas e não processadas,
salvo quando: respectivamente, as despesas liquidadas e as não liquidadas, na forma
I - vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida prevista neste decreto.
pelo credor, nele estabelecida; § 2º O registro dos Restos a Pagar far-se-á por exercício e por
II - vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em credor.
cursos a liquidação da despesa, ou seja de interesse da Administração Art . 68. A inscrição de despesas como Restos a Pagar
exigir o cumprimento da obrigação assumida pelo credor;
III - se destinar a atender transferências a instituições públicas
será automática, no encerramento do exercício financeiro de
ou privadas; emissão da Nota de Empenho, desde que satisfaça às
IV - corresponder a compromissos assumido no exterior. condições estabelecidas neste Decreto, e terá validade até 31
Art . 36. A liquidação da despesa consiste na de dezembro do ano subseqüente.
verificação do direito adquirido pelo credor ou entidade Art . 69. Após o cancelamento da inscrição da
beneficiaria, tendo por base os títulos e documentos despesa como Restos a Pagar, o pagamento que vier a ser
comprobatórios do respectivo crédito ou da habilitação ao reclamado poderá ser atendido à conta de dotação
benefício (Lei nº 4.320/64, art. 83). destinada a despesas de exercícios anteriores.
§ 1º A verificação de que trata este artigo tem por fim apurar: Art . 70. Prescreve em cinco anos a dívida passiva
a) a origem e o objeto do que se deve pagar; relativa aos Restos a Pagar (CCB art. 178, § 10, VI).
b) a importância exata a pagar; e Art . 89. A Lei de Orçamento poderá conter
c) a quem se deve pagar a importância para extinguir a autorização para operações de crédito por antecipação de
obrigação.
§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos, obras
receita, a fim de atender a insuficiências de caixa (Lei nº
executadas ou serviços prestados terá por base: 4.320/64, art. 7º).
a) o contrato, ajuste ou acordo respectivo; Art . 115. A dívida pública abrange a dívida
b) a Nota de Empenho; flutuante e a dívida fundada ou consolidada.
c) o documento fiscal pertinente; § 1º A dívida flutuante compreende os compromissos
Art . 42. O pagamento da despesa só poderá ser exigíveis, cujo pagamento independe de autorização orçamentária,
efetuado quando ordenado após sua regular liquidação assim entendidos:
(Lei nº 4.320/64, art. 62). a) os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;
b) os serviços da dívida;
Art . 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de c) os depósitos, inclusive consignações em folha;
despesa e sob sua inteira responsabilidade, poderá ser d) as operações de crédito por antecipação de receita;

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e) o papel-moeda ou moeda fiduciária. IV - estará proibida:
§ 2º A dívida fundada ou consolidada compreende os a) enquanto existir operação anterior da mesma
compromissos de exigibilidade superior a 12 (doze) meses contraídos natureza não integralmente resgatada;
mediante emissão de títulos ou celebração de contratos para atender a
desequilíbrio orçamentário, ou a financiamento de obras e serviços
b) no último ano de mandato do Presidente,
públicos, e que dependam de autorização legislativa para amortização ou Governador ou Prefeito Municipal.
resgate. § 1o As operações de que trata este artigo não serão
- Lei Complementar nº 101/2000 – LRF - Estabelece computadas para efeito do que dispõe o inciso III do art. 167 da
normas de finanças públicas voltadas para a Constituição, desde que liquidadas no prazo definido no inciso II
responsabilidade na gestão fiscal e dá outras do caput.
providências. Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão
Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu
disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e: mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser
I - disporá também sobre: cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha
a) equilíbrio entre receitas e despesas; parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.
nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9o e Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade
no inciso II do § 1o do art. 31; de caixa serão considerados os encargos e despesas
e) normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos
resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos;
compromissadas a pagar até o final do exercício.
f) demais condições e exigências para transferências de Art. 48. São instrumentos de transparência da
recursos a entidades públicas e privadas; gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive
Art. 8o Até trinta dias após a publicação dos em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos
orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas
orçamentárias e observado o disposto na alínea c do e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da
inciso I do art. 4o, o Poder Executivo estabelecerá a Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e
programação financeira e o cronograma de execução as versões simplificadas desses documentos.
mensal de desembolso. Parágrafo único. A transparência será assegurada
Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a também mediante incentivo à participação popular e
finalidade específica serão utilizados exclusivamente para realização de audiências públicas, durante os processos
atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício de elaboração e de discussão dos planos, lei de diretrizes
diverso daquele em que ocorrer o ingresso. orçamentárias e orçamentos.
Art. 9o Se verificado, ao final de um bimestre, que a - LEI 11.653, DE 7 DE ABRIL DE 2008 - Dispõe
realização da receita poderá não comportar o sobre o Plano Plurianual para o período 2008/2011.
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal - LEI No 11.768, DE 14 DE AGOSTO DE 2008 - LDO
estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o 2009
Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos - LEI No 11.897, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2008 –
montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, LOA 2009.
limitação de empenho e movimentação financeira,
segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes - DECRETO Nº 6.752, DE 28 DE JANEIRO DE 2009
orçamentárias. - Dispõe sobre a programação orçamentária e financeira,
§ 1o No caso de restabelecimento da receita prevista, estabelece o cronograma mensal de desembolso do Poder
ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos empenhos Executivo para o exercício de 2009 e dá outras
foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções providências.
efetivadas. - DECRETO Nº 6.808, DE 30 DE MARÇO DE 2009 -
§ 2o Não serão objeto de limitação as despesas que Altera os arts. 1º, 2º e 8º e os Anexos I, II, VI, VII, VIII, IX e
constituam obrigações constitucionais e legais do ente, X do Decreto nº 6.752, de 28 de janeiro de 2009, que
inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dispõe sobre a programação orçamentária e financeira,
dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes estabelece o cronograma mensal de desembolso do Poder
orçamentárias. Executivo para o exercício de 2009, e dá outras
§ 3o No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o providências.
Ministério Público não promoverem a limitação no prazo
estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os 4.2 - CONCEITOS E PRINCÍPIOS
valores financeiros segundo os critérios fixados pela lei de Visão Geral
diretrizes orçamentárias. O orçamento público é uma lei que, entre outros
§ 4o Até o final dos meses de maio, setembro e aspectos, exprime em termos financeiros a alocação dos
fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o recursos públicos. Trata-se de um instrumento de
cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em planejamento que espelha as decisões políticas,
audiência pública na comissão referida no § 1o do art. 166 da estabelecendo as ações prioritárias para o atendimento
Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e das demandas da sociedade, em face da escassez de
municipais. recursos. Apresenta múltiplas funções – de planejamento,
Art. 38. A operação de crédito por antecipação de contábil, financeira e de controle. As despesas, para serem
receita destina-se a atender insuficiência de caixa realizadas, têm que estar autorizadas na lei orçamentária
durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências anual.
mencionadas no art. 32 e mais as seguintes: No Brasil, como na maioria dos países de regime
I - realizar-se-á somente a partir do décimo dia do democrático, o processo orçamentário reflete a co-
início do exercício; responsabilidade entre os poderes, caracterizando-se por
II - deverá ser liquidada, com juros e outros configurar quatro fases distintas:
encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada 1 – a elaboração da proposta, feita no âmbito do Poder
ano; Executivo;
III - não será autorizada se forem cobrados outros 2 – a apreciação e votação pelo Legislativo – no caso do
encargos que não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente governo federal, o Congresso Nacional;
prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a 3 – a sua execução; e
esta substituir;

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4 – o controle, consubstanciado no acompanhamento e A União repassa para os governos estaduais e
avaliação da execução. prefeituras 47% de tudo o que arrecada com o Imposto de
O orçamento é a peça mais importante da Renda (IR) e com o Imposto sobre Produtos
Administração Pública. Nele estão os programas e projetos de Industrializados (IPI), através dos Fundos de Participação
um governo que, ao distribuir entre os vários órgãos o dinheiro dos Estados, Distrito Federal e Municípios.
arrecadado dos cidadãos, define suas prioridades. Os governos estaduais ainda contam também,
O Poder Legislativo é a representação direta e para financiar os seus gastos, com 75% da arrecadação
democrática da sociedade na Administração Pública. Esta do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
condição lhe confere uma das maiores responsabilidades na (ICMS) e com o Imposto sobre a Propriedade de Veículos
vida política, econômica e social do país. É esta Automotores (IPVA).
responsabilidade que deve levá-lo a ser zeloso e As prefeituras contam, além do repasse da União,
fiscalizador com os gastos públicos. feito de acordo com o número de habitantes de cada
A Secretaria de Orçamento Federal – SOF tem a cidade, definido pelo censo do IBGE, com os impostos
responsabilidade principal de coordenar, consolidar, municipais como o Imposto Predial e Territorial Urbano
supervisionar e estabelecer normas para elaboração da (IPTU), com 25% da arrecadação do ICMS e com 50% da
Lei de Diretrizes Orçamentárias e do Orçamento Geral da receita do Imposto Territorial Rural (ITR).
União. A SOF integra a estrutura do Ministério do Dessa forma temos que:
Planejamento e Orçamento – MPO. O orçamento pode ser definido como um
O Orçamento Geral da União (OGU) prevê todos os instrumento de planejamento da ação governamental,
recursos e fixa todas as despesas do Governo Federal, composto das despesas fixadas pelo Poder Legislativo,
referentes aos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. autorizando o Poder Executivo a realizá-las durante um
As despesas fixadas no orçamento são cobertas exercício financeiro, mediante a arrecadação de receitas
com o produto da arrecadação dos impostos federais, suficientes e previamente estimadas.
como o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Produtos E ainda, segundo Aliomar Baleeiro, “o orçamento é
Industrializados (IPI), bem como das contribuições, como o considerado o ato pela qual o Poder Legislativo prevê e autoriza o
da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social - Poder Executivo, por certo período e em pormenor, as despesas
COFINS, que é calculado sobre o faturamento mensal das destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins
empresas, nas vendas de mercadorias e de serviços de qualquer adotados pela política econômica ou geral do país, assim como a
natureza, e bem assim do desconto na folha que o assalariado arrecadação das receitas já criadas em lei”.
paga para financiar sua aposentadoria. Os gastos do governo Convém esclarecer que o orçamento não é fonte
podem também ser financiados por operações de crédito - geradora de recursos. O seu principal reflexo se dá na
que nada mais são do que o endividamento do Tesouro redistribuição de riquezas disponíveis na sociedade e
Nacional junto ao mercado financeiro interno e externo. arrecadadas pelo Estado por meio do Sistema Tributário
Este mecanismo implica o aumento da dívida pública. Nacional.
As receitas são estimadas pelo governo. Por isso Assim sendo, ademais de ser um instrumento de
mesmo, elas podem ser maiores ou menores do que foi caráter da vontade popular, justificada pela atuação do Poder
inicialmente previsto. Se a economia crescer durante o ano, Legislativo nas fases de aprovação e controle, o orçamento
mais do que se esperava, a arrecadação com os impostos deve contribuir com a redução das desigualdades da sociedade,
também vai aumentar. O movimento inverso também pode uma vez que se reveste em instrumento de planejamento das
ocorrer. ações governamentais, possibilitando a distribuição de
Com base na receita prevista, são fixadas as riquezas.
despesas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O Orçamento Público, em sentido amplo, é um
Depois que o Orçamento é aprovado pelo Congresso, o documento legal (aprovado por lei) contendo a previsão de
governo passa a gastar o que foi autorizado. Se a receita do receitas e a estimativa de despesas a serem realizadas por
ano for superior à previsão inicial, o governo encaminha um Governo em um determinado exercício (geralmente um
ao Congresso um projeto de lei pedindo autorização para ano).
incorporar e executar o excesso de arrecadação (créditos Ao longo da vigência das sete Constituições
adicionais). Nesse projeto, define as novas despesas que serão brasileiras (1824, 1891, 1934, 1937, 1946, 1967 e 1988), de
custeadas pelos novos recursos. Se, ao contrário, a receita acordo com as características que determinam a maneira
cair, o governo fica impossibilitado de executar o pela qual o orçamento é elaborado, pode-se dizer que o
orçamento na sua totalidade, o que exigirá corte nas Brasil vivenciou três tipos de orçamento:
despesas programadas (Decretos de Contingenciamento –
- Legislativo: utilizado em países parlamentaristas,
Base: RREO – apuração da base contingenciável).
no qual a Elaboração, a Votação e a Aprovação do orçamento
O Orçamento Geral da União não financia todas são de competência do Poder Legislativo, cabendo ao
as despesas públicas. A Constituição do Brasil define as Executivo a sua execução (Constituição de 1891);
atribuições do governo federal, dos governos estaduais e
- Executivo: utilizado em países onde impera o poder
municipais. O dinheiro para asfaltar a rua de sua cidade não
absoluto, no qual a Elaboração, a Votação, a Execução e o
está incluído no Orçamento Geral da União, que contempla
Controle do orçamento são de competência do Poder
apenas ações atribuídas pela Constituição à esfera federal do
Executivo (Constituição de 1937);
poder público. Se você está interessado em saber quais os
- Misto: utilizado em países cujas funções
recursos disponíveis para as obras de esgotos de sua rua, deve
verificar o orçamento da prefeitura de sua cidade. Se a sua legislativas são exercidas pelo Congresso ou Parlamento,
sendo sancionado pelo Chefe do Poder Executivo. Sendo a
preocupação for com a construção de uma estrada vicinal em
Elaboração e a Execução da competência do Poder Executivo,
sua região, deve consultar o orçamento de seu Estado. O
Orçamento Geral da União prevê recursos para a construção, cabendo ao Poder Legislativo a sua Votação e Controle. É o
pavimentação ou recuperação de estradas federais. Da mesma tipo atualmente utilizado no Brasil ( Constituições 1934, 1946,
1967 e 1988);
forma, se o seu interesse é saber se as obras de construção do
hospital de sua cidade serão executadas este ano, deve Além disso, o orçamento poder ser observado sob
consultar o orçamento de sua prefeitura. As despesas com a diversas óticas, a saber:
segurança de sua cidade ou de sua rua são financiadas - Jurídica: o orçamento é uma lei formal. Dessa
também pelo orçamento de seu município. forma, a dimensão jurídica é aquela em que se define ou integra
a lei orçamentária no conjunto de leis do país;

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- Econômica: característica que atribui ao orçamento, para cada Estado e um para cada Município). Cada ente deve
enquanto plano de ação governamental, o poder de intervir na possuir o seu Orçamento, fundamentado em uma política
atividade econômica, propiciando a geração de emprego e orçamentária e estruturado uniformemente. Não há múltiplos
renda, em função dos investimentos que podem ser previstos e orçamentos em uma mesma esfera. O fato do Orçamento Geral
realizados pelo setor público; da União possuir três peças, como o Orçamento Fiscal, o
- Financeira: representa o fluxo financeiro gerado Orçamento da Seguridade Social e o Orçamento de Investimento
pelas entradas de recursos obtidos com a arrecadação de não representa afronta ao princípio da unidade, pois o
receitas e os dispêndios com as saídas de recursos Orçamento é único, válido para os três Poderes. O que há
proporcionados pelas despesas, evidenciando a execução são apenas volumes diferentes segundo áreas de atuação do
orçamentária; Governo.
- Política: corresponde à definição de prioridades, Base:
visando à inclusão e á realização de programas governamentais “Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito
no plano de ação ou orçamento a ser executado, devendo Federal legislar concorrentemente sobre:
sempre compreender a ação política na definição de I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico
prioridades, bem como a concepção e ideologia do partido e urbanístico;
político detentor do poder; II - orçamento;”
- Técnica: conjunto de regras e formalidades técnicas
e legais exigidas na elaboração, aprovação, execução e no Universalidade – o Orçamento deve agregar todas
controle do orçamento, não devendo ser confundida com a as receitas e despesas de toda a administração direta e
dimensão jurídica, mas sim complementar a ela. indireta dos Poderes. A Lei orçamentária deve incorporar
Cumpre ressaltar que o ordenamento jurídico todas as receitas e despesas, ou seja, nenhuma instituição
brasileiro trata o orçamento como Lei, prevista no art. 165 da pública que receba recursos orçamentários ou gerencie
CF/88. Dessa forma têm-se as seguintes características dessa recursos federais pode ficar de fora do Orçamento.
Lei:
Anualidade / Periodicidade – o Orçamento cobre
- Formal: é uma Lei que, contudo, por vezes, deixa de um período limitado. No Brasil, este período corresponde ao
apresentar o requisito essencial da coercibilidade porque não ano ou exercício financeiro, de 01/01 a 31/12. O período
obriga o Poder Público que pode deixar de executar uma estabelece um limite de tempo para as estimativas de receita e
despesa autorizada pelo Legislativo. O orçamento brasileiro é fixação da despesa, ou seja, o orçamento deve se realizar no
um instrumento de planejamento autorizativo, e não exercício que corresponde ao próprio ano fiscal.
impositivo;
- Temporária: possui vigência limitada (1 ano civil); Legalidade – O Orçamento é objeto de uma lei
- Especial: a lei orçamentária possui processo específica (Lei ordinária no Brasil), e como tal, deve cumprir
legislativo diferenciado e de tramitação peculiar (art. 166, a o rito legislativo próprio, com o cumprimento de todos os
parágrafos, CF/88); e quesitos, inclusive seu sancionamento e publicação pelo
- Ordinária: não exige quarum qualificado para a Presidente da República ou Congresso Nacional.
sua aprovação, sendo aprovada por maioria simples. Tal
Exclusividade – O Orçamento só versa sobre matéria
característica abrange as leis do PPA, LDO, bem como dos
orçamentária, podendo conter autorização para abertura de
Créditos Suplementares e Especiais.
créditos suplementares e operações de crédito, ainda que
Os primeiros Orçamentos que se têm notícia eram os
por antecipação da receita (exceção ao princípio).
chamados Orçamentos Tradicionais, que se importavam
apenas com o gasto (ênfase no gasto). Eram meros Especificação ou Discriminação ou Especialização –
documentos de previsão de receita e autorização de São vedadas autorizações globais no Orçamento. As despesas
despesas sem nenhum vínculo com um sistema de devem ser especificadas no Orçamento, no mínimo, por
planejamento governamental. Simplesmente se fazia uma modalidade de aplicação.
estimativa de quanto se ia arrecadar e decidia-se o que Detalhando um pouco mais este princípio temos:
comprar, sem nenhuma prioridade ou senso distributivo na - Previsto no art. 5º da Lei nº 4.320/64. No artigo 15
alocação dos recursos públicos. a referida lei estabelece que a discriminação das despesas far-
O Orçamento evoluiu ao longo da história para um se-á, no mínimo por elementos, entendendo-se elementos, como
conceito de Orçamento-Programa, segundo o qual o desdobramento da despesa com pessoal, material, serviços,
Orçamento não é apenas um mero documento de previsão da obras etc. Pode-se dizer também que a exigência de especificar,
arrecadação e autorização do gasto, mas um documento legal na LOA, as receitas e as despesas, segundo a categoria
que contém programas e ações vinculados a um processo econômica, as fontes, as funções e os programas, é uma
de planejamento público, com objetivos e metas a alcançar conseqüência do princípio da especificação.
no exercício (a ênfase no Orçamento-Programa é nas Exceção: Reserva de Contingência – dotação
realizações do Governo). global, genérica , colocada na LOA, destinada a atender
passivos contingentes e outras despesas imprevistas; outra
4.2.1 PRINCÍPIOS:
exceção são os programas especiais de trabalho, nos termos do
Existem princípios básicos que devem ser seguidos na
artigo 20, parágrafo único da Lei nº 4.320/64.
elaboração e execução do orçamento, que estão definidos na
Constituição Federal, na Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, Publicidade – O Orçamento de um país deve ser
no Plano Plurianual e na Lei de Diretrizes Orçamentárias. sempre divulgado quando aprovado e transformado em lei.
A Lei nº 4.320/64 estabelece os fundamentos da No Brasil, o Orçamento Federal é publicado no Diário Oficial
transparência orçamentária (art. 2º): da União.
"A Lei do Orçamento conterá a discriminação da
receita e despesa, de forma a evidenciar a política Equilíbrio – As despesas autorizadas no Orçamento
econômico-financeira e o programa de trabalho do devem ser, sempre que possível, iguais às receitas previstas.
governo, obedecidos os princípios da unidade, Não pode haver um desequilíbrio acentuado nos gastos.
universalidade e anualidade".
Orçamento-Bruto - A receita e despesa constante no
Unidade – Só existe um Orçamento para cada ente Orçamento, exceto os descontos constitucionais (ex.
federativo (no Brasil, existe um Orçamento para a União, um transferências constitucionais), devem aparecer no Orçamento

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pelo valor total ou valor bruto, sem deduções de nenhuma uniformemente, procurando dar uma padronização em todas as
espécie. repartições do Governo.
Não-afetação ou não-vinculação – É vedada a O orçamento passou de mero quadro de receitas e
vinculação dos impostos a órgão, fundo ou despesa, exceto despesas para ser base de planejamento das atividades
as próprias transferências constitucionais para manutenção futuras, quais sejam:
e desenvolvimento do ensino (FPE, FPM, etc). e as garantias - auxiliar o Executivo na sua organização;
às operações de crédito por antecipação da receita. - dar ao Legislativo as bases em que se processam a
Detalhando um pouco mais este princípio temos: previsão da receita e da fixação das despesas;
“o principio da não-afetação ou da não-vinculação da - proporcionar à administração a oportunidade de
receita significa que o legislador não poderá vincular receitas exercer um controle mais efetivo e real;
públicas a determinadas despesas, órgãos ou fundos. No
- servir de base para a tomada de contas;
Brasil, este principio está previsto apenas em relação às
- tornar-se um instrumento fundamental à
receitas de impostos. É o principio que postula o recolhimento
administração;
de todos os recursos a uma caixa única do Tesouro, sem
discriminação quanto a sua destinação. Entretanto, a norma - centralizar as atividades orçamentárias da União
constitucional (art. 167, IV e § 4º) só consagrou esse principio num órgão especializado.
para as receitas provenientes de impostos, vedando sua
vinculação a determinado órgão, fundo ou despesa, PERÍODO: 1945 - 1964
ressalvadas as seguintes: A Constituição de 1946, denominada
a) repartição do produto da arrecadação dos seguintes "planejamentista", explicita a criação de planos setoriais e
impostos regionais, com reflexos no orçamento, ao estabelecer
_ Imposto de Renda incidente na fonte sobre rendimentos; vinculações com a receita. A experiência brasileira na
_ Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural; elaboração de Planos Globais até 1964 caracterizou-se por
_ Imposto sobre a Propriedade de veículos Automotores; contemplar somente os elementos de despesa com ausência
_ Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e serviços; de uma programação de objetivos, metas e recursos reais,
_ Imposto de Renda; intensificando a desvinculação dos Planos e dos Orçamentos.
_ Imposto sobre Produtos Industrializados.
O Decreto nº 51.152, de 5 de agosto de 1961, alterado
b) destinação de recursos para a manutenção e
desenvolvimento do ensino;
pelo Decreto nº 152, de 16 de novembro de 1961, cria a
c) prestação de garantias às operações de credito por
Comissão Nacional de Planejamento.
antecipação de receita;
d) destinação de recursos para aplicação na área de PERÍODO 1964 - 1988 - SECRETARIA DE
saúde; ORÇAMENTO FEDERAL
e) para realização de atividades da administração
O Decreto nº 53.914, de 11 de maio de 1964, cria o
tributária (EC nº 42/2003)
cargo de Ministro Extraordinário do Planejamento e
Programação, Tipicidade e Atipicidade – Durante a Coordenação Econômica, ocupado por Celso Furtado, com a
fase de consolidação da proposta de Orçamento, geralmente se atribuição de "dirigir e coordenar a revisão do plano nacional
seguem determinadas classificações orçamentárias de desenvolvimento econômico; coordenar e harmonizar, em
existentes. Há uma tabela de classificação funcional de planos gerais, regionais e setoriais, os programas e projetos
despesas, por exemplo, que classifica a despesa em funções, elaborados por órgãos públicos; coordenar a elaboração e a
subfunções, programas e ações. Há outra tabela de execução do Orçamento Geral da União e dos orçamentos dos
classificação da despesa por fontes de recursos e outra por órgãos e entidades subvencionadas pela União, harmonizando-
unidade orçamentária, por exemplo. No processo de os com o plano nacional de desenvolvimento econômico".
programação da despesa no Orçamento, em primeiro lugar é É de 1964, a Lei nº 4.320 que traçou os princípios
preciso identificar a função a que pertence a despesa (se é uma orçamentários no Brasil e é ainda hoje, a principal diretriz
despesa classificável na função Educação, Saúde, Ciência e para a elaboração do Orçamento Geral da União, apesar de
Tecnologia, Transportes, ou qualquer outra). A função é o várias alterações que foram sendo realizadas ao longo desses
nível mais elevado de agregação de despesas, representando anos.
quase que uma área de atuação do Governo. As diferentes A Lei 4.320 estabelece pela primeira vez os
funções se dividem em subfunções, que, por sua vez, princípios da transparência orçamentária no seu art. 2º:
comportam diferentes programas de Governo, compostos "A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita
por ações (projetos, atividades ou operações especiais) a e despesa, de forma a evidenciar a política econômico-financeira
realizar no exercício. e o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios
da unidade, universalidade e anualidade"
5 - ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL Em 1967, o Decreto Lei nº 200, de 25 de fevereiro
No Brasil, a evolução e o desenvolvimento da técnica criou o Ministério do Planejamento e Coordenação Geral e
orçamentária são recentes, datando dos dias de atividade do estabelece como sua área de competência a programação
Conselho Federal do Serviço Público Civil, criado pela Lei n. orçamentária e a proposta orçamentária anual.
284, de 28 de outubro de 1936 e extinto pelo Decreto-lei n. Por sua vez, o Ministro, através da Portaria nº 20, de 2
579, de 30 de julho de 1938, que organizou o Departamento de março de 1971, alterada pela Portaria nº 46, de 5 de junho
Administrativo do Serviço Público - DASP, subordinado de 1972, dá a então Subsecretaria de Orçamento e Finanças,
diretamente ao Presidente da República e em cooperação e hoje Secretaria de Orçamento Federal, a atribuição de órgão
articulação com o serviço público federal. central do sistema orçamentário.
Com o objetivo de organizar os serviços, A Constituição Federal de 1988 (art. 165 a 169)
estabeleceu-se dentro da estrutura administrativa, duas trouxe novas regras e conceitos: a prerrogativa devolvida ao
atividades fundamentais: Poder Legislativo de propor emendas ao projeto de lei do
- as atividades-fim; e orçamento, no que concerne à despesa (art 166, §3º), e a
- as atividades-meio determinação de, anualmente, o Poder Executivo encaminhar
ao Poder Legislativo o projeto de lei de diretrizes
Adotou-se, em seguida a centralização das orçamentárias (PLDO) (art. 165, §2º).
atividades-meio (as institucionais) pela sua semelhança ou
identidade, em órgãos próprios, de maneira a serem exercidas

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A Constituição Federal de 1988 atribui ao Poder programas de duração continuada”.
Executivo a responsabilidade pelo sistema de Planejamento e
Orçamento, e a iniciativa dos seguintes projetos de lei: • Princípios do PPA
- Plano Plurianual (PPA) Convergência territorial
- Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) Integração de políticas públicas
- Lei de Orçamento Anual (LOA) Monitoramento e avaliação
Estabelecimento de parcerias
Gestão estratégica
Transparência
Participação social
• PPA x PAC
• PPA x Planejamento de longo prazo em base
territorial
FLUXO DE ELABORAÇÃO DO PPA 2008 - 2011

5 – O CICLO ORÇAMENTÁRIO
O Orçamento Público no Brasil (Orçamento Geral
da União) inicia-se com um texto elaborado pelo Poder
Executivo e entregue ao Poder Legislativo para discussão,
aprovação e conversão em lei. O documento contém a
estimativa de arrecadação das receitas federais para o ano
seguinte e a autorização para a realização de despesas do
Governo. Porém, está atrelado a um forte sistema de
planejamento público das ações a realizar no exercício.
O OGU é constituído de três peças em sua
composição, também denominados de esferas do
orçamento: o Orçamento Fiscal, o Orçamento da
Seguridade Social e o Orçamento de Investimento das
Empresas Estatais Federais.
Existem princípios básicos que devem ser seguidos
para elaboração e controle dos Orçamentos Públicos, que
estão definidos no caso brasileiro na Constituição, na Lei
4.320/64, no Plano Plurianual, na Lei de Diretrizes
Orçamentárias e na recente Lei de Responsabilidade Fiscal. Organização do PPA 2008-11
O PPA é a lei que define as prioridades do Governo
pelo período de 4 (quatro) anos. O projeto de lei do PPA
deve ser enviado pelo Presidente da República ao
Congresso Nacional até o dia 31 de agosto do primeiro ano
de seu mandato (4 meses antes do encerramento da sessão
legislativa).
De acordo com a Constituição Federal, o PPA deve
conter “as DIRETRIZES, OBJETIVOS e METAS da
administração pública FEDERAL para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos

Com base na LDO aprovada a cada ano pelo Poder


Legislativo, a Secretaria de Orçamento Federal, órgão do
Poder Executivo, consolida a proposta orçamentária de
todos os órgãos dos Poderes (Legislativo, Executivo e
Judiciário) para o ano seguinte no Projeto de Lei
encaminhado para discussão e votação no Congresso
Nacional.
Por determinação constitucional, o Governo é
obrigado a encaminhar o Projeto de Lei Orçamentária
Anual ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto de
cada ano (4 meses antes do encerramento da sessão
legislativa). Acompanha o projeto uma Mensagem do

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Presidente da República, na qual é feito um diagnóstico atividades típicas do orçamento público, desde sua concepção
sobre a situação econômica do país e suas perspectivas. até a apreciação final.
A Lei Orçamentária Anual disciplina todos os O ciclo orçamentário não se confunde com o exercício
PROGRAMAS e AÇÕES do governo FEDERAL no exercício. financeiro, este bem mais restrito, de duração rigorosamente
Nenhuma despesa pública pode ser executada sem estar definida e representado por etapas sucessivas e não
consignada no Orçamento. No Congresso, deputados e superpostas.
senadores discutem na Comissão Mista de Orçamentos e O ciclo orçamentário envolve um período muito maior
Planos a proposta orçamentária (projeto de lei) enviada pelo que o exercício financeiro, uma vez que abrange todas as fases
Poder Executivo, fazendo modificações que julgar do processo orçamentário: elaboração da proposta, discussão e
necessárias, por meio de emendas, votando ao final o aprovação, execução e acompanhamento e, por fim, controle e
projeto. avaliação do orçamento.
A Constituição (art. 57 – EC nº 50) determina que o Exercício financeiro é o espaço de tempo
Orçamento deve ser votado e aprovado até o final de cada compreendido entre primeiro de janeiro e trinta e um de
Sessão Legislativa (22.12 de cada ano). Depois de dezembro de cada ano, no qual se promove a execução
aprovado, o projeto é sancionado e publicado pelo orçamentária e demais fatos relacionados com as variações
Presidente da República, transformando-se na Lei qualitativas e quantitativas que afetam os elementos
Orçamentária Anual. patrimoniais dos órgãos/entidades do setor público.
A Lei Orçamentária Anual (LOA) estima as receitas O art. 34 da Lei nº 4.320/64 determina que o
e autoriza as despesas do Governo de acordo com a exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
previsão de arrecadação. Se durante o exercício financeiro O art. 35, desse mesmo dispositivo legal, dispõe que
houver necessidade de realização de despesas acima do “.pertencem ao exercício financeiro as receitas nele arrecadadas
limite que está previsto na Lei, o Poder Executivo submete e as despesas nele legalmente emprenhadas.” É o Regimento
ao Congresso Nacional um novo projeto de lei solicitando Misto da Contabilidade Pública, de Caixa para as Receitas e
crédito adicional. de Competência para as Despesas.
Por outro lado, a necessidade de contenção dos
gastos obriga o Poder Executivo muitas vezes a editar RESUMINDO ESQUEMATICAMENTE:
Decretos com limites orçamentários e financeiros para o CICLO DE GESTÃO - COMPETÊNCIAS
gasto, abaixo dos limites autorizados pelo Congresso. São
os intitulados Decretos de Contingenciamento, que limitam
as despesas abaixo dos limites aprovados na lei
orçamentária.

CICLO DE GESTÃO - COMPETÊNCIAS

O CICLO ORÇAMENTÁRIO, também conhecido como


Processo Orçamentário, pode ser definido como um processo
de caráter contínuo e simultâneo, através do qual se Elabora,
Aprova, Executa, Controla e Avalia a programação de
dispêndios do setor público nos aspectos físico e financeiro.
Colocado desta forma, o ciclo orçamentário
corresponde ao período de tempo em que se processam as

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Art. 4o Para efeito desta Lei, entende-se por:
I - Programa: instrumento de organização da ação
governamental que articula um conjunto de ações visando à
concretização do objetivo nele estabelecido, sendo classificado
como:
a) Programa Finalístico: pela sua implementação são
ofertados bens e serviços diretamente à sociedade e são
gerados resultados passíveis de aferição por indicadores;
b) Programa de Apoio às Políticas Públicas e Áreas
Especiais: aqueles voltados para a oferta de serviços ao
Estado, para a gestão de políticas e para o apoio
administrativo;
II - Ação: instrumento de programação que contribui
para atender ao objetivo de um programa, podendo ser
orçamentária ou não-orçamentária, sendo a orçamentária
classificada, conforme a sua natureza, em:
a) Projeto: instrumento de programação para alcançar o
EC 50/2006 – CICLO DE GESTÃO
objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações,
Texto da Lei 11.653, de 07 de abril de 2008 limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre
para a expansão ou aperfeiçoamento da ação de governo;
CAPÍTULO I
b) Atividade: instrumento de programação para
DA ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO PLANO alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de
Art. 1º Esta Lei institui o Plano Plurianual para o operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das
quadriênio 2008-2011, em cumprimento ao disposto no § 1º do quais resulta um produto necessário à manutenção da ação de
art. 165 da Constituição Federal. governo;

§ 1o Integram o Plano Plurianual os seguintes anexos: c) Operação Especial: despesas que não
contribuem para a manutenção, expansão ou
I - Anexo I - Programas Finalísticos; aperfeiçoamento das ações do governo federal, das quais
não resulta um produto, e não gera contraprestação direta
II - Anexo II - Programas de Apoio às Políticas sob a forma de bens ou serviços.
Públicas e Áreas Especiais; e
ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS
III - Anexo III - Órgãos Responsáveis por Programas de
Governo.
§ 2o Não integram o Plano Plurianual os
programas destinados exclusivamente a operações
especiais.
Art. 2o O Plano Plurianual 2008-2011 organiza a
atuação governamental em Programas orientados para o
alcance dos objetivos estratégicos definidos para o período do
Plano.
Art. 3o Os programas e ações deste Plano serão
observados nas leis de diretrizes orçamentárias, nas leis
orçamentárias anuais e nas leis que as modifiquem.
§ 1o A gestão fiscal e orçamentária e a legislação
correlata deverão levar em conta as seguintes diretrizes da
política fiscal:
Um exemplo prático dessa separação dos Programas,
I - elevação dos investimentos públicos aliada à extrai-se do anexo III, o seguinte:
contenção do crescimento das despesas correntes primárias até
o final do período do Plano; Órgão Programa
52000 Ministério da Defesa Finalístico
II - redução gradual da carga tributária federal aliada 0631 Desenvolvimento da Infra-
ao ganho de eficiência e combate à evasão na arrecadação; Estrutura Aeroportuária
1383 Assistência e Cooperação
III - preservação de resultados fiscais de forma a das Forças Armadas à Sociedade
reduzir os encargos da dívida pública. 0643 Calha Norte
0639 Segurança da Navegação
§ 2o Serão considerados prioritários, na execução Aquaviária
das ações constantes do Plano, os projetos: 0623 Segurança de Vôo e
Controle do Espaço Aéreo
I - associados ao Projeto-Piloto de Investimentos Brasileiro
Públicos - PPI e ao Programa de Aceleração do Crescimento -
PAC; e Apoio às Políticas Públicas e
Áreas Especiais
II - com maior índice de execução ou que possam ser 0637 Serviço de Saúde das Forças
concluídos no período plurianual. Armadas
0627 Tecnologia de Uso

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Aeroespacial De acordo com a Constituição Federal, a LDO
0629 Tecnologia de Uso Naval estabelece:
0642 Tecnologia de Uso Terrestre 1) as metas e prioridades para o exercício
1057 Comunicações, Comando,
financeiro subseqüente;
Controle e Inteligência nas Forças
Armadas 2) orienta a elaboração do Orçamento (Lei
0630 Desenvolvimento da Aviação Orçamentária Anual);
Civil 3) dispõe sobre alterações na legislação
0640 Ensino Profissional da tributária; e
Aeronáutica 4) estabelece a política de aplicação das agências
0633 Ensino Profissional da financeiras de fomento.
Marinha
0638 Ensino Profissional do
Exército
Texto da Lei 11.768, de 14 de agosto de 2008
0625 Gestão da Política de Defesa Art. 1o São estabelecidas, em cumprimento ao disposto
Nacional
no art. 165, § 2º, da Constituição, e na Lei Complementar nº 101,
8026 Mobilização para Defesa
Nacional de 4 de maio de 2000, as diretrizes orçamentárias da União para
8032 Preparo e Emprego 2009, compreendendo:
Combinado das Forças Armadas
I – as prioridades e metas da Administração Pública
0621 Preparo e Emprego da Força
Aérea Federal;
0620 Preparo e Emprego da Força II – a estrutura e organização dos orçamentos;
Terrestre
0622 Preparo e Emprego do Poder III – as diretrizes para a elaboração e execução dos
Naval orçamentos da União e suas alterações;
0472 Proantar
0647 Produção de Material Bélico IV – as disposições relativas à dívida pública
0632 Reaparelhamento e federal;
Adequação da Força Aérea
Brasileira V – as disposições relativas às despesas da União
0626 Reaparelhamento e com pessoal e encargos sociais;
Adequação da Marinha do Brasil
0628 Reaparelhamento e VI – a política de aplicação dos recursos das
Adequação do Exército Brasileiro agências financeiras oficiais de fomento;
0474 Recursos do Mar
VII – as disposições sobre alterações na legislação
30000 Ministério da Justiça Finalístico tributária da União;
0661 Aprimoramento da
Execução Penal
VIII – as disposições sobre a fiscalização pelo Poder
0699 Assistência Jurídica Integral Legislativo e sobre as obras e serviços com indícios de
e Gratuita irregularidades graves; e
0697 Defesa do Consumidor
0695 Defesa Econômica e da IX – as disposições gerais.
Concorrência CAPÍTULO I
1453 Nacional de Segurança
Pública com Cidadania - DAS METAS E PRIORIDADES DA ADMINISTRAÇÃO
PRONASCI PÚBLICA FEDERAL
0662 Prevenção e Repressão à
Criminalidade Art. 2o A elaboração e aprovação do Projeto de Lei
0150 Proteção e Promoção dos Orçamentária de 2009 e a execução da respectiva Lei deverão
Povos Indígenas ser compatíveis com a obtenção da meta de superávit
0663 Segurança Pública nas
primário para o setor público consolidado, equivalente a
Rodovias Federais
1127 Sistema Único de Segurança 3,80% (três inteiros e oitenta centésimos por cento) do Produto
Pública - SUSP Interno Bruto – PIB, sendo 2,20% (dois inteiros e vinte
Apoio às Políticas Públicas e centésimos por cento) para os Orçamentos Fiscal e da
Áreas Especiais Seguridade Social e 0,65% (sessenta e cinco centésimos por
1083 Reforma do Judiciário cento) para o Programa de Dispêndios Globais, conforme
1413 Promoção da Justiça e da demonstrado no Anexo de Metas Fiscais constante do Anexo
Cidadania IV desta Lei.
1164 Prevenção e Combate à
Lavagem de Dinheiro Parágrafo Único. Poderá haver compensação entre as
1386 Desenvolvimento metas estabelecidas para os Orçamentos Fiscal e da Seguridade
Institucional da Polícia Rodoviária
Social e para o Programa de Dispêndios Globais de que trata o
Federal
0698 Gestão e Apoio Institucional art. 11, inciso VI, desta Lei.
na Área da Justiça Art. 3º O superávit a que se refere o art. 2º desta
1353 Modernização da Polícia
Federal
Lei será reduzido em até R$ 15.567.000.000,00 (quinze
bilhões, quinhentos e sessenta e sete milhões de reais), para o
atendimento da programação relativa ao Projeto Piloto de
Investimentos Públicos - PPI, conforme detalhamento
6 DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS. constante de anexo específico do projeto e da lei orçamentária,
A LDO é a lei, anterior à lei orçamentária, que observado o disposto no § 5º do art. 56 desta Lei.
define as METAS e PRIORIDADES em termos de
Parágrafo único. O valor de que trata o caput deste
PROGRAMAS a executar pelo Governo. O projeto de lei da
artigo poderá ser acrescido do montante dos restos a
LDO deve ser enviado pelo Poder Executivo ao Congresso
pagar relativos a despesas cujo identificador de resultado
Nacional até o dia 15 de abril de cada ano (8 meses e meio
primário seja “3”.
antes do encerramento da sessão legislativa), devendo ser
aprovado até 17/07 (art. 57, §2, CF/88).

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Art. 4º As prioridades e metas físicas da entidades privadas, com os quais a Administração Federal
Administração Pública Federal para o exercício de 2009, pactue a transferência de recursos financeiros;
atendidas as despesas que constituem obrigação
IX - descentralização de créditos orçamentários, a
constitucional ou legal da União e as de funcionamento
transferência de créditos constantes da Lei Orçamentária ou de
dos órgãos e entidades que integram os Orçamentos Fiscal
créditos adicionais, desde que no âmbito do mesmo órgão ou
e da Seguridade Social, correspondem às ações relativas
entidade ou entre estes, observado o disposto no § 1o do art. 8o
ao Programa de Aceleração do Crescimento - PAC e ao PPI,
desta Lei.
bem como àquelas constantes do Anexo I desta Lei,
especialmente as que promovam a igualdade de gênero e étnico- § 1o As categorias de programação de que trata esta
racial ou atendam a pessoas com deficiência, as quais terão Lei serão identificadas no Projeto de Lei Orçamentária de 2009
precedência na alocação dos recursos no Projeto e na Lei e na respectiva Lei, bem como nos créditos adicionais, por
Orçamentária de 2009, não se constituindo, todavia, em limite à programas e respectivos projetos, atividades ou operações
programação da despesa especiais desdobrados em subtítulos, com indicação, quando
for o caso, do produto, da unidade de medida e da meta física.
§ 1o VETADO.
§ 2o O produto e a unidade de medida a que se
§ 2º Fica vedada a adoção, pelo Poder Executivo,
refere o § 1o deverão ser os mesmos especificados para
durante a execução orçamentária, de categorias de prioridades
cada ação constante do Plano Plurianual 2008-2011.
que não estejam contempladas nesta Lei.
§ 3o Ficam vedadas na especificação dos subtítulos:
§ 3º Em caso de necessidade de limitação de
empenho e movimentação financeira, os órgãos e as I - alterações do produto e da finalidade da ação;
entidades da Administração Pública Federal deverão ressalvar,
sempre que possível, as ações que constituam metas e II - referências a mais de uma localidade, área
prioridades estabelecidas nos termos deste artigo. geográfica ou beneficiário, se determinados.

§ 4º As metas e as prioridades da Administração § 4o A meta física deve ser indicada em nível de


Pública Federal devem refletir, a todo tempo, os objetivos da subtítulo e agregada segundo o respectivo projeto,
política econômica governamental, especialmente aqueles atividade ou operação especial.
que integram o cenário em que se baseiam as metas fiscais. § 5o Cada ação orçamentária, entendida como a
CAPÍTULO II atividade, o projeto ou a operação especial, deve identificar a
função e a subfunção às quais se vincula.
DA ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DOS
ORÇAMENTOS § 6o No projeto de Lei Orçamentária de 2009, deve ser
atribuído a cada subtítulo, para fins de processamento, um
Art. 5o Para efeito desta Lei, entende-se por: código seqüencial, que não constará da respectiva lei, devendo
as modificações propostas nos termos do art. 166, § 5o, da
I - programa, o instrumento de organização da
Constituição preservar os códigos seqüenciais da proposta
ação governamental visando à concretização dos objetivos
original.
pretendidos, sendo mensurado por indicadores
estabelecidos no plano plurianual; § 7o As atividades que ostentem a mesma finalidade
devem ser classificadas sob um único código,
II - atividade, um instrumento de programação
independentemente da unidade executora.
para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um
conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e § 8o O projeto deve constar de uma única esfera
permanente, das quais resulta um produto necessário à orçamentária, sob um único programa.
manutenção da ação de governo;
§ 9o A subfunção, nível de agregação imediatamente
III - projeto, um instrumento de programação para inferior à função, deverá evidenciar cada área da atuação
alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto governamental, mesmo que a atuação se dê mediante a
de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um transferência de recursos a entidade pública ou privada.
produto que concorre para a expansão ou aperfeiçoamento
da ação de governo; Art. 6o Os Orçamentos Fiscal e da Seguridade
Social compreenderão a programação dos Poderes da
IV - operação especial, as despesas que não União, seus fundos, órgãos, autarquias, inclusive
contribuem para a manutenção, expansão ou especiais, e fundações instituídas e mantidas pelo Poder
aperfeiçoamento das ações de governo federal, das quais Público, bem como das empresas públicas, sociedades de
não resulta um produto, e não gera contraprestação economia mista e demais entidades em que a União, direta
direta sob a forma de bens ou serviços; ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
direito a voto e que dela recebam recursos do Tesouro
V - subtítulo, o menor nível de categoria de
Nacional, devendo a correspondente execução
programação, sendo utilizado, especialmente, para especificar
orçamentária e financeira, da receita e da despesa, ser
a localização física da ação;
registrada na modalidade total no Sistema Integrado de
VI - unidade orçamentária, o menor nível da Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI.
classificação institucional, agrupada em órgãos
§ 1o Excluem-se do disposto neste artigo:
orçamentários, entendidos estes como os de maior nível da
classificação institucional; I - os fundos de incentivos fiscais, que figurarão
exclusivamente como informações complementares ao Projeto
VII - concedente, o órgão ou a entidade da
de Lei Orçamentária de 2009;
Administração Pública Federal direta ou indireta responsável
pela transferência de recursos financeiros, inclusive os II - conselho de fiscalização de profissão
decorrentes de descentralização de créditos orçamentários; regulamentada, constituído sob a forma de autarquia; e
VIII - convenente, o órgão ou a entidade da III - empresa pública ou sociedade de economia
Administração Pública direta ou indireta dos governos mista que receba recurso da União apenas em virtude de:
federal, estaduais, municipais ou do Distrito Federal e as
a) participação acionária;

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b) fornecimento de bens ou prestação de serviços; § 5o Nenhuma ação conterá, simultaneamente,
dotações destinadas a despesas financeiras e primárias,
c) pagamento de empréstimos e financiamentos
ressalvada a Reserva de Contingência.
concedidos;
§ 6o Os subtítulos enquadrados no PPI integram o
d) transferência para aplicação em programas de
PAC e não poderão abranger dotações com identificador
financiamento, nos termos do disposto nos arts. 159, inciso I,
de resultado primário diferente de 3 (RP 3).
alínea “c”, e 239, § 1o, da Constituição.
§ 7o As ações do PAC, integrantes dos Orçamentos
§ 2o A empresa destinatária de recursos na forma
Fiscal e da Seguridade Social, constarão do SIAFI, de forma que
prevista na alínea “a” do inciso III do § 1o deste artigo
possibilite sua identificação durante a execução orçamentária.
deve divulgar, mensalmente, na internet, as informações
relativas à execução das despesas do orçamento de § 8o A modalidade de aplicação destina-se a
investimento, discriminando os valores autorizados e os indicar se os recursos serão aplicados:
executados, mensal e anualmente.
I - diretamente, pela unidade detentora do crédito
§ 3o As entidades constituídas sob a forma de serviço orçamentário ou, mediante descentralização de crédito
social autônomo, destinatárias de contribuições dos orçamentário, por outro órgão ou entidade integrante do
empregadores, incidentes sobre a folha de salários, deverão Orçamento Fiscal ou do da Seguridade Social;
divulgar, pela internet, dados e informações acerca dos valores
II - indiretamente, mediante transferência
recebidos à conta das contribuições, bem como das aplicações
financeira, por outras esferas de governo, seus órgãos,
efetuadas, discriminadas por finalidade e região.
fundos ou entidades ou por entidades privadas sem fins
Art. 7o Os Orçamentos Fiscal, da Seguridade lucrativos.
Social e de Investimento discriminarão a despesa por
§ 9o A especificação da modalidade de que trata
unidade orçamentária, detalhada por categoria de
este artigo observará, no mínimo, o seguinte
programação em seu menor nível, com suas respectivas
detalhamento:
dotações, especificando a esfera orçamentária, o grupo de
natureza de despesa, o identificador de resultado I - governo estadual (MA 30);
primário, a modalidade de aplicação, o identificador de
uso e a fonte de recursos. II - administração municipal (MA 40);

§ 1o A esfera orçamentária tem por finalidade III - entidade privada sem fins lucrativos (MA 50);
identificar se o orçamento é fiscal (F), da seguridade IV - consórcios públicos (MA 71);
social (S) ou de investimento (I).
V - aplicação direta (MA 90);
§ 2o Os grupos de natureza de despesa (GND)
constituem agregação de elementos de despesa de mesmas VI - aplicação direta decorrente de operação entre
características quanto ao objeto de gasto, conforme a seguir órgãos, fundos e entidades integrantes dos Orçamentos
discriminados: Fiscal e da Seguridade Social (MA 91).

I - pessoal e encargos sociais (GND 1); § 10. É vedado o empenho da despesa com
modalidade de aplicação a definir.
II - juros e encargos da dívida (GND 2);
§ 11. Quando a operação a que se refere o inciso VI
III - outras despesas correntes (GND 3); do § 9o deste artigo for identificada apenas na execução
IV - investimentos (GND 4); orçamentária, antes da emissão da nota de empenho, a
unidade orçamentária procederá à troca da modalidade de
V - inversões financeiras, incluídas quaisquer aplicação na forma prevista no art. 56, § 2o, desta Lei.
despesas referentes à constituição ou aumento de capital
de empresas (GND 5); § 12. O identificador de uso destina-se a indicar
se os recursos compõem contrapartida nacional de
VI - amortização da dívida (GND 6). empréstimos ou de doações, ou destinam-se a outras
aplicações, constando da Lei Orçamentária de 2009 e dos
§ 3o A Reserva de Contingência, prevista no art.
créditos adicionais pelos seguintes dígitos, que
13 desta Lei, será classificada no GND 9.
antecederão o código das fontes de recursos:
§ 4o O identificador de resultado primário, de
I - recursos não destinados à contrapartida (IU 0);
caráter indicativo, tem como finalidade auxiliar a
apuração do resultado primário previsto no art. 2o desta II - contrapartida de empréstimos do Banco
Lei, devendo constar no Projeto de Lei Orçamentária de 2009 e Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento - BIRD
na respectiva Lei em todos os grupos de natureza de despesa, (IU 1);
identificando, de acordo com a metodologia de cálculo das
necessidades de financiamento, cujo demonstrativo constará III - contrapartida de empréstimos do Banco
em anexo à Lei Orçamentária de 2009, nos termos do Interamericano de Desenvolvimento - BID (IU 2);
Anexo II, inciso XI, desta Lei, se a despesa é: IV - contrapartida de empréstimos por
I - financeira (RP 0); desempenho ou com enfoque setorial amplo (IU 3);

II - primária obrigatória, quando conste na Seção V - contrapartida de outros empréstimos (IU 4);
I do Anexo V desta Lei (RP 1); VI - contrapartida de doações (IU 5).
III - primária discricionária, assim consideradas § 13. As fontes de recursos que corresponderem às
aquelas não incluídas na Seção I do Anexo V desta Lei (RP receitas provenientes de concessão, de permissão e de
2); utilização de recursos hídricos de que trata o art. 22 da Lei no
IV - primária discricionária relativa ao PPI (RP 3); 9.433, de 8 de janeiro de 1997, constarão na Lei Orçamentária
de 2009 com código próprio que as identifiquem conforme a
V - do Orçamento de Investimento das empresas origem da receita, discriminando-se, no mínimo, aquelas
estatais que não impacta o resultado primário (RP 4). decorrentes de concessão ou permissão nas áreas de

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telecomunicações, transportes, petróleo e eletricidade e de III - constantes do Projeto de Lei Orçamentária de
utilização de recursos hídricos. 2008;
§ 14. As receitas serão escrituradas de forma que IV - constantes da Lei Orçamentária de 2008;
se identifique a arrecadação segundo as naturezas de
V - propostos para o exercício de 2009.
receita, fontes de recursos e parcelas vinculadas à
seguridade social. § 4o Na Lei Orçamentária de 2009, serão excluídos os
valores a que se refere o inciso I do § 3o deste artigo e incluídos
Art. 8o Todo e qualquer crédito orçamentário deve ser
os valores aprovados para 2009.
consignado, diretamente, independentemente do grupo de
natureza de despesa em que for classificado, à unidade § 5o Os anexos do Projeto de Lei Orçamentária de
orçamentária responsável pela execução das ações 2009 e de seu Autógrafo, assim como da respectiva Lei, terão a
correspondentes, vedando-se a consignação de crédito a título mesma formatação dos anexos da Lei Orçamentária de 2008,
de transferência a unidades orçamentárias integrantes dos exceto pelas alterações previstas nesta Lei.
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social.
Art. 10. O Poder Executivo encaminhará ao
§ 1o A vedação contida no art. 167, inciso VI, da Congresso Nacional até 15 (quinze) dias após o envio do Projeto
Constituição, não impede, no âmbito dos Orçamentos Fiscal e de Lei Orçamentária de 2009, inclusive em meio eletrônico,
da Seguridade Social, a descentralização de créditos demonstrativos, elaborados a preços correntes, contendo as
orçamentários para execução de ações de responsabilidade da informações complementares relacionadas no Anexo III desta
unidade orçamentária descentralizadora. Lei.
§ 2o As operações entre órgãos, fundos e entidades Art. 11. A Mensagem que encaminhar o Projeto de
previstas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, Lei Orçamentária de 2009 conterá:
ressalvado o disposto no § 1o deste artigo, serão executadas,
obrigatoriamente, por meio de empenho, liquidação e I - resumo da política econômica do País, análise
pagamento, nos termos da Lei no 4.320, de 17 de março de da conjuntura econômica e atualização das informações
1964, utilizando-se a modalidade de aplicação a que se refere o de que trata o § 4o do art. 4o da Lei Complementar no 101,
art. 7o, § 9o, inciso VI, desta Lei. de 2000, com indicação do cenário macroeconômico para
2009, e suas implicações sobre a Proposta Orçamentária
Art. 9o O Projeto de Lei Orçamentária de 2009 que de 2009;
o Poder Executivo encaminhará ao Congresso Nacional e a
respectiva Lei serão constituídos de: II - resumo das políticas setoriais do Governo;

I - texto da lei; III - avaliação das necessidades de financiamento


do Governo Central, compreendendo os Orçamentos Fiscal
II - quadros orçamentários consolidados, incluindo os e da Seguridade Social, explicitando receitas e despesas,
complementos referenciados no art. 22, inciso III, da Lei no bem como indicando os resultados primário e nominal
4.320, de 1964, conforme Anexo II desta Lei; implícitos no Projeto de Lei Orçamentária de 2009, na Lei
Orçamentária de 2008 e em sua reprogramação, e os
III - anexo dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade
realizados em 2007, de modo a evidenciar:
Social, contendo:
a) a metodologia de cálculo de todos os itens
a) receitas, discriminadas por natureza,
computados na avaliação das necessidades de
identificando a fonte de recurso correspondente a cada
financiamento;
cota-parte de natureza de receita, o orçamento a que
pertence e a sua natureza financeira (F) ou primária (P), b) os parâmetros utilizados, informando,
observado o disposto no art. 6o da Lei no 4.320, de 1964; separadamente, as variáveis macroeconômicas de que
trata o Anexo de Metas Fiscais referido no art. 4o, § 2o,
b) despesas, discriminadas na forma prevista no art.
inciso II, da Lei Complementar no 101, de 2000, em 2007 e
7o e nos demais dispositivos pertinentes desta Lei;
suas projeções para 2008 e 2009;
IV - discriminação da legislação da receita e da
IV - indicação do órgão que apurará os resultados
despesa, referente aos Orçamentos Fiscal e da Seguridade
primário e nominal, para fins de avaliação do
Social;
cumprimento das metas;
V - anexo do Orçamento de Investimento a que se
V - justificativa da estimativa e da fixação,
refere o art. 165, § 5o, inciso II, da Constituição, na forma
respectivamente, dos principais agregados da receita e da
definida nesta Lei.
despesa;
§ 1o Os quadros orçamentários consolidados e as
VI - demonstrativo sintético, por empresa, do
informações complementares exigidos por esta Lei identificarão,
Programa de Dispêndios Globais, informando as fontes de
logo abaixo do respectivo título, o dispositivo legal a que se
financiamento, com o detalhamento mínimo igual ao
referem.
estabelecido no art. 55, § 3o, desta Lei, bem como a
§ 2o Observado o disposto no art. 96 desta Lei, o previsão da sua respectiva aplicação, por grupo de
Projeto de Lei Orçamentária de 2009 e a respectiva Lei conterão natureza de despesa, e o resultado primário dessas
anexo específico, com a relação dos subtítulos relativos a obras empresas com a metodologia de apuração do resultado;
e serviços com indícios de irregularidades graves, com base nas
VII - (VETADO)
informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União.
VIII - (VETADO)
§ 3o Os anexos da despesa prevista no inciso III,
alínea “b”, do caput deste artigo, deverão conter, no Projeto de Art. 12. O Projeto e a Lei Orçamentária de 2009
Lei Orçamentária de 2009, quadros-síntese por órgão e unidade discriminarão, em categorias de programação específicas,
orçamentária, discriminando os valores: as dotações destinadas:
I - constantes da Lei Orçamentária de 2007 e dos I - às ações descentralizadas de saúde e
créditos adicionais; assistência social para cada Estado e respectivos
Municípios e para o Distrito Federal;
II - empenhados no exercício de 2007;

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II - às ações de alimentação escolar para cada XIX - ao pagamento de contribuições a Organismos
Estado e respectivos Municípios e para o Distrito Federal; Internacionais, nominalmente identificados;
III - ao pagamento de benefícios do Regime Geral XX - ao atendimento de despesas com tecnologia da
de Previdência Social, para cada categoria de benefício; informação, inclusive hardware, software e serviços;
IV - ao pagamento de benefícios previdenciários XXI - (VETADO)
ao trabalhador rural;
§ 1o O disposto no inciso VII deste artigo aplica-se,
V - às despesas com previdência complementar; igualmente, aos órgãos e entidades que prestem, total ou
parcialmente, os referidos benefícios a seus militares e
VI - ao pagamento de benefícios mensais às
servidores públicos civis, e respectivos dependentes, por
pessoas portadoras de deficiência e aos idosos, em
intermédio de serviços próprios.
cumprimento ao disposto no art. 203, inciso V, da
Constituição; § 2o A inclusão de recursos na Lei Orçamentária de
2009 e em créditos adicionais para atender às despesas de que
VII - às despesas com auxílio-alimentação ou
trata o inciso VII deste artigo fica condicionada à informação do
refeição, assistência pré-escolar, assistência médica e
número de beneficiados nas respectivas metas.
odontológica e auxílio-transporte, inclusive das entidades
da Administração indireta que recebam recursos à conta § 3o Na elaboração da Proposta Orçamentária de
dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social; 2009, a Justiça do Distrito Federal e dos Territórios dará
prioridade à implantação e à descentralização dos Juizados
VIII - à concessão de subvenções econômicas e
Especiais.
subsídios;
Art. 13. A Reserva de Contingência, observado o
IX - à participação em constituição ou aumento
inciso III do art. 5o da Lei Complementar no 101, de 2000,
de capital de empresas;
será constituída, exclusivamente, de recursos do
X - ao atendimento das operações realizadas no Orçamento Fiscal, equivalendo, no Projeto de Lei
âmbito do Programa de Apoio à Reestruturação e ao Ajuste Orçamentária de 2009, a no mínimo 2% (dois por cento) da
Fiscal dos Estados e dos Municípios, bem como daquelas receita corrente líquida e a 1% (um por cento) na Lei,
relativas à redução da presença do setor público nas sendo pelo menos metade da Reserva, no Projeto de Lei,
atividades bancária e financeira, autorizadas até 5 de considerada como despesa primária para efeito de
maio de 2000; apuração do resultado fiscal.
XI - ao pagamento de precatórios judiciários e de § 1o Não será considerada, para os efeitos do
débitos judiciais periódicos vincendos, que constarão da caput deste artigo, a eventual reserva:
programação das unidades orçamentárias responsáveis
I - à conta de receitas próprias e vinculadas;
pelos débitos;
II - para atender programação ou necessidade
XII - ao cumprimento de débitos judiciais
específica;
transitados em julgado considerados de pequeno valor,
incluídos os decorrentes dos Juizados Especiais Federais, III - para atender expansão de despesa
que constarão da programação de trabalho dos obrigatória de caráter continuado e para compensar
respectivos tribunais, ou, no caso dos benefícios medida de desoneração de receita não considerada na
previdenciários, da programação do Fundo do Regime estimativa do projeto de lei orçamentária.
Geral de Previdência Social, aplicando-se, no caso de
§ 2o As dotações propostas no Projeto de Lei
insuficiência orçamentária, o disposto no art. 17 da Lei no
Orçamentária para 2009, à conta de recursos a que se refere a
10.259, de 12 de julho de 2001;
alínea “c” do inciso II do art. 49 da Lei no 9.478, de 6 de agosto
XIII - ao pagamento de assistência jurídica a pessoas de 1997, e do art. 27 da Lei no 2.004, de 3 de outubro de 1953,
carentes, nos termos do art. 12, § 1o, da Lei no 10.259, de 12 de com redação dada pela Lei no 7.990, de 28 de dezembro de
julho de 2001, art. 3o da Lei no 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, 1988, com o propósito de fiscalização e proteção das áreas
e art. 5o, inciso LXXIV, da Constituição; produtoras de petróleo e gás natural, corresponderão, pelo
menos, ao montante autorizado na Lei Orçamentária de 2008,
XIV - às despesas com publicidade institucional e
acrescido de 15% (quinze por cento), podendo o excedente
com publicidade de utilidade pública, inclusive quando a
constituir Reserva de Contingência a que se refere este artigo.
publicidade for produzida ou veiculada por órgão ou entidade
integrante da Administração Pública Federal; § 3o (VETADO)
XV - à complementação da União ao Fundo de § 4o (VETADO)
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Art. 14. Os Poderes Legislativo e Judiciário e o
Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, nos
Ministério Público da União encaminharão à Secretaria de
termos da legislação vigente;
Orçamento Federal do Ministério do Planejamento,
XVI - à concessão de qualquer vantagem ou Orçamento e Gestão, por meio do Sistema Integrado de
aumento de remuneração, inclusive decorrente de revisão Dados Orçamentários - SIDOR, até 15 de agosto de 2008,
geral dos servidores públicos civis e dos militares das suas respectivas propostas orçamentárias, para fins de
Forças Armadas, à criação de cargos, empregos e funções consolidação do Projeto de Lei Orçamentária de 2009,
ou à alteração de estrutura de carreiras, que, no caso do observadas as disposições desta Lei.
Poder Executivo, constará do orçamento do Ministério do
§ 1o As propostas orçamentárias dos órgãos do Poder
Planejamento, Orçamento e Gestão;
Judiciário e do Ministério Público da União, encaminhadas nos
XVII - ao auxílio financeiro aos Estados, Distrito termos do caput deste artigo, deverão ser acompanhadas de
Federal e Municípios para fomento das exportações; parecer do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho
Nacional do Ministério Público, de que tratam os arts. 103-B e
XVIII - a transferências aos Estados, Distrito
130-A da Constituição, respectivamente, que constarão das
Federal e Municípios para compensação das exportações,
informações complementares previstas no art. 10 desta Lei.
nos termos do art. 91 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias - ADCT;

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§ 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo ao i) até o 60o (sexagésimo) dia após a publicação da
Supremo Tribunal Federal e ao Ministério Público Federal. Lei Orçamentária de 2009, cadastro de ações contendo, no
mínimo, o código, a descrição e a finalidade de cada uma
Art. 15. O Poder Executivo enviará ao Congresso
das ações constantes dos Orçamentos Fiscal e da
Nacional o Projeto de Lei Orçamentária de 2009 com sua
Seguridade Social;
despesa regionalizada e discriminada por elemento de despesa.
j) até o 30o (trigésimo) dia após o encerramento de
Art. 16. Até 24 (vinte e quatro) horas após o
cada bimestre, demonstrativos relativos a empréstimos e
encaminhamento à sanção presidencial do autógrafo do Projeto
financiamentos, inclusive a fundo perdido, consolidados
de Lei Orçamentária de 2009, o Poder Legislativo enviará ao
por agência de fomento, elaborados de acordo com as
Poder Executivo, em meio magnético de processamento
informações e critérios constantes do § 3o do art. 91 desta
eletrônico, os dados e informações relativos ao autógrafo,
Lei;
indicando:
k) até 15 de setembro, relatório anual, referente
I - em relação a cada categoria de programação e
ao exercício anterior, de impacto dos programas voltados
grupo de natureza de despesa do projeto original, o total dos
ao combate das desigualdades nas dimensões de gênero,
acréscimos e o total dos decréscimos, por fonte de recursos,
raça, etnia, geracional, regional e de pessoas com
realizados pelo Congresso Nacional;
deficiência;
II - as novas categorias de programação e, em relação
l) até o 40o (quadragésimo) dia após cada
a estas, os detalhamentos fixados no art. 7o desta Lei, as fontes
quadrimestre, relatório de avaliação das ações do PAC e
de recursos e as denominações atribuídas.
respectivas metas consolidadas, bem como dos resultados
CAPÍTULO III de implementação e execução orçamentária, financeira,
inclusive restos a pagar, e, sempre que possível, a
DAS DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO execução física de suas ações, discriminando os valores
DOS ORÇAMENTOS DA UNIÃO E SUAS ALTERAÇÕES acumulados até o exercício anterior e os do exercício em
curso, em atendimento ao art. 14, § 2o, da Lei no 11.653,
Seção I
de 2008;
Das Diretrizes Gerais
m) demonstrativo, atualizado mensalmente, de
Art. 17. A elaboração e a aprovação dos Projetos contratos, convênios, contratos de repasse ou termos de
da Lei Orçamentária de 2009 e de créditos adicionais, parceria referentes a projetos, discriminando as
bem como a execução das respectivas leis, deverão ser classificações funcional e por programas, a unidade
realizadas de acordo com o princípio da publicidade, orçamentária, a contratada ou o convenente, o objeto e os
promovendo-se a transparência da gestão fiscal e prazos de execução, os valores e as datas das liberações
permitindo-se o amplo acesso da sociedade a todas as de recursos efetuadas e a efetuar;
informações relativas a cada uma dessas etapas.
n) no sítio de cada unidade jurisdicionada ao
§ 1o Serão divulgados na internet: Tribunal de Contas da União, o Relatório de Gestão, o
Relatório e o Certificado de Auditoria, o Parecer do órgão
I - pelo Poder Executivo:
de controle interno e o pronunciamento do Ministro de
a) as estimativas das receitas de que trata o art. Estado supervisor, ou da autoridade de nível hierárquico
12, § 3o, da Lei Complementar no 101, de 2000; equivalente, integrantes das respectivas tomadas ou
prestações de contas, em até 30 (trinta) dias após seu
b) a Proposta de Lei Orçamentária de 2009, envio ao Tribunal;
inclusive em versão simplificada, seus anexos e as
informações complementares; II - pelo Congresso Nacional, a relação atualizada
das obras com indícios de irregularidades graves, o
c) a Lei Orçamentária de 2009 e seus anexos;
parecer preliminar, os relatórios setoriais e final e o
d) os créditos adicionais e seus anexos; parecer da Comissão Mista prevista no art. 166, § 1o, da
Constituição, com seus anexos, relativos ao Projeto de Lei
e) a execução orçamentária e financeira, Orçamentária de 2009;
inclusive restos a pagar, com o detalhamento das ações e
respectivos subtítulos, identificando a programação III - pelos Poderes e pelo Ministério Público da
classificada com identificador de resultado primário 3 (RP União, dentro de 60 (sessenta) dias após o final de cada
3), por unidade da Federação, de forma regionalizada, por quadrimestre, relatórios simplificados de gestão
órgão, unidade orçamentária, função, subfunção e orçamentária, com o acompanhamento e a avaliação dos
programa, mensal e acumulada; principais programas e ações de governo, por área
temática ou órgão, no âmbito dos Orçamentos Fiscal e da
f) dados gerenciais referentes à execução do Seguridade Social, contendo a execução orçamentária e
Plano Plurianual; financeira, inclusive de restos a pagar.
g) até o 20o (vigésimo) dia de cada mês, relatório § 2o A Comissão Mista prevista no art. 166, § 1o,
comparando a arrecadação mensal realizada até o mês da Constituição, terá acesso a todos os dados da Proposta
anterior das receitas federais administradas ou Orçamentária de 2009, inclusive por meio do SIDOR.
acompanhadas pela Secretaria da Receita Federal do
Brasil, líquida de restituições e incentivos fiscais, com as § 3o Para fins de atendimento do disposto na
respectivas estimativas mensais constantes dos alínea “i” do inciso I do § 1o deste artigo, a Comissão
demonstrativos de que trata o item XII do Anexo III desta Mista referida no § 2o deverá enviar ao Poder Executivo,
Lei, bem como de eventuais reestimativas por força de lei; até 45 (quarenta e cinco) dias após a publicação da Lei
Orçamentária de 2009, as informações relativas às ações
h) até o 25o (vigésimo quinto) dia de cada mês, que tenham sido incluídas por emenda parlamentar.
relatório comparando a receita realizada com a prevista
na Lei Orçamentária de 2009 e no cronograma de § 4o O Poder Legislativo poderá realizar
arrecadação, mês a mês e acumulada, discriminando as audiências públicas regionais e temáticas durante a
parcelas primária e financeira; apreciação da Proposta Orçamentária de 2009, que
contarão com a participação de entidades dos movimentos

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sociais, em conformidade com o disposto no parágrafo II - certidão de que não tenham sido opostos
único do art. 48 da Lei Complementar no 101, de 2000. embargos ou qualquer impugnação aos respectivos
cálculos.
§ 5o As estimativas de receitas serão feitas com
a observância estrita das normas técnicas e legais e Art. 33. É vedada a destinação de recursos a
considerarão os efeitos das alterações na legislação, da entidade privada a título de contribuição corrente,
variação dos índices de preços, do crescimento econômico ressalvada a autorizada em lei específica ou destinada à
ou de qualquer outro fator relevante. entidade sem fins lucrativos selecionada para execução,
em parceria com a Administração Pública Federal, de
§ 6o As estimativas das despesas obrigatórias de
programas e ações que contribuam diretamente para o
que trata a Seção I do Anexo V desta Lei deverão adotar
alcance de diretrizes, objetivos e metas previstas no plano
metodologia de cálculo compatível com a legislação
plurianual.
aplicável, o comportamento das despesas em anos
recentes, os efeitos decorrentes de decisões judiciais e a § 1o A transferência de recursos a título de
legislação aprovada pelo Congresso Nacional. contribuição corrente não autorizada em lei específica
dependerá de publicação, para cada entidade beneficiada,
§ 7o A elaboração e a execução do Orçamento
de ato de autorização da unidade orçamentária
Fiscal e da Seguridade Social deverão obedecer à diretriz
transferidora, o qual conterá o critério de seleção, o
de redução das desigualdades de gênero, raça e etnia.
objeto, o prazo do convênio ou instrumento congênere e a
§ 8o O não encaminhamento das informações de que justificativa para a escolha da entidade.
trata o § 3o deste artigo implicará a divulgação somente do
§ 2o O disposto no caput deste artigo e em seu §
cadastro das ações constantes do Projeto de Lei Orçamentária
1o aplica-se aos casos de prorrogação ou renovação de
de 2009.
convênio ou instrumento congênere ou aos casos em que,
§ 9o O cadastro de ações de que tratam a alínea “i” do já havendo sido firmado o instrumento, devam as
inciso I do § 1o e o § 8o deste artigo, será atualizado, quando despesas dele decorrentes correr à conta de dotações
necessário, desde que o código, a descrição e a finalidade da consignadas na Lei Orçamentária de 2009.
ação se mantenham compatíveis com o estabelecido nas leis
Art. 34. É vedada a destinação de recursos a
orçamentárias.
título de auxílios, previstos no art. 12, § 6o, da Lei no
Art. 18. .... 4.320, de 1964, a entidades privadas, ressalvadas as sem
fins lucrativos e desde que sejam:
Art. 19. Os órgãos e entidades integrantes dos
Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social deverão I - de atendimento direto e gratuito ao público e
disponibilizar no Sistema Integrado de Administração de voltadas para a educação especial, ou representativas da
Serviços Gerais - SIASG e no Sistema de Gestão de comunidade escolar das escolas públicas estaduais e
Convênios, Contratos de Repasse e Termos de Parcerias - municipais da educação básica ou, ainda, unidades
SICONV, respectivamente, informações referentes aos mantidas pela Campanha Nacional de Escolas da
contratos e aos convênios firmados, com a identificação Comunidade - CNEC;
das respectivas categorias de programação.
II - cadastradas junto ao Ministério do Meio
Art. 24. Somente poderão ser incluídas no Ambiente para recebimento de recursos oriundos de
Projeto de Lei Orçamentária de 2009 dotações relativas às programas ambientais, doados por organismos
operações de crédito contratadas ou cujas cartas-consulta internacionais ou agências governamentais estrangeiras;
tenham sido recomendadas pela Comissão de
III - voltadas a ações de saúde e de atendimento
Financiamentos Externos - COFIEX, no âmbito do
direto e gratuito ao público, inclusive à assistência a
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, até 15 de
portadores de DST/AIDS, prestadas pelas Santas Casas de
julho de 2008.
Misericórdia e por outras entidades sem fins lucrativos, e
§ 1o Excetuam-se do disposto neste artigo a que estejam registradas no Conselho Nacional de
emissão de títulos da dívida pública federal e as Assistência Social - CNAS;
operações a serem contratadas junto aos organismos
IV - signatárias de contrato de gestão com a
multilaterais de crédito destinadas a apoiar programas de
Administração Pública Federal, não qualificadas como
ajustes setoriais.
organizações sociais nos termos da Lei no 9.637, de 15 de
§ 2o No prazo de 60 (sessenta) dias após a publicação maio de 1998;
da Lei Orçamentária de 2009, o Poder Executivo encaminhará
V - consórcios públicos legalmente instituídos;
ao Congresso Nacional a relação das operações de crédito nela
incluídas, pendentes de contratação, especificando a finalidade, VI - qualificadas como Organização da Sociedade
o valor da operação, a respectiva programação custeada com Civil de Interesse Público - OSCIP, com termo de parceria
essa receita e, quando possível, o agente financeiro. firmado com o Poder Público Federal, de acordo com a Lei
no 9.790, de 1999, e que participem da execução de
Art. 25. O Projeto de Lei Orçamentária de 2009
programas constantes do plano plurianual, devendo a
poderá conter programação constante de projeto de lei de
destinação de recursos guardar conformidade com os
alteração do Plano Plurianual 2008-2011.
objetivos sociais da entidade;
Seção II
VII - qualificadas ou registradas e credenciadas
Das Disposições sobre Débitos Judiciais como instituições de apoio ao desenvolvimento da
pesquisa científica e tecnológica com contrato de gestão
Art. 26. A Lei Orçamentária de 2009 somente firmado com órgãos públicos;
incluirá dotações para o pagamento de precatórios cujos
processos contenham certidão de trânsito em julgado da VIII - qualificadas para o desenvolvimento de
decisão exeqüenda e pelo menos um dos seguintes atividades esportivas que contribuam para a capacitação
documentos: de atletas de alto rendimento nas modalidades olímpicas
e paraolímpicas, desde que formalizado instrumento
I - certidão de trânsito em julgado dos embargos jurídico adequado que garanta a disponibilização do
à execução; espaço esportivo implantado para o desenvolvimento de

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programas governamentais, e demonstrada, pelo órgão específica, em ações voltadas a viabilizar o acesso à
concedente, a necessidade de tal destinação e sua moradia, bem como na elevação de padrões de
imprescindibilidade, oportunidade e importância para o habitabilidade e de qualidade de vida de famílias de
setor público; ou baixa renda que vivem em localidades urbanas e rurais.
IX - voltadas ao atendimento de pessoas § 2o Não se aplica a exigência constante do
portadoras de necessidades especiais. inciso III deste artigo quando a transferência dos recursos
ocorrer por intermédio de fundos estaduais e municipais,
Art. 35. A alocação de recursos para entidades
nos termos da legislação pertinente.
privadas sem fins lucrativos, a título de contribuições de
capital, fica condicionada à autorização em lei especial § 3o É vedada a destinação de recursos a
anterior de que trata o art. 12, § 6o, da Lei no 4.320, de entidade privada em que agente político de Poder ou do
1964. Ministério Público, tanto quanto dirigente de órgão ou
entidade da administração pública, de qualquer esfera
Art. 36. Sem prejuízo das disposições contidas
governamental, ou respectivo cônjuge ou companheiro,
nos arts. 32, 33, 34 e 35 desta Lei, a destinação de
bem como parente em linha reta, colateral ou por
recursos a entidades privadas sem fins lucrativos
afinidade, até o segundo grau, seja dirigente.
dependerá ainda de:
§ 4o O Poder Executivo disponibilizará na
I - aplicação de recursos de capital, ressalvadas
internet banco de dados de acesso público para fins de
as situações previstas nos incisos IV e IX do art. 34 desta
consulta aos recursos do Orçamento da União destinados
Lei, exclusivamente para:
às entidades privadas, contendo, no mínimo, órgão
a) aquisição e instalação de equipamentos, bem concedente, unidade da federação, nome da entidade,
como obras de adequação física necessárias à instalação número de inscrição no CNPJ, objeto, valores e datas da
dos referidos equipamentos; liberação.
b) aquisição de material permanente; Art. 37. Será exigida contrapartida para as
transferências previstas na forma dos arts. 32, 33, 34 e
c) conclusão de obra em andamento, cujo início 35, de acordo com os percentuais previstos no art. 40
tenha ocorrido com recursos dos Orçamentos Fiscal e da desta Lei, considerando-se para esse fim aqueles relativos
Seguridade Social, atestado pela autoridade máxima da aos Municípios onde as ações forem executadas.
unidade concedente, vedada a destinação de recursos
para ampliação do projeto original; § 1o A exigência de contrapartida de que trata o
caput poderá ser reduzida mediante justificativa do
II - identificação do beneficiário e do valor titular do órgão responsável pela execução das respectivas
transferido no respectivo convênio ou instrumento ações, que deverá constar do respectivo processo de
congênere; concessão da transferência.
III - execução na modalidade de aplicação 50 - § 2o A exigência de contrapartida não se aplica
entidade privada sem fins lucrativos; às entidades de assistência social e saúde registradas no
IV - compromisso da entidade beneficiada de Conselho Nacional da Assistência Social - CNAS.
disponibilizar ao cidadão, por meio da internet ou, na sua § 3o A redução a que se refere o § 1o deste artigo
falta, em sua sede, consulta ao extrato do convênio ou levará em consideração diretrizes do órgão colegiado ou
outro instrumento utilizado, contendo, pelo menos, o Conselho ao qual a política pública esteja relacionada.
objeto, a finalidade e o detalhamento da aplicação dos
recursos; § 4o No caso de as ações serem executadas em
mais de um Município, o cálculo da contrapartida será
V - apresentação da prestação de contas de efetuado tendo por base o Município-sede da instituição
recursos anteriormente recebidos, nos prazos e condições recebedora dos recursos.
fixados na legislação;
Art. 38. É vedada a destinação de recursos dos
VI - publicação, pelo Poder respectivo, de normas Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, inclusive de
a serem observadas na concessão de subvenções sociais, receitas próprias de órgãos e entidades da Administração
auxílios e contribuições correntes, que definam, entre Pública Federal, para entidade de previdência
outros aspectos, critérios objetivos de habilitação e complementar ou congênere, quando em desconformidade
seleção das entidades beneficiárias e de alocação de com o disposto na Lei Complementar no 108, de 29 de
recursos e prazo do benefício, prevendo-se, ainda, cláusula maio de 2001, e na Lei Complementar no 109, de 29 de
de reversão no caso de desvio de finalidade; maio de 2001.
VII - declaração de funcionamento regular, Art. 39. Nenhuma liberação de recursos, a serem
inclusive com inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa transferidos nos termos desta Seção, poderá ser efetuada
Jurídica, da entidade beneficiária nos últimos 3 (três) sem a observância do disposto no § 1o do art. 19 desta Lei.
anos, emitida no exercício de 2008 por 3 (três) autoridades
locais, e comprovante de regularidade do mandato de sua Parágrafo único. Para fins da realização de
diretoria; transferências ao setor privado, o Poder Executivo
consolidará as normas relativas à celebração de convênios
VIII - cláusula de reversão patrimonial, válida até e instrumentos congêneres, bem como às correspondentes
a depreciação integral do bem ou a amortização do prestações de contas, mantendo-as atualizadas e
investimento, constituindo garantia real em favor do divulgando-as por meio da internet.
concedente em montante equivalente aos recursos de
capital destinados à entidade, cuja execução ocorrerá Seção VIII
quando se verificar desvio de finalidade ou aplicação
Das Alterações da Lei Orçamentária e
irregular dos recursos.
da Execução Provisória do Projeto de Lei
§ 1o A determinação contida no inciso I do caput
Orçamentária
deste artigo não se aplica aos recursos alocados para
programas habitacionais, conforme previsão em legislação

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Art. 56. As fontes de financiamento do Orçamento a) auxílio-alimentação ou refeição aos servidores
de Investimento e as fontes de recursos, as modalidades e empregados;
de aplicação e os identificadores de uso e de resultado
b) assistência pré-escolar aos dependentes dos
primário constantes da Lei Orçamentária de 2009 e dos
servidores e empregados;
créditos adicionais, inclusive os reabertos no exercício,
poderão ser modificados, justificadamente, para atender c) assistência médica e odontológica aos
às necessidades de execução, se autorizados por meio de: servidores, empregados e seus dependentes;
I - portaria do Ministro de Estado do d) auxílio-transporte aos servidores e
Planejamento, Orçamento e Gestão, para as fontes de empregados;
financiamento do Orçamento de Investimento;
II - serviço da dívida;
II - portaria do dirigente máximo de cada órgão a
que estiver subordinada ou vinculada a unidade III - sentenças judiciais, inclusive relativas a
orçamentária, para redução das dotações das precatórios ou consideradas de pequeno valor.
modalidades de aplicação relativas às dotações que § 3o As despesas a que se refere o inciso I do § 2o
tenham sido incluídas pelo Congresso Nacional, desde que deste artigo poderão integrar os créditos de que trata o
verificada a inviabilidade técnica, operacional ou legal da inciso III do § 2o deste artigo quando decorrentes de
execução do crédito na forma prevista na Lei sentenças judiciais.
Orçamentária de 2009 e nos créditos adicionais,
ressalvado o disposto no § 3o deste artigo; § 4o Acompanharão os projetos de lei relativos a
créditos suplementares e especiais exposições de motivos
III - portaria do Secretário de Orçamento Federal circunstanciadas que os justifiquem e que indiquem as
do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, para conseqüências dos cancelamentos de dotações propostos sobre
as fontes de recursos dos Orçamentos Fiscal e da a execução das atividades, projetos, operações especiais, e
Seguridade Social, inclusive as de que trata o art. 95 respectivos subtítulos e metas.
desta Lei, observadas as vinculações previstas na
legislação, e para os identificadores de uso e de resultado § 5o Cada projeto de lei e a respectiva lei deverão
primário, observado o disposto no § 5o deste artigo, restringir-se a um único tipo de crédito adicional, conforme
quanto à modificação do identificador de resultado definido no art. 41, incisos I e II, da Lei no 4.320, de 1964.
primário 3. § 6o Para fins do disposto no art. 165, § 8o, da
§ 1o As modificações a que se refere este artigo Constituição, e no § 5o deste artigo, considera-se crédito
também poderão ocorrer quando da abertura de créditos suplementar a criação de grupo de natureza de despesa
suplementares autorizados na Lei Orçamentária de 2009, em subtítulo existente.
observado o disposto no art. 68 desta Lei. § 7o Os créditos adicionais aprovados pelo Congresso
§ 2o As alterações das modalidades de aplicação não Nacional serão considerados automaticamente abertos com a
abrangidas pelo inciso II deste artigo serão realizadas sanção e publicação da respectiva lei.
diretamente no SIAFI pela unidade orçamentária. § 8o O texto da Lei Orçamentária de 2009 somente
§ 3o A inclusão ou o acréscimo de recursos na poderá autorizar remanejamentos na programação a que se
modalidade de aplicação 50, a partir da redução de dotações refere o art. 3o desta Lei quando recaírem exclusivamente em
que tenham sido incluídas pelo Congresso Nacional, ficam subtítulos com o identificador de resultado primário previsto no
condicionados ao envio de projeto de lei de crédito adicional. art. 7o, § 4o, inciso IV, desta Lei.

§ 4o Consideram-se como excesso de § 9o Nos casos de créditos à conta de recursos de


arrecadação, para fins do art. 43, § 3o, da Lei no 4.320, de excesso de arrecadação, as exposições de motivos conterão a
1964, os recursos disponibilizados em razão das atualização das estimativas de receitas para o exercício,
modificações efetivadas por força dos incisos I e III deste comparando-as com as estimativas constantes da Lei
artigo, exceto quando as modificações envolverem fontes Orçamentária de 2009, apresentadas de acordo com a
de recursos à conta de superávit financeiro. classificação de que trata o art. 9o, inciso III, alínea “a”, desta
Lei, a identificação das parcelas já utilizadas em créditos
§ 5o (VETADO) adicionais, abertos ou cujos projetos se encontrem em
§ 6o O disposto no § 3o deste artigo não se aplica ao tramitação no Congresso Nacional.
caso em que a programação incluída pelo Congresso Nacional § 10. Nos casos de abertura de créditos adicionais à
tenha sido classificada sob a modalidade de aplicação 99, sem conta de superávit financeiro, as exposições de motivos
prejuízo da observância, para fins de execução orçamentária, conterão informações relativas a:
das normas relativas às transferências ao setor privado.
I - superávit financeiro do exercício de 2008, por fonte
Art. 57. Os projetos de lei relativos a créditos de recursos;
suplementares e especiais serão encaminhados pelo Poder
Executivo ao Congresso Nacional, também em meio II - créditos reabertos no exercício de 2009 e seus
magnético, sempre que possível de forma consolidada, de efeitos sobre o superávit referido no inciso I deste parágrafo;
acordo com as áreas temáticas definidas no art. 26 da III - valores do superávit financeiro já utilizados para
Resolução no 1, de 2006-CN, ajustadas a reformas fins de abertura de créditos adicionais, detalhando-os por
administrativas supervenientes. projeto de lei e medida provisória em tramitação no Congresso
§ 1o O prazo final para o encaminhamento dos Nacional, inclusive o ato a que se referir a exposição de
projetos referidos no caput é 15 de outubro de 2009. motivos, demonstrando-se o saldo do superávit financeiro do
exercício de 2008 por fonte de recursos.
§ 2o Serão encaminhados projetos de lei
específicos relativos a créditos destinados ao atendimento § 11. Os projetos de lei relativos a créditos
de despesas com: suplementares ou especiais solicitados pelos órgãos dos
Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público da
I - pessoal e encargos sociais e os seguintes União, com indicação dos recursos compensatórios, exceto se
benefícios: destinados a pessoal e dívida, serão encaminhados ao

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Congresso Nacional no prazo de até 30 (trinta) dias, a contar do mesma classificação constante da respectiva ação, caso já
recebimento, pela Secretaria de Orçamento Federal do existente na lei orçamentária.
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, do parecer a
Art. 66. Sendo estimado aumento das despesas
que se refere o § 13 deste artigo.
primárias obrigatórias, o Poder Executivo abrirá crédito
§ 12. Os projetos de lei de créditos suplementares e suplementar, se autorizado pela lei orçamentária de
especiais destinados a despesas primárias deverão conter 2009, ou encaminhará projeto de lei de crédito adicional,
demonstrativo de que não afetam o resultado primário anual no montante do acréscimo demonstrado no relatório a que
previsto no Anexo de Metas Fiscais desta Lei. se refere o § 4o do art. 71 desta Lei:
§ 13. Acompanharão os projetos de lei relativos a I - até 31 de julho, no caso das reestimativas de
créditos suplementares e especiais de órgãos do Poder aumento realizadas no primeiro semestre;
Judiciário e do Ministério Público da União, encaminhados nos
II - até 15 de outubro ou 15 de dezembro,
termos do caput deste artigo, pareceres do Conselho Nacional
conforme se trate de abertura de créditos mediante projeto
de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, de que
de lei ou por decreto, respectivamente, no caso das
tratam os arts. 103-B e 130-A da Constituição,
reestimativas realizadas no segundo semestre.
respectivamente, sem prejuízo do disposto no § 4o deste artigo.
Parágrafo único. O prazo de 15 de dezembro,
§ 14. Excetuam-se do disposto no § 13 deste artigo
previsto no inciso II deste artigo, poderá ser prorrogado
os projetos de lei para abertura de créditos suplementares e
até o final do exercício se a abertura do crédito for
especiais relativos ao Supremo Tribunal Federal e ao Ministério
necessária à realização de transferências constitucionais
Público Federal.
ou legais por repartição de receitas ou ao atendimento de
Art. 58. As propostas de abertura de créditos despesas com benefícios previdenciários e com pessoal e
suplementares autorizados na Lei Orçamentária de 2009, encargos sociais.
ressalvado o disposto no § 1o deste artigo, serão
Seção IX
submetidas ao Presidente da República, quando for o caso,
acompanhadas de exposição de motivos que inclua a Das Disposições sobre a Limitação Orçamentária e
justificativa e a indicação dos efeitos dos cancelamentos Financeira
de dotações sobre a execução das atividades, projetos,
operações especiais, e respectivos subtítulos e metas, Art. 70. Os Poderes e o Ministério Público da
observado o disposto no § 9o do art. 57 desta Lei. União deverão elaborar e publicar por ato próprio, até 30
(trinta) dias após a publicação da Lei Orçamentária de
§ 1o Os créditos a que se refere o caput deste 2009, cronograma anual de desembolso mensal, por
artigo, com indicação de recursos compensatórios dos órgão, nos termos do art. 8o da Lei Complementar no 101,
próprios órgãos, nos termos do art. 43, § 1o, inciso III, da de 2000, com vistas ao cumprimento da meta de resultado
Lei no 4.320, de 1964, serão abertos, no âmbito dos primário estabelecida nesta Lei.
Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público da
União, observadas as normas estabelecidas pela § 1o No caso do Poder Executivo, o ato referido
Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do no caput deste artigo e os que o modificarem conterão, em
Planejamento, Orçamento e Gestão, por atos, milhões de reais:
respectivamente: I - metas quadrimestrais para o resultado
I - dos Presidentes da Câmara dos Deputados, do primário dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social;
Senado Federal e do Tribunal de Contas da União; II - metas bimestrais de realização de receitas
II - dos Presidentes do Supremo Tribunal Federal, primárias, em atendimento ao disposto no art. 13 da Lei
do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios e Complementar no 101, de 2000, desagregadas pelos
dos Tribunais Superiores; principais tributos administrados pela Secretaria da
Receita Federal do Brasil, as outras principais receitas do
III - do Procurador-Geral da República. Tesouro Nacional e as próprias de entidades da
Administração indireta, identificando-se separadamente,
§ 2o Na abertura dos créditos na forma do § 1o
quando cabível, as resultantes de medidas de combate à
deste artigo, fica vedado o cancelamento de despesas:
evasão e à sonegação fiscal, da cobrança da dívida ativa e
I - financeiras para suplementação de despesas da cobrança administrativa;
primárias;
III - cronograma de pagamentos mensais de
II - obrigatórias, de que trata a Seção I do Anexo despesas primárias à conta de recursos do Tesouro
V desta Lei, exceto para suplementação de despesas dessa Nacional e de outras fontes, excluídas as despesas que
espécie. constituem obrigação constitucional ou legal da União ou
custeadas com receitas de doações e convênios, constantes
§ 3o Aplica-se o disposto no § 6o do art. 57 desta
da Seção I do Anexo V desta Lei, e incluídos os restos a
Lei aos créditos abertos na forma deste artigo.
pagar, que deverão também ser discriminados em
Art. 59. A medida provisória adotada para a cronograma mensal à parte, distinguindo-se os
abertura de crédito extraordinário, admissível unicamente processados dos não processados;
para atender a despesas decorrentes de fato urgente,
IV - demonstrativo de que a programação atende
relevante e imprevisível, deverá contemplar programações
às metas quadrimestrais e à meta de resultado primário
vinculadas entre si pela afinidade, pertinência ou conexão
estabelecida nesta Lei;
com o fato que lhe der causa à adoção.
V - metas quadrimestrais para o resultado
§ 1o Na abertura de crédito extraordinário, é
primário das empresas estatais federais, com as
vedada a criação de novo código e título para ação já
estimativas de receitas e despesas que o compõem,
existente.
destacando as principais empresas e separando-se, nas
§ 2o O crédito aberto por medida provisória deve despesas, os investimentos.
observar, quanto ao identificador de resultado primário, a
§ 2o Excetuadas as despesas com pessoal e
encargos sociais, precatórios e sentenças judiciais, os

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cronogramas anuais de desembolso mensal dos Poderes V - a estimativa atualizada do superávit primário das
Legislativo e Judiciário e do Ministério Público da União empresas estatais, acompanhada da memória dos cálculos para
terão como referencial o repasse previsto no art. 168 da as empresas que responderem pela variação.
Constituição, na forma de duodécimos.
§ 5o Aplica-se somente ao Poder Executivo a limitação
Art. 71. Se for necessário efetuar a limitação de de empenho e movimentação financeira cuja necessidade seja
empenho e movimentação financeira, de que trata o art. 9o identificada fora da avaliação bimestral, devendo o relatório a
da Lei Complementar no 101, de 2000, o Poder Executivo que se refere o § 4o deste artigo ser encaminhado ao Congresso
apurará o montante necessário e informará a cada um Nacional no prazo de até 7 (sete) dias úteis, contados a partir
dos órgãos referidos no art. 20 daquela Lei, até o vigésimo da data em que entrar em vigor o respectivo ato.
dia após o encerramento do bimestre, observado o disposto
§ 6o O restabelecimento de empenho e movimentação
no § 4o deste artigo.
financeira será efetuado a qualquer tempo, devendo o relatório
§ 1o O montante da limitação a ser procedida a que se refere o § 4o deste artigo ser encaminhado ao
por cada órgão referido no caput deste artigo será Congresso Nacional e aos órgãos referidos no art. 20 da Lei
estabelecido de forma proporcional à participação de Complementar no 101, de 2000, no prazo de até 7 (sete) dias
cada um no conjunto das dotações classificadas como úteis, contados a partir da data em que entrar em vigor o
despesas primárias fixadas na Lei Orçamentária de 2009, respectivo ato.
excluídas as relativas às:
§ 7o O decreto de limitação de empenho e
I - despesas que constituem obrigação movimentação financeira, editado na hipótese prevista no
constitucional ou legal da União integrantes da Seção I do caput do art. 9o da Lei Complementar no 101, de 2000, e no §
Anexo V desta Lei; 5o deste artigo, conterá as informações relacionadas no art. 70,
§ 1o, desta Lei.
II - demais despesas ressalvadas da limitação de
empenho, conforme o art. 9o, § 2o, da Lei Complementar no CAPÍTULO V
101, de 2000, integrantes da Seção II do Anexo V desta
DAS DISPOSIÇÕES RELATIVAS ÀS DESPESAS DA
Lei;
UNIÃO COM PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS
III - atividades dos Poderes Legislativo e
Judiciário e do Ministério Público da União constantes da Art. 77. Para fins de apuração da despesa com
Proposta Orçamentária de 2009; pessoal, prevista no art. 18 da Lei Complementar no 101,
de 2000, deverão ser incluídas as despesas relativas à
IV - dotações constantes da Lei Orçamentária de
contratação de pessoal por tempo determinado para
2009 com o identificador de resultado primário 3 ou à
atender a necessidade temporária de excepcional
conta de recursos de doações e convênios.
interesse público, nos termos da Lei no 8.745, de 1993,
§ 2o As exclusões de que tratam os incisos II e III bem como as despesas com serviços de terceiros quando
do § 1o deste artigo aplicam-se integralmente, no caso de caracterizarem substituição de servidores e empregados
a estimativa atualizada da receita, demonstrada no públicos, observado o disposto no parágrafo único do art.
relatório de que trata o § 4o deste artigo, ser igual ou 89 desta Lei.
superior àquela estimada na Proposta Orçamentária de
Art. 78. Os Poderes Executivo, Legislativo e
2009, e proporcionalmente à frustração da receita
Judiciário e o Ministério Público da União terão como limite na
estimada na Proposta Orçamentária de 2009, no caso de a
elaboração de suas propostas orçamentárias, para pessoal e
estimativa atualizada da receita ser inferior.
encargos sociais, a despesa com a folha de pagamento
§ 3o Os Poderes Legislativo e Judiciário e o calculada de acordo com a situação vigente em abril de 2008,
Ministério Público da União, com base na informação a projetada para o exercício de 2009, considerando os eventuais
que se refere o caput deste artigo, editarão ato, no último acréscimos legais, inclusive o disposto nos arts. 84, 85 e 86
dia do mês subseqüente ao encerramento do respectivo desta Lei, ou outro limite que vier a ser estabelecido por
bimestre, que estabeleça os montantes indisponíveis para legislação superveniente.
empenho e movimentação financeira.
Parágrafo único. Aos limites estabelecidos, na
§ 4o O Poder Executivo encaminhará ao forma do caput, serão acrescidas as despesas necessárias
Congresso Nacional e aos órgãos referidos no art. 20 da ao reajuste dos servidores civis da União em consonância
Lei Complementar no 101, de 2000, no mesmo prazo com o disposto no art. 37, inciso X, da Constituição.
previsto no caput deste artigo, relatório que será
Art. 79. O Poder Executivo, por intermédio do
apreciado pela Comissão Mista de que trata o art. 166, §
órgão central do Sistema de Pessoal Civil - SIPEC,
1o, da Constituição, contendo:
publicará, até 31 de outubro de 2008, tabela com os
I - a memória de cálculo das novas estimativas de totais, por níveis, de cargos efetivos, comissionados e
receitas e despesas primárias e a demonstração da necessidade funções de confiança integrantes do quadro geral de
da limitação de empenho e movimentação financeira nos pessoal civil, demonstrando, por órgão, autarquia e
percentuais e montantes estabelecidos por órgão; fundação, os quantitativos de cargos efetivos vagos e
ocupados por servidores estáveis e não estáveis e os
II - a revisão dos parâmetros e das projeções das
quantitativos de cargos em comissão e funções de
variáveis de que tratam o inciso XXVI do Anexo III e o Anexo de
confiança vagos e ocupados por servidores com e sem
Metas Fiscais desta Lei;
vínculo com a Administração Pública Federal,
III - a justificação das alterações de despesas comparando-os com os quantitativos do ano anterior e
obrigatórias, explicitando as providências que serão adotadas indicando as respectivas variações percentuais.
quanto à alteração da respectiva dotação orçamentária;
CAPÍTULO VIII
IV - os cálculos da frustração das receitas primárias, DAS DISPOSIÇÕES SOBRE A FISCALIZAÇÃO PELO
que terão por base demonstrativos atualizados de que trata o PODER LEGISLATIVO E SOBRE AS OBRAS E
item XII do Anexo III desta Lei, e demonstrativos equivalentes, SERVIÇOS COM INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES
no caso das demais receitas, justificando os desvios em relação GRAVES
à sazonalidade originalmente prevista;

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Art. 100. Com vistas à apreciação da Proposta Art. 102. Para efeito do disposto no art. 42 da
Orçamentária de 2009, ao acompanhamento e a Lei Complementar no 101, de 2000, considera-se contraída
fiscalização orçamentária a que se refere o art. 166, § 1o, a obrigação no momento da formalização do contrato
inciso II, da Constituição, será assegurado aos órgãos administrativo ou instrumento congênere.
responsáveis o acesso irrestrito, para consulta, aos
Parágrafo único. No caso de despesas relativas à
seguintes sistemas, bem como o recebimento de seus
prestação de serviços já existentes e destinados à
dados, em meio digital:
manutenção da Administração Pública, consideram-se
I - Sistema Integrado de Administração compromissadas apenas as prestações cujos pagamentos
Financeira do Governo Federal - SIAFI; devam ser realizados no exercício financeiro, observado o
cronograma pactuado.
II - Sistema Integrado de Dados Orçamentários -
SIDOR;
ELABORAÇÃO DA PROPOSTA
III - Sistema de Análise Gerencial da Arrecadação
Esta fase é de responsabilidade essencialmente do
- ANGELA, bem como as estatísticas de dados agregados
Poder Executivo, e deve ser compatível com os planos e
relativos às informações constantes das declarações de
diretrizes já submetidos ao Legislativo.
imposto de renda das pessoas físicas e jurídicas, Os Poderes Legislativo e Judiciário, e o Ministério
respeitado o sigilo fiscal do contribuinte;
Público têm autonomia para a elaboração de suas propostas,
IV - Sistema Integrado de Tratamento Estatístico dentro das condições e limites já estabelecidos pelos planos
de Séries Estratégicas - SINTESE; e diretrizes (nos últimos anos, as Leis de Diretrizes
Orçamentárias têm definido os parâmetros das despesas dos
V - Sistemas de Informações Gerenciais e de Poderes Legislativo e Judiciário e Ministério Público, segundo
Planejamento do Plano Plurianual - SIGPLAN; Grupo de Natureza e Despesa – GND).
VI - Sistema de Informação das Estatais - SIEST; O Órgão Central do Sistema de Orçamento (MOG/SOF)
fixa parâmetros a serem adotados no âmbito de cada
VII - Sistema Integrado de Administração de Órgão/Unidade Orçamentária.
Serviços Gerais - SIASG; Há dois níveis de compatibilização e consolidação: o
VIII - Sistema de Informações Gerenciais de primeiro, que decorre das discussões entre as unidades de cada
Arrecadação - INFORMAR; Órgão; o segundo, já no âmbito do Órgão Central do Sistema de
Orçamento, entre os vários órgãos da Administração Pública.
IX - Cadastro das entidades qualificadas como Desta compatibilização resulta a proposta
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - consolidada, que o Presidente da República encaminha,
OSCIP, mantido pelo Ministério da Justiça; anualmente, ao Congresso Nacional.
X - Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas - Fica firmado, então, o entendimento do porquê a
CNPJ; iniciativa em matéria orçamentária é do Poder Executivo e a
competência é do Legislativo. Esta seria privativa se o projeto
XI - Sistema de Informação e Apoio à Tomada de de lei não tivesse de retornar à sanção do Presidente da
Decisão - SINDEC, do Departamento Nacional de Infra- República
estrutura de Transportes - DNIT; Antes da etapa de elaboração da proposta
XII - Sistema de Gestão de Convênios, Contratos orçamentária, o Órgão Central de Orçamento indica o volume de
de Repasse e Termos de Parcerias - SICONV. dispêndios coerente com a participação do Setor Público no PIB e
a previsão de arrecadação elaborada pela Secretaria da Receita
Parágrafo único. As entidades sem fins Federal.
lucrativos, credenciadas segundo requisitos estabelecidos As últimas Leis de Diretrizes Orçamentárias trazem em
pelos órgãos responsáveis, poderão ser habilitadas para seu texto metas de resultados primários, em função do PIB, a
consulta aos sistemas e cadastros de que trata este artigo. serem observadas quando da elaboração da proposta de
CAPÍTULO IX orçamento.
O volume de dispêndios assim estabelecido
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS determinará a quantificação da demanda financeira e servirá
para formular o limite da expansão ou retração da despesa.
Art. 101. A execução da Lei Orçamentária de 2009 e
Os recursos financeiros serão determinados em função
dos créditos adicionais obedecerão aos princípios
dos seguintes fatores:
constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade,
– comportamento da arrecadação tributária;
publicidade e eficiência na Administração Pública, não podendo
– política de endividamento; e
ser utilizada para influir na apreciação de proposições
– participação das fontes internas e externas no
legislativas em tramitação no Congresso Nacional.
financiamento das despesas.
§ 1o É vedada a adoção de qualquer No processo de programação, busca-se uma igualdade
procedimento que resulte na execução de despesa sem entre a demanda e a oferta financeira, quando da consolidação
comprovada e suficiente disponibilidade de dotação das propostas setoriais (princípio do equilíbrio entre receitas e
orçamentária. despesas públicas).
Na consolidação das propostas, nos níveis central ou
§ 2o A contabilidade registrará todos os atos e os
setoriais, pode-se conduzir a alterações nos dispêndios ou nas
fatos relativos à gestão orçamentário-financeira,
disponibilidades financeiras.
independentemente de sua legalidade, sem prejuízo das
É importante que a programação financeira que se
responsabilidades e demais conseqüências advindas da
realiza no âmbito de cada setor da Administração Pública e que
inobservância do disposto no § 1o deste artigo.
reflete a expressão financeira das metas físicas seja procedida
§ 3o É vedada a prática de atos de gestão respondendo as seguintes indagações:
orçamentária, financeira e patrimonial, no âmbito do O que?
SIAFI, após 31 de dezembro de 2009, relativos ao exercício Definindo o que deve ser realizado por indicação do
findo, exceto ajustes para fins de elaboração das Plano Plurianual e com a priorização estabelecida na Lei de
demonstrações contábeis, os quais deverão ocorrer até o Diretrizes Orçamentárias.
trigésimo dia de seu encerramento. Para que?

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Indicando os objetivos que serão perseguidos com a O Presidente da Comissão designa o Relator-Geral. A
ação. este caberá submeter à Comissão um parecer preliminar, em
Quanto? que são fixados parâmetros que orientarão a elaboração dos
Estabelecendo a dimensão física da ação, ou seja, as relatórios parciais e setoriais, inclusive quanto à formulação de
metas e volumes de trabalho necessários para realizar a ação. emendas.
Quando? Os relatórios setoriais são discutidos e votados no
Correspondendo ao cronograma de execução, à âmbito das Subcomissões.
realização da despesa. As emendas parlamentares são sujeitas a restrições de
Como? diversas ordens.
Definindo metodologias para a realização das ações. A norma constitucional, conforme art. 166, § 3º,
Diz respeito à combinação dos recursos necessários à estabelece as regras fundamentais para a aprovação de
viabilização das ações. emendas parlamentares ao projeto de lei orçamentária anual,
Quem? quais sejam:
Referindo-se a quem será o responsável pela execução; I. não pode acarretar aumento na despesa total do
cuja resposta será dada no nível setorial. A responsabilidade orçamento, a menos que sejam identificados omissões ou erros
pela execução dos projetos e/ou das atividades será da unidade nas receitas, devidamente comprovados;
gestora do recurso. II. é obrigatória a indicação dos recursos a serem
a fase de elaboração da proposta requer o exercício cancelados de outra programação, já que normalmente as
paralelo da programação da despesa orçamentária, a qual se emendas provocam a inserção ou o aumento de uma dotação;
propõe atender às seguintes etapas: III. não pode ser objeto de cancelamento as despesas
– estabelecimento das diretrizes gerais do Governo, com pessoal, benefícios previdenciários, juros, transferências
observados os programas do PPA; constitucionais e amortização de dívida;
– quantificação dos recursos financeiros; IV. é obrigatória a compatibilidade da emenda
– transmissão das diretrizes gerais e do plano de apresentada com as disposições do PPA e da LDO.
trabalho de cada Ministério/Órgão aos níveis menores de sua A harmonização dos relatórios setoriais e sua
competência; consolidação são feitas pelo Relator-Geral, que submete o seu
– elaboração pelos níveis menores (Unidades Parecer, com o respectivo Substitutivo (ou seja, o Projeto de Lei
Orçamentárias ou Administrativas) do seu programa de modificado pelas emendas parlamentares), ao Plenário da CMO.
trabalho (projetos/atividades/operações especiais) evidenciando Após a aprovação por esta Comissão, o substitutivo
para cada ação: segue para a apreciação pelo Plenário do Congresso Nacional.
- objetivos a alcançar; Uma vez aprovado o substitutivo pelo Plenário do
- metas e fases a serem atingidas; Congresso, agora chamado de autógrafo, este é enviado ao
- recursos humanos, materiais, financeiros e Presidente da República para sanção e publicação da lei
institucionais necessários; orçamentária, dentro de um prazo máximo de quinze dias úteis.
- custos unitários; Ocorrendo vetos, comunicará, dentro de 48 horas, ao
- unidades de mensuração utilizadas; Presidente do Senado Federal os motivos do veto.
– compatibilização do programa de trabalho em nível O Congresso terá trinta dias para apreciá-los, contados
superior do órgão (SPO dos Ministérios Civis ou órgãos de seu recebimento, podendo torná-los sem efeito, caso seja
equivalentes do Ministério da Defesa e outros); esta a decisão da maioria absoluta dos congressistas
– revisão ou recomendação para ampliar ou reduzir as (deputados e senadores).
metas propostas face às prioridades ou limitações financeiras; e Ao Relator-Geral compete adequar os pareceres
– consolidação da proposta orçamentária (SOF/MOG). setoriais aprovados em cada Subcomissão, vedada qualquer
As Unidades Gestoras, Administrativas ou modificação, ressalvadas as alterações por ele propostas e
Orçamentárias, em seus níveis operacionais, dão o ponto de aprovadas pelo Plenário da Comissão, bem como as decorrentes
partida para a elaboração da proposta orçamentária com o de destaques aprovados pela Comissão.
oferecimento das propostas parciais que serão consolidadas pelo O Relatório-Geral é discutido e votado pelo Plenário da
Órgão Setorial do respectivo Ministério/Órgão, a Coordenação- Comissão e, posteriormente, submetido ao Plenário do
Geral de Orçamento e Finanças – COF ou órgãos equivalentes. Congresso Nacional.
Esses Órgãos Setoriais, por seu lado, procedem, até o Aprovada a redação final, o projeto é então
final de julho de cada exercício, ao ajuste e compatibilização da encaminhado à sanção do Presidente da República.
proposta do setor com as Políticas e Diretrizes globais e A devolução para sanção deve ocorrer até o
setoriais do governo (estabelecidas nos planos nacionais, encerramento da sessão legislativa.
regionais e setoriais, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e no Por conseguinte, a sessão não poderia ser encerrada
Plano Plurianual). sem a aprovação e o encaminhamento do projeto de lei
É oportuno frisar que integram as propostas parciais, orçamentária ao Executivo.
além das Unidades Orçamentárias da Administração direta, as
entidades da Administração indireta e os Fundos, inclusive das SANÇÃO E VETO
empresas em que a União detenha, direta ou indiretamente, a O Presidente da República terá 15 (quinze) dias úteis,
maioria do capital social com direito a voto, desde que integrem a contar da data do recebimento do projeto, para sancioná-lo.
o orçamento. Poderá também vetá-lo, no todo ou em parte, comunicando o
fato em 48 (quarenta e oito) horas ao Presidente do Senado
DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA Federal, expondo seus motivos.
ORÇAMENTÁRIA O silêncio importa sanção.
No Legislativo, os projetos relativos ao PPA, à LDO e à Na ocorrência de veto, ele será apreciado em sessão
LOA são apreciados conjuntamente pelas duas Casas do conjunta, dentro de 30 (trinta) dias de seu recebimento. Não
Congresso Nacional, cabendo à Comissão Mista de Planos, havendo deliberação, o veto será colocado na ordem do dia da
Orçamentos Públicos e Fiscalização – CMO - examinar e emitir sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua
parecer sobre os referidos projetos, também em sessão votação final, com exceção das medidas provisórias.
conjunta. Essa Comissão é composta por 40 parlamentares, Para que o veto seja rejeitado, isto é, para que se
sendo 10 Senadores e 30 Deputados, com igual número de restabeleça o texto aprovado originalmente pelo Plenário, é
suplentes, conforme disposto na Resolução nº 1, de 2006-CN. necessária maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em
escrutínio secreto.

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Se o veto for derrubado, o projeto será enviado, para Programas de Governo. Esse enfoque permite uma visão de "o
promulgação, ao Presidente da República. que o governo faz", o que tem um significado bastante
No caso de o Presidente não promulgar a lei – nas diferenciado do enfoque tradicional, que visualiza "o que o
hipóteses de silenciar até 48 (quarenta e oito) horas após sua governo compra".
aprovação ou derrubada de veto – cabe ao Presidente do Os programas, na classificação funcional-programática,
Senado e, em igual prazo, ao seu Vice-Presidente, fazê-lo. eram desdobramentos das funções básicas de governo. Faziam a
Ressalte-se que a publicação da lei e, portanto, sua ligação entre os planos de longo e médio prazos e representam
entrada em vigor só se dará com a sanção pelo Presidente da os meios e instrumentos de ação, organicamente articulados
República ou a promulgação pelo Presidente ou Vice-Presidente para o cumprimento das funções. Os programas geralmente
do Senado. representam os produtos finais da ação governamental. Esse
tipo de orçamento é denominado Orçamento-Programa.
EVOLUÇÃO DO ORÇAMENTO A Classificação Funcional Programática representou
um grande avanço na técnica de apresentação orçamentária.
Orçamento Clássico ou Tradicional Ela permitia a vinculação das dotações orçamentárias a objetivos
Antes do advento da Lei nº 4.320, de 17/3/64, o de governo. Os objetivos são viabilizados pelos Programas de
orçamento utilizado pelo Governo Federal era o orçamento Governo. Esse enfoque permite uma visão de "o que o governo
tradicional. faz", o que tem um significado bastante diferenciado do enfoque
O orçamento clássico se caracterizava por ser um tradicional, que visualiza "o que o governo compra".
documento de previsão de receita e de autorização de despesas, No Brasil, o Orçamento-Programa está estruturado em
estas classificadas segundo o objeto de gasto e distribuídas diversas categorias programáticas, ou níveis de programação,
pelos diversos órgãos, para o período de um ano. que representam objetivos da ação governamental em diversos
Em sua elaboração não se enfatizava, níveis decisórios.
primordialmente, o atendimento das necessidades da Um rol de funções, representando objetivos mais
coletividade e da Administração; tampouco se destacavam os gerais: o maior nível de agregação das ações, de modo a refletir
objetivos econômicos e sociais. as atribuições permanentes do Governo.
A maior deficiência do orçamento tradicional consistia Um rol de subfunções, como meios e instrumentos de
no fato de que ele não privilegiava um programa de trabalho e ações organicamente articulados para o cumprimento das
um conjunto de objetivos a atingir. funções. Uma subfunção agrega vários programas.
Assim, dotava um órgão qualquer com as dotações Um rol de programas, com projetos, atividades e
suficientes para pagamento de pessoal e compra de material de operações especiais representando ações específicas, como
consumo e permanente para o exercício financeiro. subprodutos destes programas.
Os órgãos eram contemplados no orçamento, Em síntese:
sobretudo de acordo com o que gastavam no exercício anterior e As funções representam as áreas de atuação do
não em função do que se pretendia realizar (inercialidade). Governo, divididas em subfunções;
Os programas representam os objetivos que se pretende
Orçamento de Desempenho ou de Realizações alcançar e estão articulados às funções e subfunções;
O orçamento clássico evoluiu para o orçamento de
Os projetos e atividades representam os meios de
desempenho ou de realizações, onde se buscava saber “as
alcançar os objetivos dos programas.
coisas que o governo faz e não as coisas que o governo compra”. O Orçamento-programa pode ser definido como sendo
Assim, saber o que a Administração Pública compra “um plano de trabalho expresso por um conjunto de ações a
tornou-se menos relevante do que saber para que se destina a realizar e pela identificação dos recursos necessários à sua
referida aquisição.
execução”.
O orçamento de desempenho, embora já ligado aos
O Orçamento-programa é um instrumento de
objetivos, não poderia, ainda, ser considerado um orçamento-
operacionalização das ações do governo, viabilizando seus
programa, visto que lhe faltava uma característica essencial,
projetos/atividades/operações especiais em consonância com os
que era a vinculação ao Sistema de Planejamento.
planos e diretrizes estabelecidos, oferecendo destaque às
A adoção do orçamento-programa na esfera federal foi
seguintes vantagens:
efetivada em 1964, a partir da edição da Lei nº 4.320.
a) melhor planejamento de trabalho;
O Decreto-Lei nº 200, de 23/2/67, menciona o
b) maior precisão na elaboração dos orçamentos;
orçamento-programa como plano de ação do Governo Federal,
c) melhor determinação das responsabilidades;
quando, em seu art. 16, determina: “em cada ano será d) maior oportunidade para redução dos custos;
elaborado um orçamento-programa que pormenorizará a etapa
e) maior compreensão do conteúdo orçamentário por
do programa plurianual a ser realizado no exercício seguinte e
parte do Executivo, do Legislativo e do público;
que servirá de roteiro à execução coordenada do programa f) facilidade para identificação de duplicação de
anual”.
funções;
O orçamento-programa está intimamente ligado ao
g) melhor controle da execução do programa;
Sistema de Planejamento e aos objetivos que o Governo
h) identificação dos gastos e realizações por
pretende alcançar, durante um período determinado de tempo.
programa e sua comparação em termos absolutos e
O Orçamento-programa, criado no Brasil pelo Decreto-
relativos;
Lei nº 200/67, consagrou a integração entre o planejamento e o
i) apresentação dos objetivos e dos recursos da
orçamento público, uma vez que, com o seu advento, surgiu a
instituição e do inter-relacionamento entre custos e
necessidade de se planejar as ações, antes de executar o
programas; e
Orçamento. Era preciso, antes de fixar as despesas ou j) ênfase no que a instituição realiza e não no que
distribuir as receitas, saber quais as reais deficiências ou ela gasta.
necessidades da população e categorizar as ações necessárias
visando à correção ou minimização dos problemas. A ênfase no
orçamento-programa eram as realizações, ou seja, interessava o Orçamento Tradicional x Orçamento-Programa
que o governo realizava. O Orçamento Tradicional
A Classificação Funcional Programática representou – não é baseado em uma programação;
um grande avanço na técnica de apresentação orçamentária. – distribui recursos segundo os objetos de gasto
Ela permitia a vinculação das dotações orçamentárias a (pessoal, material de consumo, etc.);
objetivos de governo. Os objetivos são viabilizados pelos – força os diferentes setores públicos a pressionarem a
Administração superior em busca de maiores recursos;

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– conduz os responsáveis superiores a procederem a Este conceito foi implementado com a proposta de Plano
cortes indiscriminados no montante dos recursos solicitados, Plurianual para o período de 2000-2003, cujo grande trunfo
no intuito de adequar a despesa à estimativa de receita ou a residiu na introdução do modelo de Gerenciamento de
superestimarem as receitas, para atender às pressões nas Programas, que permite padronizar a linguagem do PPA e da
despesas; LOA (Lei Orçamentária Anual).
– não incentiva a busca da economicidade por parte do Nota-se, portanto, a proposital abrangência desse
administrador, já que não possui mecanismos de controle de plano que, em última análise, objetivou propiciar as ações
custos dos produtos oferecidos. necessárias, tanto em despesas de investimento quanto em
despesas de custeio, para que se pudesse priorizar a solução
O Orçamento-Programa dos problemas de maior amplitude e relevância para a
– atribui recursos para o cumprimento de determinados sociedade.
objetivos e metas; e não para um conjunto de compras e A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO tem por
pagamentos; principal função o estabelecimento dos parâmetros necessários à
– atribui responsabilidade ao administrador; alocação dos recursos no orçamento anual, de forma a garantir,
– permite interdependência e conexão entre os dentro do possível, a realização das metas e objetivos
diferentes programas do trabalho; contemplados nos programas do plano plurianual.
– permite mobilizar recursos com razoável É papel da LDO ajustar as ações de governo, previstas
antecedência; no PPA, às reais possibilidades de caixa do Tesouro.
– permite identificar duplicidade de esforços; A LDO é, na realidade, a cartilha de balizamento que
– permite o controle de custos dos produtos oferecidos direciona e orienta o preparo do Orçamento da União, o qual
pelo governo à sociedade. deve estar, para sua aprovação, em plena consonância com as
Observação: Na teoria, o orçamento-programa disposições do Plano Plurianual.
estabelece os objetivos como critério para alocação de recursos.
Elaboração do Orçamento-Programa O ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE
Identificam-se algumas fases necessárias, quais 1988
sejam: O Plano Plurianual (PPA) é uma lei ordinária, sendo
1. Determinação da situação: identificação dos votada por maioria simples nas duas Casas do Congresso
problemas existentes. Nacional (Câmara e Senado), sob a forma do regimento comum.
2. Diagnóstico da situação: identificação das causas É válido a partir do ano seguinte ao ano de início do
que concorrem para o aparecimento dos problemas. mandato presidencial até um ano depois do fim do mandato (já
3. Apresentação das soluções: identificação das no próximo governo).
alternativas viáveis para solucionar os problemas. O PPA estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes,
4. Estabelecimento das prioridades: ordenamento objetivos e metas para as despesas de capital (e outras dela
das soluções encontradas. decorrentes) e para os programas de duração continuada.
5. Definição dos objetivos: estabelecimento do que se Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) também é uma lei
pretende fazer e o que se conseguirá com isso. ordinária, sendo votada por maioria simples nas duas Casas do
6. Determinação das tarefas: identificação das Congresso Nacional (Câmara e Senado) sob a forma do
ações necessárias para atingir os objetivos. regimento comum.
7. Determinação dos recursos: arrolamento dos A LDO estabelece as metas e prioridades do Governo
meios: recursos humanos, materiais, técnicos, institucionais e Federal, incluindo as despesas de capital para exercício
serviços de terceiros necessários. subseqüente, orienta a elaboração da LOA, dispõe sobre
8. Determinação dos meios financeiros: expressão alterações na legislação tributária e, ainda, estabelece a política
monetária dos recursos alocados. O custo financeiro necessário de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
para utilizar os recursos que necessitam ser mobilizados. A LDO pode ser alterada depois de editada e
No atual modelo orçamentário brasileiro existe publicada, mas as alterações têm que ser compatíveis com o
estreita conexão entre Planejamento e Orçamento, PPA.
formando assim, um binômio inseparável. A Lei Orçamentária Anual (LOA), como ambos os
Para os estudiosos da área, distribuição de recursos é dispositivos anteriores, é uma lei ordinária, votada por maioria
Política Pública e deve ter por base o entrelaçamento entre simples nas duas Casas do Congresso Nacional, sob a forma do
Planejamento/Orçamento/Implementação. regimento comum. Envolve o Orçamento Fiscal e da Seguridade
Esse entrosamento, no caso brasileiro, teve seu marco (Administração direta e indireta) dos Poderes da União, fundos,
inicial com o advento da Lei nº 4.320/64, que pretendeu órgãos e entidades, além do Orçamento de Investimento das
instituir o Orçamento-Programa, instrumento de alocação de empresas estatais (empresas com maioria do capital social c/
recursos com ênfase não no objeto de gasto, mas no seu objetivo. direito a voto da União).
Um dos problemas mais evidentes da economia Os orçamentos fiscal e de investimentos têm a função
brasileira tem sido a ausência de planejamento de longo prazo. de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo o critério
Os modelos afetados por longos períodos de inflação populacional de cada região.
alta tornam-se estéreis no campo do planejamento, situação A LOA deve conter demonstrativo regionalizado do
essa que compromete a continuidade dos programas e projetos, efeito sobre as receitas e despesas, das isenções, anistias,
ensejando o que se costuma chamar, nas palavras de Peter remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira,
Drucker, de “era da descontinuidade”. tributária e creditícia.
Ainda no dizer de Peter Drucker, “o planejamento de A LOA pode conter autorização p/ abertura de créditos
longo prazo não trata de ações futuras; mas da futuridade das suplementares e contratação de operações de crédito (e
atuais decisões”. geralmente contém!!!).
É emergencial, portanto, que se persiga a continuidade A iniciativa de elaboração da LOA é do Poder Executivo,
da estabilidade econômica e de fundamental importância a mas a competência legal para apreciação é do Poder Legislativo,
adoção de planos de longo prazo, seriamente implementados, mediante votação em ambas as casas do Congresso Nacional.
cujos instrumentos gerenciadores devem ser os Orçamentos A SOF/MPO verifica:
Gerais da União, tecnicamente conhecidos como Orçamentos- - os recursos disponíveis
Programa Anuais, orientados pelas Leis de Diretrizes - as Necessidades de Financiamento do Setor
Orçamentárias. Público
- as Despesas Obrigatórias com Pessoal

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- Dívida a) Secretaria de Planejamento e Investimentos
- atividades de manutenção; Estratégicos
- e os limites já estabelecidos na LDO para cada
unidade, definindo os valores. b) Secretaria de Assuntos Internacionais
Após a consolidação, a SOF/MPO encaminha o projeto
ao Poder Legislativo (Congresso Nacional) para discussão e c) Secretaria do Tesouro Nacional
votação.
Qualquer modificação no Projeto pelo Poder Executivo, d) Secretaria de Orçamento Federal
depois de encaminhado para o Legislativo, só pode acontecer se
ainda não foi iniciada a votação na Comissão Mista, responsável e) Secretaria de Gestão
pela análise do projeto.
No Congresso Nacional, os deputados e senadores 46- A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) instituída
podem emendar o projeto de lei do orçamento em vários níveis. pela Constituição de 1988 é o instrumento norteador da Lei
Pode haver emendas de bancadas, partidos ou até mesmo de Orçamentária Anual (LOA). A Lei de Responsabilidade Fiscal
parlamentares individualmente, mas algumas despesas fixadas (LRF), de 04 de maio de 2000, atribuiu à LDO a
pelo Executivo já não podem ser alteradas, como as despesas responsabilidade de tratar também de outras matérias. Indique
pertinentes ao pagamento de juros e encargos da dívida, qual opção não representou uma responsabilidade adicional às
amortização, precatórios ou pessoal. criadas pela LRF.
Os parlamentares podem vetar as despesas e até
mesmo remanejar gastos para outros projetos de seu interesse. a) A avaliação de riscos fiscais.
Os recursos disponíveis de vetos despesas que não forem
alocados ou ficarem sem despesas correspondentes podem ser
b) A fixação de critérios para a limitação de empenho e
usados por créditos especiais ou suplementares com autorização
movimentação financeira.
legislativa.
O Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) é encaminhado
c) A publicação da avaliação financeira e atuarial dos
ao Legislativo até o dia 31 de agosto de cada ano. Após este
regimes geral de previdência social e próprio dos servidores
prazo, é iniciada a discussão e as votações parciais na
civis e militares.
Comissão Mista de Deputados e Senadores encarregada da
apreciação da matéria. O PLOA é votado no Plenário até o final
do período legislativo (22/12). d) O estabelecimento de prioridades e metas da
Após a aprovação no Congresso, o PLOA segue para administração pública federal.
sanção ou veto do Presidente em 15 dias úteis. O silêncio
presidencial nos 15 dias importa em sanção tácita (aprovação). e) O estabelecimento de metas fiscais.
Mesmo no caso de sanção tácita ou no caso de sanção escrita
do Presidente da República, a Lei é publicada. Se a lei não for 50- Identifique a única opção correta pertinente aos
publicada pelo Presidente da República, cabe ao Presidente do princípios orçamentários.
Congresso fazê-lo em 48 horas, ou seu vice (48h depois, se não
publicada pelo Presidente do Congresso). a) Com base no princípio da universalidade, o
As seguintes ações são vedadas após o início da orçamento deve ser uno.
execução orçamentária:
1 - Início de projetos não incluídos na LOA b) O princípio da anualidade enfatiza que o orçamento
2 - Despesas ou obrigações maiores que LOA ou deve conter todas as receitas e todas as despesas referentes aos
créditos adicionais três poderes da União.
3 - Operações de crédito maiores que despesas de
capital c) O princípio da exclusividade afirma que o conteúdo
4 - Vinculações de impostos a fundos, órgão, orçamentário deve ser divulgado por meio de veículos oficiais de
despesa (menos transferências, garantias de créditos, comunicação, para conhecimento público e para a eficácia de
etc.). sua validade.
5 - Abertura de crédito suplementar ou especial
sem autorização legislativa e sem indicação de recursos. d) O princípio da especificação estabelece que o
6 - Transposição, remanejamento, transferência montante da despesa não deve ultrapassar a receita prevista
de recursos de uma categoria de programação a outra para o período.
(programas de trabalho).
7 - Concessão ou utilização de créditos ilimitados e) O princípio da não-afetação afirma que é
8 - Utilização de recursos dos orçamentos fiscal e vedada a vinculação de receita de impostos a órgãos,
seguridade p/ suprir necessidade ou cobrir déficit de fundos ou despesas, excetuadas as afetações que a
empresas, fundos, fundações. própria Carta Magna determina.
9 - Criação de fundos sem autorização legislativa
10 - Início de investimento de mais de um ano sem 51- No que diz respeito ao orçamento base zero,
prévia inclusão no PPA ou lei que autorize (crime de assinale a única opção incorreta.
responsabilidade)
a) O orçamento base zero é um processo operacional
(Analista de Planejamento e Orçamento – ESAF - MPOG/03) de planejamento e orçamento que exige de cada administrador
a fundamentação da necessidade dos recursos totais
FINANÇAS PÚBLICAS, PLANEJAMENTO E solicitados, e, em detalhes, lhe transfere o ônus da prova, a fim
ORÇAMENTO GOVERNAMENTAL de que ele justifique a despesa.

41- O Decreto nº 3.858 de 04 de julho de 2001 definiu b) O processo de orçamento base zero baseia-se na
a estrutura do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão. preparação de pacotes de decisão.
Integram a estrutura do MPOG as Secretarias abaixo
mencionadas, com exceção da:

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c) Um pacote de decisão é a identificação de uma 55- A partir do Orçamento de 2000, diversas
função ou operação distinta numa forma de avaliação e modificações foram estabelecidas na classificação vigente. O
comparação com outras funções. eixo principal dessas modificações foi a interligação entre o
planejamento (Plano Plurianual-PPA) e os Orçamentos da
d) Em pacote de decisão deverá ser preparado no nível União. De acordo com essas modificações, identifique a única
de esforço máximo, corrente e de expansão. afirmativa não pertinente.

e) Os pacotes de decisão serão submetidos ao Colégio a) A preocupação básica consiste em classificar os


de Decisão, que é o nível organizacional que os classifica. gastos públicos segundo as tabelas organizadas por
funções de governo.
52- No tocante aos objetivos da política orçamentária,
indique a única opção correta. b) Os programas que constam do Plano aparecem
também nos Orçamentos, com suas ações traduzidas em
a) Utilizar instrumentos que promovam a alocação projetos e atividades.
de recursos por parte do governo, objetivando
principalmente a oferta de determinados bens e serviços c) O Plano e os Orçamentos passaram a ter a mesma
que são necessários e desejados pela sociedade e que não linguagem.
são providos pelo sistema privado.
d) A estruturação em programas representa uma
b) Estimar benefícios através do valor presente dos mudança na forma de elaboração dos Planos e Orçamentos do
incrementos na capacidade em auferir rendimentos gerados setor público, pois substituiu a classificação funcional-
pela educação. programática utilizada nos últimos 25 anos.

c) Controlar o aumento do gasto público e contê-lo e) As demandas da população, explicitadas claramente


dentro dos limites considerados adequados pelo governo. nos objetivos dos programas, são referência básica para a
distribuição dos recursos.
d) Utilizar mecanismos fiscais que não visem à (Analista de Finanças e Controle – ESAF/TCU-06)
redistribuição de renda e da riqueza.
PROVA 2
e) Assegurar o ajustamento da alocação dos recursos
no mercado financeiro privado. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

53- Identifique qual opção não é um atributo básico 01- No que diz respeito ao conceito de orçamento
dos Programas de Gestão de Políticas Públicas, no Orçamento público e princípios orçamentários, identifique a opção
de 2003 do Governo Federal. incorreta.

a) denominação a) O orçamento público deve manter o equilíbrio


entre as receitas fixadas e as despesas estimadas.
b) objetivo
b) São impositivos nos orçamentos públicos os
c) indicador(es) princípios orçamentários.

d) órgão(s) e unidades orçamentárias c) Segundo o princípio da unidade, o orçamento


público deve constituir uma única peça, indicando as receitas e
e) unidade responsável pelo programa os programas de trabalho a serem desenvolvidos pelos poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário.
54- As unidades orçamentárias, no Orçamento
Brasileiro de 2003, são responsáveis pela apresentação da d) O orçamento público é uma lei de iniciativa do
programação orçamentária detalhada da despesa por programa, Poder Executivo, que estabelece as políticas públicas para o
ação orçamentária e localizador de gasto. Seu campo de exercício a que se referir.
atuação, como agente, no processo de elaboração compreende,
exceto: e) O orçamento deve ser elaborado e autorizado para
um exercício financeiro, coincidente com o ano civil.
a) estabelecimento de diretrizes no âmbito da Unidade
Orçamentária. 02- Com relação ao histórico das atividades
orçamentárias no Brasil, identifique a opção falsa.
b) estudos de adequação da estrutura programática do
exercício. a) As primeiras Constituições Federais, de 1824 e
1891, não tratavam diretamente da questão orçamentária.
c) estabelecimento de prioridades das ações dentro dos
programas sob sua responsabilidade. b) Foi a Lei de Responsabilidade Fiscal, de
4/5/2000, que estabeleceu pela primeira vez, os princípios
d) definição de critérios de distribuição dos de transparência orçamentária.
referenciais monetários para detalhamento das propostas
orçamentárias por programas e ações das unidades c) Foi criado em 1964, o cargo de Ministro
administrativas. Extraordinário do Planejamento e Coordenação Econômica,
com atribuição, entre outras, de coordenar a elaboração e
e) orientação, coordenação e supervisão técnica execução do Orçamento Geral da União e dos orçamentos dos
dos órgãos setoriais de orçamento. órgãos e entidades subvencionadas, harmonizando-os com o
plano nacional de desenvolvimento econômico.

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d) É de 1964 a Lei n. 4.320 que traçou os princípios c) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), sob forma
orçamentários no Brasil e é ainda hoje, a principal diretriz para de projeto, deve ser encaminhada pelo Poder Executivo ao
a elaboração do Orçamento Geral da União. Poder Legislativo, na esfera federal, até oito meses e meio antes
do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e devolvida
e) Em 1926, por meio de uma reforma na para sanção até o final do primeiro período da sessão legislativa
Constituição, foi realizada a transferência da elaboração da (30 de junho).
proposta orçamentária para o Poder Executivo.
d) O Plano Plurianual corresponde a um plano,
03- O orçamento-programa é entendido como o plano por meio do qual se procura ordenar as ações do governo
de trabalho do governo no qual são especificadas as que levem ao alcance dos objetivos e das metas fixados
proposições concretas que se pretende realizar durante o ano para um período de três anos.
financeiro. Assinale a única opção incorreta em relação a
orçamento-programa. e) A Lei do Orçamento, sob forma de projeto, deve ser
encaminhada, no âmbito federal, até quatro meses antes do
a) A integração planejamento-orçamento é encerramento do exercício financeiro (31 de agosto), e devolvida
característica do orçamento-programa. para sanção até o final da sessão legislativa.

b) Orçamento-programa informa, em relação a cada Bibliografia Básica:


atividade ou projeto, quanto vai gastar, para que vai gastar e Albuquerque, Claudiano Manoel de; Medeiros, Márcio Bastos;
por que vai gastar. Silva, Paulo Henrique Feijó da. Gestão de Finanças Públicas.
Brasília: 2006.
c) O orçamento-programa identifica programas de Giacomoni, James. Orçamento Público. 14. Ed. Ampliada,
trabalho, objetivos e metas, compatibilizando-os com os planos revista e atualizada – São Paulo: Atlas, 2007.
de médio e de longo prazos. Jund, Sérgio. AFO: administração financeira e orçamentária:
teoria e 750 questões. 3. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
d) O orçamento-programa é o processo de Rezende, Fernando Antonio. Finanças Públicas. 2. Ed. São
elaboração do orçamento em que é enfatizado o objeto de Paulo: Atlas, 2001.
gasto.

e) Processo de elaboração do orçamento-programa é


técnico e baseia-se em diretrizes e prioridades, estimativa real
de recursos, e cálculo real das necessidades.

04- No Brasil, o Plano Plurianual (PPA) é componente


básico do planejamento estratégico governamental. Na definição
do objetivo e da natureza específicos da planificação
estratégica, o governo deve por em realce quatro elementos
principais. Identifique a opção que não é pertinente.

a) A importância da reflexão, essencialmente


qualitativa, no futuro a longo prazo.

b) A concentração da análise dos fatores essenciais


das atividades-fins da administração pública.

c) O predomínio do processo sobre os planos que dele


derivam.

d) A natureza estratégica das decisões a tomar,


decisões que comprometem de modo quase irreversível o futuro
da Nação.

e) O melhoramento do desempenho gerencial da


administração pública.

05- No que se refere à matéria orçamentária, a


Constituição de 1988, em seu artigo 165, determina que leis de
iniciativa do Poder Executivo estabeleçam o Plano Plurianual,
as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. Identifique
a opção falsa com relação ao tema.

a) A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) consiste na


lei que norteia a elaboração dos orçamentos anuais,
compreendidos o orçamento fiscal, o orçamento de investimento
das empresas estatais e o orçamento da seguridade social.

b) A Lei Orçamentária Anual (LOA) objetiva viabilizar a


realização das ações planejadas no Plano Plurianual e
transformá-las em realidade.

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