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Gestão de Custos

Prof. Rodrigo Otávio das Chagas ,


Lima, MSc.
Conceitos e Campo de Ação
 Custos
 São medidas monetárias dos sacrifícios

financeiros com os quais uma organização,


uma pessoa ou um governo, têm de arcar a fim
de atingir seus objetivos, sendo considerados
esses ditos objetivos, a utilização de um
produto ou serviço qualquer, utilizados na
obtenção de outros bens ou serviços.
Conceitos e Campo de Ação
- Custo: É o valor de bens e serviços consumidos
na produção de outros bens e serviços. São os
gastos relacionados aos produtos
 - Despesa: É o valor dos bens ou serviços não
relacionados diretamente com a produção de
outros bens ou serviços consumidos em um
determinado período. Valores gastos para obter
receita
 - Gasto: É o valor dos bens ou serviços
adquiridos. Pode se converter em custo ou
despesas.
Conceitos e Campo de Ação

 - Desembolso: É o pagamento resultante das


aquisições de bens ou serviços.
 - Perda: É o valor dos bens ou serviços
consumidos de forma anormal e involuntária.
 - Desperdício: É o consumo intencional, e não
direcionado à produção de um bem ou serviço.
 - Investimento: bens e direitos registrados no
ativo das empresas
Classificação e as fases dos custos
 Custos primários (voluntários)
 ”Custo dos Fatores”:
 pagamento aos fornecedores dos fatores da
produção.
 ”Custo de Uso”:
 a) Utilização de bens adquiridos de outros
empresários.
 b) Depreciação do capital fixo
(equipamentos).
Classificação e as fases dos custos
 Custos suplementares (involuntários).

 ”Custo de Obsolescência”: O equipamento


com o passar do tempo perde seu valor, devido
ao desgaste natural das máquinas ou á
existência de equipamentos mais modernos.
Isso diminui o capital, porém é previsto pelo
empresário, o que provoca nas indústrias um
aumento de custos com equipamentos
obsoletos. Com isso há um “desinvestimento”,
que é quando a empresa desativa os
equipamentos de produção danificados ou
ultrapassados.
Classificação e as fases dos custos
 Custos suplementares (involuntários).

 ”Custo Fortuito” (involuntário): O capital pode


ser reduzido por uma série de fatores. Por isso
deve-se reconhecer a redução do capital e do
patrimônio da empresa. Nossa legislação prevê
o acontecimento de tais ocorrências,
permitindo a regularização de seus registros
contábeis, para que seja retratada a verdadeira
situação econômico-financeira da empresa.
Alteração da Lei das S/A
 MP – 449/08
 Lei 11.941/09
 Ativo
 Ativo Circulante
 Ativo Não-Circulante
 -Realizável LP
 -Investimento

 - Imobilizado

 - Intangível
Alteração da Lei das S/A
 MP – 449/08
 Lei 11.941/09
 Passivo
 Passivo Circulante
 Passivo Não-Circulante
 Patrimônio Liquido

 Não existe mais Ativo Permanente nem Ativo Diferido


Custos de Produção Viabilidade financeira

 A análise financeira inicia-se pela definição


do volume de produção que a empresa
pretende fabricar;
 Depois, calcula-se o investimento físico;
 definem-se e calculam-se os custos fixos;
 estimam-se os custos variáveis;
 projetam-se os custos totais;
Custos de Produção Viabilidade financeira
 identificam-se os custos de comercialização e
a margem de lucro;
 calcula-se o preço de venda;
 apuram-se as receitas e os resultados
operacionais;
 projeta-se o investimento inicial;
 e, para finalmente, analisar a viabilidade
financeira do empreendimento
Volume de produção e investimento fixo é o
ponto de partida do planejamento financeiro é
a definição de quanto irá ser produzido
 depende do mercado que se pretende atingir,
 - da disponibilidade de matéria-prima
 - da concorrência,
 - também avaliando com cuidado a disponibilidade de
capital próprio e de terceiros,
 - calcular, custo de investimento quanto será preciso
gastar na montagem da empresa, ou seja, custo das
máquinas, equipamentos, ferramentas, veículos,
móveis, utensílios, imóveis tudo que compõem o
investimento fixo
Sistemas de Custo

 Sistema = Princípio + Método


Princípios e Métodos
Insumos produtos
Processo Produtivo
(Custos)

Como
Quais
Distribuir?
Custos?

Método
Princípios
Princípio
 Quais informações?
 Quais custos?

 fixos-variáveis

 ideais-desperdícios

 Objetivos do sistema.

 Exemplos

 Custeio variável

 Custeio por absorção integral

 Custeio por absorção ideal

 (Custo padrão)
Princípios (Custos)
 Custeio por Absorção Integral (Total): Todos os
 custos são identificados com os produtos.

 Custeio Variável (Direto): Os custos fixos não são


 identificados com os produtos.

 Custeio por Absorção Ideal: Todos os custos são


 identificados com os produtos de acordo com sua
 utilização eficiente. Os custos ineficientes
 (desperdícios) são do período.
Princípios – Objetivos Principais
 Custeio por Absorção Integral (Total):
 Fornecimento de informações a usuários externos.
 Informações “tradicionais”.

 Custeio Variável (Direto): Apoio a tomadas de


 decisões de curto prazo. Análise de Custo-Volume-
 Lucro.

 Custeio por Absorção Ideal: Apoio ao controle e ao


 processo de melhoria contínua da empresa.
 Quantificação do Desperdício.
Método
 Operacionalização.
 Como obter a informação?
 Cálculo do custo

 (custos indiretos)

 Exemplos

 RKW

 ABC

 UEP

 etc
Métodos de Custos
 CUSTOS
 DIRETOS

 Fácil identificação

 Não precisa do método

 INDIRETOS

 Problema na distribuição

 Necessidade de método
RKW
 Método dos Centros de Custos, das Seções
Homogêneas
 ou

 RKW

 CUSTEIO

BASEADO EM ATIVIDADES
 ACTIVITY-BASED COSTING

 (ABC)
Custos Diretos ou Variáveis
estão relacionados com a produção e
a venda
 Os custos da empresa envolvem materiais diretos,
esses materiais são:
 - as matérias-primas,
 - materiais secundários,
 - embalagens,
 - mão- de- obra direta,
 - salários e encargos sociais destes ligados
diretamente a produção
Mão- de obra direta
 são os operários que estão diretamente ligados
ao volume de produção, já que o
administrativo não interfere a produtividade se
sua jornada de trabalho for diferente do
operário
Custos Indiretos
ou
Custos Fixos


 Os custos fixos são aqueles que ocorrem


independentemente da produção ou das vendas
Os custos fixos ou indiretos anuais
da empresa
 são as despesas de manutenção necessárias para
manter o funcionamento da mesma. Sendo
denominados também de custos de funcionamento ou
custos de estrutura. Geralmente estes custos são
compostos pelos salários e encargos sociais do
pessoal administrativo, aluguéis, pró-labore dos
sócios, materiais de limpeza e profissionais como
contadores, advogados etc. Gastos com depreciação,
seguro e manutenção e seguros são calculados
utilizando-se percentuais definidos em lei que
incidem sobre o valor de cada bem
Custos Finais de Produção (CP)
 O custo de produção é, portanto, igual a soma
dos custos dos materiais diretos como o rateio
dos custos fixos e dos custos da mão- de obra.
 para saber o quanto realmente vai custar
produzir basta somar três itens: materiais
diretos (MD), mão–de–obra direta (MO) e
custo fixo (CF) e dividir o volume de produção
(VP)
 CP = (MD+ MO+ CF) / VP
 CUSTOS
 QUANTO AOS PRODUTOS

 Diretos – Matéria-prima, mão-de-obra direta


 Indiretos – Energia elétrica, seguros, depreciação,
mão-de-obra indireta, taxas e impostos,
combustíveis
 QUANTO AO VOLUME DE PRODUÇÃO

 Fixos – Seguros, depreciações, mão-de-obra


indireta, taxas e impostos, aluguel
 Variáveis – Materia-prima, mão-de-obra direta,
energia elétrica, materiais auxiliares, combustíveis
 GASTOS

 CUSTOS

 DESPESAS
 Administrativa

 Vendas

 Financeiras

 INVESTIMENTOS
Composição dos custos

CPV – custo de produção e dos produtos


vendidos;
 CMV – custo de mercadoria vendidas;

 CSV – custo de serviços vendidos


 SOMENTE SE CALCULA O CUSTO DOS
PRODUTOS QUE FORAM VENDIDOS
EFETIVAMENTE
CUSTO DAS MERCADORIAS
VENDIDAS – CMV
 A apuração do custo das mercadorias vendidas está
diretamente relacionada aos estoques da empresa,
pois representa a baixa efetuada nas contas dos
estoques por vendas realizadas no período.

 O custo das mercadorias vendidas pode ser apurado
através da equação:
 CMV = EI + C - EF
 Onde:
 CMV = Custo das Mercadorias Vendidas
 EI = Estoque Inicial
C = Compras
EF = Estoque Final (inventário final)
 Exercícios
 1 - Calcular o valor de compras, sabendo-se
que o Estoque em x1 é R$ 200.000,00 o
Estoque final é R$ 170.000,00 e o custo da
mercadoria vendida é de R$ 86.000,00.

 2 - Calcular o custo de mercadoria vendida,


onde o estoque inicial é R$50.000,00, e o
estoque final é de R$ 60.000,00 e foi
efetuado R$ 30.000,00 de compras.
CUSTO DOS PRODUTOS
VENDIDOS - CPV
 No caso de produtos (bens produzidos por uma indústria), a fórmula é
semelhante ao CMV:


 CPV = EI + (In + MO + GGF) – EF




 Onde:


 CPV = Custo dos Produtos Vendidos


 EI = Estoque Inicial
 In = Insumos (matérias primas, materiais de embalagem e outros materiais)
aplicados nos produtos vendidos
 MO = Mão de Obra Direta aplicada nos produtos vendidos
 GGF = Gastos Gerais de Fabricação (aluguéis, energia, depreciações, mão
de obra indireta, etc.) aplicada nos produtos vendidos
 EF = Estoque Final (inventário final)
CUSTO DOS PRODUTOS
VENDIDOS - CPV
 O § 1º do art. 13 do Decreto-Lei 1.598/77 dispõe que o custo
de produção dos bens ou serviços vendidos compreenderá,
obrigatoriamente:
 1) o custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros
bens ou serviços aplicados ou consumidos na produção,
observado o disposto neste artigo;
 2) o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de
supervisão direta, manutenção e guarda das instalações de
produção;
 3) os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de
depreciação dos bens aplicados na produção;
 4) os encargos de amortização diretamente relacionados com a
produção;
 5) os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na
produção.
CUSTO DOS SERVIÇOS
VENDIDOS (CSV)
Numa empresa de serviços, a sistemática será semelhante à
anterior, sendo a fórmula:


 CSV = Sin + (MO + GDS + GIS) – Sfi


 Onde:

CSV = Custo dos Serviços Vendidos
 Sin = Saldo Inicial dos Serviços em Andamento
 MO = Mão de Obra Direta aplicada nos serviços vendidos
 GDS = Gastos Diretos (locação de equipamentos,
subcontratações, etc.) aplicados nos serviços vendidos
 GIS = Gastos Indiretos (luz, mão de obra indireta,
depreciações de equipamentos, etc.) aplicados nos serviços
vendidos
 Sfi = Saldo Final dos Serviços em Andamento
Calcular o Custo dos Produtos Vendidos de
01 de janeiro a 31 de dezembro de
determinada indústria que apurou os
seguintes dados
Estoque Inicial (01 de janeiro) 110.000,00

Compras de Insumos 1.750.000,00

ICMS sobre Compras 210.000,00

Fretes sobre Compras 70.000,00

Mão de Obra Direta 597.000,00

Gastos Gerais de Fabricação 790.000,00

Estoque inventariado (31 de dezembro) 185.000,00


A DEMONSTRAÇÃO DOS CUSTOS DOS
PRODUTOS VENDIDOS ficará como segue
Estoque Inicial (01 de janeiro) 110.000,00
+ Compras de Insumos 1.750.000,00
+ Fretes sobre Compras 70.000,00
- ICMS sobre Compras (210.000,00)
+ Mão de Obra Direta 597.000,00
+ Gastos Ferais de Fabricação 790.000,00
- Estoque inventariado (31 de dezembro) (185.000,00)
= Custo dos Produtos Vendidos 2.922.000,00
2 - Calcular o Custo dos Produtos Vendidos
de 01 de janeiro a 31 de dezembro de
determinada indústria que apurou os
seguintes dados

 Estoque Inicial (01 de janeiro) 220.000,00


Compras de Insumos 2.150.000,00
 ICMS sobre Compras 270.000,00
 Fretes sobre Compras 90.000,00
 Mão de Obra Direta 737.000,00
 Gastos Gerais de Fabricação 940.000,00
Estoque inventariado (31 de dezembro) 169.000,00
A DEMONSTRAÇÃO DOS CUSTOS DOS
PRODUTOS VENDIDOS ficará como segue
Estoque Inicial (01 de janeiro)
+ Compras de Insumos
+ Fretes sobre Compras
- ICMS sobre Compras
+ Mão de Obra Direta
+ Gastos Ferais de Fabricação
- Estoque inventariado (31 de dezembro)
= Custo dos Produtos Vendidos
Custos da produção versus despesas
do período
 Objeto de sistematização por parte da
Contabilidade de Custos, freqüentemente
confundido por leigos com o conceito de
despesa
 Custos – São gastos, não investimentos,
necessários para fabricar os produtos da
empresa. Ligados a produção
 Despesas – Bem ou serviço consumidos direta
ou indiretamente para a obtenção de receitas.
Gastos ligados a administração
Objetivos e Periodicidade dos Custos
 Quem elabora ou estrutura um sistema de custos é a
contabilidade de custos, e segundo Marion, uma das
finalidades deste ramo de contabilidade é a sua
utilidade para o processo dos gestores na tomada de
decisões, como por exemplo: “qual a quantidade
mínima que se deve produzir e vender para não se ter
prejuízo? Qual produto é mais rentável para estimular
sua produção? Qual produto devemos cortar para
aumentar a rentabilidade? Certos itens, é melhor
produzir ou comprar de terceiros? Qual o preço
adequado para cada produto? Sobre qual item de
custos devemos exercer melhor controle? Como
reduzir Custos?” (MARION, 1996, p. 60)
Objetivos e Periodicidade dos Custos
 Na DRE, as despesas correspondem àquelas
incorridas nas divisões de Administração e de
Vendas, durante o exercício.
 Já o Custo dos Produtos Vendidos, são aqueles
incorridos na divisão fabril, correspondente à
quantidade que foi vendida, isto porque nem
toda a produção de um período pode ter sido
vendida, e assim ter sido estocada para venda
em outro período
Integração da Contabilidade de Custos a
Contabilidade Gerencial e Geral
 A Contabilidade gerencial incorpora conceitos
econômicos para fins de elaborar Relatórios de
Custos de uso da Gestão Empresarial.
 A contabilidade de custos surgiu junto com a
revolução industrial, como tentativa de se
elaborar um inventário disponível em um
determinado período operacional para
identificação de valores de produtos fabricados
e vendidos.
Integração da Contabilidade de Custos a
Contabilidade Gerencial e Geral
 Com o seu desenvolvimento, a complexidade
dos métodos contábeis tornou-se maior, e logo,
os custos de fabricação eram solucionados
cada vez mais rápidos. Foram estes métodos
cada vez mais aperfeiçoados que deram origem
a contabilidade de custo. Atualmente, a
contabilidade de custos é um grande sistema
de informações gerenciais
Classificação para os Objetivos da
Contabilidade de Custo
 Inventariar os produtos fabricados e vendidos.
 - Planejar e controlar as atividades
empresariais.
 - Servir como instrumento para tomada de
decisões
Contabilidade de Custos
 Na maioria das organizações industriais e
prestadoras de serviços, a contabilidade de
custos faz a apuração de custo da produção
para se atingir diversos objetivos como:
atendimento de exigências contábeis,
atendimento de exigências fiscais, apuração do
custo dos produtos e dos departamentos,
controle dos custos de produção, melhoria de
processos e eliminação de desperdícios,
auxílio na tomada de decisões gerenciais e
otimização de resultados
Para se alcançar os objetivos, Perez Júnior
(2001) indica sistemas de custeio, mais
adequados, listados a seguir
 a) Apuração do custo dos produtos e dos departamentos: o
sistema de custos fornece informações que possibilita a
identificação dos responsáveis pelo consumo dos gastos dentro
das organizações.
 b) Atendimento de exigências contábeis: a lei nº 6.404/76
determina que a escrituração contábil seja elaborada segundo
os princípios contábeis. A metodologia indicada por este autor
para atender os princípios contábeis é o denominado custeio
por absorção.
 c) Atendimento de exigências fiscais: O único método aceito
pela legislação de imposto de renda é o custeio por absorção.
Para se alcançar os objetivos, Perez Júnior
(2001) indica sistemas de custeio, mais
adequados, listados a seguir
 d) Controle dos custos de produção: para efeito do
controle é indicado o custeio-padrão.
 e) Custos para melhoria de processos: o método de
custeio baseado em atividades, este método identifica
as atividades que não adicionam valor ao custo dos
produtos e como se proceder para a sua eliminação.
 f) Auxílio na tomada de decisões gerenciais: neste
caso o autor sugere que seja utilizado o método de
custo direto ou variável, por ser capaz de gerar
informações de forma mais rápida.
 g) Custos para otimização de resultados: o conceito
de Teoria das Restrições que oferece informações
sobre a superação de metas e resultados.

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