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Definições:
DIAGNÓSTICO
Pontos importantes:
EM PACIENTES SONDADOS A PRESENÇA DE PIÚRIA NÃO
DIAGNOSTICA CA-ASB NEM CA-UTI.
A presença, quantidade ou ausência de piúria não devem ser usadas
como critério para diferenciar bacteriúria assintomática de infecção
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urinária associada ao cateter.
A PIÚRIA NÃO DEVE SER USADA COMO CRITÉRIO PARA
INDICAR TRATAMENTO DE BACTERIÚRIA ASSONTOMÁTICA
A ausência de piúria em um paciente assintomático sugere que a urina
não é o foco da infecção
No paciente sondado o aspecto macroscópico da urina, turvação ou
odor fétido não são indicação para coleta de urocultura, nem para
introdução de antibiótico nem para diferenciar CA-ASB de CA-UTI.
PREVENÇÃO
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Sistemas tipo uripen devem ser considerados em homens conscientes,
sem resíduo urinário e que tenham indicação de uso de CV aguda ou
cronicamente. Existem poucas evidências se esta prática reduz a
incidência de CA-ASB ou CA-UTI.
Não há dados suficientes para concluir se os sistemas de uripen são
superiors à CV na prevenção de bacteriúria e infecção em pacientes
com comprometimento da cognição.
O uso de cistostomia pode ser considerado uma alternativa ao CV
para prevenção de CA-ASB e CA-UTI tanto aguda como
cronicamente, mas não há evidências que confirmem ou indiquem este
procedimento.
Inserção:
DIAGNÓSTICO
Urocultura
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Não há indicação de coleta de cultura de urina como forma de rastreio
de bacteriúria, com intuito de Introdução de antibiótico. Só é indicado
rastreio e tratamento de bacteriúria em grávidas e em pacientes que
serão submetidos a cirugias urológicas com sangramento de mucosa.
A cultura de urina deve ser colhida antes de Introdução do antibiótico e
troca de cateter vesical.
É indicada coleta de cultura de urina antes de Introdução de
antibióticos para todos os casos presumidos de infecção urinária
relacionada cateter.
Se o paciente tem suspeita ou infecção urinária confirmada e o cateter
tem mais de 14 dias, este deve ser trocado, com intuito de acelerar a
recuperação da infecção e evitar bacteriúrias e infecções recorrentes.
A cultura de urina deve ser coletada após a troca do cateter vesical em
pacientes em que este possa ser retirado.
TRATAMENTO
Tempo de tratamento:
Introdução
Edema agudo pulmonar (EAP) é uma condição comum em serviços de
emergência e unidades de terapia intensiva, associado a considerável
morbimortalidade. A ventilação não-invasiva (VNI) é uma ferramenta
importante no tratamento da insuficiência respiratória aguda, com seu
potencial de redução de intubação orotraqueal (IOT). A VNI pode ser
administrada como uma pressão positiva contínua (CPAP) ou em dois níveis
(Bipap). Diversos estudos e meta-análises prévias (2-4) mostraram que o uso
de VNI em EAP associa-se a menor mortalidade e menor necessidade de
IOT. No entanto, um estudo recente (3CPO) 5 questionou esses resultados ao
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não mostrar benefício do uso da VNI no EAP em termos de mortalidade
precoce e necessidade de IOT.
Os autores deste estudo realizaram uma revisão da literatura com o
objetivo de encontrar estudos clínicos randomizados que comparassem o uso
de VNI e estratégias conservadoras no EAP e que avaliassem mortalidade,
necessidade de IOT e incidência de síndromes coronarianas agudas (SCA).
Foram selecionados estudos que compararam CPAP vs. Controle, Bipap vs.
Controle e CPAP vs. Bipap. Os grupos controles foram aqueles que usaram o
suporte clínico padrão (oxigênio, diurético, vasodilatador).
Resultados
Foram incluídos 31 estudos, com um total de 2887 pacientes. Dez
estudos compararm CPAP e controle, 5 Bipap e controle, 11 Bipap vs. CPAP
e 3 compararam CPAP, Bipap e controle. Os principais resultados,
apresentados como risco relativo (RR) e intervalo de confiança de 95%,
foram:
Comentários
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Os resultados desta meta-análise permitem concluir que o CPAP reduz
a mortalidade e a necessidade de IOT em EAP e o Bipap reduz a
necessidade de IOT quando comparados ao suporte clínico padrão. Não há
diferença entre as duas estratégias de VNI quanto aos desfechos analisados.
Os efeitos benéficos parecem ser mais pronunciados em EAP de etiologia
isquêmica.
Os resultados da meta-análise parecem diferir daqueles do estudo
3CPO porque este estudo apresentou paciente menos graves ou o suporte
clínico foi melhor que nos estudos anteriores, uma vez que as taxas de
mortalidade e IOT foram menores que as reportadas anteriormente 5. A
hipótese de melhor tratamento clínico é improvável, uma vez que o uso de
oxigênio, diurético e vasodilatador parece manter-se ao longo dos anos e
recomendado por diretrizes. Além disso, o estudo 3CPO teve uma menor
proporção de pacientes com SCA, uma taxa superior a 80% de uso de VNI
em pacientes inicialmente randomizados para a oxigenoterapia (o protocolo
do estudo resumia-se às duas primeiras horas de tratamento, depois o
tratamento era a critério do médico assistente) 5.
Assim, o uso de VNI (CPAP ou Bipap) é recomendado em pacientes
que se apresentam com EAP e não tem uma rápida melhora com o uso de
oxigênio suplementar, diurético e vasodiltador endovenoso.
Referências Bibliográficas
1. Weng C-L, Zhao Y-T, Liu Q-H, et al. Meta-analysis: Noninvasive
ventilation in acute cardiogenic pulmonary edema. Ann Intern Med.
2010;152:590-600.
2. Peter JV, Moran JL, Phillips-Hughes J, Graham P, Bersten AD. Effect
of non-invasive positive pressure ventilation (NIPPV) on mortality in
patients with acute cardiogenic pulmonary oedema: a meta-analysis.
Lancet. 2006;367:1155-63.
3. Masip J, Roque M, Sanchez B, Fernandez R, Subirana M, Expo´sito
JA. Noninvasive ventilation in acute cardiogenic pulmonary edema:
systematic review and meta-analysis. JAMA. 2005;294:3124-30.
4. Vital FM, Saconato H, Ladeira MT, Sen A, Hawkes CA, Soares B, et al.
Non-invasive positive pressure ventilation (CPAP or bilevel NPPV) for
cardiogenic pulmonary edema. Cochrane Database Syst Rev.
2008:CD005351.
5. Gray A, Goodacre S, Newby DE, Masson M, Sampson F, Nicholl J;
3CPO Trialists. Noninvasive ventilation in acute cardiogenic pulmonary
edema. N Engl J Med. 2008;359:142-51.