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REGNCIA 1
MARIANA GALON
So Carlos
2016
1. INTRODUO
Mas ser que podemos afirmar que foi o regente que mudou completamente
determinada sonoridade? Os msicos, o ambiente e a prpria orquestra no esto em
constante mudana? No existem outros fatores que possam determinar a mudana sonora?
Nesse mesmo artigo, os autores mencionam que s vezes bastava a presena do maestro para
que a orquestra tocasse melhor. O questionamento feito no incio do trabalho, sobre ouvir
com os olhos, parece pertinente neste momento. A presena do maestro ou regente pode sim
interferir na qualidade de ensaio. Mas isso pode ser, tambm, devido qualificao de
msicos como tambm trabalhadores, ou seja, dependentes de um salrio e do sistema
capitalista para sobreviverem. Precisam mostrar constante evoluo e dedicao ao maestro,
que , na maioria das vezes, quem decide quem sai ou quem fica.
O maestro ou regente, com seus gestos amplamente ensaiados e/ou sentidos, quase
um ator. Localizado sobre um palco central impossvel que ele no seja visto. Como se no
bastasse, no caso dos concertos gravados, sua figura muitas vezes mais focada do que a
prpria orquestra, tanto na divulgao do concerto quanto na venda do material. Torna-se
uma questo de mercado. H quem contraponha essa ideia dizendo que o regente a fonte, a
emanao criativa, e que a msica estaria ento em constante processo de construo, dos
msicos para o regente e do regente para os msicos. Tal viso pode sim ser verdadeira, mas
tal relao no pode ser interpretada de maneira to inocente.
Sempre problematizamos o fato de que os msicos que tocam em grandes orquestras
se esqueceram do real papel da msica para se adequar lgica do mercado. Mas ser que
ns, licenciandos, no estamos fazendo o mesmo? S sabemos vender, inclusive a ns
mesmos se necessrio. Parece que desaprendemos a sentir. No existem mais razes ou
nenhuma conexo profunda com a terra, com nossas origens, histrias e espritos. um
estado de caos.... mas a competio precisa continuar. O capitalismo precisa se alimentar e,
eventualmente, seremos ns seu alimento.
O artigo A preparao do regente na construo da sonoridade orquestral sugere
trs tpicos tcnicos essncias para o regente: o estudo da partitura, a tcnica de ensaio e o
ato da performance. Segundo esse artigo, a formao tcnica do regente essencial, pois ela
capaz de mudar a prpria sonoridade da orquestra.
3. CONSIDERAES FINAIS