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Análise das Demonstrações Financeiras 1
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Análise das Demonstrações Financeiras 2
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Estrutura das Demonstrações Financeiras................................................................. 05
............................................................................................ 05
......................................................................................... 07
..................................................................................... 09
.................................................... 11
.......................................................... 15
......................................................................... 19
!"......................... 20
Notas Explicativas........................................................ ............................................. 23
Problemas Contábeis Diversos.................................................................................. 23
#$ ..................................................................... 23
%
.................................................................................... 26
&
'................................................................ 27
0
Introdução a Análise das Demonstrações Financeiras............................................... 31
#
$ $ ............................................................. 31
Objetivos da Análise das Demonstrações Financeiras.............................................. 32
# $ .................................................................................................. 33
( $ ............................................................................................ 33
Metodologia da Análise............................................................................................. 36
Panorama Histórico das Técnicas de Análise de Balanço......................................... 37
½ $ ................................................................................... 38
#)$ * + '.............................. ........................... 38
Padronização das Demonstrações Financeiras ......................................................... 41
0
Análise Vertical e Análise Horizontal....................................................................... 51
............................................................................................................... 51
,- $ * + '........................................................ 52
$ + '............................................................... 54
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Análise das Demonstrações Financeiras 3
iii
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Análise das Demonstrações Financeiras 4
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Para realização de análise das demonstrações financeiras precisamos conhecer o que
representa cada conta que nelas se encontram. Há uma infinidade de contas e valores que
registram as operações realizadas pela empresa em suas mais variáveis atividades.
Não importa o tamanho e nem o ramo de atividade da empresa, pois, em qualquer uma é
revelado uma enorme profusão de contas e sem termos noção do que representam, qualquer
tipo de análise fica prejudicada pela incapacidade de uma interpretação.
Assim sendo, o conhecimento do significado de cada conta ou grupo de contas facilita a busca
de informações, uma vez que, a análise de demonstrações financeiras visa transformar os
dados existentes nestas em informações úteis para tomadas de decisão.
$, & $ .
Conceito
O Balanço é a demonstração contábil que tem como finalidade mostrar a situação patrimonial
da empresa em um dado momento, obedecendo a critérios de avaliação.
A Lei se estende a todos os tipos de pessoas jurídicas tributadas com base o Lucro Real. As
demonstrações são apresentadas da seguinte forma:
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Análise das Demonstrações Financeiras 5
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Obter dados através de verificação direta nos registros é trabalhoso e inviável, mesmo em
pequenas empresas devido ao volume de lançamentos ocorridos diariamente.
Pelas importantes informações de tendência que podem ser extraídas de seus diversos grupos
de contas, o balanço servirá como elemento de partida indispensável para o conhecimento da
situação econômica e financeira da empresa.
Esta tarefa é fácil com o uso do plano de contas, obedecendo aos critérios de realização e
exigibilidade.
!"#$%&' &(&$) % $**"+$&,*-
; Das origens dos recursos;
; Das aplicações dos recursos;
; De quanto desses recursos são devidos a terceiros;
; Do grau de endividamento da empresa, a liquidez e da proporção do Capital Próprio e;
; Outras análises, que serão estudadas mais adiante.
A padronização estabelecida pela Lei das S. As. é útil porque facilita a preparação das
demonstrações, as análises, as interpretações, as comparações e os estudos estatísticos.
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Análise das Demonstrações Financeiras 6
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Ob r iga ç õ es
Ativo Realizável a Longo Prazo Passivo Exigível a Longo Prazo
B ens e Di r ei t os
Ativo Permanente ± dividido em: Resultado de Exercícios Futuros
; Investimentos
; Imobilizado Patrimônio Líquido ± dividido em:
; Intangível
; Diferido Capital Social
Pa t r imôn i o
;
Lí qu id o
; Reservas de Capital
; Reservas de Reavaliação
; Reservas de Lucro
; Lucro (ou Prejuízo) Acumulado
No Brasil as empresas utilizam o Plano de Contas adaptado às suas atividades, não existindo,
portanto um padrão para todas a empresas.
A Lei, apenas disciplina de forma geral, a função e a ordem dos vários grupos que compõe o
Ativo, Passivo e P. Líquido, como segue:
Todas as contas de grande rotação são apresentadas no Balanço como ativo circulante. Dessa
maneira, todas a contas de liquidez imediata, ou que se convertem e dinheiro em curto prazo,
serão classificadas nesse grupo.
Consideram-se curto prazo todos os valores cujos vencimentos ocorrerão até o final do
exercício seguinte ao encerramento do balanço, ou do ciclo operacional da empresa, no caso
de esse ser superior a um ano (exercício social).
3 disponível " inclui as contas com maior grau de liquidez do ativo, constituído pelas
disponibilidades imediatas, como dinheiro em caixa e cheques recebido e não depositados.
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Análise das Demonstrações Financeiras 7
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alores a Receber a Curto Prazo ± discrimina todos os valores recebíveis a curto prazo de
propriedade da empresa, como Clientes e os valores a receber provenientes das demais
transações da empresa.
a) Do montante das duplicatas a ser recebidas de Clientes, parte podem ser descontadas em
instituições financeiras e isso aparecerá como (-) Duplicatas Descontadas. Que aparecerá
subtraindo do valor de Duplicatas a Receber (Clientes).
b) Parte das duplicatas a receber, podem deixar de ser recebidas por vários motivos
(concordatas, falências, etc.), em função disto a empresa pode provisionar parte do valor
como perdas prováveis, quando aparecerá no ³ativo realizável´ como ( - ) Provisão para
devedores Duvidosos, subtraindo do valor de Duplicatas a Receber (Clientes).
+*+*&* $"+%&'&* ± inclui-se nesse subgrupo todos os recursos aplicados em itens que
proporcionarão serviços ou benefícios durante o exercício social seguinte, ou seja, são
despesas pagas antecipadamente e ainda não incorridas. Exemplos:
; Prêmio de seguros;
; Passagens pagas e não utilizadas;
; Assinatura de jornais e revistas;
; Encargos financeiros, etc.
As contas que compõe a realizável a longo prazo, com exceção do disponível, as demais
rubricas classificadas no ativo circulante que tiverem prazo de realização após o término do
exercício seguinte ao do balanço, ou seja demorar mais de um ano para serem recebidas, terão
suas classificações no realizável a longo prazo.
", +!&$+$"+
Este representa o último grupo do ativo e de acordo com a conceituação, o que tem o menor
grau de liquide. Como o próprio nome indica, são recursos aplicados em bens ou direitos não
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Análise das Demonstrações Financeiras 8
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nvestimentos ± esse subgrupo caracteriza-se pelos vários direitos de suas contas não se
destinarem à manutenção da atividade da empresa ou a negociações. Para fins de análise, a
planilha de reclassificação pode subdividir os investimentos em duas rubricas básicas, sendo
uma relativa às participações em coligadas e controladas e a outra para agrupar outros bens e
direitos não destinados à manutenção das atividades empresariais, portanto, com
características de investimentos (especulação).
!$+%+' !+* 7 contas representativas de dividas oriundas das compras a prazo de bens ou
serviços destinados na produção de outros bens ou serviços e os fornecedores podem ser
nacionais ou estrangeiros.
&(1! *++$%&!2 ** %&*7 normalmente os salários e encargos de cada mês são pagos no
início do mês seguinte, ou seja, são apropriados como despesas ou custos do período tendo
como contra-partida a obrigação a ser quitada no mês seguinte, como: Salários, férias, 13º
terceiro salário, INSS, FGTS e outras obrigações originadas na folha de pagamento.
*" * + "&8&* 7 neste item são agrupados os tributos como: ICMS a recolher, IPI, ISS,
PIS, IRRF, etc.
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Análise das Demonstrações Financeiras 9
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!9*" *+$&$%&+$" *7 podemos classificar neste subgrupo todos os empréstimos
obtidos em moeda nacional, estrangeira ou os empréstimos subsidiados.
0"! * ,&( !+* +82:,+* & %0!" !&6 ± normalmente classifica-se neste subgrupo os
valores menos expressivos e que por isso, não justifica a abertura de conta específica.
;
O exigível a longo prazo, também pode ser aberto em vários subgrupo de acordo com a
necessidade de cada empresa. Os mais freqüentes são:
!9*" * + $&$%&+$" * 7 normalmente originados de financiamentos de bens
duráveis como FINAME, que é uma linha de financiamento com recursos do BNDES
destinados a financiar projetos de expansão de empresas.
+<=$"0!+s ± títulos de longo prazo lançados pela empresa com objetivo de captar recursos,
tais valores podem ser convertidos em ações ao final do período.
;
Embora classificados do lado do passivo, não representa exigibilidades, uma vez que não há
obrigatoriedade de devolução e por isso, também não se caracteriza como um adiantamento.
Consistem em recebimento antecipado de receitas já diminuídas de seus custos e despesas
como: alugueis, recebimento de comissões (quando não há clausula contratual de devolução)
Podem ser divididos em: 0, representado a receita bruta e
0, representando a diminuição.
9!+!+*+$"&' &"!&,9*
; Dos investimentos dos proprietários na sociedade;
; De valores recebidos como doação e subvenções para investimentos;
; Das reservas oriundas de lucros;
; Das reservas provenientes de reavaliação de Ativos.
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Análise das Demonstrações Financeiras 10
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A
B$CDD DDD DDDADDDEDD
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FG GH ;H
I(
HD;H HD;G
JGK
 Disponível
 Aplicações Financeiras
 Valores Realizáveis a Curto Prazo
 Estoques
 Despesas Antecipadas
JHK
 Valores a Receber
 Títulos e Valores Mobiliários
 Empréstimos Compulsórios
 Depósitos Judiciais
 Incentivos Fiscais
JFK
 INVESTIMENTOS
 ATIVO IMOBILIZADO
 ATIVO DIFERIDO
JGLHLFK
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Análise das Demonstrações Financeiras 11
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; Obrigatório pelo menos uma vez a cada ano;
; Atualmente, devido às necessidades de informações cada vez mais atualizadas e precisas,
o ideal é que se emita um balanço a cada mês, ou quantos for necessário para auxiliar no
processo de tomada de decisões.
Com as seguintes etapas:
; Levantamento de Balancete de Verificação do razão do último mês ou período;
; Ajuste das contas;
; Encerramento das contas de Receitas e Despesas;
; Elaboração das Demonstrações Financeiras e das Notas Explicativas.
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"&&&(&$%+"+'++!/%&)-
Demonstrativo periódico para verificação da igualdade entre os saldos credores e devedores
das contas do razão, por isso, chama-se Balancete de erificação, ou apenas Balancete.
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&(&$%+"+'++!/%&)- +FGEDNE;G
$"&* &(' *
+,+' !+* !+' !+*
Caixa 60.000 -
Despesas Diversas 9.000 -
Estoques 78.000 -
Terrenos 31.000 -
Móveis e Utensílios 50.000 -
Fornecedores - 58.000
Capital - 170.000
HHO DDD HHO DDD
O levantamento do Balancete de Verificação do razão, é o ponto de partida no encerramento
do Balanço e consiste na verificação da exatidão matemática dos saldos das contas.
Tal verificação abrange todas as contas (ativo, passivo e resultado). Caso haja divergência nos
saldos será feito o que se chama de conciliação das contas para o devido ajuste.
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"&&P0*"+'&* $"&*
A escrituração contábil das operações obedece a dispositivos legais e aos princípios e
convenções de contabilidade.
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Análise das Demonstrações Financeiras 12
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Do ponto de vista contábil, as contas dividem-se em dois grupos:
; As Contas Patrimoniais (ativo, passivo e PL);
; As Contas de Resultados (despesas e receitas).
As de resultado são encerradas a cada fechamento de exercício social, iniciando com saldo
³Zero´ no período seguinte, ou seja, seus saldos são transferidos através de lançamentos
contábeis para a conta de Apuração de Resultado (Resultado do Exercício), cujo saldo
(diferença despesas x receitas) é transferido para a conta Lucro/Prejuízo Acumulado, que é
mostrada no balanço como indicadora da variação patrimonial no decorrer da vida da
empresa.
A conta Lucros ou Prejuízos Acumulados representa o único elo de ligação entre as contas do
Balanço e as do Resultado do Exercício.
3 mposto de Renda em decorrência do lucro apurado é obtido extracontabilmente, através
do ³LALUR´ ± Livro de Apuração do Lucro Real, de escrituração obrigatória, por todas as
pessoas jurídicas.
Normalmente são encontrados nas demonstrações publicadas, títulos como exemplo abaixo:
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Análise das Demonstrações Financeiras 13
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;
3 resultado final, depois de constituída a provisão para IR e Contribuição Social, mais o
abatimento das Participações e Contribuições sobre o lucro, é transferido para Lucros ou
Prejuízos Acumulados.
¦ssa conta é tão importante, que é demonstrada num relatório chamado de Demonstração de
Lucros ou Prejuízos Acumulados, ou Mutação do Patrimônio Líquido.
Após sua apuração essa conta pode ser distribuída para outras contas por lançamentos
contábeis de forma a atender:
Concluída toda escrituração dos ajustes, encerramento das contas de resultado e distribuição
do mesmo, é levantado o Balancete de Verificação, e em seguida elaborados os relatórios
contábeis como:
; Balanço Patrimonial;
; Demonstração do Resultado do Exercício;
; Demonstração do Lucro ou Prejuízo Acumulados;
; Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
; Demonstração da Origens e Aplicação de Recursos;
; Notas Explicativas.
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Análise das Demonstrações Financeiras 14
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;
Refere-se ao valor nominal total das vendas de bens ou dos serviços prestados pela empresa,
no exercício social considerado, antes de qualquer dedução. É importante dizem também que
estas receitas são registradas quando da realização da venda, independentemente da mesma ter
sido recebida ou de quando irá ocorrer seu vencimento, procedimento este, conhecido como
regime de competência.
JEK
Da receita bruta, devem ser deduzidos diversos valores que não pertencem a empresa, tais
como impostos sobre vendas (ICMS, IPI, ISS, etc.), descontos e abatimentos sobre vendas, e
as devoluções sobre vendas ou vendas canceladas. Com isso, obtem-se o total da Receita
Líquida de Vendas e Serviços ou a Receita Operacional Líquida de Vendas e Serviços.
JQK
?
?
É a diferença entre a receita bruta e a soma das deduções sobre as vendas.
; !0"&* ± total do faturamento, antes das deduções (descontos, abatimentos, devoluções e
impostos).
; :R0'&* ± resultante da subtração dos impostos a elas relacionadas, e também das
Devoluções e Abatimentos sobre Vendas.
JEK
S
Mostra o valor do Custo das Mercadorias, Produtos ou Serviços Vendidos. Representa todos
os custos incorridos pela empresa em seu processo comercial (compra/venda), de fabricação
em se tratando de uma indústria, ou de serviços no caso de uma prestadora de serviços. Esses
valores são normalmente apurados pelo custo histórico de aquisição ou de produção. Em
relação a produtos fabricados, este custos referem-se a matéria-prima, mão-de-obra, e outros
custos indiretos de fabricação, para efeito de empresa comercial estes custos referem-se aos
de aquisição da mercadoria vendida.
Tanto os custos de produtos ou de mercadorias vendidos são obtidos através da baixa nas
contas de estoques pelos valores de produção ou aquisição e os critérios de avaliação adotados
podem ser PEPS, UEPS, Média Ponderada Móvel, etc. cuja escolha de um ou outro provoca
diferença tanto no resultado como na valorização dos estoques
JQK
É a diferença entre Receita Líquida de Vendas e o Custo das Vendas.
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Análise das Demonstrações Financeiras 16
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JEALK
0
São aquelas necessárias para o normal desenvolvimento das operações que constituem o
objetivo da empresa. É a soma dos gastos com Despesas Comerciais, Administrativas,
Tributárias e Encargos Financeiros Líquidos (diferença entre Receitas e Despesas
Financeiras). As despesas Operacionais são deduzidas do Lucro Bruto, dando o Lucro ou
Resultado Operacional.
JEALK
J
A
K
Compõe-se de itens que nem sempre se enquadram no conceito correto de operacional, ou
seja, não são provenientes das atividades fins da empresa. Neste grupo podem estar incluídos ,
entre outros, dividendos recebidos de investimentos societários avaliados pelo método de
custo corrigido, variações nos investimentos avaliados através da equivalência patrimonial,
receita de vendas de sucatas, etc. As perdas por eventualidades como enchentes, incêndios
sem que haja cobertura de seguros também são consideradas como resultado não operacional.
JQK
B
Ao Lucro Operacional são adicionadas Outras Receitas ou deduzidas outras Despesas não
Operacionais, chegando-se ao Lucro Líquido antes do Imposto de Renda (LAIR). Sobre esse
valor é provisionado o Imposto de Renda para o período, chagando-se ao Lucro Líquido
Disponível.
JEALK
J
A
K
Normalmente são classificados como não sendo operacionais, aquelas perdas ou ganhos
oriundos de alienação (vendas), ou baixas de bens do ativo permanente.
JQKA
B
Este pode ser definido como o resultado econômico obtido pela empresa através de suas
atividades operacionais e não operacionais. Somente depois de apurado o resultado
econômico é que a empresa apura e provisiona os impostos e as participações.
JEK
Depois de apurado este valor, a empresa apura o que chamamos de resultado tributável ou
lucro real para efeito de apropriação do imposto de renda e da contribuição social sobre o
lucro.
JEK
Compreendem as participações estatutárias que representam parcelas dos lucros destinadas a
empregados, diretores, debenturistas, etc.
JEKA
B?
;
O lucro ou prejuízo líquido do exercício é obtido após as deduções de participações e
contribuições do lucro remanescente depois de deduzida a provisão do imposto de renda.
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B?
B
;
A elaboração das demonstrações citadas e mais as notas explicativas representam a última
etapa do levantamento do balanço e consequentemente da seqüência dos procedimentos
contábeis.
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Análise das Demonstrações Financeiras 18
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B
Essa demonstração retrata as movimentações ocorridas na conta patrimonial de ³Lucros ou
Prejuízos Acumulados´, é legalmente obrigatória para praticamente todas as sociedades.
*"!0"0!&'&'+ $*"!&)- ' *(0%! * 0!+P0:6 *&%00(&' *% $/ !+&+
Saldo inicial da conta ³Lucros/Prejuízos Acumulados´ (final exercício anterior)
(+/-)Ajustes de exercícios anteriores
( + ) Reversões de Reservas
(+/-) Lucro/Prejuízo líquido do Exercício
( - ) Transferência para Reservas
( - ) Dividendos propostos
( - ) Parcela dos Lucros Incorporada ao Capital
( + ) Saldo final da conta ³Lucros /Prejuízos Acumulados:.
;
Reversões de Reservas ± são as parcelas do lucro líquido de exercícios anteriores que foram
destinadas à constituição de reservas, reconvertidas totais ou parcialmente, no momento em
que não existir mais razão para sua manutenção. Basicamente tais reversões processam-se
sobre as reservas de lucros, existindo, porém, exceções.
>
?
?
- Lucro líquido do exercício;
- Aumento de capital por subscrição e integralização de novas ações;
- Reavaliação de ativos;
- Ágio cobrado na subscrição de ações e prêmio da de debêntures etc.
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Análise das Demonstrações Financeiras 19
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?
- Prejuízo líquido do exercício;
- Aquisição de ações da própria sociedade (ações em tesouraria);
- Dividendos etc.
?
- Aumento de capital por incorporação de reservas;
- Apropriações do lucro líquido da conta de lucros ou prejuízos acumulados para outras
reservas;
- Compensações de prejuízos através d reservas etc.
>
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*"!0"0!&1*%&
Reserva Reservas Reservas Lucros ou
Capital De De De Prejuízos "&*
Realizado Capital Reavaliação Lucros Acumulados
&(' +FGEGHE8G
Ajustes exercícios anteriores
Aumento de Capital
Lucro Líquido do Exercício
Distribuição do lucro
Dividendos propostos
Compensação de prejuízos
&(' +FGEGHE8H
Obs.: Em situações reais, por exemplo, em vez de ser apresentada uma única coluna chamada
³reservas de capital´, é apresentada uma coluna para cada uma das reservas, valendo a
estrutura básica apenas como ilustração.
O referido quadro também mostra algumas movimentações que podem ocorrer no patrimônio,
porém, quaisquer outras movimentações que a empresa realize que integrem o patrimônio
líquido devem ser explicitadas nessa demonstração.
7
Através dessa demonstração, o analista pode saber se a empresa se a empresa gerou recursos
em suas operações, se obteve novas fontes de financiamento de longo prazo e se os acionistas
fizeram novos aportes de capital.
Em resumo, a DOAR mostra a variação do capital circulante líquido. Num sentido mais
amplo, permite a identificação clara dos fluxos financeiros que aumentaram ou reduziram o
capital circulante líquido indicando suas origens e aplicações de recursos.
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Análise das Demonstrações Financeiras 20
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Em aspecto geral, as origens e aplicações de recursos podem ser identificadas de acordo com
o esquema a seguir:
& 0%! A!+P0:6 '
8+!%:% 7 corresponde ao montante apurado na demonstração de
resultados. A esse valor deve-se acrescentar as receitas e despesas ocorridas na apuração
do resultado, mas que não afetaram o capital circulante líquido da empresa.
8+( * depreciação, amortização e exaustão; resultados de equivalência patrimonial;
aquisição de bens permanentes mediante financiamentos resgatáveis a longo prazo, etc.
< 0+$" A+'0)- ' &"&( !%0(&$"+ :R0' ± indica a variação (positiva ou
negativa) verificada no capital circulante líquido da empresa. Considerando-se que a
DOAR trata somente das origens e aplicações de recursos que ocorrem fora do âmbito do
circulante:
?0&$' % !!+
Total das origens > Total das aplicações Aumento do capital circulante líquido
Total das origens < Total das aplicações Redução do capital circulante líquido
' 4
5
'
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4
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Análise das Demonstrações Financeiras 21
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E¦strutura da demonstração das origens e aplicações de recursos (3AR)
G
&*+!&)U+*
 Lucro/Prejuízo do Exercício
 Depreciação, amortização e exaustão
 Juros de empréstimos a longo prazo
 Resultado da equivalência patrimonial
*% $*"&*
 Aumento do Capital por integração
 Contribuição para reservas de capital (ágio, doações, etc.)
++!%+! *
 Aumento do Exigível a Longo Prazo (ex.: empréstimos)
 Redução do Realizável a Longo Prazo (ex.: resgate de aplicações)
 Venda de ativo permanente
7JK
H
 Dividendos distribuídos
 Aquisição de Imobilizado
 Aquisição de Investimentos
 Adição de Diferido
 Aumento do Realizável a Longo Prazo (ex.: novas aplicações)
 Redução do Exigível a Longo Prazo (ex.: pagto. De empréstimos)
7JK
F
?
Total das Origens ± Total das Aplicações
M
?
Ativo Circulante (saldo de Ativo Circulante Líquido Variação no Ativo Circulante
Balanço no início do exercício) (saldo no fim do exercício)
( - ) Variação no Passivo Circulante
( - ) Passivo Circulante (idem, ativo) ( - ) Passivo Circulante Líquido
(saldo no fim do exercício)
( = ) Capital Circulante Líquido ( = ) Capital Circulante Líquido ( = ) Variação no Capital Circulante
(saldo no início do exercício) (saldo no fim do exercício) Líquido
;
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Análise das Demonstrações Financeiras 22
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A Lei estabelece as indicações mínimas que devem constar das Notas Explicativas, que são as
seguintes:
' Os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e
outras responsabilidades eventuais ou contingentes;
Para melhor entendimento desse assunto, sugere-se leitura complementar nas páginas de
150 a 156 do livro óContabilidade ntrodutória´ F¦A/USP.
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Análise das Demonstrações Financeiras 23
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Na composição dos ³valores a receber a curto prazo´ são discriminados todos os valores
recebíveis a curto prazo, de propriedade da empresa.
+
V
Os diversos valores a receber são avaliados por seu valor de realização, ou seja, pelo montante
que a empresa espera auferir quando do recebimento.
Quando se torna comprovada a real impossibilidade da quitação de suas dívidas, são esses
devedores considerados pela contabilidade devedores insolváveis.
Dessa forma, baseando-nos na premissa de que o Balanço deve retratar a situação patrimonial
com o máximo de fidelidade possível, os títulos (duplicatas e outros documentos) a receber
deveriam aparecer no Balanço com saldo correspondente ao montante líquido que
provavelmente serão recebidos.
Sabemos que a conta Resultado dever ser debitada todas as despesas e perdas relativas ao
período. A perda decorrente de débitos insolváveis deve, portanto, pesar negativamente no
resultado desse exercício. Em função disso, devemos concluir que tanto o Balanço como a
Demonstração de Resultados serão incorretos, a menos que neles sejam previstas as possíveis
e prováveis perdas relacionadas a terceiros.
Os prejuízos futuros não podem ser previstos com precisão, por isso, a legislação do IR dispõe
que o valor considerado dedutível como provisão para perda, será aquele que for suficiente
para absorver as perdas que provavelmente ocorrerão no recebimento dos créditos de direito
existentes no final de cada exercício.
O parâmetro normalmente aceito para esta provisão é o percentual (médio dos últimos três
anos) de duplicatas não liquidadas em relação ao saldo de Duplicatas a Receber.
A lei permite também que se constitua provisão para devedores duvidosos da seguinte
maneira:
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Análise das Demonstrações Financeiras 24
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< Aplicação de um percentual sobre os valores a receber no fim do ano, maneira esta
utilizada pela grande maioria das empresas.
8+(
J!+"! *+%" @*"3!% K
;
0(%&"&*&+%+<+! +!'&
&(' +FGEGH +/+",&+$"+ W
<*+!,&'&
Ano 1 $380.000 $15.200 4,00
Ano 2 $460.000 $18.000 3,91
Ano 3 $500.000 $15.000 3,00
IG FMD DDD IMO HDD FSXD
<*+!,&)-
- O saldo da conta Devedores Duvidosos, da mesma forma que outra conta de despesa deve
ser transferida para resultado do exercício.
- O saldo da conta Provisão para devedores duvidosos aparecerá no ativo reduzindo a conta
de duplicatas a receber com sinal negativo ( - ).
8+( $ &(&$)
Duplicatas a Receber..............................$480.000
(- ) Provisão p/Dev. Duvidosos..............$ 17.280 $ 462.720
; Ficar com a mesma até que seja quitada pelo devedor (cliente);
; Endossar e enviar ao banco, para que este proceda a cobrança;
; Endossar, enviar ao banco, transferindo ao mesmo sua propriedade, recebendo em troca o
valor do título, deduzidas as despesas incidentes sobre a operação, a isso, dá-se o nome de
³Desconto de Duplicatas´.
As duas primeiras atitudes não envolvem qualquer operação contábil. A terceira implica a
transferência de posse das duplicatas ao Banco. Porém, o simples endosso, não exime a
empresa da responsabilidade de pagar o título, na hipótese do devedor não liquidá-lo junto ao
banco.
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Análise das Demonstrações Financeiras 25
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Por esse motivo, e por questão de controle da própria empresa, a contabilização do desconto
de duplicatas é feita da seguinte forma:
,+!* *
&0(%&"&*+*% $"&'&*
Pelo desconto das duplicatas nºs. .... no banco ... como segue:
&$% *"& ,+$"
Valor creditado ............................................................$ 18.000
B0! *++*% $" *&+$%+!J% $"&' &", K
Valor do juros a ser cobrado no recebimento da duplic....$ 1.400
+*+*&*&$%1!&*
Comissão e IOF cobrados pelo banco $ 600 $ 20.000
Vejam agora, que o valor que a empresa tem realmente a receber apresentada no Balanço é:
?Y
O regime de competência, neste caso significa que a sociedade investidora deve registrar sua
parte no lucro da investida assim que esta o obtiver, e não quando o distribuir em dinheiro aos
sócios.
8+(
A Cia Exemplo S/A tem participação de 60% no capital da Cia ª cujo Patrimônio Líquido é de
$ 10.000. No fechamento do exercício aponto-se que a mesma obteve lucro de $ 2.000.
A Cia Exemplo S/A conhecedora desse resultado reconhece seu ganho ref. Participação (60%)
imediatamente, como segue:
9<" Investimentos em Controladas ± Cia. A
!9'" Receita de Equivalência Patrimonial .......... $ 1.200
O tipo de imobilizado varia com a atividade operacional de cada empresa. Numa empresa de
transporte rodoviário, a tendência é de que a frota de veículos seja um componente expressivo
de seu ativo imobilizado. Já em determinado tipo de indústria, as aplicações de recursos em
sua planta industrial tenderão a ser o principal absorvedor de recursos no ativo permanente.
É importante observar que um bem pode ser classificado como imobilizado ou como estoque,
dependendo apenas de seu propósito. Numa revendedora de veículos, por exemplo, os carros
destinados a venda representam estoques (mercadorias), enquanto os veículos que fazem parte
da frota de uso da revendedora constituem imobilizado.
Os itens componentes do ativo imobilizado são avaliados pelo custo de aquisição, mais os
gastos necessários à colocação dos mesmos em condição de funcionamento. Tais valores eram
antes da Lei 4249/95 corrigido monetariamente para fins de atualização devido ao efeito da
inflação, porém, essa Lei extinguiu tal correção.
Imóveis e Terrenos;
Máquinas e Equipamentos;
Veículos, acessórios e semoventes;
Móveis e Utensílios;
Instalações;
Imobilizações em Andamento;
Etc.l
S
;
Há vários critérios e taxas para depreciação, tendo em vista cada critério suas próprias
vantagens. Pelo princípio contábil de consistência, a empresa deverá manter durante a vida
útil do bem o mesmo critério de depreciação que adotou desde o início, porém, na
eventualidade de mudança deverá explicar a ocorrência em nota explicativa.
9" ' '& ($@& !+"& é o método mais utilizado, com base em uma expectativa de
vida útil do bem, é estabelecido um percentual anual fixo para depreciação. Supondo,
por exemplo, que determinado bem como veículo tenha uma vida útil de cinco anos,
sua taxa de depreciação será de 20% ao ano.
9" ' '&"&8&% $*"&$"+é aplicada um taxa constante de depreciação sobre o valor
residual, isto é sobre o custo mais a depreciação acumulada. Observe que, enquanto o
método da linha reta mantém uma taxa constante sobre o valor base, este aplica o
percentual sobre o valor residual, fazendo que a depreciação seja maior nos primeiros
anos de vida do bem.
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Análise das Demonstrações Financeiras 27
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9" ' '&* &' *:2" *por esse método também é suposto que a depreciação é
maior nos primeiros anos de vida do bem, sendo a taxa aplicada uma fração cujo
denominador é a soma dos algarismos (dígitos) seqüenciais correspondentes aos anos
de vida útil do bem.
Supondo um veículo, com cinco anos de vida útil estimada, teríamos a soma dos números
seqüenciais de 1 a 5 (1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15), resultando no denominador igual a 15. O
numerador é composto pelos períodos de vida restantes no início da cada período, isto é, para
um veículo com vida prevista de cinco anos, no início do primeiro ano seu restante de vida
útil seria de cinco anos, no início do segundo ano, seu período de vida restante seria de quatro
anos, isto é, o segundo ano que está iniciando, mais três anos.
8+(
ANO 1 2 3 4 5
TAXA 5/15 4/15 3/15 2/15 1/15
Observa-se que a soma das frações relativas a cinco anos é igual a um, isto é, corresponde a
100%, que é a totalidade do valor do bem a ser depreciado.
& +!+%&)- ± quando corresponder à perda do valor direitos que têm por objeto bens
físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou
obsolescência.
%
8&0*"- ± quando corresponder à perda do valor decorrente de sua exploração, de
direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa
exploração.
Há diversas outras taxas para diversos tipos de ativos, os quais constam do Regulamento do
Imposto de Renda, Cabe ressaltar que as taxas estabelecidas pela Receita Federal são taxas
máximas.
Se a empresa utilizar taxas acima das convencionais, caberá a ela provar ao fisco, através de
laudos do Instituto Nacional de Tecnologia, que usou taxas cientificamente adequadas em
face da expectativa de vida útil do bem.
A legislação admite que as taxas sejam ajustadas em função do número de turnos em que a
empresa opere. Caso a empresa opere em mais de um turno (8 horas de trabalho), poderá
aplicar as taxas como segue:
Quanto à & !"6&)- , de modo geral, são aplicadas sobre os intangíveis como marcas e
patentes, ou sobre benefícios em propriedade de terceiros.
A exaustão, por outro lado, é utilizada no caso de florestas e de jazidas de minérios, por
exemplo.
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Análise das Demonstrações Financeiras 29
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Análise das Demonstrações Financeiras 30
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Antes de qualquer coisa, visando ativar o interesse dos alunos sobre a disciplina ³Análise das
Demonstrações Financeiras´, tratada na NSTTUÇÃ3 como Contabilidade Geral II,
devemos falar um pouco da importância de conhecer internamente cada uma das
demonstrações financeiras geradas no departamento contábil, as quais farão parte de
importantes ferramentas utilizadas pelos gestores econômicos e financeiros, que utilizarão
seus dados, transformando-os em informações úteis que os auxiliarão nas tomadas de decisão.
Isto justifica a grande importância da matéria no programa dos principais cursos voltados à
gestão empresarial como Administração, Economia, Ciências Contábeis, etc.
Obrigatórios são aqueles definidos pela legislação societária, sendo mais conhecidos como
³demonstrações contábeis´ ou ³demonstrações financeiras´.
A atual Lei das Sociedades por Ações determina que ao final de cada exercício social (12
meses) toda empresa deve apurar, com base nos fatos registrados pela contabilidade, as
seguintes demonstrações contábeis:
; Balanço Patrimonial;
; Demonstração do Resultado do Exercício ± DRE;
; Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados ou Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido;
; Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos.
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Análise das Demonstrações Financeiras 31
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B
JE2* N&MDK
A análise de balanços visa relatar, com base nas informações contábeis fornecidas pela
empresa, a posição econômico-financeira atual, as causas que determinaram a evolução
apresentada e as tendências futuras.
Em outras palavras, pela análise de balanços extraem-se informações sobre a posição passada,
presente e futura (projetada) de uma empresa.
A análise de balanços é considerada por alguns autores como ³uma arte´, pois, apesar das
técnicas desenvolvidas, não há um critério ou metodologia formal de análise válidos nas
diferentes situações e aceitos unanimemente pelos analistas. Dessa forma, torna-se impossível
estabelecer uma seqüência metodológica ou instrumental científico capazes de fornecer
diagnósticos sempre precisos da empresa (ASSAF NETO). Isso faz com que os indicadores
de análise sejam vistos de maneira particular por quem faz a análise, sobressaindo-se, além do
conhecimento técnico, a experiência e a própria intuição do analista.
Dois analistas podem chegar a conclusões diferentes sobre a mesma empresa, mesmo tendo
trabalhado com os mesmos dados e utilizados as mesmas técnicas de análise. Isso significa
que cada analista concentra-se nas demonstrações financeiras da sociedade, das quais extrai
suas conclusões a respeito de sua situação econômico-financeira, e toma (ou influencia)
decisões com relação a conceder ou não crédito, investir ou não em seu capital acionário,
alterar determinadas políticas financeiras, avaliar se a empresa está sendo bem administrada,
identificar sua capacidade de solvência (se irá falir ou não), avaliar sua lucratividade ou se
tem condições de saldar suas dívidas com recursos gerados internamente etc.
Esses dados representam a matéria-prima do setor p/o Administrador Financeiro que, de posse
deles os transformam em informações úteis para tomadas de decisões.
As informações representam, para quem as recebe, uma comunicação que pode produzir
reações ou decisão, freqüentemente acompanhada de um efeito surpresa.
Em um exemplo podemos dizer que numa partida de futebol da sel. Brasileira x sel. Boliviana
teve uma renda de IHOX MDDSDD+FX DDD pagantes, isso seria um dado, já com a divisão da
arrecadação pelo n.º de pagantes obteríamos o !+) * 9' por ingresso o que já se
transformou em informação.
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Análise das Demonstrações Financeiras 32
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**+ pode ser um importante e justificado motivo para se transformar parte desses dados em
informações capazes de levar os dirigentes da empresa a uma decisão.
$"&' !
/0$)- <1*%& do contador é compilar os dados decorrentes das operações da empresa
mediante os registros contábeis. E suas matérias-primas, são os fatos de significado
econômico-financeiro expressos em moeda e os seus produtos finais são as demonstrações
financeiras.
&$&(*"&
&$&(*"& '+ <&(&$) * por sua vez preocupa-se com as demonstrações financeiras, que
necessitam ser transformadas em informações, que permitam concluir se a empresa merece ou
não crédito, se é lucrativa, se possui dívidas acima de sua capacidade, se vem evoluindo ou
regredindo ou até mesmo se sobreviverá ou irá a falência.
$20&2+
!+*0("&' '& &$1(*+ '+ <&(&$) * é demonstrado através de relatórios escritos em
linguagem descomplicada, com uso de gráficos representativos como auxiliares, objetivando
simplificar as conclusões mais complexas. Devem ser elaborados como se fossem destinados
a leigos mesmo que não o sejam.
+,+E*+"+! %0'&' de não elaborar relatórios cheio de dados ao invés de informação, que
é o produto esperado pela alta direção da empresa, estes sempre irão querer decidir com base
nas informações obtidas, fornecidas pelos analistas sem a necessidade de interpretar índices
ou gráficos mirabolantes.
R0+ !+&(+$"+ vai interessar à alta administração serão os comentários objetivos sobre a
situação da empresa.
T
7 R0+$%(0!
Ao invés de apresentar um relatório cheio de dados numéricos, devemos apresentar
informações como, por exemplo
- Situação financeira;
- Situação econômica;
- Desempenho;
- Eficiência na utilização dos recursos;
- Pontos fracos e fortes;
- Tendências e perspectivas;
- Quadro evolutivo;
- Adequação das fontes às aplicações de recursos;
- Causas das alterações na situação financeira;
- Causas das alterações na rentabilidade;
- Evidência de erros da administração;
- Providências que deveriam ser tomadas e não foram;
- Avaliação de alternativas econômico-financeiras futuras.
- Diretores/Acionistas;
- Clientes;
- Fornecedores;
- Instituições financeiras (instituições de crédito, bancos, corretoras de valores, etc.)
- Governo.
A análise das demonstrações financeira é ponto fundamental para viabilizar tomadas de
decisão dentro das empresas. A análise consiste num trabalho fascinante para as áreas de
finanças e contabilidade e é através dela que se conseguem avaliar os efeitos de certos eventos
ocorridos sobre a situação econômica e financeira das empresas.
$/ !&)- , produto da transformação dos dados obtidos através das demonstrações
financeiras fornecidas pelo departamento de contabilidade e são utilizadas por todos os grupos
de interesse relacionado para os mais diferentes fins.
A política financeira de uma empresa tem reflexo nas demonstrações financeiras e é através
da sua análise que se pode conhecer os seus objetivos.
A análise de balanços permite uma visão da estratégia e dos planos da empresa analisada;
permite estimar o seu futuro, suas limitações e suas potencialidades.
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Análise das Demonstrações Financeiras 34
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J
K
Raramente o comprador analisa a situação do fornecedor.
Nestes casos, preocupando-se com o aspecto de continuidade, deve proceder análise mais
aprofundada.
Esses bancos que trabalham com créditos de curto-prazo, preocupam-se com o grau de
endividamento do cliente e sua rentabilidade e capitalização.
Estes se preocupam muito mais com análise de tendência e fazer previsões, que é muito mais
importante para o banco de investimento. Ou seja, eles estão mais preocupados é com a
situação futura da empresa.
Concede empréstimos às construtoras e sua análise está entre um banco comercial e um de
investimento.
Créditos diretos a consumidores. Essas sociedades necessitam conhecer a capacidade
financeira de seus clientes (tomadores).
V
Esses, como agentes investidores, preocupam-se com o aspecto da valorização das ações.
Esta análise é de vital importância, para conhecimento profundo da situação de seus
concorrentes, e pode ser um fator de sucesso ou de fracasso da empresa no mercado.
A
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Análise das Demonstrações Financeiras 35
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Estes se interessam pelo desenvolvimento geral da empresa, mais precisamente no que diz
respeito ao desempenho, aos resultados obtidos, ao grau de endividamento, a lucratividade,
aos prazos de pagamentos, aos prazos de recebimentos etc.
A análise de balanços, para os administradores da empresa é instrumento importante
(complementar) para a tomada de decisão.
Muitas empresas e até mesmo bancos, quebram simplesmente por não acompanhar a situação
de seus clientes/fornecedores periodicamente, faz análise inicial e depois esquece.
ó½$ , 6
7/
Na maioria das ciências, o processo de tomada de decisão obedece alguma seqüência como
segue:
"&&*
1. Escolha de indicadores
2. Comparação com padrões
3. Diagnóstico ou conclusões
4. Decisão
<* Todos os tipos de profissionais têm um padrão estatístico ou não para comparar níveis
satisfatórios para dar sustentação a suas decisões. A análise se compõe através das três
primeiras etapas que devem estar perfeitamente coordenadas.
O médico, por exemplo, tem um padrão de reações estatisticamente elaborado para suportar
seus diagnósticos.
&2$3*"% de uma empresa quase sempre começa com uma rigorosa Análise de
Balanços, cuja finalidade é determinar quais são os pontos críticos e permitir, de imediato,
apresentar um esboço das prioridades para a solução de seus problemas.
&$1(*+'+<&(&$) *S !&% %:$ 9&(%&' '&+*&/ !&
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Análise das Demonstrações Financeiras 36
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As vezes, por falta de padrões ou por não se saber construí-los, deixam-se de fazer
comparações e a análise fica comprometida por falta de elementos de referência.
T
$ ,
/1 &
(
89/
&$1(*+ surgiu e desenvolveu dentro dos bancos que foi e ainda é seu principal usuário.
+0 $:% se deu no séc. passado quando os banqueiros americanos passaram a solicitar
balanços às empresas tomadoras de empréstimos.
GZG[ o Banco Central dos Estados Unidos determinou que, só poderiam ser
redescontados títulos negociados por empresas que tivessem apresentado seu balanço ao
banco.
GZGO foi criado um livreto que inclui formulários padronizados para balanços e
demonstrações de lucros e perdas, uma vez que, as demonstrações da época não tinham muita
uniformidade nos dados apresentados.
> 6%
:;>:/
&!"! '+ GZFG, a Dun & Bradstreet passou a elaborar e divulgar índices-padrão para
diversos ramos de atividades, nos Estados Unidos.
GZH[S Stephen Gilman, realizando algumas críticas à análise de coeficientes, propôs que
fosse substituída pela construção de índices encadeados que indicassem as variações havidas
nos principais itens em relação a ano-base.
GZFD surgiu um modelo de análise de rentabilidade dentro da empresa Du Point (ROI).
!&*(S&"9GZXO a análise de balanços era muito pouco utilizada, e foi neste ano que foi
criada a
, empresa que passou a operar como central de análise de balanços de
bancos comerciais.
$1(*+&"!&,9*'+:$'%+*
$ ,
?
!,
/
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Análise das Demonstrações Financeiras 37
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8*"+ @ P+S muitos índices surgidos de 1915 até então. Porém, com o passar do tempo,
seguindo a tendência natural da sociedade, as técnicas vêm se aprimorando, sofrendo
refinamentos como objetos de estudos nas universidades.
As duas devem ser utilizadas conjuntamente e servem para complementar as análises por
quocientes.
Elas são mais detalhadas, envolve todos os itens das demonstrações e revelam falhas
responsáveis por anomalias encontradas.
Também chamada por análise por coeficientes, é aquela através da qual se compara cada um
dos elementos do conjunto em relação ao total do conjunto. Evidencia a porcentagem de
participação de cada elemento no conjunto.
8+(
Em uma DRE onde as Despesas Administrativas são R$ 257.000 e a Receita Operacional é
R$ 1.480.000:
Também denominada por alguns analistas como análise por índices, tem por finalidade
evidenciar a evolução dos itens das demonstrações financeiras ao longo do ano.
Por meio deste tipo de análise, é possível acompanhar o desempenho de todas as contas que
compõe a demonstração analisada.
"!&,9*' %1(%0( ' *:$'%+* de rotação ou prazos médios, é possível construir um modelo
de análise dos investimentos e financiamentos do Capital de Giro, de grande utilidade
gerencial, bem como para avaliação da capacidade de administração do Capital de Giro por
parte da empresa.
J
K
Esse tipo de análise, desenvolvido há cerca de 50 anos, é ainda instrumento de grande
utilidade na análise interna ou externa da empresa.
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Análise das Demonstrações Financeiras 38
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.
4
O significado da ³alavancagem financeira´ (Financial Leverage, em inglês) está
correlacionado ao Capital de terceiros.
;
;
A partir das demonstrações financeiras levantadas em 31.12.78, a Demonstração das Origens
e Aplicações de Recursos (DOAR), começou a ser divulgada, no Brasil, por determinação da
Lei n.º 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas).
O pensamento é de que analisando o passado, pode-se ter idéias do futuro, supondo-se que o
comportamento da empresa não se altere. Esse é um raciocínio dominante em grande parte do
mundo.
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Análise das Demonstrações Financeiras 39
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Análise das Demonstrações Financeiras 40
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7J& [7&"&!&66 K
³
!
$ &
7/
Antes de iniciar a análise, deve-se examinar detalhadamente as demonstrações financeiras.
Este trabalho consiste em uma crítica às contas das demonstrações financeiras e na transcrição
delas para um modelo previamente definido. A isto, dá-se o nome de óPadronização´.
O primeiro passo para análise é verificar se estamos de posse de todas a DF¶s (inclusive notas
explicativas). Também seria desejável Df¶s de três períodos. Com as publicações em colunas
comparativas teremos, de posse de uma única publicação, dois períodos (exercício atual e
anterior).
Em seguida devemos averiguar a autenticidade das DF¶s. O Parecer da Auditoria nas DF¶s dá
uma satisfatória margem de confiabilidade para o analista. Não havendo Parecer de Auditoria,
recomenda-se ao analista uma maior dose de conservadorismo, uma vez que, nem sempre as
DF¶s refletem a realidade (principalmente as pequenas empresas)
O segundo passo é preparar as DF¶s de forma conveniente para a análise. Esta etapa
denomina-se Reclassificação de itens nas Demonstrações Financeiras.
Muitas vezes o contador visa, através do seu agrupamento de contas nas DF¶s melhorar a
situação econômico-financeira da empresa usando de uma certa subjetividade.
8+(
Se a empresa se dispõe a vender um imóvel que está classificado do Ativo Permanente, a
atitude do contador visando melhorar a situação financeira da empresa reclassifica este imóvel
no Ativo Circulante. Neste caso, estaria melhorando a situação de liquidez da empresa a curto
prazo.
Significa uma nova classificação, um novo reagrupamento de algumas contas nas DF¶s,
sobretudo no Balanço Patrimonial e DRE. São alguns ajustes para melhorar a eficiência da
análise.
É necessário que o analista responsável por esta tarefa conheça bem o que representa cada
uma das contas das demonstrações financeiras, que tenha domínio do mecanismo contábil
utilizado pelas empresas, sabendo como aqueles valores surgiram, o que eles representam e
como serão liquidados. Precisa ainda saber interpretar a nomenclatura utilizada pelas
empresas, convertendo-a para planilhas internas. É fundamental que o analista tenha
condições de avaliar a relevância de cada item, à medida que tal item possa apresentar
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Análise das Demonstrações Financeiras 41
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Precisão na classificação das contas ± Consiste na adequação das contas segundo suas
próprias naturezas. Ë comum encontrarmos falhas de classificação de contas tanto no balanço
como nas demais demonstrações.
escoberta de erros± existe caso de erros que podem ser intencionais ou não:
a) Estoques finais ou iniciais da DRE, diferentes do balanço.
Obs.: =
'
,
&
'&
,
$
,,$ /
ntimidade do analista com as demonstrações financeiras da
± a padronização
obriga o analista a pensar em cada conta das demonstrações e a decidir sobre sua consistência
com outras contas, suas classificações enquanto as transcreve para o modelo padronizado.
'+( &'! $6&' '+<&(&$) *'+
SR0+*+!,+& *! 3*" *' %0!*
Vale informar que as características do modelo padronizado são:
$ Ativo apresenta somente contas essenciais.
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;
I
FG GH ;G FG GH ;H FG GH ;F
R Disponível 34.665 26.309 25.000
R Aplicações Financeira 128.969 80.915 62.000
GXF XFM GDN HHM ON DDD
R Clientes 1.045.640 1.122.512 1.529.061
R Estoques 751.206 1.039.435 1.317.514
G NZX OMX H GXG ZMN H OMX [N[
"&(' ", !%0(&$"+ G ZXD MOD H HXZ GNG H ZFF [N[
R Investimentos 72.250 156.475 228.075
R Imobilizado 693.448 1.517.508 2.401.648
R Diferido 0 40.896 90.037
"&(' ", +!&$+$"+ NX[ XZO G NGM ONZ H NGZ NXD
H NHX GNO F ZOM D[D [ X[F FF[
R Fornecedores 708.536 639.065 688.791
R Outras Obrigações 275.623 289.698 433.743
ZOM G[Z ZHO NXF G GHH [FM
R Empréstimos Bancários 66.165 83.429 158.044
R Duplicatas Descontadas 290.633 393.885 676.699
F[X NZO MNN FGM OFM NMF
"&(' &**, !%0(&$"+ G FMD Z[N G MDX DNN G Z[N HNN
;
R Empréstimos 314.360 792.716 1.494.240
R Financiamentos 0 378.072 533.991
"&('
82 !&6 FGM FXD G GND NOO H DHO HFG
G X[[ FGN H [NX OX[ F ZO[ [DO
?
R Capital e Reservas 657.083 1.194.157 1.350.830
R Lucros Acumulados 413.778 213.028 316.997
"&(' :R0' G DND OXG G MDN GO[ G XXN OHN
H NHX GNO F ZOM D[D [ X[F FF[
_________________________________________________________________________________________________________
Análise das Demonstrações Financeiras 46
_________________________________________________________________________________________________________
8+!%:%
FG GH ;G FG GH ;H FG GH ;F
+%+"&:R0'& M NZF GHF M MH[ OXX [ O[G [OX
R Custo dos Produtos Vendidos (3.621.530) (3.273.530) (4.418.671)
0%! !0" G GNG [ZF G G[H FFX G XFH ZG[
R Despesas Operacionais (495.993) (427.225) (498.025)
R Outras Receitas Operacionais 8.394 17.581 27.777
0%! +! $"+*' *" '++$'& XOF ZZM NMH XZH G GXH XXN
R Receitas Financeiras 10.860 7.562 5.935
R Despesas Financeiras (284.308) (442.816) (863.298)
0%! +!&% $&( MGD [MX FDN MFO FD[ FDM
R Resultado não Operacional 1.058 0 0
0%! &$"+*' *" '++$'& MGG XDM FDN MFO FD[ FDM
0%! :R0' HHF NMG GXN GGX GX[ Z[X
>
?
+*+!,&+2&(L
&"&( %&(+
(0%! * "&(
!+*+!,&*
%00(&' *
&(' +FG GH ;D [NN XD[ HMM HHH OHG OHN
R Lucro líquido do Exercício de 20X1 0 223.741 223.741
R Aumento de Capital 79.478 (30.000) 49.478
R Dividendos 0 (24.185) (24.185)
&(' +FG GH ;G X[N DOF MGF NNO G DND OXG
R Lucro Líq. Do Exercício de 20X2 0 167.116 167.116
R Aumento de Capital 537.074 (281.634) 255.440
R Dividendos 0 (86.232) (86.232)
&(' +FG GH ;H G GZM G[N HGF DHO G MDN GO[
R Lucro Líq. Do Exercício de 20X3 165.956 165.956
R Aumento de Capital 156.673 0 156.673
R Dividendos 0 (61.987) (61.987)
&(' +FG GH ;F G F[D OFD FGX ZZN G XXN OHN
_________________________________________________________________________________________________________
Análise das Demonstrações Financeiras 47
_________________________________________________________________________________________________________
8+!%:%
FG GH ;G FG GH ;H FG GH ;F
R Lucro Líquido 223741 167.116 165.956
R Depreciação 20.300 101.511 167.477
R Resultado da Equivalência Patrimonial (5.508) (10.541) (20.277)
R Aumento de Capital 49.478 255.440 156.673
R Novos Empréstimos e Financiamentos 124.756 906.528 857.443
"&('&*!2+$* MGH XXN G MHD D[M G FHN HNH
R Dividendos 24.185 86.232 61.987
R Reduções Emp. Longo Prazo 0 50.100 0
R Aquisição Investimentos 6.104 73.684 51.323
R Aquisição Imobilizado 0 40.896 49.141
"&('&*(%&)U+* XM NXZ G GNX MOF G HGM DXO
? FMN OZO HMF [NG GGF HDM
?
HD;D HD;G HD;H HD;F
Ativo Circulante 1.500.889 1.960.480 2.269.171 2.933.575
Passivo Circulante 1.229.264 1.340.957 1.406.077 1.957.277
&"&(!%0(&$"+:R0' HNG XH[ XGZ [HF OXF DZM ZNX HZO
0+$" 0 & :R0 FMN OZO HMF [NG GGF HDM
_________________________________________________________________________________________________________
Análise das Demonstrações Financeiras 48
_________________________________________________________________________________________________________
!%0(&$"+ !%0(&$"+
Operacional 1.378.133 Operacional 839.522
Financeiro 122.756 Fornecedor 570.520
G [DD OOZ Outras Obrigações 269.002
Financeiro 389.742
G HHZ HXM
_________________________________________________________________________________________________________
Análise das Demonstrações Financeiras 50
_________________________________________________________________________________________________________
J& DZ7K
Os métodos de análises vertical e horizontal prestam valiosa contribuição na interpretação da
estrutura e da tendência dos números de uma empresa. Podem ainda auxiliar na análise dos
índices financeiros e em outros métodos de análise.
J% +/%+$"+*K
$%+"
É um processo comparativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se relacionar uma
conta ou grupo de contas com um valor afim ou relacionável, identificado no mesmo
demonstrativo, ou seja, o primeiro propósito da análise vertical (AV) é mostrar a participação
relativa de cada item de uma demonstração financeira em relação a determinado referencial.
De maneira mais simples podemos ver que a AV mostra a importância que cada conta em
relação o valor total do conjunto. No balanço calcula-se o percentual de cada conta em relação
ao ativo total e ao passivo total, dentro de suas respectivas naturezas.
O cálculo do percentual que cada elemento ocupa em relação ao conjunto é feito por meio de
regra de três, em que o valor-base é igualado a 100, sendo os demais calculados em relação a
ele.
No caso do Balanço, podemos saber qual o percentual do ativo circulante em relação a ativo
total, ou ainda a relação percentual entre o disponível e ativo total, como o exemplo a seguir.
8+( W' '* $:,+(+!+(&)- & &", " "&(
" "&(H NHX GNOQGDD
* $:,+(FM XX[Q8
x = 34.665 8GDD = 1,27%
2.726.178
A porcentagem encontrada corresponde ao percentual de participação do disponível em
relação ao volume do Ativo Total.
É evidente que nos casos referentes ao DRE, calcula-se o percentual de cada conta em relação
às vendas, onde o valor das vendas é igualado a 100.
8+( x = 10.860 8 100 = 0,23%
4.793.123
ó
E -7/
B
_________________________________________________________________________________________________________
Análise das Demonstrações Financeiras 51
_________________________________________________________________________________________________________
O principal objetivo da * é mostrar a importância de cada conta na demonstração financeira
a que pertence.
Embora a * possa ser feita em qualquer demonstração financeira, alcança sua plenitude
quando efetuada na Demonstração do Resultado do Exercício.
A redução do Lucro Líquido de um período para outro pode ser resultado do aumento
indesejado de alguns itens de despesa, o que é facilmente verificado através da análise
vertical.
J:$'%+*K
$%+"
É a comparação que se faz entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em
diferentes exercícios sociais. É basicamente um processo de análise temporal, desenvolvido
por meio de números-índices.
$ + '&
,
ó$
?
6 7&
!
/
Este tipo de análise possibilita o acompanhamento do desempenho de cada uma das contas
que compõem a demonstração em questão, ressaltando as tendências evidenciadas em cada
uma delas, sejam de evolução ou retração.
Através da AH, o analista poderá verificar a evolução normal desta conta e compará-la com a
evolução das demais contas da Demonstração e concluir sobre o comportamento da mesma
durante o período.
Enquanto a Análise Vertical é feita pela comparação de cada elemento do conjunto em
relação ao total, em um mesmo período, a Análise Horizontal compara a evolução dos valores
de cada conta das demonstrações em análise ao longo de vários períodos.
O analista não pode desprezar em sua análise a influência da inflação, que pode concorrer
para um crescimento ou redução dos valores em análise.
1?
6
& ' $ &
,
?
/
Na construção dos percentuais para cada elaboração de análise horizontal se usa a técnica dos
números índices em que no primeiro ano todos os valores são considerados iguais a 100.
8+(
Suponhamos que a Demonstração do Resultado do Exercício de uma determinada empresa
apresente os seguintes valores da :
Exercício de x1 = 4.280.000
Exercício de x2 = 8.200.000
Exercício de x3 = 9.680.000
Escolhendo o exercício de x1 como base, faremos:
Para fins de Análise Horizontal, podemos elaborar uma tabela com base nos dados apurados.
Veja:
+ $*"!&)- '+!+*0("&' ' +8+!%:% '&+!+*&+8+( A
;G ;H ;F
+%+"&+!&% $&(:R0'& GDDW GZGS[Z HHXSGN
B?
 Na construção dos percentuais para elaboração da Análise Horizontal se usa a técnica dos
números-índices, onde no 1º. Ano todos os valores são considerados iguais a 100.
A análise pode ser feita inicialmente comparando-se os índices obtidos em cada ano sempre
em relação ao ano-base. Pode ser feita especificamente em cada item e depois em conjunto,
possibilitando verificar a influência de cada item um sobre o outro.
ó
2 2
% 7/
;
A análise horizontal pode ser efetuada através do cálculo das variações em relação a um ano-
base - quando será denominada Análise Horizontal encadeada- ou em relação ao ano anterior
± quando será denominada Análise Horizontal Anual.
"&
A anual não deve ser feita em substituição a encadeada, uma vez que pode causar alguma
confusão. Veja exemplos:
0 $@&R0+0&% $"&
*" R0+*'+'+"+!$&'&+!+*&"+$@&&*+20$"++, (0)-
20X1 20X2 20X3 20X4
¦stoques 2.890.143 1.156.058 1.926.764 2.890.143
&$1(*+@ !6 $"&(+$%&'+&'&&!+*+$"& **+20$"+*%1(%0( *
20X1 20X2 20X3 20X4
¦stoques 100% 40% 67% 100%
fA$4:/:<D/9<B:9953A/B;9/:C>@C9F
f>$4:/;AD/8DC:9953A/B;9/:C>@D8F
fC$4A/B;9/:C>:9953A/B;9/:C>@:99F
Conclui-se que a empresa teve uma redução de estoques em 20X2; tal redução passou a
representar 40% dos estoques iniciais. Em 20X3 os estoques subiram para o nível de 67% dos
iniciais e em 20X4 voltaram exatamente ao nível inicial.
A análise horizontal anual mostra os seguintes números (observe-se que neste processo em
cada ano só aparece o percentual de variação em relação ao ano anterior).
20X2 20X3 20X4
¦stoques -60% +66% +50%
fA$C9":99@6D9F
f>$G4:/;AD/8DC:9953:/:<D/9<BH":99@DDF
fC$G4A/B;9/:C>:9953:/;AD/8DCH":99@<9F
$%(0*U+*' %1(%0(
A empresa sofreu uma redução de 60% no seu estoque no 1º ano e apresentou aumento de
66% e 50% respectivamente, nos dois seguintes.
Isto sugere que a redução inicial teria sido inteiramente compensada em 20X3 e ainda havido
um aumento dos estoques em 20X4, o que não corresponde a realidade.
_________________________________________________________________________________________________________
Análise das Demonstrações Financeiras 54
_________________________________________________________________________________________________________
Ou seja, a redução de 60% de 20X2 foi calculada sobre uma base muito maior do que a base
usada para o crescimento em 20X3 e 20X4.
Não se deve tirar conclusões exclusivamente da análise horizontal, pois determinado item,
mesmo apresentando variação de 2.000%, por exemplo, pode continuar sendo irrelevante
dentro da demonstração financeira a que pertence.
Na DRE, pequenos percentuais podem ser significativos, visto que o lucro líquido costuma
representar também percentuais pequenos em relação as vendas em análise vertical, porém em
uma análise horizontal pode representar variações de grandes proporções.
A análise Vertical/Horizontal desce a um nível de detalhes que não permite essa visão ampla
da empresa, mas possibilita localizar pontos específicos de falhas, problemas e características
da empresa e explicar os motivos de a empresa estar em determinada situação.
$1(*++!"%&(
Mostrar a importância de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence e,
através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos
anteriores e permitir inferir se há itens fora das proporções normais.
$1(*+ !6 $"&(
Mostrar a evolução de cada conta das Demonstrações. Financeiras e, pela comparação entre
si, permitir conclusões sobre a evolução da empresa.
ó
&
6 ,- $
* 3+ '-
7/
; Indicar A Estrutura De Ativo E Passivo, Bem Como Suas Modificações.
; Analisar Em Detalhes O Desempenho Da Empresa.
GE *&$' /8&! +(@ ! & "+ !&S '+*+$, (,&S 0"(6&$' &* "9%$%&* &!+*+$"&'&* &
&$1(*+,+!"%&('&*'+ $*"!&)U+*&<&8
_________________________________________________________________________________________________________
Análise das Demonstrações Financeiras 55
_________________________________________________________________________________________________________
A
FG GH ;G FG GH ;H FG GH ;F
+%+"&*'++$'&* OFD DDD GDDSD G HXD DDD GDDSD H D[D DDD GDDSD
(-) Custos (524.167) XFSH (840.500) XXSN (1.594.600) NNSO
(=) Lucro Bruto 305.833 FXSO 419.500 FFSF 455.400 HHSH
(-) Desp. Operacion (139.500) GXSO (190.000) G[SG (277.500) GFS[
(-) Desp. Financeiras (88.000) GDSX (140.000) GGSG (186.000) ZSG
(=) Resultado Oper 78.333 ZSM 89.500 NSG (8.100) EDSM
(-) Prov. Imp. Renda (31.333) FSO (35.800) HSO - E
(-) Resultado Líquido 47.000 [SX 53.700 MSF (8.100) EDSM
;
- Os investimentos de curto prazo sofreram pequenas reduções no período, passando de
17,8% do total do ativo em X1, para 13,0% para X3.
- Essa situação, conforme se comentou, produziu uma redução da liquidez da empresa que
deve administrar um volume maior de dívidas vencíveis a curto prazo sem apresentar um
incremento correspondente em seus ativos circulantes. Situação semelhante também pode
ser verificada em relação ao Realizável a Longo Prazo X Exigível a Longo Prazo:
- O único grupo patrimonial que proporcionalmente cresceu ao longo dos anos foi o ativo
permanente:
_________________________________________________________________________________________________________
Análise das Demonstrações Financeiras 56
_________________________________________________________________________________________________________
A maior preocupação por investimentos produtivos pode ser derivada do crescimento dos
níveis de vendas da empresa, tendo atingido 51,8% em X2 em relação a X1 e 62,7 em X3 em
relação a X2, conforme quadro da DRE.
Da mesma forma, observa-se que em X1 60,7% dos ativos da empresa eram financiados por
capital próprio. Em X3, esse percentual caiu para 53,4%, significando que a empresa deve a
terceiros os outros 46,6% (100%-53,4) de seus ativos.
;
Através da Demonstração de Resultados, confirma-se a necessidade de um volume maior de
receitas de vendas para cobrir os custos. Em X1, 63,2% das vendas eram destinados a
reporem os custos incorridos, elevando-se para 66,7 em X2 e 77,8% em X3. Como
conseqüência, reduz-se a parte das vendas que representam o lucro bruto.
+P&
+%+"&*'++$'&* OFD DDD GDDSD G HXD DDD GDDSD H D[D DDD GDDSD
(-) Custos (524.167) XFSH (840.500) XXSN (1.594.600) NNSO
(=) Lucro Bruto 305.833 FXSO 419.500 FFSF 455.400 HHSH
.Nota-se também que apesar de haver ocorrido uma redução proporcional das despesas
operacionais e financeiras na estrutura de resultados, a empresa teve de assumir um prejuízo
de $8.100 em X3 equivalente a 0,4 de suas vendas.
Ou seja, em X1, 94,4% da receita de vendas foram para cobrir os custos e despesas, no
exercício seguinte esse percentual foi de 96,7% e em X3 a empresa utilizou toda a sua receita
e mais 0,4 do P.L (representado por prejuízo).
Visando fixar melhor a teoria, desenvolvam, utilizando as técnicas apresentadas a análise
horizontal das demonstrações abaixo:
A
FG GH8G W FG GH ;H W FG GH ;F W
Receitas de Vendas 830.000 GDDSD 1.260.000 G[GSO 2.050.000 HMNSD
(-) Custos (524.167) GDDSD (840.500) GXDSF (1.594.600) FDMSH
(=) Lucro Bruto 305.833 GDDSD 419.500 GFNSH 455.400 GMOSZ
(-) Desp. Operac. (139.500) GDDSD (190.000) GFXSH (277.500) GMXSG
(-) Desp. Financ (88.000) GDDSD (140.000) G[ZSG (186.000) GZOSZ
(=) Resultado Oper 78.333 GDDSD 89.500 GGMSF (8.100) JGDSFK
(-) Prov. Imp. Renda (31.333) GDDSD (35.800) GGMSF - E
(-) Result. Líquido 47.000 GDDSD 53.700 GGMSF (8.100) JGNSHK
;
Nota-se que está decaindo de ano a ano a diferença entre ativo circulante e passivo circulante
tanto em valores absolutos como em valores relativos o que provoca uma redução em sua
capacidade de liquidez, tanto que em X3 essa diferença assume valores negativos.
C- Nos últimos dois exercícios, os custos de venda da empresa apresentara um crescimento
maior que suas receitas, proporcionando uma redução na evolução do lucro bruto.
_________________________________________________________________________________________________________
Análise das Demonstrações Financeiras 58
_________________________________________________________________________________________________________
<*+!,&)U+* !"&$"+*
Gostaria de lembrar que os cálculos são importantes para se construir a estrutura da
demonstração analisada através de números índices, porém, o mais importante é a
interpretação dos índices feita através de um bom relatório como no exemplo acima
exposto.
Vejam que coloco junto a informações levantadas partes dos quadros apenas para que
tenham a visão que está sendo informado.
_________________________________________________________________________________________________________
Análise das Demonstrações Financeiras 59
_________________________________________________________________________________________________________
;
V
E
J $'+ +!: ' E<&*+S9 &*&$"2 K
Tomando-se como o ano base de 20X5, os números-índices das vendas, custos e despesas, e
lucro líquido em X5, X6, X7 e X8 são calculados da seguinte forma:
1(%0( *
HD;XAHD;[ HD;OAHD;[
Vendas: 100.434 x 100 Q 95,7 Vendas: 113.925 x 100 Q 108,6
104.899 104.899
0%! :R0' 23.896 x 100 = 75,2 0%! :R0' 53.658 x 100 = 168,9
31.777 31.777
20X7/20X5
31.777
V
E
J $'+ +8+!%:% E<&*+S9 +8+!%:% &$"+! !K
E JMSFWK HSXW GDSXW
E MSNW JHZSXWK GGSOW
E JHMSOWK GD[SNW ZSHW
Neste sistema de análise verifica-se a variação percentual de uma conta ou grupo de conta de
um período para outro. Logo, o período base para calcular a variação X6/X5 é o ano X5, já a
variação de X7/X6 o ano base é o X6 e a variação X8/X7 a base é o X7.
<* ,&!&)- 9 R0+0("!&&**& 0/&("&&!&GDD
1(%0(
_________________________________________________________________________________________________________
Análise das Demonstrações Financeiras 60
_________________________________________________________________________________________________________
HD;XAHD;[
Vendas: 100.434 x 100 EGDDQ (4,3%)
104.899
HD;NAHD;X
Vendas: 103.044x 100 EGDDQ 2,6%
100.434
HD;OAHD;N
Vendas: 113.925 x 100 EGDDQ 10,6%
103.044
Através destas análises podemos ver que as vendas diminuíram 4,3% em X6 em relação a X5.
Em X7, apesar de terem crescido em relação ao ano imediatamente anterior, regrediram em
relação ao ano X5. A redução das vendas de X7 foi de 1,8% (98,2 ± 100) em relação a X5.
Entretanto, no exercício de X8 observou-se um crescimento de 8,6% nas vendas em relação a
X5, ou seja, estão 1,086 vezes maiores que as obtidas em X5
Ilustrando melhor a análise horizontal, comentemos agora, a mesma com base anual.
As vendas registraram decréscimos de 4,3% em X6 em relação a X5, acréscimo de 2,6% em
X7 em relação a X6 e acréscimo de 10,6% em X8 em relação a X7. Podemos verificar que
embora tenha tido um acréscimo significativo em X8 em relação a X7, o acréscimo de X7/X6
foi bastante modesto apresentando apenas 2,6%.
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Análise das Demonstrações Financeiras 61
_________________________________________________________________________________________________________
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Análise das Demonstrações Financeiras 62
_________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________
Análise das Demonstrações Financeiras 63
_________________________________________________________________________________________________________
7J& DXK
ó
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E 7/
+*"0' ' *:$'%+*/$&$%+! *S!+%*& *!+* $'+!&(20&*R0+*"U+*S%
 O que é um índice financeiro?
 Como calcular um índice financeiro?
 Como interpretar um índice financeiro?
 Quantos índices financeiros precisamos calcular?
 Qual a importância que deve receber cada um dos índices financeiros?
R0+9:$'%+]
Os índices financeiros são relações entre contas ou grupos de contas das demonstrações
financeiras, que tem por objetivo fornecer-nos informações que não são fáceis de serem
visualizadas de forma direta nas demonstrações financeiras. Por exemplo, se alguém nos diz
que o passivo circulante de uma empresa é de $100.000, essa informação isolada não é
relevante, uma vez que, esse valor pode ser grande ou pequeno, dependendo do porte da
empresa e do referencial com que esteja sendo comparado.
Também podemos definir os índices como sendo a relação entre contas ou grupo de contas
das demonstrações financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situação
econômica ou financeira de uma empresa.
O papel dos índices de Balanço é fornecer visão ampla da situação econômica ou financeira
da empresa.
Os índices servem para medir os diversos aspectos econômicos e financeiros das empresas.
%&(%0(&!+$"+!!+"&!0:$'%+/$&$%+! ]
Como medida relativa de grandeza, o índice nos permite que numa mesma empresa possamos
compara-lo ano a ano para observar sua tendência, ou seu comportamento. Adicionalmente, é
possível compararmos, em determinado momento ou período, o índice de uma empresa como
o mesmo índice relativo a outras empresas de mesma atividade, para sabermos como está a
empresa em relação a suas principais concorrentes ou mesmo em relação aos padrões de seu
seguimento de atuação.
Devemos lembra que é necessário que os índices financeiros sejam calculados após a
padronização (reclassificação) das demonstrações financeiras procedidas pelo analista.
?0&$" *:$'%+*/$&$%+! *!+%*&%&(%0(&!]
Uma grande quantidade de índices pode chegar a confundir o analista, especialmente o
iniciante. Por outro lado, uma quantidade muito pequena de índices pode não ser suficiente
para tirarmos conclusões acerca da saúde financeira de uma empresa. O ideal, é que o
_________________________________________________________________________________________________________
Análise das Demonstrações Financeiras 64
_________________________________________________________________________________________________________
analista utilize uma quantidade que o permita conhecer a situação da empresa, segundo o grau
de profundidade desejada da análise.
A profundidade de análise varia de acordo com o interesse de cada usuário, ou seja, cada um
está interessado em determinado aspecto da empresa analisada.
8+( *
 Índices como, Participação de Capitais de Terceiros, Liquidez Corrente e Rentabilidade do
Patrimônio Líquido, são usados por praticamente todos os analistas.
 Outros, porém, como Composição do endividamento, Liquidez Seca, Rentabilidade do
Ativo, Margem Líquida de Lucro, nem sempre fazem parte dos modelos de análise.
/+!+$)&* **:,+*'+&$1(*+
8+(
- Há autores que apresentam a rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido Inicial, outros
sobre o Patrimônio Líquido médio e outros sobre o Patrimônio Líquido final.
_________________________________________________________________________________________________________
Análise das Demonstrações Financeiras 65
_________________________________________________________________________________________________________
Deve-se frisar que, a quantidade de índices pode ser reduzida se o usuário desejar uma
análise superficial.
Não é necessário que a análise contenha mais índices do que os existentes no quadro a seguir.
_________________________________________________________________________________________________________
Análise das Demonstrações Financeiras 66
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1655317 2576 65
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1 70 61 1407185
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Citi 2i
1655317 100 3 155 2576 65 100 3 183
1 70 61 1407185
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$'%&Que +!%+$"0&( de recursos não correntes a empresa aplicou no Ativo Permanente.
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Os índices de liquidez visam fornecer uma medida, ou melhor, um indicador da capacidade da
empresa de pagar suas dívidas, a partir da comparação entre os direitos realizáveis e as
exigibilidades.
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Quanto à empresa obtêm de lucro para cada $100,00 vendidos.
- O quociente revela a margem de lucro obtida pela empresa em função do seu faturamento,
isto é, quanto a empresa obteve de lucro líquido p/cada $100,00 vendidos.
Quanto maior este quociente, melhor.
- Este quociente revela o potencial de geração de lucros por parte da empresa, isto é, quanto
à empresa obteve de lucro líquido para cada $100,00 de investimentos totais.
Quanto maior, melhor.
_________________________________________________________________________________________________________
Análise das Demonstrações Financeiras 72
_________________________________________________________________________________________________________
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: Quanto maior, melhor.
- O tempo necessário para se obter O retorno do valor do Capital Próprio investido pode ser
calculado da mesma maneira que se calcula o tempo de retorno do Capital Total.
_________________________________________________________________________________________________________
Análise das Demonstrações Financeiras 73
_________________________________________________________________________________________________________
retração dos índices no decorrer dos anos. Essa comparação permite ao analista formar
opinião a respeito de diversas políticas seguidas pela empresa.
&!&)- % &'!U+*
Nesta etapa do processo, o analista deve comparar os índices encontrados com os índeces-
padrão. Uma das preocupações do analista nesta fase é como encontrar os índices-padrão.
Para fins didáticos. Pode-se trabalhar com índices hipotéticos. Pois, na escola interessa mais,
neste momento, desenvolver o raciocínio comparativo entre os índices encontrados com a
mediana alcançada por empresa que exercem o mesmo ramo de atividades da empresa em
análise e viva o mesmo cenário econômico-financeiro.
&!+&('&'+S *:$'%+* '+!- *+! <"' *'+'0&*&$+!&*
- Através de publicações efetuadas por empresas especializadas no cálculo de índices-
padrão;
- Mediante cálculo efetuado pelo próprio analista, obedecendo a regras específicas para este
trabalho (capítulo 07 - Matarazzo).
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a) Descoberta de indicadores:
No nosso caso, os indicadores são representados pelos índices financeiros de:
- Estrutura de capitais;
- Liquidez;
- Rentabilidade.
c) Tabulação de padrões:
- Consiste na construção de tabelas baseadas em elementos do mesmo conjunto analisado,
(índices de empresas de mesmo ramo);
- Escolha dos melhores indicadores e atribuição dos respectivos pesos;
T
- Não podemos esquecer que o relatório deve ser elaborado de forma que um leigo possa
entender, ou seja, em linguagem simples e descomplicada;
- Um bom relatório de análise de balanços deve conter avaliações sobre os principais
aspectos econômicos e financeiros da empresa, objetivando fornecer ao leitor elementos
para a tomada de decisões;
- Recomenda-se o uso de gráficos, para simplificar as conclusões mais complexas.
8+(
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Análise das Demonstrações Financeiras 74
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Devemos imaginar que todas as etapas necessárias à análise que gerou tal relatório foram
cumpridas.
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Análise das Demonstrações Financeiras 75
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T
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&K
$','&+$"
- A empresa apresenta alto grau de endividamento, uma vez que os índices de Estrutura de
Capitais se encontram acima dos índices alcançados por empresas que exercem o mesmo ramo de
atividade.
- No período analisado, a empresa não apresentou Capital Circulante Próprio, trabalhando com
Capitais de Terceiros em proporções maiores que os Capitais Próprios, insuficientes para financiar
o Ativo Permanente, revelando que a empresa encontra-se em mãos de terceiros. Houve
considerável melhora no grau de endividamento no exercício de X2 em relação ao de X1,
revelando tendências de breve recuperação.
<KR0'+6
- Sob o ponto de vista de solvência, a empresa encontra-se também em situação desfavorável, pois
não apresenta solidez financeira que garanta o cumprimento dos compromissos de curto prazo e de
longo prazo. A exceção é o exercício de X2, no qual o quociente de liquidez corrente encontra-se
ligeiramente acima do quociente-padrão de seus concorrentes.
"0&)-
% $^%&
+$"&<('&'+
- A situação econômica no exercício de X2 foi melhor que no exercício de X1. Em X2, os
quocientes de rentabilidade encontram-se acima dos padrões de seus concorrentes. A boa
rentabilidade alcançada no exercício de X2 decorre do esforço efetuado pela empresa no sentido
de reverter o alto grau de endividamento apresentado no exercício de X1.
"0&)-
% $^%&+$&$%+!&
- Embora apresente, no decorrer de X1, alto grau de endividamento e baixo grau de solvência, a
empresa analisada revela tendências de melhora em função da boa política de negociação de
dívidas. Essa política permitiu reduzir compromissos de curto prazo em troca de empréstimos de
longo prazo. Além disso, houve uma boa iniciativa de contenção de despesas e incentivo ao
aumento do volume de vendas, que foi possível através da tomada de medidas adequadas.
- O alto grau de rentabilidade alcançado no exercício X2, que coloca a empresa acima do patamar
de seus concorrentes, não foi suficiente para reverter, naquele ano, o quadro desfavorável
verificado no exercício de X1. Não há, entretanto, evidências para falências.
- Empresa consegue girar seu ativo em apenas 2,77 anos, possibilitando o retorno do Capital
investido pelos proprietários em apenas 1,05 ano. mantendo a atual política de negociação de
dívidas, de contenção de despesas e aumento da rentabilidade, conseguirá, em pouco tempo,
apresentar graus de endividamento e liquidez satisfatórios, estruturando-se adequadamente sob o
ponto de vista econômico e financeiro.
**
Fulano de tal ± Analista
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Análise das Demonstrações Financeiras 76
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?
Do relacionamento entre os diversos grupos de contas das demonstrações financeiras pode ser
extraído um grande número de quocientes, apresentando cada um sua importância de acordo
com o aspecto da análise e com o objetivo que cada um tem em mente.
Esses quocientes, também conhecidos por quocientes de Atividades, são obtidos pelo
confronto dos elementos da DRE com elementos do Balanço e evidenciam o tempo necessário
para que os elementos do Ativo se renovem.
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T
Este quociente evidencia quantas vezes ocorreu a renovação dos estoques, em função das
vendas.
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Análise das Demonstrações Financeiras 77
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<*+!,&)U+*
- Fórmula dos estoques médios: Estoque Inicial + Estoque Final dividido por 2 ;
- Vendas a Prazo médias = Totais das vendas brutas do ano divididas por 12.
As fórmulas são compostas da mesma forma que o quociente anterior, sendo que as contas a
pagar são representadas por fornecedores ou duplicatas a pagar.
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Análise das Demonstrações Financeiras 78
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Análise das Demonstrações Financeiras 79
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Nominal: Dividendos
Capital Nominal
GE+$"&<('&'+'&*)U+*
Evidência os rendimentos obtidos pelos sócios, através dos dividendos recebidos, em relação
a capital nominal (investido).
Real: Dividendos
Patrimônio Líquido
Evidência a rentabilidade obtida pelo PL da entidade, ou quanto a empresa pagou de
dividendos para cada Real de PL existente.
HE+$'+$" "0&(6&'
3!0(& Dividendos
Valor de Mercado da Ação
FE+$'+$" "&(
Mostra qual a rentabilidade total oferecida pela entidade para cada Ação.
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A
B
C;; ;;; ;;;ADDDGED;
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Senhores acionistas:
A empresa e Produtos
E Empresa Exemplo S.A., tradicional empresa no segmento de artigos esportivos e detentora das marcar A, B e
C, produz, em suas fábricas de São Paulo e Rio de Janeiro, calçados, bolas, roupas em geral e acessórios para a
prática de esportes.
CONJUNTURA ECONÔM ICA
Apesar do cenário político e econômico adverso, que nos obrigou ao convívio com uma inflação média de 15%
ao mês, ascendendo aos 20% no final do exercício, a iniciativa privada deu mostras mais uma vez de seu vigor e
capacidade de crescimento em meio à turbulência. Dessa forma, a preocupação em crescer dentro de uma nova
postura de gestão, que não se deve influenciar pelo cenário político-econômico, mostrou sua eficácia e o país
obteve um crescimento, em seu PIB, superior ao de paises cuja inflação é próxima de zero.
MARKETING
O expressivo crescimento das vendas, que em relação ao ano anterior foi da ordem de 140% reais, demonstra de
maneira inequívoca o acerto das estratégias adotadas e da união de todos os setores da empresa na prática de uma
política de mercado séria e responsável, que vem permitindo o fortalecimento da confiança dos clientes aos
produtos e marcas da empresa.
PRODUÇÃO/INVESTIMENTOS
O investimento no montante de aproximadamente US$ 2,2 milhões foi realizado no exercício aplicados na
substituição de equipamentos e expansão de linhas de produção. Visando descentralizar parte da produção e com
o objetivo estratégico de criar unidades de negócios, parcelas da produção foram deslocadas para novas unidades
no Rio de Janeiro.
RECURSOS HUMANOS
A Empresa Exemplo S.A. fechou o exercício de 20X3 com 2.509 funcionários. Em relação a 31 de dezembro de
20X2, foram gerados cerca de 750 novos empregos em suas unidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Além dos
benefícios de assistência médica já existentes, a sociedade encabeçou iniciativa com outras empresas regionais,
no sentido de ampliar tais benefícios através do atendimento conveniado e extensivos aos familiares. Os
investimentos de treinamento dos funcionários vem sendo focado de maneira racional e sistemática, coerente
com a filosofia de qualidade assumida pela empresa.
ADMINISTRAÇÃO
Concluímos com sucesso em 20X3 o processo de downsizing, ou seja, a migração da totalização de nossos
softwares aplicativos e base de dados de nosso mainframe para micros e redes, obtendo maior agilidade e
compatibilização com a nova tecnologia da informação.
DIREITOS DOS ACIONISTAS E DADOS DE MERCADO
O estatuto da Sociedade define um dividendo anual de 25%. Nesse sentido, foi definida a distribuição do
dividendo mínimo equivalente a $ 1,31 por ação. O valor patrimonial por ação em 31 de dezembro de 20X3 era
de $40,87 e o valor de mercado nessa mesma data era de $30,00 por ação. A valorização média de mercado no
exercício foi de 297%.
DESAFIOS E PERSPECTIVAS
As soluções que se apresentam para a crise político-econômica do país são de tal forma complexas que não
permitem previsões futuras com o mínimo de segurança possível. Mesmo diante de tal quadro de incertezas, a
empresa assume como desafios contínuos, acreditando no potencial mercadológico brasileiro, investir na
modernização constante de seu parque fabril e nos métodos administrativos, buscar de forma contínua a melhor
capacitação competitiva possível e trabalhar sempre em função do mercado.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a nossos clientes, acionistas e fornecedores, e especialmente a nossos funcionários, pelo empenho
e dedicação ao longo desse exercício.
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Análise das Demonstrações Financeiras 81
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FG
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XZO GDF NOG XHM
- Financiamentos 57.325 167.875
- Impostos a recolher 640.778 623.749
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Análise das Demonstrações Financeiras 82
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$,+*"+$" * &%00(&' *
FGEGHE;G M GDG XO[ GG ZFM GO[ DZG M HZO NGD
Lucro líquido do exercício 208.706 208.706
Apropriações:
 Reserva legal 5.955 (5.955)
 Dividendos propostos ($ 0,21 por
ação) (28.286)
 Retenção de lucros para
investimentos futuros 359.556 (359.556)
FGEGHE;H M GDG XO[ GG ZFM [ Z[[ F[Z [[X D M MNZ GFD
Lucro líquido do exercício 1.088.140 1.088.410
Apropriações:
 Reserva legal 36.363 (36.363)
 Dividendos propostos ($ 1,31 por
ação) (172.728) (172.728)
Retenção de lucros para investimentos
futuros 879.319 (879.319)
FG GH ;F M GDG XO[ GG ZFM MH FGO G HFO ON[ D [ FZM OGH
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
;
A
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HD;F HD;H
&* +!&)U+** %&*
- Lucro líquido do exercício 1.088.410 208.706
+*+*&*J!+%+"&*KR0+$- &/+"& %&"&(%!%0(&$"+(:R0'
- Depreciações 0 0
- Valor residual do ativo permanente baixado 343.945 377.580
+"+!%+! *
- Ingresso de recursos no exigível a longo prazo 42.310 99.342
- Perda (ganho) nos itens monetários não remunerados a longo prazo 49.759 240.103
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Análise das Demonstrações Financeiras 83
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;
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FG
HD;F
HD;H
Em milhares de R$ e em moeda de poder aquisitivo constante
Os cálculos de ajuste de valor presente foram efetuados consoante os critérios definidos pela Instrução CVM nº. 191, de 15
de julho de 1992.
Os demais ativos são apresentados ao valor de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações
monetárias auferidas ou, no caso de despesas do exercício seguinte, ao custo.
(d) Permanente
Demonstrado ao custo corrigido monetariamente com base em índices oficiais. As depreciações de bens do imobilizado são
calculadas pelo método linear, as taxas anuais mencionadas na Nota 5, que levam em consideração a vida útil -econômica dos
itens.
(f) Rubricas das demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de
recursos.
São atualizadas monetariamente desde a data ou o mês de sua contabilização e até 31 de dezembro de 20X3, ajustados tan to
pelos ganhos e perdas nos itens monetários como pelo ajuste a valor presente de créditos e obrigações prefixados.
4. ESTOQUES
HD;F HD;H
Produtos acabados 915.842 269.401
Produtos e elaboração 537.062 230.964
Matérias-primas 835.019 388.998
Mats. Auxiliares e de manutenção 147.356 124.899
Importações em andamento 142.043 42.645
H [NN FHH G D[X ZDN
5. IMOBILIZADO
HD;F HD;H W
+!+%&)- &8&*
0*" %00(&'& :R0' :R0' $0&*
% !!2' !!2'& '+
+!+%&)-
Terrenos 518.825 0 518.825 518.825 0
Edificações 2.485.178 477.328 2.007.850 2.025.989 4
Máquinas, equipamentos e instalações. 4.126.703 2.408.570 1.718.133 873.993 10 a 20
Veículos 189.776 92.368 97.408 78.416 20
Móveis e utensílios 154.854 110.661 44.193 43.509 10
Outros 95.519 16.073 79.446 183.952 10
Imobilizações em andamento 43.011 0 43.011 461.412 0
N XGF OXX F GD[ DDD M [DO OXX M GOX DZX
6. FINANCIAMENTOS E IMPOSTOS A RECOLHER
HD;F HD;H
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Análise das Demonstrações Financeiras 84
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7. CAPITAL SOCIAL
O capital social, em 31 dezembro de 20X3 e de 20X2, está dividido em 44.503.004 ações ordinárias e 87.496.996 ações preferenciais, de
igual valor unitário. As ações preferenciais, sem direito a voto, têm prioridade no reembolso do capital e participação nos l ucros em
igualdade de condições com as ações ordinárias. Os dividendos propostos correspondem a 25% do lucro líq uido do exercício, calculado nos
termos da Lei nº. 6.404/76, conforme previsto no estatuto social, e podem ser assim demonstrados:
Lucro líquido do exercício, pela legislação societária, após a gratificação aos administradores.
727.274
Apropriação do lucro líquido
- Reserva legal - (5%) (36.363)
- Base de cálculo 690.911
- Dividendos propostos - (25%) 172.728
9. Conciliação entre o lucro líquido do exercício e o patrimônio líquido, apurado de acordo com a legislação societária e a d emonstração em
moeda de pode aquisitivo constante.
0%! (:R0' &"!^$ (:R0'
HD;F HD;H HD;F HD;H
Legislação societária 727.274 446.564 4.758.980 4.204.434
Atualização monetária dos estoques 361.136 (237.858) 635.832 274.696
Demonstração em moeda de poder aquisitivo constante.
1.088.410 208.706 5.394.812 4.479.130
10. SEGUROS
Em 31 de dezembro de 20X3, a cobertura de seguros por incêndio para os bens do imobilizado e dos estoques será abrangida por uma apólice
na modalidade de riscos diversos (Multi -riscos ± primeiro risco absoluto) no montante de $ 6.035.048 (20X2 - $ 3.287.525), sendo essa
cobertura considerada suficiente pela administração para os risco envolvidos.
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Análise das Demonstrações Financeiras 85
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Os membros do Conselho Fiscal da Empresa Exemplo S/A., o no uso de suas atribuições legais e estatutárias,
procederam ao exame das Demonstrações Financeiras do período findo em 31 de dezembro de 20X3,
acompanhadas de notas explicativas. Com base nessa análise e no Parecer dos Auditores Independentes,
concluíram que as referidas demonstrações refletem adequadamente a situação financeira e patrimonial da
empresa, estando em condições de serem submetidas à deliberação da Assembléia Geral dos Acionistas.
13 de fevereiro de 20X4
;
A
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria que requerem que os exames sejam
realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos seus
aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento
dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles
internos da empresa, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os
valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais
representativas adotadas pela administração da empresa, bem como da apresentação das demonstrações
financeiras tomadas em conjunto.
Auditores Eficientes.
Auditoria Autorizada Maria Contadora
Auditores Independentes Sócia
CRC ± SP X.XXX CRC ± SP XXX.XXX
O propósito deste modelo de Demonstrações Publicadas foi o de fornecer ao analista as características básicas de
cada um dos conjuntos de informações que as empresa elaboram, bem como o formato legal e básico que
discrimina tais informações.
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Análise das Demonstrações Financeiras 86
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ASSAF NETO, Alexandre ± Estrutura e Análise de Balanços, SP, Ed. Atlas, 2000
SANTI FILHO, A. de ± Análise de balanços para controle gerencial ± SP; Atlas; 1992.
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Análise das Demonstrações Financeiras 87