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ange tomy id aan aa tems ecstasy ger oe tr ut Ee Scr sets 7 eons yacht Sa abe Saati ie he, es Pe Pee Fe" er otmer oe 22 Tc nat pat Pectin 20s. 3 base & oes fein Lay Se gob sas Pe. fen eT uae Teds Kasco eas ERORWLNAHD ane er NSO EH: Eae Noo af ayecsin wate TAG ECIPA x eo. apni tas Mae roan adie Asn lees ei ener :7om beh ayer css ‘Sumario Pretcio-Apresetando Spnak Sa ere Gat arts 1 Pode o subate tar? 19 Feferéncas wr Prefacio - Apresentando Spivak Em seu farnaso preféco que abre a tradugao para a inglés, pubicada em 1976, da obra Grametaogia (1957), do, ‘ilbsofo Jacques Derride, Gayatri Chakravorty Spivak ciscore sobre a prefécia como uma forma peculiar de escrta. Tara proveniente do latim nrae-atio (ag80 de falar ao principio Ge}, oprticio 6, para Spivak, um eserita que eelebra una iferenca estahelecida no cere de sua identidace por estar insetido no ambiguo espago entre duas possheislitutas — esse caso, a leita do texto do prefaciadorradutor, que rearranja 0 texto de outrem, e a do liar, que [80 texto ptefaciado da tradugdo de uma outa escrita" Essa forma textual - que, para Sava, se configura commun importante veiculo de teoria erica — deve seguir alguns protocolos especticos, a0 tentarabordar ao mesma tempo sujeto concreto biografado e o texto por ele produzdo. Esse SPIVAK Tanta’ Pete, incessante movimento de intermediagio entre o suet, a ‘obraeoletortoma-se, pois, um pocesso deescita marcady pela contradio © pola ambivalnciae, por isso masiro, a ‘autora qualice tal exercicio como um arco trabalho xtc, Ardus também & a tarefa de escrever este preticio, (que ptocuraexecuter esse mesma. deintermeiacio entre 1 pensamento da autora, seu texto, a obra ara traduzida eo ltr. Em se tratando de um dos nomes mais relevantes da trtioa cultural contemporinea como o de Spivak, adic dade para regi seestende tamaém a ntengao de etratar ‘a autora e, prncioalmente, seu texto crtico e sua escrta, considerados densos, cpacose, por vezes, hernias. Nesse sentio, 0 ato de traduir Spivak ou um texto seu torna-se também uma tarefa iboviosa e um desafin instigante. De fato, a dficuldade do texto da autora ede sua esc alsiva « enciclopédica refete um pensamento complexa eavesso 2 formulagbes simplistas. Uma das preocupagdes centrais de Spivak 6 dasaiar os discursos hegeminicas @ também rnossas préprias crencas cama litres e produtores de saber e coniiecimento. Seu tenta&pincipaimente pensar a teats. citica camo uma prticaintervencionista engajadaecontes- tadore. Como observam Dona Landry @ Geral MacLean, a ificudace da eserta de Spivak denota princpalmente sua preocupagéo em produzr um ciscuso cree que procure influenciare alterar a forma como lemas e apreendemas 0 ‘mundo contempardneo LANDRY, MacEAN, The Spat Reade: Slated Was of Gay Chl Sal 8 erento ie _ Em outro proeminenta artigo pubicada posterior. monte & taugao do texto deridatian, "The Potics of Translation” (‘A potica da tadgSo"] em que se discutern lis signficativos deautoneflxaae critica para o géner, Spivak aborda mais uma ve a tarefa quase impassivel do lradutor, que tem por ficioo papel desconcertante de tentar fazo falar 0 texto de autem, em um constante processo Je adiamentos, apraximagées e, sobretudo, negociagées. , portanto, diante de tais enfretamentos tedricos que este poficio e esta tradugdo se colocam, sabendo da intizads ‘eponuse empreitada de apresentar uma teica da esttura de Spivak e radu seu mais polémica texto ertcn, Gayatii Chakravorty Spivak nasceu em Calcut linia, em 1982, onde realzou seus estudos de oraduacio ‘em inglés, na Unversiado de Calta. A segui, mudau-se pata os Estados Unidos para fazer mestrado e doutarado fm iteratura comparada ne Uriversdade Comel. Sua tese ce doutorado, desenvolida sab a atientagio do renomado cco literério Paul de Man, mais tarde um dos expoentes cla chamadsalinha teérca desconstrucionisa de Yale” versou sobre vida e obra do posta lands Yeats. Antes mesmo de cbter odoutarado, Spvakiniiou seu trabalho de docéncia na Universidade de awa, Atualiente,¢ professorade Literatura Comparada do Departamento de Inglés e do Instituto de gpa dts fixes ue far pa dss gu noo me ‘hiocra Ure ena ge fos 1800 180 lem ge Fauld: Men ertens were coro Got Hen. His Met ‘Hated lo, ue ae td acto se dtnsea do pups 252 ‘errno een cers LUteretura Sociedade Comparadas, da Universidade Colum bia, em Nova lorque. Spivak autora das sequites obras: ‘Myself Must | Remake: Tho life and Poetry af W. B. Yeats 11974, Otter Wort: Essays in Cultura Pali (1967), he Past-Colonal Cc: Interviews, Strategies Dielogues |1990), Thinking Academic Freedom in Gendered Post-Colonisliy 1993), Cutsice othe Teaching Machine (1983). Imperatives to Re-Imagine the Panetiimperative zur Neverindung des Praneten {1999}, A Critique ofPosteoonial Reason: Towards a Histov of the Vanishing Present {1998}, Dsat ofa Discipline 2003), Otter Asias (2005) e Red Thread |a ser publcado}. Spivak também ecrou um ds volumes dedicadas aos estu- os subalternos (1988) etraduas para o ings vias obras de fiogdo da escitora indiana Mehasweta Devi Embora tonhe se tornado conherida primeramente ‘como a tredutora de Derrida @ por seu trabalho de descons- ‘nucéa, hoje, Spivak transita por vérias éreas do conheci- ‘mento. Sua erica, do base marist, pds-estuturalista © matcadamente desconstruconsta,frequentemente se aia ‘a posturas teéricas que abordam o feminismo contempor’- neo, 0 p6s-coloalismo o, mals recentemente 2s teoras do multiculturalism da plbalzago. artigo “Pode osubalte falar, publcadoprimei- ramente em 1985, no periédieo Wedge, com o subtiula "Especulagties sobre osacrifcio das vdvas, ecebveunotéria repereussdo,prncipalmonte apés ter sido repubicado, em 10 ccc sat 1998, na coleténea de aig inttlada Macs and she ‘rterpraton of Cute, garda par Cary Nelson e Lary Grossberg Partindo de uma critics 2s intlectuais ociden- tas, em pateular Deleuze e Foucaut, para relic sobre a pxdtcaciscursive do intelectual pés-colaial« também de ume auocrtica a0 grup deestudossubaternas, ao qual se vineula, Spivak delnea um dos ergumentos mes incisvs dos estudas ps-oloiis contempordneos. Reconhecido or sua important intervengZonahistoriografiacontempo- "neo grupa de estos sualteros aie estucioos que. seguinda a formulagdc do tei italiana Antoni Gramsci sobre as classes subaltemes como ura categoria aliada do poder atculam uma prtnente dscussao sobre os suits suivalternos no context do sul asic. Para Spivak, que constantomente aude suaadeséo as princi do grup, mas mantém uma posture critica que ea juga necesséria 20 trabalto intelectual, 0 grupo dos astudos subaternos preciaria flat sobre uma questo promente os estudos 6s-coloniais: 0 subaltemo coma tal pode, de fato, flr? Esse questinamento, baseado em uma erties & énfase de Gramsci na eutonomia do sujito subaterno coro ua premisa essencialista, ramets 8 preacupago de Spivakern teofzar sobre um suits subatemo que néo pode aeupar uma categoria monoltia e ineiferenciads, pois esse sueto 8 inedtvelmente heterogéneo, “vee, Spe punta 1392-1283 corm dota decompo de texto SPVAK Fema Upon ending the Carpanor Poses Stats, x Const seu argument sempre por meio de um és problemetizado pela desconstugao deiariana, autora teeta ainda 0 ue la considera ume onde apropriagde ‘do emo subalern, que no pode ser usado par se eer todo quauersyjeto marginazado, Para el, 0 tema deve sr respstado,cetamndoosigificado qe Gramsci he atria se tei pleted", ou sea, quel uj vor ro pe ser owida, Otome subaltemo, Spivak arguments, descrve as carraias ais bens da soredadeconstidas los mods espera de exctuso dos mercado, da rope sertago pola legal da possildade de se tomarem ‘membros plenasno estate socal dominate” ‘Sau influent artigo procure, por autre lado, ques- tionar 8 posigéo do intelectual pés-colonial a0 explcitar ‘que nenfum ato de resistncia pode ocoer em rome do subalteno sem que esse ato este imbricado no discutso hegeménico. Dessa rma, Spivak desvea olugarincdmodoe ‘.cumplcidade do intelectual que juga poder falar peo outro €, por meio dee, constiir um discursa de resisténcia, git dessa forma, Spivak argumenta, é repraduir as estruturas de pnder e opressao, mantendo o subslterna silnciado, sem lhe ofeecer uma posigdo, um espago de onde possa falar e, princigalmente, no qual possa ser ouvido. Spivak alert, portanto, para 0 perigo de se constituit 0 outro © 0 SPNAK. Foreword: Upon Readng te Conpanion tn Pastcolois) ‘Sues pa ha) 12 yearn subaltrno apenas como objetos de conhecimento por parte de inclectuns que almejam meramenta far pelo ouro® ‘autora reconheve sua prépria cumpiividade nesse processo, mas faz dase recanhecimenta um espago produ tivo que he permite quostionaro préprilgar de onde teria, Para ciscuti esse polémico argumento, @ autora langa mao do termo “tepresentagéo, istinguindo os dos sentidos da lava, segundo seu significado em alemao —Vorretng & Darstefing: 0 primeita term se refere ao ato de assum 0 lugar do outro numa acepcéa politic da pala, eo saqunso, ‘a ume visaoestétca que prefigua o ato de performance ou ‘encenagéo. Na andlise de Spivak, hd uma rlacSo insinseca entre 0 “falar por” 9 0 “e-presentar, pis, em ambos os ‘casos, arepresentacéo € um ato defala em que. pressu- posigdo de um folate ede um auvinte, A autora argument ainda que o provesso de fala se caracterza por uma posi¢ao, discursva, uma transagao entre falante e ouvinte e, nesse sentido, conclu afimanda que esse espago cialgico de interagdo no so concretia jamais para o sueito subalterne ‘que, desinvestido de qualquer forma de agenciamento, de {ato,ndo pode fal Tal conclusdo ndo pode set tomada em seu sentido literal, ois osubalttno, ¢ caro, 6 capazde faa, na sentido estrto da expresso, Spivak, porém, ressalia a auséncia "SAK, the Fos-alint Cte: teins, States, Comes, pat cesses 13 esse cardter daligica na fala do subaltemo. Da mesma forma, 0 pacesso de eutorrepresentacio do steito subal- termo também nBo se efeta, pis 0 ato de ser auvido ndo var. Ao conclir que o subaltero néo pode falar, Spivak \vaialém de uma mera respostaobjetive a esse pergunt. Tal afimagdo tem sido interretada ertaneamente e de forma simplsta como se Spivak estivesse afimando categorca- ‘ante que o subllema — au os grupos marginalzados © ‘optimides ~ ro puresse fear ou qe tivesse que recorer ‘a0 dscurso hegomnica para fazblo. Aqui Spivak refere-se a0 fato dea fala do subslterno do coleizado ser sempre internediada pela vor de outrem, que se coloca em posigéo de revndvar algo em rome de umtal ouvola. Ese argu manta dastaca, acme de tudo, a ilusdo e a cumpiicidade do intelectual que cr poder falar por esse outrola). Segurda Spivak, tarefa do intelectual ps-colaial deve sora de crit espagos por meio dos quais o suetosubelterno possa alr para que quanto ele ou ela ofa, passa ser ouvidola. Para 128, no se pode falar pelo subelterno, mas pode-se rab Thar “conta” a subaltridade, criando espagos nos qua 0 subalteno possa se articular e, como consequénia, poss também ser ov. NNesse contest, para Spivak, se 0 discurso do suibak ‘tera €oblteredo, a mulher subalterna enconta-se emuma posigdo ainda mais perifica pelos problemas subjacertes Hewat As questdes de gnc.’ tesica exempliica sua cic por meio do rolato de uma histria que priviegia subelterna ferinino, pois, segundo ea: “Se, no contexto da produyso colonia o suet subatero no tem hstriae no pode fla, ‘osujeto subalteroferinino est ainda mas profundaments ra obseuridade."" ‘Ao relat sobea hist das mulheres indians © da eolagdo das viva, Spivak aborde olor inrincado @ ingietanteccupad ples msheres ro contento ps-clnial mais, ao rele a hist de um joer indona que no pode se autorepresenta , logo, no pode “flr” fra do context patncale ps-colonia, Spivak exempiica seu argumento de qu 0 subalterna, nosso caso em especial a mules como subaema, no pode flare quando tenta fezé-lo no encontra os meios para se fazer ouvit.E, prin cipaimente, 8 mulher intelectual que seu apeo final se rig ~ a ela cabers a trefa decir espagos econdigbes de autorepresentacéoe de questonar os lites represen tacinas, bam como sou prépro ugar do anunciagdo o sua cumplidade no vebaho intectual fm um texto posterior, que inrodur a coleténea A Companion to Postclonia! Studs, Spivak argumenta que seu artigo "Pode o subaltera fear?” questiona SEWAK. Cen Sutter peal, p. 62.83. + SAK Can te Sata Spee p22 oxosnemora 15 princpeienteo “agenciamento” como uma fara de ago validada insttucionalmente, Dai a impossibildede de se articular um discutso de resisténcia que esteja fora dos iscursos hegemPnico.°Sivak loge ainda que seu objetivo principal 20 elaborarosse artigo eta contar a historia de Bhubaneswar Bhadur, ¢ mulber indiana cuj ato derebelia 6 suprimida da hist6ria da nagao por jamais ter sido reconhecida eaceito, razdo pela qual elando pode ser ouvida « seuname é apagado da memiéria fila e histor. “Pode o subalterna fla?” continua serdo um texto de elrfncia nda apenas para 0s estudospis-coloniais, mas também para as estudosculturase para crtica Feminista 10 indagar as formas de represséo dos sujetos subater- nos, inttrogando a propia cumplcidade dos intelectuis. contempardneos nesse process, Spivak elaborou ums outa verso desse texto, que foi publicado em seu ivioA Critique of Fastoolonialfzason [A cic da azo pos-colril], em 1999. Esta tadugda, no entanto, usa como texto fante 2 primeira verso tal coma foi publcada na coleténes de Nelson e Grossberg. Noto “The Poitics of Transition” citado anterior ‘mente, Spivak alma que "no soos corpos de sentido que io transteridos nas tradugdes’,” mas sma linguageme seu 2 SURE. Foreword: Upon Reading the Compan to Poston Sues 2, 1 SAVAK The Pics of tasatn, 178, (aso minha 8 onan amon see papel pare um determinade agente. Da mesma forma que 10 uso da inguagem e as formas de agenciamento recebem tendo especial em seu texto, essas questdes também informam a processo racutéio do texto de Spivak. iia que a so somentcorpos de senda ques trarseridos, mas. ‘também a5 opo6es delinguagem que emanam dasindmeras escolhas que s2clocam a agente da radu, A dficuldade inetente ao texto de Spuak no escapa a esta treducéo. Por mais laboriaso que tenha sido, esperamos que o presente twabalho, ao tentar transmit ocomplaxo emaranhado teico {que fa parte da escita edo pensamento da autora, contibua para uma maior compreensao dvugacSo do trabalho de uma das mais relevantestedrivas da aluaidade. Sancta Ragin Gowler Aimias Referéncias LANDAY, Danna; MacLEAN, Gerald. invaducton: Reading Spivak In: _. (E01. The Spivak Reader. New York Foutedge, 196. p. 1-13, LANDAY, Donna; MacLEAN, Grad Eds. The Spi Rear: Selected Wetks of Gayatri Chakravorty Spivek. New York London: Rutledge 2006, rosacea 17 SPIVAK, GaytiChatrevrtyTenslatr’s etac. fr DERADA, ‘aoques. OF ammataagy. Tans, Gayl Chalrsvorty Sak Balimore/tondon: The Jotns Hopkin Unversity Fess, 1978, pide SPIVAK, Gaye Chakravrty. Can the Subalter Speak? ln: NELSON, Cary; GROSSBERG, Lay (Eds). Maccsm and the Inerpretaton of Ctr, Unbane: Univers of Minis Pes, 1988, 271-313, SPIVAK, Gaya Chokravoty, The Past-Cloia Cit: ne vows, Statgis, logue. New York Routedge, 7980 SPIVAK, Gaya Cakovarty A Citique of Fosteloi Reson: ‘Toward Histor ofthe Vanishing Present, Cambie, Moss cust: Harvard University Press, 199, SAVAK, Gaya Chaksavorty. The Polis of Tesla. I BARRETT, Michal; PHLPS, Anne (Es) Cestabiing Thea Contemporary Feminist Debates. Cambricge: Poly Press, 4902. p.177-200 SPIVAK, Gayatri Chakravarty. Foreword: Upon Reading the Companion a Postetonial Stubs. x: SCHWARZ, Henry, Sangeeta (ds). Campari to Fostealoial Sues. Oxo Blackwell 2000p. nox 18h st Pode o subalterno falar? 0 tuo orginal deste texto ere “Poder deseo, intresso! De fatc,qualouer poder que possam tr estas teflextes pode ter sido conquistado por meio de uma recusa poftcamenteinteresada em evar an exttemo as pressupo- sigbes fundamentais de meus desejos, até onde este ao meu alcance. Essa ‘emu comum de rs tapas, aplicada tento ao discursa mais comprometido quanto ao discuso maisinico, segue que Alhusserchamouepropriadamente de “flosoias da negac0"? Invaquei meu poscianarento dessa manera inafaca para ressatar0fato de que ques- tionaro lugs do investigadox parmnece send una erenga sem sentido em muitas das crtcas recentes 20 sujeito Soberano, Assi, embora eu procure destacaraprecariedade MAMBC Capa’ A Cru of oil oy, SN Gaoseaes spat ‘A passagem que se segue, contiruando a ctagio ‘de 0 18° Brumdri, tam discute 0 prncpio estrutural de um sugito de ciasse dsporso e deslocado: a consciéncia ~ coletiva ausente ~ de classe de um pequeno pronitéio ‘camponés encontr seu "portador” em um “Tepresentant’ ‘que patece trabalhar no interesse de um outro. A palavra “eoresentante”aquindo se refereadrstalen~ssoacentua a cistingdo que Foucault e Deleuze ignorem: dstingdo esta, podommas dizer, entre uma procuragao e um retrato. Ha, € claro, uma relaco etre eles, elago esta que tem sido ava de umainquetago policaeideckigicana tradi¢ao europea, pela menos, pela fata de 0 poeta eosofista, ator eo oradot setem vistas coma nocivos. Sb a pretexto de uma descrcao pés-manxsta da cena do poder, encanta, assim, um deba ruita ais antigo: entre a epresentago ou retrica camo topolagia @ como persuasao. Dastelen pertence & rime constelacdo; venveten ~ que sugere conotagbes mas fortes de substitu ~,& segunda, Mais uma vez, 0S termos so relacionados, ras agrupé-los, especialmente ‘comm o abjetva de clzer que olém nesses trmos se situa 0 lugar no qual as sujitos opimidos falar, conhecem eager ‘por simesmas leva a uma polities utépica e essencialista Naciiagdo que se seque, Mart utilza otermo “verte ten” onde a qua inglesa usa “representa, an ciscutir um. | “syjeito” social eva conscigncia e Vertetung (tanto uma substtigdo quanto uma representagSo}” so deslocadas e incaerentes. Os pequenas proprietrins camponeses io pedemrepreseatara simasros; deer serrapre setados. Seu repesenante dive sw mastar sul taneamente camo seu meste, coro ura autrade sobre les, cara opodergoveamentalinestito que os protege ds outras classes elhes ania china eo sold clus. infludnca pala nobugerdointeresse de dass, jé que néo MS suita de case uicacol dos pequencs propriettos camponeses encanta, nto, sua ira expresso fs consaquncia una aden substugies — Yareenrgan efor aqui ro pader executwo [Eetutvgewatt — menos pessoa) fm alemio] que sutordina a sociedad si mesma Talmadelo de dssimulacdo social —isto 6,2 ecunas nacassirias ene 2 fonte da “influénca" (neste caso, 0s pequeros proprettios camponeses|, "vepresertante” (Luis 'Napaledo} eo fonémeno hstérico-poltic fo conto execu- tivo} ~impkca ndo apenas uma critica ao sueito como um. ‘agente inviosl, mas tamibém uma critica & subjetvidade dde um agerciamentocolatv, Améquina da histéra neces- solamente deslocada se movimenta porque “a identidede rang éaabsragia dover enter um makina “agra ager dun ota er esa de eu Pode sii dete; mos bb "agra dais oT) 35 caarioaan ah das interessas® dosses proprietérs "ido conseque produit. um sentimento de comunidade, de gages nacionais cu de uma orgarizago poltca". 0 caso da ropresentacéo como Veretung (na configuragdo da “rettica como persuasao"| se comporta como uma Darstellung (ou “tetérica coma twopo"), ocupando seu lugar no espago entre a formacéo de uma classe (desvtvah ea ndo formagio de uma classe (tuansiormadora: ‘Na meri em quo mihacs de falas vier sob cancigfes exndmias de esta aun distinguem sou mado de vds (.) as foaam via case. Na medida em qu (2 idntdade de seus ineesses io consequeproduar um sontiranto de comuriade [fel fo fomnam ama cose Acumplcidade entre as terms Verreten Dart, sua “idontidad na ciferenga” como o local da pita — aque essa cumpicdade & exatamenta 0 que 0s matxistes deve expr, como Marxofazem 6 78° Sram, somente poe Ser apeciada S205 tarmos no forem simplemente agiupados eomo am un ogo de plavas Seria meramente tendenciasoargumentar que isso textuaza Marx derma, trando-inacessireao "born" comum, que, vtims do senso comum, est to profunde mente araigedo em uma heranga postvista que a érfase iredutvl de Marco trabalho do negative, na necessdace dedestetchizar oconcreto lhe é persistentementearancada esuannasaan 37 pelo acverséio mes forte: incerta "watt tistical” Estou tntando mostar que o “homer” neomumy, 0 ik sofu contemparineo etc sagan cal nara tr, 60 ar po 8 Sil do eto a alae repr sepa tesa tre ‘anfarena qe dutia dum nent paca eect 3 lupin oi rosea. 20, 2 yar oaramsat nas iscipinas das Circias Humanas,é muitas veres aber ‘tamente étnico. Nasci na india e lé recebi minha educagaa, desde o Ensino Fundamental até o Superior, inlundo dois ‘anos de pbs-araduagdo. Assim, o exemplo indiana que utlaa pode ser visto came uma nostélgica investigagao das tees perdidas de mina prOpria identidade. Embora eu salva que no se pode entrar lvremente nos meandros das ‘mativagbes",afkmo que meu projet princial 6 destacar ‘a variodade positvst-Wealsta de tal nostalgia, Volto-me ‘20 materia indiana porque, ra ausércia de um treinamento discipliner avanado, esse acidente de nascimento e de educagio me proveu de um sentido do cenéri histérico, um dominio das lingusgens pertinentes que sao feramertas Utes para um Bricoeur, especialmente quando imbuido do ctcama masta da experincia concreta coma bi final de uma crtica das formagdes discilinares. No entant, © caso indiana nao pode ser tamado carn representative de todas os pases, nagbes cultures, que pndem serinvacados ‘mo a Quo da Europa como um Eu [Se Aqui, entéo, segue um resumo esquematico da Volacia epistémica ds codfcagio da hindu, Se ela esca- recera nocéo de viléncia epistémica, minha discuss final do sacrfiio das vives pode ganhar um significado adional. No inal do século 18, ale hindu, até onde pode ser deserita como um sistema untéi, operava em termos de (quatro textos que “encenavam” uma episteme de quatro partes defnida pelo uso que 0 sujito faia da meméxia acosiourena se 09 (0 que foi cide, sit fo que foi lmbradol, sata (0 que foi aprendido com o outro} e wyevahers (0 que fi efetuado pels roa). As rigns do que food edo quefoi lembrado ro eram necassariamentecontinuas ouidérticas Cada ivocayao de sat tecricarento reccava (ou ea) 0 evento da “escuta ou revelagocigndi, Os outros dois textos 0 que fi aprencido e que foi efetuado pela toca ~eram istos como tialaticarente continues, Os tebricos ov profisioais da lino tinham certeza, em nenhum caso, se ssa esturadescrvi 0 corpo da lel au as quatro man ras dese resoWr ume dispute. & leytimagéo da estrutua poimora do funcionamentolegal."intemamente"incoerente «aberta nos dos extemos, por meio de uma visdo bind, 4a rarativa ca codificagao que oferego camo um exempio de viola epistmica, ‘Aramrativa da estabizagoecodficago dal hindu ¢ menos conhecita do que a istia da educagn indiana; logo, & melhor comegarmos por aqui® Consideremos as lnhas programéticas frequentementscitadas do infame “tinue on Indien Education” ["Relato sobre a educacdo indiana’ de Macaulay (19351 Devernos epora fazer o melhor que pudemmos para fonmar ura classe que pasa serv como intr recs es dep, cto Buse Trt Mey, Egih cate and is fz Neonat (Naw ar: Cla Unwersiy Pes, 130, 0 cat aan sat crtve nis eas mies que poveromes; ua cass0 passa, ndans d sang o cor masingosas no gosto, ras pinios, amoral eno nici. Dovrnos ear que essa classe rofna os daletos vornalos to ai, para eniquacor esses dots com termos daciée,omados da nomencatwaocderta, para trasiomé los gadatvnente am ecu aprtidos aa comarca o conhocimonto& grande massa ds popiacdo A etucagio dos sits cloiais complement sus produgaa dentro da i, Uma cansequéncia de se estabelecer uma verso do sista bitrico fio deservohimenta d2 uma seperado incmada entre a fermagaa discpinar em estudosséneritos ea train nat ~ apr, alternative — “aka cultura” sSncrita, No reir caso, as exlicagbes ‘turais produids pr estudososautoratosse alnhavarn AviolénciaenstBmica do poet egal Stu ress conteato a fundago ca Sociedade Asitica do Bongala om 1784, 0 Instituto indian em Oxford er 1883 e0 taal analiicoe taxondeico de estudiosos como Arthur Macdonrelle Arthur Bred Keith, que eram ambos atnistredares colaiis ugarzadores das quests rata ao sci. A parr de seus ousaosplanosutlttic-hegeméricos para alunos € estutinsos do snr, & impossive estinar tanto a repressdoagressiva do sSnsrto no arcabougoeduccionl MACAULAY Speeste Lot cava: With is Mt 2 nian cation, p 268, eral quanto crescente“eudaizago" do sn performs tico do sSnscrito na vica cotidiara da India de hegomonia braménica2 Ua versio da hist fi redatvamente teconstiuda, demanstando como os branes tisham 2s mmesmasiningbes que aqueasestaboendas pala codiica- <0 bitric -promovendo, asin, sva leita: Para peservarintacta a scinadhinds, fos] sucesso- 12 [as brimanes originals] veram que reduruto3 seit tomartudn cada vez maisrigioflissoque reser sociedae hindu aoesar de ums sucess60, deinsureigies potas e invastesestrangaies = sso 60 voredicto do 1925 de Mahamaopachyaya Haraprasad Shastri, erucito sanscristaindiano, um bihante representante da eltenativa no context da produgao colo nial a quem foi pedido que escravesse diversos captulos de uma “Histéria de Bengal’, projetade pelo secretéio 2 ai dos sored do os nn, ase do Son Cas ints Ong Devtament, Theo and Pace, © esto eter eanepveds (ets Une Fess, amb aan os qo volumes de Std Sheetes end Coens Ents otra Paley (1769 8 81 oe aie Aa (1918 897, {eB asians (T9188 TST sory Ios sabre 3 shear es docs tno sor a fer de ise Fstda com ar fori specel nga exon, 3 SHASTRA dospe Cataguo of Sense Manes Ce ‘vera Cacti andr te Ce oe Aga ase Baba, po 2omatctanery sia particular do governadr-geral de Bengala em 1916:° Para assialar a assimotia na rlacio entre a autoridade e a explcagao (dependenda da raca ada classe da autordade}, comparems esta observacio, datada de 1928, de Edward ‘Thompson, inteletualinglés:“O hinduism fio que pareceu se.) Fol uma cuizago superior que ganhou [ont ea) tanto com Abst quanto com os ingleses."® Eacrescente:se 1 seguite, retrado de uma carta escita por um saldado e estucoso inglés, na década de 1890: (estudo dosnt, “a lingus dos deuses", dave intnso prazet durant os Gimos vntee cinco eras {de mina iano lea, mas sou gato porn tot me leva, aco do que acarevcarautes, rerun Clara uma genunacrenga massa granse regia * Essas autoridades so 2s methares fontes para a insergdo do intelectual francés rao aspecalistanacviizagao do Outro **Nao estou, noentant, me reftindo a intelactais SK ar Barge. “© THOMPSON, Sis" Htc! an Pomp Enuiy in the nas ef dob. p.130 Catnloiics eA Jah aur earesentearérmol ore ‘pnt decertadaape clin de atanaajre pancho [ta svt te Dea of Kayan Gaven Cental Boks Depron, 168), vue putteada pla Sry Metra Lary se le romani pat aurel A locas glo au Arvocara abcde uigos dese pera po ao de ‘gles rininas caval assess. ‘© Dita queda om datas com rds a Aloe Oho ‘hen [Seieas ues chess | Ge Julo Ks, ro menarigo “FenchFonism nan renatiralane [Ofemrismo ents om sna eee nares temo ne 89 ‘eestudsas da produgSo pés-colnial, como Shasti, quando tiga que 0 Outro como Sujit € nacessivel para Foucault © Deleuze. Estou pensando na populagdo em geral ~ nao espocilista ou académiza ~ ao longo do espectio de classes, pare quem episteme opera sua silenciosafuncdode prog: ‘ago, Sem considerar 0 mapa da exploracso, sobre qusl mati de “opresséa’ oles poderiam colocar essa multitude hotorogénex? Consideremas agora as margens Ipode-se mera- mente dizer 0 centro silenciasa@ silenciada) do circuito ‘arcade por essa voléncia enistémica, hamens e mulheres ‘entra os camponases iettados, os wibas, os estratos mais baits do subproletarado urbano, De acordo com Foucault Deleuze {alandoa pat do Primsio Murdo, sob a padro rizagio e tegulamentacda do capital socializado, emibora rio paregam reconhece isso), 08 oprimids, se tiverem ‘8 oportunidade (0 problems da representagéo ro pode ser ignorado aqui, © por meio da solidariedade através dde uma police de aliangas juma temética marsista em funcionamento neste 03s.) podem falar 9 confecar suas condlgaes. Devemos agora controntar a sequnte questo: ‘a outa lada da dvi internacional do trabalho do capital socialzado, dente ora do cicito da violéncia epstéica a lo educacia imperialistas, complementando um texto econdimico anterior, node 0 subeiteno falar? 5 casio ab ( trabalho de Antonio Gramsci sobre as “classes subalternas” amplia 0 argumerto da “posi de classe"! “consciéncia de classe” encontrado em 0 18° Brum. Tater pelo fato de Gramsci eiticar 3 posigfo vanguarsta do intelectual loninista, ele se preocuge com o papel do intelectual no movimento cultural epoltico do subaterno na “Ambito da hegemonia Esse 93580 dove ser dado para deter- minar a produgdo da histéria como uma nattatva (da ‘vrdade}. Em textos, tais como questo meridional, Gramsci considera a mavimiento da economia histrco-poltica na Ika no contesto do que pad ser visto como uma alegoria de letwra baseoda ou prefigurada em uma dviséo interna- ‘ional do trabalho No entanto, um relato das etapas de deservhimento do sutaltera é desarticulado da conjantura ‘quando se oper sua macrlogia cultural, nda que remota menta, pola intrfrdncia opistémica nas defnigdes lege © dsciplrares que acomparham oprojtoimperialsta, Quando passat aofinal deste testo, & questo da mulher subalterna ‘yu propor que a passibildade da existncia da prépia coletividade 6 persstentemente negada pela menipuiagao «do agenciamentaferiino. A primeira parte de minha proposta ~ de que © desenvelvimento da sutalterno & complcada pela projeto imporiaista—¢abotdada por uma coletivdade de ntelectusis © GRAN. Some Aspect of te Southam Ouestn Uso oto "alga dba no set desma or DE MAN. Aepoes fc Fal argaye Rosny, Ntsc, ln, and Post, ono smomornuS5 que pode serchamads de Grupo d Estudos Subalteros" es tn que pergurtarpodeosutatero fla? Estarnos acl ro comexta. da propia discipline de histria de Foucauk © com as pessoas que reconhecer a sua infuécia. O poeta doles €o de opansarahistrogaiaclrialindiara apart da petspectva da cada descontinu de insurgéncias de camponeses duane a ocupacdo coll Esse , de fat, © proslema da “permisso de rar” discutda pr Seid Come arqumenta naj Guha ‘Ahistiografa do nacanatsme nda fi doinads ‘or mito tempo pla als — otra coonalsta ‘eoektsmabuigubs-nacinasa(.) comparihando] ‘dopreconsto de qua a fragsedanegioirdana eo desewatimento da conscBnca—naconelisma ~ que ‘onfrmaram esse processa foram exclsha ou rete rinartemente suse da elt. Nas histariogais ‘colniaistas e recosonists, esses sucessos s30 ‘raitadas os governartes clas bcos, ans dmiisradas, alias, dsinstiugiese3 cua, ts btdnicos nos esertos naconalstas @ none claasts 0s sos personalidad, 8 instiugdes, satvidadas as ieas da elite dora * “Suns pubeagisinur: atom Sis Wiig on Sout An Het and Soc 2 anit Ga Nae Oa Ca riety Fess 160), Stair Sst Wingon South ASN sty a Si, Gta lw Dei: sor Unersity es. 383, ‘emt Ga enema Aspens o Post pen Ca) Ina New Dae Over Unversty es 12) “SAD Pemisin to Nara GUHA. Stata Sts: g on Sou Asian star Say Bt gta sat Cortas variedades da elte indiana s40, na melhor das hindteses, informantes nativos para os iteectueis do Primero Mundo interessados na vor do Ouro. Mas dove-se no obstante insistt que osujeito subaterno colonizad é inemediavelmente heterogéneo. Contraa elit rativa, podems contraporo que Guha cham de “plitca do pov" tant fora (esse fio daminio automo, pois no se orignou da pltica da ete nem teve su2 existénca dependente desta’) quanto denzo [cont rou operando vigorosamente, epesar [do colonialism, ajustardo-se 8s condgies que prevalaceram sob o Re e diversas modos, deservoWendo varantes iteramente rnovas tanto na fora quanto no conte" do cicuta de froducéo colonial No posso endassa intraments essa insistnci em um vigor deteinantee ume autonaria pla, poss exgércas histeriogiasprétieas ndo permit que tas endossos pivlegiem a consciénca subatera, Contra a possivelacusazao de que sua abordagem é essenciaist, Guha constr uma defi do pov fo lugar desse essa) ‘ue pode ser somente um “dentidade na dierenga. Ele pronde ura rede de estatficagdo indica que dascreve @ produgao social colonial como um odo. Até mesmo o trio (po da iste, o grupo intermecia ou “amtecedr”, como pode se chamao, que se coloca ene 0 powo eos grandes © HA. Sutaten Saies Wing onSost Asan Fistyan Suc pa recenmartnn nase 9? grupos daminantes macroestrtuais, dfine-se coma um entreugar o que Derrida descreveu como um “ante”: 1. Gupos dota esters vite) 2 Gupos dominates natives em toda 2. upos dominates nats reionais © ious. 4.05 eras pono" eases statemas ‘ora usados coma seria ac lrg dest ‘aba. Os ups elas socks nu dos nest catego otsetam a vara donogrfea ene a popuogn rans tl nisms gn descoenesconoa ete CConsideremos o teria item dessa sta — 0 ante da ifeterminagio sitvacional quo esses histofadorescaute losas pressupdem enguanto se debater com a pergurta: de o subalter falar? Tomada como um todo 8 abstatanente,e88a (| ‘categoria (.) a hatargine om sua composgsae gas 20 carder assmeico dos dosomichimentas rogioais soi eecondmics, feria uma es 3 ‘uta, Ames classe ouslomanto queerademinate fem uma te (.) podria estar ene os dominados fom outa su poeta cia, ,defato, cou, mites ambiguidads contasgbes nas atid aenges, “© ERRIA, Te Dale Season 5B acta sit especialmente entre os estrstos meis beixos do pequenanobeera ual os popistis empobrecios, ts camponeses rcs ede classe médioala, toes 1s cuss petenciany, ieaimerte flan, a categara pov ou de lasses subalemas "0 trabalho de pesquisa” ptojetado aqui é o “de investiga, idetifeare media natueraespecce@ 0 grau bovE ites War McelFeusut anh nasi a Fone, pst | Tecate si i) No contexta eral no qual os académicos e akinos dos Estados Unis s80 "iluenciados” pla Franca, encon- ‘ra-se 0 sequinteentendimento: Foucault ida com a historia ‘eal, eam a poltica real, os problemas sociais reais; Dera Binacessive, esotéricoe textuaista,Oleitorprovavelmente sté bem familaizada com essa ideia comumente aceta "Nao se pode negat’, Try Eagleton escreve, “que o proprio trabalho [de Derrida] tem sido excessivamente anistérico, polticamentsevasivoe, na prtica, desatento linguagem ‘amo ‘discurso (a inguagem om fungal” * Eagleton cont- rua seu argumento recomendanda o estudo de Foucault sobre as “priticas discusivas". Perry Anderson constr uma ristria preci: Com Dera, & consamado 0 autocancelomenta do fesuuuralsm latente com reagan & mica ou & Tovewra em Lévi-Strauss ou Foucault Sem qualquer ‘compromissa com a investigagaa das realades sacks, Deda no teve remotsa em desazer as, ‘eanstugbes desses ds, condenando-os ambs pot ume “nasa das gan" —oussesuiona ou pr -sociic,espectvamanta eperutiadoquedeto ‘yelquerum dels tna depressupor em suas prépias reins a valdade de sous seuss" ‘© EAGAETON trary Toy An ousn, p78. ANDERSON, noe aot onc! Metra, 53 onsen 77 Este trabalho esté comprometido com 2 nogéo de ue, quer seja em defesa de Daria oun, uma nostalgia or otigensperidas pode agirem detriments da explora «as realdades soca nacrtca ao imperism. De fato, 0 trihartsm da lta erdnea de Anderson roo impede de ver justamerteo prblema cue erfatizo em Foucault, Feurault desorua natacaracerisicament protic ‘anda devirou em 1966: "O amem esté em um rovess de perecinenn ernuanto se dalinqusger orinus biter cada va mais em nasa hora as quam 801s" queparcabe ou pssuit rons? Anderson no vé a usurpagéo do Sijeito ndo reco. rhacido do Gcidente ros trabalho posterioves de Foucaut — um Sujito que preside por ijcgao, Cle v8 a atitude de Foucault da forma usual, coma odesaparecimento do Sujeito da canhecimento come tl anda v8 om Derrida o desenval- viento final dessa tendSncia: No vazio do proname [nds] esta a novia do programa, Consideremes,finaimente, 0 aforismo sonora de Said, que revela um profundo equoco com rlagéo 3 nogaa de “textuaidade A rca de Derida os mave pare dentra do text; 2 de Faucault nos move para dro e para fra.“ © ERSON no ak of Heal tn. 52 SAM Meo Te rite. 1 teeny ik Tene argumentar que a preccupagéo substancial ‘com apaltica dos oprimidos, qu €fequentements respon- stivel pelo apalo de Foucault, pode ocular um priviggio do intelectual © do sujeta “concreto” da opresséa que, na verdade, agrva a apelo. Por outro lado, embora nao seja 8 ‘minha into aqui contraporaviséo espectia de Dera aptesentada po esses influentes esrtores iscutil alguns aspactos da trabalho de Denia que guardarn ura utlidade «longo prazo para aqueles defor co Pimeira Mundo. Isso ‘no urra apologia.€ lf ler Dosa; seu objeto real de ivestigagdo 6 a flosofi clissica. No entanto, ele é menos perigosa quando compreandido do que o intelectual do Primeira Mundo que se mascara como um nae representante ‘ausente que deixa os oprimicosfairem por si mesma, Analisrel um captula que Derrida escreveuhavinte ‘anos: “Da gramatolgia oma ciéncapostva (06, . 74-93) Nesse capitulo, Demida uestiona se. “esconstucéo" pode levorauma pratica adequada, quer soja rica ou politica, 0 pnts & coma impedir que o Sueito etnocénirco estabeleca ‘8 si mesmo ao defirseletivamente um Outro. Esse no é um programa para. Sujeito como ta, mais propriamente, tum programa para o intelectual odontal benevolente, Essa especifiidede& crucial para aquees entre nds que sertem {que o “suet” tem uma histria e que a tareta do susito do conhecimentn do Primeiro Munda em nosso momento histérica¢resstireciticaro “teconhecimento” do Terceiro ‘Mundo por meia da “assiilacéo". Para poder avancar em reco uma erica mals factual da que patéica doimpulso acess 78 etnociic do intelectual eurogeu, Denia adnite que no pode fazor as primeias”perguntes que devem ser respon- dias para estabelecer as bases de seu argumento, Ele nfo deca que a gamatcogia pode se “sobrepor” (expr de Frenk Leticia] ao mero empiismo; pos, assim como © empirsme, a gramatolagia no pod fazer as primeiras perguntas. Deri, desse moto, alia o conhecimento “gamtolégico” cam os meses problemas da ivestigagdo ernie. “Desconstrugio” no ¢, portant, uma palavra nova para “desristiicago ideotigice”. Da mesma forma, a investignggo emplica |.) que se abriga no capa do Conbecimenta gramatolégico” nos obriga a “opera através de ‘exepls (06, p. 781 Os exompos que Detdaolereco — para mostrar os limites da gramatologi coma uma ciéneia postiva — vem a apropriad autojustficativeideolégica de um projeto imperialist No século 17 europeu, ef escreve, hava trés ‘ipos de “preconceites” operando nas histas da escrita que constituiam um *sintoma da ctise da conseiéncia ‘europea’ (06, p. 75 0 “precanceitoteoiéico", 0 “precon- ceitachinés” eo “preconceto hieroglfco”.O primeia pode ser indexado coma: Deus rediiu uma escrita primitva ou natural: 0 hebtaico au 0 grego. 0 segunco:o chn8s & ume pia pereta para uma esciafiséfca, mas é apenas uma cépia. A verdadoira escitafiséfica 6 “independente em relagdo 8 hist (08, p. 79) esubrmeteréo chins a uma eserta de fil aprendizagem que suplataréo chins atva O terete: aescrta egipcis é demasiadsmente sublime pare sor decitada, 0 primeio precanceto preserva 3 “Tealdade’ 0 cance do hebrau ou do grego: 0s dois titimos jo “Tacional” © 0 “mistco” espectivamente) se nem para apdiar o primal no qua ocantrodologos ¢ visto como o Deus judsico-crstio la apropriagSo do Outo heénico por meio da assiriacaa 6 uma histéria mais antiga) - um “precanceito ainda mantida pelos esfargos em dar & cartografia do mito judaico-cistao status dehistéria geopltica Deanceit de ect chines, eno, funcarava cma ums espécie de sues euzoe |. Ess func. rnamento obodcia a ura grasa nocessda (.) ‘Nip fo incomatiado peo conhecimento da esta chinesa |. 8 qual estava, na epoca, spore.) Un recast fergie" tinh roduéoo mesma feito deumacepuacarteressoos Longe de poceder {de un cesprernetnacérien a coutacéo tome a arma de ua admin ipetaia. Nao rina de domonsrar 2 nevessidade desse patra, Nasso _sécu rest lire cele-cads vez qe oetnocentisno precitado2 ostensiemerseeveride, gum estxgo _s@scondesloncisamente ports de todos os efeitos escelaculares pare console mdi eta ole algum bootie damesico (03, p. BO Derrida prossegue oferecendo duas possilades caractersticas pata solciona a problema do Sujito euro- peu, oqualbusca produ um Quo que consoidaria um ints. rir —seu propio status de suit, O que segue é um relto de arid usuiéens pens en ese eles, rocosurena ruse 81 cumplicidade entre a escritua, a abertura da sociadade chil edoméstica as astutuas de deseo, poder ecapitaliacéo. Derrida eno revla a vulnorabilidade de seu préprio desejo de conservar algo que 6, paradoxalmente, tanto inevel ‘quanto ndo transcendental. Aociiticar a produgdo do suto colrial esse lugarneléve, no transcendental ‘histrico"), € provide de uma carga afetva pelo suit subakemo. Derrida encetta 0 capitulo mostrando navamente que o projeto da gramatologa 6 obrigado a se desenvoler ‘dentro da discus a presenga. Nao é apenas uma cicada presenga, mas uma percepcao do tneréro do discurso da resenga em sua pro crtca,justamente um vigincia ‘contra uma rivndicagdo grande demsis por transparéncia. A palava “escrta’ come nome do objeto e madela da gram. tologia ¢ uma prtica “apenas dentro de um encerramento -itéico, cu seja, dentra cos limites da céncia ede flosoia” (06, p. 93 Derrida aquifer ascalhas rietzscheanas, filoséicas cepsicanalticas, mais do que especticamente ities, para propor ura erica ao etnocantrsmo exrapeu na constiuigao do Outro. Coma uma intelectual nés-colonial, nfo tenho problemas com o fat de ele no me digi (oom 0s euro ous ievtavelmente parecem fazer] a0 caminho espectico ‘ue tal cic toma necesséria. Considra mais importante que, como um filésofo europeu, ele atcule a tendéncia do Sujito eurapeu de constituir 0 Dut como sendo marginal ‘an etnocentismo e localize esse coma sendo o problema de 2c chroot todos os esforgaslagacéntricose, por consequint, tambérn ‘de todos 0s gramatolégicos {j que a tese principal do capitulo a cumpicidade entre os dos). Nao um problema geral, mas um problema ewropeu. Eno contexto desse etnocentiismo ‘que ele tents tao desesperadamente degradar 0 Susto do ‘Pensamento ou corhecimento para der que “a pensamento 6 (..)a parte em branca do texto" (05, p. $3), aquilo que & pesado, mesma em branco, anda esté no ferto e deve ser confado a0 Outro da histra, Esse espago embranca inaces- sive, cicunscrto por um texto interpretive, éoques critica pis-colonial co imperiaismo gostaria de ver desenvohida, no espa europe, como o lugar da produgo de teria. Os citicas e intelectuaispés-colonisis podem tentar desocar ‘ua promia prado apenas pressuponda esse espao em branco insorto no teat. Tomar 0 pensamento ou a sujeto pensante transparent cuinviiel parece, por contrast, ocul tar o reconhecimenta implacavel do Out por assimiagéo. Erno interesse de tais precaugdes que Derrida ndo invaca ‘ue se “ice ofs}outols falar por si mesmofs). mas, 20 invés, faz um “apelo” ou “chamada” a0 “quase-outr" (tout- autre em oposio a um outro autoconsolidad), para "Tora daliarte squela vor interior que € a vor do outro em nés" Derrida considera o einocertrsmo da ciécia euro sia da escita do final do século 17 edo comego do século 1B um sintoma da crise geal da consciéncia euopeia, Fax patte,evidentemente, de um sintoma maior, ou talver da [TERRIDA. Of an AfcaliticTareReronty Agta in Poco, po cso nu 89 Didptia crise, a lenta vada do feudalsmo a0 capitalism através das primeiras ondas do imperilisma capitalist, Parece-me que oitinerério do reconhecimento por meio cd axsimlago do Outro pode ser ragado de maneita mais interessante na constituigdo imperialist do sujit colonial, cdo que nas repetids ncurses ne psicandlse, ou da “gut cds mulher, embora aimportncia dessas das intervengées ‘dent da desconstugda ro dava sor minimizada, Derrida nfo transtou (ou talver no poss transitar) nessa arena usisquer que sejam as rezdes para essa auséncia especfica, 0 que consider itl & 0 trabalho sustentado @ desenvalida sobre a macanica ds consttuicéo do Outro Podemos uséa para obter uma vantagem muito mais ‘analtica« intervencionista do que as invocagies sobre a “autentcidade" da Outro, Nesse Abita, o que continsa sendo dtilem Foucault sos mecénicas do dsciplnemento e dainstiucoralzagéo— constuigéo como ta, co colonized Foucault néo as relaciona a nenhuma versio, anterior ou posterior, proto-u pds doinperiaisma,Essos so extrema: ‘mente ites 2s intlectuasprencupads com a decadncia 4 Octet, Sua sedugdo para les, 20temor para ns, 6 quo poderiam permitr que a curiplcidade do sujitoirest gador (grfissional do sexo masculino oufeminino| foe dstargada ‘como uma forma de transparéncia, 3 Goth Vv Fode a subattea fae? que a elite deve fazerpara sar alent construgia continua do subalto? A questa dla“ muha parece sera mas problematic nessecontexo Eidentement, se voc pote, neree muir, esis emvol vida de 8 mares. Se, no entant, esse ormulagao & deslocada do contexto do iro Mundo para ocantexto 16s-coloial (que ndo ido ao do Teoeio Mundo), @ conc de se "rea ute ca” pede o sigiicato pesia- sivo. A esvatficacdo nevessta da consituigdo do sujita colonial na primera fase do imperalisma caps toma a catego “cr” init como um sigiicanteeranciatta, Confanta pl faz benavlécia paronzadorade wands pate do radieaisma humano-centfco dos Estados Unitas € dooesteeuropeu (econheciment por assimicéo), pla read progress anda qu heleogénea do consurismo «a patifia compradora @ pala exclusso das margons, até mesma de artculagdocentroperiteria(o'subattera verds- deio © dierencia"), a analogia da conscinca de clase, mas do qu a onscincia de aca nessa éea, parece ser tistics, sina epraicamenteproitida tanto pea crea aquaria pela esqueta, No 6 apenas uma questo de um

Wo/adissciods stat data Man rtd he Paden sf Cena sous: Seb oy Ht Catay Boga ao tak ti aa et camo atk do sr aa foestu a "tenwate” duro pera esol Berta: ee dou car ata Mon dst pot costae 93 Avidvehindu sobed pra funréia do marido morto@ imola-se sobre ela Esse sacrifici da vidna—a tanscrigao Ccnverciona ds palavra sénscita para a viva seria sat. Os primeras colonas bitnics a transcreveram comosuttes. 0 ritual era paticado universalmente endo ea elegad a uma casta ou classe, A abolgao esse ritual pelos binicos foi geralmente compreencida como um caso de “homens brancos sahando mulheres de pee escurade homens depele ‘escua”. As mulheres brancas~ desde as registros mission ris bitanieos do seuo 19 até Mary Daly - no produ uma nterpretago altemativa, Emoposicao a essa viséo est ‘oargumentaindlano nativo—uma pati da nostalgia plas ‘organs perddas: “As mulheres realmente queriam more.” ‘As dues sentengas vao longe na tentatva dele timar uma 8 outra, Nunca se encortra a testemunho da vver-conscincia das mulheres. Tal testemunho no seria. ideoligico-transcendente outotalmente” subjetivo, é cro, mas teria constiuido as ingreientes para se prod.ir uma comtrassentonga, Ac passa as alos pelos names grotesca- ‘mente maltranseritos dessas mulheres ~as viva sacfica das — nos relatos policizis incluidos nos cegistras da Compantia das indias Orientais, nao se pade destacar uma "yor. O maxima que se pode nota 6 aimensahetetogene- dade que atravessa um relata tao esquelético e ignorante {castas, por exemple, séo narmalmente descritas como tridos),Diante de sertencas daleticamenteentelagadas que adem ser construldas como “homens brancos estao salvando mulheres de pee escura de homens de pele escura” 8 butch it 24s mulheres quetiam mort”, 2 mulher intelectual pés- colonial faz uma pergunta de simples semiose ~ 0 que significa isso? ~ 2 camega atragar uma histria, Eventos singulares que iningem o cig da lepara instar seu espiito sdo muita vezesimocados para marcat ‘o momento om que uma sociedade, réo apenas civil, mas uma ba sociedad, nasce de uma confusdo doméstica, ‘A protecdo das mulheres pelos homens frequentemente prod tal evento. Senos labrarmos de que os brinicos se gabavam de sua equidade absoluta © de sua néo ite feréncia nos costumes e nas kis rativos, uma invacagéo, desse transgresséo sancionads do cédigo na interesse da esséncia dale pode sora no comentirin de J. M Demet: "A primeira lecislagao sobre Le Hindu foi conduzida sem 0 Corsentimento de enhum hind" egisiagSo nn éromes: dda aqui. A sentenca sequinte, na qual medida é nomeada, 6 igualment interessante se considerarmos as implcagées. da sobrevivéncia de uma “boa” sociedade estabelecida colonisimente, ands a descolnizago: srecorrncia de ati ra india independente ¢ provavelmente uma revvescéncie cbsourantsta ue no pode sobreviver por muito tempo, nem ‘mesmo nas partes mas atrasadas do pls” Seje essa observacSo corteta ou no, o que me ints- essa € que.a prota da mulher hoje, 2 "mulher do Tercairo © DRRRETT An tavAatane Paso ingan Acosta tha Cnt ‘Which Proce tna Erect of he Hy Coed the Txt tthe dep rato, ond See Crerents Then 48 sneosas ion nuse 95 Murdo" seta um sinfizante ara. estabelecinenta de ua bos sociedad, ue eve, emtas moments nau, traogrodira mer lealdade, ou equdade da pois lege Nesse caso, em especial, 0 proceso também permit a tedefniggo, como cme, danuio que tina sito tlerado, conhecio cuexetado corn um ritual. Em outraspaawas, ase temra ei hinoutrapassoua forte entec dominio ptvada © 0 nbico Embree raretiv histricn de Fuca, enfcendo pene ropa ier rejasiplesmentuna torn a0 que é criminoso anterior a0 desenvolvimento da crimino- lain fal do sul 18 (Pk, A, sua desog orca a "episteme" pernenieaq“Aepitame 60'ecarisms ‘we pss sparar noc verdad dof, mas owe no pode ser carecterizado como cientifico” (PK, p. 197) —0 sil coma oposto ao crime: um gad pla serio, 0 cuto pel ci egal A teansposca do ste da ese iva pare 2 pica tem una eb cara ecomlexa com a coneséo de uma resengabritrica mercantile comercal para ur prosong tertile admis Pode ser rastoada as Covraspondéncias ene as dleqacas dpa as mak ais ais cots deus, as cores de etre, acre do principe regente etc. £ interessante notar que, do ponto de vist do “Sto enol” nao, que também emeige da trasgé feudalsm-coptaisma, 0 Sat & um sigrifcarte com ua caga social inves 88 cg eno ak Os gunos considetados exzalopcamente mana iio 8 eso 20 ngact ool) fan pyessorados a domansrar aos outs, br como © ‘les mesos, sua putera nua eldate 6 care ‘tui vagina Fara ultos dees, ost se tarioy ‘umspova importants de sus confomiade ds namas mas anges em ure época quando ess3s normas {iar se tomedo interment insti Se essa & a primeira origem histrica da minha sentence, estdevidentemente perdida nahistéria da huma- ridade como trabalho, na histra da expansao capitalist, na lenta lertagao da forge de trababno como mercacoria — essa natativa dos mocos de produgio-, na transigéo do feudalismo, através do mercantilsm, para o capitalismo. No entanto, a precéia notmatividads dessa narrativa & sustentada pelo substitut supastamenteimurdvel do modo co produgan “asic”, queintervém gaa sustentéa sempre ‘que se tomar aparente que shistria da gia do capital 6a Pistia do Oconto, ue oimpaiasmo estabelece a univer salidade da narrativa do modo de produdo, que ignorar fo subaltemo hoje 6 ~ quer quo, quor ndo ~ continuar 0 ojeto imperialist. A cxgem de mina sentenga est, assim, petdida no earanjo entre outa discuss mais paderosos. Considerando-se que a abalicdo do sat oiumatoadmiréve, ‘am si mesmo, é possivel ainda perguntar se uma percepcéo a origem de minha sentenca paceria canter possitiidades intervenconistas? "© NANDY. Sa: A NneteonthComuy Ta of Wren, ines and Protest 966. ‘A imager do imperialismo como 0 estabelecedor 1a boa sociedade & marcada peta adocao da mulher como objeto de protecSo de sua prdgria espéce, Como se dveria ‘examinar a cissimulagao da estratégica patiarcal, que ‘aparentemente cancede & mulher a fire escalha cara sujet? Em outas palvras, como se pode passat da “Gr -letanha” ao "hindusma"? Até mesmo essa tentativa masta 14 0 imperaismo no €idéntioa an cromatsmo, ovum mero preconceite contra pessoas de co. Para abordar essa ques- ‘to, comentareibrevemente 0 Dharmesaita (as eseitures saradas de suport} 0fg-Vede a dourina de lower. las representam a rigem arcaca da minh hamologia de Freud. Evidentemente, meu tratamento nBo é exaustive. Minhas leituas 580, mais propriamenta, um exame interessato © mperito, de una muler pis-clonia, sobre fabicacdo da repressdo — uma contranatative construe da conscincia <é2 muher,e, portant, do ser da mulher, da mulher como ur ser bom, do desejo da mulher boa, e, assim, do desejo da mulher. Patadoxalmente, ao mesmo tempo, testemunhamos © lugar mvel da mulher como um signficante a inscrigao do individu soci Os dois momentos de Dharmasdtra que me inte ressam so 0 discus sobre 0s suciios sancionados @ @ natureza dos uais para os motos.” Enquaada nesses dois °Osaguareta se tase foroment nay afte Dhamesars, te Parca vara Kane (a em dante cd cr HD cn 6 ‘lune mar dapat a cache iscusos, 3 avtoimolagdo das vilvas parece uma ececéo3 reg. Adal gral ds escrturas afi quo sucdioé repre Abr-soospaco, enteanto, par certs famras de suicia que, como perirmances formulas, perdem a identidage fenomenal de ser suc. primeira categoria dos sis srcionads suge data, ovo coec mento da verdad. Aqui, o suet conhecedorcompreendea insubstareialdade ova mre fenomencldage (que pode sora smssro que no fenomeralidace de sua identi. Em certo momento, tat 1 foiintrpretado coma “aquele voce”, mas, mesma sem isso, tata 6“o que constitu ose” theres) ou "a esséncia™ Assim send, esse se (of minado conhece verdaderamente 0 “aquele"/ “a esséncia (that ness] sunideniade, Sua domofcan dessaidentidade no 6 atmaghata ur assassinato do se. paradoxo de saber as limites do conhecimenta é cue a afmagio mais intensa da agencimento— negara possiilidad do agonciamanta = néo pode ser um exemplo de si mesmo. Cuiosamente, a autassaericio dos deuses & sarionado pela eclagia sat, qe 6 ti para o trabalho da econamia da Natureza do Universo, mais do que pare autoconhecmento, Nesta taps logicaenteantari,hitada por dauses em vez de sere hurranos, da caeia ospacica de deslacamentos, suiiioesacificio(amaghatoeaimadane}parecempovco disintosde una sangio"ieror”(autocantecimetol @uma “teri” eclgia. roc ear 99 Esveespoye osc, entetana, do acomod a tuieraue enol a res, Pacrames pr ela onde hi oop pra sno suis que no podem rehncear 0 contecimento da verdad como um estado quo, de cusiiermesn fcicente verse e ue peere ea Ge st fe ool, mas do gue a de smi oe 6 lombrado), Essa excegdo & ragra geral sobre o suicidio anula 9 enidae feromesal da axtomlag, cao se ‘elrada em crtas lugares em ver deem cero estado de escktcimeno,Dessa forma, passamos de ume sancio ier comhecimerto ds verde pra uma ent ugar de peregrina). possel para uma mulher reals uma performance dese tipo de (niéo)suicidio.”* No entanto, mesmo esse néo 6 0 lugar gprprado para’a mulher anular o nome proprio do suiciio através da destruigdo de seu ptéprio ser [sel A autoimolago sobre 2 pita funeréia do esposo morta € sancionada apenas para la. Os rar exemplos masculinos — ctados na Antigudade hindu, de autoimolagdo na pita funeéria de ourem ~ como provas de entusiasmo e devogao @ um mestre ou superior — revelam a esrutura de daminago dentro do ital. Esse suit io que no suciia pode ser ido como um simulacro tanta do conhecimenta da verdad quanta da devoeso do ugar. No primeito cas, & como se 0 conhecimento em um suo de sey of Sinn An raccin .9),doUpenda Ta, anastriums fa il de ots pind sca sot he ‘Sys. Ese ne, abrasomerteespexarl, denne tea Os sas ts esque do sso ion a cam onacienirm Dargts,o comunalsa patie eu “sesite sla 100 cs er nk ‘sua pra insubstancaldade e mera fenomenalidade fosse ‘ramatizado de maneia que o mavido morto se tornasse 0 ‘exemploextriorizado ugar do sujet spagaco, ea viva se trnasse 0 [ndolagente que “aua". No segundo caso, & ‘como se a metonimia para tocos os locas sagrados fosse ‘agora cara de madeiraem chamas,constuid pormeio de umn ital elaborado na qual sujito da mulher, legalmente deslacado dela mesma, estvesse sendo consumido. E em {eros dessa rotunda idealogia do local deslocado do sujeto feminino que 0 paradoxo da fre escalha entra em jogo. Para osujeito maseulino, 60 cantentamento da sue, um contentamento que mals anularé do que estabelecers seu Status como tal, que é percebido. Pata 0 sujet feminino, ura autoimalago sancionada, masmo ao oliminao efit da "degradacdo"(oataka)lgado a um sucisiondo sancionado, alatifica o ata de escalha erm um outro registro. Pele produco inenlégica inoxordvel do sueito sexvado, tal morte pode ser compreendida pelo sujetafeminino como um signficante ‘excepciona de seu proprio deseo, superando a regra geral de conduta de uma viva Em carts periods edraas, essa regta excepcional s@ trnau a regra geal de uma forms espectca em rlacéo ‘3 questies de classe. Asis Nandy relaciona sua marcaia prevaléncia na Bengala do sécub 18. doiniciodo 19. fatores ‘que vao desde ocontale populacional ata misoginia com: ‘nal*Certamente, seu predominio nos séculns anteriores fo 2 NAMBY Sate A Nheteonth Century Ta of Women, Viones and Protest, 9.68 cesarean 108 porque, em Bengals, diferenternente de outros lugares na ‘nda, as viévas podiam herda propriedades. Assim, o que os bitnicos veem como pabres mulheres vtimizadss indo para ‘omatadouto 6, na verdad, um campo debatala ideni6gico. Como PV. Kane, 0 grande histoiador do Oharmasésta, corretamente ebservou £m Bengal, 0 fat de quel uma viva de un meno daar sem fis, ands qu ela ura aii hind tensa, t2m praticamente 0s mesmos dretas bre a propiedad da fara que teri doo sou feeco mati (| deve fequentemente ter induido ‘og memiras sabreviventos 2 Vwraram a viva, iocendo, nas horas mas panosas, sua devo € ‘amor pelo maid HD. 2,635, No entanto, homens benevolentes cults eram e sé sadlrios cam a “coragem” de lve escolha da mulher sobre esse assunto. Aceitam, assim, a pradugdo do sujeto subaltemno sexuado Ania modern no justi a prea do ss, mas uma mantaidade distor aquela que reprave 1 inanos memos por expreserem admitaco@ revericia pla coragem ag nabevl de mu eres inanas qu stoma st ouqueexecutam ofauer or dovagéo aos Kais do condutafeminaa HD, 2p. 63 102 Geer ak 0 cue Jean-Frangois yotard chamou de “trend” — a inacessvildede, ou inracuzbiidade, de um mado de ciscurso em uma cisputa com um outto ~ & vivdamente Tustrado aqui®® Como a discurso daqulo que os bitnicas percebem como tual pagdoé convertido mas no tad, ‘como Lyotard argumentaia no que as bitnicos percebern ‘como um crime, um diagnéstica do vrearuio feminino & substituido por um outro. Natualmente, a autoimoiago de vicvas no ea um precetartualnvrvl Se, no entato viva decide ets- polar 0 cdg do ritual retraced é uma rangressao para 8 qual um tipo especial de pena é prescrito" Com a polia baiténica local supervisinando a imolgéo, ser dssvadida depois de ter tomado a deciso era, por contrast uma marca de hwo ascolha real, ums escolha pala iberdade, YOUR teen © 12, p 633.1 isuacSs de quo esa “pna presi fo) Basta Scat pola pica socal sao a sat pleads am 1038, pad-sa rata as supasice hindu paticaseoa¢ lve. fornia an expresses carn nape” erga de ark. sss supmsigies dam soon qe cape cjeis- {Go ov core ea aps una pro pa abcaeta do rat oar eaogam, sania sade dwn tis esas “Aluaos vibes, enira. ne bam evagem Axa patcara wae ied do cori presto para las Patent rage aut ob tan pal {oer vida de una cence ou oe ua aan Steps ‘ecaraa)"ALTEXAR Tha Poston cf Waco id ae: From itr Tines ob Preset Dy p95, axes 108

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