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Tudo isso que precede tinha por objetivo apenas mostrar essa
possibilidade e necessidade atuais. O que segue tentar esclarecer os
primeiros resultados, tericos e prticos que, ao nosso ver, pensamos
teralcanado a fim de que sejam submetidos discusso (tanto a partir da
posio materialista que ns prprios tentamos adotar, quanto a partir do
ponto de vista de todos aqueles que atualmente esto conscientes do
problema e tentam, de uma maneira ou de outra, apontar-lhe uma soluo).
chegam
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[7] Ver, entre outros, M. Pcheux, Ideologia e histria das cincias: os efeitos
do corte galileano em fsica e em biologia. In: Pcheux, M. e Fichant, M.
Sobre a histria das cincias. Paris: Mspero, 1969.
[11] Esse princpio parece ter preocupado Saussure durante toda a sua vida.
Notas pessoais sobre as personagens das mitologias germnicas,
bemanteriores ao Curso, atestam tal afirmao. Ver GODEL, R. Les sources
manuscrites du Cours de linguistique gnrale de Ferdinand de Saussure
Genve, Droz e Paris: Minard, 1957.
[14] Para evitar todo e qualquer equvoco e ainda que nos rendamos a ele,
coloquemos claramente desde j que no se trata de negar a existncia de
diferenas fonolgicas, sintticas e morfolgicas entre classes ou
camadassociais. O destaque atribudo a essas diferenas objeto da maior
parte dos trabalhos em sociolingstica. Exceto o fato de que certo nmero
desses trabalhos parecem ter tido por objetivo real demonstrar o
cartersupostamente primrio da linguagem das classes inferiores (ver
entreoutros: Schatzman, L. e Strauss, A. Classes Sociais e Modos de
Comunicao.American Journal of Sociology, n.60, 1954, p.329-38) o simples
fato de colocar o problema em termos de diferenciao da lngua privilegia os
aspectos fonolgicos, sintticos ou morfolgicos em detrimento dos
aspectossemnticos.