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ESTADO DE GOIAS SECRETARIA DE SEGURANCA PUBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COMANDO GERAL MANUAL OPERACIONAL DE BOMBEIROS SALVAMENTO VEICULAR 3 de maio de 2016 ‘SUMARIO Salvamento Veicular Capitulo |- Da Finaldade ~ art. 1° Capitulo I1- Das Definigses — art. 2° Capitulo Ill - Dos Equipamentos de Protecéo Individuais e Coletivos - art. 3° 6 4% Capitulo IV Das Ferramentas e Equipamentes Utlizados no Salvamento Veicular~ art. Se 6° Capitulo V - Da Composigao da Equipe de Salvamento Veicular —art. 7° Capitulo VI ~ Das Apées Realizadas no Salvamento Veicular Sego | ~ Do Ciclo Operacional - art. 8° a 15 Segio Il- Da Rotina de Resgate~ art, 16.228 R 7 e 13 cemco 1120 Salvamento Veicular Capitulo | Finalidade ‘Ant 1° presente manual visa padronizar os procecimentos operacionais «ede seguranga prestados por integrantes do CBMGO, bem como a nomenciatura dos equipamentos, no que tange as alividades de salvamento veicular executadas pela Corporagao. Capitulo Definigdes ‘Art. 2° Para fins deste manual ficam definidos 08 seguintes termos: | — salvamento veicular sequéncia de procedimentos utiizados para localzar, acessar, establizar, desencarcerar, extrair e transportar vitmas que ‘estejam presas nas ferragens de velculo acidentado; Il ~ localizag&o: € a chegada ao local do acidente automabilisico © identficagao da presenca de vitimas nos veiculos acidentados ou proximas a eles: II = acesso: fase do salvamento veicular em que se chega a(s) vitimats), tornando possivel a realizacao de reconhecimente inicial da situago e permitinds © estabelecimento do nivel de encarceramento; IV = estabilizagao da(s) vitima(s): emprego de técnicas de atendimento pré-hospitalarvisando @ estabilzagao da(s) vitema(s) V ~ desencarceramento: movimentag3o efou retirada das ferragens que prendem a vitima no interior do velculo acidentado e/0u impedindo o acesso dos socortstas para permit a retirada da vitima, VI- extracao: retrada da vitima do interior do vetculo; Vil — transporte: condugéo répida de vitima até 0 hospital que tenha condigses de atendé-la, de acordo com os traumas existentes, Vill ~ acidente automobllisico: ago de uma forca extema contra um velculo, podendo causar danos civersos ao carro © aos passageiros; IX salvamento veicular leve: quando 0 desencarceramento da vitima & feito com a adocdo de medidas simples, sem atuagao na estrutura do veiculo ‘exemplos: 4) afastar ou reciinar banco; ®) retrar ou cortarcinto de seguranca: camco 220 ©) comtar au retirar vestimentas ¢ calgados; ) retiar ou quebrar vidros; € 9) forgar abertura da porta X ~ salvamento veicular pesado: quando for necessaria @ atuagdo na ‘estrutura do velculo para o desencarceramento da vilima, exigindo sequéncia de manobras répidas e pungentes, tas como a) reliada de portas, »b) corte de colunas: ¢} rebaimento ou retirada do teto, 4) rebatimenta de painel, © ) cnagdo da 3* porta, XI estabilzacdo do veiculo: procedimento realizado antes de iniciar-se qualquer manobra no(s) veiculo(s) acidentadajs), adotando procedimentos répidos de calcamento, escoramento e/ou amarragées em estruturas instdvels, para evitar Fiscos adicionais para o resgate, socorristas e vitimas, mantenda o veiculo seguro € imével durante a operagao, XII — ameaca: fato ou situacdo que possa vir a provocar lesbes ou danos ‘em pessoas, propriedades ou sistemas; XII — winerabitidade: fator que determina © quanto pessoas, propriedades ou sistemas podem ser afetados por ameaga; XIV ~ risco potencial comparagao entre ameaca e vulnerabilidade, que determina a possibildade © severidade dos danos lesdes que determinada ameaga pode causar a pessoas, propriedades ou sistemas, XV ~ risco aceitével: sco compatival com a aividade que se deseja desenvolver XVI operagao segura: é aquela em que o risco ¢ aceitavel XVI — gerenciamento de riscos: € a atuago sobre as ameacas, vulnerabllidades ou ambas, procurando tomar 0 risco aceitével e a operagéo segura XVIII - veioulos leves: s80 assim considerados os ciclomotores, motonetas, motocicletas, trciclos, quadricilos, automévels, —_utiltrios, caminhonetes e camionetas; XIX — vefoulos pesados: s80 assim considerados os énibus, micro-dribus, caminhées, trator de rodas, trator misto, chassifplataforma, motor-casa, reboque ou semirreboque e suas combinagtes: cemco a0 XX - clreulo extema: nos acdentes envolvendo velculos leves, coresponde a circulo em raio de § a 10 metros do local do acidente, ¢ com veiculos pesados 0 circulo deve ser realizado em raio de 20 a 40 metros, ercorride no sentido anti-hordrio, buscando siuagdes de isco, vitmas Dbstrugées, mecanismos que lever & compreensio do acidente, em que também se avala o perimetro necessério e vidvel para a delimitacao da area de operacao, XX ~ circulo interno: citculo que avalia 0 velculo e suas proximidades, percorrido no sentido horério, veriicando situagdes de risco, vitmas, obstrugdes e mecanismos aue levem a compreensao do acidente XXII = paleo de ferramentas: area situada dentro do isolamento, ormalmente delmitada por lona, em que as ferramentas sao dispostas para fécl acesso da equipe; © XXIll- drea de descarte de material: rea situada no mite do isolamento, de modo a no atrapathar o trabalho das equipes de salvamento, com o objetivo {de concentrar todas og materais (vidros, portas, partes da lataria) que forem removidos do veiculo durante as agdes de desencarceramento, Capitulo Equipamentos de Protegdo Individuais e Coletivos ‘Art, 3° Ficam estabelecidos os seguintes equipamentos de protecto indwviduais de uso obrigatério pelos militares da Corporacdo empenhados nas cearréncias de salvamento veicular: | ~capacete de salvamento, ou na falta deste o capacete de incéndio, IN 6culos de protecao transparentes; III= mascara anti-p6, nos casos em que for necessério corte dos vidros do vetcule 1V— conjunto completo de aproximacao; \V-luvas de salvamento resistentes ao corte; VI- luvas de procedimento par baixo das luvas resistentes ao corte VII— botas de incéndio, ou na falta desta o cotumo: e Vill = pléstco transparente tamanho 3x3m oferecido vitima © a0 socorrista, ‘Art 4° Quanto aos equipamentos de protegdo coletivos a serem utlizados pelas guamig6es do CBMGO em ocorréncias de salvamento veicular, ficam definides os seguintes: | - lonas de diversos tamanhos para prote¢ao coletiva colocada nas ferragens apés e durante a execugao do trabalho. Il presithas para fxar as lonas em locais de risco III = lonas para retirar vidros e restos. de materiais desnecessérios 20 camco 4120 trabalho: ¢ V— extintor de incéndio tipo ABC. Capitulo IV Ferramentas © Equipamentos Utlizados no Salvamento Vetcular At 5° A correta uilizagéo dos equipamentos de salvamento veicular & de fundamental importancia para o eficiente trabalho de desencarceramento @ cextragdo das vitmas. Em hipétese alguma os materiais deverdo ser usados sem 2 devida observancia das instrugées repassadas pelos fabricantes ou especialisias do CBMGO. An. 6° As ferramentas necessérias para a estabilzagao e intervengbes necessérias ao atendimento de ocorréncias envolvende salvamento veicular' S80 as sequintes: | - calgos, de diverses tamanhos © modelos, como cunhas, quadrados retangulares, molde de escadas, com algas au no, feitos de madeira na falta do material d'sponivel produzido pelo fabricante oe pees IN ~ cordas de salvamento, a serem utlizadas em situagées espectticas julgadas pelo comandante da ocorréncia IIL catracas com fits, correntes ou conjugadas: sistema universal com 11s apoios © um gancho que permite estabiizagso répida, proporcionando ‘seguranca para as equipes de salvamento e vitimas, estabilzam com eficiéncia veiculos colidides em situagées simples até as mais complexas, permitindo ainda elevacdo de carga e descida controlada; cemco 520 camco 20 'b) mangueiras hidréulicas com conectores duplos ou tnicos: IV - mosquetées e roldanas: durante o uso de cordas, sfo utlizados para realizar multiplicagso de forga; \V~ escoras hidréulicas ou mecnicas ©) contador, 4) alargador, VI — conjuntos desencarceradores hidraulicos, conforme iscriminacto ababeo: 2) motobomba, motogeradar hidréulico ou bomba hidréulica: bombas hidrdulicas alimentadas por varias fontes, como gasolina, bateria, eletricidade, Re, diesel, are manualmente, . camo ¢) feramenta combin felindro expansor, 9) cortador de pedais; h) ferramenta de corte continuo; 729 caMco 20 |} conjuntos de corentes; |) feramentas elétricas & batera; i) ferramentas manuals; Vil- serra sabre camo VIIl- moteabrasivo; s x= alavanea halligan; 4 X~ alavancas e pé-de-cabra; > XIl~ferramenta cortadora de cinto © quebra-vidros;, s0r0 XIV alicates, corte e presto; XV- estiletes ou canivetes; XVI- fitas isolantes pret cor clara; XVII-trinca-vidros; XVIII —lona para palco de ferramentas; cemco XIX contensor de airbag; XX- protetores de coluna e coberturas de protesao, XX ~ suporte de coluna para cilindro expansor; ¢ XXII ~ suporte de teto piso para cilindro expansor. s1a20 camco reno Capitulo V Composigao da Equipe de Salvamento Veicular Art. 7° A equipe de salvamento veicular deve ser composta por 4 integrantes, assim cistribulda: | Comandante — Cmt responsavel pelas atividades de comando na cena do acidente; elemento hierarauicamente superior da equipe, determina 0 local de acesso e qual vitima possui priridade de atendimento, definindo ainda onde ser& montado o palco de ferramentas e a taica de resgate a ser empregada; | Operador e Condutor de Viatura - OCVir: além de dirigir a viatura, & responsdvel pela sinalizagéo ¢ isolamento do local, desligamento da bateria e posicionamento de seguranca com extintor ou linha pressurizada IIL = Operador 1 ~ OP: responsével pela realizado do circulo interno de avaliaco (sentido horéro), mantagem do paleo de ferramentas @ operacao das ferramentas; © IV ~ Operador 2 ~ OP.2: responsével pela realzapao do circulo externo de avaliagdo (sentido anti-horaro), protegao das ferragens dos veiculos expostas ‘apés cortes por meio de lonas e alxlio direto do OP-" no desempenho das ages de salvamento veicular, Capitulo VI ‘Aches Realizadas no Salvamento Veicular Sedo! Ciclo Operacional Ar. 8° As operagdes de salvamento veioular devem ser organizadas obedecendo a um ciclo operacional comum a todas as atividades de salvamento, dividide em 4 fases: prontidéo, acionamento, resposta e fnalizagao [Art 8 A prontiddo & a fase inical da ocorréncia, que se dé antes mesmo dio acionamento por parte da populagdo. Consiste na adogo de medidas para que todos os recursos estejam preparados para 0 acionamento e emprego em qualquer stuagao, Pardgrafo nico. Ao assumir © servigo, © comandante da equipe de ssalvamento veicular deve providenciar para que seja realizada a conteréncia do c’fetivo da equipe, conferéncia e teste dos equipamentos, prelegao das estratégias, téticas e técnicas a serem empregadas nas ages e repasse das atibuigdes € responsablidades de cada elemento da equipe. cemco 900 [Art 10, Uma vez ocorrido 0 acidente, inicia-se a fase do acionamento dos recursos em prontidao. A fase do acionamento inclui 0 recebimento da chamada via Centro Operacional de Bombeiros - COB, obiengao das informagses ecessarias, despacho dos recursos necessérios e onentagées preliminares. 30 solictante Ai. 11, No recebimento da chamada via COB, 0 atendente deverd levantar junto a0 solicitante 0 maximo de informages possiveis para auxiliar & ‘equipe de salvamento veicular no atendimento a ocorréncia, sendo elas. | quantos vetculos envolvidos? II quantas possiveis viimas em cada veiculo? I quantas vitimas conseguem comunicar-se? IV qual o estado dos veiculos, algum tombado ou capotado? \V~ algum veiculo com as portas daniicadas ou obstrufdas? VI-consegue defnir ual o modelo dos veiculos? VII ha rede de energia au cabos energizados danificados por perto? [Art 12. No despacho das recursos necessaries devem ser observadas as viaturas que fargo parte do trem de socorro e a eauipe de salvamento veicular @ ser deslocada para o local da ocorréncia, [Art13. 0 trem de socorro deve possuir a capacidade de gerenciar todos 08 riscos na cena do acidente © os equipamentos necessérios @ realzagao do desencarceramento das vitimas (vialuras de salvamento e combate a incéndio) & atendimento pré-hospitalar (viaturas de atend:mento pré-nospitalr). Ari14, A fase da resposta se inicia com 0 desiocamento dos recursos ecessarios 8 cena do acidente. Nesta fase so Implementadas as agtes de salvamento veicular propriamente ditas, denominadas Rotina de Resgate [Ar.15. A fase da finaizagdo engloba as medidas necessérias para que os recursos empregados retomem a situagdo de prontidéo. Esta fase fecha o ciclo operacional e se encerra quando os recursos empregados estiverem novamente prontos para o acionamento, Segto I Rotina de Resgate ‘Ari.18. A rotina de resgate 6 0 conjunto de etapas desenvalvidas na cena do acidente durante a fase de resposta da operagao de salvamento veicular, na seguinte ordem | -estabelecmento do comando; I= dimensionamento da cena: camco 420 I= gerenciamento dos riscos; I= obtencao de acesso as vitimas; V — realizacao da avaliagao das vitimas; VI~aesencarceramento, Vil extragao; € Vill transporte e transferénca Ad. 17. © comando ¢ inicialmente estabelecido pelo comandante da ‘equipe de salvamento veicular, considerando que a viatura da referida equipe seré primeira a chegar a0 local. Nas operagies em que houver alto grau de complexidade © maior emprego de recursos, deverdo ser sequido os parametros estabelecidos pela normalizagto vigente na Corporagdo acerca do Sistema de Comando de Incdentes, [Ad 18, O dimensionamento da cena seré feito pelo comandante da ‘equipe de salvamento veicular, 0 qual deverd abservar 2) dinamica do acidente; ») riscos na cena ) nlmera e estado aparente das vitinas; 4d) difculdade de resgate; © @) recursos adiciona's a soicitar. Ad. 19, Para o dimensionamento da cena serdo realizados dois circulos de avaliaga0 pelo OP-1 e OP-2, conforme fungSes definddas no capitulo anterior. § 1° 0 circulo intemo ¢ feito pelo OP-1, avaliando os velculos © sues proximidades no sentido hordrio, verficando ‘situagdes de ‘isco, vitimas, obstrugses © mecanismos que levem a compreensao do acidente. Em acidentes de menor complexidade, © OP-1 pode faze’ a colocagdo dos calgos que serdo utizados na estabilzacdo dos velculos ao redor dos mesmos, sem parar para fazer a estabizago, ao mesmo tempo em que avalia circula interno, desde que isso ndo retarde o relato das situagdes de risco ao comandante § 2 0 ciroulo extemo ¢ feito pelo OP.2, avaliando area de aproximadamente 19 m ao redor do acidente, percorrido no sentido ant-horério, buscando riscas, veiculos e vitimas adicionais, Em situagdes de menor complexidade, o OP-2 pode fazer a colocagao dos cones que serdo utlizados no isolamento, ao mesmo tempo em que avalia o circulo externo, desde que isso no retarde 0 ‘elata das situagdes de risco a0 comandante. Completados os dois circulos de avaliagdo, os operadores reportam a situago ao comandante, camo 1920 [Art 20, Concluido © dimensionamento da cena, 0 comandante faz novo contato com 0 COB, repassando mais informagdes da situacdo e redimensionando 08 recursos empregados, solictando ou dispersando apoio. Art. 21. Na etapa do gerenciamento de risc0s, as seguintes condutes devem ser estabelecidas | = sinalizagao do local do acidente: chegando ao local, a guamigao

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