You are on page 1of 31
TECNOLOGIA ADOIONHIAL ISSN 2177-6032 | | 207716034 a> Fidelizagao e Retengao de Clientes Uma Aplicagao de Modelos de Mistura com Longa Duracao Francisco Louzada-Neto Daniele CristinaTita Granzotto Gleici da Silva Castro Perdona Building Loyalty and Retaining Clients An Application of Long-Term Mixed Models N°74 Novembro 2010 November 20Modelagem em Portfolios de Baixa Proporcao de Defaults (LOPS) Modeling for tow Default Portfolios (LDP) Corlus EducwduHith Panentel 8Validacdo de Sistemas Intomos de Ciassificacdo de Riscos (Modelos de Rating) dentro de um Contexto de Basiléia Il Validating Internal Rsk Rating Models in a Basel! Conter Carlos Antonio Campos Nogueira 45Crédito ¢ Intemacionalizagao: Um Processo.em Crescimento ization: A Growing Process Frecerien ArauioTuolla Ronald de Oliveira Concer Creditand Inter Serasa‘fii! Experian Validacao de Sistemas Internos de Classificacao de Riscos (Modelos de Ratings) dentro de um Contexto de Basileia II ae hg Inter nal Ris ohn ng a Basel II Cor Carlos Antonio Campos Nogueira OAcordo de Basileia II, na sua reda- go completa mais recente, de junho de 2006, apresenta uma série de requisitos que deve ser satisfeitos por um sistema interno de clas- sificagao de risco (ou IRS, sigla em inglés de Internal Risk Rating System) que, em mui- tos casos é baseado, pelo menos parcialmen- te em um modelo estatistica, que chamare- mos aqui de modelo de rating. Estaremos a0 longo deste artigo utilizando esses ter- mos como sinénimos, ja que estaremos fo- canido em exemplos de IRRS que so pelo me- nos parcialmente modelos estatisticos. Palavras chave: Modelo de Ra- ting, IRSS (Internal Risk Rating Sys- tem), Classificacao de Risco Alguns desses requisitos sao preseriti vos, como por exemplo, as quantidades de nf veis (minimo) de classificagao de risco. Outros so mais subjetivos e deixados para a interpre. tagao das IFs e de seus supervisores, tais como anecessidade de provar a estabilidade dos mo. delos, a adequagao da filosofia de ratings, ou ainda a robustez da metodologia. Tentaremos abordar alguns desses aspectos sob a ética de validagao, visto que @ unidade responsdvel por tal atividade, in terna & Instituigao Financeira, deveré esta belecer critérios para avaliar tanto os requ sitos prescritivos @ objetivamente quantifi cados quanto os aspectos mais subjetivos qualitativos. Inicialmente, devernos subdiviair a vali dagao em seus dois componentes principais: 1. Validagao do sistema de rating (IRRS) propriamente dito e das estimativas que ele produz para o parametro de risco a que ele foi projetado para prever, seja um modelo de PD (Probabilty of Default), de LGD (Loss Given De- fault) ou de EAD (Exposure at Default) The latest full draft of the Basel II Accord, dated June 2006, contains several require- ments and internal risk rating system (IRRS) must meet. These models are often at least part- ly based on statistical models, which we will refer to as rat- ing models. The terms will be used synonymously in this pa- per, given that we will ad- dress IRRS examples that at are at least partly statistical. Keywords: Rating Mod- el, IRRS (Internal Risk Rat- ing System), Risk Rating Somme of these requirements are prescriptive, such as the (minimurn) nurn- ber of risk rating levels, Others are more subjective and left to the interpretation of Fis and their regulators, such as the need to prove model stability, the rating philos- ophy’s adequacy, or the methodology's ro- bustness. We will attempt to address some of these aspects from the angle of vali- dation, since the Financial institution's unit responsible for this activity will have to establish the criteria do evaluate both prescriptive and objectively qualified re- quirements and more subjective and qualitative ones. Lot us first subdivide validation into its two main components: 1. Validation of the rating system (IRRS) proper and of the estimates it pro- duces concerning the risk parameter it is designed to predict, whether it may be for PD (Probability of Default), LGD (Loss Giv- en Defautt), or EAD (Exposure at Defauit) Serasa 2, Velidagao do processo de classifica- G40 de risco (rating), ou a qualidade dos proce- dimentos subjacentes a implantagao do IRS. ‘A validagao do IRRS por sua vez des- dobra-se em duas partes: 1.1 — Validagao do projeto do IRRS 1.2 Validago des estimativas dos pa- rametros de risco Odiagrama a sequirilustra os varios com- ponentes do trabalho de validacdo de IRRSs: 2. Validation of the risk rating pro- cess, or the quality of the procedures un- derlying IRRS deployment. IRRS validation, in turn, is further divided into two elements: 1.1 —IRRS design validation 1.2 Risk parameter estimates val- ‘dation The chart next ilustrates the various components of the IRRS validation effort: Vaid tare reeds palonco — sapervsoras j<— | “ ner! vain Sioeioy \vesdordodo Vatiagto do Volta Vato auvaase | | Reasiosesousto | [uso mrepaios Projtodomacse | | componantes race rs dds seprciomas istorse de ccto elas Rskcanporents| coisa Paxton bese pen ning ro | [io] [eo A validaco do projeto do IRRS base- ado em modelos estatisticos inclu varias eta- pas, como, por exemplo: + Aadequagao da Mlosafia de rating ea robustez da metodologia utilizada, incluindo os Validation of a statistical model based IRRS design comprehends several stages, such as: + Adequacy of the rating philos- opty and the robustness of the selected conceitos fundamentais (também chamados de pontos-chave); + Avaliagao qualitative da técnica es. tatistica de modelagem:; + A relevancia e representatividade das amostras de dados; + A lemporalidade do histérico dos dados utilizados (se abrangem os periodos minimos exigidos pelo Acordo, se incluem um ciclo econémico ou um ciclo de crédito (mais sobre esses conceitos adiante). Ja a validagéo das estimativas dos parametros de risco passa por pelo menos duas etapas, basicamente: + O backtesting, que implica o uso de métodos estalisticos para comparar as es: timativas dos valores revistos pelo modelo para um determinado parametro de risco, di gamos a PD, com os valores efetivamente re. alizados em um determinado perfodo + Os testes de estresse, que visam verificar 0 comportamento do modelo quan do as varidveis de input por ele utilizadas so forgadas a valores que refletem uma situa co macroeconémica de estresse. A idéia a de assegurar que o modelo consiga orever adequadamente o aumento da PD nessas si tuag6es (a chamada “PD estressada’). + 0 benchmarking, que 6 essencial mente a comparagéo dos parametros pre. vistos pelo modelo com parametros previs tos por modelos similares (para carteiras e pools de composigéo semelhante) forneci dos por modelos internos (de outras IFs con troladas pelo mesmo grupo} ou externos (de agéncias, bureaux, etc.) A validagao do processo de classifi cago de risco envolve, por seu lado: + Avaliagéo da qualidade dos dados utilizados + Como os problemas, desvios ¢ in consisténcias sdo reportados methodology, including key concepts (also referred to as key points); + Qualitative evaluation of the sta- tistical modeling technique; + The relevance and representa. tiveness of data samples; + The time aspect of the relevant data histories (whether they comprehend the minimum periods the Accord requires, whether they include an economic or credit cycle ~ more on these concepts ahead). Validation of risk parameter es- timates, in turn, involves at least two stages, which are, essentially: Backtesting, which implies using statistical models to compare the estimated values predicted by the mod- e/ for a certain risk parameters, such as PD, with the actual figures observed in a certain period. + Stress tests, which aim to ver ify the model's behaviors when the in- put variables it uses are increased to re- flect an economic stress situation. The ‘dea is to make sure that the model can properly predict the increase in PD un- der such circumstances (the so-called “stressed PD"), + Benchmarking, which is es sentially a comparison of the parame- ters predicted by the model with those predicted by similar models (for similar portfolios and pools) as provided by in ternal (from other Fis in the same con- glomerate) or external (agencies, bu- reaux, etc.) models. Finaily, validating the risk rating process involves: + Evaluating the quality of the data used + How problems, deviations and inconsistencies are reported Serasa + Como o IRRS é utilizaclo para as to- madas de decisio de crédito (comprovagao ou “teste” de uso) Sobre a Adequacao da Filosofia de Ratingeda Metodologia Utilizada No caso de modelos de PD, queéo que estaremos abordando neste artigo, as duas fi- losofias de rating consideradas pela totalidade das lfs so a PIT (Point in Time) e a TTC (Throw: gh the Cycle), A primeira utiliza nos seus modelos varié- veis de input que refletem mais a situagéo econd- mica do momento e tendem a exibir grandes va riagGes de PD em fases aiferentes do ciclo econé- mico (booms e recessées). As IFs preferem IRRSs com filosofias PIT para estimativas de PD e tam- bém precificagao de carteiras de varejo, especial mente de créditos rotativos, os chamados QRRE (Qualified Revolving Retail Exposures), como cheque especial e cartées de crédito. JA. filosofia TTC tende a utilizar mais dados comportamentais que refletem o desem- penho dos clientes ao longo de um ciclo de cré- dito, sendo menos sensiveis a flutuagdes dos indicadores macroeconémicos. As IFs prefe rem esse tipo de filosofia para as estimativas de PD e precificagao de carteiras de atacado. As duas filosofias podem ser mistura- das em um mesmo modelo hibrido? Em tese isso deve ser evitado, j& que pode gerar proble- mas de estabilidade do modelo. Entretanto, um “uso com moderacao” (literalmente) de mode- los com tal hibridizagao pode ser aceito, desde que sejam aplicados fatores de ajuste aos com: ponentes TTC para refletir um efeito recessivo/ expansivo macroeconémico, harmonizando-os com os componentes PIT do mesmo modelo. Outro cuidado que deve ser tomado € 0 de tra tar adequadamente as correlagdes de PDS (vide paper de Ozdemir and Miu — 2005). + How the IRRS is used to make credit decisions (usage proof or “trial”. On the Adequacy of the Rating Philosophy and of the Selected Methodology For PD models, which are the subject of this paper, the two rating phi- Josophies Fis consider are PIT (Point in Time) and TTC (Through the Cycle). The former uses input variables that reflect the current economic situa- tion and tend to show great PD variations between different phases of the econom ‘ec cycle (booms and recessions). Fis pre fer PIT IRRSs to price and estimate the PD of retail portfolios, especially the so- called QRREs (Qualified Revolving Retail Exposures), such as overdraft limits and credit cards. The TTC philosophy, in its turn, tends to used behavioral data that reflect how clients perform over the course of a credit cycle, and are Jess subject to the fluctuations of mac- ro-economic indicators, Fis prefer this philosophy to price and estimate the PD of wholesale portfolios. Can the two philosophies be mixed in a hybrid model? In theory, this should be avoided, since it may lead to model stability issues. However “moder- ate use" (in the literal sense) of such hy- brid models may be accepted, as long as adjustment factors apply to the TTC ele- ments to reflect macro-economic retrac- tionjexpansion effects and attune them to the model's PIT elements. Special at- tention must be given to the proper treat- ment of correlations (see paper authored by Ozdemir and Mit - 2005). Pela natureza da evolugao temporal de suas varidveis de input, 0 uso de ratings Point in Time geraimente agrega devedores com mesma PD nao estressada, enquanto 0 uso de ratings Through the Cycle geralmen- te agrega devedores com mesma PD estres. sada. ‘Ainda com relagao &s filosofias de ra ting, 0 comportamenta de ratings PIT e TTC, tanto nas previsdes em cenérios normais com nas de cenério estressado pode ser bem en- tendido nos ardficos abaixo (fonte Working Paper 14 do BCBS: "Studies on the Validation of internal Rating Systerns"), que mostram a evolugao dos ratings de um cliente hipotético a0 longo do tempo. Due to the nature of the tempo- ral evolution of the relevant input vari- ables, the use of Point in Time ratings usually groups obligors with similar non- stressed PDs, while Through the Cycle ratings usually group together those with similar stressed PDs. Also as regards rating philos- ophies, the behavior of PIT and TTC ratings in ordinary and stressed fore- casts can be understood based on the charts below (from BCBS Working Pa- per: “Studies on the Validation of in- ternal Rating Systems"), which show the evolution of a hypothetical custom. er over time. canta ¢ Serasa PIT: Durante @ fase de boom (expan- so} do ciclo econémico, a PD nao estressa- da diminui, portanto 0 rating do cliente au: menta, Durante a parte recessiva do ciclo econémico, o comportamento se inverts, Ja a PD estressada flutua sem que haja mudan- ca de rating. mGréfico? TTC mChart2 TTC PIT: During economic cycle booms (expansions), the non-stressed 5 PD drops and the client's rating rises. The behavior reverses during the reces- sive portion of the cycle, The stressed PD, in turn, fluctuates without a change of rating. * ‘Stressed PO, ‘Classiteagso © = — cn oS a room * ™ > Po nto-eetessnde Tempe (anos) ‘Time (Years) TTC: 0 rating do cliente Mutua & medi- da que sua PD estressada varia durante o seu ciclo de negécios, mas é relativamente insensi- vel aos periodos de expansdo e recessio do ci- clo econdmico. Um resume do comportamento dos ratings PIT © TTC durante o ciclo econémica pode ser obtido na tabela abaixo: TIC: A client's rating fluctuates as his or her stressed PD varies during the business cycle, but is relatively in- sensitive to economic cycle booms and recessions. The table next summarizes the be- havior of PIT and TTC ratings during the ‘economic cycle: Tabela 1 Correlagso entre grunos de PD e o cicle de negécios Propriedades dos PDs Filosofia de Rating dos devedores Paintin Time: Through the Cycle. Nao astressada Estavel Negative Estressado Positive Estével 5 withthe business cycle Properties of obligor PDs Rating philosophy Paintin Time Through the Cycle Unstressed Sub Negative Stressed Positive ‘Stable Outros aspectos metodolégicos Além da questéo da filosofia de rating, devem ser verificados, durante a validaco, os seguintas aspectos: Consisténcia da amostra utilizada na modelagem: Verifica seo desemaenho do mo- delo (capacidade discriminatéria e acurécia da previsdo) se mantém quando selecionamos vé rias amostras diferentes (e de tamanhos distin. tos) dentro da mesma carteira/poo!, Estabilidade do modelo: Verificaa varia. cdo da capacidade do modelo em prever correta, mente & medida que o tempo passa durante o ci clo de crédito e novos dados séo incluidos na base (rows clientes, mudangas nos valores dos inputs relativos a clientas j4 existentes, etc) Outros aspectos metodolégicos igual mente importantes séo os conceitos que estéo na base das definigdes de algumas das varidveis de input bem como no préprio output (os diferentes valores da escala de ratings). Entre eles teros: + A definigao de default, que deve se- auir os conceitos de Basileia Il (vide Acordo ou Additional methodological aspects In addition to the rating philoso phy, a validation rust review the following aspects: Consistency of the modeling sam- ple: Checks whether the model's perfor mance (discrimination and predictive ac curacy) is maintained when different sarn- ples (and different sample sizes) are select- ed within the same categoryipool. Model stability: Checks the mod: el's ability to correctly predict as time passes over the course of the credit cy- cle and new data enter the base (new cli ents, changes in input values for existing clients, etc.) Other equally important method- ological aspects are the concepts that lie at the foundation of the input variables, as well as of the output itself (the different rat- ing scafe values), These include: + The definition of defautt, which oust comply with Base! Il concepts (Gee the ainda o Comunicado 18.365/09 do BACEN para mais detalhes) + As definigdes de ciclo econdmico (rela tivo a varidveis macroeconémicas), ciclo de créli- to (igado aos ciclos de demands e oferta de oré- dilo pela Indistria Financeira, e que nem sempre Coincidem com o ciclo econdmico) e ciclo de ne- aécios, que esta mais ligado a0 ciclo da atividade de um cliente (corporativo no caso) ou a do seg- mento no qual ele atua (ou ainda em seamentos relacionados na mesma cadeia produtiva). Outro aspecto metodolégico a ser vali- dado é 0 da integridade do IRRS especialmente no caso do uso concomitante de modelos esta- tisticos, ratings externos (que podem ser usados como inputs mas néo como outputs) ¢ crtérios jul gamentais, tudo dentro de um IRRS hibrido. Em- bora tal uso seja permitido e até bastante comum, especialmente para carteiras de atacado em sub. seamentos de PME, 0 uso indiscriminado e meto: dologicamente descuidado pode gerar tanto pro- bblemas de consisténcia quanto de estabilidade do sistema de classificagao de risco, Validacao das Estimativas dos Parametros de Risco Iniciando pelo backtesting, 0 objetivo da comparagao com dads realizados visa medir a capacidade precitiva e discriminatéria do mode- lo. Vérias tScnicas podem ser utlizadas, e os de- talhes de cada uma transcendem o escopo de um artigo introdutério. Vamos limitar-nos aqui a lsté las, solicitando ao leitor que recorra & bibliografia relacionada ao final clesta maiéria para detalhes de utlizagao e escopo de aplicagao. + Taxa de acurdcia (matriz cle adesao) + Curva ROC (especificidade versus sensitividade do modelo) + Grafico KS (Kolmogorov-Smirnov) + Taxa de Frro Bayesiana + Score de Brier Alguns exemplos: Accord, or Comunicado 18,365}09 of the Cen- tral Bank of Brazi for additional details) + The definitions of economic cy- cle (concerning macro-economic variables), credit cycle (linked to Financial Industry's credit supply and demand, which do not always coincide with the economic cycle) and business cycle, which is more closely connected with a (corporate) client's activi- ty cycle, or to that of the segment in which the client operates (or segments associated with the same production chain). Another methodological aspect to val ‘date concerns the integrity ofthe IRRS in the specific case of simultaneous use of statistical ‘models, external ratings (which may be used 45 input, but not as output) and judgmental criteria, all in a single hybrid IRRS. Although this is permitted and actually rather common, ‘especially for wholesale portfaos in PME sub- segments, indiscriminate and methodological Jy careless use ray generate both consistency and stability issues for the risk rating systern Validating Risk Parameter Estimates Starting with backtesting, the purpose of comparison with actual data airns fo mea ‘sure a model's ability to predict and discrimi- nate, Several techniques may be used and their particulars are beyond the scope ofan introduc tory paper. We will limit ourselves to listing then and asking readers to review the recommended Iiterature at the end of the article for additional details on usage and application scope. + Accuracy rate (fit matrix) + ROC Curve (model specificity vs. ‘model sensitivity) + KS (Kolmogorov. Smirnoy) Chart + Bayesian Frror Rate + Brier Score Some illustrative examples: mt Matriz de Adeséo “ ‘otal Canaiieate come a a Classifeade come? ® 3 a Ea Classica come" z z 5 a Total a Ea se ma Prop de verdagsroa positive 10 802 708 Prop defalsos positives a DIST oa Prop de verdadeirosnegativos 10 0067 a7 ae ry 3.068 ook 252% aaa Especificaade 000% 000% 0.0% mt Fit Matrix Actual‘ actusl"a” | Actual“ otal Chasieeae rT a 7 rr lassifed as z eT 3 I Classes ® z 5 aa Total rH Ea ] m2 False postive ratio a ‘OT DOT 1 cy 3.0056 T000% waa waa 00% 25% 810% = CurvaROC = ROC Curve ‘True pomitive ve False poshive PD an. ° Es oe oe ae wi Porcentagem de falsos positives False positive percent Experian ‘A execugao de benchmarking visa veri- 0 quanto o modelo se ajusta a previsoes de modelos externos, ou internos de carteiras similare O resultado 6 normalmente resumido em uma matriz de transigao, no caso mais co- nhecida como matriz de diveraéncias. The purpose of benchrnarking is to determine the model's fit to external mode! is for predictions, or those of internal mode ilar portfolios. The i rized as a transition rain this case, as divergence mat ults are A utilizaglo de ratings externos com inputs nos modelos é aceita desde que se com: prove ao supervisor que tals varidveis no s minantes sobre os resultados das estimativas da P mente do rating final 10 do- D, e conseqiien The use of external ratings as model inputs fs accepted, as long as evidence is pro- to the oversight authority that these vari are not pr ant in PD estimate out- puts and, consequently, in the fi domi rating, Com Relacao ao Histérico de Dados das Variaveis Utilizadas pelo IRRS Areferéncia oficial mais atual nesse caso 60 Comunicado 18.365 do BACEN de 22/04/2009 sobre orientagdes preliminares (pontos-chave}, cujos trechos pertinentes relacionamos a sequir: “Paragrafo 26: Os periodos minimos de cobertura dos dados nas abordagens IRB, exce to durante 0 periodo de transigao, para emprego das referidas abordagens so os sequintes: | - para as exposigées classificadas na categoria “varejo”, as estimativas dos parame- tros PD, LGD e EAD devern considerar dados re lativos, no minimo, aos cinco anos anteriores; || - para as exposigées classificadas na categoria “participagdes societarias", as esti mativas do parametro PO empregadas na abor- dagem PD/LGD dever considerar dados rela tivos, no minimo, aos cinco anos anteriores; Ill -para as demais exoosigées as estima. tivas do pardmetro PD devem considerar dados relativos, no minimo, aos cinco anos anteriores & as estimativas dos parametros LGD e EAD devem considerar dados relativos, no minimo, aos sete anos anteriores, compreendendo, preferencial- mente, um cielo econémico completo Os periodos minimos de cobertura dos dados nas abordagens IRB, exceto durante o periodo de transig&o, para emprego das referi- das abordagens so os sequintes: | - para as exposigées classificadas na categoria “varejo’, as estimativas dos paréme- {ros PD, LGD e EAD devem considerar dados re- lativos, no minimo, aos cinco anos anteriores; || - para as exposigdes classificadas na categoria “participagdes societarias", as esti mativas do parametro PD empregadas na abor- dagem PD/LGD devem considerar dados relati vos, no minimo, aos cinco anos anteriores; Ill - para as demais exposigdes as es: timativas do parametro PO deve considerar On the Data Histories for IRRS Variables The latest official reference in this case is Comunicado 18.365 from the Central Bank of Brazil, issued on April 22nd, 2009, on preliminary guidelines (key points), whose main elements are listed next: “Paragraph 26: the minimurn data coverage periods for IRB approaches, ex cept foer the duration of the transition pe- riod, for the purposes of the use of said ap- proaches, are as follows: 1 - for exposures in the “retail” cat -egory, the estimates for PD. LGD and EAD parameters must take account of data cov- ering the five preceding years at least; I- for exposures in the *slocktold. ings" category, PD parameter estimates used in the PD|LGD approach must take account of data covering the five preceding years at least; Hl for other exposures, PD pararn- eter estimates must consider data covering the five preceding years at least, and LGD and EAD parameter estimates rust take account of data covering the seven preced: ing years at least, preferably to comprehend full economic cycle. Minimum data coverage periods for IRB approaches, except for the duration of the transition, periods, for the use of said approaches, are as follows: 1 - for exposures in the “retail” cat -egory, the estimates for PD. LGD and EAD parameters must take account of data cov- ering the five preceding years at least; 1I- for exposures in the “stockhold- ings" category, PD parameter estimates used in the PD|LGD approach must take account of data covering the five preceding years at least; Experian dados relativas, no minimo, aos cinco anos an- teriores @ as estimativas dos parametros LGD. e EAD devem considerar dados relativos, no minimo, aos sete anos anteriores, compreen- dendo, preterencialmente, um ciclo econémi- co completo. Em sintese, todo 0 proceso de vali- dagao deve seguir as premissas bésicas do acordo, considerando também as melhores praticas de mercado, as metodologias mais ampla e profundamente testadas, bem como as técnicas estatisticas de desenvolvimento e testes mais aceitas e difundidas na Indis- tria Financeira, Carlos Antonio Campos Nogueira UNI for other exospores, PD param- ‘eter estimates must consider data covering the five preceding years at least, and LGD and EAD parameter estimates must take account of data covering the seven preced- ing years at least, preferably to comprehend 2 full economic cycle.” In sum, the entire validation process must abide by the basic assumptions of the Accord, and take account of best practices, the mast broadly and comprehensively test- ‘ed methodologies, and the mast accepted and cisserninated statistical development and test- ing techniques in the Financial Industry. E graduado am Fisica PUC - Fue 6 Mest am Artic e Partiulas Elrmertares (Cento Basie de Pesquisas Fiices- CCBPFICNPO),Lidor do prc na roa do consuitria do Ty, tom 27 anos de exporiéncia continua, tendo atendico mais do 49, ‘empresas em oxca deb poistas. Séo Detar efundador da emoresa rtsliarch E mall cen@batlissarch com br (sa Phys graduate (PUC Ri) and lds 2 Masts degre in Astepysis and Elstar Paice (Cent Basi de Pesyusas ‘eee CAPHEINPQ) Ara pratie esr nT cancutancy, he ha 7 er’ continues erence, hang proved service too 4 cempanesin chao Troe. He's managing psrtrr and ound ef inleliSowch. Email eantanalsewch carb Acordo de Bassa “iternational Convorgance of Capital Measurement and Capital Standards: A Revised Fra ‘mework- Comprahonsive Version (vars da junho de 2006): htp:iwnwcbis.org/publ/bebst28 pt Comunieado 18.285 60 BACEN do 22(04)2008 sabre criontagdes proiminares (pontos: chavo} para 2 mplantacio do ‘madielas interna de isco de cxéto ‘Working Paper 14 "Stusies on the Validation of Internal Rating Systems": nitpwunw.biscorg(oublieces weld pedfPnotramas=t Measuring and Managing Crest Rsk Servigny and Renault (MC Graw Hil) Basel imolementalion—A Guid te Developing and Valldaling @ Compl ant, RRS - Czdemir Miu (MC Graw Hil) ‘A Matriz de Adeséo o 2 Curva ROC foram obtias a parti de um madelo construfdo com base no NouroShel Cas sien, da Ward Systems. Serasa‘fiB réditoe Internacionalizacao: Um Processo em Crescimento Credit and Internationalization: A Growing Process Frederico Araujo Turolla Ronald de Oliveira Concer Serasa A internacionalizagao das em- resas, em sua forma menos elabora- la, envolve a exportagao de produtos ou servigos. 0 conceito, entretanto, esta mais ligado ao estabelecimento de plan- tas produtivas em territério estrangei- ro. Em estagios mais avancados de in- ternacionalizagao, a empresa se tor- na transnacional ou multinacional. Palavras-chave: Internacionaliza- ¢40, transnacional, investimento direto. A crescente internacionalizagéo das em- presas brasileiras 6 um fenémeno evidente, mas ‘também deve ser considerada como um proces- so recente que esté em movimento. Suas raizes so razoavelmente sblidas e estdo localizadas nos ‘anos noventa, em fungéo de genuinos ganhos de compstitvidade, Estes foram gerados por estinur los macro e microeconémicos implementados prin- cipalmente naquela década, em substituigao a anti- da estratigia de substituicao de importagies, além de importantes reformas institucionais. Em fungao das transformagdes nos anos noventa, o investimento direto brasileira no exte- rior & crescente e tem atingido volumes exoressi- vos nos anos dois mil. Chegou a superar o investi- mento direto estrangeiro no Brasil, ao menos pon- tualmente, em mais de uma ocasiée, como foi 0 caso no ano de 2006, Ha vérias motivagdes para uma em- presa tornar-se transnacional. Entre estas, esté a busca de novos mercados; 0 acesso a recursos nalurais; 0 aumento de eficiéncia por ganhos de escala ou de escopo; a redu- 0 de custos transacionais com a integragéo de atividades de fornecimento ou de proces. sos complementares; entre varios outros obje- tivos estratégicos, Porém, a deciséo de internacionalizar as operagdes acarreta uma série de dificuldades, Inits least elaborate form, business firm internationalization in- volves exporting goods or services. The concept, however, is more close- ly connected with the establishment of production plants in foreign land. At more advanced internationaliza- tion stages, a business firm becomes transnational, or multinational. Keywords: internationaliza- tion, transnational, direct investment. The growing internationalization of Brazilian companies is evident, but must also be regarded as a recent pro- cess in flux. ts roots are relatively sound and lie in the 1990s, as a result of genu- ine productivity gains, These gains came fram macro- and micro-econonic stimu- {i implemented chiefly in that decade to replace the former imports substitution strategy, in addition to important institu- tional reforms. Because of the changes had in the 1990s, Brazil direct investment abroad is growing and reached expres- sive heights in the 2000s. Et even sur- passed foreign direct investment in Bra- zi), at least topically, in more than one oc- casion, as in 2006. Several motivations may lead a company to become a transnational. They include the pursuit of new markets; access to natural resources; increased efficiency through scale or scope gains; reduced transaction costs with the inte- gration of procurement activities or com- plementary processes; and many other strategic objectives. However, the decision to interna- tionalize operations creates several diffi tipicarnente encontradas pelas empresas brasi leiras. No caso brasileiro, 0 elevado custo de ca pital pare o financiamento da atividade produ va, em Ambito internacional, representa uma das dificuldades mais relevantes para a ampliagao da atividade internacional por parte das empre. sas brasileiras. Apesar da existéncia de linhas de crédito do BNDES para 0 apoio @ interna, cionalizacao, 0 custo para a abtengo do crédi- to permanece alto (Brasil, 2008), Esta dlficulda de ¢ apontada por 57.6% das empresas brasilei- ras com um obstéculo pare a insergao nos mer. cados externos. (SOBEET, 2007). O mercado de capitais vem ampliando seu papel, mas ainda de forma incipiente. © governo pode desempenhar um im: portante papel como incentivador, facilitador coordenador do processo de internacionaliza a0 de empresas nacionais, ainda que possa, por outro lado, estragar 0 processo quando ten ta criar artificialmente “campedes nacionais", Hé varios anos, 0 governo vem discutindo e ini ciando a implementagao de politicas piblicas voltadas para o fomento, através do crédito, &in. ternacionalizagao e no hé consenso sobre es as politicas, em especial para que nao se repi tao fiasco brasileiro dos anos setenta, quando o governo criou um ambiente artifical de pujan- a econémica cujos resultados desastrosos s80 amplamente conhecidos. Esle artigo contextualiza a internaciona \izago das empresas brasileires @ oferece co mentérios sobre os elementos do sistema de crédito e de mercado de capitais, assim como as pollticas pUblicas, que do suporte a esse processo. Apesar de sua relevancia, 0 assunto 6 ainda pouco estudado na literatura académi: ca brasileira, 0 que impede que este artigo ofe. rega conclusbes mais seguras sobre o tema, Na auséncia de uma literatura aplicada madure so: bre 0 tépico, nosso objetivo aqui é, apenas, o de introduzir elementos para discusséo. culties that Brazilian firms typically en- counter. in Brazil, the high cost of capital to finance international production activi- ties is one of the greatest obstacles to in- ternational activities expansion on the part of focal companies. Although BNDES fa- cilities are available to support internation- alization, the cost of credit remains high (Brazil, 2009). This issue is named by 57.6 percent of Brazilian firms as an obstacle to enter foreign markets (SOBEET, 2007). The capital market's role has been expand: ing, but remains incipient. The government may play an im- portant role in boosting, facilitating and coordinating the domestic companies internationalization process, even if it ‘may, on the other hand, ruin the process when it tries to artificially create “nation- al champions". For several years, the gov ernment has been discussing and init ating the implementation of public poli- cies that use credit to foster internation- alization, and consensus is lacking about these policies, especially so that the fias co of the 1970s is not repeated, when the government created an artificial econom- ic soundness environment whose disas trous results are well known. This paper puts the internation- alization of Brazilian business firms into context and comments on the elements of the credit and capital market system, a5 well as on the public policies that sup- port the process. Despite its relevance, the topic has been little studied in Brazit- ian academic literature, which prevents this paper from providing more accurate conclusions. In the absence of mature applied literature on the subject matter, our goal is to simply introduce elements for discussion. Serasa 0 Véo de Galinha dos Anos Setenta No fim dos anos oitenta, apés anos de intervengdo estatal, controle de pregos e limita- da exposigao das empresas & competigao alo- bal, o parque industrial brasileiro mostrava-se ineficiente. Naquele momento, a expansao in- ternacional das empresas brasileiras aconte- cia, no melhor dos casos, via exportacao. Mi- madas pela exacerbada protegao governamen- tal e sem estimulos adequados de mercado, as empresas brasileiras pouco investiam no exte- rior &, quando o faziam, era de forma pontual, ou em varios casos o investimento redundava em fracasso. Por exemplo, entre meados dos anos 1960 e até 1982, apenas a Petrobras, bancos e algumas empresas de construgao civil interna- cionalizaram suas atividades. A Petrobrés tinha © intuito de encontrar locais disponiveis para a extragdo de recursos minerais, enquanto que 0s bancos expandiam suas alvidades para ob- ter créditos no exterior. As construtoras tinham como principal destino os paises arabes, que passavam por periodos de intenso crescimento econémico @ realizacao de grandes obras. Alau- mas outras empresas, pontualmente, realizararn investimentos no exterior nesse periodo. O Gréfico 1 mostra que o movimento de internacionalizagao brasileiro que se iniciou 1nos anos setenta foi um auténtico véo de ga~ linha: 0 investimento direto brasileiro no exte- rior cresceu até atingir a casa de um bilh3o de délares por ano, mas ao longo dos anos oiten- ta retornou aos patamares do inicio da déca- da anterior. Note-se que, neste gréfico, todos os valores dos anos anteriores foram corrigidos pela inflagao do délar norleamericeno para re- fletirem pregos de 2008. Somente a partir dos anos noventa os investimentos brasileiros dire- tos no exterior comecaram a crescer de forma sustentada. The Chicken Flight of the 1970s In the late 1980s, after years of state intervention, controlled prices and limited exposure of firms to glob- al competition, the Brazilian manufac- turing apparatus was inefficient. At the time, international expansion of Brazil- ian business firms took place through exports, at best. Spoiled by the exces- sive governmental protection and lack- jing appropriate market stimuli, Brazil- ian companies made little investment abroad and what little they made was topical; in many cases, the investments failed. For example, from the mid-1960s to 1982, only Petrobrds, banks and a few construction companies international- ized activities. Petrobras aimed to find appropriate sites for mineral resources extraction, while banks expanded their activities to obtain credit abroad. The ‘main destination for construction com- panies were Arab nations, which were experiencing periods of intense eco- nomic growth and had major construc- tion works under way. A few other com- panies made topical investments abroad in this period. Chart 1 shows that the Bra- zilian internationalization movement that began in the 1970s was a chick- en flight: Brazilian direct investment abroad reached one billion dollars a year, but returned in the 1980s to the levels of the early ‘70s. In the graph, all amounts were adjusted by the US Dol- lar inflation rate to reflect 2009 prices. Only in the 1990s did Brazilian direct investment overseas start to show sus- tained growth, mCrafico IBD, USS bihoes vari DBI, USS Bitions BESECERECRERHRURRRSEESESESERSRRHRARRREBE Baseada em Competitividade Os anos noventa assistiram a uma rever- so, amipla mas incompieta, da estratégia brasile- ra de desenvolvimento. O modelo de substituigao de importagdes cedeu lugar a uma maior exposi- cdo das empresas & competigao, retirando-se boa parte das muletas protecionistas do passado. Logo na primeira metade da década, a abertura comercial da gestéo Collor aumentou a exposi¢do das empresas & compaticao, ainda que de forma atabalhoada. Isto porque, tendo sido quase unilateral, sem a negociagao de contrapar- ‘das junto aos parceiros, representou desperdicio Fonte: Banco Central do Brasil e elaboraciio dos autores Source: Central Bank of Brazil data prepared by the authors 1990s: Competitiveness Based Internationalization The 1990s saw a broad but incom plete reversal of the Brazilian development strategy. The imports substitution model gave way to greater exposure of business firms to competition, with the removal of many of the past's protectionist crutches, In the first half of the decade, the trade openness promated by the Collor ad- ministration haphazardly increased Bra- zilian companies’ exposure to competi tion, Because it was unilateral and lacked negotiated offsets with partners, it wasted Serasa de uma oportunidade histérica de garantiracesso a mercados para produtos brasileitos. Mesmo as- sim, trouxe 0 resultado de acirrar a competigao in- tera, Os dispositivos do Mercosul também con- ‘ribuiram para faciltar 0 acesso ao mercado bra- sileiro naquele period, a partir de 1994, expondo ainda mais as empresas locais & competi¢go in- termacional A Ancora cambial, elemento central da estratégia de controle da hiperinflaeao, fol um ve- tor central de promogo de competitividade, ain- da quea duras penas. A apreciagao cambial que durou de meados da década até 1999 foi relevan- te no apenas pelo seu papel na contengo dos pregos, mas também nor representar feroz pres- s&0 competitiva sobre os produtores domésticos. E provavel que muitas das empresas que produ- ziam no Brasil tenham experimentado, no perio- do entre 1994 e 1988, o que pode ter sido o perfodo de maior pressao competitiva de sua histéria. Sob dupia pressio, de abertura e cémbio desfavoré- vel, as empresas brasileiras se viram diante da de- cisdo de fechar as portas ou ajustar; alternative: mente, seriam vendidas para novos proprietérios que poderiam operar o mesmo capital com maior produtividade, As empresas de maior resiliéncia foram capazes de se modernizar e dar novos passos que eventualmente conduzem a expansio produ- tiva em mercados estrangeiros. A estratgia dos vencedores desta selegao quase darwinista dos anos noventa envolveu ajustes severos e oportu riismo estratégico no aproveitamento do momen- to de presséo competitiva com menor protecdo comercial e c&mbio desfavordvel dos anos noven: ta, até 1998, para a modernizagio de seu equipa mento produtivo, realocagao de plantas e reviséo de produtos ¢ processos. O Real apreciado con- tribuiu para a importagao de méquinas e eauipa: mentos, © que criou condigdes para uma expan: so inédita no consumo aparente desses produ- 10s, utilzados para um grande salto de renovacao a historic opportunity to ensure access to those markets for Brazilian products, Even 0, it did create greater domestic competi- tion, Mercosur instruments also contribut- ed to facilitate access to the Brazilian mar- et in that period, beginning in 1994, fur- ther exposing local companies to interna- tional competition. The foreign exchange anchor, the key ‘element of the strategy to bring hyperinflation under control, was a central vector of the pro- ‘motion of competitiveness, even if it carne at a high price. The exchange rate appreciation that fasted from the rig-1990s to 1999 was rel- ‘evant not only for the role it played in contain- ing prices, but also because il exerted heavy ‘competitive pressure on focal producers. It is likely that 199498 was, for many companies active in Brazil, the period of greatest compet- ‘tive pressure ever. Facing the two-front pres: ‘sures of trade openness and unfavorable ex change rates, Brazilian business firms had to choose between closing or adjusting: alterna tively, they could be sold to new owners ca ‘pable of operating the same capital with in creased productivity The more resilient firms were able fo modernize and take the steps that even: tually lead fo productive expansion in foreign markets. The strategy of choice of the win- ners of the almost Darwinist selection of the 19908 involved several adjustments and stra tegic opportunisrn to take advantage of the competitive pressures of reduced protection and unfavorable exchange rates until 1998, to modernize their production equipement, re- allocate plans and review products and pro- cesses. The appreciated Brazilian Real con- tributed to the machinery and equipment im- ports, setting the stage for an unprecedent ‘ed expansion of the apparent consumption of ‘machinery and equipment used for the major do parque produtivo, que nao por acaso ocorreu justamente nesse periodo. Cimpulso externo das empresas brasieiras se intensificou, inicialmente, com as exportagées. ‘Apés competigao intensa, a desvalorizagéo car- bial, em 1999, ofereceu graus de iberdade no préprio mercado interno, e ainda trouxe um alento & expor- ‘ago. O que se vi, desde ento, foi um erescimen to significativo do quantum exportado, intensifica do em anos recentes por pregos bastante favoréveis, Hé razBes acessorias para este comportamento po- sitivo, como as poltcas piiblicas pera o agronegscio da décade anterior que recolocaram o pais na condl- ‘edo de poténcia das exportagées deste segmentoea prGpria expanséo da demanda internacional. Mesmo Controlando o efeito destes fatores, 0 pais aumentou significativamente sua presenga externa em fungéo do ganho de compettividade, Observa-se que, nos estégios iniciais, odes. tino do investimento brasileiro esteve alrelado a pa ses com condigées similares ao seu nivel de desen. volvimento, cenério constatado até a década de no- venta, O fenémeno é registrado, da mesma forma, fem outros paises em desenvolvimento, Por exemplo, Unetadl (2007) destaca 0 crescimento dos fluxos de investimento direto estrangeiro no sentido sulsul, ou soja, entre paises em deserwolvimento, Enlretanto, importantes operagées recen ‘es de invastimento de paises er desenvolvimen 40 em mercados deserwolvidos sugerem que pode haver mudanga da tendéncia de investimentos sul sul, Entre estas operagoes, podem ser mencionadas a fuse de Ambev e Interbrew, a recente aquisicao da Inco pela CVRD e ainda a compra do Swift pelo Friboi, Neste tllimo caso, o Grupo JBS brasileiro tor nou-se0 grupo frigorifico com maior capacidade ins. ‘alada em ambito mundial. Assim, o momento atual onstitui exerpio impar de internacionalizagio com conquista de mercados centrais, de forma que néo constitu’ surpresao interesse que o movimento vem despertando tanto na literatura académica quanto nas publicagées voltadas para negécios. renovation leap in production facilites that — not by chance — happened in this period, Brazilian’ business firms’ overseas push intensified with exports, at first. After in- tense competition, the currency devaluation of 1999 offered a certain level of freedom in the domestic market and also boosted exports. Since then, exports volumes have been grow. ing significantly, and more intensely in re- cent years as a resuit of rather favorable pric- es, There are additional reasons for this pos- itive behavior, such as the previous decade's agribusiness policies, which recouped the country’s status as an exporting powerhouse in this segment, not to mention increased in- ternational demand. Even controling for the effect of these factors, the country’s foreign presence shows significant improvement from competitiveness gains. In the early stages, the destination of Brazilian investments was countries at similar development levels, a scenario seen until the 1990s, The same phenomenon is seen in other developing countries. For ‘example, Unctad (2007) points out South: South foreign alrect investment flows, that is, flows between developing nations. However, important recent invest ‘ment deals from developing to developed countries suggest that the South-South investment trend may be shifting. These deals include the Ambev-Interbrew merger, CVRD'S recent acquisition of Inco, and Fri bboi’s purchase of Swift. in the latter case, Brazil's Grupo JBS became the world’s largest meat packers in installed capaci- ty. As such, the present moment is an un- precedented example of internationalization with the conquest of central markets, so that there is no surprise in the interest this shift has been attracting in both acadernic literature and business publications. Serasa Potencial de Internacionalizagao Ha varios elementos que sugerem que o movimento de internacionalizagdo de empresas brasileiras, hoje em marcha, deverd continuar no futuro préximo, Em particular, podem ser conside. rados dois elementos: a predig&o da teoria sobre © processo de internacionalizago; e a evidéncia empirica sobre a posigao do Brasil quanto aos in vestimentos diretos estrangeiros no mundo atual Em primeiro lugar, vale observar as predi- ‘ges de uma das principais teorias sobre a interna- cionalizag&o de empresas, a chamada escola de Uppsala, que ganha o nome da universidade sue ca onde foi concebida, nos anos setenta. Nesta vi- so, @ empresa se internacionaliza em passos in- crementais, buscando primeiro os mercados mais préximos, de mesma Ingua ou de mesma cultura Em seguida, a empresa vai se aventurando em no- vos mercados com crescente diferenga em relago 20 original, Isto corresponde a reduzir gradualmen- tea disténcia psiquica entre omercado original eos mercados hospede'ros. Em urna visdo mais moder- na da teoria de Uppsala, isto corresponde a pene- trar gradualmente em redes relevantes de negdcios internacionais (JOHANSON e VAHLNE, 2009). Varios processos de internacionalizagao_ de empresas brasileiras se identificam com as predigdes da escola de Unpsala. Hoje, como vé- rias empresas bresileiras estdo no comeco, ou no meio desse processo, é provével que nows pas- sos sero dados e que os investimentos diretos no- exterior se sustentem ainda por muitos anos, com base nos processos jé em andamento. Em segundo lugar, 0 Brasil ainda é um in- vestidor relativamente timido, se comparado ao padrao internacional para seu estagio de desen- volvimento. O Gréfico 26 um diagrama de disper so entre 0 estoque de investimentos recebidos (inward investment) e o estoque dos investimen- tos realizados, corm dados da UNCTAD, ambos relativizados pelo PIB. Internationalization Potential Several elements suggest that the Brazilian business firm internationalization ‘movement that is under way should persist in the near future. Two elements in particu lar may be considered: theoretical predictions ‘concerning the internationalization process; and empirical evidence regarding Brazi’s cur ‘ent foreign direct investment position. It is worth noting, firstly, the pre- dictions of one of the main theories on busi- ness firm internationalization, that of the Uppsala School, named after the Swedish university where it was conceived in the 1970s. According to this theory, firms inter- nationalize at incremental steps, going after the closest markets first, those with simi: Jar languages or cultures. They then ven- ture into new markets that are increasing- ty different from home. This corresponds to a gradual reduction of the psychic dis- tance between the home and the host mar- kets. According to a more modern view of the Uppsala theory, it means gradually pen- trating relevant international business net. works (JOHANSON & VAHLNE, 2009). The internationalization processes of soveral Brazilian business firms identify with the predictions of the Uppsala School. Today, with several Brazilian cornpanies at the beginning or midale of the process, it is likely that new steps will be taken and that direct investinent abroad will be sustained for many years to come, based on process: es already under way. Secondly, Brazil is stil a relative- ly timid investor relative to the international standard for its development stage. Graph 2is a dispersion chart of inward investment stock and outward investment stock based (on UNCTAD data and relative to GDP. Grafica? Estoque de investimentos Recebidos e Reslizados, % do PIB Outward Stock seeeeureees 0 Gréfico ? evidencia que os paises de- senvolvides esto, em geral, acima da reta de 45 graus do diagrama de dispersdo. Isto significa que eles tém um maior estoque de investimentos realizados no exterior que recebidos em seu pals. Eocaso dos EUA ¢ da Inglaterra, por exemplo, Ja os paises em desenvolvimento esto em posico contréria, como 0 Brasil, o México e a China, que estéo abaixo da linha de 45 graus por terem rea- lizado menos invastimento no exterior do que re- cebido nos seus paises. A existéncia de um pos- sivel processo de convergéncia entre o padréo de deserwolvimento dos paises (pelo menos no que sereferea grandes emergentes) deve levar a uma equalizagao das figuras. ‘As evidéncias sugerem, assim, que o movimento de internacionalizagZo das empre- sas brasileras deveré continuar. Uma importan- +e questo é sobre o apoio que estas empresas te- ro, caso algum seja necessério, para se interna- Chart 2 Inward and Outward Investment Stock as % of GDP Recebidos Inward Stock Chart 2 shows that developed countries are, in general, above the 45-d2- gree line in the dispersion chart. This means that their outward stock exceeds ai- rect investment made in them. This i the case of the US and UK, for example, de- veloping countries, on the other hand, like Brazil, Mexico and China, are at the reverse position, below the 45-degree line since the investments they make is fess than they re- ceive. The presence of a possible conver- gence between national development pat- terns (at least as concerns the large emnerg- ing economies) should lead to an equaliza tion of figures. The evidence suggests, therefore, that the internationalization movernent of Brazilian business firms should persist, One important issue concerns the support they ‘may get, fl any is needed, to internationaliz; Serasa cionalizarem; ¢ 0 suporte de crédito e mercada de capitais, para que o seu potencial se coneretize. Politicas de Apoio a Internacionalizacgao A percencéo de que a intermacionaliza- a0 dle firmas apresenta importantes efeitos agre- gados sobre a produtividade e sobre o crescimen- fo, mas no acontece naturalmente, conduz & idéie de polticas ptiblicas especfficas. As falhas de mercado subjacentes justiicam um papel re- levante para o Estado na catalisagéo do processo de expansao internacional das firmas, com exter nalidades positivas para a economia doméstica Assim, praticamente todos os paises de- senvolvides mantém poltticas pré-ativas voltades de indugo da internacionalizagao. A Tabela 1, compilada por Alem e Cavalcanti (2005), identifi ca 08 conjuntos de poltticas de paises desenvolvi dos em meados da década pessada. ‘Alem e Cavalcanti (2005) avalian que @ co- laboragéo do governo no processo de intemacionali- zag0 das empresas brasileras ainda é incipiente, 0 que poderia estar relacionado ao temor de redugzo da criagdo de empregos no pais de origem, no caso © Brasil, prejuizo ao Balango de Pagamentos devido a salda de divisas do pats e possivel redugo nos ni veis de investimento domestica, ou seja, os casos de internacionalizagio das empresas brasileiras so de méritos apenas das proprias empresas, deforma ge- ral. Entretanto, os autores apontarn que: "Ao contrério do que possa parecer & pri meira vista, a possibilidade de ‘ortalecimento da empresa com a interacionalizago pode levar a um crescimento do ntimero de empregos na eco: rnomia de origem, 0 que certamente poderia dei xar de acontacer caso uma empresa no interna: ionalizada @ en‘raquecida pela concorréncia in- ternacional com outras transnacionais viesse a fe charas suas portas (.). Ainternacionalizacao deve ser vista como um meio essencial para o aumen- to da compstitvidade internacional das empresas, and the credit and capital market support for their potential to come to fruition. Internationalization Support Policies The perception that company inter nationalization has important aggregate ef- fects on productivity and growth, but does not occur naturally, leads to the nation of ‘specific public policy. The underlying mar- el failures justify a relevant role for the State as a catalyst of international expan- sion, with positive externalities for the do- ‘mestic economy, Therefore, almost all developed na tions maintain proactive internationalization induction policies. Table 1, cornpiled by Alern & Cavalcanti (2005), identifies developed countries’ policy sets in the mid-1990s. Alern & Cavalcanti (2008) find that the government's cooperation with the in- fernationalization process of Brazilian bust- ness firms is stil incipient, which may be related to the fear of reducing jobs creation in the home country, losses to the Balance of Payments as @ result fo currency out. flows, and a possible reduction in domes- tic investrment levels; that is, cases of inler- nationalization among Brazilian business firms are, in general, the merit of the rel- evant firms alone. However, the authors point out that “Contrary to first impression, the frre's ability to derive strength from inter nationalization may lead to jobs growth in the home economy that might certainly not take place if a firm failed to internationalize and, weakened by international competition with other transnationals, eventually shut down (..). Internationalization must be re- garded as an essential means to increase firms’ international competitiveness, ro- promovendo o desenvolvimento dos paises (..}. No comércio internacional uma das categorias que mais tém ctescido ¢ 0 cométcio intrafirma, Isso aumenta.o potencial de expansdo das exportacdes do pais de origem.(..) Vale destacar que a interna- ionalizagao também viabiliza a entrada das em: presas em setores que néo podem ser atendidos via comércio (Servigos, por exemplo, n&o-comer: cializéveis), o que é de particular relevancia tendo em vista a possibilidade de estimulos indiretos &s exportagées a pertir das frmas multinacione's do- mésticas (as filais podem importar equipamentos, insumos etc. de fornecedores do pais de origem)" (ALEMe CAVALCANTI, 0, 56-58). ‘moting national development (..). In for- eign trade, one of the fastest growing cat- egories is intra-firm trade. This increases the export potential of the hore country. (..) It is worth noting that internationaliza- tion also enables firms to enter industries that may not be served via trade (services, for example, non-tradables), which is par- ticularly relevant in the light of the possi- bility of indirect stinnull to exports from do- mestic multinational companies (branch- es may import equipment, inputs, ete. from home-country suppliers)" (ALEM & CAVAL- CANTI, p. 56-58} iebela 1 Paises Desenvalvides com Instruments de Apoio ao Investimanto Direto no Exterior Informarso Tntormapsos [Misses Aan x E Rusia Btiice ena Dramas Fnngia ra Pale Bae Nowaze Espanta Financiamentos do Projeta Fonte: Unetad (1896) em Alem e Cavalcanti (2005) Serasa‘fif' Experian Information and technical support Information Baum c Frere New Zslond Neway Portugal Spain Sessa Switerand UK us x x O BNDES, por sua natureza, é um brago importante de qualquer politica de fomento a in- ternacionalizagao. De acordo com Alem e Caval canti (2005), o BNDES a partir de 2002 incremen. ‘tou seus instrumentos de apoio, oferecendo maior disponibilidade de recursos para expanséo no ex: terior e no desenvolvimento dos projetos, desde que os empreendimentos significassem aumen- to das exportages na origem. Os autores apontam que, em 2002, 0 BN- DES criou 0 Programa de Apoio a Investimen. tos de Empresas Bresileiras de Capital Nacional no Exterior, para financiamento de investimentos Project Develop ‘Source: Unctad (1996) in Alen & Cavalcanti (2005) Developed Countries with Foreign Direct Investment Support Instruments BNDES, by its very nature, is an itn- portant elernent in any internationalzation in centives policy. According to Alern & Caval- ccanti(2005), BNDES has since 2002 increased ‘ts support instruments, offering addtional {funds for international expansion and project development, as lang as the investments led to increased exports at the source. The authors note that, in 2002, BINDES created its Support Program for Do- smestic Capital Brazilan Companies’ Foreign Investment, to fund investments in sales, lo istics, exports supporting services infrastruc nas areas de comercializacao, logistica, iniraes- trutura de servigos de apoio a exportagées, insta: lagio de Unidades produtivas no exterior e até for- magdio de joint ventures. Para a imolementagao do programa, houve a necessidade de uma mudan- ano préprio estatulo do BNDES. Segundo Alem e Cavalcanti (2008): “Osrecursoscaptades no exterior sero Ut: lizados pelo BNDES para o financiamento a proje tos de internacionalizagao, O custa dofinanciamen: to incluiré, além do custo de captagao externa, um spread de 3 a4,5% a.a,, mais um prémio de perfor mance a ser definido de acordo com cada projets, Para receber o apoio do Banco, o projelo terd de ge. rar retomo igual ou superior ao valor financiad, & esses recursos devergo ser remetidos 20 Brasil em um oraz0 a ser definido também de acordo com a projato" (Alem e Cavaleanti,p. 7), A Resolugdo BNDES 1189 de 19/07/2005 constitu novo esforgo de politica publica de fo: mento a operagdes de Investimento Direto no Exte- rior das empresas de capital nacional. A Resolugao explicitou como objetivo “estimular a insergao @ o fortalacimento de empresas de capital nacional no mercado internacional, [.], através do apoio a inves: ‘timentos ou projetos a serem realizados no exterior, sempre que contribuam para promover as exporta Ges brasileiras’, O apoio abrange investimentos na construgio de novas unidades, na aauisigéo, am. pliagéo ou modernizago de unidades ja instaladas ou mesmo na particinacao socieléria em compa nias internacionais, semore que contribuam ara aexportacdo de bens eservigos brasileiros, além de suprimento de necessidades de capital de giro. A primeira operagao contratada sob as re- ras da, Resolugdo 1189 fo a aquisigao, pelo frigort fico JBS)Friboi, da Swift Armour Argentina, omaior ‘rgorifico daquele pais, uma operagao no valor ce US$ 80 milhdes. A narticipagdo do BNDES tam. bém foi fator chave para viabilizar a aquisigao do ‘Swift global, que converteu 0 JBS no Iider muncial do mercado de came e que‘ feita través de emis ture, establishment of manufacturing units abroad and even joint ventures. Implernenta- tion of the prograrn even required an amend- ‘ment to the BNDES's articles of incorporation. According to Alern & Cavalcanti (2008): “BNDES uses Funds raised abroad to finance internationalization projects, the cost of financing will include, in adaltion to the foreign fund-raising cost, a spread of 3-45 percent per year, plus a performance premium to be defined on a project-by-proj- ‘ect basis, To get support from the Bank, the project will have to generate return equal to cr in excess of the financed amount, and the funds must be transferred to Brazil within a period to be defined according to the project” (Alern & Cavatcanti p. 70). BNDES Resolution No. 1189, dated Julf19}2005 marks a new public policy effort to foster domestic companies’ Foreign Direct investment operations. The Resolution’s stat ‘ed objective is to “stimulate the insertion and strengthening of domestic companies in the international market, [..}, through support to investments or projects to me made abroad where they contribute to promoting Brazil jan exports", The support prograrn compre- hends investments in new units construc- tion, acquisition, expansion or modesniza tion of existing units, or even stock in inter ‘national companies where they contribute to the exports of Brazilian goods and services, in addition to working capital needs. The first deal made under the Res- olution 1189 rules was JBS|Fribo's USS 80 sillion acquisition of Swift Armour Argenti- rna, the largest meat packers in that country BNDES was also key to enable the acquisition of Swift globally, which made JBS the world leader in the meet market and took place via issuance of new stock in the amount 0 USS 1.88 billion. BNDESpar would subscribe up to Serasa séo de novas ages no montante de 1,85 bilhdes de délares, O BNDESpar subscreveria até um limite de cerca de US$ 1,¢6 bilhdes dos novos papéis. O pre- sidente do BNDES, Luciano Coutinho, declarou no Estadio de So Paulo de 28 de junho que operaco se “insere na poltica de fortalecer empresas brasi- leiras a se lornerem alores globes’, confirmando 0 apoio do Banco & internacionelizagao das empra- sas brasiloras, Esla avaliagdo sugere que hé amplo espa- Go para polticas de incentives no émbito do BN- DES ¢ de outras capazes de formular e implemen. ‘ar polticas ptblicas, visto que ha inaicios de queo processo de internacionalizacdo de empresas traz beneticios significativos para o pais, Entrotanto, ha que se importer os importantes riscos da escola de "campades nacionais’ sem base compettiva. Crédito, Mercado de Capitais e Internacionalizagao A pesquisa do Férum de Lideres/Sobeet realizada no ano de 2006 revelou que entreas prin- cipais barteiras para 0 processo de intermaciona- lizagdo das empresas brasileiras € 0 fator crédito. Neste aspecto, as barreiras financeiras so apon- tadas como inviabilizadoras nos negécios no ex: terior, tanto em relagao as clficuldades de capla- Go de recursos no mercado domésticos & a com- posigfo cle garanticas necessérias para o finan- ciamento, © mercado doméstico de capitais vem desempenhando um papel incipiante nesse sen- tido e esta uma novidade importante que contri- bul para a sustentagdo dos movimentos em dire- 40 a0 exterior Um exemplo desta importancia pode ser confirmada em uma elaboragao econométrica com dados brasileitos. Concer, Turolla e Marga- rido (2010) investigaram a questdo relacionando o investimento citeto brasileiro no exterior a quatro varidveis: 0 nivel de cdmbio; o PIB brasileiro relat vamente ao internacional; as exportagBes brasile- around US$ 1.46 billion worth of the new se- curties. As reported by O Estado de Sao Pauiio newspaper on June 29th, BNDES chairman Luciano Coutinho said that the operation “is part of the Brazilian policy of strengthening fo- cal companies to become global actors,” con- firming the Bank's support to the internation- alization of Brazilian business firms, This suggests that there is arnple oom for incentive policies within BNDES and other entities capable of making and imple- ‘menting public policy, given that indications ‘exist that the business firm internationaliza- tion process carries significant benefits for the country. However, one must prevent against the hazards of selecting “national charmpi- ons” devoid of competitive grounds. Credit, Capital Market and Internationalization The Férumn de Lideres|Sobeet sur- vey done in 2006 found that credit is the ‘main barrier to the intesnationalization pro- cess of Brazilian business firms is credit From this angle, financial barriers are re- garded as impeditive to business abroad, in lerms both of the difficulty raising funds in the domestic market and of the provision of sufficient collateral for financing. The domestic capital market has ‘been playing an incipient role in this sense, and this is important news that contrib- Utes to sustaining outward movements. One illustrative example of this relevance may be confirmed based an an econometric essay using Brazilian dala Concer, Turolla & Margarido (2010) inves- tigated the issue by relating Brazilian di- rect investment abroad with four variables: exchange rate level; Brazilian GDP relative to international GDP; Brazilian exports, whose past behavior may be related with ras, cujo comportamento passado pode estar rela- cionado ao investimento direto atual, como prev ‘omodelo de Uppsala; e @ liquidez do mercado do- méstico de capitais no Brasil. O Gréfico mostra 0 resultado da fungo de resposta de impulso para a variével de iquidez do mercado de capitais. trabalho de Concer, Turola ¢ Margari- do (2010) mostra que a disponibilidade de funding lo- cal esté diretamente relacionado a intermacionalizago cde empresas por alguns meses, ainda que este eft ‘to seja compensad alguns meses apés, Isto talvez re- fita 0 fato de que os brasieiros estéo acastumados a serem répids. Conforme os autores, “é possivel que 0s brasiiros estejam habituados a agir répido ao ver uma janela de oportunidade nos mercados de capi- ‘zis domésticos, jé que, no passado, essas janelas se abriam e fechavam muito répida e subitamente, Em- bora esse ponto merega maior investigagao, condiz ‘com os comentéios frequentemente feitos por pro: {issionais dos mercados de capitais brasiteros” (CON- CER, TUROLLA e MARGARIDO, 2010, p. 5) present direct investment, as predicted ty the Uppsala model; and the liquidity of the domestic Brazilian capital market. The Graph shows the outcome of the impulse response function to the capital rnarket f- guidity variable, fico Resposta de Impulso de FDI & Liquidez do Mercado de Capitals Chart. FDI impulse Response fo Capital Market Liquidity The work of Cancer, Turola & Margar- 40 (2010) shows thatthe availabilty of local fund- ing relates directly with frm internationalization for a few months, even if the effect is offset a {few months later. This may reflect the fact that Brazilians are stil geting used to acting fast. Ac- cording to the authors, “it may be the case that the Brazilans are used to be quick when they see a window of opportunity in domnestc capital markets, asin the past those windows opened «and closed very rpidly and suddenly. Although this point should be further investigated, itis ‘consistent with commentaries often heard frm capital markets’ practitioners in Brazil" (CONC- ER, TUROLLA & MARGARIDO, 2010, p. 18). Serasa Observagées Finais Ha um processo em marcha de inter- nacionalizago das empresas brasileiras. Este processo reflete, fundamentalmente, os ga- nhos de competitividade obtidos pela econo- mia brasileira durante os anos noventa, quan do foi revertido o modelo de substitui¢do de im- portagdes e se procedeu a uma maior exposi- ao das empresas domésticas a competigao internacional Varios paises mantém politicas vol- tadas para a internacionalizago de suas em- presas e, em geral, essas politicas incluem im- portantes elementos de crédito. Nao esta cla ro que estas politicas sejam realmente neces sarias, pois podem gerar empresas “mimadas que nao tém competitividade genuina, mas apenas apoio publico; e neste caso, a conta serd invariavelmente repassada aos contribuin- tes do pais de origem, comprometendo a com- petitividade dos demais setores para bene‘iciar um seleto grupo de empresas que, tipicamen- te, tém vantagens do tipo "amigo do Rei’, ou sao estatais com forte poder de influéncia poli- tica, ou seja, vantagens néo relacionadas & ca- pacidade competitiva. Por exemplo, a Espanha, a partir da se- gunda metade dos anos 80, iniciou uma série de medidas para a liveralizagao da saida de in- vestimento direto estrangeiro. A adogao de tals pollticas pablicas favoreceram as empresas es- panholas aderir ao processo de internacionali- 2a¢20, principalmente me fungo da abertura de linhas de financiamento (Brasil, 2009), Por outro lado, a Espanha arca hoje com os efeitos de grave crise fiscal que possivelmente esté comprometendo a capacidade de crescimento: da sua economia. Claramente, entretanto, a quest&o do crédito e das politicas publicas de fomen- to a internacionalizagéo das empresas mere- ce ser aprofundada no caso brasileiro. Se, de Closing Comments An internationatization pro: cess is under way for Brazilian business firms, The process reflects, essentially, the competitiveness gains made by the Brazilian economy in the 1990s, when the imports substitution mode! was re- versed and domestic firms became more exposed to international competition. Several countries maintain pro: internationalization policies and, in gen- eral, these policies include relevant el- ements of credit. It is unclear whether these policies are really needed, as they may created “spoiled” firms that lack true competitiveness and rely on pub- ic support only; in this case, the bill will invariably go (0 the home country's tax- payers, compromising the competitive- ness of other industries to benefit a se- fect group of firms that usually enjoy “courtier” privileges: they are either state owned or have great political influence, that is, their advantages are not related to competitiveness. For example, Spain, beginning in the second half of the 1980s, started deploying a series of measures to liber- alize foreign direct investment outflows. The adoption of these policies encour- aged Spanish companies to internation- alize, particularly as a result of the cre- ation of credit facilities (Brazil, 2009). On the other hand, Spain now struggles with the effects of a severe fiscal crisis that is perhaps compromising its economy's ca- pacity for growth, Clearly, therefore, the issue of credit and public pro-internationaliza- tion policies deserves more in-depth in- vestigation into the case of Brazil. If, on the one hand, unbridled reliance in a free um laclo, a confianga irrestrita em um processo market process will fal to bring about the de livre mercado nao traré os resultados dese- desired outcomes, one must, on the oth- jados, é preciso, por outro lado, evitar os peri- er hand, avoid the dangers of “national gos dos “campedes nacionais" e dos mecanis- champions” and mechanisms that pro mos promotores de wos de galinha que carac- ‘mote the chicken flights that character- terizaram 0 Brasil dos anos selenta, com teses ized Brazil in the 1970s, with protection- portecionistas e concentradoras de renda que ist, income-concentrating notions that hoje voltam a ganhar forga nos meios politicos are now regaining strength in political © empresariais. and business circles. Frederico Araujo Turolla Professor do Mastrado om Gastio Infernacional da ESPM, professor de economia da EESPIFGV o sécio da Pozeo Pesguise e Coneulloria Ltda, Ema: furolagesom br International Maragernent Master's Program Profesor at ESPM, Econamics professor at EESPIFGV and partner at Pezco Pesquisa e Consutoria Lda E-mail [urliagespm br Ronald de Oliveira Concer Mastrando do Programa de Mestrado em Gestio Internacional da ESPM (ESPM/PMGi] 2 rotessor da ESPM E-mail rconcertaespm.br International Management Master's Program Candie a ESPM (ESPMIPMGI and Professor at SPM. malt reoncerdhespm.r ALEM, A. C: CAVALCANTI,C. E.OBNDES 20 Apolo’ Internacionalzagéo das Emprasas Srasileras:Algumas Re ‘ox6es. Revista do BNDES, Rio de Jancito, v.12 no. 2, p. 4876, dozemiro de 2008 BRASIL, Terma de Referéncia:Intrnacionalizardo de Empresas Brasleras Brasla, dezerbro de 2009, CONCER, R, de; TUROLLA, FA, ; MARGARIDO, M.A, The macrosconamic determinents of outward FDI: then ‘uence ofthe exchange rate in the Brazilian case. Aitigo selecionado para apresentapdo oral no th Iberian later rat onal Businass Conference (IBC), Barcolona(Spair), October Tth-sth, 2010, JOHANSON, J. VAHLNE, J, 2009), The Uppsala internat onalization process made revisited: From lability of fara ‘ness to iallty of outsidership. Journal of International Business Studies 4, pp. 1411-7431 ‘SOBEET, Internacionalizagdo das Empresas Bresiliras, S40 Paulo, 2007, Ecitora Clo,

You might also like