A funo sintomal compreende questes sobre a demanda e
analisabilidade. De acordo com Lacan, h apenas uma demanda verdadeira para se dar incio a uma anlise: a de se desvencilhar de um sintoma. Quinet (2000) afirma que para Lacan, a analisabilidade funo do sintoma e no do sujeito e deve ser buscada, a partir da transformao do sintoma do qual o sujeito se queixa em sintoma analtico. Isso significa que preciso que: a queixa se transforme numa demanda endereada quele analista e que o sintoma passe de estatuto de resposta ao estatuto de questo para o sujeito, para que este seja instigado a decifr-lo (Quinet, 2000, p.16). Este um dos efeitos teraputicos das entrevistas preliminares que consiste em transformar respostas em perguntas, j que o sintoma uma resposta. O sintoma psicanaltico um arranjo que o sujeito faz para responder ao desejo do Outro e sempre endereado ao Outro e, por isso, se repete nas diversas situaes de sua vida.
3- Ressalte a importncia e o que est em questo na funo diagnstica
A funo diagnstica, compreende uma funo das entrevistas
preliminares e se institui como um papel de direo da anlise, ou seja, ela s ter sentido se servir de respaldo para a conduo da anlise. Segundo Freud, existem razes diagnsticas para comear o tratamento desta forma, pois nos casos de neurose com sintomas histricos ou obsessivos, h certa dificuldade em diferenci-los das chamadas demncias precoces (esquizofrenia, parafrenia). Portanto, torna-se necessrio a realizao de um diagnstico diferencial, em particular, o diagnstico diferencial entre neurose e psicose na medida em que a forma de conduta frente ao caso se torna diferente para cada uma dessas estruturas clnicas.
5- Histeria e Ressentimento comente
Segundo Freud, o afeto que perpassa a fantasia feminina de castrao que se acha na origem da histeria no a angstia, como no menino, mas o dio e o ressentimento para com a me. A mulher no poderia ter angstia de castrao no sentido verdadeiro do termo, uma vez que j castrada, assim, no h para ela nenhum perigo de castrao. Entretanto, existe efetivamente uma fantasia feminina de castrao, na qual, portanto, a castrao no uma ameaa, e sim um fato consumado. Em sua fantasia, a menina no tem ideia de um pnis, mas de um falo que lhe foi roubado. E tampouco tem uma ideia da vagina como cavidade positiva, mas sim da falta de um falo eu deveria ter estado ali. Uma imperfeio que a histrica tambm percebe na me, a quem culpa por essa falta.