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INTRODUÇÃO
Expressa a rentabilidade em termos absolutos. Tem uma utilidade informativa
bastante reduzida. Afirmar que a General Motors teve um lucro de, digamos, 5 milhões
de reais em 19X6 e que a empresa Descamisados Ltda. teve um lucro de duzentos mil
reais no mesmo período, pode impressionar no sentido de que todo mundo vai perceber
que a General Motors é uma empresa muito grande e a outra muito pequena e só; não
refletirá, todavia, qual das duas deu maior retorno relativo.
De maneira geral, portanto, devemos relacionar um lucro de em
empreendimento com algum valor que expresse a dimensão relativa do mesmo, para
analisar quão bem se saiu a empresa em determinado período. O melhor conceito de
dimensão poderá ser ora volume de vendas, ora valor do ativo total, ora valor do
patrimônio líquido, ou valor do ativo operacional, dependendo da aplicação que
fizermos.
No que se refere ao lucro, por sua vez, muitas variantes podem ser empregadas:
lucro operacional, lucro líquido, lucro antes ou após o imposto sobre renda etc. É
importante que o conceito usado no numerador seja compatível com o empregado no
denominador. Se estivermos interessados no quociente de retorno sobre o ativo
operacional, devemos usar no numerador o lucro operacional e não o lucro líquido.
O fato é que, para determinadas finalidades, certos conceitos são melhores. Se
quisermos calcular, para efeito preditivo, o que possa ocorrer com a rentabilidade da
empresa no futuro, em termos de tendência, será melhor excluir do numerador e do
denominador contas e valores não repetitivos ou não operacionais. Se, por outro lado,
desejarmos ter uma idéia da lucratividade em sua totalidade, será conveniente relacionar
o lucro líquido com o investimento total. Se quisermos ter uma idéia do retorno para os
acionistas, o melhor será relacionarmos o lucro líquido (após o imposto de renda) com o
patrimônio líquido.
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Este quociente, apesar dos esforços constantes para melhorá-lo, comprimindo
despesas e aumentando a eficiência, apresenta-se baixo ou alto de acordo com o tipo de
empreendimento. Por exemplo, normalmente a indústria automobilística (ou de refino
de petróleo) tem margens relativamente pequenas e valor de venda muito alto. O
inverso pode ocorrer para pequenos negócios comerciais, industriais etc.
GIRO DO ATIVO
Este quociente já foi visto como quociente de rotatividade. Aqui ele volta e
ganha realce e importância para compor o retorno sobre o investimento.
Pode ser calculado de duas formas:
a. Giro do Ativo Operacional = Vendas Líquidas _
Ativo Operacional Médio
Como vimos, duas variantes podem ser utilizadas: a operacional e a líquida. Por
outro lado, o denominador é médio e valem todas as observações já feitas para o cálculo
de valores médios.
Exemplo: duas empresas apresentam as seguintes condições:
Empresa A Empresa B
Vendas Líquidas $ 1.500.000 $ 1.875.000
Ativo Médio 600.000 937.500
Lucro Líquido 150.000 234.375
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Para a Empresa A, a Taxa de Retorno (DIR) seria igual a:
Despesa Total
Despesa Fixa de A
Empresa A
(1.500.000 – 150.000) $ 1.350.000 $ 675.000 (50%)
Despesa Total
Despesa Fixa de B
Empresa B
(1.875.000 – 234.375) $ 1.640.625 $ 410.156 (25%)
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equilíbrio, embora a Empresa B seja de dimensões maiores, tendo obtido, ambas, o
mesmo retorno líquido sobre o investimento (25%).
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b. Quociente de Retorno sobre o = Taxa de Retorno sobre o Ativo
Patrimônio Líquido Porcentagem do Ativo Financiado pelo
Patrimônio Líquido
ATIVO
Ativo Circulante 150.000
Ativo não Corrente* 350.000 500.000
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Passivo Circulante 120.000
Passivo Exigível a Longo Prazo 170.000 290.000
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Em nosso exemplo:
QRPL = 0,15 / 1 – 0,58 = 0,15 / 0,42 = 0,357 = 35,7%
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POSSIBILIDADES DE CÁLCULO DE QUOCIENTES
COMPARAÇÕES DE QUOCIENTES
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O que se pode formar, pela apreciação conjunta dos quocientes, o mais das
vezes, é uma opinião de conjunto, mais do que um veredicto. O equilíbrio e a
ponderação devem ser as características dominantes do analista. Suponhamos que uma
empresa, num lapso de tempo considerável, venha apresentando bons quocientes de
rentabilidade e sofríveis de liquidez. Esta empresa está, possivelmente, numa situação
pior que outra que apresente quocientes de rentabilidade e liquidez apenas razoáveis. A
distorção ou arritmia entre rentabilidade e liquidez pode ser admitida em períodos
curtos, mas não se deve transformar numa tendência, pois irá provocar pontos de
dificuldades praticamente paralisantes para a empresa. A começar pela própria
rentabilidade; como conseqüência das cargas cada vez maiores de juros e despesas
financeiras sobre empréstimos tomados para minorar os apertos financeiros, ela piorará
e se agravará cada vez mais, numa espécie de círculo vicioso a liquidez.
As providências que aconselhamos para análise conjunta dos quocientes são as
que a seguir enumeramos:
Quocientes de Liquidez
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b. Liquidez Corrente = Ativo Circulante_
Passivo Circulante
Quocientes de Endividamentos
Quocientes de Rotatividade
d. Posicionamento RELATIVO = (b ) _
(c)
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No Brasil, Stephen C. Kanitz, do Departamento de Contabilidade e Atuária da
Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) tem
desenvolvido esforços numa linha semelhante de trabalho. Construiu o chamado
“termômetro da insolvência” que explicaremos rapidamente a seguir, composto de um
número reduzido de quocientes. Por meio de tratamento estatístico de dados de algumas
empresas que realmente faliram, conseguiu montar o que denominou de “fator de
insolvência” e que consiste em relacionar alguns quocientes, atribuindo pesos aos
mesmos e somando e subtraindo os valores assim obtidos. Conforme a soma recaia na
zona de “insolvência”, de “penumbra” ou de “solvência”.
FATOR DE INSOLVÊNCIA = X1 + X2 + X3 – X4 – X5
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Exercícios
Circulante Circulante
Disponível 100 200 300 Fornecedores 600 1.00 2.000
Dupl. a Receber 700 1.000 1.500 Contas a Pagar 400 0 3.000
Estoque 1.200 1.800 2.200 1.000 2.00 5.000
2.000 3.000 4.000 0
3.00
Exigível L. Prazo 0
Financiamento 2.000 2.000
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7. Com base nos dados sobre o balanço patrimonial e DRE da Cia. Real, emita um
parecer sobre a atual situação econômico-financeira da empresa.
8. Quais as fontes de comparação de quocientes de uma empresa ?
9. O que são Disponibilidades?
10. Qual a diferença entre Custos e Despesas?
11. Quais as principais contas/grupos de contas do Ativo Circulante?
12. Quais são as principais fontes/origens de recursos?
13. Quais são as principais contas do Grupo Ativo Permanente Investimentos?
14. Quais são as principais divisões encontradas no Demonstrativo do Resultado do
Exercício?
15. Qual a diferença entre as contas do Ativo Circulante e do Ativo Realizável a Longo
Prazo?
16. O que são Vendas Líquidas?
17. Quais as principais contas/grupos de contas do Passivo Circulante?
18. Qual a diferença entre os créditos bancários presentes no Passivo Circulante e no
Exigível a Longo Prazo?
19. O que é depreciação?
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