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171 £ - Puncionamento_em passo-reverso 1 1 ' ' PASSO-REVERSO = ANGULO NEGATIVO © "Passo-Reverso da Hélice" € utilizado para freio ag rodinémico, para frear o avido nas aterragens e para manobras nas pistas, podendo, inclusive, dar marcha-ré. Acionado o dispositivo de "Passo-Reverso", o mecanismo da hélice gira as pds em dirego ao Angulo minimo até o batente. Quando pelo aumento da pressio hi- argulica, este mecanismo é forcado a retrair-se, dando passagem ao émbolo, que continua girando as pds, estas ao passarem pelo dngu- lo hulo ou zero, invertem 0 Angulo de incidéncia, Este Angulo pas— gard a ser negativo e produz, entao, uma tracao negativa, que em- purra o avido para tras. Em alguns modelos de avides, com turbo-hélice, as hé- lices possum um Angulo nulo ou zero-comanddvel e atuam como freio acrodindmico nas aterragens. Nesse caso, nao haverd a reversdo do passo, nem tragdo negativa. O grande diseo, formado pelo diametro da hélice, produzird grande resisténcia ao avango, reduzindo a ve- locidade do avido para a freagem. @ ~ Hélices tratoras e propulsoras (1) Hélices Tratoras - Sido aquelas que, instalades na Parte dianteira da asa ou do avido, produzem tracdo, puxando-ostra vés do ar. - nélice propulsora SKIMASTER PRESSURIZADO (2) Hélices Propulsoras - Sao aquelas que, instaladas na parte traseira da asa ov do aviao, produzem propulsao, empuran- do-o através do ar, Sio idénticas em caracter{sticas e uma _— pode substituir a outra, apenas pela montagem diferente das pds. \ QUESTIONARIO HISTORICO 1 - Quem construiu o primeirissimo motor térmico, de— nominado Eol{pila? O que se conseguiu provar com Eol{pila? Quem idealizou o motor explosivo? 2 3 4 vase de carga a 5 até essa época? 6 sel? le Em que ano foi idealizado o motor explosivo", & pélvora? Que fez Lenoir em 1860, com as pesquisas feitas Quem idealizou o motor de ciclo a 4 tempos? Quem foi o construtor do motor de alta compress? Qual o outro nome pelo qual é conhecido o Oleo Die Quem apresentou teorias mais completas a0 ciclo a 4 tempos a gasolina? 20 = Qual 0 nome que estd ligado as teorias do motor ao ciclo a dois tempos e quatro tempos a éleo cru? CLASSIFICAQKO GERAL DOS MOTORES 1 2 3 4 5 6 7 clasificados? 8 plosaio? 9 reta e mista? 10 Que sao Que sio Que sfo Quantos Que so Que s&o motores? motores elétricos? notores térmicos? tipos de motores térmicos temos? motores de combustdo interna? motores aerotérmicos e ndo aerotérmicos? Os motores aerotérmicos quanto & reag&o como sao Qual a classificac&o do motor convencional ou ex- Quais s@o os motores classificados como reagéo di Como é classificado o motor foguete? MOTOR _CONVENCIONAL 1 - Que é um motor convencional ou de explosdo? 2 - Onde é efetuado a transformagao da energia térmi- ca em mecénica? 3 - Como é denominado envélucro metdlico no qual se prendem os cilindros? 5 = Que é émbolo ou pistdo e qual sua fungdo? 6 - Qual a finalidade da biela e de eixo-menivele,reg pectivamente? ~ Para que serve o carburador? - Qual a finalidade do sistema de lubrificacio? - Qual a funcSo do sistema de ignigdo? 10 - Que € ciclo de um motor? B quando denominado mo tor e quatro tempos? s 11 - Qual a diferenca entre tempo e fase? 12 - Qual a diferenca entre tempo e curso? 13 = Que & PMA e PMB? 14 - Que & cAmara de combusto? 15 - Quais sdo os tempos de um motor a quatro tempos funcionamento? ié - Quais os tempos em que as vdlvulas est&o fechadas? 17 - Em qual tempo que efetua a transformagdo da ener- em mecanica? 18 - Qual a classificagio dos motores quanto A disposi © dos cilindros? 19 - Qual o motor que tem biela mestra e articulada? 20 - Que tipo de combustivel.é utilizado em motores MOTORES A JATO 1 - Em que baseia-se a propulsao a jato? 2 - Que € um motor turbo-jato? 3 - Como funciona um motor turbo-jato? 4 - Qual a diferenga entre o compressor tipo centr{fu axial? 5 - Qual a finalidade do compressor rotativo? 6 - Que é bico injetor de combustivel? 7 - Que se entende por mistura combust{vel? @ - Onde se processa a combust&o da mistura combust{ fel num motor turbo-jato? 9 - Qual a diferenca entre cdmara de combust&o do ti- 0 anular e do tipo tubular? 10 - Que é turbina e qual sua finalidade? ‘11 - Que € conjunto rotor? 12 - Que s&o acessérios existentes num motor a jato? 14 - Que & um motor turbo-hélice? 15 - Como funciona um motor turbo-hélice? 16 - Quais s&o os componentes principais de wn turbo-hélice? 17 - Quel a diferenga entre um motor turbo-jato eo tur po-hélice, quanto & propulsado? q 18 - Que é um motor estato-jato? i 19 - Qual a diferenga entre um motor turbo-jato e esta to-jato? | 20 = Pode-se equipar um avido com motor estato-jato? 21 - Que é um motor pulso-jato? 22 - Como funciona um motor pulso-jato? 23 - Qual a diferenga entre os motores: turbo-jato, tato-jato e pulso-jato? v-1? ga mével no seu conjunto? 26 ~ De que combust{vel necessita o motor a jato que funcione perfeitamente? 27 - Qual & o combustivel largamente usado nos motores a jato? 28 - Que é um motor foguete? 29 - Qual a diferenga entre o motor foguete e o motor turbe-jato? 30 - Que deve apresentar em linhas gerais o motor guete? 31 - Quanto ac combustivel, como s&o clasificados foguetes? ins 32 - Que & monopropelente e bipropelente? 33 - Quais sdo as aplicagées para motor foguete com o combustivel sélido? f 34 - 0 foguete que propulsionava a bomba V-2,usava com bustivel sélido ou 1igtido? 35 - Qual o combust{vel sé1ido que conhece? 36 - Qual o emprego geral do motor foguete com combus— tivel 1iqttido? 37 - Quais so os componentes principais de um foguete com combust{vel 1fqttido? pode ser constitufdo aos foguetes? _ 39 - 0 motor foguete pode ser empregado em avices? 40 - Qual a diferenca entre o motor foguete com combug tivel sélido e o 1fqtido? TEORIA B CLASSIPICACKO DAS HELICES DE AVIKO 1 - Que é uma hélice? 2 - Quantos movimentos possui a hélice? 3 - Como s&o classificadas as hélices quanto ao mate— rial de fabricagdo? 4 - For que uma hélice pode ser comparada com um para 60 por analogia? 5 - Como & chamada a distancia percorrida pela hélice puxar consigo o aviao? 6 - Como & denominada a distancia que a hélice deve- aleangar? 7 - Como 6 denominada a diferenga entre passo teérico passo efetivo? 8 - Em que esté baseada a teoria aerodindmica da héli 9 - Que § resultante aerodindmica da hélice? 10 - Como se chama a forca Wtil da hélice? Z (11 - Como atua a forga de tragic com relagéo ao vento relativo? 12 - Que é torque na hélice? i 13 - Que é Angulo passo da hélice? | 14 - Que Angulo de ataque da hélice? | 15 - Como sAo classificadas as hélices quanto ao angu- de incidéncia? 16 - Que & passo-bandeira? B qual sua finalidade? 17 - Que é hélice-tratora? 18 - Que € nélice-propulsora? 19 - Quando é usado o passo-reverso da hélice? | 17 UNIDADE V_- CLASSIFICAGNO GERAL DAS ABRONAVES Aeronaves mais pesadas que o ar séio aparelhos por meio dos quais se navega no ar, cuja sustentacdo é obtida por meio de planos fixos ou rotativos. 1 - CLASSIFICAGHO QUANTO AO TIPO a) Litoplanos; b) Hidroavides; c) Anffbios; a) Autogiros; e) Planadores; f) Deltas; g) Convertiplanos; h) Vertiplanos; i) Helicépteros. a - Litoplano - Aeronave com capacidade de decolar e pousar em superficies sdlidas (litosfera), equipado com tremde pou so ou de aterragem. Bxemplo: C-91 AVRO 0-91 AVRO - TURBO-HELICE b - Hidroavido - Aeronave com capacidade de decolar e pousar (amerrissagem ou amaragem) em superficies 1igWidas.Avides do tipo hidro s&o os que j4 foram projetados para essa finalidade. Do tados de fuselagem apropriada para flutuar na dgua ou adaptados pa va esse fim, com flutuadores. Podem ser de dois tipos: aerobote ¢ com flutuadores. 178 ¢ - Anfibio - Aeronave com capacidade de decolar e pou sar em superficies sclidas e liqWidas. Um avido 6 anfibio, quando a sua fuselagem é um aerobote com flutuadores laterais e dotadocom trem de aterragem escamotedvel, Exemplo: C-10A CATALINA G-10A - CATALINA . d - Autogiro - § uma aeronave de asa auto-rotatoria apresentando uma combinagao de helicdptero e avido convencional. & trag&o é fornecida por hélice tratora e um motor, semelhante aos dos helicdpteros, que dd sustentagao. Foi inventado pelo engenheiro espanhol Juan de le Cier va. 0 rotor gira pela reago da corrente do ar, mo duzida pela tragao da hélice, A reagdo setre o rotor lhe é4 sustentagdo. 179 e - Planadores ~ Aeronave sem motor, cujo langamento no espago tem que ser feito pelos sistemas de reboque ou arremesso. So volfvolos, isto é, praticam 0 véo & vela. - Planador URUPEMA - Fabricagao nacional (EMBRAER) Os planadores sdo impulsionados pelas correntes de ar ascendentes, Existem muitas ocasides em que as condicgdes de tempo sao favordveis para a formagio de massas agscendentes de ar,que po- dem ser usadas para se obter forga ascensional. Estas maseas de ar ascendentes que se denominam,geralmente, nos cfrculos de planado- res, como "térmicas", sAo as condigdes de tempo mais usadas para voos & vela prolongados e para ganhar altura, Uma térmica é uma corrente de ar ascendente associada & atividade convectiva, que se move verticalmente com relagdo A massa de ar que o rodeia. Portanto, o tipo mais efetivo de térmi- ca & a que se forma em dias quentes de verSo. Como j4 visto em at- mosfera terrestre, que os raios solares aquecem a terra, e estes por sua vez aquecem a camada de ar mais proximo da superffcie. A medida que esse ar é aquecido, torna-se menos denso que oar do meio ambiente e eleva-se até alcangar uma altura onde sua tempera tura seja mais ou menos a mesma que a do ar neste nfvel. Ali ceasa o movimento vertical e a coluna de ar se dispersa gradualmente. Se existe suficiente umidade no ar que estd se elevan— do, poderd formar-se uma nuvem conhecida como do tipo cumulus na 180 parte superior da térmica. Sabe-se que as térmicas tendem a ser mais ou menos cir culares em uma secdo transversal horizontal e que seus didmetros horizontais, perto do solo, variam de baixo para cima, desde uns poucos metros até pelo menos varias centenas de metros. E seus dia metros tendem a aumentar 4 medida que se clevam, principalmente de vido & entrada de ar do exterior ao longo dos bordes da térmica. Tendem a ser maiores quando o vento é suave. Te maneira geral, as térmicas ocorrem em dreas onde o ar proximo & superficie se aquece mais. 0 aquecimento mais inten- go da cuperficie,pelo sol, geralmente ocorre sobre dreas dridas,ro chosas ou arenosas; com menor aquecimento sobre campos arados, Greas de escassa vegetagado e em dreas de vegetacao verde, mais ou menos na ordem mencionada. 0 vo & vela é um excelente meio para levar a efeito investigacdes sobre a conveccdo na atmosfera; tém-se esperangas de que o uso posterior desses voce com este propésito, contribuird ma terialmente para o melhor conhecimento do homem sobre 0 fenémeno delas. Os movimentos verticais nas térmicas est&o sujeitos a grandes variagdes. Um valor médio para velocidade vertical, encon- trado em térmicas mais ou menos bem desenvolvidas, 6 da ordem de 3 metros por segundo. As mximas condigdes de sustentag&o se obtém se o pilo +o 6 capaz de se manter continuadamente dentro da térmica. A figu- va seguinte mostra os exemplos do que sucede quando um piloto inter cepta uma térmica e comega a voar em circulos para ganhar altura. Wynd N \ Método de utilizacao das térmicas e vento predominante em voo 4 distancia 0 ar eleva-se ao bater contra o ar quente que sobe das planfcies éridas ar quente que se eleva a0 aproxi- mer-se ume fren~ te fria isl 182 Se a térmica proporciona uma considerdvel forga ascen- sional, o piloto usa-a tanto tempo quanto poss{vel ou até que se tenha ganho altura necessdéria; em seguida, continua o voo até uma altura mais baixa, onde possa encontrar outra térmica para voltar a ganhar altura; continuando dessa forma sucessiva ou por etapas 0 seu véo de térmica em térmica. Para distancias m4ximas, esta técnica requer gue o pi: oto tenha informag&o precisa das condigies de vento existentes nos diversos niveis de véo. Qutras formas de térmicas similares Aquelas produzidas pelo aquecimonto da superficie da terra, s&o os resultados de efei tos produzidos pelo homem. As chaminés ae indistrias, produzem um tipo de térmica localizada e continua, que pode, sob certas condi- gdes favordveis de ventos suaves, estender-se para cima,uns 1000 metros ou mais. Tais térmicas sao encontradas em geral, sobre side rurgicas, fornos de tijolos e certos tipos de usinas geradoras de poténcia elétrica que queimam combust{iveis. Estas térmicas desen- volvidas pelo homem, raramente, sao t&0 amplas como as produzidas naturalmente e, portanto, é mais diffcil voar em cfrculos dentrode las. Outras fontes de _forca ascensional - Poderdo ser encon tradas correntes de ar ascendente, com suficiente forga ascencio nal para vo & vela justamente na frente de uma linha de instabi dade ou de uma trovoada em aproximagéio; e quando o ar quente se eleva ao aproximar-se uma frente fria; também quando o ar eleva-se a0 bater contra o aclive das encostas e flancos das colinas e ca- deias de montanhas, sob condigées favordveis de vento. Portanto, o voo 4 vela obtém toda sua forga motriz de certas caracter{sticas do tempo: colunas de ar ascendentes ou movi mento do ar dedeslizamento para cima em grande escala. Uma vez no ar, a continuagdo de qualquer voo depende da disponibilidade des- tas fontes gratuitas de forca e de quanto é capaz o piloto de ob- ter vantagens delas. Quando estas faltam, o aparelho plana e desce lentamente até chegar ao solo, 183 h - Delta - $ um avi&o, cuja forma das asas se asseme— Jha & quarta letra do alfabeto grego, um triangulo eqtildtero. Com bina ailerons e profundores em uma s6 unidade localizada no vordo de fuga das asas: os "ELEVONS" Comandos diferencisis acionam-os separadamente. — 86 estabilizador > vertical o == ca ELBVONS: As trés vistas (frente, lateral e de cima) do avido de asa Delta —F~103E MIRAGE IIT Supersdnico da Forga Aérea Brasileira CONCORDE - ASA DELTA Primeiro avido Comercial Supersénico 184 @ - Convertiplano - # um avido no qual o drgdo que pro duz-aascensao vertical, gira 90 graus e se transforma em drgdo de tracdo. Como exemplo temos o BELL XV-3 e o HARRIER. "HARRTER" AviGo de propulsio a jato de grande versati lidade com capacidade de voar de lado,de ré e para frente ultrapassar 4 velocidade do som. Podendo efetuar qualquer tipo de deco- lagem e aterragem, isto 6, tangencial, cur- ta e vertical. 185 h ~ Vertiplano - $ 0 avi&o que faz decolagem e pousode cauda, isto é, com conversao total da aeronave. VT0L "Convair" FY-1 - com hélice contra-rotative. i - Helicéptero - Aeronave de asa rotatéria, oom capa- cidade de voar em qualquer plano, isto é, horizontal, vertical,dia- gonal e flcar "pairado"no ar. Essas qualidades tazem do helicépte- ro o mais versdtil aparelho veador. A possibilidade de vbo vertical ¢ de pairadono ar permi te-lhe pousar ou aproximar-se a lugares inacessfveis A outra aero- nave. Fabricado em série desde a Segunda Guerra Mundial, o helicép tero mostrou-se insubatitufvel em operagbes de socorro, busca e salvamento, transporte répido a pequenas distancias, policiamento, controle de transito, transporte de tropas e em combate. © primeiro helicéptero apareceu num projeto no execu- tado de Leonardo da Vinci, em 1480. Em 1907, na Franca, Paul Cornu e Imis Breguet construfram dois modelos que conseguiram levantar-se do chSo por instantes até dois metros de altura. Ne década de 30, um helicéptero construfdo por alemaes com 1500 quilose motor de 360 HP, voou por uma hora no Estddio de Berlim. Mas 0 modelo bdsico dos helicépteros modernos foi construfdo em 1939 pelo russo, natureli- gado americano, Igor Sirkorsky. Na pdgina seguinte, temos a explicagdo esquemitica do helicéptero. Te 186 EXPLICAGHO ESQUEMATICA Sustentag20 Resultente Rotor principal Rotor Traseiro Tragio Bxemplo de_um Helicéptero UH-LE idade da barra estabi-~ Barra _estabilizadora - A fin lizadora é dar maior estabilidade e facilidade de controle em qual quer situagdo de voo. = 187 0 rotor principal - gira sobre o eixo vertical forne- cendo sustentagdo, ascenséo, trag&o ¢ inclinagao, 6 o principal ér, go sustentador. Podemos dizer que. é uma asa rotativa, pois exis- te uma velocidade relativa do ar em relag&o As pas do rotor; tor— nando assim, possivel o véo pairado, mesmo sem deslocamento do aparelho, As rotagdes por minuto (RPM) do rotor equivalem & ve~ locidade de deslocamento das asas fixas através do ar.Portanto po demos dizer que a RPM do rotor é t@o importante para o helicopte- ro quanto a velocidade o 6 para 0 avi&o, A mudanga do passe do rotor principal alte va a forga de sustentagdo que é denominada Gomando do passo coletivo. 0 comando coletivo varia unifor— memente o Angulo de todas as pds, quando acionado & alavanca do passo coletivo. Assim, aumenta ou dimi nui o Angulo de ataque das pds do rotor e com isso aumentard ou minuiré a sustentagao. Sustentagio igual ao peso = yoo estaciondrio Sustentagdo maior que 0 peso subida, Sustentag&o menor que o peso = descida Ascens&o - £ obtida com aumento da sustentacgao produ- zido pelo rotor principal. Quando a sustentagdo é igual ao peso,o helicoptero paira estaciondrio no ar. Dragao - £ obtida, tombando-se o rotor principal li- geiramente para a frente (plano inclinado de rotagéo). 0 contro- le de tombamento do rotor: principal é acionado pelo Comando do passo efclico. © comando do passo ciclico varia o Sngulo das pds 188 do rotor, quando esta percorre determinados setores. Assim cada pa sofre uma variacdo de passo ao longo da circunferéncia e essa variacdo se repete em cada volta (ciclo). Daf o nome de Passo Cf- clice. O comando do passo cfclico aumenta o passo das pds em determinado setor de sua trajetéria e diminui o passo no setor dia metralmente oposto, fazendo com que o plano do rotor se incline para o lado que se queira. Inclinag&o - B obtida, ‘tombanao-se o rotor principal para o lado que se inclinar o helicdptero. O rotor traseiro ou roter de cauda - A finalidade & antitorque, isto é, contra arrastar o torque causado pelo rotor principal e para dar dirigibilidade (leme de direcdo rotativo). Sentido do giro do rotor principal (para direita) Torque - sentido contrdrio do giro do rotor principal \ Toraue J OEE vaeao Trag&o do retor traseiro ou rotor de cauda - mes mo sentido do rotor principal(para direita) Diregdo - & obtida, mudando-se o passo do rotor trasei ro. Faz-se,através dos pedais, variando-se o angulo de incidéncia do rotor. Exemplo: 0 rotor principal gira para a direita e o ro- tor traseiro faz tragdo para a direita. Aumenta-se o passo, a for- ga € aumentada e a empenagem se move para a direita; diminui-se 0 189 passo e a empenagem se move para a esquerda, Sustentaedo - A asa rotativa fornece a sustentago idén tica & das asas fixes: ar deprimido na cambra superior e ar premi- do na cambra inferior, 0 aerofélio tem a forma de dupla lamina ar— queada, Sustentacdo de emergéncia (Auto-rotagiio) - Na eventua- lidade de uma perda de poténcia ou falha do motor pode-se efetuar, wma descida em emergéncia acionando os dispositivos necessdrios pa va esse caso. 0 rotor principal deve ser acionado para o Angulo de incidéneia negativo (corda e plano de rotacdo). Coma descida, 0 vento relativo fard com que o rotor principal gire por aute-rota — go, fornecende sustentagao de emergéncia, © sucesso do pouso por auto-rotagdo depende da altura do véo no momento da pane; conforme a altura poderd o nouso ser efetuado corrido ou na vertical. 1,1 - Quanto & decolagem e pouso (a) DTipo de decolagem e pouso 2% 0 L ~ "TANGENCIAL TAKE-OFF AND LANDING", decolagem e aterragem tangenciais: 1-25, 0-47, AT-26. S 1 0 1 ~ "SHORT TAKE-OFF AND LANDING", decolagen aterragem curta (obl{quas): 0-130, 0-115, autogiros, ete. ¥.@ OL ~ "VERTICAL TAKE-OFF AND LANDING", decolagem e aterragem verticais: helicépteros, convertiplanos, etc. (b) Capacidade de decolagem e pouso Litoplano; Hidroavido; ‘ Anfibio. 1.2 - Quanto ao nimero de lugares - Monoplace - somente 0 piloto; - Biplace - dois lugares, geralmente de treinamento; - Triplace - trés lugares; - Quadriplace - quatro lugares; Multiplace - com indicag&o de mimero de tripulan — foo Dp e tes ou lugares; 1.3 - Quanto ao numero de motores a -Monomotor - somente um motor; b - Bimotor - dois motores; a a aaa nail cece B 190 a, ¢ - Trimotor - trés motores; @-- Quadrimotor - quatro motores. Com maior némero de motores, designam-se simplesmente 6 motores, 8 motores, etc. e - Wimero de motores a jato - designa-se simplesmente: monomotor a jato, bimotor a jato, ou monorreator,birreator, etc. 1.4 - Quanto ao tipo de motor a - Explos@o (gonvencional). Ex: 1-25, T-23, SA-16, GA-10, 1-42, P-16, 0-47, etc. b - Durbo-jato Bx: P-103B, P-5E, AT-26, V0-92, VU-93, ete. e - Turbo-hélice Ex: 6-91, 0-130, VC-90, 0-95, 0-115, etc. a - Poguete Bx: X-15, SATURNO 5, etc. 1.5 - Quanto ao nimero de planos a - Monoplano - somente uma as b - Biplano - duas asas. ¢ - Triplano - trés asas (praticamente ndo se usa mais) monoplano biplano triplano 191 1.6 - Quanto & coloeagdo da asa Parasol; Asa alta; Asa média; 1 a b oe a - Asa baixa. C-10A CATALINA Asa Paéra-sol 0-115 BOFALO Asa Alta T-37C CESSNA = Asa Média 1-23 UIRAPURU Asa Baixa 192 2 - DESIGNAGAO DAS ABRONAVES NA FORGA AREA Prefixo - Letra que indica o emprego corrente atual. Tipo - Letra que indica a fung&o basica de uma aerona- ve. Modelo - Numero que indica o desenho geral de uma aerg nave dentro de um tipo. Série - Letra que indica modificagées feitas em um mo- delo. Matr{oula - Numero de matricula da aeronave na PAB, Exemplo R = indica 0 emprego corrente atual(reconhecimento-fo- to). C = indica a fung&o bdsica da aeronave (transporte). & 3 u indica o desenho da aeronave. 193 E = modificagdes feitas no modelo. 2459 = nimero de matricula da aeronave na FAB. a — Puneo da aeronave: Dreinamento (Tt) - £ a aeronave com a fungdo principal de treinar pessoal na operagdo de avides e eauipamentos. Ex: 1-25, 1-23 e 1-37. Transporte (C¢) - # a aeronave coma fungdo principal de transportar carga e passageiros. Ex: 0-47, 0-130, C-115 e 0-95. Utilitério (U) - fa aeronave com capacidade de efe- tuar transporte de pequeno porte. Bx: U-42 e U-450. \ U~42 = REGENTS nc mae i ave a U-45T SUPER BEECHCRAFT Ligacdo (L) - B a aeronave com a funcdo principal de transportar pequenos pesos a curtas distancias. Sao utilizadas tam bém na regulagem de tiro de artilharia, 194 Exemplo: 1-42, ete. Helicdptero (H) - Ba aeronave do tipo "V.T.0.1." de asa rotativa, que voa em qualquer plano e diversas fungbes. Ex: H-13D, H-133, VH-4, UH-1H, SH-1D. Busea e salvamento (S) - SAR(SEARCH AND RESCUE) -8 a aeronave com equipamento especial para executar missdes de busca e salvamento. Ex: SA-16 (A - anffbio), SH-1D. Reconhecimento (RK) - £ a aeronave com fungao principal de reconhecimento fotogrdfico. Ex: RO-130. Meteorologia (W) - # a aeronave com equipamento meteo- rolégico permanentemente instalado. Tanquer (K) - Ba aeronave com equipamento especial va prover reabastecimento de algumas aeronaves em véo. Bx: KC-130 Hércules. KC-130 HERCULES Bombardeio (B) - B a aeronave com fungao principal de bonbardear alvos inimigos, Praticamente nao mais empregado, substitufdo pelo caca -bombardeio. Patrulha (P) - Ba aeronave com grande autonomia,com a miss&o principal de realizar operagdes sobre area maritima,em mis— sdes de cobertura, busca e patrulha, Ex: P-15 e P-16. Sem piloto (Q) - ff a aeronave que pode ser controlada de um ponto fora da mesma (controle remoto). Ex: QB+17, QB-47 (alvo), (USAF). 195 Ateque (A) - B a seronave com a fungdo de destruir ob dJetivos inimigos no solo com o uso de metralhadoras, foguetes e bombas. Exemplo: A-26B e AT-26. A-26B INVADER as. Avides AT-26 XAVANTE em véo de formagao eee ee ee , 196 Gaga (F) - B a aeronave com a funcdo principal de in- terceptagao e destruic&o de outras aeronaves. Serve também para a destruigao de alvos inimigos no solo, Ex: P-103B, F-5E, etc. F-103B - MIRAGE IIT Saude (M) - § a aeronave ocupada com macas, cobertores de aquecimento elétrico, tomadas de oxigénio, etc., especial para © transporte de pacimtes, Ex: M-16 Albatroz, (EB) - 8 a aeronave que tem por fungdo exe- cutar inspegdes em véo dos auxflios eletrénicos de protegdo ao voo, para verificagdo da eficiéncia e afericao. Ex: BU-8, BC-47 e BU-93. Pesquisa (X) - & a aeronave com a fung&o principal de testes de desenhos de natureza radical. 197 Ex: X-15 (véo subespacial), X-18 (decolagem na verti- eal), eto. (USAF) Experimental (X) ~ 6 a aeronave em estdégio experimen- tal de desenvolvimento. Ex:X6-95, Teste de servigo (¥) - f a aeronave em testes finais m ra aceitagdo na Forga Aérea, Ex: Y0-95 Bandeirante (0 Bandeirante usava o prefixo Y quando estava em testes finais para aceitacHo na PAB), -95 BANDEIRANTE Administrative (V) - # a aeronave com acomodagdes espe ciais para transporte de autoridades militares e civic. Ex: VO-90, VC-92 e VU-93, vu-93 Porta-Avides (G) - Aeronave capaz de transportar uma aeronave parasita em seu dojo. Ex: GB-29/X-2, GB-52/X-15. NOTA - 0 prefixo ou tipo de uma aeronave é dado aoe com as iniciais da funcdo em inglés. Treinamento (1) - "TRAINER" Transporte (C) - "CARGO" Gaga (F) - "PIGHTER” Eombardeiro (B) - "BOMBER" Patrulha (P) - "PATROL" Ligagdo (L) - "LIAISON" Helicéptero (i) = "HELICOPTER" Busca e Salvamento (SAR) — "SHARCH AND RESCUE Reoonhecimento (R) - "RECONNAISSANCE" Meteorologia (Ww) - "WEATHER" Tanque - "TANKER" Plamador (G) - "GLIDER" i Anfibio (A) - "AMPHIBIOUS" QUESTIONARIO 1 - Que é wma aeronave mais pesada que o ar? 2 - Como sao classificadas quanto ao tipo? 3 - Como € classificada a aeronave com capacidade de de - colar e pousar em superfi{cies sélidas? 4 ~ Que é um hidroavido? E quantos tipos possuem? 5 - Que & uma aeronave anfibia? 6 - Que é autogiro? 7 - Que é planador? Qual seu tipo de véo? 8 - Como um planador ganha altura? 9 - Que s&io "térmicas"? que a denominac&o de asa DELTA? 199 11 = Que s&io BIBVONS? Que avido os possui? . 12°= Que € convertiplano? 13 - Qual a diferenga entre convertiplano e vertiplano? 14 - Que 6 helicéptero? 15 - Quando e por quem foi construfdo 0 modelo bdsico dos helicépteros modernos? 16 - Que fornece sustentagao ao helicéptero? 17 - Como se obtém a tragdo no helicéptero? 18 - Quando 0 vo ao helicéptero é estaciondrio? 19 - Qual a finalidade do rotor traseiro? 20 - Como obtida ascens4o, trag&o, inclinagio e dire g&o no helicoptero? 21 - Que é sustentacSo de emergéncia? 22 ~- Qual a diferenga entre tipo e capacidade de deco- lagem e pouso? 23 - Que significa TT OL, STOLe V1 0 1? 24 - Como s&o classificadas as aeronaves quanto ao ntime ro de lugares? E quanto ao numero de motores? 25 - Como sdo classificadas as aeronaves quanto’ ao tipo de motor? Quanto ao ntimero de planos? EB quanto & colocagdo das asas? 26 - Na designacdo das aecronaves na Forca Aérea o que é prefixo, tipo, modelo, série e matricula? 27 - Qual a fung&o das que tem como tipo a letra T, C, F, B, P, L, H, S, Re MP 28 - Que tipo de aeronave é 0 SH-1D? 29 - Qual a diferenga quando o "X" é tipo e quando é pre fixo? 30 - Qual a aeronave que geralmente poseui grande auto- nomia? / Sy 200 — UNIDADE VI - GBNERALIDADES 1 - INFLUGNCTA DA ALTITUDE NOS AVIOES As baixas temperaturas, 2 diminuigdo da press&o atmos | rica e da densidade do ar, ocasionadas pelo aumento de altitude, influem sensivelmente sobre o avido, tripulantes e motores, a - As baixas temperaturas: As baixas temperaturas atmosféricas causam sobre 0 avido formag&o de blocos ae gelo nos bordos de ataque, inclusive, nas pés da hélice. Para contormar essa anomalia, os avides que 4 ela esto sujeitos, possuem o "Sistema Degelador". Sobre o tripulante ou tripulantes, evidentemente, o problema maior sera o frio, que pode ser contornado como siste- ma de ar quente no ayido,e quando este no o possuir, fazer uso de roupes apropriadas. No motor ou motores para controle da temperatura do motor e do dleo temos: "Cowl-Flaps" do motor (aberto ou fechado); yalyula termostética do radiador de dleo; janela do radiador de 6leo com controle automatico ou comandado. No carburador, o problema 6 solucionado como siste- ma de canalizacao de ar quente para o mesmo. cowl-flap b - Diminuiedo da pressSo atmosférica ¢ densidade doar 2 A diminuigdo de pressdo e densidade do ar Giminuiréo também a resisténcia que o ar oferece a0 deslocamento do avido. Co mo a sustentagéo 6 componente da resisténcia do ar, também serd, afetada, Mas om compensagdo, diminuird também a resisténciaao avan go, fazendo com que a velocidade seja aumentada, Com referéncia ao tripulante ou tripulantes, a dimi- nuigéo de pressao e densidade do ar ocasionam disttrbios organicos de origem respiratéria em face da deficiéneia de oxigénio. A solu- co € 0 uso de aparelhos de oxigénio ou cabinas pressurizadas. Para cima de 3500 metros de altitude aproximadamente, 201 € necessdirio 0 uso de miscaras de oxigénio nos avides nfo dotados de cabina pressurizada, OQ motor ou motores aerotérmicos a combustao interna,de vem funcionar com uma mistura perfeitamente dosada (ar e gasolina) que € feito no carburador. Qualgquer alteracSo na dosagem seré sen- tida pelo motor, no caso presente,a quantidade de gasolina passaréd @ ser proporcionalmente maior que a do ar, e a mistura tornar-se-d "rica". Pera contornar esse problema, os carburadores de _ avides sao equipados com "corretor altimétritco" que controla a dosagem de gasolina-ar nas variagées de altitude. Para avides que est&o sujeitos a voos a grandes alti- tudes usa-se ainda a mais o supercarregador de ar para aumentar o eoeficiente volumétrico, obtendo assim maior poténcia. hélice supercarregador: eixo manivela pistao escapamento A velocidade ascensional decresce com a altitude até atingir um valor nulo. Quando s velocidade ascensional m4xina é nula, © avido ndo pode subir devido & falta de poténcia. Nestas condi- goes, a altitude mixima que pode atingir foi aleangada e o avido no pode ir mais alto. Esta altitude € chamada “teto absoluto". Teto absoluto varia de acordo com o tipo do avido, d - Peto de _servigo Teto de servigo ou prdtico é a altitude para qual a 202 i — E ‘ . es, velocidade ascensional é apenas de 100 pés por minuto. | we pie 2 - SEGURANGA NA AREA DE OPERAGAO DAS ABRONAVES : Além do uso de material protetor, ha medidas de segu- ranga que ajudam a evitar acidentes. Veremos algumas sugestOes titeis que devem ser observa das na érea de operag&o das aeronaves. a ~ No _reabastecimento No reabastecimento de avides é importante observar as seguinter regrast REABASTECIMENTO Muito cuidado com cigarro por causa dos va- pores de gasolina na atmosfera nas proximi- dades do reabastecimento (1) 0s tipos ou tipo de combustivel a serem usados,ou a ser usado; (2) Equipamento contra incéndio, preparado junto da aeronave, para entrar em ag&o em caso de emergéncia; (3) Fazer a ligac&o do fio-massa entre o avido ea uni dade de abastecimento, a fim de evitar possibilidade de surgir uma faisca por eletricidade estdtica e conseallentemente 0 incéndio; (4) Guidado com cigarros. 203 Ligacdo do fio-massa entre o avido e o carro tanque no reabastecimento b — Cuidados com as hélices (1) Ao girar uma hélice manualmente com o motor frio, certificar de que a chave de ignic&o ou do magneto na cabina este ja desligada. PERIGO - HELICE (2) Nunca tente girar com as mos uma hélice,quando 0 motor ainda estiver muito quente, mesmo com a chave de ignicdo des ligada. Pois, uma combustao espontanea poderd ocorrer num cilindro fazendo girar a hélice e isto serd o suficiente para fazé-lo em pe dagos. 204 (3) As pontas das hélices sao pintadas de amarelo pa- va indicar um cfrculo quando est@o girando, como medida de seguran oa. (4) Nos avides bimotores ou quadrimotores, ao lado da fuselagem, estd escrito: "Perigo Hélice", nfo tente passar en- tre a fuselagem e o motor coma hélice funcionando, B muito perigo 50. perigo-hélice pel Eeeeney 6-130 HERCULES (5) N&o fique na linha de rotacdo de uma hélice ao nv tor em funcionamento, se algum fragmento for langado pela forga centr{fuga, certamente, vocé serd atingido e poderd ser fatal, (6) Devemos evitar de entrar num avido com os motores em funcionamento, mas, se houver necessidade, tomar o mAximo cuida do com as hélices e passar somente em dreas onde se oferega segu- vanga. o-115 BOPALO Cuidado - as hélices podem provocar surpre- sas desagraddveis e acidentes trdgicos (7) Crie o ndvito de nunca passar por baixo de uma hé lice, fazendo sempre o contorno, assim evitard de passar através de uma hélice em movimento. 205 (8) N&o se aproxime pela frente de wma hélice, funcio nando num raio menor de 5 metros, porque existe uma depresaio cau- sada pelo funcionamento da hélice e ainda o avido poderé avancar e voce sera atingido pela hélice. AREAS QUE DEVEM SER EVITADAS Sm 5m (9) No empurre ou puxe o avido pela hélice, ela nao foi projetada para servir de alca ou puxador. c - Posigao da hélice com o motor parado a) Uma hélice de duas pds deve ser colocada na posi- edo horigontal. b) Uma hélice de trés pds deve formar a letra Y,sendo que uma pé deve apontar para baixe, ce) A hélice com quatro pds deve formar uma cruz. @ - Cuidados com o motor a jato 0 problema dos motores a jato, no solo, ndo é apenas, a forga do escapamento, mas, principalmente, a ingestao de objetos estranhos pela enorme succdo nas entradas de ar. Até que as equi- pes de terra se adaptassem, um grande numero de capacetes,éculos e eee eeeeeeeeeeeeeeeeeeae eee 7 206 ferramentas foi succionado. E também muitos acidentes tragicos,que resultaram em ferimentos graves e, até, em perda de vidas, Portanto, se durante os testes no estacionamento esti ver nas proximidades auxilisndo, sdo necesséries as seguintes medi das de seguranga: 1-4 proibido entrar num avido a jato quando os moto res est@o funcionandos 2 - Proteja seus ouvides, quanto ao som dos motores; 3 - Nao se aproxime por trds dos motores, num raio me nor que 30 metros, pois poderd queimar-se pelos gases do escapamen $03 4 - Nao se deve permanecer na frente de um motor a ja to num raio menor que 8 metros, pois existe uma depressfo causada pelo funcionamento do motor. A drea de admiss&o deve ser mantida limpa, pois, com 0 motor funcionandc, objetos estranhos podem penctrar e danificar o motor. 5 - & perigosa a drea da turbina porque esta funciona | em alta rotagdo e poderd desintegrar-se, lancando pedagos do motor (turbina) a uma grande velocidade em linha reta com 9 plano de ro- tag&io da roda da turbina. Como precaugdo a drea de seguranca deve ser no m{nimo de 30 graus. | drea de ‘ aaa Srea de escapemento admissso ul érea da turbine voda da turbina 207 e - Desintegrac&o de uma roda da turbina Normalmente o local da roda da turbina é assinalada com um cfrculo em vermelho ao redor da fuselagem ou nacele do mo- tor, conforme a localizagao. Evite sempre as dreas de admissdo (entrada de ar),es— capamento e turblna nos estacionamentos dos avides a jato. cfirculo em vermelho 2 indica 0 local da reda da turbina DesintegracSo de vm roga da turbina £ - Perigo do escape dos grandes jatos Os primeiros jatos eram razoavelmente inofensivos com parando-os com os atuais. Com o avango da tecnologia,no entanto,os problemas no solo multiplicaram-se. Vejamos 0 exemplo: 0 Boeing 707-120 utilizava motores Pratt & Whitney JIZC-6, com uma poténcia de decolagem de 5900kef de empuxo. A verso seguinte, o 707-120B, passou a empregar unidades JP3D, com empuxo de decolagem de 8200kgf, Pois bem, os quatro moto= res JT9D de um Boeing 747 atual geram um empuxo de decolagem da or dem de 82000kgf, 0 que equivale & poténcia de decolagem de um fogue te Thor-Delta! Ninguém jamais pensaria em disparar um desses fogue tes num movimentado aeroporto, mas a verdade é que o mesmo empuxo é usado diariamente em dgcolagens normais em aeroportos em todos os cantos do mundo, Ne pdgina seguinte, temos a ilustragdo de um Boeing 747. BOEING - 747 © desenho abaixo mostra as dreas aproximadas de peri- go atrds de um quadrirreator atual da categoria de um Boeing 707 ou Douglas DC-8. MARCHA LENTA TAXI DECOLAGEM 60m 120 m 300 m 0 grande perigo é o escapamento nas movimentagoes, re sultado da poténcia que precisa ser aplicada para movimentar de sua posigéo estética um avido de mais de 300 toneladas, como no ca so de Boeing 747. Uma vez que o aparelho comega a rolagem, o empu— xo necessdério para manté-lo em movimento é bem menor, mas, de qual quer maneira, bastante respeitdvel. @ - Perigos na drea de operacgao dos helicépteros Muitas pessoas tém se ferido, algumas fatalmente, em acidentes com helicépteros. Tais acidentes talvez n&o ocorressemse elas tivessem sido devidamente instrufdas sobre os perigos existen tes ao embarcar, desembarcar ou quando se aproximar de um helicép— tero funcionando. Uma pessoa bem orientada, e se cumprir as regras de seguranga, jamais serd ameacada por um rotor de cauda, rotor 209 principal, mas, muitas jd perderam a vida pelo simples fato de nao terem recebido as necessdrias instrugdes ou quando as tiveram, dei xaram de cufpri-las. A mneira mais simples de se evitar acidentes é ter 08 rotores parados quando se aproximar para efetuar qualquer servi go ou embarcar ou desembarcar, Como isso nem sempre é possivel, e é comum aos helicépteros receber ou deixar pessoas com os rotores girando. Fortanto, é de grande importancia os "mandamentos" bégi- cos de seguranca na drea de operagdes dos helicépteros que estado escritos e ilustrados: Aproxime-se e afaste-se Em terreno inclinado,mo meio abaixado. vimente-se pela descida, » | Aproxime-se ou afaste-se dentro do campo de vis&o do piloto. of ae Segure seu chapéu ou ca pacete com firmeza. ae a Carregue ferramentas ou outros objetos horizontal mente, abaixo da cintura. ee Goloque o cinto de seguranga logo ac en trar no helicéptero, e mantenha-o afivela do até a hora de des cer. a Ao deixar o aparelho quan ao este estiver pairando, faga-o de maneira suave e sem pressa. —_, Beater arama TNS Mantenha o ponto de des cida livre de objetos soltos(latas vazias,cai. xotes, etc.). — 3 N&o toque a bolha trans. parente nem qualquer par te movel. 10) t a. Quando pendurar carga ex- terna, afaste-se para frente e para o lado, pa~ ra sinalizar ao piloto e evitar ser atingido pelo volume pendurado. QOutras recomendagoes: Igualmente importantes ao apro- ximarem-se de-um-helicéptero com os rotores funcionando: 1) Nunca estique-se para apanhar um chapéu ou qual- quer outro objeto que tenna sido levado pelo deslocamento de ar. 2) Proteja os olhos com as m&os ou, simplesmente, cer rando um pouco as palpebras. 3) Se for subitamente cegado por poeira ou qualquer ou. tro objeto que tenha atingido a sua vista, PARE E ABAIXE-SE, Ou me lhor ainda, SENTE-SE E ESPERE 0 AUXILIO DE alcutM. 4) Nas operagoes de pouso e decolagem, todos os passa geiros e pessoal disponivel devem ser mantidos afastados da area de operacdes. 5) Ndo se deve aproximar de um helicbptero com os ro- tores funcionando, caso necessério faga-o de preferéncia a 45° de frente, para o piloto poder avistd-lo. Lembre-se de que n&o basta conhecer as regras de segu ranca. preciso praticd-las... h - Sugestoes "Evite brincadeiras no trabalho, pois podem —causar acidentes graves", “Lembre-se de que 6leo derramado no ch&o é sempre um risco de acidente no trabalho, pois pode causar quedas ou incén- dio. Por isso, deve ser limpado imediatamente". "0 uso de alcool predispde a acidentes, Bebida e tra- balho nio combinam entre si", "Convém lembrar que a inexperiéncia e a desobediéncia so grandes causadoras de acidentes". "f proibido fumar em certas secdes, devido aos riscos nas mesmas existentes, Isto é particularmente importante em locais onde sao armazenados 1fglidos inflamiveis". "Todo o pessoal deve saber onde se encontram os extin tores de incéndio do seu departamento e aprender a servir-se deles em caso de necessidade”. "A fadiga predispoe a acidentes. Pequenos descansos re 213 temperam o organismo e ajudam o espfrito a manter-se alerta contra os perigos", "Antes de subir num andaime ou numa plataforma, é pre ciso verificar se os mesmos est&o bem seguros", "O melhor meio de prevenir-se contra acidentes 6 co- nhecer bem os segredos do seu trabalho, A inexperiéncia e a incom- peténeia causam acidentes", "fodo trabalhador consciente deve cooperar para a pre vengdo de acidentes, ouidando nfo s6 de sua prépria pessoa, como evitando machucar companheiros de trabalho". "COMPROVE O SEU CUIDADO PERMANENTE, EVITANDO AO MAXI- MO O AGIDENTE", OLMMA2 3 - PARA-QUEDAS © pdra-quedas é um equipamento aerondutico, destinado a frear o deslocamento de um corpo no ar. Utilizanao esse principio aerodindmico, ele nos pres— te servigos como meio de transporte seguro e suave entre uma aero- nave e a superficie, seja por operacdo militar, por esporte ou mes mo por necessidade, como no caso do abandono do avido em emergén- cia. Serve também para reduzir a velocidade de objetos langados;co mo cargas, aparelhos cientificos, cdpsulas espaciais, enviadas por baldes ou foguetes e, ainda, para reducdo da velocidade de pouso nos avides muito velozes. a - Histérico 4 historia do pdra-quedas teve infcio em 1502, quan- do Leonardo da Vinci, baseado em cdlculos matem&ticos, projetou um Gispositivo rigido, de forma piramidal, destinado a reduzir a velo cidade dos corpos em queda livre. Mais recentemente, em 1783, é que esses estudos foram reativados por Louis Lenormand, f{sico-quimico francés, langando vérias cargas e animais do alto de uma torre. Na mesma época,Fran~ gois Blanchard, aeronauta francés, aprovéitando as experiéncias de Lenormand, langou de um bala&o cdes suspensos em péra-quedas e mais tarde, em 1793, realizou o primeiro salto de um balao. Quatro anos apés, outro francés, Jacques Garnerin, saltou em exibigdo publica, de um baléo a mais de 600 metros, repetindo-o, em 1802, na Ingla- 214 terra, a 2500 metros de altura. Até 1885, os pdra-quedas, eram de armagio rigida, cobertos com tecido leve e sustinham uma cesta co- mo os baloes, Nesse ano, Thomas Baldwin introduziu o pdéra-quedas do vrével com correias de amarragao ao acronauta, O primeiro salto de p&ra-quedas de bordo de um aviao, & altura de 1000m, foi realizado pelo Cap. John Albert Berry, em St. Louis, Missuri, BUA, em 1912. Atualmente, todos os exéreitos modernos possuem tro- pas péra-quedistas. No exército brasileiro, a tropa pdéra-quedista, & dotada de alto padr&o de eficiéncia e é considerada de elite. No Brasil, temos as seguintes corporagdes militares que empregam péra-quedas: a Brigada Aerotransportada, Batalhdo San tos Dumont, do Exército; a Tropa de Reforgo do Corpo de Fuzileiros Navais, da Marinha; na Forga Aérea temos PARASAR e os Boinas Aguis. © PARASAR (EsquadrAo Aeroterrestre de Salvamento), sediado na Base Aérea dos Afonsos, é altamente especializado em salvamento de qual quer natureza, executando com eficiéncia as missdes a ele atribuf- das. 0s Boinas Azuis s&o vma equipe de pdra-quedistas,sediados na Escola de Bspecialistas de Aeroniutica, bem adestrada, com capaci- dade para executar demonstracdes de para-quedismo e instrugdo de salto para alunos aeronavegantes. 0 pdra-quedismo civil é coordenado na Unido Brasilei- ra de Péra-quedismo, a qual tem as suas Federagoes Estaduais, que coordenam os pdra-clubes ou Departamento: de Pdra-quedismo dos Aero clubes. © primeiro salto no Brasil foi realizado por Vicenti- na Gomes, de 16 anos, que se langou da altura de 1000m sobre Por- to Alegre, em janeiro de 1928. Em 1940, 0 Aercclube de Sao Paulo, forneceu 0 primeiro “brevé" de pdra-quedista a Ada Léda Rogato e o segundo ao piloto civil Dirceu Meira. No ano seguinte, realizou-se o primeiro salto em con- junto na América do Sul, comandado pelo péra-quedista Charles As- tor, francés, radicado no Brasil, que foi o precursor do paéra-que- dismo no nosso pais. © primeiro péra-quedista militar brasileiro foi o Co- ronel Roberto Pena; recebeu seu "breve" em 1944, e, no ano seguin- te, foi criada a Bscola de Péra-quedistas do Exército Brasileiro. b - Partes fundamentais Existem varios tipos de péra-quedas, mas, fundamental, mente, todos se compdem de quatro partes principais: o velame, 1i-~ mhas de sustentacdo, arreio ou arnes e invdlucro e para-quedas pi- 215 loto quando possuir. O velame & geralmente fabricado em "nylon", ¥ de for- ma circular e constitufao de secées triangulares, e tem, normaimen te, de 6m a 10m de didmetro,conforme a finalidade do emprego. No centro, possui um pequeno oriffcio circular, denominado "SPICE",que deixa passar uma certa quantidade de ar, o que diminui as oscila- gdes que seriam produzidas pelo actmulo excessivo de ar em sua concavidade. velame linhas de sustentagao As linhas de sustentagdo sao feitas também com ios de "nylon", que partem de uma argola metélica, presa ao arreio, de nominada tirante e passa pelas costuras dos gomos do velame. 0 arreio consiste de diversas tiras de lona de "ny- lon", que ficam presas ao corpo do tripulante ou pdra-quedista,sem contudo, atrapalhar seus movimentos necessérios. Aposar das linhas de sustentacdo ficarem presas ao ar reio, este possui um Gispositivo de sultura répida, permite ao tri pulante ou pdra-quedista livrar-se do p&ra-quedas, quando julgar necessdrio, principalmente, ao aproximar-se de uma superffcie 1f- qiida ou uma aterragem com vento muito forte. Para facilitar a abertura do velame de um para-quedas comandado, é ligado ao 4pice do velame um pequeno péra-quedas de 216 90om de didmetro aproximadamente, que é conhecido como "pdra~ que~ das piloto", construido quase que da mesma maneira que o velame,ex ceto no que diz respeito & incluso de um dispositivo de abertura rapido, acionado por molas. Quando @ puxado o punho de comande, o pdra-quedas-pi- loto se projeta sobre as correntes de ar, abrindo-se imediatamente e arrastando o velame para fora do invélucro, desdobrando-o rapida mente, wedas Partes fundamentais de um pdr: para-quedas velame inydlucro ERA © péra-quedas 6 dobrade cuidadosamente ¢ acondiciona~ do no inyéluero. Os péra-quedas semi-automiticos no possuem pira~ quedas-pilotos; somente os comandados. Como qualquer falha no funcionamento do pdra-quedas po de acarretar trégicas consegiiéncias, o m&ximo de cuidado é exigido do especialista na tarefa de dobragem, Todos os pdéra-quedas s&o obrigatéria e completamen— te inspecionados periodicamente, conforme o clima, ¢ - Dipos de_pdre-quedas Em geral, existem muitos nomes de péra-quedas, confor me os seus fabricantes, mas, basicamente, temos trés tipos: de as— sento, de dorso e de peito. Péra-quedas: de assento, de dorso e de peito punho de comando ae S pdra-quedas de peito 219 © primeiro serve como assento, enquanto o tripulante esta em sua aeronave. © de dorso fica colocado as costas do tripulante. © de peito 6 pouco usado por tripulantes, mas sempre levado pelos pdra-quedistas desportistas ¢ combatentes como segu- ranga, em caso de nao abrir o para-quedas principal. Existem duas maneiras para abrir o velame de um pdra- abertura semi-automdtica e comandada. quedas Os péra-quedas de abertura semi-automtica so usados para instrugdo ou para salto em massa de grande quantidade de para -quedistas em tempo reduzido; a abertura desses é acionada por uma fita, denominada fita extratora, que fica presa ao aviao e ao para -quedas; quando o pdéra-quedista salta, a fita extratora puxa o ve- lame para fora do involucro, abrindo-o no impacto com o ar, Os pa- ra-quedas semi-automaticos nado possuem punho de comando nem péra- quedas-piloto. fita extratora Salto com péra-quedas semi-autom4tico Os de abertura comandada so utilizados para tripulan tes de aeronaves e p4ra-quedistas com avangado grau de treinamenta 0 péra-quedas reserva dos pdra-quedistas também sao comandados. No ar calmo, o tripulante ou para-quedista antes de abrir o velame do p&ra-quedas, desloca-se aproximadamente com uma velocidade de 170 km/h. Depois de aberto o velame, a velocidade pas sa para 20km/h aproximadamente, variando de acordo coma densida~ 220 de do ar, peso do tripulante e as dimensdes do velame, Os pd&ra-quedas possuem um oriffcio no centro (APICE) sao projetados para efetuar uma descida normal. Outros pdéra-quedas sdo projetados para prover o péra-quedista de meios para descer em plano inclinado. Estes pdra-quedas possuem fendas ou omissdes nove lame. Isto permite ao saltador, por uma linha direcional, orientar a descida conforme dese ja e escolher o local para o pouso, d - Abandono de avites a jato Nesse tipo de aeronave, dada a sua grande velocidade, o impacto do tripulante com 0 ar é feito de maneira que 0 piloto 86 necessite aclonar o dispositivo de ejegdo do avido, Todas as de mais operagées s&o realizadas automaticamente. -37C - Exemplo de um avido dotado de assento ejetdvel ‘Ao comandar o dispositivo, uma carga explosiva, colo- cada sob o assento, ejeta com violéncia, para fora da aeronave, o conjunto: piloto, cadeira completa, pdra-quedas e oxigénio. Essa ejecdo é feita tanto com 0 "canopi" (capota) aberto como através dele. Durante o afastamento do avido, a cadeira é orientada por alhetas para evitar o rodopio. Certo tempo depois, ja em queda livre, automaticamente os cintos sao soltos e a cadeira se afasta, abrindo-se o péra-quedas. Essas operagdes necessitam ser automiti- cas, pois, muitas vezes, o piloto esta inconsciente, ou impossibi- litado de fazé-las. 0 para-quedas mencionado é do tipo automitico. e — Utilizagéo Neste item, trataremos apenas do salto comandado,meio de abandono da aeronave em emergéncia, usado pelas tripulagdes. 221, $ de inteira responsabilidade de cada tripulante sa- ber, conhecer e compreender todas as operagdes de seu pdra-quedas, eas saidas de emergéncia da aeronave, Nunca é demais recordar al- gumas partes importantes: a) Em situag&o anormal, estar com o para-quedas vesti do (equipado) ou & mAo, atento ao aviso de abandono. b) Ajusté-lo bem ao corpo, evitando arreios frouxos. c) Durante o treinamento em terra, praticar o abando- no pelas safdas de emergéncia da aeronave. a) N&o saltar, segurando o punho de comando,para evi- tar wna abertura prematura, e conseattentemente enroscamonto nas partes do avido. e) Dar cineo a dez segundos de intervalo para acionar a abertura, contando a partir do salto, um mil, dois mil,trés mil; o que corresponde a um, dois e trés segundos. f£) Depois do salto, péra-quedas aberto, observar se algumas linhas de sustentag&o n&o est@o sobre o velame; caso este- jam podem ser corrigidas com puxadas intermitentes, Corrigindo com puxadas intermiten tes as linhas de sustentagao que estado sobre o velame g) Na aterragem, manter os pés unidos; dobrar levemen te os joelhos, amolecer o corpo e tocar o solo com flexibilidade evitando ficar em pé. Deixar o corpo seguir a tendéncia normal. 222 Caso haja vento, ruxar os tirantes de baixo para de~ sinflé-lo ou correr na dirego do pdra-quedas e fazé-lo fechar,evis tando assim ser arrastado pelo mesmo. Para um pouso normal, a altura minima para abertura é de aproximadamente 80 metros. 0 salto acima de 4000 metros apresenta dois problemas especiais: a falta de oxigénio e o perigo de congelamento. No primeiro caso, o tripulante deverd saltar com capa cete, mascara e tubo de oxigénio preso ac corpo. Caso nao tenha es se equipamento, antes de saltar, inspirar profundanente e retardar @ abertura e a respiragao até abaixo da altitude critica, Para 0 segundo caso, convém, dentro das possibilidades, vestir as luvas, fechar totalmente o macacdo e deacer a viseira do capacete. J& houve caso de tripulantes que nao conseguiram pu- xar o punho de comando por terem as m&o congeladas. £ - Cuidados importantes com pdra-quedas Inspeciond-lo, pois, possivelmente saltard com ele. Nunca suspendé-1o pelo punho de comando; isto resulta ré na abertura prematura do mesmo. Manté-lo afastado da umidade, pocira, 6leo, gasolina, Alcool, ete. Paéra-quedas nfo é assento, nem travesseiro ou cama; o méximo cuidado é exigido com esse equipamento. Nunea guardé-lo fmido, mas entregd-lo na segio de equi, pamentos, para que seja feita manutengdo adequada, Inspecionar e verificar a data da wltima inspegao no cartao, colocado na bolsinha do invélucro. QUESTIONARIO INFLUENCIA DE ALTITUDE NOS _AVIGES 1 - 0 que provocam as baixas temperaturas sobre ° avido? 2 - 0s avides que est&o sujeitos a véos em baixas tem peraturas possuem 0. 3 - Como é contornado o fria para a tripulacdo? 4 - Qual a finalidade do Cowl-Flaps? 5 - Quais os problemas que surgem com a diminuigdo de pressao atmosférica e densidade do ar? 223 6 - Acima de que altitude é necessdrio o uso de oxi- génio nos avides nfo dotados de cabina pressurizada? 7 = Que é usado nos motores de avioes, sujeitos a voos a grandes altitudes? 8 - Para contornar o problema de mistura rica devido & altitude, os carburadores de aviio sdo equipados com... 9 - Qual a finalidede do supercarregador nos motores de avides? 10 - Que é teto absolute e teto de servigo? SEGURANGA NA AREA DB OPERAQKO DAS ABRONAVES 1 - Quais as regras que devem ser observadas no rea— bastecimento dos avides? 2 - Por que devemos fazer a ligacdo do fic-massa en- tre o avido e a unidade reabastecedora? 3 - Quando vamos girar uma hélice com as mAos, de que nos devemos certificar? 4 - Por que sdo pintadas de amarelo as pontas das hé- lices? 5 - A linha de rotagdo da hélice é uma Srea perigosa? 6 - Quais os cuidados que devemos ter com os avides bi motores ¢ quadrinotores? 7 - Qual o hé&bito que devemos criar em relac&o a héli ce? 8 - Quais os cuidados que devemos ter quando houverne cessidade de entrar num avido com os motores funcionando? 9 - Qual a distancia que devemos observar na frente d uma hélice funcionando? 10 - Qual a posicdo de uma hélice de duas p4s,trés pds e quatro pds no estacionamento, respectivamente? 11 - Quais os principais cuidados que devemos ter com um avio que possui motor a jato? 12 - Quais sao as dreas perigosas de um motor a jato, quando est&o funcionando? 13 - Qual é 0 menor raio de que nos podemos aproximar por trés dos motores a jato, quando estdo funcionando? 14 = Como é assinalado o local da roda da turbina no motor a jato? EB qual o perigo oferece? 15 - Qual o perigo do escape dos grandes jatos? 16 - Quais s&0 os perigos na drea de operag&o dos heli cépteros? 224 17 ~ Como devemos embarcar ou desembarcar de um heli - coptero? 18 - Qual a drea do helicéptero que no devemos nos aproximar? : 19 - Quando aproximarmos de um helicdptero com os roto res funcionando, como devemos fazé-lo? 20 - Como devemos comprovar o cuidado permanente? PARA-QUEDAS 1 - Quais as finalidades dos pdra-quedas? 2 - Qual a personagem que esta ligada intimamente ao infeio do péra-quedas? 3 - Quais os estudiosos © pioneiros que muito contri- bufram para concretizar o péra-quedas? 4 - Quem introduziu o pdra-quedas dobrdvel? 5 - Por quem foi efetuado o primeiro salto deumaviao? 6 - Quais as corporagées militares brasileiras que em pregam péra-quedistas? 7 ~ Como é coordenado o pdra-quedismo civil no Bra~ sil? 8 - Que representa Vicentina Gomes? 9 - A quem coube o primeiro "brevé" de pdra-quedista no Brasil? 10 - Em que ano foi realizado o primeiro salto conjun— to na América do Sul, e quem o comandou? 11 - Quem foi o primeiro pdra-quedista militar brasi- leiro? 12 - De quantas partes fundamentais compde-se o péra~ quedas © quais sido? 13 - Como € denominado 0 oriffcio cireular no centro do velame e qual a sua finalidade? 14 - Que 6 velame, linha de sustentac&o ¢ invélucro? 15 - Quais as precaugdes que devemos ter com o arreio? 16 - Que é pdra-quedas pilote e qual sua finalidade? 17 - Qual a fungdo do punho de comando? 18 - Como devem ser inspecionados os pdra-quedas? 19 - Quantos tipos de pdra-quedas temos basicamente? 20 - Como séo classificados os pdéra-quedas quanto & abertura? 21 - Que tipo de abertura ¢ usado pelos tripulantes? 22 - Qual a vantagem que possul o péra-quedas,dotado de fendas ou omissdes no velame? 225 23 - Qual a vantagem que apresenta a cadeira ejetdvel? 24 = Quais as responsabilidades de cada tripulante com relag&o ao abandono da aeronave em emergéncia? 25 26 nho de comando? 27 28 29 30 31 me? netros? 32 das? a3 34 35 Como corrigir as linhas ae sustentacdo sobre o vela Qual o perigo existente a0 saltar segurando 0 pu- Quando se deve comandar a abertura do pdra—quedas? Como proceder para efetuar um salto seguro? Quais s&o os pormenores importantes na aterragem? Qual a altura mfnimd para abertura do velame? Como devemos proceder, em um salto, acima de 4000 Qual o cuidado principal ao suspender um pdra-que De que devemos manter afastado o péra-quedas? Como proceder se o péra-quedas estiver umido? Onde se acha o cart&o de inspegdo do pdra-quedas? C-115 BUFALO Efetua iancamento de carga pesada planer VII - SERVICO DE PROTEGKO AO OO O Servigo de Protegdo ao Véo no Brasil é da responsa Dilidade do Ministério da Aerondutica, Ble tem por finalidade aten der e controlar o tréfego de aeronaves no espago aéreo brasileiro, operando e mantendo uma vasta rede de unidades técnicas e adminis— trativas espalhada nos oito e meio milhdes de quilémetros quadra— dos do nosso territério, compreendida por sistemas de comunicagées e auxilios & navegacao aérea,meteorologia e informagdes aeronduti- cas. Bspecialistas altamente qualificados constituen o alerta ininterrupto de todos os dias na vigilancia dos nossos céus, para que a navegacilo aérea se realize com segurancae ef i- ciéncia. Quando, eventualmente, uma aeronave é considerada em emergéncia, esses homens acionam o Servico de Busca ¢ Salvamento, que motivado pela consciencia da sua missdo - localizar e resgatar tripulantes - constitui, com os drgaos de protegao ao véo, 0 elo que garante a trangitilidade e a seguranca do usudrio cotidiano da aviagao. 1 - Nog6ps BASICAS DE TRAFEGO ABREO Trafego Aéreo é o conjunto das operagoes de todas as aeronaves em voo e em movimento na drea Util de um aerddromo (Aero porto). Para fins de Controle de Trdfego Aéreo, o espago foi dividido em: (1) Svea _de Controle (CTA) & 0 espago aéreo controla do, destinado aos voos em aerovias e estende-se para cima a par — tir de um limite especificado. Area de Gontrole Terminal (TMA) 6 a parte da Area de Controle, situada, geralmente, na confluéncia de aerovias e nas imediagodes de um ou mais aerédromos principais, tendo, aproximada~ mente, um raio de 100 km. (2) Zona de Controle (GIR) é 0 espago aéreo controla do, destinado a um procedimento especifico mediante o qual a aero- nave obtém referénoia visual com o solo, para em seguida efetuar o pouso. (3) Zona de Aerddromo (ATZ) & 0 espago aéreo, contro lado, em torno de um aerédromo, destinado ao trdfego desse aerddro mo, com um raio de aproximadamente 5 lan, (4) Regio de Informag&o de Voo (BIR e VIR) é 0 espa 227 go aéreo, nao contido nas aero 3 8 PIR no espago aéreo inferior e a UIR no espago aéreo superior, ?ara melhor entendimento sobre 0 espago aéreo contro lado temos a figura abaixo. __ESPACO AEREO SUPERIOR _ F-103E MIRAGE da Forea Aérea Brasileira Toda aeronave, em vdo sobre o territério bra sileiro, tem seu véo controlado pelo Servigo de Protecdo ao V6o (SEV) 0 controle do espago aéreo é feito pelos éreaos controle de Tréfego Aéreo. Os drgdos de controle est&o localizados nos aeroportos. Sao 3 (trés) os tipos de Grgdos de Controle: (1) Controle de Aerédromo (TWR), é exercido por Torre de Controle, a qual é responsdvel pelo controle das ves em vGo visual (VFR), nas vizinhaneas dos aeroportos,dentro da Zona de Aerédromo, e também pelo movimento de aeronaves, © pessoas nas dreas do aeroporto, As Torres de Controle estao instaladas em Capitais e principais cidades onde existam aeroportos de considerdvel movinen to aéreo. Torre de Controle ao Aeroporto de Bras{lia 229 Vista interna da Torre de Controle do Aero- porto do Galeao (Rio de Janeiro) Pista de aterragem e decolagem de um aeroporto (2) Controle de Aproximac&o (APP) coordena as subi- das e descidas de aeronaves em véo por instrumento (IFR), isto 6, o véo, através das nuvens ou outras formagdes meteorolégicas, den- tro de uma Zona de Controle (CTR) e de uma Area Terminal (TMA), Na ‘pdgina seguinte, temos o centro de controle de aproximagao. 230 Centro de Controle de Aproximacdo RADAR ASR-7 (ASR = Radar de vigilcncia de serddromo) Os aeroportos que possuem considerdvel movimento aé- reo 8&0 equipados com radares para melhor cvordenar as subidas descidas de aeronaves, proporcionando maior precis&o e seguranga. (3) 0 Controle de Area (ACC), exercida por um cen- tro de Controle,orgio estabelecido para proporcionar as modalida~ des dos servicos de traéfego aéreo dentro de uma drea de controle,é vesponsdvel pela separagdo das aeronaves em vos nas aerovias, Ae- vovia 6 uma area de controle ou parte dela disposta em forma ae corredor e equipado com auxflio-rddio para navegacao, cujas dimen sies laterais ¢ verticais so fixadas pela Diretoria de Bletrénica e Proteg&o ao Voo. ‘A separagéio das aeronaves em v6o nas aerovias é fei- ta em altitude denominada FL = Might level (nf{vel de véo) tomando como base 0 indicador de altitude (altimetro). Para dar uma idéia geral dessa separacdo,podemos dizer que as aeronaves que voam en- tre os rumos magnéticos 000° até 179°, voarao em nfveis fmpares,de 2000 em 2000 pés. Exemplo: Uma aeronave, partindo de SBBR para SERJ,es tar& voando em um nfvel {mpar (os nfveis fmpares na aerovia infe- vior so: FL 30, FL 50, FL 70, FL 90, FL 110, FL 130, FL 150,fL 170 e FL 190). 0 FL 30 equivale a um nfvel de vo de 3000 pés, aproxima damente 1000 m. As aeronaves, voando entre os rumos magnéticos 180° até 359°, voardo em nfveis pares, de 2000 em 2000 pés. 231 Exemplo: Uma aeronave, voando de SBAF para SBEE, a tard voando em nivel par (os n{veis pares na aerovia inferior sio: BL 20, FL 40, FL 60, FL 60, FL 100, FL 120, FL 140, FL160 2 FL 180), © FL 200 nao é utilizado para véo em aerovia, sendo reservado para os jatos aguardarem autorizacZo de descida nas dreas terminais (TMA), A separag&o longitudinal das aeronaves, voando no mesmo nivel de vo e sentido, 6 necessdria para que cheguem ao ae- xédromo de destino com uma separacdo de 15 minutos no minimo. "aLHAboR sr gonsivn ® Exemplo #e uma carta de radionavegagdo de aerovias in feriores, para dar uma i@éia das aerovias, freas Terminais (TMA) e Fixo de Posigéo com Radio Farol. a - Generalidades Alt{metro é um instrumento que funciona com baréme - tro aneréide graduado em pés ou metros e que indica a altitude ba- geada na pressao atmosférica. Altimetro Aerédromo - £ a drea definida de terra ou dgua (in- cluindo todas as suas edificacées, instalagdes e equ tinada total ou parcialmente a chegadas, part: amentos) deg s, movimentos e servigos de aeronaves. Bixo de Posig&o - B o local geografico especificado, em relag&o ac qual a posig&o de uma aeronave deve ser informada. Alternativa - & o aerédromo especificado no plano de v6o para onde a acronave poderd seguir caso se torne desaconselhi~ vel prosseguir para o aerdédromo em que pretendia pousar, Altitude - # a distancia vertical de um nivel,um pon to ou objeto considerado como ponto, medido a partir do nivel mé- dio do mar. Cone de Vento - § um indicador de direedo do vento, em forma cénica,de pano,vulgarmente denominada “biruta". Indicador de diregdo do vento "biruta" 255 Farol de Aerédromo - # um farol rotati. vo utilizado para indicar a posicao de un aerddromo. Emite luz verde de um la do e branca do outro. Nivel de Véo - £ a superffeie de pressSo atmosférica constante, na qual uma aeronave se mantém em yoo, identificada,por um ntimero correspondente a sua altitude (em metros ou pés), medi- da na atmosfera padr&o a partir do nivel 1013,2 milibares (mb) (NE vel do mar). Observagéo: O altimetro de press&o calibrado de acer do com a atmosfera padréo indicara: - ALTITUDE,quando ajustado para "ajuste de altimetro" - ALTURA, quando ajustado para "ajuste a zero" - NIVEL DE VO0, quando ajustado para a presado de 1013,2 mb ou equivalente. Ajuste a zero: Press&0 tal que,introduzida na subes cala do altimetro de uma aeronave fard com que este indique a altu ra ZERO quando a aeronave pousar. Ajuste do altfmetro: Press&o tal que, introduzida na subescala do alt{metro de uma aeronave, fara com que este indique a altitude do aerédromo, em relac&o ao nfvel do mar, quando a aero nave pousar Plano de Véo - informagées especificas, forneci- das aos servigos de tréfego aéreo, relativas ao v6o de uma aerona- ve, que se pretende realizar. Problema de Descida - # o "trajeto" pré-determinado @ ser seguido por uma aeronaye em véo IFR até um ponto de onde o pouso pode ser efetuado visualmente. Chamado, também, de procedi- mentos de aproximagao por instrumentos. Eroblema de Subida - 8 0 "trajeto" pré-determinado a ser seguido por uma aeronave, apds a decolagem, até o ponto consi- derado como 0 infeic do voo em rota. 234 Rota - 8 uma projegdo, na superficie da terra,do tra jeto previsto ou percorrido pela aeronave. Perna do Vento - Trajetoria efetuada por uma aerona- ve, que vai pousar com referéncias visuais, voando com vento de cauda ou oposto & direcdo de pouso. Servigo de informacdo de véo - Atividade estabeleci- da para proporcionar adverténcia e informagdes tteis 4 seguranga e eficiente conduta dos véos. Tetraedro A diregdo de pouso e decolagem é apontada pelo vérti. ce do tetracdro. NOTAM (NOTICE TO AIR MEN) - aviso aos aviadores, Séo informagdes, fornecidas por um Centro Geral ou Regional de NOTAM ag lativa ao estabelecimento, condic&do ou modificag&o em instalagdes, servigos, procedimentos e cujo pronto conhecimento seja indispensd vel & seguranga e eficdcia da navegacio aérea, Nivel de Cruzeiro - £ o "nfvel" de véo pré-estabele- eido para as aeronaves, sujeitas a Regras de Véo por Instrumento (IPR). Yoo IPR - F um voo conduzido de acordo com as Regras de V6o por Instrumento. Yoo VFR - § um véo conduzido de acordo com Regras de Voo Visual. 2 - BASES DE EMERGSNCIA # o conjunto das fases de Incerteza, Alerta e Perigo Mensagem de Fase de Incerteza(iINCERFA) - 8 o perfodo de tempo em que se tem divida quanto & seguranga de uma aeronave e seus ocupantes, Esta mensagem, normalmente, expedida por Torre de Controle, Estagdo Radio de Aerovia, Rede Tatica da FAB e Empresa, estabelece o momento em que o Centro de Controle deve iniciar a ve rificagaéo do paradeiro da aeronave (através das comunicagées dispa niveis) nos seguintes casos: 235 (1) Quando n&o se receber comunicac&o da aeronave den trode trinta minutos, apés a hora em que deveria ser recebida a mensagem de posic&os (2) Quando a aeronave n&o chegar dentro de trinta mi mutos, apés a iltima hora estimada de chegada, notificada aos 6ér- g&0s do Servigo de Trdfego ou por estes calculada, a que for mais avangada, Mensagem de Fase de Alerta (ALERFA) - o perfodo de tempo em que hd apreens&o quanto 4 seguranga de uma acronave e seus ocupantes. Esta meisagem determina o infcio das operagdes dos 6r- gaos de Busca e Salvamento e deverd ser expedida nos seguintes ca- so: (1) Quando, em continuagdo & fase de incerteza,as ve rificagdes pelas comunicagdes nao revelarem noticias da aeronave; (2) Quando a aeronave que recebeu autorizacao de pou so, deixar de fazé-lo dentro de cinco minutos, apés a hora estima— da de pouso, e nfo se tenha conseguido restabelecer comunicagdes com esta aeronaves (3) Quando houver sido recebida informacao, indican- do que @ eficiéncia operacional da aeronave esté prejudicada, nao sendo, porem,a tal ponto que seja provdvel um pouso forgado. Mensagem de Fase de Perigo (DBTRESFA) - Bo perfo- do de tempa em que hd razces considerdveis para se julgar que uma aeronave e seus ocupantes estao ameagados de perigo grave ou imi- nente, necessitando de assisténcia imediata. Esta mensagem,normal- mente, expedida pelos drgdcs do Servigo de Trdfego ou das Empresas poderS, todavia, ser originada por qualquer érgdo ou pessoa quo te nha conhecimento de iminente perigo ou acidente de aeronave. A mensagem de fase "perigo" devera ser expedida nos seguintes casos: (1) Quando em continuac&o & fase de alerta, a ausen- cia de not{cias, resultante de verificag&o pelas commicagdes, in dicar, conforme as circunstancias, que hd possibilidade da aerona- ve estar em perigo; (2) Quando se receber informagtes, indicando que a eficiéncia operacional da aeronaye esté prejudicada a ponto de ser provavel seu pouso forcado; (3) Quando considerar que o combust{vel de bordo es+ +4 esgotado ou nfo suficiente para a 2eronave pousar com seguran gas (4) Quando se receber informagces ou se presumir que 236 @ aeronave esta prestes, ou jd efetuou um pouso forgado. Resumindo: Para melhor entendimento de como funciona © Servigo de Trafego Aéreo, nade melhor que deserever uma viagem. Sala de Trdfego A letra "C" de cor negra, colocada verti- calmente sobre um fundo amarelo,indica o local onde os pilotos devem comparecer pa ra assuntos relativos ao véo que preten— dem realizar Ao contrério do que muitos pensam, o véo, para o pi- loto comega bem antes da decolagem, H4 uma primeira fase, que é a obtengao de instrugdes preliminares na Sala de Tréfego (C). Nesta fase, 0 piloto planeja o seu itinerdrio, valendo-se de cartas de navegacao (mapas) e publicacdes especificas. Verificam-se as dis- taéncias entre os diversos pontos de controle e o tempo que se leva ré entre esses pontos; o seu itinerario, normalmente, segue cami nhos aéreos definidos, chamados "aerovias". Ainda nesta fase, o pi loto verifica o NOTAM (aviso aos aeronavegantes), e junto ao servi. go de metecrologia, as condigdes do tempo que deverd encontrar na sua rota. Esses servicos fornecem informagoes das mais diversas, desde as condigoes do tempo, no momento, em locais diferentes, até uma previs&o do tempo, em todo o itinerdrio, & medida que o avido 237 for se deslocando. Em alguns locais poderd até mesmo ver fotogra- fias meteorolégicas tiradas por satélites artificiais. 0 piloto te ré ainda informagdes sobre os ventos predominantes em cada altitu- de, e outras. De posse, dessas informagdes, do planejamento de seu itinerdrio e de outros dados referentes ao aviao, o pilote preen- che 0 "Plano de Véo". Esse documento fornece todas as informacdes necessérias aos Org&os de Controle de Véo. Esse érgdo, de posse do "Plano de VGo" e conhecendo © movimento de aeronaves no itinerdrio previsto, emitird as instru ges necessdrias para o perfeito ordenamento do tréfego aéreo. Em seguida, o piloto dirige-se para sua aeronave, dd partida nos motores e pede pormissGo a um 6rgdo de protecao ao vo, "Gorre de Controle", (TWR) para rolagem. A (WR) emite instrugdes ne cessérias, autorizando a rolagem para 2 cabeceira da pista, onde faz um teste completo dos motores, comandos, etec., findo o qual o piloto avisa a Torre que esté pronto para decolar. Nesse {nterim,o plano de véo foi encaminhado ao Controle de Area (ACC), examinado e autorizado com designacao de nivel de crugeiro ¢ aerovia, e o "Controle de AproximacZo" (APP) j& designou o Problema de Subida. A "Torre" transmite a autorizagdo e emite a permis— sao para a decolagem, A aeronave decola, a "Torre" informa a hora da decolagem para a aeronave, para o Controle de Aproximacao(APP)e para o Controle de Area (ACC) e manda a aeronave entrar em contato com o Controle de Aproximagdo (APP), ficando sob o controle desse érgGo, até atingir o nfvel de cruzéiro autorizado a interceptar a aerovia, ocasido em que deverd entrar em contato com o Controle de Area (ACC). 0 Controle de Area (ACC), ao receber da Torre a hora de decolagem da aeronave, calcula a hora estimada de sobrevoo das localidaces existentes ao longo da rota e a hora estimada de chega da ao aerédromo de destinc, Feito isso, o Controle de Area (ACC)en via uma mensagem BST (estimado) a todas as localidades por onde a aeronave vai passar ou pousar. Dentro da aerovia e na altitude estipulada para oseu v6o, 0 piloto prosseguird em sua rota, sabendo que estard distante de outra aeronave pelo menos 300 metros em altitude (mais do que suficiente, para evitar colisde, levando-se em conta a precisao do instrumento indicador: o altfmetro), e 15 minutes de véo em distan cia horizontal, durante toda essa fase do véo, Periodicamente,o pi loto deverd comunicar a um érgdo de controle, chamado "EstagSo de Aerovia", ou mais comumente, "R&dio", a sua posica&o, altitude, con digdes de voo, ete. 238 Um atraso superior a 30 minutos em uma desaas comuni 3, sem noticias do paradeiro da aeronave, acarretard o acio: cage mento de um outro érgdo de protecao ao véo, 0 "Servigo. de Busca e Salvamento", abreviadamente SAR (do inglés "Search and Rescue -ver fases de emergéncia). Ainda nesta fase de voo, 0 piloto recebe, de hora em hora, um boletim meteorolégico de toda a drea a sobrevoar, inclusive a do destino. Aproximando-se do aerédromo de destino, o piloto pe- de permissdo ao Controle de Aproximag&o para penetrar na zona de controle ow na area terminal conforme 0 caso. © Controle de Aproximagao (APP)autoriza a descida da aeronave até o nfvel do infoio do problema de descida que é feita com auxflio do Radiofardis, radar e outros sistemas eletrénicos. Atingindo esse nfvel, 0 Controle de Aproximagdo(APP) autoriza o infeio do problema e acompanha a descida em todas as suas fasee de maneira a n&o interferir no trdfego aéreo existente, até o piloto obter contato visual com o solo e a pista, Entéo, 0 controle da aeronave passa a ser feito pelo Controle de Aerédromo (Torre) que a acompanha até o solo ¢ 0 estacionamento. Todos os érgaos de Controle de Trdfego Aéreo cita- dos estAo interligados através de uma rede de comunicagoes radiofé nicas ou radiotelegraficas, visando a uma perfeita coordenacgo en- tre eles. 3 - NOCOES BASICAS DE METROROLOGIA Definigdo: A palavra meteorologia é de origem grega. "Logia"” significa "estudo” e "meteoro", "fendmeno", sendo, portan- to, estudo dos fenémenos. Definindo, corretamente, a Meteorologia, é a ciéncia ou parte da Fisica que estuda os fendmenos que ocorrem na atmosfera. A Meteorologia na aviacdo é de vital importancia. 0 avido voa na atmosfera, e, portanto, seu véo é afetado pelos fend- menos atmosféricos. Embora o desenvolvimento das téenicas de véo TER (v6o por instrumento) tenha tornado poss{vel que os avides con tinuem voando com tempo relativamente mau, nAo devem ser permits — dos vOos em situagdes metecrolégicas potencialmente perigosas. To- dos os servigos de aviacSo mantém um corpo de observadores, cujo dever é observar regularmente e com precisdo, o tempo em suas esta goes meteorolégicas para o uso dos pilotos, previsores e controla- dores de tréfego aéreo. Esses observadores tém uma grande responsabilidade, 259 pois, das suas observagoes depende a seguranga das aeronaves, tri- pulagdes e passageiros. a - Andlise direta das massas de ar A andlise direta das massas de ar so se tornou possi. vel, quando foram inventados instrumentos para observar e medir os elementos meteorolégicos nas camadas superiores. As chamadas scnda gens superiores, que foram obtidas por meio de baldes tripulados, tiveram infcio em 1763, porém, os instrumentos empregados naquela época nZo tinham a preciséo necessdéria, Em 1938, foram iniciadasas observacdes por meio de rédiossonda, 0 radiossonda consiste de uma combinag&o de instrumentos medidores com wm radio muito leve ue transmite sinais que correspondem & pressao, & temperatura,a umida de e ainda sendo obtide a diregao e velocidade do vento superior;o aparelho é transportado por um bal@o cheio de gas que 0 eleva 4s camadas superiores da atmosfera, até 25000 metros ou mais. No solo um rédio receptor capta os sinais. Estagao de Observagdo Meteorolégica de radiossonda A direg&o e a velocidade do vento nos nfveis supe- riores da atmosfera também podem ser obtidas acompanhando-se a tra jetéria do baldo com um teodolito. eodolito Entretanto, na prética, é mais econdmico utilizar um iloto, cuja ascensdo é observada com paldo bem menor chamado balao-p un teodolite e registrada num gréfico, a fim de determinar a dire- @&o e a velocidade do vento em varias altitudes. Na pégina seguinte, temo o exemplo de um ‘balao-pilo- to e teodolito. / 241 —_— 0 Baldo-Piloto e Teodolito Conhecendo-se a pressdo, a temperatura, a umidade e os ventos nas camadas superiores; os deslocamentos, a umidade e a distribuigdéo des temperaturas podem ser lancadas nas cartas respec tivas. A posicdo das superficies frontais superiores pode ser, en- t&o, determinada com precisao, e as zonas de turbuléncia, de forma gao de gele e os ventos podem ser previstos para os véos nessas al titud No Brasil, atualmente, @ Meteorologia consegue dados com bastante precis&o, das grandes altitudes com a introdugdo de satélites artificiais para fins meteorolégicos, e, também, adota a sondagem do ar superior por meio do Radiossonda e Radar—Vento, equipamentos ultramodernos. Radar-Vento - 0 Radar-Vento tem por finalidade,deter minar a diregdo e velocidade do Vento, em altitude por meio de um radar e um alvo que 6 elevado por baldo. A FAB possui o melhor e o mais completo servigo de 242 moteorologia do Brasil, Exemplo de uma fotografia, fornecida por Satélite Arti- ficial para fins meteorolégicos modo que seja 540 efetuadas teordlogicas, 880 coletadas b - Observagdo meteoroldgica Para que se possa descrever o estado da atmosfera,de possfvel seguir, com precis&o, a evolucdo do tempo, observacées 4 mesma hora em centenas de estacdes me- distribufdas sobre 4reas extensas. Essas observagies por meio do rddio, teletipo, telégrafo ou telefone e 245 langadas em cartas chamadas “cartas sindbicas", cane og senFci ‘as ob003" %6 Manco oe One Carte sindtica de superficie As observagdes podem ser: normais ou hordrias, espe ciais e sindticas, (2) As normais ow hordvias s&o feitas em cada hora para ajudar a navegag&ao e para facilidade do estudo das cartas de tempo. (2) As especiais sdo as feitas entre as duas observa ges hordrias, por causa de um agravo ou melhoria das condicées at mosféricas. (3) Ag _sindticas s&o as feitas em horas convencio- nais: 0000 Z - 0300 Z - 0600 Z - 0900 % - 1200 Z = 1500 Z - 1800 z - 2100 Z -, e s&o de Ambito internacional. Nelas sda feitas obser- vagoes de superficie completas, e, baseada nelas, s&o confecciona- das as cartas de tempo. De acordo com a 0,A.C,1. (Organizacdo Aerondutica Ci vil Internacional), todos os pafses-membros tém deveres regulares, sendo um deles a difusdo ou intercémbio das mensagens meteorolégi— cas em forma rfigida (cédigos) e em horas padroes. Os pafses mais adiantados executam esses servigos através de FAC-S{MILIE que sfo aparelhos que transmitem de maneira idéntica aos radiofotos. Bssas trocas de mensagens permiten acs previsores maiores detalhes e ser

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