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Por outro lado, o formal no sentido autnomo refere-se a prioridade da forma sobre o
contedo (ou funo). Essa vertente trabalha com a gramtica gerativa, defendendo a
autonomia da sintaxe. Nesta linha de pensamento destaca-se Chomsky, afirmando que a lngua
um fenmeno mental responsvel pela capacidade inata de aprend-la, o que lhe confere o
status de autonomia. Para essa corrente, seria possvel dizer: "Ideias verdes incolores", dada a
irrelevncia do sentido nesta perspectiva; posto que, o que est em jogo no a questo de: se
for incolor no verde, mas sim a forma gramatical.
De acordo com Fontaine (1978), a concepo funcionalista permite ligar fatos isolados
com frequncia estudados pela tradio gramatical e constituir o sistema que o explica. Para Commented [EM1]: Trecho bastante confuso
alm, desenvolveu-se uma perspectiva funcional da frase (NEVES, 1997), relativa forma
como as palavras so organizadas de acordo com a funo comunicativa. Ademais, a gramtica
funcionalista observa a fonologia na base da organizao da lngua, seguida pela sintaxe e o
lxico, e posteriormente a semntica; bem como apresenta as diversas funes inter-
relacionadas, ainda que haja predominncia de uma das funes da linguagem. Outro recorte
observado est relacionado questo da forma no ser, sobretudo, abandonada nos estudos
funcionalistas, admitindo dilogos com estudos realizados por seguidores de correntes
formalistas.
Com a inteno de esclarecer a aparente separao das perspectivas formalista e
funcionalista, Mary A. Kato (1998), afirma em seu artigo que h possibilidades de articular
estudos de ambos os paradigmas. Segundo a autora:
Diante disso, pode-se pensar para alm de dicotomias e ampliar os horizontes dentro da
lingustica assim como em outros universos cientficos.
9,5/10,0
Texto bem redigido, com clareza e razovel preciso na conceituao; bibliografia extra
contribuiu para a nota alta.
Referncias bibliogrficas