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Revista Brasileira de Estudos Polticos | Belo Horizonte | n. 103 | pp. 183-203 | jul./dez. 2011
184 DIREITO, DIGNIDADE HUMANA E O LUGAR DA JUSTIA
1. Introduo
Entre os diversos caminhos epistemolgicos possveis
para se pensar o Direito e a realizao da justia, a escolha
pelo ponto de partida em Habermas se justifica pelo reconhe-
cimento de que esse filsofo, ao momento em que o Direito
era puro sinnimo de opresso e burocracia, teve a ousadia
de cogitar que esse sistema poderia servir de medium para a
emancipao do homem.
Essa simples suposio, desconsiderados, por ora, os
seus pressupostos e sustentabilidade, promoveu inegvel
processo de redignificao do Direito, que, enquanto objeto
de estudo, passou a merecer um olhar mais interessado dos
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3 HABERMAS, 1998.
4 HABERMAS, 2010.
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4. Concluso
O confronto da utopia realista de Habermas ampa-
rada em uma filosofia normativa que aponta o Direito como
o lugar da justia com a crtica metafsica da presena,
com o argumento da irrepresentabilidade do outro e uma
noo mais abrangente de reconhecimento social, teve o es-
copo de contribuir para uma reflexo mais abrangente sobre
o Direito, que a um s tempo valorize-o em seu potencial
transformador, mas que no incentive um clculo superes-
timado do seu tamanho.
No contexto de gradativo inchao da noo de relao
jurdica, marcado pela judicializao da poltica e das rela-
es sociais sintomtica nas discusses de indenizao por
abandono afetivo , essencial ter em conta as limitaes
do Direito na realizao do que se pode compreender como
justia.
O artigo no adota perspectiva ctica sobre a realizao
da justia em si, nem mesmo nega a vocao que o Direito
possui de contribuir para esse processo, apenas alerta para
o fato de que o prprio Direito pode oprimir onde pretende
libertar, sendo necessrio, portanto, temperar as teorias que
redignificam o sistema jurdico com o recurso quelas que
possibilitam a realizao de uma crtica interna ao prprio
Direito.
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Referncias
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Recebido em 30/11/2011.
Aprovado em 30/01/2012.
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