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23/07/2009 - 08h02

DECISO
Paciente no tem direito a remdio especfico se SUS oferece alternativa
O dever de o Estado garantir a seus cidados o direito vida e sade no se confunde com direito
de escolha do paciente e seu mdico particular de medicamentos especficos. Para a Segunda Turma
do Superior Tribunal de Justia (STJ), se o paciente no prova a ineficcia do remdio alternativo
oferecido pelo Sistema nico de Sade (SUS), no possui direito lquido e certo ao fornecimento
do indicado pelo profissional de sua escolha.

O caso trata de paciente com psorase que pretendia obter o medicamento Enbrel 50mg em doses
suficientes para duas aplicaes semanais, por tempo indeterminado. O remdio no fornecido
pelo SUS, que lhe ofereceu como segunda opo a ciclosporina, indicao padronizada na rede
pblica. Segundo o recurso do paciente, o Enbrel seria o nico capaz de controlar a dor e a
inflamao provocadas pela doena.

Para a ministra Eliana Calmon, o particular deveria ter demonstrado que o medicamento oferecido
gratuitamente pelo Estado de Minas Gerais seria ineficaz para seu caso e no o contrrio, como
afirmava em seu pedido.

A relatora esclareceu que slida a posio do Tribunal de que o direito de recebimento de


remdios decorre do direito vida artigo 5, caput, da Constituio Federal e do direito sade
artigo 6 , sendo inconcebvel a recusa do fornecimento gratuito de remdio a paciente em estado
grave e sem condies financeiras de custear as despesas com medicamentos necessrios ao seu
tratamento. Mas a ministra esclareceu que isso no significa, como no caso, direito escolha de
medicamento especfico quando a Administrao oferece alternativa vivel.

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