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Por mais que nos parea natural fazer essa suposio, ela
injustificada: a economia de mercado uma estrutura institucional, e
sempre nos esquecemos disto, que nunca esteve presente a no ser em
nosso tempo e, mesmo assim, ela estava apenas parcialmente presente. No
entanto, alm desta suposio, as consideraes "em ltima instncia" no
tm qualquer significado. Se o efeito imediato de uma mudana deletrio,
ento, at prova em contrrio, o efeito final tambm deletrio. Se a
converso das terras arveis em pastagens envolve a destruio de um
certo nmero de casas, a abolio de um nmero definido de empregos e a
diminuio dos suprimentos de alimentos disponveis no local, ento esses
efeitos devem ser encarados como um efeito final, at que se apresente
uma prova em contrrio. Isto no exclui a considerao dos possveis efeitos
do aumento de exportaes na renda do proprietrio da terra; das possveis
oportunidades de empregos criadas por um aumento eventual no
suprimento local de l, ou a forma na qual os proprietrios de terras podiam
empregar suas rendas aumentadas, seja em novos investimentos ou em
despesas de luxo. Em nenhum caso, porm, podemos presumir sobre o
funcionamento das leis de mercado, a menos que se demonstre a existncia
de um mercado auto-regulvel. As leis de mercado s so relevantes no
cenrio institucional de uma economia de mercado; no foram os estadistas
da Inglaterra dos Tudors que se afastaram dos fatos e sim os economistas
modernos, cujas observaes a respeito deles deixaram implcita a
existncia anterior de um sistema de mercado. (Pg. 55)
Para existir este tal mercado em si, teria que desmembrar esses
aspectos da sociedade em pelo menos econmico e poltico. Tal separao
inverdica e impossvel. O autor cr, assim como os antroplogos, que a
economia uma funo social, est embutida, inserida nas relaes sociais.
Tem atividade de troca simblica na troca econmica.
Em resumo: