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Sentena que condenou dois rus, sendo que outro ru faleceu, pelo delito de porte
de arma de fogo com numerao raspada; a teor do artigo 16, pargrafo nico, IV, da
Lei 10826/2003. Aresto apelatrio que manteve o prestgio da pretenso punitiva, mas
reduziu a dosimetria da resposta social para ambos. Voto vencido pela absolvio do
ru Christian, com base na atipicidade, quanto a ele, do referido porte ilegal.
Embargos de infringncia com fincas no mesmo. Manifestao contrria da
Procuradoria de Justia. Respeitosa divergncia. Prova, no conjunto, assinalando que
os dois revlveres que foram apreendidos por policiais rodovirios federais, eram
segurados pelo ru cujo decesso ocorreu, e pelo outro referido; no pelo aqui
insurgente. Os trs acusados estariam caminhando, e um transeunte noticiara ter sido
roubado, talvez por eles. No entanto, o roubo aludido estranho a este processo.
Logo, no pode servir de circunstncia relevante na anlise. Magistrio dos
festejados Luiz Flvio Gomes, Fernando Capez e Damsio de Jesus, acentuando
que o porte ilegal de arma de fogo, ao contrrio da posse, no pode ser
compartilhado. necessrio que o agente tenha fcil apossamento; que tenha
rpido acesso ao instrumento lesivo; que alcance pronta utilizao. Ao menos
pelo benefcio da dvida, se o ora recorrente no estava armado, no se pode
dizer que tivesse tal rpido acesso, ou tal fcil apossamento, no tocante aos
revlveres em poder dos referidos indivduos que com ele caminhavam. Acerto
do sufrgio isolado que o absolvia. Embargos que so acolhidos para sua
prevalncia. (0008143-32.2008.8.19.0021 - EMBARGOS INFRINGENTES E DE
NULIDADE - DES. LUIZ FELIPE HADDAD - Julgamento: 11/08/2011 TJ/RJ -
QUINTA CAMARA CRIMINAL)