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FACULDADE MARIA MILZA

BACHARELADO EM FARMÁCIA

Murilo da Silva Machado

CUIDADOS FARMACÊUTICOS A PACIENTES


HIPERTENSOS

CRUZ DAS ALMAS-BA

2010
Murilo da Silva Machado

CUIDADOS FARMACÊUTICOS A PACIENTES


HIPERTENSOS

Portfólio solicitado pelo professor Franco,


regente da Disciplina Atenção Farmacêutica
II do Curso de Farmácia 2008.2 da
Faculdade Maria Milza.

CRUZ DAS ALMAS-BA

2010

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SUMÁRIO

Introdução................................................................................................04
1.1tema............................................................................................04

1.2 delimitação do tema..................................................................04

1.3 justificativa...............................................................................04

1.4 Objetivo...................................................................................04
1.4.1objetivo geral.........................................................................04
1.4.2 objetivo específico...............................................................04
2.referêncial teórico..............................................................................05
2.1 hipertensão..................................................................................05
2.1.2 consideracões sobre a hipertensão...........................................05
2.1.3 conceito de hipertensão............................................................05
2.1.4 tratamento da há.......................................................................06
2.1.5 classe de alguns medicamentos anti-hipertensivos................06
3.0 material e métodos..........................................................................07
4.0 metodologia......................................................................................08
4.1 fluxograma.................................................................................08
5.0 historia farmacoterapêutica..........................................................09
5.1 desenvolvimento histórico da paciente ....................................09
6.0 cronograma de execução...............................................................10
7.0 intervenção.....................................................................................10
8.0 resultado.........................................................................................11
9.0 Conclusão.......................................................................................11

10. Referência Bibliográfica................................................................12

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1.INTRODUÇÃO:

1.1 TEMA:
Cuidados farmacêuticos a pacientes hipertensos.

1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA:

Cuidados farmacêuticos a pacientes hipertensos com o propósito de obter


resultados que melhore a qualidade de vida da paciente.

1.3 JUSTIFICATIVA:

A hipertensão arterial é o principal fator de risco para as complicações mais


comum como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio, além da doença
renal crônica terminal. De tantas doenças, a hipertensão é dos principais fatores da
causa de morbimortalidade na população brasileira. Por ser na maior parte do seu curso
assintomático, seu diagnóstico e tratamento é freqüentemente negligenciado, por causa
da baixa adesão, por parte do paciente, ao tratamento. Esses são alguns dos principais
fatores que determina um controle muito baixo da hipertensão arterial aos níveis
determinados como normais em todo o mundo.

1.4 OBJETIVO:

1.4.1 GERAL
Desenvolver uma atenção farmacêutica ao paciente, visando uma farmacoterapia
adequada proporcionando uma melhor qualidade de vida ao paciente.

1.4.2 ESPECÍFICOS:
 Identificar os problemas de saúde do paciente;
 Observar o grau de conhecimento do paciente sobre seus medicamentos;

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 Se faz adesão ao tratamento;
 Observar se a uma farmacoterapia adequada e necessária;
 Fazer intervenções farmacológicas;
 Fazer intervenções não farmacológicas;
 Informar quanto ao uso correto do medicamento.

2.0 REFERENCIAL TEÓRICO:

2.1 HIPERTENSÃO:

2.1.2 Considerações sobre a Hipertensão:


A hipertensão arterial é um importante fator de risco para doenças decorrentes
de aterosclerose e trombose, que se exteriorizam, por acometimento cardíaco, cerebral e
vascular periférico. É responsável por 25 à 40% da etiologia multifatorial da cardiopatia
isquêmica e dos acidentes vasculares cerebrais, respectivamente. Essa multiplicidade de
conseqüências coloca a hipertensão arterial na origem das doenças cardiovasculares e
portanto, caracteriza-se como uma das causas de maior redução da qualidade e
expectativa de vida dos indivíduos. (Passos, Valéria Maria. 2006)

A pressão arterial é o produto do débito cardíaco multiplicado pela resistência


periférica. O próprio débito cardíaco é o produto da freqüência cardíaca multiplicada
pelo volume sistólico. Na circulação normal, a pressão é exercida pelo fluxo de sangue
através do coração e dos vasos sanguíneos. (SMELTHER,Suzanne C.; BARE G. 2002)

2.1.3 Conceitos de Hipertensão:


A pressão arterial é aquela responsável pela condução do sangue desde a sua
saída pela valva aórtica logo após ter sido bombeado pelo ventrículo esquerdo até a sua
chegada de volta ao coração no átrio direito. No individuo adulto, a PA normal fica em
torno de 120 mmHg a máxima (sistólica) e de 80 mmHg a mínima (diastólica). A
pressão com que o sangue atravessa os capilares proporcionando a passagem de
oxigênio e nutrientes para as células e delas retirando o CO2 e os resíduos deve ser de
30 mmHg. Atualmente, considera-se hipertensão cifras superiores a 120/80 mmHg.

A hipertensão é uma doença grave com sérios riscos para o sistema


cardiovascular e um dos principais fatores de risco para o aparecimento de acidente
vascular cerebral coronariano.

O grande problema é que essa doença quase sempre é um achado ocasional, pois
seus sintomas geralmente passam despercebidos. Alguns se queixam de leve dor de

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cabeça na região occipital, visão dupla, palpitação e, após muitos anos, falta de ar e
comprometimento de vários órgãos.

Um dos motivos por passar despercebida é que em 90% das vezes sua causa não
é conhecida (hipertensão essencial ou idiopática). Apenas 10% tem causas conhecidas,
facilitando o combate à causa geradora. Essas são as hipertensões secundárias (HAS),
que ocorrem geralmente antes dos 30 e após os 50 anos.

2.1.4 Tratamento da Hipertensão Arterial:


Para a adoção de um esquema terapêutico adequado, o primeiro passo é a
confirmação diagnóstica da hipertensão. Em seguida, é necessário a análise da
estratificação de risco. Todos os pacientes com hipertensão devem ser orientados a
modificar o seu estilo de vida. Modificações essas de estilo de vida que é comprovado o
valor na redução da pressão arterial: a redução do peso, a redução da ingestão de sódio,
maior ingestão de potássio, uma dieta rica em frutas e vegetais e alimentos com pouco
teor de gordura, a diminuição ou abolição do álcool e a atividade física. Alimentos ricos
em cálcio atualmente são preconizados em conjunto com toda a série de medidas
dietéticas já citadas, que juntas são benéficas para a redução da PA. A ingestão de
magnésio, de derivados do ácido ecosanóico e aumento da ingestão de proteínas entre
outros, não possuem até o momento evidências de valor comprovado, que indiquem sua
utilização.

A interrupção do fumo não interfere diretamente sobre a redução da pressão, no


entanto trata-se de importante fator de risco cardiovascular e deve ser incentivada. As
modificações do estilo de vida são aplicáveis a todos os pacientes que se propõe a
diminuição do risco cardiovascular, incluindo os normotensos, e necessárias também
quando se impõe o tratamento farmacológico da hipertensão.

2.1.5 Classe de alguns medicamentos anti-hipertensivos:

Hidroclorotiazida (HCT):
Deve ser usado, na maioria das vezes, como droga inicial, permitindo uma ação
anti-hipertensiva lenta, com reações compensatórias reflexas menos intensas. A
prevenção dos efeitos colaterais da HCT como dislipidemias, intolerância à glicose,
hipopotassemia, impotência sexual e hiperuricemia, é alcançada com doses cada vez
menores, e vigilância dessas alterações. Não se deve ultrapassar a dose de 50mg/dia.
Estudos têm mostrado da excreção urinária de cálcio. Este efeito tem sido associado à
baixa incidência de fraturas em pacientes idosos que usam HTC. Pacientes com
insuficiência cardíaca e renal crônica (creatinina > que 3,0 mg/dl) deverão usar a
furosemida, ao invés da hidroclorotiazida.

Inibidores simpáticos – o cérebro exerce grande controle sobre a circulação.


Portanto, atua farmacologicamente, nesta área, é imprescindível para diminuir a pressão
arterial nos hipertensos – clonidina e alfametildopa. Mecanismo de ação – estas drogas

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deprimem o tônus simpático do sistema nervoso central. (Brasil. Ministério da Saúde.
2001).

Captopril:
Esse medicamento tem indicação formal para os hipertensos portadores de
diabetes, haja visto o caso de provocar queda da pressão intraglomerular, tão danosa
para a função renal, e evitar perda de albumina pela urina. Cuidados devem ser tomados
em relação aos pacientes com estenose de artéria renal, pela possibilidade de
hipoperfusão e, conseqüentemente, queda da função de filtração renal. Dosagem de
potássio e de creatinina auxiliam na avaliação da função renal.

Micardis:
O Micardis é um medicamento que contém a substância activa telmisartan. Esse
medicamento é utilizado no tratamento da hipertensão essencial (tensão arterial alta) em
adultos. “Essencial” significa que não foi identificada uma causa específica para a
hipertensão. O Micardis é também utilizado na prevenção de complicações
cardiovasculares (doenças do coração e das artérias), tais como ataque cardíaco (enfarte
do miocárdio) e derrame cerebral (acidente vascular cerebral).

A substância activa do Micardis, o telmisartan, é um antagonista dos receptores


da angiotensina II, o que significa que bloqueia a acção de uma hormona chamada
angiotensina II. A angiotensina II é um vasoconstritor potente (estreita os vasos
sanguíneos). O telmisartan, ao bloquear os receptores a que a angiotensina II se liga
normalmente, impede que a hormona exerça o seu efeito, permitindo que os vasos
sanguíneos se dilatem. Isto, por um lado, leva ao abaixamento da pressão arterial,
diminuindo os riscos associados à hipertensão, tais como enfarte e derrame cerebral e,
por outro, permite ao coração expelir o sangue mais facilmente, contribuindo para uma
redução do risco de problemas cardiovasculares futuros.

3.0 MATERIAIS E MÉTODOS:


Para o monitoramento e acompanhamento da pressão arterial foi usado o
respectivo aparelho:

Um esfigmomanômetro Analógico e um estetoscópio, equipamentos estes


utilizados para aferir a pressão arterial. O paciente deve ficar sentado, em um ambiente
calmo com temperatura agradável e não deve estar com a bexiga cheia, nem ter
praticado exercícios físicos, não ter ingerido bebidas alcóolicas ou café e ter fumado até
30 minutos antes da aferição. O paciente não deve falar durante a aferição.

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4.0 METODOLOGIA:

A metodologia utilizada envolve uma relação entre o farmacêutico e o paciente, por


meio de um segmento farmacoterapêutico, detectando e resolvendo problemas
relacionados a medicamentos (PRMs) de acordo com o Manual de Acompanhamento
Farmacoterapêutico (Método Dáder).

4.1 Diagrama de fluxo do processo do Método Dáder.

Oferta do serviço
Fase de revisão
17/04/2010

Estado de
situação
Paciente
aceita o
serviço

Problema de
saúde do
paciente

Fase de revisão

Entrevista
17/04/2010 Estado de
situação

Medicamento Intervenção
utilizado pelo
paciente

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5.0 HISTÓRIA FARMACOTERAPÈUTICA

Paciente n: 2235/7752/00015 Data: 03/04/2010

Nome: S.M.S Data de nascimento: 22/07/1948 Sexo: Feminino

Profissão: Aposentada (Administradora de Empresas)

Massa corporal do paciente: 78 kg Altura: 1,75 m

Patologia: Hipertensão arterial.

Hábitos alimentares e físicos:

1. Faz uso de alimentos saudáveis (frutas, alimentos ricos em fibras e etc).


2. Não fuma.
3. Não faz uso de bebidas alcoólicas.
4. Não faz nenhuma atividade física.

Obs: A paciente diz que anda muito estressada, nervosa e muito cansada.

5.1 Desenvolvimento histórico da paciente na primeira entrevista:


A paciente que escolhi faz o seguinte procedimento farmacoterapeutico, toma
1comprimido de 80 mg de Micardis uma vez por dia, depois do café da manhã. Mais
quando a pressão fica alta ela desenvolve tais sintomas, se sente tonta e com dor na
nuca. E quando apresentam os sintomas a forma que ela usa para normalizar a pressão é
tomar suco de chuchu. Mais também a paciente me informou que a pressão fica alta
quando ela se estressa com algo ou com alguém.

6.0 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO:


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PROCEDIMENTOS ABRIL MAIO
17/04 à 30/04 01/05 à 26/05
Monitoração da pressão X X
arterial
Análise dos dados X X

Resultados obtidos X

Tabela 1 e 2 de monitoração da hipertensão arterial:

DATA HORAS HAS


17/04 07h00min e 19h00min 13X08 e 11X09
18/04 07h00min e 19h00min 14X05 e 13X10
20/04 07h00min e 19h00min 11X08 e 12X05
22/04 07h00min e 19h00min 12X07 e 12X08
25/04 07h00min e 19h00min 12X05 e 12X05
27/04 07h00min e 19h00min 12X07 e 12X05
30/04 07h00min e 19h00min 12X07 e 15X06

DATA HORAS HAS


01/05 07h00min e 19h00min 12X05 e 12/07
04/05 07h00min e 19h00min 12X07 e 12X06
06/05 07h00min e 19h00min 14X07 e 12X04
08/05 07h00min e 19h00min 12X07 e 12X05
10/05 07h00min e 19h00min 14X07 e 12X06
12/05 07h00min e 19h00min 12X07 e 12X08
14/05 07h00min e 19h00min 12X07 e 12X08
16/05 07h00min e 19h00min 12X07 e 12X05
18/05 07h00min e 19h00min 12X07 e 12X08
20/05 07h00min e 19h00min 13X07 e 12X06
22/05 07h00min e 19h00min 12X07 e 12X05
24/05 07h00min e 19h00min 12X07 e 12X08
26/05 07h00min e 19h00min 12X07 e 12X05

7.0 INTERVENÇÃO:
Não conseguir identificar nenhum tipo de PRM. Mais precisei fazer umas intervenções
em alguns aspectos para melhorar a qualidade de vida da paciente.

Foi uma intervenção não farmacológica, passei as seguintes orientações:

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 Fazer o possível pra não se estressar;
 Fazer algo que ela se sinta bem em estar fazendo (passear, ir no AABB, ir a
Igreja e etc);
 Moderar na ingestão de sal (Cloreto de sódio);
 Aumentar a ingestão de alimentos ricos em potássio;
 Fazer uma manutenção do peso ideal (IMC entre 20 e 25 kg/m²).

8.0 RESULTADO:

No inicio da Atenção Farmacêutica foi feito aferições na paciente, e pode-se observar


que no período de 17/04 à 30/04 ao acordar sua pressão mostrava-se normal, ao longo
do dia a paciente se envolvia em assuntos emocionais, onde constatava-se no final da
tarde um aumento significativo da pressão arterial. Após as intervenções feitas, no
período de 01/05 à 26/05, pode-se verificar em todo o dia sua pressão arterial
controlada.

9.0 CONCLUSÃO:

Os objetivos realizados no tratamento da paciente foram positivos. Desenvolve um


acompanhamento e monitoração ao tratamento da paciente, em um período
determinado, promovendo o bem estar e a promoção da saúde da paciente.

Fiquei muito grato pela a importância que tive na vida dessa paciente, porque ela é uma
pessoa muito próxima de me, e pude ajuda - lá de alguma forma. O que mais gostei foi
que conseguir fazer que ela confiasse no que eu estava falando para ela. E por isso ficou
mais fácil de promover uma atenção farmacêutica. E espero que daqui pra frente eu
possa desenvolver um importantíssimo trabalho como este para outras pessoas.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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Brasil, Ministério da Saúde. Hipertensão arterial sistêmica para o sistema Único de
Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 58 p. – (Cadernos de Atenção Básica; 16)
(Serie A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em : http: www.saude.gov.br/dab.
Acesso em 15/05/2010.

WELL, Barbara G.; DIPIRO, Joseph T. Manual de Farmacoterapia. 6 ed. São Paulo:
McGraw-Hill, 2006.

LOMBA, Marcos. Saúde Total: Clinica Médica: diagnostico, tratamento e


prevenção. Grupo Universo, 2006. (Súde

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