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Parte 1: Conhecendo os Componentes

Como tudo funciona?

Para um leigo, um computador pode parecer uma máquina misteriosa, uma “caixa
preta” onde de alguma forma mística são guardadas e processadas informações.

Porém, de misterioso os computadores não têm nada. Tudo funciona de maneira


ordenada, e até certo ponto simples. O objetivo deste capítulo inicial é dar uma visão
geral sobre os componentes que formam um micro computador, e como tudo funciona.
Mais para a frente, você conhecerá mais a fundo cada componente, aprenderá a
montar e configurar micros padrão PC e a solucionar problemas de funcionamento,
estando pronto para resolver seus próprios problemas, ajudar amigos, ou mesmo
trabalhar na área de manutenção.

Sistema Binário

Existem duas maneiras de representar uma informação: analógicamente ou


digitalmente. Uma música de um grupo qualquer, é gravada numa fita K-7 de forma
analógica, codificada na forma de uma grande onda, que pode assumir um número
ilimitado de freqüências. Um som grave seria representado por um ponto mais baixo
da onda, enquanto um ponto mais alto representaria um som agudo. O problema com
esta representação, é que qualquer interferência causa distorções no som. Se os
computadores trabalhassem com dados analógicos, certamente seriam muito passíveis
de erros, pois qualquer interferência, por mínima que fosse, causaria alterações nos
dados processados e consequentemente nos resultados.

O sistema digital por sua vez, permite armazenar qualquer informação na forma de
uma seqüência de valores positivos e negativos, ou seja, na forma de uns e zeros. O
número 181 por exemplo, pode ser representado digitalmente como 10110101.
Qualquer dado, seja um texto, uma imagem, um programa, ou qualquer outra coisa
será processado e armazenado na forma de uma grande seqüência de uns e zeros.

É justamente o uso do sistema binário que torna os computadores confiáveis, pois a


possibilidade de um valor 1 ser alterado para um valor 0, o oposto, é muito pequena.
Lidando com apenas dois valores diferentes, a velocidade de processamento também
torna-se maior, devido à simplicidade dos cálculos.

Cada valor binário é chamado de “bit”, contração de “binary digit” ou “dígito binário”.
Um conjunto de 8 bits forma um byte e um conjunto de 1024 bytes forma um
Kilobyte (ou Kbyte). O número 1024 foi escolhido pois é a potência de 2 mais
próxima de 1000. Um conjunto de 1024 Kbytes forma um Megabyte (1048576 bytes)
e um conjunto de 1024 Megabytes forma um Gigabyte (1073741824 bytes). Os
próximos múltiplos são o Terabyte (1024 Megabytes) e o Petabyte (1024 Terabytes)

Também usamos os termos Kbit, Megabit e Gigabit, para representar conjuntos de


1024 bits. Como um byte corresponde a 8 bits, um Megabyte corresponde a 8
Megabits e assim por diante.

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Medida Descrição
1 Bit = 1 ou 0
1 Byte = Um conjunto de 8 bits
1 Kbyte = 1024 bytes ou 8192 bits
1024 Kbytes, 1.048.576 bytes ou
1 Megabyte =
8.388.608 bits

Funcionamento Básico

A arquitetura básica de qualquer computador completo, seja um PC, um Machintosh ou


um computador de grande porte, é formada por apenas 5 componentes básicos:
processador, memória RAM, disco rígido, dispositivos de entrada e saída e softwares.

O processador e o cérebro do sistema, encarregado de processar todas as


informações. Porém, apesar de toda sua sofisticação, o processador não pode fazer
nada sozinho. Para termos um computador funcional, precisamos de mais alguns
componentes de apoio: memória, unidades de disco, dispositivos de entrada e saída e
finalmente os programas a serem executados.

A memória principal, ou memória RAM, é usada pelo processador para armazenar os


dados que estão sendo processados, funcionando como uma espécie de mesa de
trabalho. A quantidade de memória RAM disponível, determina quais atividades o
processador poderá executar. Um engenheiro não pode desenhar a planta de um
edifício sobre uma carteira de escola. Caso a quantidade de memória RAM disponível
seja insuficiente, o computador não será capaz de rodar aplicativos mais complexos. O
IBM PC original, lançado em 1981 por exemplo, possuía apenas 64 Kbytes de
memória, e por isso era capaz de executar apenas programas muito simples, baseados
em texto. Um micro mais moderno, possui pelo menos 32 Megabytes de memória,
sendo capaz de executar programas complexos.

A memória RAM é capaz de responder às solicitações do processador numa velocidade


muito alta. Seria perfeita se não fossem dois problemas: o alto preço e o fato de ser
volátil, ou seja, de perder todos os dados gravados quando desligamos o micro.

Já que a memória RAM serve apenas como um rascunho, usamos um outro tipo de
memória para guardar arquivos e programas: a memória de massa. O principal
dispositivo de memória de massa é o disco rígido, onde ficam guardados programas e
dados enquanto não estão em uso ou quando o micro é desligado. Disquetes e CD-
ROMs também são ilustres representantes desta categoria de memória.

Para compreender a diferença entra a memória RAM e a memória de massa, você pode
imaginar uma lousa e uma estante cheia de livros com vários problemas a serem
resolvidos. Depois de ler nos livros (memória de massa) os problemas a serem
resolvidos, o processador usaria a lousa (a memória RAM) para resolvê-los. Assim que
um problema é resolvido, o resultado é anotado no livro e a lousa é apagada para que
um novo problema possa ser resolvido. Ambos os dispositivos são igualmente
necessários.

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Os sistemas operacionais atuais, incluindo claro a família Windows, permitem usar o


disco rígido para gravar dados caso a memória RAM se esgote, recurso chamado de
memória virtual. Utilizando este recurso, mesmo que a memória RAM esteja
completamente ocupada, o programa será executado, porém muito lentamente, devido
à lentidão do disco rígido.

Para permitir a comunicação entre o processador e os demais componentes do micro,


assim como entre o micro e o usuário, temos os dispositivos de I/O “input/output”
ou “entrada e saída”. Estes são os olhos, ouvidos e boca do processador, por onde ele
recebe e transmite informações. Existem duas categorias de dispositivos de entrada e
saída:

A primeira é composta pelos dispositivos destinados a fazer a comunicação entre o


usuário e o micro. Nesta categoria podemos enquadrar o teclado, mouse, microfone,
etc. (para a entrada de dados), o monitor, impressoras, caixas de som, etc. (para a
saída de dados).

A segunda categoria é destinada a fazer a comunicação entre o processador e os


demais componentes internos do micro, como a memória RAM e o disco rígido. Os
dispositivos que fazem parte desta categoria estão dispostos basicamente na placa
mãe, e incluem controladores de discos, controladores de memória, etc.

Como toda máquina, um computador por mais avançado que seja, é “burro”, pois não
é capaz de raciocinar ou fazer nada sozinho. Ele precisa ser orientado a cada passo. É
justamente aí que entram os programas, ou softwares, que orientam o
funcionamento dos componentes físicos do micro, fazendo com que ele execute as
mais variadas tarefas, de jogos à cálculos científicos.

Os programas instalados determinam o que o micro “saberá” fazer. Se você quer ser
um engenheiro, primeiro precisará ir a faculdade e aprender a profissão. Com um
micro não é tão diferente assim, porém o “aprendizado” é não é feito através de uma
faculdade, mas sim através da instalação de um programa de engenharia, como o
AutoCAD. Se você quer que o seu micro seja capaz de desenhar, basta “ensiná-lo”
através da instalação um programa de desenho, como o Corel Draw! e assim por
diante.

Toda a parte física do micro: processadores, memória, discos rígidos, monitores,


enfim, tudo que se pode tocar, é chamada de hardware, enquanto os programas e
arquivos armazenados são chamados de software. Existem dois tipos de programas,
chamados de software de alto nível, e software de baixo nível. Estas designações
não indicam o grau de sofisticação dos programas, mas sim o seu envolvimento com o
Hardware.

O processador não é capaz de entender nada além de linguagem de máquina,


instruções relativamente simples, que ordenam a ele que execute operações
matemáticas como soma e multiplicação, além de algumas outras tarefas, como leitura
e escrita de dados, comparação, etc. Como é extremamente difícil e trabalhoso fazer
com que o processador execute qualquer coisa escrevendo programas diretamente em
linguagem de máquina, usamos pequenos programas, como o BIOS e os drivers de
dispositivos do Windows para executar as tarefas mais básicas, funcionando como
intermediários ou intérpretes entre os demais programas e o hardware. Estes
programas são chamados de software de baixo nível. Todos os demais aplicativos,

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como processadores de texto, planilhas, jogos, etc. rodam sobre estes programas
residentes, não precisando acessar diretamente ao hardware, sendo por isso chamados
de software de alto nível.

Não podemos nos esquecer do próprio sistema operacional, que funciona como uma
ponte entre o Hardware e o usuário, automatizando o uso do computador, e
oferecendo uma base sólida apartir da qual os programas podem ser executados.
Continuando com os exemplos anteriores, o sistema operacional poderia ser definido
como a “personalidade” do micro. Um micro rodando o Linux por exemplo, dificilmente
seria tão amigável e fácil de operar quanto um outro micro rodando o Windows 98 por
exemplo. Por outro lado, este último dificilmente seria tão estável quanto um terceiro
micro rodando o Windows 2000. As diferenças não param por aí: Os programas
desenvolvidos para rodar sobre um determinado sistema operacional quase sempre
são incompatíveis com outros. Uma versão do Corel Draw! desenvolvida para rodar
sobre o Windows 98, jamais rodaria sobre o Linux, seria preciso desenvolver uma nova
versão do programa.

A interface dos vários sistemas operacionais também é diferente. No MS-DOS por


exemplo, temos apenas um prompt de comando baseado em texto, enquanto no
Windows temos uma interface gráfica baseada em janelas. Esta divisão visa facilitar o
trabalho dos programadores, que podem se concentrar em desenvolver aplicativos
cada vez mais complexos num espaço de tempo cada vez menor.

Fazer um programinha simples de controle de caixa em uma linguagem de baixo nível,


como o C por exemplo, tomaria pelo menos um dia inteiro de trabalho de um
programador. Um programa com as mesmas funções, feito em uma linguagem visual
(ou de alto nível) como o Visual Basic ou Delphi, tomaria bem menos tempo, e ainda
por cima teria uma interface gráfica muito mais bonita e amigável, já que muitas das
funções usadas no programa já estariam prontas.

Arquiteturas

Nos primórdios da informática, nas décadas de 50, 60 e 70, vários fabricantes


diferentes disputavam o mercado. Cada um desenvolvia seus próprios computadores,
que eram incompatíveis entre sí, tanto a nível de hardware, quanto a nível de
software. Apesar de executarem as mesmas operações básicas, praticamente tudo era
diferente: os componentes de um não serviam em outro, os programas eram
incompatíveis, e até mesmo as linguagens de programação eram diferentes.

Porém, com a popularização dos microcomputadores era inevitável uma padronização.


No início da década de 80, tínhamos basicamente apenas duas arquiteturas, ou
“famílias” de computadores pessoais diferentes: O PC, desenvolvido pela IBM, e o
Macintosh, desenvolvido pela Apple.

Como era mais barato, o PC tornou-se mais popular, ficando o uso dos Macintoshs
restrito a nichos onde suas características peculiares o tornam mais atraente, como a
edição de imagens ou sons e editoração eletrônica.

Como os micros PC possuem uma arquitetura aberta, ou seja, a possibilidade de vários


fabricantes diferentes desenvolverem seus próprios componentes e padrões, temos
uma lista enorme de componentes compatíveis entre sí. Podemos escolher entre várias

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marcas e modelos os componentes que melhor atendam nossas necessidades e montar


nossa própria configuração. Também é possível melhorar posteriormente o micro
montado, através de upgrades, trocando alguns componentes para melhorar seu
desempenho. Mesmo micros de grife: IBM, Compact, Dell, etc. também são micros
montados, já que quase todos os seus componentes são comprados de outros
fabricantes. Temos por exemplo, um processador da Intel, um disco rígido da
Quantum, uma placa mãe da Asus, memórias da Kingstone, CD-ROM e drive de
disquetes da Mitsumi, um monitor da LG, e por aí vai :-)

Componentes

Agora que você já entendeu o que se passa dentro do gabinete de um PC, que tal se
estudássemos a função dos seus principais componentes?

Você já deve estar familiarizado com a função do processador. Atualmente


encontramos no mercado vários processadores diferentes. Em ordem de evolução,
podemos citar: o 486, o Pentium, o Pentium MMX, o K6, o K6-2, K6-3, o Pentium II e o
Celeron, o Pentium III, Duron, Athlon e Pentium 4.Mais adiante você conhecerá melhor
cada um deles.

Processador Pentium 4

Definimos o processador como o cérebro do micro. Pois bem, todo o cérebro precisa de
um corpo, que é justamente a placa mãe. Ela traz todos os componentes que
permitem ao processador comunicar-se com os demais periféricos, como discos
rígidos, placas de vídeo, etc. Outra função da placa mãe é acomodar e alimentar
eletricamente o processador.

Cada processador precisa de uma placa mãe desenvolvida especialmente para ele,
pois, devido à diferenças na sua arquitetura, os processadores possuem
“necessidades” diferentes. Cada processador possui um número diferente de contatos,
ou terminais, opera usando uma voltagem diferente e precisa de um conjunto de
circuitos de apoio desenvolvidos especialmente para ele. O próprio encaixe do
processador muda de família para família. O Pentium II por exemplo utiliza o ‘Slot 1”
que é parecido com o encaixe de um cartucho de video-game, enquanto o K6 e o
Pentium comum, utilizam outro encaixe diferente, chamado de “Soquete 7”.

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Apesar das diferenças, normalmente as placas mãe são desenvolvidas para serem
compatíveis com mais de um processador. Uma placa mãe soquete 7 mais moderna
por exemplo, quase sempre suportará desde um Pentium de 75 MHz até um K6-3 de
500 MHz, passando por processadores Pentium MMX, K6 e Cyrix 6x86. Uma placa Slot
1 moderna por sua vez, suporta processadores Pentium II, Celeron e Pentium III. Ao
longo deste livro você aprenderá a descobrir quais processadores podem ser usados
em cada modelo de placa mãe e como configurar a placa para cada processador a ser
usado.

Mas a importância da placa mãe não para por aí. Ela determina quais componentes
poderão ser usados no micro (e consequentemente as possibilidades de upgrade) e
influencia diretamente na performance geral do equipamento. Com certeza, você não
gostaria de gastar 200 ou 300 dólares numa placa de vídeo de última geração, só para
descobrir logo depois que não poderá instalá-la pois a placa mãe do seu micro não
possui um slot AGP.

Placa Mãe

Para poder trabalhar, o processador precisa também de memória RAM, que é vendida
na forma de pequenas placas, chamadas de módulos de memória, que são
encaixadas na placa mãe. Você ouvirá muito o termo “pente de memória” uma
espécie de apelido, que surgiu por que os contatos metálicos dos módulos lembram um
pouco os dentes de um pente.

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Módulo de memória de 168 vias

Para o que o micro seja capaz de guardar programas e arquivos, precisamos também
de um disco rígido, chamado também de HD (Hard Disk) ou Winchester, que é
acomodado no gabinete e ligado à placa mãe através de um cabo.

Outro componente essencial é o gabinete, uma caixa de metal que acomoda e protege
os frágeis componentes internos do micro. O gabinete traz também a fonte de
alimentação, responsável por converter a corrente alternada da tomada (AC) para
corrente contínua (DC) usada pela maioria dos componentes eletrônicos. A fonte
também serve para atenuar pequenas variações de tensão, protegendo o
equipamento.

A placa mãe, o processador e os módulos de memória, são os três componentes


básicos do micro. Porém, por enquanto temos um equipamento incapaz de receber ou
transmitir informações. Precisamos agora adicionar “sentidos” na forma de mais
componentes. Os essenciais são a placa de vídeo, que permite que o micro possa gerar
imagens a serem mostradas no monitor, teclado e mouse que permitem ao usuário
operar o micro. Outros componentes permitem ampliar os recursos do micro, mas
podem ser definidos como opcionais, já que o computador pode funcionar sem eles:

O CD-ROM permite que o micro leia CDs com jogos ou programas. Caso o micro
possua também uma placa de som, você poderá ouvir também CDs de música.
Existem também os drives de DVD, que além de lerem CDs normais, lêem DVDs de
programas ou filmes.

A placa de som permite que o micro gere som, tocados por um par de caixas acústicas.
A placa de som também traz entrada para um microfone e para um joystick. Junto
com um drive de CD-ROM, a placa de som forma o chamado Kit multimídia.

O Fax-Modem permite a comunicação entre dois computadores usando um linha


telefônica. Ele permite a recepção e transmissão de faxes e o acesso à Internet.

Temos também o drive de disquetes, que apesar de ser um componente de baixa


tecnologia, ainda é necessário, pois os disquetes ainda são muito usados para
transportar dados.

Além destes temos uma gama enorme de acessórios: Impressoras, Scanners (que
permitem digitalizar imagens), câmeras fotográficas digitais (que ao invés de usarem
negativos geram imagens digitais), câmeras de vídeo conferência, placas de captura
de vídeo e muitos outros.

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Questionário

Agora que terminou de ler o texto, tente responder as perguntas abaixo. Caso não
saiba alguma, tente encontrar a resposta no texto. Não passe para a próxima página
antes de conseguir resolver todas. Lembre-se esta é apenas a primeira parte do curso,
é importante domina-la para poder seguir adiante:

1- Uma certa placa de rede transmite dados a 100 Megabits por


segundo. A quantos megabytes isto corresponde?

2- Acabaram de instalar o acesso via cabo na sua casa. Para testar, você
resolve fazer um download de um arquivo de 80 megabytes. Se a sua
conexão é de 256 kbits, e presumindo que a conexão esteja boa, quanto
tempo demorará para baixar o arquivo?

3- O Windows, assim como todos os outros sistemas modernos, passa a


utilizar o disco rígido sempre que a memória RAM se esgota, isto é
chamado de memória virtual. Já que é assim, por que não poderíamos
simplesmente dispensar a memória RAM e passar a utilizar apenas o
disco rígido? Justifique a sua resposta.

4- O que acontece ao tentar rodar um programa pesado num PC com


pouca memória RAM? Qual seria a solução?

5- Qual é a diferença entre um "módulo de memória e um "pente de


memória"?

6- Num PC, qual é a função da fonte?

7- Afinal, o que é "um PC"? O que diferencia um PC de um MAC?

8- Qual é a função da placa mãe?

9- Seria possível instalar um processador Pentium III numa placa para


Athlon? Por que?

10- Alguns componentes do PC são chamados de "essenciais",


simplesmente por que o PC não poderia funcionar sem um deles, o
processador por exemplo. Outros são chamados de acessórios, pois
apesar de serem úteis, o PC poderia funcionar sem eles. Indique na lista
abaixo, quais componentes poderiam ser classificados como "essenciais"
e quais poderiam ser classificados como "acessórios":

Memória RAM Fonte

CD-ROM Modem

Placa mãe Caixas acústicas

Placa de Rede Modem ADSL

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Parte 2: Montagem e Configuração

INICIANDO A MONTAGEM

Vemos atualmente, placas mãe que utilizam gabinetes AT, e outras que utilizam
gabinetes ATX. Apesar da montagem em ambos os casos envolver basicamente os
mesmos processos, existem algumas poucas diferenças a serem analisadas. Para
facilitar as coisas, primeiramente vou descrever os processos de montagem utilizando
uma placa mãe AT e um gabinete mini-torre, e em seguida vou apenas explicar as
diferenças (quando existirem) quando usamos um gabinete e uma placa mãe ATX.

Para montar um micro, não é preciso muitas ferramentas. Uma chave de fenda estrela
e outra comum de tamanho médio já dão conta do recado. Algumas outras
ferramentas como chaves hexagonais (ou chaves "canhão"), pinças, um pega-tudo e
um pouco de pasta térmica também são bastante úteis. Os parafusos necessários
acompanham a placa mãe e demais componentes.

Iniciando a montagem, o primeiro passo é abrir o gabinete e desprender a chapa de


metal onde encaixaremos a placa mãe. Após encaixada a placa mãe na chapa de
metal, podemos realizar várias etapas da montagem antes de novamente prender a
chapa ao gabinete, assim teremos muito mais facilidade para encaixar as memórias,
processador, encaixes do painel do gabinete, cabos flat e também para configurar os
jumpers da placa mãe.

Para prender a placa mãe à chapa de metal do gabinete, utilizamos espaçadores e


parafusos hexagonais. Os espaçadores são peças plásticas com formato um pouco
semelhante a um prego. A parte pontiaguda deve ser encaixada nos orifícios
apropriados na placa mãe, enquanto a cabeça deve ser encaixada nas fendas da chapa
do gabinete.

A placa mãe não ficará muito fixa caso usemos apenas os espaçadores. Para mantê-la
mais firme, usamos também alguns parafusos hexagonais. O parafuso é preso à chapa
do gabinete, sendo a placa mãe presa a ele usando um segundo parafuso. Dois
parafusos combinados com alguns espaça-dores são suficientes para prender
firmemente a placa mãe.

Prender a placa mãe à chapa do gabinete, é uma das etapas mais complicadas da
montagem.
O primeiro passo é examinar a placa mãe e a chapa para determinar onde a furação de

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ambas se combina. Para apoiar melhor a placa mãe, você também pode cortar o pino
superior de alguns espaçadores, usando um faca, tesoura ou estilete, e usá-los nos
orifícios da placa mãe que não tem par na chapa.

O primeiro passo para fixar a placa mãe à chapa do gabinete é


verificar em que pontos a furação se combina (1)
Agora você deve parafusar os parafusos hexagonais na placa na
chapa de metal do gabinete que correspondem aos encontrados na placa mãe (2)
e encaixar os espaçadores na placa mãe (3)
Basta agora apenas encaixar a placa mãe na chapa. Na foto 4 temos um espaçador
sendo encaixado numa fenda da chapa do gabinete, e no detalhe o temos firmemente
encaixado.
Finalizando o encaixe, temos agora apenas que parafusar a placa mãe onde colocamos
parafusos hexagonais (5).

ENCAIXANDO O PROCESSADOR

Com a placa mãe firmemente presa à chapa de metal do gabinete, podemos continuar
a montagem, encaixando o processador. Para encaixar um processador soquete 7,
basta levantar a alavanca do soquete ZIF, encaixar o processador e baixar a alavanca
para que ele fique firmemente preso. Não se preocupe em encaixar o processador na
posição errada, pois um dos cantos do processador e do soquete possuem um pino a
menos, bastando que os cantos coincidam.

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Pino de orientação no processador e no soquete ZIF.

O processador deve encaixar-se suavemente no soquete. Para resfriar o processador


quando em uso, devemos encaixar o cooler sobre ele.

Ao contrário dos demais processadores que usam o soquete 7, o Pentium II, Pentium
III e o Celeron Slot One usam um encaixe diferente, batizado pela Intel de Slot One.
Apesar do encaixe destes processadores ser um pouco mais trabalhoso, não chega a
ser mais difícil, exigindo apenas um pouco mais de paciência. No caso do Celeron
soquete 370 ou PPGA, o processo de encaixe é igual ao dos processadores soquete 7,
incluindo o encaixe do cooler.

Para encaixar o Pentium II, o primeiro passo é encaixar os suportes plásticos que
servem de apoio ao processador. O suporte para o Pentium II é preso à dois orifícios
na placa mãe usando presilhas. Pra encaixa-lo, basta soltar as duas presilhas, encaixa-
las na placa mãe, encaixar o suporte e em seguida novamente parafusa-lo às
presilhas.

Após prender os suportes à placa mãe, basta apenas encaixar o Pentium II como um
cartucho de vídeo game. Não se preocupe, não há como encaixar o processador de
maneira errada, pois as fendas existentes no slot one permitem que o processador
seja encaixado apenas de um jeito. Não esqueça também de ligar o cabo de força do
cooler ao conector de 3 pinos ao lado do slot one.

O encaixe do Celeron é idêntico ao do Pentium II. Não se esqueça de usar os suportes


plásticos, caso contrário o processador ficará solto, o que pode causar mal contato.

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ENCAIXANDO OS MÓDULOS DE MEMÓRIA

O encaixe dos módulos de memória é uma operação bastante simples. Para encaixar
um módulo de 30 ou 72 pinos, basta primeiro encaixá-lo inclinado no soquete,
empurrando-o a seguir para que assuma sua posição vertical.

Para evitar que o módulo seja encaixado invertido, basta verificar a saliência que
existe num dos lados do pente, que deve corresponder à fenda encontrada em um dos
lados do soquete.

Encaixar módulos DIMM de 168 vias também é bastante simples. Solte as travas
plásticas do soquete, encaixe o pente, como um cartucho de vídeo game, Faça força
com ambos os polegares e ao mesmo tempo puxe as travas usando os indicadores. Se
preferir, você pode também encaixar primeiro um lado e depois o outro, fazendo
movimentos alternados. As travas fecharão conforme os pentes forem sendo
encaixados.

CONFIGURAÇÃO DOS JUMPERS

Como já vimos, os jumpers são pequenas peças plásticas, internamente metalizadas


que servem para criar uma corrente elétrica entre dois contatos. Através do
posicionamento dos jumpers, informamos à placa mãe como ela deve operar. A
configuração dos jumpers é a parte da montagem que exige maior atenção, pois uma
configuração errada fará com que o micro não funcione adequadamente, podendo
inclusive danificar componentes em casos mais extremos (configurando para o
processador uma voltagem muito maior do que o normal, por exemplo).

Para saber a configuração correta de jumpers para a sua máquina, você deve consultar
o manual da placa mãe. Como exemplo vou usar o manual de uma placa da PCChips, o
que lhe dará uma boa base para configurar qualquer placa mãe com a ajuda do
respectivo manual. Escolhi o manual desta placa, pois devido ao baixo custo, estas
placas parecem ser as mais utilizadas atualmente. No manual encontramos duas
páginas dedicadas a nos ajudar a configurar os jumpers da placa, que podem ser
vistas a seguir:

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Note que cada jumper recebe um nome, como JP8, JP13, etc. Estes nomes servem
para nos ajudar a localizar os jumpers na placa mãe. No manual da placa, além de
tabelas como esta, contando informações sobre o posicionamento dos jumpers, você
irá encontrar um diagrama da placa mãe que indica a localização de cada jumper na
placa. Este diagrama não mostra apenas a posição dos jumpers, mas nos ajuda a
localizar portas seriais, paralelas, interfaces IDE, assim como os encaixes para o painel
do gabinete.

De posse do esquema dos jumpers e do diagrama da placa, fica fácil localizar a posição
dos jumpers na placa mãe. Uma última coisa a ser observada, é a marcação do pino 1,
que serve para não invertermos a posição dos jumpers.

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Agora que já localizamos os jumpers responsáveis pela configuração dos recursos da


nossa placa mãe, vamos configurá-los.

VELOCIDADE DO PROCESSADOR

No capítulo sobre placas mãe, vimos que processadores atuais usam um recurso
chamado multiplicação de clock. Isto significa que o processador internamente
funciona a uma velocidade maior do que a placa mãe. Um Pentium 200 por exemplo,
apesar de internamente funcionar a 200 MHz, comunica-se com a placa mãe a apenas
66 MHz. A velocidade de operação do processador é chamada de clock interno (internal
clock), enquanto que a velocidade da placa mãe é chamada de clock externo (external
clock).

Continuando a tomar o Pentium 200 como exemplo, percebemos que a velocidade


interna do processador (200 MHz) é 3 vezes maior que a da placa mãe (66 MHz),
dizemos então que no Pentium 200 o multiplicador é 3x. Num Pentium 166, o
multiplicador será de 2,5x, já que a frequência do processador (166 MHz) será 2,5
vezes maior do que a da placa mãe (66 MHz).

Placas soquete 7 mais antigas são capazes de suportar multiplicadores de até 3x,
porém, configurando o multiplicador como 1,5x, podemos instalar nelas o 233 MMX.
Isso acontece por que este processador reconhece o multiplicador de 1,5x como 3,5x,
com o objetivo de manter compatibilidade com estas placas mais antigas.
Processadores similares, como o K6 de 233 MHz utilizam este mesmo recurso.

Apesar da Intel ter abandonado a fabricação do MMX após a versão de 233 MHz,
passando a fabricar somente o Pentium II que usa placas equipadas com o slot One, a
Cyrix e a AMD continuaram a lançar processadores soquete 7 com clocks maiores. Para
usar estes processadores, você precisará de uma placa mãe super 7, que suporte
multiplicadores superiores a 3x e clock externo de 100 MHz.

Segue agora, uma tabela com a configuração do multiplicador e do clock externo de


vários processadores.

Processador Clock interno Multiplicador


Clock externo

Pentium 75 MHz 1,5x 50 MHz


100 MHz 1,5x 66 MHz
120 MHz 2x 60 MHz
133 MHz 2x 66 MHz
150 MHz 2,5x 60 MHz
166 MHz 2,5x 66 MHz
200 MHz 3x 66 MHz

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Pentium MMX 166 MHz 2,5x 66 MHz


200 MHz 3x 66 MHz
233 MHz 3,5x (configurado como 1,5x) 66 MHz
Pentium II 233 MHz 3,5x 66 MHz
266 MHz 4x 66 MHz
300 MHz 4,5x 66 MHz
333 MHz 5x 66 MHz
350 MHz 3,5 100 MHz
400 MHz 4x 100 MHz
450 MHz 4,5x 100 MHz
AMD K6 166 MHz 2,5x 66 MHz
200 MHz 3x 66 MHz
233 MHz 3,5x (configurado como 1,5x) 66 MHz
266 MHz 4x 66 MHz
AMD K6-2 300 MHz 4,5x ou 3x 66 MHz ou 100 MHz
350 MHz 3,5x 100 MHz
400 MHz 4x 100 MHz

Os processadores Cyrix são uma exceção a esta regra, pois não são vendidos segundo
sua frequência de operação, mas sim segundo um índice Pr, que compara seu
desempenho com um processador Pentium. Um 6x86 MX Pr 233 por exemplo, opera a
apenas 187 MHz, usando multiplicador de 2,5x e clock externo de 75MHz, existindo
também versões que operam a 200 MHz, usando multiplicador de 3x e clock externo
de 66 MHz.

Processador
Clock interno Multipli-cador Clock externo
6x86 MX Pr 166 133 ou 150 MHz 2x ou 2,5x 66 ou 60 MHz
6x86 MX Pr 200 166 MHz 2,5x 166
6x86 MX Pr 233 187 ou 200 MHz 2,5x ou 3x 75 ou 66 MHz
6x86 MX Pr 266 225 ou 233 MHz 3x ou 3,5x 75 ou 66 MHz
6x86 MII Pr 300 225 ou 233 MHz 3x ou 3,5x 75 ou 66 MHz
6x86 MII Pr 333 250 MHz 2,5x 100 MHz
6x86 MII Pr 350 300 MHz 3x 100 MHz

No caso do Pentium II, muitas placas mãe são capazes de detectar automaticamente a
velocidade de operação do processador. Estas placas são chamadas de "jumperless",
justamente por não possuírem jumpers, sendo toda a configuração feita através do
Setup. Em outras, existe apenas um conjunto de jumpers que permite diretamente
configurar a velocidade de operação do processador. Assim, com a configuração x o
processador irá operar a 266 MHz e com a configuração y o processador operará a 300
MHz, por exemplo.

VOLTAGEM DO PROCESSADOR

Por serem produzidos utilizando-se técnicas diferentes de fabricação, modelos


diferentes de processadores demandam voltagens diferentes para funcionar
corretamente. Como sempre, as placas mãe, a fim de manter compatibilidade com o
maior número possível de processadores, oferecem a possibilidade de escolher através
da configuração de jumpers entre várias voltagens diferentes.

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Setar uma voltagem maior que a utilizada pelo processador, causará


superaquecimento, que em casos extremos, pode até causar danos, ou mesmo
inutilizar o processador. Caso a voltagem selecionada não seja suficiente, o
processador ficará instável ou mesmo não funcionará.

No manual da placa mãe, encontraremos informações sobre as voltagens suportadas,


assim como a configuração adequada de jumpers para cada uma.

O Pentium comum, usa voltagem de 3,3v. Algumas palcas mãe porém oferecem
apenas 3,5v, que é a voltagem usada pelo Pentium VRE. Se for o seu caso, use 3,5v,
que apesar de não ser a voltagem ideal não irá causar nenhum mal funcionamento.

O Pentium MMX por sua vez usa uma voltagem ligeiramente inferior: 2,8v. Como as
instruções MMX são apenas software, este processador não exige nenhum suporte
especial por parte da placa mãe. Qualquer placa que ofereça suporte ao Pentium 200,
também suportará os processadores MMX de 166, 200 e inclusive a versão de 233
MHz, bastando neste último caso setar o multiplicador como 1,5x. O único problema é
justamente a voltagem. Nem todas as placas mãe antigas oferecem a voltagem dual
exigida pelo MMX, o que nos impede de usá-las em conjunto com estes processadores.

Nos processadores AMD K6, K6-2 e Cyrix, a voltagem pode variar confirma a série do
processador. Para saber com certeza, basta verificar a estampa superior do
processador, que traz a voltagem usada.

O Cyrix 6x86 MX e MII utiliza voltagem de 2,9v. Caso a sua placa mãe não
disponibilize esta opção, você poderá usar 2,8v como no MMX.

Ao contrário dos processadores que usam o soquete 7, não precisamos configurar a


voltagem ao usar um processador Pentium II. Isso acontece por que este processador
é capaz de sinalizar para a placa mãe a voltagem que utiliza, dispensando qualquer
configuração externa. Muitas placas são, inclusive, capazes de detectar também a
velocidade de operação do processador Pentium II, dispensando qualquer configuração
de jumpers.

Apenas a título de curiosidade, os processadores Pentium II, baseados na arquitetura


Klamath (até 333 MHz) utilizam 2,8 V e os baseados na arquitetura Deschutes (350
MHz em diante e alguns dos de 300 e 333 MHz) usam 2,0 V.

OUTROS JUMPERS

Além da velocidade de operação e voltagem usadas pelo processador, os jumpers da


placa mãe permitem configurar outros recursos importantes, que devem ser revisados
antes de ligarmos o micro.

CPU TYPE JUMPER

Muitas placas mãe mais antigas possuem um jumper chamado "CPU Type Jumper" que
pode ser configurado como P55C ou P54C. Escolha P54C caso esteja usando um
processador Pentium, K5, 6x86 sem instruções MMX ou IDT6. Caso esteja usando um
MMX, K6, K6-2, 6x86L, 6x86MX ou 6x86MII escolha P55C.

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CMOS DISCHARGE JUMPER (CLEAN CMOS)

As configurações do Setup são gravadas em uma memória especial chamada CMOS,


que consiste numa pequena quantidade de memória volátil, alimentada por uma
bateria, a fim de manter os dados gravados. Este jumper serve para limpar o CMOS.
Isto eliminará senhas de Setup e fará com que o Setup seja reconfigurado com valores
defaut. Obviamente você terá que reconfigurar o Setup, por isso é recomendável
anotar as opções num papel para poder reconfigurar tudo depois

O CMOS Discharge Jumper pode ser configurado com a opção "Normal Mode" ou com a
opção "Clear CMOS". Para limpar o CMOS basta mudar o jumper de posição,
retornando-o à original antes de novamente usar o micro.

VÍDEO E SOM ONBOARD

Muitas placas mãe trazem chips de áudio e vídeo embutidos, o que dispensa o uso de
uma placa de som e de uma placa de vídeo separadas. Geralmente, porém, estes
componentes são de baixa qualidade, fazendo com que muitas vezes o usuário prefira
usar placas de vídeo ou som externas.

Nestas placas encontramos jumpers que permitem desabilitar o vídeo e o som onboard
para permitir o uso de placas externas, assim como às vezes configurar outras funções
referentes a elas.

CONECTORES PARA O PAINEL DO GABINETE

O botão de Reset, o botão Turbo, o Keylock, assim como as luzes de Power, Hard Disk,
e Turbo encontrados no painel frontal do gabinete, devem ser ligados à placa mãe para
poderem funcionar. Do painel do gabinete saem vários conectores, que devem ser
ligados nos encaixes apropriados na placa mãe.

Apesar de sempre a placa mãe trazer impresso ao lado de cada encaixe o conector que
deve ser nele acoplado, caso você encontre dificuldades para determinar a posição de
algum encaixe, poderá sempre contar com a ajuda do manual. Alguns manuais trazem
apenas um diagrama dos conectores, enquanto outros trazem instruções detalhadas
sobre as conexões.

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Simplesmente deixar de ligar alguns dos conectores do painel não afetaria o


funcionamento do micro, o único efeito colateral seria que o botão de reset, a chave
turbo e as luzes do display não funcionariam. Isso daria uma a impressão de
relaxamento por parte de quem montou o micro, não sendo muito recomendado se
você pretende manter a sua reputação :-)

Mas chega de conversa fiada e vamos às conexões:

Speaker: O conector do Speaker possui quatro encaixes, porém usa apenas dois fios,
geralmente um preto e um vermelho, ligados nas extremidades do conector. Não se
preocupe com a possibilidade de ligar o fio o conector do speaker invertido, pois ele
não possui polaridade. Basta apenas que seja conectado no encaixe correto da placa
mãe

Reset: O conector do reset possui apenas dois encaixes e dois fios, geralmente um
branco e outro laranja. Este conector deverá ser ligado no encaixe da placa mãe
sinalizado como "Reset SW", "RST", ou simplesmente "Reset". Novamente você não
precisa se preocupar em inverter o conector, pois como o Speaker, ele não tem
polaridade.

Keylock: O keylock é uma maneira rudimentar de evitar que estranhos tenham acesso
ao computador. Girando uma fechadura no painel do gabinete, o teclado fica travado.
Por sua baixa eficiência, atualmente é raro encontrar à venda gabinetes com a
fechadura, ou mesmo placas mãe para com o encaixe para o Keylock. Mais uma vez, a
ligação não possui polaridade, bastando ligar o fio no encaixe apropriado.

Hard Disk LED e Power LED: Estas são as luzes do HD e de funcionamento.


O conector para o HDD Led na placa mãe possui sempre 4 pinos. O problema é que o
encaixe do painel do gabinete pode ter tanto 2 quanto 4 pinos. Se no seu caso ele
possuir apenas 2, este deve ser ligado nos dois primeiros pinos da saída da placa mãe.
Ao contrário de outros encaixes, o HDD Led possui polaridade. Geralmente o lado
impresso do encaixe deve coincidir com o texto impresso na placa mãe.
O Power Led compartilha a mesma saída de 5 pinos do Keylock. Geralmente, a saída
do Power Led é ligada nos 3 primeiros pinos e a do keylock nos 2 últimos. Como no
caso do HDD Led, este encaixe possui polaridade, por isso, se a luz do painel não
acender ao ligar o micro, basta inverter a posição do conector.

Turbo Switch e Turbo LED: Apesar de não serem mais usados, é provável que você
se depare com conectores para o botão turbo ao mexer em micros mais antigos. Não

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existe mistério em sua conexão, bastando ligar os conectores do botão tubo (Turbo SW
ou TB SW) e a luz (turbo Led, ou TB Led) na saída correspondente da placa mãe.

CONFIGURANDO O DISPLAY DO GABINETE

Os gabinetes fabricados até pouco tempo atrás possuem um pequeno display digital
destinado a mostrar a velocidade de operação do micro. Apesar de possuir uma função
puramente estética, o display do gabinete costuma dar um pouco de trabalho para ser
configurado.

O display nada mais é do que um pequeno circuito elétrico que mostra diferentes
números de acordo com a disposição dos jumpers da sua parte anterior. Normalmente
o gabinete traz um pequeno manual com instruções resumidas do posicionamento dos
jumpers para cada número desejado, mas justamente por se tratar de uma explicação
quase sempre bastante resumida, é preciso um pouco de paciência para tentar
entendê-las.

Se você não teve paciência para tentar entender o manual, ou mesmo se não o possui,
uma maneira simples e muito usada de configurar o display, é ligar o micro para
acender o display e configurar os jumpers na base da tentativa e erro. Pessoas com
um pouco de experiência costumam fazer isso em menos de 1 minuto.

Algumas vezes o display estará em locais de difícil acesso no gabinete, o que


dificultará ainda mais sua configuração. Neste caso, você poderá retirar os parafusos
que prendem a parte frontal do gabinete e retira-la, facilitando o acesso aos jumpers
do display.

JUMPEANDO O HD E O CD-ROM

Encontramos no micro, duas interfaces IDE, chamadas de IDE primária e IDE


secundária. Cada interface permite a conexão de dois dispositivos, que devem ser
configurados como Master (mestre) e Slave (escravo). O mestre da IDE primária é
chamado de Primary Master, ou mestre primário, enquanto o Slave da IDE secundária
é chamado de Secondary Slave, ou escravo secundário.

Um disco rígido configurado como Master receberá a letra C:, enquanto outro
configurado como Slave receberá a letra D:. Claro que estas letras podem mudar caso
os discos estejam divididos em várias partições. Estudaremos o particionamento do
disco rígido no próximo capítulo

A configuração em Master ou Slave é feita através de jumpers localizados no disco


rígido ou CD-ROM. A posição dos jumpers para o Status desejado é mostrada no
manual do disco. Caso você não tenha o manual, não se preocupe, quase sempre você
encontrará uma tabela resumida impressa na parte superior do disco

Geralmente você encontrará apenas 3 opções na tabela: Master, Slave e Cable Select.
A opção de Cable Select é uma espécie de Plug-and-Play para discos rígidos, o
problema é que para a opção de Cable Select funcionar, é preciso um cabo flat
especial, motivo pelo qual esta opção é pouco usada. Configurando seus discos como
Master e Slave, não importa a posição do cabo IDE. Você poderá conectar o Master no

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conector do meio, por exemplo, sem problema algum, já que o que vale é a
configuração dos jumpers.

Numa controladora, obrigatoriamente um dos discos deverá ser configurado como


Master, e o outro como Slave, caso contrário haverá um conflito, e ambos não
funcionarão.

A posição dos jumpers no HD varia de modelo para modelo, mas normalmente eles são
encontrados entre os encaixes do cabo flat e do cabo de força, ou então na parte
inferior do HD.

No caso dos CD-ROMs IDE, a configuração dos jumpers é ainda mais fácil, sendo feita
através de um único jumper de três posições localizado na sua parte traseira, que
permite configurar o drive como Master, Slave ou Cable Select. Geralmente você
encontrará também uma pequena tabela, indicando a posição do jumper para cada
opção. MA significa Master, SL Slave e CS Cable Select. É quase um padrão que o
jumper no centro configure o CD como Slave, à direita como Master e à esquerda
como Cable Select, sendo raras as exceções.

ENCAIXANDO AS UNIDADES DE DISCO Drives de disquetes e HDs de 3,5 polegadas


deverão ser encaixados nas baixas de baixo enquanto o CD-ROM e eventuais drives de
disquetes e HDs de 5,25 polegadas deverão ser encaixados nas baias de cima. Basta
encaixar a unidade e parafusa-la à baia do gabinete.

ENCAIXANDO CABOS FLAT E PLUGS DE ENERGIA

Finalizando a instalação das unidades de disco, resta apenas encaixar os cabos flat e
os plugs de energia. O único cuidado que você deve tomar será não inverter a posição
dos cabos flat e do plug de energia do drive de disquetes.

Para não encaixar os cabos flat de maneira invertida, basta seguir a regra do pino
vermelho, onde a extremidade do cabo que está em vermelho deve ser encaixada no

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pino 1 do conector. Para determinar a posição do pino 1 no conector IDE da placa mãe,
basta consultar o manual, ou procurar pela indicação de pino 1 que está decalcada na
placa mãe ao lado do conector. O mesmo é válido para o cabo do drive de disquetes.

Ao encaixar a outra extremidade do cabo no HD, CD-ROM ou drive de disquetes, a


regra é a mesma, encaixar sempre a tarja vermelha do cabo flat no pino 1 do
conector. Geralmente a tarja vermelha ficará na direção do cabo de força, mas sempre
existem exceções, enquanto a regra do fio vermelho é infalível.

Muitas vezes o conector da placa mãe possui um encaixe plástico com uma saliência
em um dos lados, neste caso além do pino 1, você poderá simplesmente conectar o
lado do cabo com ranhuras na direção da saliência no encaixe.

Você também encontrará esta saliência no encaixe da maioria dos HDs e drives de
disquetes, bastando neste caso que o lado do cabo com as ranhuras coincida com a
saliência.

A conexão do cabo de força também é bastante simples. No caso do Disco Rígido e do


CD-ROM, você não precisará se preocupar, pois o cabo só encaixa de um jeito,
somente no caso do drive de disquetes existe a possibilidade de inverter o cabo. A
posição correta do encaixe é mostrada na figura a seguir.

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Já que estamos cuidando do encaixe dos cabos, aproveite e encaixe também o cabo de
áudio que liga o CD-ROM à placa de som. Sem ele, você não poderá ouvir CDs de
música no micro.

FINALIZANDO A MONTAGEM

Propositadamente, encaixamos o processador, as memórias, os conectores do painel


do gabinete, os cabos flat, as unidades de disco e fizemos toda a configuração de
jumpers, antes de prender a placa mãe ao gabinete, a fim de facilitar o encaixe dos
componentes. Prosseguindo a montagem, devemos agora novamente prender a chapa
metálica onde encaixamos a placa mãe ao gabinete, para encaixar os demais
componentes.

ENCAIXANDO O CABO DE FORÇA

Em fontes padrão AT, você encontrará dois cabos de força a serem ligados na placa
mãe, bastando que os fios pretos de ambos os cabos fiquem no meio. Preste atenção
para não inverter a posição dos cabos e deixar os fios pretos nos cantos, pois isto
danificaria sua placa mãe.

O cabo de força de uma fonte ATX é fácil de encaixar, dispensando inclusive o cuidado
de posicionar os fios pretos no centro, pois o encaixe é único e o diferente formato dos
conectores, combinado com a trava plástica encontrada em uma das extremidades, faz
com que seja possível encaixar o conector apenas de um jeito.

ENCAIXANDO OS CABOS DAS PORTAS SERIAIS E PARALELAS

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Você encontrará na placa mãe, duas interfaces seriais, uma porta paralela e, na
maioria dos casos, também uma porta PS/2. Usamos cabos para conectar estas portas
à parte traseira do gabinete, onde conectaremos mouses, impressoras e outros
dispositivos que utilizem estas portas.
As saídas seriais aparecem na forma de encaixes de 10 pinos, enquanto as saídas
paralelas possuem 26 pinos. As saídas PS/2 já possuem apenas 6 pinos, que se
organizam na forma de um "C".

Assim como nos cabos flat do HD, utilizaremos a regra do pino vermelho também para
não inverter a posição dos cabos das portas serias e paralelas. Novamente você poderá
recorrer ao manual ou aos decalques encontrados na placa mãe para verificar a
posição dos pinos. Note que todos os cabos ficam virados para o mesmo lado, caso
você consiga descobrir a posição correta de um, bastará encaixar os demais em
seqüência. Não se preocupe com o cabo da porta PS/2, pois por ter dois encaixes
obstruídos, ele só encaixa de um jeito.

Você encontrará cabos seriais com saídas de 9 e de 25 pinos. Em ambos, o conector


para a placa mãe e os sinais são os mesmos, apenas mudando o conector externo. As
saídas de 25 pinos são um padrão mais antigo, pouco usado atualmente.

Tanto faz prender as saídas seriais e paralelas nas mesmas saídas da parte traseira do
gabinete usadas pelas placas de expansão, ou soltá-las das chapas de metal onde
normalmente vêem presas e prendê-las nas saídas próximas à fonte reservadas para
elas. A última maneira é a mais recomendável, apenas por permitir um uso mais
racional do espaço interno do gabinete. Para prender os parafusos hexagonais você
poderá usar uma chave hexagonal, ou na falta de uma, improvisar com um alicate.

Em placas mãe padrão ATX, você não terá o trabalho de encaixar cabo algum, pois as
saídas seriais, paralelas, assim como eventuais portas USB e PS/2 formam uma
espécie de painel na parte anterior da placa, que é diretamente encaixado em uma
abertura do gabinete.

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ENCAIXANDO PLACAS ISA, PCI E AGP

O encaixe de placas de vídeo, placas de som, modems, placas SCSI ou outro periférico
qualquer, é bastante simples. Tanto faz se a placa é padrão PCI, ISA, AGP, VLB, etc.,
bastando encaixá-las no slot apropriado, como um cartucho de video-game e em
seguida prendê-las ao gabinete usando um parafuso. Não é preciso fazer muita força,
basta colocar a placa sobre o slot e fazer força alternadamente de uma lado e de
outro, até que o encaixe seja perfeito

Placas com vídeo e som onboard acompanham cabos flat que devem ser ligados nas
saídas de vídeo e som da placa, a fim de disponibilizar as saídas de áudio e vídeo.
Neste caso, o único cuidado é observar a regra do pino vermelho.

Terminando a montagem do micro, basta novamente fechar o gabinete e ligar o


mouse, teclado, impressora, e demais periféricos externos. Você notará que a fonte do
gabinete possui duas tomadas. A de baixo, obviamente deve ser conectada à rede
elétrica, enquanto a de cima serve como uma extensão onde pode ser ligado o
monitor. Tanto faz ligar o monitor diretamente na tomada, quanto ligá-lo na fonte do
micro, pois a segunda tomada da fonte funciona apenas como uma extensão.

Se você seguiu todas as instruções corretamente, e nenhum componente do seu


hardware está danificado, ao ligar o micro será realizada a contagem de memória
indicando que o micro está funcionando aparentemente sem problemas. Porém, se
nada surgir na tela e você começar a ouvir bips intermitentes, ou mesmo o
computador não der nenhum sinal de vida, então estamos com problemas. Mas como a
vida é feita de desafios, respire fundo e mãos à obra, se tudo funcionasse na primeira
tentativa não teria muita graça não é? ;-)

SOLUCIONANDO PROBLEMAS

Cabos mal encaixados, memória RAM ou cache com problemas, defeitos na placa de
vídeo ou na placa mãe e incompatibilidade entre os componentes, são apenas algumas
das hipóteses na enorme lista de situações que podem impedir o funcionamento de um
computador.

O problema mais comum é, ao ligar o computador, não aparecer nenhuma imagem na


tela e serem emitidos vários Bips. Estes Bips são indicações emitidas pelo BIOS do
micro que dão pistas valiosas sobre o que está errado. Caso, de início, apesar do
computador estar aparentemente inativo, você não ouça bip algum, espere algum

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tempo antes de desligar o computador, pois algumas vezes o BIOS pode perder um ou
dois minutos testando o hardware antes de começar a emitir os bips de erro.

Verifique primeiro se todos os cabos estão bem encaixados, experimente também


retirar e encaixar todos sucessivamente. Se isto não resolver, experimente retirar
todas as placas de expansão do micro e desconectar as unidades de disco deixando
apenas a placa de vídeo, as memórias e o processador, pois algumas vezes, placas mal
comportadas podem causar conflitos que impedem o boot. Caso o micro passe a
inicializar normalmente, experimente ir recolocando as demais placas uma a uma para
determinar a causadora dos problemas.

É possível também que a placa de vídeo ou os pentes de memória estejam mal


encaixados ou com mal contato. Experimente retirá-los, passar borracha de vinil
(aquelas borrachas plásticas de escola) em seus contatos para limpar qualquer sujeira
que possa estar causando mal contato, e reencaixa-los em seus lugares cativos.

Se mesmo assim o problema persistir, experimente trocar a placa de vídeo de slot e as


memórias de soquete, pois em alguns casos raros determinadas combinações causam
conflitos misteriosos em placas mãe de baixa qualidade. Se nada der certo, então é
provável que algum componente esteja danificado. Neste caso você terá que testar
cada componente em separado para determinar qual está com problemas. A maneira
mais fácil de fazer isso é arrumar um outro computador que esteja funcionando
emprestado e ir substi-tuindo as peças deste micro pelas do seu até descobrir qual não
está funcionando. Os maiores suspeitos são os pentes de memória, seguidos pela placa
mãe e pela placa de vídeo.

Se o micro não dá sinal nenhum de vida, sequer um bip, mas o ventilador da fonte e o
cooler chegam a funcionar, verifique se os cabos IDE não estão encaixados ao
contrário, o que causa este sintoma e é comum de acontecer. Se for o caso, bastará
encaixar corretamente os cabos e tudo funcionará. Se os cabos estiverem encaixados
perfeitamente mas o problema persistir, tente novamente retirar todas as placas de
expansão e unidades de disco como no exemplo anterior (apenas por eliminação) e
verifique se o cabo do speaker está corretamente ligado à placa mãe e se não está
partido. Se mesmo estando o speaker corretamente conectado, e a placa mãe não
emitir bip algum, é provável que o problema seja na placa mãe.

Finalmente, caso o micro não dê sinal algum de vida, e nem mesmo o ventilador da
fonte ou o cooler cheguem a ligar, é sinal de problemas ligados à alimentação.
Verifique se a chave de tensão (110/220) da fonte e do estabilizador estão na posição
correta. Se o problema persistir, é provável que a fonte (ou o estabilizador) esteja com
problemas, tente trocá-los.

Se nada der certo, procure não insistir. Depois de tudo isso, você já deve estar
cansado. Procure descansar um pouco, e tente novamente mais tarde ou no outro dia.
Estando mais descansado, será muito mais fácil descobrir o que está errado.

Se o micro inicializar normalmente, mas começar a apresentar vários travamentos


depois de pouco tempo de uso, muito provavelmente temos um problema na memória
RAM ou memória cache. Experimente entrar no Setup e desativar temporariamente
cache L2 para ver se é ele o causador. Experimente também para diminuir a
velocidade de operação das memórias, através da opção "DRAM Timing Control" que
está na sessão "Advanced Chipset Setup" do Setup. "Fast" ou "6-2-2-2" significa

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rápido e "Slow" ou "7-3-3-3" lento. Caso o problema desapareça, experimente ir


abaixando gradualmente os tempos de espera da memória e ativar o cache L2, até que
os problemas voltem, isolando o causador do problema.

Caso os problemas continuem, verifique se o processador não está superaquecendo.


Faça o teste do dedo, usando o micro até que aconteça um travamento. em seguida
abra o micro, retire o cooler, e toque o processador. Se você não conseguir manter o
dedo por 10 segundos, então o seu processador está superaquecendo, o que pode
estar causando estes travamentos.

Se o problema ainda persistir, experimente trocar os módulos de memória, pois tudo


indica defeito na memória RAM.

CONFIGURAÇÃO DO SETUP E
FORMATAÇÃO DO DISCO RÍGIDO

Depois de montar o computador, a próxima etapa é configurá-lo a nível de software,


antes de poder instalar o sistema operacional. Esta segunda etapa consiste
basicamente em configurar algumas opções básicas do CMOS Setup e formatar o disco
rígido.

A configuração básica do CMOS Setup, consiste apenas em detectar os discos rígidos


instalados, configurar o drive de disquetes e acertar a hora do relógio. Para acessar o
Setup, basta pressionar uma certa tecla ou combinação de teclas durante a contagem
de memória. O mais comum é pressionar a tecla DEL. Em alguns Bios é usada a tecla
F10 ou mesmo combinações de teclas como Crtl + Alt + S, geralmente informadas
durante o boot.

Dentro do Setup, entre na sessão "Standard CMOS Setup", ou simplesmente "Standard


Setup", e configure a unidade de disquetes como sendo de 1,44 Megabytes e 3,5
polegadas. Caso você esteja utilizando um drive de disquetes de 2.88 MB, ou mesmo
uma unidade mais antiga, basta escolher a opção correspondente. Caso não possua
um drive de disquetes instalado escolha a opção "none". Aproveitando que já estamos
por aqui, aproveite para acertar também a hora do relógio.

Retornando ao menu principal do Setup, acesse agora a opção "IDE HDD auto
Detection" ou "Auto IDE", para que o seu disco rígido seja automaticamente detectado.
Provavelmente surgirão três opções, permitindo configurar o disco rígido para operar
no modo Normal, Large ou LBA. Escolha a opção onde o disco aparece como LBA,
pressionando o número correspondente

Finalizando a configuração, basta usar a opção Save & Exit encontrada no menu
principal do Setup para gravar as configurações e sair. Usando um Bios AMI você
deverá pressionar a tecla ESC no menu principal do Setup para que a opção apareça.

PARTICIONAMENTO E FORMATAÇÃO DO HD

Após configurar as opções essenciais do Setup, o micro deverá ser capaz de inicializar
normalmente e de dar o boot através de um disquete.

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Como o disco rígido ainda não possui nenhum sistema operacional, vamos precisar de
um disquete de boot para inicializar a máquina. Mesmo que você pretenda instalar o
Windows 95, é recomendável usar um disco de boot do Windows 98, pois ele inclui
suporte a drives de CD-ROM IDE e SCSI, sem necessidade de alterar os arquivos de
inicialização, o que lhe poupará de uma boa dor de cabeça ao instalar o Windows a
partir de um CD-ROM. Peça à um amigo que use o Windows 98 para fazer um disco de
inicialização para você.

Após o boot, se você tentar acessar a sua unidade C, receberá uma mensagem de
erro, como se não houvesse disco rígido nenhum instalado na máquina, pois o disco
ainda precisa ser formatado para ser reconhecido e utilizado pelo sistema operacional.
Existem vários programas que realizam esta tarefa, mas iremos utilizar aqui o Fdisk
que faz parte do disco de boot do Windows. Basta chamá-lo com o comando A:\FDISK

Assim que aberto, o FDISK perguntará se você deseja ativar o suporte a discos de
grande capacidade. Respondendo "sim" o disco será formatado usando a FAT 32,
respondendo "não" será usada a antiga FAT 16.

A FAT 16 é um sistema de arquivos antigo, que possui várias limitações. Ela só permite
partições de até 2 Gigabytes, e nela cada cluster (a menor parcelo do HD reconhecida
pelo sistema operacional) é de 32 Kbytes, o que gera um desperdício brutal de espaço,
pois como cada cluster não pode conter mais de um arquivo, qualquer arquivo, por
menor que seja, ocupará um cluster inteiro do HD, ou seja, 32 Kbytes! Se você gravar
1.000 arquivos de texto, com 500 bytes cada por exemplo, ao invés de 500 Kbytes,
eles ocuparão nada menos do que 32 Megabytes!

Devido às suas limitações, a FAT 16 é completamente inadequada aos discos


modernos. Para particionar um disco de 8 Gigabytes em FAT 16, por exemplo,
teríamos que dividi-lo em 4 partições. A FAT 32 permite superar estas limitações,
permitindo partições de até 2 terabytes (1 terabyte = 1.024 Gigabytes) e clusters de
apenas 4 Kbytes em partições menores que 8 GB.

A FAT 32 não é compatível com o Windows 95 antigo, apenas com sua versão OSR/2
ou com o Windows 98. Caso você tente instalar o Windows 95 antigo em um disco
formatado em FAT 32, receberá uma mensagem de erro, pois o sistema não
conseguirá acessar o disco. Depois de escolher qual sistema de arquivos será usado,
chegamos ao menu principal do Fdisk, onde nos deparamos com 5 opções:

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Escolha a primeira opção e chegaremos a um novo menu com três novas opções. Para
retornar ao menu anterior basta pressionar Esc.

A partição primária será a letra C:\ do seu disco rígido, e será usada para inicializar o
micro. O Fdisk permite a criação de uma única partição primária. Para particionar o
disco rígido em duas ou mais partições, deverá ser criada também uma partição
estendida, que englobará todas as demais partições do disco.

Dividir o disco rígido em várias partições traz algumas vantagens, como a possibilidade
de instalar vários sistemas operacionais no mesmo disco e organizar melhor os
arquivos gravados. Do ponto de vista do sistema operacional, cada partição é um
rígido distinto, aparecendo inclusive com uma letra diferente, sendo uma partição
completamente independente da outra.

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Para criar a partição primária no disco, escolha a primeira opção, "criar partição
primária do DOS" do menu anterior. O Fdisk fará um rápido teste no disco rígido e em
seguida perguntará se você deseja que a partição primária ocupe todo o disco e se
torne a partição ativa. Se você optou por particionar o disco em uma única unidade,
bastará responder "Sim". Novamente o Fdisk realizará um rápido teste e todo o disco
será particionado com uma única partição. Neste caso, nosso trabalho no Fdisk estará
completo, bastando que você pressione Esc duas vezes para sair do programa. Será
exibida uma nova mensagem, pedindo que você reinicie o micro para que as alterações
feitas no disco possam entrar em vigor. Pressione Esc novamente para sair do
programa, e reinicie a máquina antes de formatar o disco.

Após reiniciar o micro, se você tentar acessar a unidade C, se deparará com a


mensagem: "Falha geral lendo unidade C, Anular, Repetir, Falhar?". Isto acontece pois
o Fdisk não formata o disco rígido, sua função é apenas estabelecer as partições e o
sistema de arquivos a ser usado por cada uma, sendo necessário executar o bom e
velho Format para formatar logicamente o disco rígido antes de poder utilizá-lo. A
sintaxe do comando Format é "Format" seguido de um espaço e da letra da unidade a
ser formatada. Para formatar a unidade C:, por exemplo, basta usar o comando
"Format C:"

Dividir o disco em duas ou mais partições dá um pouco mais de trabalho. Comece


criando uma partição primária, mas desta vez responda "não" quando o Fdisk lhe
perguntar se você deseja usar o tamanho máximo disponível para uma partição do
DOS. Você deverá então dizer qual será o tamanho da partição primária que será
reconhecida como unidade "C:".
Na foto foi criada uma partição primária ocupando metade do disco:

Após a partição primária, devemos criar uma partição estendida usando o restante do
espaço do disco, pois o Fdisk permite a existência de uma única partição primária. Esta
partição estendida englobará todas as demais partições do disco.
Após criar a partição estendida, falta dividi-la em unidades lógicas. Após pressionar
Esc, o Fdisk exibirá a mensagem de que nenhuma unidade lógica foi definida, e pedirá
para que seja informado o tamanho em Megabytes ou porcentagem da partição
estendida a ser ocupado pela partição lógica.

Para que a unidade lógica ocupe todo o espaço da partição estendida, basta pressionar

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Enter. Neste caso o disco será dividido em duas partições. Se você desejar mais que
duas partições no disco, basta que a unidade lógica seja criada ocupando apenas uma
parte do espaço da partição estendida. Neste caso, após criar a partição, o Fdisk
informará que ainda existe espaço livre e dará a opção de criar mais uma unidade
lógica. Será permitido criar novas unidades até que a partição estendida seja
totalmente ocupada.

Ao retornar ao menu principal do Fdisk, você receberá uma mensagem avisando que
nenhuma partição está ativada, e é preciso que a partição primária seja definida como
ativa para que o disco seja inicializável. No menu principal, selecione a segunda opção
"definir um partição ativa", e na tela seguinte, onde é perguntado qual partição deverá
ser ativada, escolha a sua partição primária. Agora é só sair do Fdisk e formatar o
disco. Note que cada partição assumiu uma letra distinta, pois para o sistema
operacional é como se existissem vários discos rígidos instalados. Cada partição deverá
ser formatada separadamente com os comandos Format d:, Format E:, e assim por
diante.
No outro exemplo, a partição primária foi automaticamente definida como ativa
quando escolhemos que ela englobaria todo o disco. Optando por criar várias
partições, o processo deixa de ser automático.

INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO DO WINDOWS

Após particionar e formatar o disco rígido, só falta instalar o sistema operacional para
deixar o micro pronto para o uso.

INSTALANDO O WINDOWS

Apesar de não existir nenhum problema em instalar o Windows apartir de um CD-ROM,


é mais prático copiar os arquivos de instalação para o disco rígido e instalar o Windows
apartir dele, pois assim, além do tempo de instalação ser menor, você conservará uma
cópia dos arquivos de instalação em seu disco rígido, o que o poupará de ter de ficar
procurando o CD ou disquetes toda vez que for instalar um periférico novo e os discos
forem solicitados, além de tornar mais prática uma eventual reinstalação do sistema.

Para copiar os arquivos de instalação, crie uma pasta em seu disco rígido, "Winsetup",
por exemplo (c:\md winsetup pelo DOS), e copie para ela, todos os arquivos de
instalação que estão no diretório raiz do CD do Windows 95 ou no diretório "Win98" do
CD do Windows 98. Os arquivos somam cerca de 50 MB para o Windows 95 e cerca de
100 MB no caso do Windows 98, que incluirão vários arquivos .cab e alguns
executáveis. Não é preciso copiar as outras pastas incluídas no CD. Use o comando
"copy *.* c:\winsetup" dentro da pasta do CD onde estão os arquivos para copiar tudo.
Copiar os arquivos de instalação para o disco rígido não é considerado pirataria (a
menos é claro que seu CD já seja pirata :-), pois você pode perfeitamente fazer uma
cópia de segurança do software.

Para chamar o programa de instalação, basta acessar o diretório onde você gravou os
arquivos de instalação do Windows, ou o CD-ROM, e usar o comando "instalar" (
"install" caso você esteja instalando o Windows em Inglês).

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O Scandisk será executado automaticamente para verificar se existem erros lógicos no


disco rígido. A instalação só poderá continuar depois que todos os erros tenham sido
corrigidos.

Após executado o Scandisk, finalmente entrará em ação o programa de instalação do


Windows. Logo depois de carregado o assistente, ser-lhe-á mostrado o contrato de
licença do Windows, perguntando se você o aceita. Obviamente o Windows só será
instalado caso você aceite os termos do contrato, por isso, o jeito é responder "aceito"
ou então ir procurar outro sistema operacional. ;-)

O próximo passo é escolher o diretório onde o Windows será instalado. Será sugerida a
pasta "Windows", mas você poderá escolher outro diretório qualquer a seu gosto.
Surgirá então uma nova tela de opções permitindo selecionar os acessórios a serem
instalados. O mais recomendável é a escolha da instalação personalizada, que
permitirá selecionar um a um os componentes opcionais que serão instalados.

Continuando, surgirá o quadro de informações do usuário, onde você deverá digitar


seu nome (ou outro nome qualquer) e se quiser o nome de sua empresa. Também
será perguntado logo a seguir, o número de série de sua cópia do Windows, número
que virá colado na caixa do CD.

No Windows 95, a próxima etapa será a configuração do ambiente de rede. Na janela


de identificação, você deverá fornecer um nome para o seu computador, o nome do
grupo de trabalho, e uma descrição do computador. Estes dados identificarão o micro
no ambiente de rede. Caso o computador não vá ser conectado a rede alguma, basta
preencher os espaços com nomes fictícios. Será perguntado então, quais protocolos de
rede você deseja instalar. Para acessar a Internet, você precisará apenas do adaptador
para Rede Dial-Up e do protocolo TCP/IP. Para usar a conecção via cabo do Windows,
você deverá instalar também o cliente para redes Microsoft e o protocolo NetBeui. No
caso de um micro a ser ligado em rede, você deverá instalar também os protocolos
usados na rede (geralmente IPX/SPX ou NetBeui). Para posteriormente modificar os
protocolos de rede, você deverá acessar o ícone "redes" do painel de controle.

Após configurar o ambiente de rede, será mostrada uma lista dos componentes de
hardware que foram detectados durante a instalação. Você poderá modificar
livremente a lista, ou deixar para fazer as alterações através do painel de controle
após o término da instalação.

O Windows perguntará então se você deseja criar um disco de boot, pedindo que seja
inserido um disquete na unidade A. Tanto faz criar ou não o disco agora, pois você
poderá criar quantos discos de boot quiser, a qualquer momento, acessando o painel
de controle, adicionar/remover programas, e finalmente a guia disco de inicialização
(boot). Para criar o disco de boot, serão pedidos os arquivos de instalação do Windows
.

Será iniciada finalmente a cópia dos arquivos. Aproveite para dar uma relaxada, ou
tomar um café, pois, até a cópia dos arquivos terminar, não haverá muito o que fazer.
Após terminada a cópia dos arquivos, o sistema será reiniciado e a instalação
continuará com a detecção e instalação de dispositivos Plug-and-Play, e outras
configurações do sistema. Novamente o processo é automático e um pouco demorado,
aproveite para tomar mais um cafezinho :-)

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Finalizando a instalação, será apresentada a janela propriedades de data/hora, onde


você deverá informar o fuso horário da cidade onde reside, e poderá também acertar a
data e hora do relógio do CMOS. Se você estiver instalando o Windows 95, será aberto
logo em seguida o assistente de instalação de impressoras. Você poderá instalar sua
impressora agora ou simplesmente cancelar o assistente e deixar para instala-la
depois.

O sistema será reiniciado mais uma vez e a instalação estará concluída.

CONFIGURANDO O HARDWARE

A instalação lógica do hardware no Windows 95/98, se resume à instalação de um


driver de dispositivo. Um driver de dispositivo é um pequeno arquivo que funciona
como um "manual de instruções" dando informações sobre os recursos da placa de
vídeo, placa de som, etc. e "ensinando" o Windows como ele funciona e o que fazer
com ele.

O Windows traz uma grande biblioteca de drivers fornecidos pelos próprios fabricantes,
o que lhe permite instalar automaticamente vários periféricos, como placas de som da
família Sound Blaster, a maioria dos modelos de placas de vídeo, muitos modelos de
modems e impressoras, CD-ROMs IDE, vários modelos de placas SCSI, além do
hardware básico do computador, como interfaces IDE, portas seriais e paralelas, drives
de disquetes e, no caso do Windows 98, também portas USB, interfaces IDE UDMA,
etc. Porém, apesar de grande, a biblioteca do Windows possui drivers para apenas
alguns componentes e além de tudo está sempre desatualizada.

Caso o Windows não tenha o driver para o dispositivo, pedirá os drivers fornecidos pelo
fabricante. Você deverá então inserir o CD-ROM ou o disquete que contém os arquivos
e apontar sua localização.

Em outros casos será instalado um driver genérico, que apesar de funcionar, não
permite ao Windows utilizar todos os recursos do dispositivo. Devemos então substituí-
lo pelo driver fornecido pelo fabricante para aproveitar todos os seus recursos. Se você
instalar uma placa de vídeo Trident 9680 no Windows 95 por exemplo, o Windows
usará o driver "Trident Super VGA" que só permite o uso de 256 cores. Para que a
placa possa exibir 16 milhões de cores é preciso instalar os drivers que vieram junto
com a placa.

Sempre que você comprar qualquer componente de hardware, seja uma placa de
vídeo, placa de som, modem, placa mãe, impressora, scanner, zip-drive, etc. exija o
CD ou disquete que contém o seu driver. Sem o driver não é possível instalar o
dispositivo, e fazê-lo funcionar.

Você poderá ver todos os dispositivos que estão instalados, e ver detalhes sobre os
drivers e endereços que cada um está usando, acessando o "painel de controle", ícone
"sistema" e a guia "gerenciador de dispositivos".

Você esta com o CD do fabricante em mãos, mas não está conseguindo achar os
drivers da sua placa? Não se preocupe, isto acontece sempre, pois geralmente os
fabricantes incluem drivers para várias placas diferentes no CD, e não apenas para a
que você comprou. Além disso são incluídos drivers para vários sistemas operacionais

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diferentes: Windows 3.1, Windows 95 e 98, Windows NT, etc. além de manuais e
outros acessórios, que transformam o CD numa verdadeira selva de arquivos.

Neste CD, de placa de vídeo da Trident por exemplo, temos drivers para Windows 3.1
(na pasta Win31), para Windows 95 (Para instalar esta placa no Windows 98, use os
drivers para Windows 95) e para Windows NT (nas pastas WinNT35 e WinNT40), temos
drivers também para OS/2 e Unix.

CONSEGUINDO DRIVERS ATUALIZADOS

Todos os bons fabricantes de periféricos, mantém os drivers para seus dispositivos em


constante desenvolvimento. Este desenvolvimento garante drivers cada vez melhores
tanto em termos de compatibilidade quanto em termos de desempenho. Você poderá
conseguir gratuitamente os drivers mais atuais para seus dispositivos nos sites de seus
respectivos fabricantes.

Um bom lugar na Internet para procurar drivers, é o Winfiles, um ótimo site que
concentra praticamente todos os drivers disponíveis para Windows 95, 98, NT e CE,
dividindo-os por categorias, como placas de vídeo, modems, placas de som etc. e, em
seguida, pelos fabricantes. Para encontrar o driver mais recente para uma placa de
vídeo Trident 9780 por exemplo, bastaria acessar a categoria "Video Adapters" e em
seguida "Trident". O endereço da sessão de drivers do Winfiles é:
http://winfiles.com/drivers

Além do Winfiles, existem vários outros sites que disponibilizam drivers atualizados.
Bons lugares para procurar são:

http://www.drivershq.com/
http://www.driverguide.com/
http://www.driverforum.com/
http://www.driverzone.com/

A possibilidade de conseguir drivers pela Internet será útil também quando você
precisar instalar um dispositivo qualquer e não possuir seus drivers. Bastará então
saber a marca e o modelo para encontrar os drivers necessários.

Tanto o Windows 95 quanto o 98, são capazes de detectar qualquer placa de vídeo
instalada no micro. O problema é que muitas vezes é instalado um driver genérico,

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que apesar de funcionar, não utiliza todos os recursos da placa. Este problema é mais
notável no Windows 95, que possui uma biblioteca de drivers mais desatualizada.

Outras vezes, o Windows simplesmente não possui nenhum driver adequado para a
placa, sequer um driver genérico, e instala o driver "VGA Padrão" que funciona com
qualquer placa de vídeo padrão VGA, SVGA ou 3D, mas limita a placa de vídeo a 16
cores e resolução de 640x480. Neste caso a troca do driver é prioritária. Em alguns
casos porém, o Windows possuirá os drivers adequados para a sua placa, e não será
necessária a substituição.

Para alterar o driver da placa de vídeo, você deve acessar as propriedades do vídeo,
através do ícone "Vídeo" no painel de controle, ou simplesmente clicando com o botão
direito do mouse sobre um espaço vazio da área de trabalho e, no menu, escolhendo
"propriedades". Acesse agora a guia "Configura-ções" e clique no botão "Propriedades
Avançadas".

Será mostrada uma descrição dos arquivos instalados, sua versão, e os arquivos
usados por ele. No caso da foto, está sendo usado um driver genérico, "Trident Super
VGA", que permite a exibição de apenas 256 cores. Para substituir o driver, basta
clicar no botão "alterar".

Será exibido então um menu com os drivers de placas de vídeo que o Windows possui.
Clique no botão "Com disco" e informe a localização do driver fornecido pelo
fabricante, confirme e a instalação do driver será iniciada.

Caso você esteja usando o Windows 98, surgirá o Assistente para atualização do driver
de dispositivo, perguntando se você deseja que ele procure para você um driver
atualizado, ou simplesmente exiba a lista de todos os drivers em um determinado
local. Como vamos instalar os drivers fornecidos pelo fabricante, escolha a segunda
opção e indique a localização do arquivo, como ilustrado na figura de baixo:

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É possível que você receba mensagens de conflito de versão. Estas mensagens surgem
quando o programa de instalação está para substituir um arquivo de seu sistema por
uma versão mais antiga. O Windows intercepta esta tentativa, e lhe pergunta se você
deseja manter o arquivo atual, ou autorizar a substituição.

Geralmente respondemos "Sim" para que o arquivo atual seja mantido, pois uma
versão antiga do arquivo provavelmente teria menos recursos que a atual e poderia
causar problemas.

Acontece que algumas vezes, mesmo sendo mais antigo, o arquivo do driver fornecido
pelo fabricante é melhor do que o arquivo do driver genérico do Windows. Por
exemplo, muitas das placas em uso atualmente usam chipsets de vídeo Trident. A
Trident porém, apenas fabrica e vende os chipsets, as placas de vídeo são montadas
por algumas dezenas de fabricantes diferentes, e são vendidas geralmente com
referências apenas ao chipset usado: "Trident 9680", "Trident Provídia 9685", "Trident
9780" etc.

Cada fabricante então, desenvolve os drivers mais adequados para a sua placa em
particular, que serão sempre um pouco diferentes dos drivers genéricos fornecidos
pela Trident e incluídos na biblioteca do Windows. Neste caso, mesmo mais antigos, os
drivers fornecidos pelo fabricante, provavelmente seriam mais adequados à sua placa
que os drivers genéricos oferecidos pela Trident.

Minha recomendação aqui, é que você anote os nomes dos arquivos usados pelo driver
antigo, que aparecem na janela "propriedades avançadas de exibição" e autorize a

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substituição apenas destes arquivos. Isto garantirá que o driver seja efetivamente
instalado sem substituir nenhum dos arquivos de sistema do Windows

Muitas placas, em especial as placas 3D mais novas, trazem em seu CD-ROM de


drivers, um assistente para a instalação do driver. Basta verificar se dentro da pasta
com os drivers para o seu sistema operacional existe algum arquivo executável
chamado "Setup", "Config" ou "Install'. Neste caso, ao invés de usar o método
anterior, bastaria executar o programa contido no CD-ROM para que os drivers sejam
instalados automaticamente. Caso surjam mensagens de conflito de versão, valem as
mesmas dicas dadas anteriormente.

INSTALANDO PLACAS DE SOM

A instalação de placas de som Plug-and-Play, tanto no Windows 98 quanto no 95 é


bastante simples. Após instalar fisicamente a placa, basta inicializar o Windows, para
que seja detectado o novo hardware. Dependendo do modelo da placa, o Windows já
possuirá os drivers adequados e a instalará automaticamente, pedindo apenas a
localização dos arquivos de instalação do Windows (caso você tenha instalado o
Windows apartir do disco rígido e os arquivos ainda estejam gravados ele usará os
arquivos automaticamente sem emitir a mensagem, caso contrário será solicitado o CD
do Windows). Em outros casos, será solicitado o driver fornecido pelo fabricante,
bastando que você indique a localização dos arquivos.

No Windows 95 será exibida uma mensagem pedindo a localização do driver da placa.


Clique no botão "Procurar...", será aberta uma nova janela. No menu de baixo indique
em que unidade está o disco com os drivers (CD-ROM ou disquete por exemplo) e no
menu de cima indique a pasta onde o driver está. Quando terminar clique no botão
"OK" para fechar a janela abrir, e novamente "OK" na outra janela. Pode ser que
sejam solicitados também os arquivos de instalação do Windows, bastando colocar o
CD do Windows na bandeja.

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No Windows 98 o menu é diferente, mas o procedimento é parecido. Escolha "Procurar


o melhor driver para o dispositivo" e em seguida "Especificar um Local". Clique agora
no botão "Procurar" e aponte a pasta onde estão os arquivos. Quando terminar clique
no botão "Avançar".

Se você precisar instalar uma placa de som, e não possuir seus drivers, não se
desespere. Mesmo que não possua os drivers adequados para instalar a placa, o
Windows será capaz de informar seu modelo quando o novo hardware for detectado.
Fica fácil então conseguir os drivers da placa no Winfiles.

Talvez você encontre dificuldades para instalar algumas placas de som onboard, pois
em muitas, o procedimento de instalação é um pouco diferente. Você deverá executar
um determinado arquivo, geralmente chamado "unidrv.exe" que estará presente no
diretório com os drivers da placa de som do CD que acompanha a placa mãe. Após
executar este arquivo, o computador será reiniciado e surgirá a janela "novo hardware
encontrado", bastando indicar o diretório onde se encontram os drivers da placa de
som para concluir a instalação.

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INSTALANDO MODEMS

Todos os modems atuais são compatíveis com o padrão PnP, o que torna sua
instalação bem parecida com a de uma placa de som. Basta encaixar o modem em um
slot disponível da placa mãe e o Windows irá detecta-lo automaticamente, iniciando o
assistente para instalação do novo hardware, bastando como no exemplo da placa de
som, que seja mostrada a localização dos drives.

Caso o seu modem seja hardmodem, então provavelmente ele possuirá jumpers que
permitirão desabilitar o PnP e configurar manualmente os endereços COM e IRQ
usados pelo modem. Neste caso, você deverá escolher endereços que não entrem em
conflito com outros dispositivos, e instalar o modem através do ícone "modems" do
painel de controle.

INSTALANDO IMPRESSORAS

Para instalar sua impressora no Windows 95/98, basta acessar o menu Meu
Computador/Impressoras e em Adicionar nova Impressora. Será então aberto o
assistente de instalação. Clique no botão avançar, e chegará a um menu com vários
drivers de impressoras. Caso o Windows não possua o driver para a sua impressora,
basca clicar no botão "com disco" e instalar os drivers do fabricante.
Durante a instalação, o Windows perguntará em qual porta lógica a impressora está
instalada. A menos que tenha você instalado a impressora em uma segunda porta
paralela ou esteja usando uma impressora serial, deverá ser escolhida a porta LPT1.

Em muitos casos, para instalar a impressora você deverá apenas executar um


assistente de instalação contido nos discos fornecidos pelo fabricante.

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Assistente de instalação de uma impressora HP 690 C,


baixado do site do fabricante

INSTALANDO SCANNERS

A instalação de Scanners se resume à instalação de um driver TWAIN ou "Tecnology


Without any Interesting Name" (por incrível que pareça: "tecnologia sem nenhum
nome interessante").

"Driver" neste caso é apenas uma maneira de dizer, pois o "driver" TWAIN é, na
verdade, apenas um pequeno programa encarregado de controlar o scanner. O uso de
drivers TWAIN facilita bastante nossa vida, pois permite que o scanner seja usado
apartir de qualquer aplicativo gráfico, do parrudo Photoshop ao simplório Imaging do
Windows, pois quem escaneia a imagem é o driver TWAIN: o programa gráfico é usado
apenas para abrir a imagem já pronta.

Para instalar o driver TWAIN, basta executar o programa de instalação contido no CD


ou disquetes fornecidos pelo fabricante. Para usar o scanner basta mandar que o
programa gráfico (Imaging, Photo Editor, Paint Shop Pro, Photoshop. etc.) escaneie a
imagem.

A grande maioria dos scanners atuais usam a porta paralela do micro, o que resume
sua instalação a ligar seu cabo na porta paralela. A impressora deverá então ser ligada
na saída "Printer" do scanner, que funcionará como uma extensão. Outros modelos de
scanners usam controladoras SCSI ou mesmo controladoras proprietárias. A instalação
destas controladoras não é nenhum mistério, basta usar a opção "adicionar novo
hardware" do painel de controle e fornecer os drivers do fabricante caso o Windows
não disponha de drivers para o dispositivo.

INSTALAÇÃO DE CONTROLADORAS SCSI

Uma única controladora SCSI permite a instalação de vários periféricos. Uma


controladora de 8 bits suporta o uso de 7 periféricos, enquanto uma controladora de
16 bits permite a conexão de até 15. Cada periférico recebe um ID, que pode ser um
número de 0 a 6, numa controladora de 8 bits, e de 0 a 14, no caso de uma
controladora de 16 bits. Dois periféricos não podem usar o mesmo ID, assim como um
modem não pode compartilhar o mesmo IRQ usado pela placa de som.

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Assim como um HD IDE possui alguns jumpers que permitem configura-lo como
Master, Slave ou Cable Select, um periférico SCSI traz também alguns jumpers que
permitem configurar o seu ID. Caso você instale vários periféricos SCSI na mesma
controladora, a numeração dos IDs não precisa ser sequencial: um HD poderia usar o
ID 1 e o CD-R o ID 6 por exemplo, a única regra é que dois periféricos não podem
utilizar o mesmo ID.

Para ligar os periféricos à controladora, utilizamos cabos Flat. Existem cabos SCSI de
50 vias (usados pelas controladoras de 8 bits) e de 65 vias (usados pelas
controladoras de 16 bits) Existem cabos com 2 a 15 terminações, permitindo instalar
até 15 periféricos SCSI em fila (o máximo permitido por uma controladora de 16 bits,
já que um ID é reservado para uso da própria controladora). Você deverá adquirir um
cabo com o número suficientes de terminações para os periféricos a serem instalados.

Cabo Flat SCSI de 50 vias com 2 terminações,


que permite a instalação de 2 periféricos SCSI

Para que tudo funcione, você deverá obrigatoriamente setar o último periférico
instalado como terminador. Isto pode ser configurado através de jumpers ou do
encaixe de um plugue, dependendo do periférico. Você encontrará instruções do
procedimento adequado para seu periférico em seu manual.

Toda controladora SCSI traz um Bios próprio, que é inicializado durante o Boot. Para
acessar o menu de configurações do Bios da controladora, que permite configurar o
IRQ a ser usado pela controladora, assim como várias opções relacionadas aos
dispositivos instalados, você deverá pressionar uma determinada combinação de teclas
que é informada durante sua inicialização. No caso da controladora da foto a
combinação é Ctrl + A.

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Em seguida, você deverá instalar os drivers da controladora no Windows. Em alguns


casos, você deverá executar o assistente para instalação de novo hardware, apartir do
painel de controle. Em outros, você deverá apenas executar um programa contido no
CD de instalação da placa que se encarregará de instalar os drivers para você.
Algumas vezes ainda, o próprio Windows possuirá os drivers adequados para a placa e
a instalará automaticamente.

USANDO O GERENCIADOR DE DISPOSITIVOS

Para ver todos os periféricos instalados, e poder mudar seus endereços de IRQ, DMA
etc. o Windows oferece o Gerenciador de dispositivos. Acesse-o entrando no "Painel de
Controle", "Sistema" e em seguida em "Gerenciador de Dispositivos".

A organização do gerenciador de dispositivos, é bem parecida com a do Windows


Explorer, e por isso bem familiar. Os dispositivos estão organizados em categorias, tais
como "adaptadores de vídeo", "adaptadores de rede" etc. Para ver os dispositivos,
basta clicar duas vezes sobre a categoria correspondente.

Para ver todos os endereços de IRQ, DMA, E/S e memória que estão ocupados, e quem
está ocupando cada um, basta clicar sobre o ícone "Computador" no topo do
gerenciador, e em seguida no botão "Propriedades".

Na parte superior da janela, você poderá escolher que sejam exibidos os endereços de
IRQ, de DMA, E/S ou Memória.

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Esta janela serve apenas para mostrar os endereços que estão sendo usados, para
alterar os endereços usados por algum dispositivo, você deve voltar à janela principal,
clicar sobre seu ícone e em seguida sobre o botão "propriedades".

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Na janela que surgirá, escola a guia "recursos" e desmarque a opção "Utilizar


configurações automáticas". Agora basta clicar sobre o recurso que você deseja
configurar para abrir as janelas correspondentes.

Conforme você for alterando o endereço, aparecerão mensagens na parte inferior da


janela, avisando se o endereço está ocupado. quando for escolhido um endereço livre,
será exibida a mensagem "Não há dispositivos conflitantes".
Você poderá tentar alterar os endereços usados pelos dispositivos, sempre que
aparecerem conflitos.

ATUALIZANDO DRIVERS

Abrindo novamente a janela de propriedades do dispositivos, escolha agora a guia


"Driver". Clicando em "Detalhes do arquivo driver" serão mostrados os arquivos que
compõe o driver e aonde eles estão gravados. Para substituir o driver instalado por
uma versão mais atual, clique no botão "atualizar driver"

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REINSTALANDO O WINDOWS

Em muitos casos, é muito mais simples e rápido simplesmente jogar tudo para o alto e
partir para uma reinstalação do sistema operacional, do que tentar solucionar algum
problema mais grave. Um programa mal comportado pode substituir bibliotecas de
arquivos usadas por outros programas ao ser instalado; arquivos importantes ou
mesmo o registro poderiam ser danificados devido a uma queda de energia que
resetasse o micro, ou mesmo devido a mau funcionamento dos pentes de memória,
entre inúmeros outros problemas que surgem quando menos se espera. Se você já
tentou de tudo para resolver o problema sem sucesso, e chegou à conclusão que não
resta outra alternativa senão a reinstalação do sistema operacional, então algumas
dicas podem ser úteis.

Existem dois tipos de reinstalação do Windows: a completa e a parcial. Uma


reinstalação parcial significaria simplesmente executar o programa de instalação e
reinstalar o Windows no mesmo diretório, por cima do antigo . Neste caso, você não
perderia nada, todos os seus programas continuariam funcionando e todas as
configurações seriam mantidas, mas em compensação poucos problemas poderiam ser
resolvidos, pois o registro seria mantido intacto. Este tipo de reinstalação serviria
apenas para reescrever arquivos de sistema que tivessem sido acidentalmente
apagados ou para substituir arquivos corrompidos, desde claro que você soubesse
quais arquivos estão com problemas. Por outro lado, uma reinstalação completa do
sistema operacional seria capaz de solucionar qualquer tipo de problema, com
exceção, é claro, de incompatibilidades, conflitos, ou defeitos no hardware do micro.

Para reinstalar o seu Windows do zero, sem precisar formatar o disco, basta que você
o instale em um diretório diferente do anterior. Se o seu Windows estava instalado na
pasta "Windows", instale na pasta "Win95" ou "Win98" por exemplo. Para evitar
confusão, antes da instalação renomeie sua pasta "Arquivos de Programas". Concluída
a instalação, delete sua antiga pasta Windows e antiga Arquivos de Programas,
mantendo no disco apenas o que for aproveitável.

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Parte 3: Conhecendo os Processadores

Processadores, parte 1

Vimos na página anterior que o processador é o principal componente de um


computador, mas que para termos um micro funcional precisamos também de
memória RAM (para armazenar os dados que estão sendo processados), um disco
rígido (para armazenar os programas e arquivos), placa de vídeo e monitor (para criar
um meio de comunicação com o usuário), e finalmente da placa mãe, que contém os
componentes que permitem ao processador comunicar-se com todos estes periféricos.

Caso apenas um desses componentes ofereça uma performance baixa, o desempenho


do micro ficará seriamente prejudicado, independentemente de quão rápido seja o
processador. Não adianta colocar um motor de Ferrari em um Fusca. Um mero K6-2 ou
Pentium MMX com bastante memória RAM, um HD Rápido e uma boa placa de vídeo,
pode até mesmo bater em performance um Pentium III com um conjunto fraco.

Este é o tópico mais longo do curso, afinal, além de serem os principais componentes
dos PCs modernos, os processadores são os que mais evoluíram ao longo do tempo.
Para facilitar, este tópico será dividido em duas partes.

Características Básicas

Existem no mercado diversos processadores, cada um com recursos e preços


diferentes. Determinar qual processador é a melhor opção de compra em cada caso, é
uma tarefa difícil, pois um processador que é adequado a uma determinada aplicação,
pode ser muito ruim em outra.

Quando vamos comprar um processador, a primeira coisa que perguntamos é qual sua
frequência de operação, ou sua velocidade, medida em Megahertz (MHz) ou milhões de
ciclos por segundo. Acontece, que nem sempre um processador com uma velocidade
de operação mais alta é mais rápido do que outro que opera a uma frequência um
pouco mais baixa: a frequência de operação de um processador indica apenas quantas
operações são executadas por segundo, o que ele é capaz de fazer em cada operação
já é outra história.

Imagine um processador 486 de 100 MHz, ao lado de um Pentium também de 100


MHz. Apesar da frequência de operação ser a mesma, o 486 perderia feio em
desempenho. Na prática, o Pentium seria pelo menos 2 vezes mais rápido. Isto
acontece devido à diferenças na arquitetura dos processadores e também no
coprocessador aritmético e cache.

Coprocessador aritmético

Todos os processadores da família x86, usada em micros PC, são basicamente


processadores de números inteiros. Muitos aplicativos porém, precisam utilizar
números fracionários, assim como funções matemáticas complexas, como Seno,
Coseno, Tangente, etc., para realizar suas tarefas. Este é o caso dos programas de
CAD, planilhas, jogos com gráficos tridimensionais e de processamento de imagens em

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geral. É possível emular via software estas funções matemáticas complexas, através
da combinação de várias instruções simples, porém com uma baixa performance.

A função do coprocessador aritmético é justamente auxiliar o processador principal no


cálculo destas funções complexas. Como o coprocessador possui instruções específicas
para executar este tipo de cálculo, ele é em média de 30 a 50 vezes mais rápido do
que o processador principal executando o mesmo tipo de cálculo via emulação, sendo
um componente essencial atualmente.

Até o 386, o coprocessador era apenas um acessório que podia ser comprado à parte e
instalado no soquete apropriado da placa mãe, sendo que cada modelo de processador
possuía um modelo equivalente de coprocessador: O problema nesta estratégia é que
como poucos usuários equipavam seus micros com coprocessadores aritméticos, a
produção destes chips era baixa, e consequentemente os preços eram altíssimos,
chegando ao ponto de em alguns casos o coprocessador custar mais caro que o
processador principal. Com o aumento do número de aplicativos que necessitavam do
coprocessador, sua incorporação ao processador principal apartir do 486 foi um passo
natural. Com isso resolveu-se também o problema do custo de produção dos
coprocessadores, barateando o conjunto.

Memória Cache

Enquanto os processadores tornaram-se mais de 10.000 mais rápidos desde o 8088 (o


processador usado no XT) a memória RAM, sua principal ferramenta de trabalho,
pouco evoluiu em performance.

Quando foram lançados os processadores 386, percebeu-se que as memórias não


eram mais capazes de acompanhar o processador em velocidade, fazendo com que
muitas vezes ele tivesse que ficar “esperando” os dados serem liberados pela memória
RAM para poder concluir suas tarefas, perdendo muito em desempenho.

Se na época do 386 a velocidade das memórias já era um fator limitante, imagine o


quanto este problema não atrapalharia o desempenho dos processadores que temos
atualmente. Para solucionar este problema, começou a ser usada a memória cache,
um tipo ultra-rápido de memória, que serve para armazenar os dados mais
frequentemente usados pelo processador, evitando na maioria das vezes que ele tenha
que recorrer à comparativamente lenta memória RAM. Sem ela, o desempenho do
sistema ficará limitado à velocidade da memória podendo cair em mais de 95%.
Usamos dois tipos de cache, chamados de cache primário, ou cache L1 (level 1), e
cache secundário, ou cache L2 (level 2).

O cache primário é embutido no próprio processador, e é rápido o bastante para


acompanhá-lo em velocidade. Sempre que um novo processador é desenvolvido, é
preciso desenvolver também um tipo mais rápido de memória cache para acompanhá-
lo. Como este tipo de memória é extremamente caro (chega a ser algumas milhares de
vezes mais cara que a memória RAM convencional) usamos apenas uma pequena
quantidade dela. O 486 traz apenas 8 KB, o Pentium traz 16 KB, enquanto o Pentium
III traz 32 KB.

Para complementar, usamos também um tipo um pouco mais lento de memória cache
na forma do cache secundário. Por ser muito mais barato, podemos usar uma

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quantidade muito maior. No micros antigos o cache L2 fazia parte da placa mãe, mas
em praticamente todos os processadores atuais, incluindo o Athlon, Pentium II, III,
Celeron, Duron, Pentium 4, etc. o cache L2 também é embutido dentro do
processador.

Sempre que o processador precisar ler dados, os procurará primeiro no cache L1. Caso
o dado seja encontrado, o processador não perderá tempo, já que o cache primário
funciona na mesma freqüência que ele. Caso o dado não esteja no cache L1, então o
próximo a ser indagado será o cache L2. Encontrando o dado no cache secundário, o
processador já perderá algum tempo, mas não tanto quanto perderia caso precisasse
acessar a memória RAM. Por outro lado, caso o dado não esteja em nenhum dos dois
caches, não restará outra saída senão perder vários ciclos de processamento
esperando o dado ser fornecido pela lenta memória RAM.

Para exemplificar, imagine que você estivesse escrevendo um texto e derrepente


precisasse de uma informação que você havia anotado em um papel. Se o papel
estivesse sobre sua mesa, você poderia lê-lo sem perder tempo. Se estivesse dentro
de uma gaveta da sua mesa, já seria necessário algum tempo para encontrá-lo
enquanto se ele estivesse perdido em algum lugar de um enorme fichário do outro lado
da sala, seria preciso um tempo enorme.

Diferenças na arquitetura

Diferenças na arquitetura interna, ou seja, no projeto do processador e na quantidade


de transístores que o formam, também determinam em quais operações um
processador será mais rápido. Basicamente, um processador desempenha dois tipos de
operações diferentes: as operações envolvendo números inteiros e operações de ponto
flutuante (que envolvem números fracionários e operações aritméticas mais
complexas). As operações envolvendo números inteiros são feitas pelo núcleo principal
do processador, enquanto as envolvendo números fracionários são feitas pelo
coprocessador aritmético.

Programas de escritório e Internet, como o Word, Excel, Power Point, Internet


Explorer, Netscape e o próprio Windows, utilizam quase que exclusivamente o
processamento de números inteiros. Por outro lado, programas que manipulam
gráficos, como o Auto CAD, Corel Draw!, Photoshop, 3D Studio, e principalmente jogos
que utilizam gráficos tridimensionais, como o Quake utilizam predominantemente
cálculos de ponto flutuante.

Alguns modelos de processadores saem-se melhor em inteiros (como os processadores


K6, K6-2 e K6-3 da AMD e 6x86 da Cyrix) , enquanto outros são melhores em cálculo
de ponto flutuante (como o Pentium II e o Celeron). Ao decidir em qual processador
vai investir seu dinheiro, a aplicação à qual o micro se destina deve ser levada em
consideração.

Que tal conhecer agora um a um os processadores usados em micros PC?

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8088

O 8088 foi lançado em 79 e é uma espécie de irmão menor do 8086, que havia sido
lançado pela Intel a uma ano antes. Internamente os dois processadores são idênticos,
a diferença era que o 8088 usava periféricos (placas mãe, memórias, HDs, etc.) de 8
bits, enquanto o 8086 usava periféricos de 16 bits, que apesar de mais avançados
eram muito mais caros na época. A fim de baratear o projeto do primeiro PC a IBM
optou por usar o 8088.

Na época, o 8088 era considerado um processador bastante avançado: era composto


por 29.000 transístores (o Pentium 4 tem 41 milhões), acessava 1 megabyte de
memória (um simples 386 já acessa 4 GB) e operava a 4.77 MHz. Lembre-se que
estamos falando de um processador com mais de 21 anos, de lá pra ca as coisas
evoluíram um pouco :-)

Falando em evolução, só para matar sua curiosidade, o PC original da IBM, lançado em


Agosto de 81 possuía apenas 64 Kbytes de memória RAM, um monitor MDA mono de
12 polegadas, usava uma unidade de disquetes de 5 1/4 de apenas 160 KB, e vinha
sem disco rígido. O sistema operacional usado era o MS-DOS 1.0. Dois anos depois, foi
lançado o PC XT, que apesar de continuar usando o 8088 de 4,77 MHz, vinha com 256
KB de RAM, um disco rígido de 10 MB, monitor CGA e o MS-DOS 2.0.

Mesmo com o surgimento dos micros 286, o XT ainda continuou sendo bastante
vendido, pois era mais barato. Fabricantes de clones (micros compatíveis com os da
IBM) criaram projetos de micros XTs mais avançados, equipados com processadores
8088 de 8 MHz, discos rígidos maiores e até 640 KB de memória RAM.

286

O 286 foi o sucessor do 8088 nos micros PC. Sem dúvida ele trouxe vários avanços
sobre o 8088, era capaz de acessar mais memória (16 MB), já trazia suporte a
multitarefa, memória virtual e proteção de memória.

Porém, junto com os avanços veio um grande defeito. Para acessar os novos recursos
era preciso que o processador entrasse em modo protegido. O problema é que uma
vez em modo protegido o 286 deixa de ser compatível com os programas de modo
real, onde ele se comporta exatamente como um 8088.

Para acessar o disco rígido, gravar dados na memória, mostrar dados no monitor, etc.
os aplicativos precisavam do DOS, e o DOS é ate hoje um programa de modo real.
Uma vez em modo protegido o 286 deixava de ser compatível como DOS e não havia
nenhuma instrução que o fizesse voltar ao modo real, apenas resetando o micro.

Veja o problema: para criar um simples jogo que utilizasse o modo protegido do 286, o
programador precisaria incluir no jogo todas as rotinas de acesso ao disco rígido,
memória, etc. já que não poderia utilizar o DOS. Ou seja, para desenvolver um simples
jogo seria preciso construir praticamente um novo sistema operacional, algo
completamente inviável.

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Por isso, apesar dos avanços, os micros baseados no 286 acabavam sendo usados
apenas para rodar aplicativos de modo real, que também podiam ser rodados em um
XT, aproveitando apenas a maior velocidade do 286. Falando em velocidade, a
primeira versão do 286 funcionava a apenas 6 MHz, sendo lançada logo depois uma
nova versão de 8 MHz, que foi usada no PC AT. Posteriormente foram desenvolvidas
versões de até 20 MHz.

386

O 386 é o que podemos chamar de o primeiro processador contemporâneo, pois


apesar de extremamente lento, o 386 já incorpora todas as instruções do conjunto
x86, usado pelos programas atuais. Isto significa que tendo um 386 com a quantidade
suficiente de memória RAM e espaço suficiente no HD é possível rodar o Windows 95 e
a maioria dos programas e até mesmo jogos, claro que extremamente
deevaaaagggaaaaaarrr...

Assim como os processadores atuais, o 386 é um processador de 32 bits, capaz de


acessar até 4 GB de memória RAM. Claro que na época nenhum micro 386 chegou a
ser vendido com esta quantidade de memória, mas o processador já estava preparado
para isto.

O 386 também trouxe a solução para o problema do 286 com o modo protegido,
incorporando uma instrução que permitia ao processador alternar entre o modo real e
o modo protegido a qualquer momento, sem perder tempo. Com isto os programas
podiam usar o modo protegido, mas voltar ao modo real sempre que fosse preciso
acessar alguma rotina do DOS.

Além do 386 original, chamado de 386DX, a Intel lançou também uma versão
econômica, o 386SX, que ao contrário do DX, usava os mesmos periféricos de 16 bits
usados pelo 286. Sem dúvida, isto tornava os micros mais lentos, mas ao mesmo
tempo permitia usar componentes bem mais baratos. De fato, os micros com o 386SX
foram os primeiros PCs da história a custar menos de 1000 dólares, quase metade do
preço de um micro equipado com o 386DX.

486

Assim como o 386DX, o 486 trabalha usando palavras de 32 bits tanto interna quanto
externamente e é capaz de acessar até 4 Gigabytes de memória RAM. A evolução ficou
por conta do desempenho, que saltou brutalmente.

Em primeiro lugar o 486 foi o primeiro processador a trazer cache interno, o cache L1,
que era complementado pelo cache L2 incorporado à placa mãe. Como vimos
anteriormente, o 486 também foi o primeiro processador Intel a trazer coprocessador
aritmético embutido. Somadas com mudanças na arquitetura interna do processador,
estas melhorias tornaram o 486 praticamente 2 vezes mais rápido do que um 386 do
mesmo clock.

Assim como no 386, o 486 original foi chamado de 486DX. Logo depois foi lançada
uma versão econômica, o 486SX, que vinha sem o processador aritmético. Apesar de

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barato, o 486SX era bem limitado, pois sem o coprocessador era extremamente lento
em aplicativos gráficos, programas de desenho, jogos e aplicativos científicos.

Foram lançadas versões do 486 à 25 MHz, 33 MHz e 40 MHz, porém, criou-se uma
barreira, pois não haviam na época, placas mãe capazes de trabalhar a mais de 40
MHz. Para solucionar esse problema, foi criado o recurso de Multiplicação de Clock, no
qual o processador trabalha internamente à uma velocidade maior do que a da placa
mãe. Foram lançados então os processadores 486DX2 (que trabalham ao dobro da
freqüência da placa mãe) e logo depois os 486DX4 (que trabalham ao triplo da
freqüência da placa mãe). A freqüência de operação da placa mãe é chamada de
freqüência de barramento, ou BUS.

Freqüência do Freqüência da placa mãe


Multiplicador
Processador (barramento)
486DX-2 50 MHz 25 MHz 2x
486DX-2 66 MHz 33 MHz 2x
486DX-2 80 MHz 40 MHz 2x
486DX-4 75 MHz 25 MHz 3x
486DX-4 100 MHz 33 MHz 3x

Como somente a velocidade do processador é que muda, foi possível desenvolver


placas mãe “up-gradable”, que suportavam a troca direta de um DX-33 por um DX2-
66 ou um DX4-100, por exemplo, simplesmente mudando-se a posição de alguns
jumpers localizados na placa. Aliás, esta tendência se mantém até os dias de hoje,
com a excessão de que nas placas atuais a configuração é muito mais fácil, feita
diretamente através do Setup e não mais via jumpers, pecinhas que estão entrando na
lista de espécies em extinção :-).

Mais uma novidade trazida pelos processadores 486, é a necessidade do uso de um


ventilador (cooler) sobre o processador, para evitar que ele se aqueça demais. O uso
do cooler é obrigatório em todos os processadores 486DX-2 e posteriores.

Pentium

Como o 486, o Pentium é um processador de 32 bits, capaz de acessar até 4 Gigabytes


de memória RAM. O Pentium porém, traz várias melhorias sobre o 486, que o tornam
quase duas vezes mais rápido que um 486 do mesmo clock. Como destaque podemos
citar o aumento do cache L1, que passou a ser de 16 KB (o dobro do encontrado no
486) e um coprocessador aritmético completamente redesenhado, quase 5 vezes mais
rápido do que o encontrado nos processadores 486, tornando o Pentium ainda mais
rápido em aplicativos que demandam um grande número de cálculos.

Como na época dos micros 486, as placas mãe para processadores Pentium (com
exceção de algumas placas muito antigas) suportam várias freqüências de barramento
e vários multiplicadores distintos, podendo ser configuradas para funcionar com todos
os processadores da família. Quase sempre você poderá fazer upgrade em um Pentium
100 para um Pentium 200 por exemplo, simplesmente trocando o processador e
configurando adequadamente a placa mãe.

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Outro aperfeiçoamento do Pentium, e um dos principais motivos de seu maior


desempenho, é a adoção de uma arquitetura superescalar. Internamente o Pentium é
composto por dois processadores de 32 bits distintos, sendo capaz de processar duas
instruções por ciclo de clock (uma em cada processador). Foi incluída também, uma
unidade de controle, com a função de comandar o funcionamento dos dois
processadores e dividir as tarefas entre eles.

Como o Pentium é na verdade um conjunto de dois processadores de 32 bits


trabalhando em paralelo, é possível acessar a memória usando palavras binárias de 64
bits, o dobro do 486, que a acessava a 32 bits. Este recurso permite que sejam lidos 8
bytes por ciclo, ao invés de apenas 4, dobrando a velocidade de acesso e diminuindo
bastante o antigo problema de lentidão das memórias.

Justamente devido ao acesso à memória a 64 bits do Pentium, é necessário utilizar


pentes de memória de 72 vias em pares. Já que cada pente permite acesso aos dados
usando palavras de 32 bits, acessando ambos os pentes ao mesmo tempo chegamos
aos 64 necessários.

Mesmo podendo acessar a memória a 64 bits e sendo composto internamente por dois
processadores de 32 bits, o Pentium continua sendo um processador de 32 bits. Estes
novos recursos servem apenas para melhorar o desempenho do processador.

AMD 5x86

Este processador foi lançado pela AMD pouco depois do lançamento do Pentium.
Apesar do nome, o 5x86 da AMD é na verdade um processador 486 que trabalha a 133
MHz, com a placa mãe funcionando a 33 MHz e usando multiplicador de 4x, servia
apenas como um upgrade de baixo custo.

Cyrix Cx5x86

Além de desenvolver projetos de processadores 486, que foram fabricados pela Texas
Instruments, a Cyrix lançou um processador que mistura recursos do 486 e do
Pentium, oferecendo um desempenho bastante superior a um 486 padrão.

Como o 5x86 da AMD, Cx5x86 é totalmente compatível com as placas mãe para 486,
bastando configurar a placa com multiplicador de 3x e bus de 33 MHz para instalar a
versão de 100 MHz e 3x 40 MHz para utilizar a versão de 120 MHz.

AMD K5

Na época do 386 e 486, a AMD era uma parceira da Intel. A Intel fornecia os projetos
de processadores e a AMD também os produzia, vendendo-os com o seu nome. Um
486 da AMD é idêntico a um 486 da Intel, mudando apenas o fabricante. Em troca a
AMD pagava royalties à Intel.

Porém, apartir do Pentium a Intel desfez este acordo, restando à AMD desenvolver
seus próprios projetos de processadores. A primeira tentativa na carreira solo foi o

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AMD K5, um projeto superior ao Pentium em alguns quesitos. O problema do K5 foi


seu lançamento atrasado. Quando a AMD finalmente conseguiu lançar no mercado o
K5 Pr 133, a Intel já vendia o Pentium 200, tornando a concorrência quase impossível.

Pentium MMX

Você já parou para pensar em como foi possível um avanço tão rápido no ramo dos
processadores, como vimos nas últimas décadas? A chave de tudo isto é a
miniaturização. Qualquer processador, desde uma simples calculadora até um Athlon
ou Pentium 4 é composto por transístores. Cada transístor funciona como uma
minúscula chave, que pode estar ligada, permitindo a passagem de corrente, ou
desligada. Um transístor sozinho não serve para muita coisa, mas juntando alguns
milhares ou milhões obtemos um processador.

Os primeiros transístores fabricados comercialmente, no início da década de 50,


tinham mais ou menos o tamanho da cabeça de um fósforo. Isso explica por que os
computadores da época eram tão grandes. Os transístores usados no 8088, o
processador do XT já mediam apenas 3 mícron (um mícron equivale à um milésimo de
um milímetro). Melhor ainda, naquela época, final da década de 70 já era possível
integrar vários transístores no mesmo encapsulamento, permitindo que o 8088 tivesse
29 mil deles.

Com o passar do tempo, os transístores foram encolhendo. O 486 já usa transístores


medindo 1 mícron e possui quase 1 milhão deles. Apartir do Pentium os transístores
foram encolhendo ainda mais, 0.8 mícron na versão de 60 MHz, 0.6 mícron apartir do
Pentium 100 e 0.4 mícron apartir do Pentium 150.

Quanto menor for cada transístor, mais transístores o processador poderá conter e, ao
mesmo tempo, o processador poderá operar a freqüências mais altas, consumindo
menos eletricidade. Com transístores de 0.4 mícron o Pentium chegou a apenas 200
MHz. Os processadores atuais já utilizam transístores de 0.18 mícron, o que permite
Athlons de 1.2 GHz e Pentiums 4 de até 1.5 GHz. Em breve teremos transístores de
0.13, 0.10 e 0.07 mícron e processadores cada vez mais rápidos.

O Pentium MMX é mais avançado e mais rápido que o Pentium antigo por dois fatores.
O primeiro é o fato de possuir mais cache L1 embutido no processador: o Pentium
antigo possui apenas 16 KB, enquanto o MMX possui o dobro, 32 KB. Em segundo
lugar, o MMX foi o primeiro processador a trazer as famosas instruções MMX,
encontradas em todos os processadores atuais, mas novidade na época. Apenas como
curiosidade, o MMX era composto por 4.300.000 transístores de 0.35 mícron e foi
lançado em 97.

O conjunto MMX é composto por 57 novas instruções que visam melhorar o


desempenho do processador em aplicações multimídia e processamento de imagens.
Nestas aplicações, algumas rotinas podem ser executadas até 400% mais rápido com
o uso das instruções MMX. O ganho de performance porém não é automático: é
necessário que o software utilizado faça uso das novas instruções, caso contrário não
haverá nenhum ganho de performance.

Seria mais ou menos como se você morasse em uma casa qualquer e de repente se
mudasse para uma casa idêntica à antiga, apenas com uma porta a mais na cozinha,

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escondida atrás da cortina, que o conduzisse a alguns cômodos novos. Se ninguém lhe
contasse sobre a existência da tal porta, talvez você nunca percebesse a diferença e
continuasse usando apenas os cômodos antigos. Um programa antigo, simplesmente
ignorará as instruções MMX, não apresentando ganho algum de performance. Para
tirar proveito das novas instruções, é preciso que o programador altere o código do
programa, alterando suas rotinas para que as instruções MMX sejam utilizadas no
lugar das instruções x86 padrão. O ganho de performance real depende da habilidade
do programador em detectar como e onde o MMX pode ser usado para tornar a
execução do programa mais rápida.

O Pentium MMX pode ser encontrado em versões de 166, 200 e 233 MHz. Em todas as
versões a placa mãe funciona a 66 MHz (como no Pentium comum). Graças a isto, é
possível instalar o MMX na maioria das placas soquete 7 antigas, para Pentium, desde
que a placa mãe suporte a voltagem de 2.9 volts usada pelo MMX. Basta configurar o
barramento para 66 MHz e o multiplicador como 2.5x ou 3x para os MMX de 166 e 200
MHz. O MMX de 233 MHz deve ser configurado com multiplicador de 1.5x, que será
entendido pelo processador como 3.5x.

As instruções MMX são apenas software e não requerem nenhum tipo de suporte por
parte da placa mãe. Justamente por isso, todas as placas mãe para MMX suportam
também o Pentium clássico, bastando configurar corretamente os jumpers que
determinam a voltagem.

AMD K6

O projeto do K6 foi baseado no 6x86 da Nex-Gen, uma pequena compania que acabou
sendo adquirida pela AMD na época que ela vendia o K5. O projeto do 6x86 passou por
várias melhorias, nascendo assim o K6.

O K6 foi o primeiro processador da AMD a conseguir conquistar uma fatia considerável


do mercado. Em termos de arquitetura é um projeto bastante interessante, um
processador se sexta geração semelhante ao Pentium Pro da Intel, mas equipado com
64 KB de cache L1 e utilizando o cache L2 da placa mãe. O ponto fraco do K6 era o
coprocessador aritmético, que possui uma arquitetura muito mais simples do que os
modelos utilizados pela Intel no Pentium MMX e no Pentium II, sendo por isso bem
mais lento.

Apesar deste defeito não atrapalhar o desempenho do K6 em aplicativos de escritório,


faz com que seu desempenho em aplicativos gráficos, como processamento de
imagens ou vídeos ou em jogos com gráficos tridimensionais (como o Quake II,
popular na época) fique bastante prejudicado. Nestes aplicativos, o K6 chega a ser
20% mais lento que um Pentium MMX do mesmo clock.

AMD K6-2

À exemplo da Intel, que incorporou as instruções MMX às instruções x86 padrão, a


AMD incorporou novas 27 instruções aos seus processadores K6-2. Estas instruções
são chamadas de “3D-Now!” e tem o objetivo de agilizar o processamento de imagens
tridimensionais, funcionando em conjunto com uma placa aceleradora 3D. Como
acontece com o MMX, é necessário que o software usado faça uso do 3D-Now!.

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Felizmente, esta tecnologia que continua sendo suportada pelos processadores Athlon
e Duron, sucessores do K6-2, fizeram bastante sucesso, obtendo suporte por parte da
maioria dos jogos do mercado. Mesmo os títulos sem otimização acabam sendo
beneficiados indiretamente através do DirectX ou dos drivers de vídeo.

Além das novas instruções, os processadores K6-2 trabalham com barramento de 100
MHz e existem versões a partir de 300 MHz. Os K6-2 também são compatíveis com as
instruções MMX.

Apesar do K6-2 utilizar placas mãe que funcionam a 100 MHz, ele pode ser utilizado
em uma placa mãe mais antiga, que suporte apenas bus de 66 MHz. Neste caso, um
K6-2 de 300 MHz, seria usado com bus de 66 MHz e multiplicador de 4,5x. Claro que
assim perde-se um pouco em performance. Também é necessário que a placa mãe
suporte a voltagem de 2.2v usada pelo K6-2.

K6-3

Apesar de ter sido lançado bem depois do K6-2, o K6-3 acabou saindo de linha bem
mais cedo. Na verdade, o K6-3 não passa de um K6-2 que traz embutidos 256 KB de
cache L2 trabalhando à mesma freqüência do processador, como no Celeron.
Realmente o cache mais rápido aumenta bastante o desempeno do K6-3 em relação ao
K6-2; mais de 20% em alguns aplicativos, o problema é que devido ao cache, o K6-3
era muito caro. Para se ter uma idéia, um K6-3 de 400 MHz custava bem mais do que
um K6-2 de 500 MHz. Depois que a AMD lançou o Athlon, um processador que além de
apresentar um desempenho superior é mais barato de se produzir, não fazia mais
sentido manter a produção do K6-3.

Cyrix 6x86MX

O 6x86MX é o concorrente da Cyrix para o MMX da Intel. Apesar da arquitetura


simples, este processador traz os mesmos 64 KB de cache L1 encontrados no K6. De
fato, em muitos aplicativos o 6x86 leva vantagem sobre um Pentium do mesmo clock,
o que levou a Cyrix a vender estes processadores não segundo o clock, mas sim
segundo um índice Pr. Um 6x86MX Pr 233 por exemplo opera a apenas 200 MHz.

O grande problema é que o coprocessador aritmético encontrado no 6x86 é bem mais


fraco inclusive que o coprocessador do K6, fazendo com que este processador
apresentasse um desempenho bastante ruim em aplicativos gráficos e principalmente
jogos. A vantagem era que na época o 6x86 era bem mais barato que um MMX ou K6,
tornando-se uma opção razoável para micros de escritório.

Logo depois a Cyrix lançou os processadores 6x86MII, que nada mais são do que uma
continuação da série 686MX, alcançando agora índices PR 300, 333, 350 e 400.
Atualmente a Cyrix produz o processador Cyrix III disponível em versões apartir de
500 MHz. A vantagem do Cyrix III sobre os outros processadores atuais é o baixo
consumo elétrico, o que o torna atraente para o mercado de notebooks.

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Pentium Pro

Até aqui, apresentei os processadores numa ordem mais ou menos cronológica, mas
acabei abrindo uma exceção para o Pentium Pro. Na verdade, este processador foi
lançado bem antes do MMX e do K6-2, sendo praticamente um contemporâneo do
Pentium Clássico. Porém, a arquitetura usada no Pentium Pro foi usada como base
para o Pentium II e o Pentium III, assim como para o Celeron, processadores que
apresentarei em seguida.

A grande novidade é que apartir do Pentium Pro os processadores Intel passaram a


incorporar um núcleo RISC, apesar de continuarem sendo compatíveis com os
programas antigos. Todos os processadores usados em micros PC são compatíveis com
o mesmo conjunto de instruções, composto de 187 instruções diferentes, chamado de
conjunto x86.

Até o Pentium MMX todos os processadores eram capazes de executar diretamente


todas estas instruções complexas. Porém, esta versatilidade começou a comprometer a
performance. A resposta veio com o Pentium Pro.

Ao invés de executar diretamente todas as instruções, o processador é capaz de


executar apenas 4 operações básicas, leitura, gravação, soma e atribuição. Uma
multiplicação é obtida usando várias somas em seqüência, uma subtração é obtida
somando-se um número negativo e assim por diante. Foi acrescentado um circuito
decodificador de instruções, encarregado de converter as instruções x86 usadas pelo
programas nas instruções simples entendidas pelo processador.

Esta arquitetura continua sendo utilizada no Pentium II, Pentium III, Celeron e apesar
das modificações, a idéia básica continua também no Pentium 4. Os processadores
AMD, apartir do K6 também usam um sistema semelhante.

O Pentium Pro foi desenvolvido para competir no mercado de máquinas de alto


desempenho, equipando workstations e servidores, onde o principal atrativo do
Pentium Pro era o suporte a multiprocessamento, permitindo criar sistemas com até 4
processadores Pentium Pro encaixados na mesma placa mãe, trabalhando em paralelo.

Outra inovação foi que o Pentium Pro foi o primeiro processador a trazer cache L2
integrado, operando à mesma freqüência do processador. O Pentium Pro foi produzido
em versões equipadas com 256, 512 ou 1024 KB de cache L2 e com clock de 166 ou
200 MHz.

Por utilizar um novo tipo de encapsulamento, o Pentium Pro utiliza um novo tipo de
encaixe, batizado de soquete 8. O soquete 8 é bem maior do que o soquete 7 utilizado
pelo Pentium clássico e similares, possuindo também uma pinagem diferenciada que
impede que o processador seja encaixado ao contrário. Como no Pentium Pro o cache
L2 é integrado ao processador, as placas mãe para ele não possuem cache algum.

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Parte 3: Conhecendo os Processadores II

Processadores, parte 2

Vamos à segunda parte do tópico de processadores, cobrindo os processadores mais


atuais:

Pentium II

A Intel desenvolveu o Pentium II usando como base o projeto do Pentium Pro. Foram
feitas algumas melhorias de um lado, e retirados alguns recursos (como o suporte a 4
processadores) de outro, deixando o processador mais adequado ao mercado
doméstico.

Na verdade, o Pentium II, assim como o Pentium III também suportam


multiprocessamento, mas são permitidos apenas dois processadores. Para habilitar
este recurso é preciso apenas comprar uma placa mãe para dois processadores, estas
são relativamente caras e difíceis de encontrar. É preciso usar dois processadores
idênticos e usar um sistema operacional com suporte a multiprocessamento, como
Windows NT, Windows 2000 ou Linux. O Windows 98 não serve neste caso pois ele
reconhecerá apenas o primeiro processador, deixando o segundo desativado.

A mudança mais visível no Pentium II é o novo formato do processador. Ao invés de


um pequeno encapsulamento de cerâmica, temos uma placa de circuito, que traz o
processador e o cache L2 integrado. Protegendo esta placa, temos uma capa plástica,
formando um cartucho muito parecido com um cartucho de video-game. O Pentium II
utiliza também um novo encaixe, batizado pela Intel de Slot 1 e exige uma placa mãe
específica.

Pentium II

Além do cache L1, de 32 KB, o Pentium II traz integrados ao processador, nada menos
que 512 KB de cache L2, o dobro da quantidade encontrada na versão mais simples do
Pentium Pro. No Pentium II porém, o cache L2 trabalha a apenas metade do clock do
processador. Em um Pentium II de 266 MHz por exemplo, o cache L2 trabalha a 133
MHz.

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Você nunca encontrará à venda uma placa mãe para Pentium II com cache, já que o
cache L2 vem integrado ao próprio processador.

Uma última consideração a respeito dos processadores Pentium II é sobre a velocidade


de barramento, ou seja, a velocidade da placa mãe utilizada pelo processador. As
versões do Pentium II de até 333 MHz funcionam usando barramento de 66 MHz,
enquanto que nas versões a partir de 350 MHz a placa mãe funciona a 100 MHz, o que
acelera a troca de dados entre o processador e as memórias, tornando-o mais rápido.
Vale lembrar são necessárias também memórias PC-100, as quais explicarei com mais
detalhes no tópico sobre memórias.

Pentium II Xeon

O Xeon usa basicamente a mesma arquitetura do Pentium II, ficando a diferença por
conta do cache L2, que no Xeon funciona na mesma velocidade do processador (como
acontece no Celeron e no Pentium Pro). O Pentium II Xeon foi vendido em versões com
512, 1024 e 2048 KB de cache e em freqüências de 400, 450 e 500 MHz.

O Xeon foi especialmente concebido para equipar servidores, substituindo o Pentium


Pro, pois como nestes ambientes o processamento é muito repetitivo, o cache mais
rápido e em maior quantidade faz uma grande diferença, não fazendo porém muito
sentido sua compra para uso doméstico devido ao seu alto preço. Outro recurso
importante do Xeon é a possibilidade de se usar até 4 processadores na mesma placa
mãe, sem necessidade de nenhum hardware adicional e até 8 caso a placa mãe possua
um circuito especial chamado cluster. Naturalmente, é preciso uma placa mãe especial
para usar mais de um processador.

Posteriormente foi lançado também o Pentium III Xeon, com as mesmas opções de
cache, e em freqüências de até 550 MHz. Porém, a Intel teve dificuldades em lançar
versões mais rápidas deste processador, que acabou saindo de linha, sendo substituído
pelo Pentium III Xeon e mais recentemente pelo Xeon, baseado no Pentium 4.

Celeron

Depois que lançou o Pentium II, no início de 98, a Intel abandonou a fabricação do
Pentium MMX, passando a vender apenas processadores Pentium II que eram muito
mais caros. Como prova a história, a estratégia não deu muito certo, pois no por ser
mais caro, o Pentium II perdeu boa parte do mercado de PCs de baixo custo para o
K6-2 e o Cyrix 6x86, que apesar de terem um desempenho ligeiramente inferior, eram
bem mais baratos.

Tentando consertar a besteira, a Intel resolveu lançar uma versão de baixo custo do
Pentium II, batizada de Celeron, do Latin “Celerus” que significa velocidade. O Celeron
original, nada mais era do que um Pentium II desprovido do Cache L2 integrado e do
invólucro plástico, responsáveis por boa parte dos custos de produção do Pentium II,
ou seja, vinha “pelado”.

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Celeron de 300 MHz

As primeiras versões do Celeron, que incluem todos os de 266 MHz e alguns dos de
300 MHz, não traziam cache L2 algum e, por isso, apresentavam um desempenho
muito fraco na maioria dos aplicativos, apesar de ainda conservarem um desempenho
razoável em jogos e aplicativos que utilizam muito o coprocessador aritmético.

O cache L2 é um componente vital para os processadores atuais, pois apesar da


potência dos processadores ter aumentado quase 10 mil vezes nas últimas duas
décadas, a memória RAM pouco evoluiu em velocidade. Pouco adianta um processador
veloz, se ao todo instante ele tem que parar o que está fazendo para esperar dados
provenientes da memória RAM. É justamente aí que entra o cache secundário,
reunindo os dados mais importantes da memória para que o processador não precise
ficar esperando. Retirando o cache L2, a performance do equipamento cai em quase
40%, só não caindo mais por que ainda conservamos o cache L1. Justamente por isso,
além de perder feio para o seu irmão mais velho, o Celeron sem cache perdia até
mesmo para processadores menos avançados, como o MMX, o K6 e o 6x86MX. De
fato, um Celeron sem cache de 266 MHz perde até mesmo para um 233 MMX em
muitas aplicações.

Devido ao seu baixo desempenho, o Celeron sem cache não conseguiu uma boa
aceitação no mercado, sendo inclusive muito criticado pela imprensa especializada.
Numa nova tentativa de consertar a besteira cometida, a Intel resolveu equipar as
novas versões do Celeron com 128 KB de cache L2, que ao contrário do cache
encontrado no Pentium II, funciona na mesma frequência do processador. Todos os
Celerons à venda atualmente possuem cache, isto inclui todas as versões apartir
do Celeron de 333 MHz e a maioria dos de 300 MHz. Para não haver confusão, a
versão de 300 MHz com cache é chamada de 300A.

Enquanto no Pentium II o cache é formado por chips separados, soldados na placa de


circuito do processador, no Celeron o cache L2 faz parte do próprio núcleo do
processador. Estes 128 KB de cache fazem uma diferença incrível na performance do
processador. Enquanto um Celeron antigo é quase 40% mais lento que um Pentium II
do mesmo clock, o Celeron com cache é menos de 6% mais lento, chegando a
empatar em algumas aplicações. Isto acontece pois apesar Celeron possuir uma
quantidade 4 vezes menor de cache, nele o cache L2 funciona duas vezes mais rápido,
compensando em grande parte a diferença. Claro que isso também depende do
aplicativo que estiver sendo executado.

Alguns programas, como o Word por exemplo, necessitam de uma grande quantidade
de cache. Neste caso, mesmo sendo mais lento, o cache do Pentium II acaba sendo
muito mais eficiente por ser maior. Em compensação, aplicativos que manipulam
imagens em geral necessitam de um cache L2 mais rápido, pois os dados a serem

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manipulados são menos repetitivos. Neste caso, o cache do Celeron acaba sendo tão
ou até mesmo mais eficiente do que o cache encontrado no Pentium II.

Outro ponto a favor do Celeron é seu coprocessador aritmético, que, sendo idêntico ao
do Pentium II, é muito mais rápido que o do MMX ou do K6, o que lhe garante um
ótimo desempenho em aplicações gráficas.

Porém, comparado com o Pentium III, o Celeron já fica bem atrás, já que o Pentium
III está disponível em versões com clock bem maior. Claro que em termos de
processador de baixo custo o Celeron continua sendo uma ótimo opção. O Celeron
com cache está existe em versões de 300 a 766 MHz.

Soquete 370 x Slot 1

Inicialmente, a Intel lançou o Celeron no mesmo formato do Pentium II, ou seja, na


forma de uma placa de circuito que utiliza o Slot 1, a fim de manter a compatibilidade
com todas as placas mãe já existentes e facilitar as vendas do novo processador.

Porém, logo depois foi lançado um novo formato de encapsulamento e um novo


encaixe para o Celeron, chamado de Soquete 370. O formato é muito parecido com o
de um Pentium MMX; a diferença é que o Celeron possui alguns pinos a mais. O
Celeron para soquete 370 também é chamado de PPGA, abreviação de “Plastic Pin Grid
Array”. Vale lembrar que, apesar dos encaixes serem parecidos, o Celeron PPGA não é
compatível com as placas mãe soquete 7 utilizadas em conjunto como o MMX e o K6.
Ao lado temos o Celeron PPGA ao lado de um Pentium MMX (à esquerda).

O Soquete 370 utiliza a mesma pinagem do Slot 1, e as placas utilizam os mesmos


chipsets e demais componentes básicos. É possível inclusive encaixar um Celeron
soquete 370 em uma placa mãe Slot 1 com a ajuda de um adaptador que custa cerca
de 15 dólares, que pode ser visto na foto a seguir:

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Celeron encaixado no adaptador

Durante muito tempo, a Intel continuou fabricando o Celeron nos dois formatos, mas a
algum tempo atrás cancelou a produção das versões Slot 1, continuando a fabricar
apenas as versões para soquete 370.

O Pentium III também seguiu o mesmo caminho, as primeiras versões usavam o


mesmo formato slot 1 do Pentium II, houve uma transição e atualmente todos os
processadores vem sendo fabricados no formato FC-PGA (para soquete 370). Para
quem possui uma placa mãe slot 1, a mudança no formato não chega a ser um grande
impecilho, pois basta usar um adaptador. Segundo a Intel, a mudança no formato teve
como objetivo cortar custos.

Pentium III

Em toda a história da informática, o Pentium III é o processador com mais variações.


Existem versões que utilizam barramento de 100 MHz, versões que utilizam
barramento de 133 MHz, versões com 512 KB de cache half-speed (à metade da
freqüência do processador, como no Pentium II), com 256 KB de cache full-speed (na
mesma freqüência do processador, como no Pentium Pro), versões que utilizam o
formato SEPP, versões que utilizam um novo formato, chamado de FC-PGA, versões
que utilizam o core Katmai, versões que utilizam o core Coppermine (mais avançado),
que operam a 2.0v, que operam a 1.65v, que operam a 1.6v, e por aí vai.

Dependendo da versão do processador, será preciso utilizar uma placa mãe diferente e
em alguns casos módulos de memória RAM diferentes. Nunca a simples escolha de
qual processador comprar foi tão confusa.

Para entender todas estas variações, vamos começar estudando cada um dos novos
recursos introduzidos pelo Pentium III, além da própria evolução deste processador.

As novas instruções SSE

Basicamente, as instruções SSE diferem das instruções 3D-now! dos processadores


AMD devido à forma como são executadas. A vantagem, é que o Pentium III é capaz
de processar simultaneamente instruções normais e instruções SSE, o que resulta em
um ganho ainda maior de performance.

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Enquanto no 3D-Now! o programa tem a todo momento que escolher entre utilizar
uma das instruções padrão, ou uma das instruções 3D-Now!, no Pentium III é possível
usar os dois tipos de instruções simultaneamente, mantendo as três unidades de
execução do coprocessador aritmético cheias durante mais tempo.

As versões: Katmai x Coppermine; 100 x 133 MHz

As primeiras versões do Pentium III, de 450, 500, 550 e 600 MHz, foram construídas
usando a mesma técnica de fabricação do Pentium II, ou seja, utilizando o mesmo
encaixe Slot 1, a mesma voltagem de 2.0v, os mesmos 512 KB de cache L2 à metade
da freqüência do processador e o mesmo cache L1 de 32 KB e barramento de 100
MHz. Em essência, não temos nada mais do que um Pentium II com instruções SSE.
Isto significa que, em aplicativos que não foram otimizados para as novas instruções, o
desempenho apresentado por estas versões será rigorosamente o mesmo apresentado
por um Pentium II do mesmo clock. A arquitetura (ou core) utilizada nestes
processadores recebe o nome código de Katmai.

As próximas versões do Pentium III foram as 533B e 600B. Assim como as anteriores,
estas versões continuam utilizando o core Katmai, a diferença é que enquanto as
versões anteriores utilizavam placas mãe com barramento de 100 MHz, as novas
versões utilizam placas mãe com barramento de 133 MHz. A versão 533A opera a 4x
133 MHz enquanto a 600A opera a 4,5x 133 MHz.

O barramento de 133 MHz vale apenas para a placa mãe e memória RAM; todos os
demais componentes do micro, como placas de vídeo, HDs etc. continuam operando à
mesma freqüência que a 66 ou 100 MHz. Por exemplo, o barramento PCI, que é
utilizado pelos discos rígidos, placas SCSI e algumas placas de vídeo, som e modems,
opera sempre a 33 MHz, independentemente da freqüência da placa mãe ser 66 MHz,
100 MHz ou 133 MHz. Na verdade, apenas temos a freqüência da placa mãe dividida
por respectivamente 2, 3 e 4, resultando sempre nos 33 MHz padrão. O barramento
AGP que é utilizado por placas de vídeo AGP opera sempre a 66 MHz, temos então a
freqüência da placa mãe dividida por 1, 1.5 ou 2.

Como apenas a memória RAM trabalha mais rápido, o ganho de performance utilizando
barramento de 133 MHz é bem pequeno, geralmente ficando abaixo de 3%. Em
compensação, você precisará comprar uma placa mãe capaz de operar a 133 MHz e
também módulos de memória PC-133, capazes de acompanhá-la.

Todas as versões seguintes do Pentium III, o que inclui as verões de 650, 667, 700,
733, 750, 800, 850 e 900 MHz; 500E, 550E, 600E, 533EB, 600EB, 800EB além, claro,
da versão de 1 GHz, utilizam uma arquitetura mais avançada, chamada de
Coppermine. Esta nova arquitetura traz vários avanços sobre a Katmai, utilizada nos
processadores anteriores.

Para começar, temos transístores bem menores, medindo apenas 0.18 mícron (contra
0.25 do core Katmai). Transístores menores geram menos calor, o que permite lançar
processadores mais rápidos. Enquanto utilizando o core Katmai, o limite foi o Pentium
III de 600 MHz, utilizando o core Coppermine já temos processadores de até 1 GHz.

Transístores menores também ocupam menos espaço, o que permite incluir mais
componentes no núcleo do processador; chegamos então ao segundo avanço.

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Enquanto no Pentium II e no Pentium III core Katmai o cache L2 é soldado na placa de


circuito acoplada ao processador, sendo composto por dois chips separados, operando
à metade da freqüência do processador, no core Coppermine ele foi movido para
dentro do núcleo do processador, como no Celeron.

Isto permite que o cache L2 opere na mesma freqüência do processador, ao invés de


apenas metade, melhorando bastante o desempenho. O único porém, é que, no core
Coppermine, o cache L2 possui apenas 256 KB, metade do encontrado nas versões
anteriores do Pentium III. Mas, lembre-se que com míseros 128 KB de cache L2 full-
speed o Celeron consegue bater um Pentium II e muitas aplicações. Os processadores
baseados no core Coppermine tem o dobro de cache L2 que o Celeron, fazendo com
que seu desempenho literalmente pulverize as versões anteriores do Pentium III
equipadas com cache mais lento.

FC-PGA?

Em seu curso de desenvolvimento, o Pentium III acabou seguindo o mesmo caminho


do Celeron, tendo seu cache L2 incorporado ao núcleo do processador. A fim de cortar
custos, a Intel resolveu lançar versões do Pentium III Coppermine no mesmo formato
PPGA (que usa o soquete 370) do Celeron. Por um lado isto é bom, pois permite uma
diminuição de até 15 dólares no custo final de cada processador, já que não é usada
mais a placa de circuito, mas por outro é ruim, pois nos obriga a comprar um
adaptador para poder encaixar um destes processadores em uma placa mãe Slot 1. No
caso do Pentium III Coppermine, o novo encaixe é chamado de FC-PGA.

Existem algumas placas mãe, que possuem ambos os encaixes, permitindo encaixar
qualquer um dos dois tipos de processador sem necessidade de adaptador.
Naturalmente, apenas um dos encaixes poderá ser usado de cada vez.

Entendendo as variações do Pentium III

Como vimos até aqui, existem várias variações do Pentium III, quanto à voltagem,
quanto à arquitetura, quanto à freqüência de barramento e quanto ao encaixe. À
primeira vista, tudo parece muito confuso, mas depois de uma olhada mais demorada,
você verá que é relativamente simples.

Na tabela a seguir estão marcados os recursos de cada versão do Pentium III. Logo a
seguir virão mais algumas explicações.

Versões de Versões Versões Versões de 650, Versões de 667 e 733 MHz,


Recursos 450, 500, 550 e 533B e 500E e 700, 750 e 800 MHz versões 533EB, 600EB,
600 MHz 600B 550E e versão 600E 800EB e versão de 1 GHz
Arquitetura: Katmai Katmai Coppermine Coppermine Coppermine
Apenas Apenas FC- Versões Slot 1 e FC-
Versões Apenas Slot 1 Versões Slot 1 e FC-PGA
Slot 1 PGA PGA
Versões
com
Sim Não Sim Sim Não
barramento
de 100 MHz
Versões Não, todas as Não, todas Não, todas as
Sim Sim
com versões usam as versões versões usam bus

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barramento bus de 100 usam bus de 100 MHz


de 133 MHz MHz de 100 MHz
512 KB 512 KB 256 KB 256 KB 256 KB
Cache L2
half-speed half-speed full-speed full-speed full-speed
Advanced
System Não Não Sim Sim Sim
Buffering

A sigla “E” diferencia os processadores com core Coppermine dos com Core Katmai no
caso de versões do mesmo clock, como no caso das versões de 500, 550 e 600 MHz.
No caso, os processadores com o “E” são os com core Coppermine.

A sigla “B” (“B” de bus, ou barramento) indica processadores com bus de 133 MHz,
enquanto a combinação “EB” indica processadores que ao mesmo tempo utilizam o
core Coppermine e utilizam bus de 133 MHz, como no caso da versão EB de 800 MHz.
Veja que em geral estas siglas são utilizadas para diferenciar processadores do mesmo
clock, não sendo usadas no caso dos processadores de 667 e 733 MHz por exemplo, já
que todos utilizam bus de 133 e core Coppermine.

AMD Athlon

Com o lançamento do Athlon, ou K7, como alguns preferem chamar, a AMD mostrou
que tem força para competir não apenas no mercado de processadores de baixo custo,
como na época do K6-2, mas disputar também no ramo de chips de auto desempenho.

O Athlon é um projeto completamente remodelo, está para o K6-2, seu antecessor,


assim como os Pentiums II e III estão para o Pentium antigo. Do ponto de vista do
desempenho, a principal vantagem do Athlon sobre seu antecessor é o coprocessador
aritmético, que foi bastante aperfeiçoado. Para se ter uma idéia, enquanto o
coprocessador aritmético do K6-2 é capaz de processar apenas uma instrução por
ciclo, o coprocessador do Athlon processa até 3 instruções. Claro que na prática o
desempenho não chega a triplicar, pois existem vários outros fatores, como a latência,
número de estágios de pipeline, etc., mas serve para ilustrar o avanço.

Mesmo comparado com o Pentium III, o Athlon leva vantagem neste quesito, pois o
Pentium III é capaz de processar apenas 2 instruções por ciclo. Isso explica o bom
desempenho do Athlon em alguns aplicativos, como por exemplo o 3D Studio. Porém,
como compensação, o Pentium III tem as instruções SSE, que são bem mais
poderosas que as instruções 3D-Now! do Athlon. Isto assegura que nos aplicativos
otimizados o Pentium III possa superar o Athlon em desempenho, como acontece por
exemplo no jogo Quake 3.

Na média os dois processadores ficam mais ou menos no mesmo nível, cada um


levando vantagem em algumas áreas. A vantagem do Athlon é o fato de ser mais
barato que um Pentium III da mesma frequência e estar disponível em clocks maiores

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Versões

Assim como o Pentium III existe em duas arquiteturas diferentes, Katmai e


Coppermine como vimos anteriormente, o Athlon também pode ser encontrado em
duas versões.

A primeiras versões do Athlon vinham com 512 KB de cache externo, operando à 1/2,
2/5 ou 1/3 da frequência do processador, dependendo da versão. Estes processadores
foram produzidos apenas no formato slot A (em forma de cartucho), que apesar de
incompatível, é bem parecido com o Slot 1 usado pelos processadores Intel, como
pode ser visto na foto abaixo:

Athlon Slot A

Depois de algum tempo, a AMD acabou seguindo os mesmos passos que a Intel, e
incorporando o cache L2 ao próprio núcleo do processador. Nasceu então o Athlon
Thunderbird que é a versão atual.

O novo Athlon traz 256 KB de cache L2 integrados ao núcleo do processador, operando


à mesma frequência deste, contra os 512 KB operando à 1/2, 2/5 ou 1/3 da frequência
encontrados nos modelos antigos. Apesar de vir em menor quantidade, o cache do
Athlon Thunderbird oferece um grande ganho de performance, pois opera à mesma
frequência do processador. Num Athlon Thunderbird de 900 MHz, o cache L2 também
opera a 900 MHz.

Mas existe um pequeno problema, o novo Athlon utiliza um novo encaixe, chamado de
“Soquete A”, um formato parecido com o soquete 370 usado pelos processadores
Intel. Infelizmente, ao contrário do que temos nos processadores Intel, não existe
nenhum adaptador que permita encaixar os novos Athlons, em formato soquete nas
placas mãe Slot A antigas.

Fica então a recomendação de ao comprar um placa mãe para o Athlon comprar um


modelo soquete A, que oferecerá a possibilidade de atualizar o processador
posteriormente, o que não seria possível numa placa slot A, que já estão obsoletas.

Para diferenciar o Athlon Thunderbird dos modelos antigos, basta checar seu formato.
O novo Athlon usa o formato soquete A, enquanto os modelos antigos utilizam o

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formato Slot A. A AMD chegou a produzir algumas séries do Thunderbird no formato


Slot A, mas foram poucos, destinados principalmente à micros de grife, por isso, não
espere encontrá-los à venda facilmente.

Athlon Thunderbird (Soquete A)

AMD Duron

O Duron é o novo processador da AMD, que vem como substituto dos cansados K6-2,
para ser o concorrente direto do Celeron no mercado de baixo custo. O novo
processador está disponível em versões apartir de 600 MHz.

Apesar do lançamento do Duron, a AMD ainda continua produzindo os processadores


K6-2, pois estes são muito baratos. Entretanto, o K6-2 já está com sua morte
decretada, pois não devem ser lançadas novas versões deste processador, e a séria
deve ser descontinuada em breve.

O Duron utiliza a mesma arquitetura do Athlon Thunderbird, a nova versão do Athlon,


que comentei anteriormente. Porém, vem com muito menos cache. Enquanto o Athlon
Thunderbird vem com 256 KB de cache L2 full speed, o Duron vem com apenas 64 KB
de cache L2, também full speed.

Entretanto, apesar da pouca quantidade de cache L2, o Duron traz um enorme cache
L1 de 128 KB, totalizando 192 KB de cache, mais cache que o Celeron, que tem 32 KB
de cache L1 e 128 KB de cache L2, totalizando 160 KB de cache.

Em se tratando de cache, o Duron traz mais uma vantagem em relação ao Celeron. No


Duron, o cache L2 é exclusivo, isto significa que os dados depositados no cache L1 e
no cache L2 serão diferentes. Temos então realmente 192 KB de dados depositados
em ambos os caches. No Celeron, o cache é inclusivo, isto significa que os 32 KB do
cache L1 serão sempre cópias de dados já armazenados no cache L2. Isto significa que
na prática, temos apenas 128 KB de dados armazenados em ambos os caches.

O Duron utiliza o novo encaixe soquete A, o mesmo utilizado pelo Athlon Thunderbird.
Apesar dos encaixes serem parecidos, o Duron não é compatível com placas FC-PGA
para processadores Intel, nem existe nenhum tipo de adaptador.

O Duron vem surpreendendo em termos de desempenho, ganhando por uma grande


margem de um Celeron da mesma frequência, apresentando um desempenho muito

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semelhando ao de um Athlon de arquitetura antiga (com cache L2 à metade ou 2/5 da


frequência do processador). O melhor de tudo é que apesar do desempenho mais do
que convincente, o Duron custa menos do que o Celeron da mesma frequência, e
naturalmente, muito menos do que Pentium III ou Athlon. Para quem está procurando
um micro de alto desempenho, mas quer gastar pouco está próximo do ideal.

O Duron de 750 MHz supera em desempenho um Athlon de 700 MHz, ficando muito
próximo de um Pentium III também de 700 MHz, ambos processadores bem mais
caros. Numa comparação direta com o Celeron que seria seu concorrente direto,
novamente o Duron leva vantagem, o Duron de 700 MHz supera facilmente o Celeron
de 766 MHz, a versão mais rápida atualmente.

O grande problema do Duron, principalmente aqui no Brasil continua sendo o preço


das placas mãe para ele, consideravelmente mais caras que placas equivalentes para
processadores Intel. Entretanto já estão começando a aparecer placas mais baratas,
como a Gigabyte GA-7ZM e a FIC AZ, ambas já vem com som onboard (que pode ser
desabilitado), e custam, aqui no Brasil, entre 160 e 190 dólares, dependendo do
vendedor. A tendência é que comecem a aparecer placas cada vez mais baratas.

Lembre-se que para usar o Duron, assim como os Athlons mais novos, você precisará
de uma placa Soquete A, as placas Slot A usadas pelos Athlons antigos não servem.

Pentium 4

Depois de vários atrasos, finalmente o Pentium 4, conhecido anteriormente como


Willamette chega ao mercado. As duas versões iniciais operam a respectivamente 1.4
e 1.5 GHz, estando anunciadas versões de até 2 GHz até o final de 2001. O preço
também não fica muito atrás.

Outro ponto interessante sobre o Pentium 4 é que inicialmente, o único chipset


disponível, o i850 da própria Intel suporta apenas memórias Rambus, o que obriga
qualquer um interessado em adquirir um Pentium 4 a adquirir também módulos de
memória Rambus (veja mais detalhes no tópico sobre memória RAM). A boa notícia é
que finalmente as memórias Rambus estão começando a chegar ao mercado com
preços digamos aceitáveis. Nos EUA um módulo RIMM de 64 MB custa em média 99
dólares, contra 45 dólares em média por um módulo de 64 MB de memória PC-133.
Ainda custa pelo menos o dobro, mas já é bem menos do que custava a alguns meses
atrás. Lembrando que como veremos adiante, os módulos RIMM devem ser usados
em pares no Pentium 4.

A Via já divulgou planos de produzir um chipset que permita utilizar memórias DDR
SDRAM em conjunto com o Pentium 4. Como as memórias DDR são mais baratas que
as memórias Rambus, as novas placas mãe permitiriam baratear os micros equipados
com o Pentium 4.

A Arquitetura

O primeiro alerta a se fazer sobre o Pentium 4 é que o aumento da freqüência de


operação não significa um ganho automático de potência. Um Pentium 4 de 1.5 GHz

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não é 50% mais rápido que um Pentium 3 de 1 GHz. Um dado é o número de ciclos
por segundo que o processador pode executar, outro é o que ele consegue processar
em cada ciclo. Um 486 de 100 MHz por exemplo é muito mais lento que um Pentium
de 75 MHz, apesar de operar a uma freqüência mais alta.

Para entender os pontos fortes e fracos do Pentium 4, onde ele é mais rápido e onde
ele é mais lento, por que não começar analisando a arquitetura interna do
processador?

A Intel batizou a nova arquitetura do Pentium 4 de “NetBurst”. O Nome não tem nada
a ver com o desempenho em redes ou na Internet, mas tenta ilustrar os novos
recursos do processador, assim como dar um ar de superioridade. A arquitetura
NetBurst é composta por 4 componentes: Hyper Pipelined Technology, Rapid Execution
Engine, Execution Trace Cache e Bus de 400MHz. Vamos aos detalhes de cada uma
das 4 tecnologias:

Hyper Pipelined Technology

Esta é a característica mais marcante do Pentium 4. O Pipeline é um recurso que divide


o processador em vários estágios, que trabalham simultaneamente, dividido o trabalho
de processar as instruções. É como uma linha de produção com vários operários, onde
cada um monta uma peça, até termos no final o produto completo. Apartir do 486,
todos os processadores utilizam este recurso.

O Pentium III possui 10 estágios, o Athlon possui 11 estágios, enquanto o Pentium 4


possui nada menos que 20 estágios, daí o nome “Hyper Pipelined”.

O uso de Pipeline permite que o processador possa processar várias instruções ao


mesmo tempo, sendo que cada estágio cuida de uma fração do processamento.
Quanto mais estágios, menor será o processamento executado em cada um. No caso
do Pentium 4 cada estágio do Pipeline processa apenas metade do processado por um
estágio do Pentium III, fazendo com que teoricamente o resultado final seja o mesmo,
já que em compensação existem o dobro de estágios.

O uso de mais estágios permite que o processador opere a freqüências bem mais altas,
já que cada estágio executa menos processamento. O grade problema neste caso é
que os processadores atuais executam várias instruções simultaneamente, enquanto
os programas são uma seqüência de instruções. O Pentium 4 processa três instruções
por ciclo, o Pentium antigo (Pentium 1) processa duas, e assim por diante.

Caso as instruções seguintes não dependam do resultado da primeira, como uma


seqüência de somas de vários números, por exemplo, então o processador não terá
nenhum problema para resolvê-las rapidamente. Caso porém tenhamos uma tomada
de decisão, onde o processador precisa primeiro resolver uma instrução para saber
qual caminho deve tomar, como por exemplo “Se A > 3 então B = C+5 senão B = C-
5”, entra em cena o recurso de execução especulativa, onde enquanto é resolvida a
primeira instrução, o processador escolhe um dos caminhos possíveis para ir
“adiantando o serviço” enquanto não sabe qual deverá seguir. Se ao saber o resultado
da primeira instrução ver que tomou o caminho certo, simplesmente continuará apartir
dali. Caso por outro lado o processador tenha adivinhado errado, então terá que jogar
fora todo o trabalho já feito e tomar o outro caminho, perdendo muito tempo.

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O Pentium 4 perde nesse quesito, pois ele demora o dobro do tempo para processar a
primeira instrução, já que ela é processada em 20 estágios, contra 10 do Pentium III.
Isto significa que a cada tomada de decisão errada, serão perdidos pelo menos 20
ciclos de processamento, um eternidade, considerando que em média, 14% das
instruções processadas são de tomada de decisão. Se por acaso o processador errasse
50% das previsões, então os 7% de erros de previsão resultariam numa diminuição de
30% do desempenho do processador em comparação com o antigo Pentium III.

Isto significa que a princípio o Pentium 4 é mais lento que um Pentium III do mesmo
clock, podendo em compensação operar a freqüências mais altas. Todas as demais
alterações feitas pela Intel, explicadas a seguir servem como paliativos para tentar
diminuir a perda de desempenho trazida pelo maior número de estágios de Pipeline.
Foi justamente devido a isto que a Intel optou por lançar diretamente os modelos de
1.4 e 1.5 GHz, pulando as versões de 1.1 e 1.2 GHz, que seriam o caminho mais óbvio
já que o Pentium III ficou estacionado na versão de 1 GHz. Caso fosse lançado, um
Pentium 4 de 1.1 GHz perderia para um Pentium III de 1 GHz em praticamente todas
as aplicações.

Além da perda de desempenho, outro efeito colateral de se usar mais estágios de


Pipeline é o fato de tornar o processador maior e mais complexo, fatalmente bem mais
caro de se produzir. O Pentium 4 mede 217 milímetros quadrados, quase o dobro do
Athlon, que mede 120 mm². Isto significa que o Pentium 4 é proporcionalmente mais
caro de se produzir, o que se reflete nos preços ao consumidor.

Execution trace Cache

O uso do cache L1 no Pentium 4 é no mínimo inovador. O Pentium 3 por exemplo tem


32 KB de cache L1, dividido em 2 blocos de 16 KB cada, para instruções e dados. O
Athlon tem 128 KB de cache L1, também dividido em dois blocos. O Pentium 4 por sua
vez tem apenas 8 KB de cache para dados e só. Só? Sim, só isso. Porém, ele traz duas
inovações que compensam esta aparente deficiência. A primeira é que graças ao
tamanho reduzido, o pequeno cache de dados tem um tempo de latência menor, ou
seja é mais rápido que o cache L1 encontrado no Pentium III e no Athlon. Do ponto de
vista dos projetistas da Intel, esta foi a melhor relação em termos de desempenho.

O cache de instruções por sua vez foi substituído pelo Execution trace Cache, que ao
invés de armazenar instruções, armazena diretamente uOPs, que são as instruções já
decodificadas, prontas para serem processadas. Isto garante que o cache tenha
apenas um ciclo de latência, ou seja o processador não perde tempo algum ao utilizar
um dados armazenado no trace cache, ao contrário do que acontecia no Pentium III,
onde perdia-se pelo menos dois ciclos em cada leitura.

Se você está em dúvida sobre o que é um “uOP”, e como eles são produzidos e
processados, aqui vai uma explicação resumida: Apesar dos processadores para micros
PC continuarem usando o conjunto x86 de instruções, que é composto por 184
instruções, internamente eles são capazes de processar apenas instruções simples de
soma e atribuição. Existe então um circuito decodificador, que converte as instruções
complexas usadas pelos programas nas instruções simples entendidas pelo
processador. Uma instrução complexa pode ser quebrada em várias instruções
simples. No Pentium 4, cada instrução simples é chamada de “uOP”. No Athlon cada
conjunto de duas instruções ganha o nome de “macro-ops”.

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Bus de 400 MHz

Visando concorrer com o bus EV6 do Athlon, que opera de 100 a 133 MHz, com duas
transferências por ciclo, o que resulta na prática em freqüências de respectivamente
200 e 266 MHz, o Pentium 4 conta com um bus operando a 100 MHz, mas com 4
transferências por ciclo, o que equivale a um barramento de 400 MHz.

O barramento controla a velocidade de comunicação entre o processador e o chipset.


Um barramento mais rápido, não significa um ganho automático de performance,
porém, um barramento insuficiente, causará perda de desempenho, fazendo com que
o processador não consiga comunicar-se com os demais componentes à velocidade
máxima.

Rapid Execution Engine

Todo processador atual é dividido em dois componentes básicos, as unidades de


execução de inteiros e as unidades de ponto flutuante. A parte que processa as
instruções envolvendo números inteiros é responsável pela maior parte das instruções,
e pelo desempenho do processador nos aplicativos do dia a dia enquanto as unidades
de ponto flutuante, que compõe o que chamamos de coprocessador aritmético é
responsável pelo processamento das instruções envolvendo valores complexos, usadas
por jogos e aplicativos gráficos.

A “Rapid Execution Engine” do Pentium 4 consiste num reforço nas unidades de


inteiros do processador. O Pentium 4 possui um total de 5 unidades de processamento
de inteiros, duas ALUs, que processam as instruções mais simples, duas GLUs,
encarregadas de ler e gravar dados e uma terceira ALU, encarregada de decodificar e
processar as instruções complexas, que embora em menor quantidade, são as que
tomam mais tempo do processador.

Este conjunto de 5 unidades de execução de inteiros é semelhando ao do Pentium III,


porém, como diferencial, no Pentium 4 tanto as duas ALUs encarregadas das
instruções simples, quanto as duas GLUs encarregadas das leituras e gravações são
duas vezes mais potentes.

Na teoria parece maravilhoso, mas existe um pequeno detalhe que elimina boa parte
do ganho que seria de se esperar deste esquema. Apesar das duas ALUs de instruções
simples terem ficado mais rápidas, visando justamente compensar a perda de
desempenho trazida pelos 20 estágios de Pipeline do Pentium 4, a ALU de instruções
complexas não teve a mesma evolução. Isto significa que ao passar a usar 20 estágios
de Pipeline, esta terceira ALU tornou-se mais lenta que a mesma no Pentium III.

Temos então um cenário onde as instruções simples são rapidamente processadas,


mas as instruções complexas ficam entaladas na vala comum da terceira ALU,
causando uma grande perda de desempenho.

No coprocessador aritmético o cenário é ainda mais complicado, pois apesar das


unidades de execução terem perdido desempenho devido ao Pipeline de 20 estágios,
não houve nenhum avanço para equilibrar a balança, como tivemos nas unidades de
inteiros. Pelo contrário, o coprocessador aritmético encolheu, tendo sido podadas duas

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das unidades de execução, uma das que processava instruções MMX e uma das que
processava instruções SSE.

Ao invés de evoluir, como seria de se esperar, o coprocessador aritmético do Pentium


4 tornou-se ainda mais frágil do que o do Pentium 3, trazendo um cenário no mínimo
curioso. Enquanto na época do Pentium II e do K6, a AMD competia com um
processador que apesar de possuir um bom desempenho em aplicativos de escritório
era literalmente massacrado nos jogos e aplicativos gráficos, temos agora com o
Pentium 4 x Athlon um cenário semelhante, porém com os lados invertidos: A Intel
ataca com um processador que é potente em inteiros, mas fraco em ponto flutuante.

Ironicamente, a solução da Intel para tentar diminuir a deficiência do processador em


ponto flutuante é a mesma que a AMD usou na época do K6-2. Lembra-se do 3D-Now,
as instruções incorporadas ao K6-2, que melhoravam seu desempenho nos jogos
otimizados, fazendo com que em alguns títulos seu desempenho ficasse muito próximo
ao de um Pentium II? A Intel optou por segui exatamente o mesmo caminho,
incorporando 144 novas instruções ao Pentium 4, chamadas de SSE2, que visam
melhorar seu desempenho os jogos e aplicativos gráficos.

SSE2

As “Double Precision Streaming SIMD Extensions” do Pentium 4 são 144 novas


instruções de ponto flutuante de dupla precisão. Elas tem basicamente a mesma
função das instruções SSE do Pentium III e do 3D-Now! Do Athlon: melhorar o
desempenho do processador em aplicativos de ponto flutuante. A diferença é que as
instruções do Pentium 4 são muito mais poderosas que os conjuntos anteriores, o que
garante que o Pentium 4 apresente um desempenho realmente muito bom nos
aplicativos otimizados para as novas instruções. A grande dúvida é que assim como
nos conjuntos anteriores, é necessário que os aplicativos sejam reescritos a fim de
utilizar as novas instruções. E isso, claro, pode demorar um bom tempo, dependendo
de como for a vendagem do processador.

A AMD anunciou que sua próxima geração de processadores, o ClawHammer e


Sledgehammer também suportarão o SSE2, mas eles devem estar no mercado apenas
no final de 2001. Por enquanto o Pentium 4 ainda tem exclusividade. Vale lembrar que
o Pentium 4 mantém compatibilidade com as instruções SSE do Pentium III,
aproveitando a base de aplicativos otimizados que já existe.

Acesso à Memória

Apesar de trazer como desvantagem o fato de usar as caras memórias Rambus, o


Pentium 4 está indiscutivelmente bem posicionado do ponto de vista do desempenho
de acesso à memória. Acessando simultaneamente dois módulos RIMM temos um
barramento de dados de 3.2 GB/s usado módulos PC-800, o que corresponde a três
vezes o acesso permitido por módulos de memórias PC-133 comuns. Mesmo o Athlon
usando memórias DDR fica para trás neste quesito

Por um lado isto ajuda bastante o processador em aplicativos dependentes da


velocidade de acesso à memória, como programas de edição e compressão de vídeo e
alguns jogos. Por outro causa no mínimo um certo desconforto no bolso, já que além

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de usar memória Rambus é preciso usar os módulos em pares. Se quiser 128 MB de


memória, terá que usar obrigatoriamente dois módulos de 64 MB da mesma marca e
velocidade. Não existe a possibilidade de usar módulos RIMM de velocidades diferentes
ou números ímpares.

Instalação do Processador

O Pentium 4 utiliza como encaixe o soquete 423, semelhante ao soquete 370 utilizado
pelo Pentium III e Celeron, mas naturalmente com mais contatos. A novidade fica por
conta da instalação do Cooler.

No Pentium 4, além de ser preso ao soquete através de presilhas, o cooler utiliza dois
encaixes parafusados diretamente à chapa do gabinete, através de 4 orifícios na placa
mãe. Estes suportes tornam-se necessários devido à monstruosidade que são os
coolers para Pentium 4, o cooler original da Intel, que acompanha os processadores
Boxed por exemplo pesa quase meio quilo!. Definitivamente vai ser o fim dos coolers
de 10 reais made in Paraguai.

Uma novidade bem vinda é que o Pentium 4 trás de volta a chapinha metálica sobre o
processador, o que acaba com os problemas de rachaduras no processador ao ser
instalado o cooler, como vem acontecendo com alguns processadores Pentium III,
Celeron, Duron e Athlon, soquetados, onde temos a parte traseira do processador (que
é bem frágil) diretamente exposta.

Pentium 4: a chapa metálica protege o chip Duron: O chip está exposto

Juntamente com o Pentium 4, A Intel lançou também um novo padrão de fontes de


alimentação, o ATX 2.03. O problema neste caso é que o Pentium 4 consome uma
quantidade muito grande de eletricidade. O padrão consiste em fontes que
comprovadamente podem suportar esta demanda, e como garantia futura, as novas
fontes trazem um novo conector de 12 volts. Este conector é ligado diretamente a
placa mãe visando aumentar o fornecimento elétrico para o processador.

Novo conector da fonte

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Parte 4: Memória RAM

A memória RAM é mais um dos componentes essenciais dos micros PCs. O processador
utiliza a memória RAM para armazenar programas e dados que estão em uso, ficando
impossibilitado de trabalhar sem pelo menos uma quantidade mínima dela.

Atualmente, o recomendável em termos de custo benefício são 128 MB de memória


RAM, principalmente se você estiver usando (ou pretender usar) o Windows 2000.
Quando a quantidade de memória instalada é insuficiente, o Windows usa o disco
rígido para simular a existência de mais memória, permitindo que os programas
rodem, mesmo estando toda a memória física ocupada. Este recurso é chamado
memória virtual, e consiste em criar um arquivo temporário no disco, chamado de
swap file, ou arquivo de troca e gravar nele os dados que não cabem na memória. O
problema é que apesar dos programas rodarem, tudo fica extremamente lento, pois o
disco rígido é milhares de vezes mais lento que a memória RAM. Quanto mais dados
precisarem ser copiados para o arquivo de troca, menor será o desempenho. De nada
adianta termos um processador muito rápido, se devido à pouca quantidade de
memória disponível, seu desempenho é sub-utilizado devido ao uso de memória
virtual, ficando limitado à performance do disco rígido.

Formato

Os chips de memória são frágeis placas de silício, que precisam ser encapsulados em
alguma estrutura mais resistente antes de serem transportados e encaixados na placa
mãe. Assim como temos vários tipos de encapsulamento diferentes para
processadores, (SEC e PPGA por exemplo) temos vários formatos de módulos de
memória. Inicialmente os chips são encapsulados em módulos DIP, que os protegem e
facilitam a dissipação do calor gerado pelos chips. Estes por sua vez são soldados em
placas de circuito, formando os módulos de memória. Existem basicamente 3 tipos de
módulos de memória: os módulos SIMM de 30 vias, os módulos SIMM de 72 vias e,
finalmente, os módulos DIMM de 168 vias. Atualmente também temos no mercado os
módulos de memórias DDR e Rambus, que veremos a seguir

Módulo SIMM de 30 vias

Os primeiros módulos de memória criados são chamados de módulos SIMM, sigla que
significa “Single In Line Memory Module”, justamente por que existe uma única via de
contatos. Apesar de existirem contatos também na parte de trás do pente, eles servem
apenas como uma extensão dos contatos frontais, existindo apenas para aumentar a
área de contato com o encaixe na placa mãe. Examinando o pente você verá um
pequeno orifício em cada contato, que serve justamente para unificar os dois lados.

Os primeiros módulos SIMM possuíam 30 vias, e eram capazes de trabalhar com


transferências de até 8 bits por vez. Estes módulos foram utilizados em micros 386 e
486 e foram fabricados em varias capacidades, sendo os mais comuns os de 1MB e 4
MB, existindo também módulos de 512 KB, 8 MB e 16 MB.

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Módulo SIMM de 30 vias

Como tanto o 386 quanto o 486 são processadores que acessam a memória usando
palavras de 32 bits, é preciso combinar 4 pentes para formar cada banco de memória,
ou seja, como o processador precisa de 32 bits, e cada pente fornece apenas 8, é
preciso combinar 4 pentes, que serão acessados pelo processador como se fossem um
só. Temos então que usar estes módulos em quartetos, 4 módulos ou 8 módulos, mas
nunca um número quebrado.

Nos micros equipados com processadores 386SX são necessários apenas 2 pentes, já
que o 386SX acessa a memória usando palavras de apenas 16 bits.

É importante lembrar que todos os 4 pentes que formam um banco precisam ser
idênticos, caso contrário podem ocorrer travamentos ou instabilidade no micro. Você
pode usar 4 módulos de um tipo para formar o primeiro banco e 4 módulos diferentes
para formar um segundo banco, mas nunca misturar dentro de um mesmo banco.

Módulo SIMM de 72 vias

Apesar de serem muito mais práticos do que os chips DIP, os módulos SIMM de 30
vias ainda eram bastante inconvenientes, já que era preciso usar 4 pentes idênticos
para formar cada banco de memória. Para solucionar este problema, os fabricantes
criaram um novo tipo de pente de memória SIMM, de 32 bits, que possui 72 vias. Esse
tipo de memória foi usado em micros 486 mais modernos e tornou-se padrão em
micros Pentium.

Módulo SIMM de 72 vias

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Ao invés de quatro, é preciso apenas um módulo SIMM de 72 vias para formar cada
banco de memória nos micros 486, ou seja, é permitido usar qualquer combinação, já
que cada pente sozinho forma um banco. Como o Pentium acessa a memória usando
palavras de 64 bits, são necessários 2 pentes para formar cada banco, por isso é que
usamos os pentes de 72 vias aos pares no Pentium. Se você pretende instalar 16 MB
de memória, precisará de 2 pentes de 8 MB ou então 4 pentes de 4 MB, nunca poderá
instalar um único pente de 16 MB como poderia ser feito em um 486.

Módulo DIMM de 168 vias

Ao contrario dos módulos SIMM de 30 e 72 vias, os módulos DIMM possuem contatos


em ambos os lados do pente, o que justifica seu nome, “Double In Line Memory
Module” ou “módulo de memória com duas linhas de contato”. Como Os módulos
DIMM trabalham com palavras binárias de 64 bits, um único módulo é suficiente para
preencher um banco de memória em um micro Pentium ou superior, dispensando seu
uso em pares. Caso você deseje instalar 64 MB de memória em um Pentium II por
exemplo, será preciso comprar apenas um único módulo DIMM de 64 MB.

Os módulos DIMM de 168 vias são os únicos fabricados atualmente. Você dificilmente
encontrará módulos de 72 vias, ou placas mãe novas que os suportem à venda,
apenas componentes usados.

Módulo DIMM de 168 vias

Tecnologias utilizadas

Além de se dividirem quanto ao formato, os módulos de memória também se


diferenciam pela tecnologia utilizada. Existem memórias FPM, EDO e SDRAM (que se
dividem em memórias SDRAM PC-133, PC-100 e PC-66)

Memórias FPM (Fast Page Mode)

As memórias FPM são o tipo mais antiquado de memória que ainda pode ser
encontrado atualmente. Apesar de ser compatível com os micros modernos, este tipo
de memória não é mais usado por ser muito lento se comparado com as memórias
EDO e SDRAM.

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Este tipo de memória pode ser encontrado em módulos de 30 ou 72 vias, quase


sempre com tempos de acesso de 80 ou 70 nanossegundos.

Memórias EDO (Extended Data Output)

Apesar de também já estar ultrapassado, este tipo de memória ainda é muito usado
atualmente, sendo fabricado em velocidades de 70, 60 e 50 nanos, com predominância
dos módulos de 60. A diferença entre a memória FPM e a EDO, é que a EDO possui
várias melhoras na arquitetura, que a tornam cerca de 20% mais rápida que as
antigas FPM.

Você encontrará memórias EDO na forma de módulos de 72 vias. Apesar de também


terem sido fabricados módulos de 168 vias com memórias EDO, estes são muito raros.

Todos os módulos de 30 vias são de memórias FPM, enquanto (com exceção de alguns
módulos antigos) todos os de 168 vias são de memórias SDRAM. A confusão existe
apenas nos módulos de 72 vias, que podem ser tanto de memórias EDO quanto de
memórias FPM. Para saber quem é quem, basta verificar o tempo de acesso. Todo
módulo de memória traz seus dados estampados nos chips, na forma de alguns
códigos, o tempo de acesso é indicado no final da primeira linha (ou na segunda linha
em alguns módulos). Se ela terminar com –7, -70, ou apenas 7, ou 70, o módulo
possui tempo de acesso de 70 nanos. Se por outro lado a linha terminar com –6, -60,
6 ou 60 o módulo é de 60 nanos.

Como quase todos os módulos de 70 nanos são de memórias FPM, e quase todos os
módulos de memórias EDO são de 60 nanos, você pode usar este método para
determinar com 98% de certeza o tipo de memória usada.

Memórias SDRAM (Synchronous Dynamic RAM)

Tanto as memórias FPM quanto as memórias EDO são assíncronas, isto significa que
elas trabalham em seu próprio ritmo, independentemente dos ciclos da placa mãe. Isto
explica por que memórias FPM que foram projetadas para funcionar em placas para
processadores 386 ou 486 (que trabalham a 25 ou 33 MHz), podem ser usadas sem
problemas em placas para processadores Pentium, que funcionam a 66 MHz. Na
verdade, as memórias continuam funcionando na mesma velocidade, o que muda são
os tempos de espera que passam a ser mais altos. Assim, ao invés de responder a
cada 3 ciclos da placa mãe, por exemplo, elas podem passar a responder a cada 6
ciclos, funcionando normalmente.

As memórias SDRAM por sua vez, são capazes de trabalhar sincronizadas com os ciclos
da placa mãe, sem tempos de espera. Isto significa, que a temporização de uma

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memória SDRAM é sempre de uma leitura por ciclo. Independentemente da velocidade


da placa mãe.

Como é preciso que a memória SDRAM a ser usada seja rápida o suficiente para
acompanhar a placa mãe, encontramos no mercado versões com tempos de acesso
entre 15 e 6 nanossegundos. Para saber o tempo de acesso de cada módulo, basta
olhar o final da primeira linha do código, que terminará com –15, -12, -10, -9, -8, -7
ou -6, indicando que o módulo possui (respectivamente) tempos de acesso de 15, 12,
10, 9, 8, 7 ou 6 nanos.

Para determinar a velocidade máxima de operação de uma memória SDRAM, basta


dividir 1000 pelo seu tempo de acesso: uma memória SDRAM com tempo de acesso de
15 nanos poderia funcionar a apenas 66 MHz, já que 1000/15 = 66. Outra com tempo
de acesso de 12 nanos já poderia funcionar a 75 ou até 83 MHz, já que 1000/12 = 83.
Para confirmar a validade deste cálculo, basta dividir 1 segundo por 83.000.000 de
ciclos da placa mãe e teremos justamente 12 nanos.

Vale lembrar que estes valores são apenas teóricos; uma memória SDRAM PC-66, com
tempo de acesso de 10 nanos por exemplo, não tem garantido o seu funcionamento
em uma placa mãe que opere a 100 MHz, como as usadas em processadores Pentium
II (acima de 350 MHz), K6-2, Pentium III etc. pois foi projetada para ter seu
funcionamento garantido a apenas 66 MHz.

PC-66 x PC-100 x PC-133

Conforme os processadores foram evoluindo, foi preciso aumentar também a


velocidade de acesso à memória. Inicialmente saltamos de 66 para 100 MHz e agora
estamos nos 133 MHz. Assim como a placa mãe precisa ser capaz de suportar as
freqüências mais altas, as memórias também devem ser capazes de acompanhar, já
que como vimos as memórias SDRAM funcionam sincronizadas com os ciclos da placa
mãe.

Você encontrará no mercado memórias PC-66, PC-100 e PC-133. As memórias PC-66


suportam apenas bus de 66 MHz, sendo utilizáveis em conjunto com o Celeron ou com
o Pentium II de até 333 MHz; as memórias PC-100 podem ser utilizadas com a maioria
dos processadores atuais, enquanto as memórias PC-133 são requisito nas versões do
Pentium III que utilizam bus de 133 MHz, como o Pentium III de 933 MHz.

Vale lembrar que memórias PC-133 funcionam normalmente em placas mãe com bus
de 66 ou 100 MHz, assim como as memórias PC-100 trabalham normalmente a 66
MHz. Existe uma freqüência máxima, mas freqüências menores também são
suportadas. Você pode inclusive misturar módulos DIMM de tempos diferentes na
mesma placa mãe, desde que nivele por baixo, ou seja, utilize uma freqüência de
barramento compatível com o módulo mais lento.

Existem alguns casos de incompatibilidades entre algumas marcas ou modelos de


módulos de memória e alguns modelos específicos de placas mãe, assim com em
algumas combinações de módulos de marcas diferentes. Por isso, em algumas
combinações pode ser que o micro não funcione, mas bastará trocar os módulos de
memória por outros de marca diferente. Existem também alguns casos de placas mãe

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antigas que são incompatíveis com módulos de memória DIMM PC-100 ou PC-133 ou
módulos de mais de 32 MB.

Geralmente os módulos de memória PC-100 ou PC-133 são vendidos com uma


etiqueta escrito “PC-100” ou “PC-133”. Obviamente, esta não é nenhuma garantia,
pois a etiqueta poderia ter sido colada pelo vendedor. Mas, infelizmente, não existe
meios de ter certeza apenas examinando visualmente o módulo, apenas testando, o
que nem sempre é possível.

Em geral os vendedores costumam ser honestos quanto à freqüência de operação


máxima dos módulos, pois a diferença de preço entre eles não é tão grande assim.

Memórias DDR

A DDR-SDRAM é um tipo de memória SDRAM que suporta transferências de dados


duas vezes por ciclo de clock, um esquema semelhante ao do AGP 2x. Enquanto num
módulo de memória SDRAM comum de 100 MHz, temos transferidos 64 bits por ciclo
de clock, resultando em uma taxa de transferência de 800 MB/s, num módulo de DDR-
SDRAM também de 100 MHz teríamos duas transferências de 64 bits em cada ciclo,
alcançando 1.6 GB/s de transferência, simplesmente o dobro. Este tipo de memória
está sendo bastante utilizado atualmente em placas de vídeo 3D. Uma das primeiras
foi a Nvidia GeForce-DDR

O principal trunfo das memórias DDR é o preço, pois produzidas em grande quantidade
custam pouco mais do que memórias SDRAM comuns. Já existem módulos de
memórias DDR, prontos para serem utilizados em micros PC e já estão no mercado as
primeiras placas mãe para o Athlon (com chipset AMD 760) que suportam este formato
de memória.

Os módulos de memória DDR-SDRAM são parecidos com os módulos DIMM de


memórias SDRAM tradicionais, apenas a posição da fenda é diferente, para evitar que
um módulo DDR possa sem encaixado num slot DIMM comum.

A Via já anunciou planos para adicionar suporte a memórias DDR em seus chipsets
para Pentium III e Athlon, as novas placas mãe devem estar no mercado apartir do
início de 2001.

Memórias DDR no Athlon

A Intel optou por usar as memórias Rambus como alternativa às memórias SDRAM
atuais. As memórias Rambus são mais rápidas, porém são extremamente caras,
custam de 2 a 3 vezes mais que memórias SDRAM PC-133 normais. A AMD por sua
vez, optou por usar memórias DDR SDRAM, que são 2 vezes mais rápidas que as
memórias SDRAM comuns, mas que trazem a vantagem de custarem quase o mesmo
preço.

O primeiro chipset AMD a suportar memórias DDR, o AMD 760 foi lançado no final de
outubro e as primeiras placas mãe baseadas nele já estão no mercado desde
dezembro de 2000.

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Usando memórias DDR SDRAM ao invés de memórias PC-133, o desempenho do


Athlon sobe em média 10% (varia de acordo com o aplicativo), os principais
beneficiados são os jogos e programas gráficos, onde o desempenho chega a subir até
20%.

As placas mãe que utilizam memórias DDR não são compatíveis com as memórias
SDRAM atuais e vice-versa, pois o formato dos módulos é diferente:

Módulo DDR – apenas um chanfro

Módulo SDRAM PC100 – dois chanfros

Existem dois padrões de memórias DDR, os módulos PC-1600 e PC-2100. Os PC-1600


trabalham a 100 MHz, com duas transferências por ciclo, totalizando a transmissão de
1.6 GB de dados por segundo, enquanto os PC-2100 trabalham a 133 MHz, com duas
transferências por ciclo, totalizando 2.1 GB de dados por segundo. Os módulos PC-
1600 custam quase o mesmo preço que os módulos de memórias PC-133 normais,
enquanto os módulos PC-2100 são cerca de 20% mais caros.

A fim de suportar os módulos PC-2100, as placas mãe com o chipset AMD 760 (assim
como com chipsets similares que venham a ser lançados) passam a suportar bus de
133 com duas transferências por ciclo (266 MHz na prática), ao contrário das placas
para Athlon atuais, que trabalham a apenas 100 MHz, com duas transferências por
ciclo (200 MHz na prática).

A freqüência da placa mãe pode ser configurada através do Setup, de acordo com o
tipo de memória que pretender usar. Outra novidade é o anúncio de três novas
versões do Athlon, de 1 GHz, 1.13 GHz e 1.2 GHz, que ao contrário das versões de 1 e
1.2 GHz antigas, utilizam bus de 133 MHz.

Memórias Rambus (RDRAM)

As memórias Direct Rambus permitem um barramento de dados de apenas 16 bits de


largura, em oposição aos 64 bits utilizados pelos módulos de memória SDRAM,
suportando em compensação, velocidades de barramento de até 400 MHz com duas
transferências por ciclo (como o AGP 2x), o que na prática eqüivale a uma freqüência
de 800 MHz.

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Diferentemente das memórias DDR que é apenas uma evolução das memórias SDRAM,
as memórias Direct Rambus trazem uma arquitetura completamente nova, que exige
modificações muito maiores nos chipsets destinados a suportá-la, significando maiores
custos de desenvolvimento e produção. Mesmo atualmente, os módulos de memória
Rambus ainda custam pelo menos o dobro das memórias SDRAM comuns.

Os módulos de memórias Rambus são chamados de “Rambus Inline Memory Modules”


ou RIMMs. Os módulos RIMM são bem semelhantes aos módulos DIMM, mas em geral
eles vem com uma proteção de metal sobre os chips de memória, que também serve
para facilitar a dissipação de calor, já que os módulos RIMM aquecem bastante devido
à alta frequência de operação.

Nas ilustrações a seguir, temos um módulo de memória Direct Rambus (à esquerda) e


módulos de memória Rambus encaixados em slots RIMM (ilustrações gentilmente
cedidas pela Rambus Inc.)

ECC e Paridade

Por melhor que seja a qualidade, todos os tipos de memória são passíveis de erros,
que podem ser causados por inúmeros fatores, que vão desde interferências
momentâneas à defeitos físicos nos módulos de memória. Apesar dos erros nos
módulos de memória atuais serem bastante raros, um dado adulterado pode causar os
mais diversos efeitos colaterais. Para aumentar o grau de confiabilidade dos sistemas,
foram criados métodos de diagnóstico e correção de erros,a Paridade e o ECC (“Error-
Correcting Code” ou “código de correção de erros”), que se baseiam em técnicas
totalmente diferentes:

A Paridade é um método mais antigo, que somente é capaz de identificar alterações


nos dados depositados nas memórias, sem condições de fazer qualquer tipo de
correção. A paridade consiste na adição de mais um bit para cada byte de memória,
que passa a ter 9 bits, tendo o último a função de diagnosticar alterações nos dados.

A operação de checagem dos dados na paridade é bem simples: são contados o


número de bits “1” de cada byte. Se o número for par, o bit de paridade assume um
valor “1” e caso seja impar, o 9º bit assume um valor “0”. Quando requisitados pelo
processador, os dados são checados pelo circuito de paridade que verifica se o número
de bits “1” corresponde ao valor depositado no 9º bit. Caso seja constatada alteração
nos dados, ele envia ao processador uma mensagem de erro.

Exemplo de Byte de
Número de Bits “1” no Byte Bit de paridade
dados

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00000000 0 1
10110011 5 0
11111111 8 1

O uso da paridade não torna o computador mais lento, pois os circuitos responsáveis
pela checagem dos dados são independentes do restante do sistema. Seu único efeito
colateral, é o encarecimento das memórias, que ao invés de 8 bits por byte, passam a
ter 9, tornando-se cerca de 12% mais caras. Antigamente quase não se fabricavam
memórias sem paridade, porém As memórias EDO e SDRAM atuais porém, apresentam
um bom nível de confiabilidade, o que torna o uso da paridade dispensável. De fato,
poucos fabricantes ainda produzem memórias com o 9º bit.

Para sistemas destinados a operações críticas, foi desenvolvido o ECC, um método de


diagnóstico bem mais eficiente, por ser capaz de além de identificar erros nos dados,
corrigi-los através de algoritmos especiais. Numa memória com ECC encontramos mais
2 ou até 3 bits para cada byte de memória. Quanto maior a quantidade de bits
destinados ao ECC, mais complexos serão os códigos armazenados, e maior será a
possibilidade de um eventual erro ser corrigido.

Apesar de ainda não ser muito usado em memórias RAM, justamente devido à boa
confiabilidade das memórias atuais, o ECC é item obrigatório em discos rígidos e CD-
ROMs, pois neles o corrompimento de dados é muito comum.

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Parte 5: Discos Rígidos

O “Hard Disk”, “HD”, “Winchester”, ou simplesmente “Disco Rígido”, é um sistema de


armazenamento de alta capacidade que, ao contrário da memória RAM, não perde
seus dados quando desligamos o micro, sendo por isso destinado ao armazenamento
de arquivos e programas.

Apesar de também ser uma mídia magnética, um HD é muito diferente de um disquete


comum, sendo composto por vários discos empilhados que ficam dentro de uma caixa
lacrada, pois, como os discos giram a uma velocidade muito alta, qualquer partícula de
poeira entre os discos e a cabeça de leitura causaria uma colisão que poderia danificar
gravemente o equipamento.

Sem dúvida, o disco rígido foi um dos componentes que mais evoluiu na história da
computação. O primeiro disco rígido foi construído pela IBM em 1957, e era formado
por nada menos que 50 discos de 24 polegadas de diâmetro, com uma capacidade
total de 5 Megabytes, incrível para a época. Este primeiro disco rígido, foi chamado de
"Winchester" termo muito usado ainda hoje para designar HDs de qualquer espécie.
Ainda no início da década de 80, os discos rígidos eram muito caros e modelos de 10
Megabytes custavam quase 2.000 dólares, enquanto hoje compramos modelos de 30
Gigabytes por menos de 200 dólares.

Como Funciona um Disco Rígido

Dentro do disco rígido, os dados são gravados em discos magnéticos, chamados em


Inglês de “Platters”. Estes discos internos são compostos de duas camadas.

A primeira é chamada de substrato, e nada mais é do que um disco metálico,


geralmente feito de ligas de alumínio. A fim de permitir o armazenamento de dados,
este disco é recoberto por uma segunda camada, agora de material magnético. Os
discos são montados em um eixo que por sua vez gira graças a um motor especial.

Para ler e gravar dados no disco, usamos cabeças de leitura eletromagnéticas (heads
em Inglês) que são presas a um braço móvel (arm), o que permite o seu acesso a todo
o disco. Um dispositivo especial, chamado de atuador, ou “actuator” em Inglês,
coordena o movimento das cabeças de leitura.

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Como os Dados são Gravados e Lidos

Os discos magnéticos de um disco rígido são recobertos por uma camada magnética
extremamente fina. Na verdade, quanto mais fina for a camada de gravação, maior
será sua sensibilidade, e consequentemente maior será a densidade de gravação
permitida por ela. Poderemos então armazenar mais dados num disco do mesmo
tamanho, criando HDs de maior capacidade.

Os primeiros discos rígidos, assim como os discos usados no início da década de 80,
utilizavam a mesma tecnologia de mídia magnética utilizada em disquetes, chamada
“coated media”, que além de permitir uma baixa densidade de gravação, não é muito
durável. Os discos atuais já utilizam mídia laminada (plated mídia); uma mídia mais
densa, de qualidade muito superior, que permite a enorme capacidade de
armazenamento dos discos modernos.

A cabeça de leitura e gravação de um disco rígido funciona como um eletroímã


semelhante aos que estudamos nas aulas de ciências do primário, sendo composta de
uma bobina de fios que envolvem um núcleo de ferro. A diferença é que num disco
rígido, este eletroímã é extremamente pequeno e preciso, a ponto de ser capaz de
gravar trilhas medindo menos de um centésimo de milímetro.

Quando estão sendo gravados dados no disco, a cabeça utiliza seu campo magnético
para organizar as moléculas de óxido de ferro da superfície de gravação, fazendo com
que os pólos positivos das moléculas fiquem alinhados com o pólo negativo da cabeça
e, consequentemente, com que os pólos negativos das moléculas fiquem alinhados
com o pólo positivo da cabeça. Usamos neste caso a velha lei “os opostos de atraem”.

Como a cabeça de leitura e gravação do HD é um eletroímã, sua polaridade pode ser


alternada constantemente. Com o disco girando continuamente, variando a polaridade
da cabeça de gravação, variamos também a direção dos pólos positivos e negativos
das moléculas da superfície magnética. De acordo com a direção dos pólos, temos um
bit 1 ou 0.

Para gravar as seqüências de bits 1 e 0 que formam os dados, a polaridade da cabeça


magnética é mudada alguns milhões de vezes por segundo, sempre seguindo ciclos
bem determinados. Cada bit é formado no disco por uma seqüência de várias
moléculas. Quanto maior for a densidade do disco, menos moléculas serão usadas para
armazenar cada bit e teremos um sinal magnético mais fraco. Precisamos então de
uma cabeça magnética mais precisa.

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Quando é preciso ler os dados gravados, a cabeça de leitura capta o campo magnético
gerado pelas moléculas alinhadas. A variação entre os sinais magnéticos positivos e
negativos gera uma pequena corrente elétrica que caminha através dos fios da bobina.
Quando o sinal chega na placa lógica do HD, ele é interpretado como uma seqüência
de bits 1 e 0.

Vendo desta maneira, o processo de armazenamento de dados em discos magnéticos


parece ser simples, e realmente era nos primeiros discos rígidos (como o “Winchester”
da IBM), que eram construídos de maneira praticamente artesanal. Apesar de nos
discos modernos terem sido incorporados vários aperfeiçoamentos, o processo básico
continua sendo o mesmo.

Formatação

Para que o sistema operacional seja capaz de gravar e ler dados no disco rígido, é
preciso que antes sejam criadas estruturas que permitam gravar os dados de maneira
organizada, para que eles possam ser encontrados mais tarde. Este processo é
chamado de formatação.

Existem dois tipos de formatação, chamados de formatação física e formatação


lógica. A formatação física é feita apenas na fábrica ao final do processo de
fabricação, e consiste em dividir o disco virgem em trilhas, setores e cilindros. Estas
marcações funcionam como as faixas de uma estrada, permitindo à cabeça de leitura
saber em que parte do disco está, e onde ela deve gravar dados. A formatação física é
feita apenas uma vez, e não pode ser desfeita ou refeita através de software.

Porém, para que este disco possa ser reconhecido e utilizado pelo sistema operacional,
é necessária uma nova formatação, chamada de formatação lógica. Ao contrário da
formatação física, a formatação lógica não altera a estrutura física do disco rígido, e
pode ser desfeita e refeita quantas vezes for preciso, através do comando FORMAT do
DOS por exemplo. O processo de formatação, é quase automático, basta executar o
programa formatador que é fornecido junto com o sistema operacional.

Quando um disco é formatado, ele simplesmente é organizado “do jeito” do sistema


operacional, preparado para receber dados. A esta organização damos o nome de
“sistema de arquivos”. Um sistema de arquivos é um conjunto de estruturas lógicas e
de rotinas que permitem ao sistema operacional controlar o acesso ao disco rígido.
Diferentes sistemas operacionais usam diferentes sistemas de arquivos.

Os sistemas de arquivos, mais usados atualmente são a FAT16, compatível com o


DOS e todas as versões do Windows, e a FAT32, compatível apenas com o Windows
98, Windows 2000 e Windows 95 OSR/2 (uma versão “debugada” do Windows 95, com
algumas melhorias, vendida pela Microsoft apenas em conjunto com computadores
novos) e, finalmente, o NTFS, suportado pelo Windows 2000 e Windows NT. Explicarei
apenas estes três, pois são os sistemas utilizados pelo Windows, e consequentemente
pela maioria dos usuários. Outros sistemas operacionais possuem seus próprios
sistemas de arquivos o Linux usa o EXT2 enquanto o antigo OS/2 usa o HPFS.

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FAT 16

Este é o sistema de arquivos utilizado pelo MS-DOS, incluindo o DOS 7.0, e pelo
Windows 95, sendo compatível também com o Windows 98 e o Windows NT. Este
sistema de arquivos adota 16 bits para o endereçamento de dados, permitindo um
máximo de 65526 clusters, que não podem ser maiores que 32 KB. Esta é justamente
a maior limitação da FAT 16: como só podemos ter 65 mil clusters com tamanho
máximo de 32 KB cada, podemos criar partições de no máximo 2 Gigabytes utilizando
este sistema de arquivos. Caso tenhamos um HD maior, será necessário dividi-lo em
duas ou mais partições. O sistema operacional reconhece cada partição como um disco
distinto: caso tenhamos duas partições por exemplo, a primeira aparecerá como C:\ e
a segunda como D:\, exatamente como se tivéssemos dois discos rígidos instalados na
máquina.

Um cluster é a menor unidade de alocação de arquivos reconhecida pelo sistema


operacional, sendo que na FAT 16 podemos ter apenas 65 mil clusters por partição.
Este limite existe devido a cada cluster ter um endereço único, através do qual é
possível localizar onde determinado arquivo está armazenado. Um arquivo grande é
gravado no disco fragmentado em vários clusters, mas um cluster não pode conter
mais de um arquivo.

Em um disco de 2 Gigabytes formatado com FAT16, cada cluster possui 32 Kbytes.


Digamos que vamos gravar neste disco 10.000 arquivos de texto, cada um com
apenas 300 bytes. Como um cluster não pode conter mais do que um arquivo, cada
arquivo iria ocupar um cluster inteiro, ou seja, 32 Kbytes! No total, estes 10.000
arquivos de 300 bytes cada, ocupariam ao invés de apenas 3 Megabytes, um total de
320 Megabytes no disco! Um enorme desperdício de espaço. É possível usar clusters
menores usando a FAT16, porém, em partições pequenas:

Tamanho da Partição Tamanho dos Clusters


Entre 1 e 2 GB 32 Kbytes
Menos que 1 GB 16 Kbytes
Menos que 512 Mb 8 Kbytes
Menos que 256 Mb 4 Kbytes
Menos que 128 Mb 2 Kbytes

Justamente devido ao tamanho dos clusters, não é recomendável usar a FAT16 para
formatar partições com mais de 1 GB, caso contrário, com clusters de 32KB, o
desperdício de espaço em disco será brutal.

FAT 32

Uma evolução natural da antiga FAT16, a FAT32, utiliza 28 bits para o endereçamento
de cada cluster (apesar do nome sugerir 32 bits), permitindo clusters de apenas 4 KB,
mesmo em partições maiores que 2 GB. O tamanho máximo de uma partição com
FAT32 é de 2048 Gigabytes (2 Terabytes), o que a torna adequada para os discos de
grande capacidade que temos atualmente.

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Usando este sistema de arquivos, nossos 10.000 arquivos de texto ocupariam apenas
40 Megabytes, uma economia de espaço considerável. De fato, quando convertemos
uma partição em FAT16 para FAT32, é normal conseguirmos de 15 a 30% de
diminuição do espaço ocupado no Disco. O problema, é que o outros sistemas
operacionais, incluindo o Linux, o OS/2 e o Windows 95 antigo, não são capazes de
acessar partições formatadas com FAT32; somente o Windows 95 OSR/2, o Windows
98 e o Windows 2000 o são. O Windows NT 4.0 pode tornar-se compatível com a ajuda
de programas desenvolvidos por terceiros, mas não o é nativamente.

Um outro problema é que devido à maior quantidade de clusters à serem gerenciados,


a performance do HD deve cair um pouco, em torno de 3 ou 5%, algo imperceptível na
prática de qualquer maneira. Ainda assim, caso o seu único sistema operacional seja o
Windows 95 OSR/2 ou o Windows 98, é recomendável o uso da FAT32 devido ao
suporte a discos de grande capacidade e economia de espaço.

NTFS

O NTFS é um sistema de arquivos de 32 bits usado pelo Windows NT. Nele, não
usamos clusters, sendo os setores do disco rígido endereçados diretamente. A
vantagem é que cada unidade de alocação possui apenas 512 bytes, sendo quase
nenhum o desperdício de espaço em disco. Somente o Windows NT e o Windows 2000
são capazes de entender este formato de arquivos, e a opção de formatar o HD em
NTFS é dada durante a instalação.

Apesar do Windows NT funcionar normalmente em partições formatadas com FAT16, é


mais recomendável o uso do NTFS, pois além de não desperdiçarmos espaço com os
clusters, e termos suporte a discos maiores que 2 Gigabytes, ele oferece também,
vários recursos de gerenciamento de disco e de segurança, inexistentes na FAT16 ou
FAT32. É possível, por exemplo, compactar isoladamente um determinado diretório do
disco e existem várias cópias de segurança da FAT, tornando a possibilidade de perda
de dados quase zero. Também existe o recurso de "Hot fix", onde setores danificados
são marcados automaticamente, sem a necessidade do uso de utilitários como o
Scandisk.

Apesar de também ser compatível com os sistemas Fat 16 e Fat 32 usados pelo
Windows 98, o Windows 2000 usa o NTFS como seu sistema de arquivos nativo. O
NTFS usado pelo Windows 2000 trouxe algumas melhorias sobre o NTFS do Windows
NT, sendo por isso chamado de NTFS 5. Como o Windows 2000 foi construído com
base no Windows NT 4, nada mais natural do que continuar usando o mesmo sistema
de arquivos, porém, com alguns aperfeiçoamentos como o Suporte ao Active Directory,
que pode ser usado em redes baseadas no Windows 2000 Server. Outro recurso
enfatizado pela Microsoft é o Encripting File System, que permite criptografar os
dados gravados no disco rígido, de modo que apenas o usuário possa acessá-los.

O Windows 2000 quando instalado, converte automaticamente unidades NTFS para


NTFS 5, também oferecendo a opção de converter unidades FAT16 ou FAT32, sem
perda de dados. As unidades NTFS 5 podem ser acessadas pelo Windows NT, com
exceção dos diretórios criptografados. Alguns outros recursos nativos do NTFS 5
também não funcionarão, mas os dados poderão ser acessados sem problemas.

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Do ponto de vista de um usuário doméstico, porém, o recurso mais interessante é a


possibilidade de compactar pastas ou arquivos individualmente. É possível acessar as
pastas compactadas normalmente através no Windows Explorer; o acesso aos dados
será um pouco mais lento, mas, usando a partir de um Pentium II 300 provavelmente
você nem sinta a diferença.

Para compactar um arquivo ou pasta basta clicar sobre ele com o botão direito do
mouse, em seguida “propriedades” e “avançadas”. Basta agora marcar a opção de
compactar arquivos para economizar espaço.

Estruturas Lógicas

A algumas páginas atrás, disse que a formatação lógica, consiste em gravar algumas
estruturas no disco, vamos ver agora que estruturas são estas.

Setor de Boot

Quando o micro é ligado, o BIOS (um pequeno programa gravado em um chip na placa
mãe, que tem a função de “dar a partida no micro”), tentará inicializar o sistema
operacional. Independentemente de qual sistema de arquivos você esteja usando, o
primeiro setor do disco rígido será reservado para armazenar informações sobre a
localização do sistema operacional, que permitem ao BIOS “achá-lo” e iniciar seu
carregamento.

No setor de boot é registrado qual sistema operacional está instalado, com qual
sistema de arquivos o disco foi formatado e quais arquivos devem ser lidos para
inicializar o micro. Um setor é a menor divisão física do disco, e possui sempre 512
bytes. Um cluster é a menor parte reconhecida pelo sistema operacional, e pode ser
formado por vários setores.

Um único setor de 512 bytes pode parecer pouco, mas é suficiente para armazenar o
registro de boot devido ao seu pequeno tamanho. O setor de boot também é conhecido
como “trilha MBR”, “trilha 0”, etc.

FAT (File Alocation Table)

Depois que o disco rígido foi formatado e dividido em clusters, mais alguns setores são
reservados para guardar a FAT (“file alocation table” ou “tabela de alocação de
arquivos”). A função da FAT é servir como um índice, armazenando informações sobre
cada cluster do disco. Através da FAT, o sistema operacional sabe se uma determinada
área do disco está ocupada ou livre, e pode localizar qualquer arquivo armazenado.

Cada vez que um novo arquivo é gravado ou apagado, o sistema operacional altera a
FAT, mantendo-a sempre atualizada. A FAT é tão importante, que além da tabela
principal, é armazenada também uma cópia de segurança, que é usada sempre que a
tabela principal é danificada de alguma maneira.

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Uma curiosidade é que, quando formatamos um disco rígido usando o comando


FORMAT por exemplo, nenhum dado é apagado, apenas a FAT principal é substituída
por uma tabela em branco. Até que sejam reescritos porém, todos os dados continuam
lá, apenas inacessíveis.

Diretório Raiz

Se fossemos comparar um disco rígido com um livro, as páginas seriam os clusters, a


FAT serviria como as legendas e numeração das páginas, enquanto o diretório raiz
seria o índice, com o nome de cada capítulo e a página onde ele começa.

O diretório raiz ocupa mais alguns setores no disco, logo após os setores ocupados
pela FAT. Cada arquivo ou diretório do disco rígido possui uma entrada no diretório
raiz, com o nome do arquivo, a extensão, a data quando foi criado ou quando foi feita
a última modificação, o tamanho em bytes e o número do cluster onde o arquivo
começa.

Um arquivo pequeno pode ser armazenado em um único cluster, enquanto um arquivo


grande é “quebrado” e armazenado ocupando vários clusters. Neste caso, haverá no
final de cada cluster uma marcação indicando o próximo cluster ocupado pelo arquivo.
No último cluster ocupado, temos um código que marca o fim do arquivo

Quando um arquivo é deletado, simplesmente é removida a sua entrada no diretório


raiz, fazendo com que os clusters ocupados por ele pareçam vagos para o sistema
operacional. Quando for preciso gravar novos dados, estes serão gravados por cima
dos anteriores, como uma fita K7 que é regravada com outra música.

Recuperando Dados

Preste atenção nos próximos parágrafos, pois certamente eles “salvarão sua pele”
algum dia. :-)

O modo através do qual os dados são gravados no disco rígido, permite que
praticamente qualquer dado anteriormente apagado possa ser recuperado. Na
verdade, quando apagamos um arquivo, seja através do DOS ou do Windows Explorer,
é apagada apenas a referência a ele na FAT, a tabela gravada no início do disco rígido
que armazena a localização de cada arquivo no disco.

Com o endereço anteriormente ocupado pelo arquivo marcado como vago na FAT, o
sistema operacional considera vaga a parcela do disco ocupada por ele. Porém, nada é
realmente apagado até que um novo dado seja gravado subscrevendo o anterior. É

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como regravar uma fita K-7: a música antiga continua lá até que outra seja gravada
por cima.

O Norton Utilities possui um utilitário, chamado “Rescue Disk”, que permite armazenar
uma cópia da FAT em disquetes. Caso seu HD seja acidentalmente formatado por um
vírus, ou por qualquer outro motivo, você poderá restaurar a FAT com a ajuda destes
discos, voltando a ter acesso a todos os dados como se nada tivesse acontecido.
Mesmo que você não possua uma cópia da FAT, é possível recuperar dados usando um
outro utilitário do Norton Utilities, chamado Diskedit, que permite acessar diretamente
os clusters do disco, e (com algum trabalho) recuperar dados importantes. O Diskedit
não é uma ferramenta tão fácil de se utilizar, mas em compensação vem com um bom
manual, principalmente a versão em Inglês.

Além do Norton, existem vários outros programas extremamente amigáveis


especializados em recuperação de dados. A Ontrack tem o seu Easy Recovery
(chamado de Tiramissu, em versões anteriores) com versões para Fat 16, Fat 32,
NTFS, Novel Netware e discos Zip/Jaz. Estes programas são capazes de recuperar
arquivos apagados, ou mesmo um HD inteiro vítima da ação de vírus, mesmo que
qualquer vestígio da FAT tenha sido apagado. Ele faz isso baseando-se nas
informações no final de cada cluster, e baseado em estatísticas. Realmente fazem um
bom trabalho, recuperando praticamente qualquer arquivo que ainda não tenha sido
reescrito. Estes não são exatamente programas baratos. A versão completa para Fat
32, por exemplo, custa 200 dólares, enquanto a versão Lite, que recupera apenas 50
arquivos, custa 49 dólares. Os programas podem ser encontrados e comprados online
em http://www.ontrack.com

Na mesma categoria, temos também o Lost and Found da Power Quest. O modo de
recuperação é bem parecido com o usado pelo Easy Recovery, e a eficiência também é
semelhante, sua vantagem é ser bem mais barato, a versão completa custa apenas 70
dólares. O endereço do site da Power Quest é http://www.powerquest.com . Existe
também uma versão em Português, com informações disponíveis em
http://www.powerquest.com.br

Pessoalmente eu considero comprar um destes programas um excelente investimento,


certas impressas especializadas cobram 400 reais ou mais para realizar o trabalho que
pode ser feito em poucas horas com a ajuda de um deles. Entre os dois, prefiro o Lost
and Found, que tem versão em Português e pode ser adquirido mais facilmente.

O Gigabyte de 1 Bilhão de Bytes

Nós, como seres humanos, estamos acostumados a pensar em valores segundo o


padrão decimal, tendo muito mais facilidade em lidar com números múltiplos de 10.
Um computador porém, trabalha com o sistema binário, por isso, um Kilobyte não
corresponde a 1000 bytes, e sim a 1024 bytes, já que 1024 é a potência de 2 mais
próxima de 1000.

Um Megabyte corresponde a 1.048.576 bytes e um Gigabyte corresponde a


1.073.741.824 bytes. O problema é que os fabricantes, a fim de engordar o tamanho
de seus discos, costumam usar o sistema decimal para medir a capacidade dos discos.
Assim, um HD vendido como um disco de 4,3 Gigabytes ao invés de ter 4.617.089.843

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bytes, possui geralmente apenas 4,3 bilhões, que correspondem a pouco mais de 4
Gigabytes reais .

O usuário então, todo feliz com seu novo HD de 4,3 Gigabytes, percebe ao instalá-lo
que sua capacidade é de apenas 4 Gigabytes e fica se perguntando quem “comeu” os
outros 300 Megabytes do seu HD. Infelizmente esta prática tem sido usada por
praticamente todos os fabricantes, que geralmente têm a “cara de pau” de escrever no
manual do disco rígido, ou mesmo no próprio, uma mensagem como “O fabricante se
reserva o direito de considerar 1 Gigabyte como 1.000.000.000 de bytes”.

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Parte 6: Placas Mãe

A função da placa mãe é criar meios para que o processador possa comunicar-se com
todos os demais periféricos do micro com a maior velocidade e confiabilidade possíveis.
O nome “placa mãe” é mais do que justo, já que todos os demais componentes são
encaixados nela.

O suporte a novas tecnologias, as possibilidades de upgrade e, até certo ponto, a


própria performance do equipamento, são determinados pela placa mãe.

Formatos

Atualmente, encontramos à venda, tanto placas no formato AT, mais antigo, quanto no
formato ATX. Os dois padrões se diferenciam basicamente pelo tamanho: as placas
adeptas do padrão ATX são bem maiores, o que permite aos projetistas criar placas
com uma disposição mais racional dos vários componentes, evitando que fiquem
amontoados. Os gabinetes para placas ATX também são maiores, o que permite uma
melhor ventilação.

Outra grande diferença fica por conta da fonte inteligente usada nos gabinetes ATX. O
uso da fonte ATX permite que o micro seja desligado via software, possa ser
programado para ligar sozinho em horários determinados, etc. recursos que até algum
tempo atrás só podiam ser encontrado nos micros de grife.

Apesar de ainda podermos encontrar à venda placas mãe em ambos os padrões, a


tendência é que o padrão AT seja completamente substituído pelo ATX.

Um terceiro padrão que vem se tornando comum é o micro ATX, uma variação do ATX,
que consiste em placas ATX menores, mais ou menos do tamanho de uma placa AT.
Estas placas podem ser instaladas em gabinetes AT comuns, mas de qualquer forma é
preciso usar uma fonte ATX.

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Micro ATX

Componentes da Placa Mãe

Independentemente de seu formato ou modelo, encontramos basicamente sempre os


mesmos componentes numa placa mãe. Temos: Slots ISA, PCI e AGP para o encaixe
de placas de vídeo, de som, modems e outros periféricos; soquetes para o encaixe de
módulos de memória e também do processador; portas seriais e paralelas,
controladora de drives de disquetes, interfaces IDE, conectores para o teclado e fonte
de alimentação, portas USB, reguladores de tensão e, é claro, o BIOS e o Chipset.

Chipset

Seguramente o chipset é o componente mais importante da placa mãe, pois é ele


quem comanda todo o fluxo de dados entre o processador, as memórias e os demais
componentes. Os barramentos ISA, PCI e AGP, assim como as interfaces IDE, portas
paralelas e seriais, além da memória RAM e do cache, são todos controlados pelo
chipset.

O chipset é composto internamente de vários outros pequenos chips, um para cada


função que ele executa. Temos um chip controlador das interfaces IDE, outro
controlador das memórias, etc. Daí o nome Chipset, ou "conjunto de chips". Existem
vários modelos de chipsets. Nas placas para processadores Pentium III por exemplo,
temos uma predominância dos chipsets i440BX, Via Apollo Pro 133, i810 e i815.

O Chipset também determina quais as frequências de barramento a placa mãe irá


suportar, e consequentemente, quais processadores poderão ser usados. As placas
mãe para Pentium II equipadas com o chipset LX por exemplo, são capazes de
funcionar a apenas 66 MHz, suportando apenas o Pentium II de até 333 MHz e o
Celeron. Placas equipadas com o Chipset BX já suportam barramento de 100 MHz,
podendo suportar todos os processadores Pentium II, além do Celeron e do Pentium
III.

Quando for adquirir uma placa mãe, procure saber qual é o chipset utilizado, e quais
processadores ela suporta.

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BIOS

BIOS significa “Basic Input Output System”, ou, em Português, “sistema básico de
entrada e saída”. O BIOS é a primeira camada de software do sistema, a mais
intimamente ligada ao hardware, e é encarregado de reconhecer os componentes de
hardware instalados, dar o boot, e prover informações básicas para o funcionamento
do micro.

O BIOS é gravado em um pequeno chip instalado na placa mãe. Cada modelo de BIOS
é personalizado para um modelo específico de placa, não funcionando em nenhum
outro. Assim como o cartão de crédito e a escova de dentes, o BIOS é “pessoal e
intransferível”.

Muitos dos recursos do BIOS podem ser configurados. Para facilitar esta tarefa,
utilizamos mais um pequeno programa, chamado Setup. Para entrar no Setup, basta
pressionar a tecla DEL durante a contagem de memória.

Quando inicializamos o sistema, o BIOS conta a memória disponível, identifica


dispositivos plug-and-play instalados no micro e realiza uma checagem geral dos
componentes instalados. Este procedimento é chamado de POST (Power-on Self Test)
e se destina a verificar se existe algo de errado com algum componente, além de
verificar se foi instalado algum dispositivo novo. Somente após o POST, o BIOS
entrega o controle do micro ao Sistema Operacional. Surge então a mensagem:
“Iniciando o Windows 98”, ou qualquer outra, dependendo do sistema operacional
instalado.

Cache L2

O cache começou a ser utilizado apartir dos micros 386. Inicialmente o cache fazia
parte da placa mãe, sendo formado por alguns chips soldados a ela. Apartir do 486,
tivemos uma pequena quantidade de cache integrada ao próprio núcleo do
processador, mas, continuamos usando cache na placa mãe. Tivemos então a distinção
entre o cache L1 integrado ao processador e o cache L2 que fazia parte da placa mãe.

Com o avanço das técnicas de produção, os processadores passaram a utilizar


multiplicadores cada vez maiores, fazendo com que o cache L2 integrado à placa mãe
fosse tornando-se cada vez mais ineficiente, já que ele trabalhava a 66 ou a 100 MHz,
na mesma frequência da placa mãe, enquanto o processador operava a uma
frequência muito maior.

Tivemos então a segunda mudança da história do cache: integrar também o cache L2


ao processador, o que permite manter o cache funcionando sempre à metade da
frequência do processador (como no Pentium II) ou mesmo integrar cache capaz de
acompanhar a frequência do processador (como no Celeron com cache ou no Pentium
III Coppermine).

Como já temos cache em quantidade e velocidade suficiente integrado ao processador,


não é mais preciso integra-lo à placa mãe. Com excessão das placas mãe soquete 7,
usadas em conjunto com o K6-2, K6-3 e processadores soquete 7 antigos, nenhum
modelo de placa mãe vendido atualmente traz cache L2.

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Porém, a dois ou três anos atrás, na época dos Pentium MMX’s e K6’s o cenário era
bem diferente. Ninguém pensava e comprar uma placa mãe que não trouxesse pelo
menos 512 KB de cache L2.

Algumas placas mãe um pouco mais antigas, não vêm com cache algum, trazendo em
seu lugar, um encaixe para um módulo COAST (Cache On a Stick). Neste caso, o
módulo de memória cache deve ser adquirido separadamente. Os módulos COAST são
difíceis de encontrar e razoavelmente caros. Um módulo de 512 KB, por exemplo,
custa entre 30 e 40 reais.

Apesar de não serem mais fabricadas placas mãe com soquetes para módulos COAST,
é bem possível que você se depare com uma ao mexer em um micro um pouco mais
antigo.

Existem também, casos de placas mãe com chips falsos de cache. Ao invés de módulos
de memória cache, temos soldados na placa mãe encapsulamentos ocos, com a
inscrição “Write Back” em baixo relevo. Durante o POST, o suposto cache é também
identificado como “Write Back”, apesar de não existir cache algum.

Este tipo de golpe foi muito utilizado em placas mãe mais baratas, principalmente as
fabricadas entre 94 e 97. Para reconhecer uma placa mãe deste tipo, basta verificar se
existe a inscrição “Write Back” estampada nos módulos de cache ou se o cache é
identificado como “Write Back” na tela de relatório do POST.

Encaixe para o processador

A partir dos micros 486, foi criado um novo tipo de encaixe para o processador,
chamado de ZIF (“Zero Inserction Force” ou força de inserção zero). Nestes encaixes,
basta levantar a alavanca que fica ao lado, para podermos encaixar suavemente o
processador, e baixá-la para que ele fique firmemente preso.

Existem variações do soquete ZIF, que vão do soquete 1 ao soquete 7. Uma boa forma
de verificar quais processadores são suportados por uma placa mãe é simplesmente
verificar qual é o soquete utilizado. Você encontrará esta informação estampada em
baixo relevo no próprio soquete.

Entendendo a evolução dos encaixes

Uma grande diferença entre os processadores que usávamos a alguns anos atras: o
Pentium, MMX, K6, Cyrix 6x86 e até mesmo o K6-2 e os processadores mais recentes,
é a grande variedade de encaixes e de padrões de placas mãe. Praticamente todos os
processadores anteriores, que já citei, podiam ser usados na maioria das placas mãe
soquete 7 modernas. Isto facilitava muito a escolha, já que não era preciso se
preocupar tanto em saber se a placa mãe seria ou não compatível com o processador,
já que naquela época tínhamos compatibilidade com quase todos.

Atualmente, este problema vem tornando-se cada vez mais evidente. O Celeron,
dependendo do modelo, pode vir tanto no formato SEPP (Slot 1) quanto no formato
PPGA (Soquete 370). O Pentium III também possui duas variações, podendo ser

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encontrado em formato SEPP e FC-PGA (Soquete 370). As versões antigas do Athlon


utilizam seu encaixe próprio, o Slot A, enquanto o Athlon Thunderbird, junto com o
Duron, utilizam o Soquete A.

Tudo começou com o Soquete 7, usado em placas mães que suportam do Pentium ao
K6-2. O soquete 7 é um encaixe quadrado, de 321 pinos. Assim como ainda é possível
encontrar processadores K6-2 à venda, ainda é possível encontrar vários modelos de
placas mãe soquete 7 à venda, que além do K6-2, suportam o K6-3 e processadores
soquete 7 antigos, como o Pentium e o MMX, bastando configurar corretamente a
placa mãe.

O próximo encaixe foi criado pela Intel, e batizado de Slot 1. O slot 1 tem um formato
parecido com o encaixe de um cartucho de video game. O slot 1 equipa as placas mães
para processadores Pentium II, Celeron e Pentium III.

A algum tempo atrás, a Intel resolveu mudar o encaixe dos seus processadores,
passando do slot 1 para o Soquete 370, o encaixe usado por todos os processadores
Intel produzidos atualmente. O soquete 370 é fisicamente parecido com o antigo
soquete 7, porém possui uma linha de contatos a mais (370 contatos ao todo, daí seu
nome). Os processadores Celeron e Pentium III PPGA ou FC-PGA (que usam o soquete
370) podem ser instalados em placas mães Slot 1 usando um adaptador. A vantagem
do soquete 370 sobre o Slot 1 é o fato de ser um padrão mais barato, que permite
baratear tanto as placas mãe quanto os processadores.

A AMD optou por criar seu próprio padrão, chamado Slot A. O slot A é fisicamente
muito parecido com o slot 1 da Intel, a única diferença visível entre os dois é a
diferente posição do pino central (que divide o slot em dois) que impede que algum
desavisado tente encaixar um Athlon numa placa para Pentium II ou vice-versa, o que
danificaria o processador.

O Slot A é usado pelos processadores Athlon antigos, mas não suporta os


processadores Athlon Thunderbird e Duron, que usam um encaixe mais moderno, o
Soquete A. Ao contrário dos processadores Intel, não existe nenhum adaptador
Soquete A > Slot A.

A seguir vai uma lista com os processadores lançados em cada formato:

+ Soquete 7
Pentium e Pentium MMX
Cyrix 6x86, 6x86MX, 6x86MII, IDT C6
K6, K6-2 e K6-3

+ Slot 1
Pentium II (todos)
Celeron de 266 a 433 Mhz
Pentium III 450, 500, 550 e 600.

As placas mais modernas suportam também o Celeron de 500 Mhz em diante assim
como o Pentium III usando o adaptador.

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+ Soquete 370
Pentium III 500E, 550E, 600E e de 650 Mhz em diante
Celeron 366 em diante
(os 366, 400 e 433 são fabricados nos dois formatos, slot 1 e
soquete 370)
Não são suportados os processadores Slot 1, não existe adaptador.

+ Slot A
Athlons antigos (com cache L2 externo), de 500 MHz a 1 GHz

+ Soquete A
Athlon Thunderbird (com cache L2 embutido) de 700 MHz a 1.2 GHz
Duron (todos)

Jumpers

Os jumpers são pequenas peças plásticas, internamente metalizadas para permitir a


passagem de corrente elétrica, sendo encaixados em contatos metálicos encontrados
na placa mãe ou em vários outros tipos de placas, funcionando com uma espécie de
interruptor.

Alternativas na posição de encaixe dos jumpers, permitem programar vários recursos


da placa mãe, como a voltagem, tipo e velocidade do processador e memória usados,
além de outros recursos. Ao montarmos um micro, os jumpers da placa mãe devem
ser corretamente configurados, caso contrário podemos até mesmo danificar alguns
componentes.

Em geral você encontrará jumpers apenas em placas antigas, pois praticamente todas
as placas atuais são Jumperless, ou seja, não possuem jumpers, sendo toda
configuração feita diretamente pelo Setup.

Barramentos

Barramentos são portas através das quais o processador pode comunicar-se com os
demais componentes do micro, como a placa de vídeo. Falando em placa de vídeo,
você já percebeu que todas as placas de vídeo modernas são conectadas em slots PCI
ou AGP? E que placas de som e modems quase sempre usam slots ISA? Isso acontece
por que placas de som e modems são periféricos relativamente lentos, para os quais o
lento barramento ISA já é suficiente. Porém, as placas de vídeo, necessitam de um
barramento muito mais rápido, motivo pelo qual utilizam slots PCI ou AGP.

ISA (Industry Standard Architeture) de 8 bits

Os processadores 8088, usados nos micros XT, comunicavam-se com os demais


periféricos usando palavras binárias de 8 bits. Para o uso em conjunto com estes
processadores, foi criado o ISA de 8 bits. Este barramento jurássico funciona usando
palavras binárias de 8 bits e à uma frequência de 8 MHz, velocidade muito mais do que
suficiente para um processador lento como o 8088.

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ISA de 16 bits

Os processadores 286 comunicavam-se com os demais periféricos usando palavras de


16 bits. Para acompanhar esta melhora por parte do processador e permitir o uso de
periféricos de 16 bits, foi criada uma extensão para o barramento ISA de 8 bits,
formando o ISA de 16 bits. Este barramento, assim como o processador 286, trabalha
com palavras de 16 bits, à uma frequência de 8 MHz.

Atualmente, o ISA é um barramento completamente obsoleto, afinal, convivíamos com


ele desde a época do PC original, a quase 20 anos! Os slots ISA já são cada vez mais
raros nas placas mãe novas, que cada vez mais trazem apenas slots PCI e AGP. A
tendência é que o ISA desapareça definitivamente em breve.

Slots ISA. O menor é um Slot de 8 bits,


enquanto os demais são de 16 Bits.

MCA (Micro Chanel Architeture)

Com o surgimento dos processadores 386, que trabalhavam usando palavras binárias
de 32 bits, era necessário a criação de um barramento mais avançado que o ISA para
o uso de periféricos rápidos, como placas de vídeo e discos rígidos. A IBM criou então o
MCA, que funcionava com palavras de 32 bits e a uma velocidade de 10 MHz,
permitindo uma passagem de dados de 40 MB/s (megabytes por segundo).

O MCA possuía porém um pequeno inconveniente: foi patenteado pela IBM, de modo
que somente ela podia usá-lo em seus computadores. Os demais fabricantes, sem
outra escolha, foram obrigados a produzir micros com processadores 386, porém
equipados somente com slots ISA. Estes micros são chamados de “AT 386” ou “AT
486”, pois apesar de utilizarem processadores 386 ou 486 usam o mesmo tipo de
barramento utilizado pelos micros AT 286. O MCA caiu em desuso com o surgimento
do EISA e do VLB.

Apesar de trazer recursos surpreendentes para a época em que foi lançado, como o
Bus Mastering e suporte ao Plug-and-Play (foi o primeiro barramento a suportar estes
recursos, isso em 87), o MCA não conseguiu se popularizar devido ao seu alto custo,
incompatibilidade com o ISA e, principalmente, por ser uma arquitetura fechada.

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EISA (Extended ISA)

Este novo barramento foi uma resposta dos demais fabricantes liderados pela Compac,
ao MCA, criado e patenteado pela IBM.

Com o objetivo de ser compatível com o ISA, o EISA funciona também a 8 MHz,
porém, trabalha com palavras binárias de 32 bits, totalizando a velocidade de 32 MB/s.
O EISA também oferecia suporte a Bus Mastering e Plug-and-Play, com eficiência
comparável à do MCA.

Uma das grandes preocupações dos fabricantes durante o desenvolvimento do EISA foi
manter a compatibilidade com o ISA. O resultado foi um slot com duas linhas de
contatos, capaz de acomodar tanto placas EISA quanto placas ISA de 8 ou 16 bits.
Uma placa EISA utilizaria todos os contatos do slot, enquanto uma placa ISA utilizaria
apenas a primeira camada.

A complexidade do EISA acabou resultando em um alto custo de produção, o que


dificultou sua popularização. De fato, poucas placas chegaram a ser produzidas com
slots EISA, e poucas placas de expansão foram desenvolvidas para este barramento.
Assim como o MCA, o EISA é atualmente um barramento morto.

VLB (Vesa Local Bus)

Lançado em 93 pela Video Electronics Standards Association (uma associação dos


principais fabricantes de placas de vídeo), o VLB é muito mais rápido que o EISA ou o
MCA, sendo utilizado por placas de vídeo e controladoras de disco rígido, as principais
prejudicadas pelos barramentos lentos. Usando o VLB, os discos rígidos podiam
comunicar-se com o processador usando toda a sua velocidade, e se tornou possível a
criação de placas de vídeo muito mais rápidas.

Como antes, existiu a preocupação de manter a compatibilidade com o ISA, de modo


que os slots VLB são compostos por 3 conectores. Os dois primeiros são idênticos a um
slot ISA comum, podendo ser encaixada neles uma placa ISA comum, sendo o 3º
destinado às transferencias de dados a altas velocidades permitidas pelo VLB.

O VLB funciona na mesma frequência da placa mãe, ou seja, num 486 DX-2 50, onde a
placa mãe funciona a 25 MHz, o VLB funcionará também a 25MHz. E, em uma placa de
486 DX-4 100, que funciona a 33 MHz, o VLB funcionará também a 33 MHz. Vale
lembrar que o VLB é um barramento de 32 bits.

As desvantagens do VLB são a falta de suporte a Bus Mastering e a Plug-and-Play,


além de uma alta taxa de utilização do processador e limitações elétricas, que
permitem um máximo de 2 ou 3 slots VLB por máquina. Isto não chega a ser uma
grande limitação, pois geralmente eram utilizados apenas uma placa de vídeo e uma
placa Super-IDE VLB.

Devido ao alto desempenho e baixo custo, e principalmente devido ao apoio da maioria


dos fabricantes, o VLB tornou-se rapidamente um padrão de barramento para placas

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486. Como o VLB foi desenvolvido para trabalhar em conjunto com processadores 486,
não chegaram a ser desenvolvidas placas para processadores Pentium equipadas com
este barramento, pois a adaptação geraria grandes custos, além de problemas de
incompatibilidade.

Slot VLB

PCI (Peripheral Component Interconnect)

Criado pela Intel, o PCI é tão rápido quanto o VLB, porém mais barato e muito mais
versátil. Outra vantagem é que ao contrário do VLB, ele não é controlado pelo
processador, e sim por uma controladora dedicada, incluída no chipset. Além de
diminuir a utilização do processador, isto permite que o PCI seja utilizado em conjunto
com qualquer processador, sem grandes modificações.

Além do custo e da velocidade, o PCI possui outras vantagens, como o suporte nativo
ao Plug-and-Play; sendo novos periféricos instalados em slots PCI automaticamente
reconhecidos e configurados através do trabalho conjunto do BIOS e de um sistema
operacional com suporte a PnP, como o Windows 95/98.

Atualmente, placas de vídeo e controladoras de disco usam quase que


obrigatoriamente o barramento PCI. Componentes mais lentos, como placas de som e
modems em sua maioria ainda utilizam barramento ISA, apesar de cada vez mais
encontrarmos estes componentes em versões PCI.

Slots PCI (brancos) ao lado de um Slot AGP

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AGP (Acelerated Graphics Port)

O AGP é um novo barramento feito sob medida para as placas de vídeo mais
modernas. Ele opera ao dobro da velocidade do PCI, ou seja, 66 MHz, permitindo uma
transferência de dados a 266 MB/s, o dobro do PCI.

Além da velocidade, o AGP permite que uma placa de vídeo possa acessar diretamente
a memória RAM. Este é um recurso muito utilizado em placas 3D, onde a placa usa a
memória RAM para armazenar as texturas que são aplicadas sobre os polígonos que
compõem a imagem tridimensional. Apesar de, usando-se o barramento PCI, também
ser possível utilizar a memória para armazenar as texturas, neste caso os dados
teriam que passar pelo processador, degradando o desempenho geral da máquina.
Originalmente o AGP foi concebido para equipar placas para Pentium II, porém, muitos
fabricantes passaram a usá-lo também em placas soquete 7.

É importante não confundirmos barramento com slot. Por exemplo: numa placa mãe,
geralmente temos 4 ou 5 slots PCI. Todos estes slots porém compartilham o mesmo
barramento de 133 MB/s. O barramento é a estrada que permite a comunicação com o
processador, que é compartilhada por todos os periféricos conectados a este
barramento. Os slots são apenas meios de conexão.

Os 16 MB/s do barramento ISA, por exemplo, são compartilhados por todos os


periféricos conectados em slots ISA, pelas portas seriais e paralelas e pela
controladora de disquetes. O barramento PCI é compartilhado por todos os periféricos
PCI, pelas portas IDE (onde são conectados os discos rígidos) e também por
controladoras SCSI que por ventura estejam conectadas em Slots PCI.

O barramento AGP porém, é utilizado apenas pela placa de vídeo, o que no caso de
placas rápidas como as placas 3D, acaba fazendo diferença. Caso tenhamos vários HDs
numa mesma máquina equipada com uma placa de vídeo rápida, os 133 MB/s do PCI
acabam sendo insuficientes, prejudicando a performance dos periféricos conectados à
ele. Neste caso, o uso de uma placa de vídeo AGP é fortemente recomendado.

Apesar do AGP também poder ser utilizado por placas de vídeo 2D, seu uso não traz
nenhuma vantagem, pois estas placas não usam a memória RAM para armazenar
texturas, e não são rápidas o suficiente para tirar proveito da maior velocidade do
AGP. Assim, uma placa de vídeo 2D AGP possuirá rigorosamente a mesma velocidade
que sua versão PCI.

Existem vários padrões de slot AGP, que diferenciam-se pela velocidade. O AGP 1x
transmite a 266 MB/s, o AGP 2x transmite a 533 MB/s enquanto o AGP 4x atinge
incríveis 1.066 GB/s

Lembre-se que esta é a velocidade máxima permitida pelo slot e não a velocidade que
será atingida pela placa de vídeo. Não adianta colocar uma placa ultrapassada num
slot AGP 4x, pois ele continuará lenta do mesmo jeito. Os padrões mais rápidos
servem apenas para possibilitar o lançamento de placas cada vez mais rápidas.

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AGP Pro

Além dos slots AGP tradicionais, temos um padrão novo, o AGP Pro. O AGP Pro é na
verdade um slot AGP 4x com 48 contatos a mais, 20 de um lado e mais 28 do outro.
Estes contatos adicionais são usados para aumentar a capacidade de fornecimento
elétrico do slot.

Existem dois tipos de slots AGP Pro: o AGP Pro50 e o AGP Pro110. O nome indica a
capacidade de fornecimento elétrico de ambos os padrões: o AGP Pro50 é certificado
para fornecer até 50 Watts, enquanto o AGP Pro110 pode fornecer até 110 Watts.
Só para efeito de comparação, um slot AGP comum é certificado para fornecer até 20
Watts de corrente. O maior fornecimento elétrico permite que sejam criadas no futuro
placas 3D cada vez mais rápidas.

Os slots AGP Pro ainda não são muito comuns, mas devem tornar-se padrão dentro de
pouco tempo, já que muitas placas de vídeo virão apenas neste formato e não poderão
ser usadas em placas mãe com slots AGP comuns. Um slot AGP Pro suporta o uso de
placas AGP comuns, mas um slot AGP comum não suporta o uso de uma placa AGP
Pro.

Veja nas fotos a seguir a diferença de tamanho entre um Slot AGP tradicional e um slot
AGP Pro:

AGP tradicional

AGP Pro

USB

Até pouco tempo atrás, podíamos contar apenas com as portas seriais e paralelas para
a conexão de dispositivos externos, como impressoras e mouses. Mas, tendo apenas
duas portas seriais e uma paralela, temos recursos de expansão bastante limitados.
Além disso, a velocidade destas interfaces deixa muito a desejar.

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O USB é um novo padrão para a conexão de periféricos externos. Suas principais


armas são a facilidade de uso e a possibilidade de se conectar vários periféricos em
uma única porta USB.

Com exceção do PCMCIA (usado em notebooks), o USB é o primeiro barramento para


micros PC realmente Plug-and-Play. Podemos conectar periféricos mesmo com o micro
ligado, bastando fornecer o driver do dispositivo para que tudo funcione, sem ser
necessário nem mesmo reinicializar o micro. A controladora USB também é
suficientemente inteligente para perceber a desconexão de um periférico.

Apesar do “boom” ainda não ter acontecido, já existem no mercado vários periféricos
USB, que vão de mouses e teclados à placas de rede, passando por scanners,
impressoras, Zip drives, modems, câmeras de videoferência e muitos outros.

Apesar de, a partir do i430VX (lançado em 96) todos os chipsets oferecerem suporte
ao USB, e de praticamente todas as placas mãe equipadas com eles disponibilizarem
duas portas USB, devido ao pouco interesse por esses periféricos, os fabricantes não
costumavam fornecer os cabos de conexão, que devem ser adquiridos separadamente.
A exceção fica obviamente por conta das placas ATX.

Procure na sua placa mãe uma saída com 10 pinos (duas fileiras de cinco), com a sigla
USB decalcada próxima à ela. Caso você possua o manual basta examinar o diagrama
da placa mãe. Cada fileira de pinos é uma saída USB, bastando conectar a ela o cabo
apropriado.

Podemos conectar até 127 periféricos a uma única saída USB em fila, ou seja,
conectando o primeiro periférico à saída USB da placa mãe e conectando os demais a
ele. A controladora USB do micro é o nó raiz do barramento. A este nó principal
podemos conectar outros nós chamados de hubs. Um hub nada mais é do que um
beijamim que disponibiliza mais encaixes, sendo 7 o limite por hub. O hub possui
permissão para fornecer mais níveis de conexões, o que permite conectar mais hubs
ao primeiro, até alcançar o limite de 127 periféricos permitidos pela porta USB. A idéia
é que periféricos maiores, como monitores e impressoras possam servir como hubs,
disponibilizando várias saídas cada um. Os “monitores USB” nada mais são do que
monitores comuns com um hub USB integrado.

A maioria das placas mãe ainda vem com apenas duas portas USB, mas estão
começando a aparecer no mercado várias placas com 4 ou mesmo 6 portas. O
problema é que apesar da versatilidade, cada porta USB permite uma barramento de
dados de apenas 12 mbps, que equivalem a apenas 1.5 MB/s. Isto é suficiente para
vários periféricos lentos, como mouses e teclados, mas não para periféricos rápidos,

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como placas de rede, gravadores de CD ou scanners USB, que por consumirem uma
grande quantidade de dados, devem ficar sozinhos, cada um em sua própria porta
USB.

Slots AMR

A sigla AMR é a abreviação de “Audio Modem Riser”. Este novo padrão de permite o
encaixe de placas de som e modems controlados via software. O slot AMR se parece
com um slot AGP, mas tem apenas 1/3 do tamanho deste. O objetivo é permitir a
criação de componentes extremamente baratos para serem usados em micros de baixo
custo.

A vantagem é claro, o preço, já que uma placa de som ou modem AMR não custam
mais de 5 ou 7 dólares para o fabricante (um pouco mais para o consumidor final
naturalmente). A desvantagem, por sua vez, é o fato destes componentes serem
controlados via software, o que consome recursos do processador principal, tornando o
micro mais lento.

Como o chip controlador é embutido no próprio chipset, as placas de som e modems


AMR contém um número extremamente reduzido de componentes e por isso são bem
baratos. O mais comum são os modems AMR, que podem ser encontrados por 15
dólares em média. A qualidade é semelhante à dos softmodems de 25 dólares que
vemos por aí, a vantagem seria apenas o preço um pouco mais baixo.

Modem e slot AMR

PCMCIA

Os slots PCMCIA são comuns em notebooks e handhelds onde, na maioria das vezes, é
o único meio de conectar placas de expansão. A principal vantagem dos dispositivos
PCMCIA é o tamanho: todos possuem dimensões um pouco menores que as um cartão
de crédito, apenas mais espessos. Atualmente é possível encontrar praticamente
qualquer tipo de dispositivos na forma de placas PCMCIA: modems, placas de som,
placas de rede, placas decodificadoras de DVD, cartões de memórias SRAM e
memórias Flash e, até mesmo, discos rígidos removíveis.

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Cartão PCMCIA

O barramento PCMCIA é totalmente plug-and-play, assim como o USB. Usando um


sistema operacional PnP, como o Windows 98, Windows 2000 ou Windows CE, você
pode até mesmo conectar as placas com o micro ligado, que elas serão reconhecidas
automaticamente. Além disso, os periféricos tem a vantagem de gastar menos energia
e de serem facilmente transportados.

De um modo geral você encontrará os soquetes PCMCIA apenas em aparelhos


portáteis, já que apesar da praticidade os periféricos são extremamente caros. Um
modem PCMCIA de 56k não sai por menos de 200 dólares, uma placa de som não
custa menos que 150 e assim por diante.

Pedido de interrupção (IRQ)

Nos micros PC, existe um recurso chamado de pedido de interrupção. A função dos
pedidos de interrupção é permitir que os vários dispositivos do micro façam
solicitações ao processador. Existem 16 canais de interrupção, chamados de IRQ
(“Interrupt Request”, ou “pedido de interrupção”), que são como cordas que um
dispositivo pode puxar para dizer que tem algo para o processador. Quando solicitado,
o processador para tudo o que estiver fazendo para dar atenção ao periférico que está
chamando, continuando seu trabalho após atendê-lo. Dois dispositivos não podem
compartilhar a mesma interrupção, caso contrário teremos um conflito de hardware.
Isso acontece por que neste caso, o processador não saberá qual dispositivo o está
chamando, causando os mais diversos tipos de mal funcionamento dos dispositivos
envolvidos.

Normalmente os endereços IRQ ficam configurados da seguinte maneira:

IRQs Dispositivos
IRQ 0 Usado pela placa mãe
IRQ 1 Teclado
IRQ 2 Usado pela placa mãe
IRQ 3 Porta serial 1 (Com2 e Com 4)
IRQ 4 Porta Serial 2 (Com1 e Com 3)
IRQ 5 Placa de Som
IRQ 6 Unidade de Disquetes
IRQ 7 LPT 1 (porta da impressora)
IRQ 8 Relógio de tempo real
IRQ 9 Placa de Vídeo (não é necessário em algumas placas)
Controladora SCSI (caso você não possua nenhuma este IRQ
IRQ 10
ficará vago)

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IRQ 11 Disponível
IRQ 12 Conector USB
IRQ 13 Coprocessador Aritmético
IRQ 14 Controladora IDE Primária
IRQ 15 Controladora IDE Secundária

Vale lembrar, que caso não tenhamos instalado um determinado dispositivo, a


interrupção destinada a ele ficará vaga. Podemos também mudar os endereços dos
periféricos instalados, podendo por exemplo, instalar uma placa de som em outra
interrupção disponível e usar a interrupção 5 para outro dispositivo.

DMA (Acesso Direto à Memória)

O DMA visa melhorar a performance geral do micro, permitindo que os periféricos


transmitam dados diretamente para a memória, poupando o processador de mais esta
tarefa.

Existem 8 portas de DMA, e como acontece com os pedidos de interrupção, dois


dispositivos não podem compartilhar o mesmo canal DMA, caso contrário haverá um
conflito. Os 8 canais DMA são numerados de 0 a 7, sendo nos canais de 0 a 3 a
transferência de dados feita a 8 bits e nos demais a 16 bits. O uso de palavras binárias
de 8 bits pelos primeiros 4 canais de DMA visa manter compatibilidade com periféricos
mais antigos.

Justamente por serem muito lentos, os canais de DMA são utilizados apenas por
periféricos lentos, como drives de disquete, placas de som e portas paralelas padrão
ECP. Periféricos mais rápidos utilizam o Bus Mastering, uma espécie de DMA
melhorado.

O Canal 2 de DMA é nativamente usado pela controladora de disquetes. Uma placa de


som geralmente precisa de dois canais de DMA, um de 8 e outro de 16 bits, usando
geralmente o DMA 1 e 5. O DMA 4 é reservado à placa mãe. Ficamos então com os
canais 3, 6 e 7 livres. Caso a porta paralela do micro seja configurada no Setup para
operar em modo ECP, precisará também de um DMA, podemos então configurá-la para
usar o canal 3.

DMAs Dispositivos
DMA 0 Disponível
DMA 1 Placa de Som
DMA 2 Controladora de drives de disquetes
DMA 3 Porta paralela padrão ECP
DMA 4 Usado pela placa mãe
DMA 5 Placa de Som
DMA 6 Disponível
DMA 7 Disponível

Plug-and-Play

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Traduzindo ao pé da letra, Plug-and-Play significa “conecte e use”. O objetivo deste


padrão é fazer com que o micro seja capaz de reconhecer e configurar
automaticamente qualquer periférico instalado, reduzindo o trabalho do usuário a
apenas encaixar o novo componente.

Apesar de ser uma idéia antiga, (o barramento MCA lançado em 87 já possuía suporte
a PnP) somente há poucos anos o PnP tornou-se popular. A dificuldade é que além de
um barramento compatível, é necessário suporte também por parte do BIOS, do
sistema operacional e também por parte do periférico para que tudo funcione.

Tudo começa durante a inicialização do micro. O BIOS envia um sinal de interrogação


para todos os periféricos instalados no micro. Um periférico PnP é capaz de responder
a este sinal, permitindo ao BIOS reconhecer os periféricos PnP instalados.

O passo seguinte é criar uma tabela com todas as interrupções disponíveis e atribuir
cada uma a um dispositivo. O sistema operacional entra em cena logo em seguida,
devendo ser capaz de trabalhar cooperativamente com o BIOS, recebendo as
informações sobre a configuração do sistema e fornecendo todo o software de baixo
nível (na forma de drivers de dispositivo) necessário para que os dispositivos possam
ser utilizados pelos programas.

As informações sobre a configuração atual da distribuição dos recursos entre os


periféricos, é gravada em uma área do CMOS chamada de ESCD. Tanto o BIOS
durante o POST, quanto o sistema operacional durante a inicialização, lêem esta lista,
e caso não haja nenhuma mudança no Hardware instalado, mantém suas
configurações. Isto permite que o sistema operacional (desde que seja compatível com
o PnP) possa alterar as configurações caso necessário. No Windows 95/98, o próprio
usuário pode alterar livremente as configurações do sistema através do painel de
controle.

Problemas com o Plug-and-Play

A maneira como o Plug-and-Play foi implementado nos micros PCs, permite (pelo
menos em teoria), que ele funcione bem. O problema é que nem todos os periféricos
usados atualmente são compatíveis com o PnP (placas de som e modems mais antigos
por exemplo), enquanto outros são apenas parcialmente compatíveis (muitas placas de
som e modems atuais, portas seriais e paralelas, entre outros). Estes periféricos são
chamados de “Legacy ISA”.

Como o BIOS não possui recursos para identificar quais recursos estão sendo ocupados
por este tipo de periférico, é bem possível que atribua os mesmos valores para outros
dispositivos PnP, causando conflitos.

Para evitar este problema, é preciso reservar manualmente os endereços de IRQ e


DMA ocupados por periféricos ISA de legado através da sessão “PNP/PCI Setup” do
CMOS Setup. Se por exemplo você tiver uma placa de som não PnP, que esteja
configurada para utilizar o IRQ 5 e os canais de DMA 1 e 5, você deverá reservar estes
três canais, para que o BIOS não os atribua a nenhum outro periférico. Configurando a
opção como “Yes” (ou "ISA/PCI PnP") deixa o canal está reservado, e “No/ICU” (ou
"Legacy ISA) o deixa livre para uso de periféricos PnP.

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Sessão “PnP/PCI Setup” de um BIOS Award

O Windows 95/98 possui algumas rotinas que permitem identificar estes periféricos de
maneira indireta, configurando-os e salvando as configurações no ESCD. Esta
verificação é feita durante a instalação e através do utilitário “Adicionar novo
Hardware”.

Apesar de não ser infalível, este recurso permite diminuir bastante os conflitos gerados
por periféricos antigos.

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Parte 7: Placas de Vídeo e Monitores

A função da placa de vídeo, é preparar as imagens que serão exibidas no monitor. Já


foram criadas placas de vídeo usando praticamente todo o tipo de barramento
existente, do ISA ao PCI, passando pelo MCA, EISA e VLB. Atualmente porém, usamos
apenas placas de vídeo PCI ou AGP, com predominância cada vez maior das placas
AGP, que naturalmente costumam ser mais rápidas e avançadas.

2D x 3D, entendendo as diferenças

As placas de vídeo mais antigas, simplesmente recebem as imagens e as enviam para


o monitor. Neste caso, o processador é quem faz todo o trabalho. Este sistema
funciona bem quando trabalhamos apenas com gráficos em duas dimensões, usando
aplicativos de escritório, ou acessando a Internet por exemplo, já que este tipo de
imagem demanda pouco processamento para ser gerada. Estas são as famosas placas
2D.

O problema surge quando o usuário pretende rodar jogos 3D, ou mesmo programas
como o 3D Studio, que utilizam gráficos tridimensionais. Surge então a necessidade de
usar uma placa de vídeo 3D. A função de uma placa de vídeo 3D é auxiliar o
processador na criação e exibição de imagens tridimensionais. Como todos sabemos,
numa imagem tridimensional temos três pontos de referência: largura, altura e
profundidade. Um objeto pode ocupar qualquer posição no campo tridimensional, pode
inclusive estar atrás de outro objeto.

Os gráficos tridimensionais são atualmente cada vez mais utilizados, tanto para
aplicações profissionais (animações, efeitos especiais, criação de imagens, etc.),
quanto para entretenimento, na forma de jogos.

A grande maioria dos títulos lançados atualmente utilizam gráficos tridimensionais e os


títulos em 2D estão tornando-se cada vez mais raros, tendendo a desaparecer
completamente. Não é difícil entender os motivos dessa febre: os jogos em 3D
apresentam gráficos muito mais reais, movimentos mais rápidos e efeitos impossíveis
de se conseguir usando gráficos em 2D.

Uma imagem em três dimensões é formada por polígonos, formas geométricas como
triângulos, retângulos, círculos etc. Uma imagem em 3D é formada por milhares
destes polígonos. Quanto mais polígonos, maior é o nível de detalhes da imagem. Cada
polígono tem sua posição na imagem, um tamanho e cor específicos.

Para tornar a imagem mais real, são também aplicadas texturas sobre o polígonos.
Uma textura nada mais é do que uma imagem 2D comum (pode ser qualquer uma). O
uso de texturas permite quer num jogo 3D um muro realmente tenha o aspecto de
uma muro de pedras por exemplo, já que podemos usar a imagem de um muro real
sobre os polígonos.

O processo de criação de uma imagem tridimensional, é dividido em três etapas,


chamadas de desenho, geometria e renderização. Na primeira etapa, é criada uma
descrição dos objetos que compõe a imagem, ou seja: quais polígonos fazem parte da
imagem, qual é a forma e tamanho de cada um, qual é a posição de cada polígono na

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imagem, quais serão as cores usadas e, finalmente, quais texturas e quais efeitos 3D
serão aplicados. Depois de feito o “projeto” entramos na fase de geometria, onde a
imagem é efetivamente criada e armazenada na memória.

Ao final da etapa de geometria, temos a imagem pronta. Porém, temos também um


problema: o monitor do micro, assim como outras mídias (TV, papel, etc.) são capazes
de mostrar apenas imagens bidimensionais. Entramos então na etapa de renderização.
Esta última etapa consiste em transformar a imagem 3D em uma imagem
bidimensional que será mostrada no monitor. Esta etapa é muito mais complicada do
que parece; é necessário determinar (apartir do ponto de vista do espectador) quais
polígonos estão visíveis, aplicar os efeitos de iluminação adequados, etc.

Apesar do processador também ser capaz de criar imagens tridimensionais,


trabalhando sozinho ele não é capaz de gerar imagens de qualidade a grandes
velocidades (como as demandadas por jogos) pois tais imagens exigem um número
absurdo de cálculos e processamento. Para piorar ainda mais a situação, o processador
tem que ao mesmo tempo executar várias outras tarefas relacionadas com o
aplicativo.

As placas aceleradoras 3D por sua vez, possuem processadores dedicados, cuja função
é unicamente processar as imagens, o que podem fazer com incrível rapidez, deixando
o processador livre para executar outras tarefas. Com elas, é possível construir
imagens tridimensionais com uma velocidade incrível. Vale lembrar que uma placa de
vídeo 3D só melhora a imagem em aplicações que façam uso de imagens
tridimensionais. Em aplicativos 2D, seus recursos especiais não são usados.

A conclusão é que caso o usuário pretenda trabalhar apenas com aplicativos de


escritório, Internet, etc. então não existe necessidade de gastar dinheiro com uma
placa 3D, pois mesmo usando uma placa de última geração, seu potencial não seria
utilizado. Neste caso, poderá ser usado o vídeo onboard da placa mãe, ou mesmo uma
placa de video um pouco mais antiga sem problemas.

Porém, se o micro for ser utilizado para jogos, então uma placa de vídeo 3D é
fundamental. Sem uma placa 3D, a maioria dos jogos atuais vão ficar lentos até
mesmo em um Pentium III de 1 GHz, sendo que muitos jogos sequer permitem ser
executados sem que uma aceleradora 3D esteja instalada.

Atualmente, todas as placas de vídeo à venda, mesmo os modelos mais simples


possuem recursos 3D, mas existem enormes variações tanto em termos de preço
quanto no desempenho.

Memória de vídeo

Assim como o processador, a placa de vídeo também usa memória RAM, memória que
serve para armazenar as imagens que estão sendo criadas.

Numa placa de vídeo 2D a quantidade de memória não interfere em absolutamente


nada no desempenho da placa, ela apenas determina quais resoluções e quantidade de
cores serão suportadas. Uma placa antiga, com apenas com 1 MB de memória por
exemplo, será capaz de exibir 16 milhões de cores em resolução de 640x480 ou 65 mil
cores em resolução de 800x600. Uma placa com 2 MB, já seria capaz de exibir 16

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milhões de cores em resolução de 800x600. Uma placa de 4 MB já seria capaz de


atingir 16 milhões de cores em 1280x1024 e assim por diante.

Para se ter uma boa definição de cores o mínimo é o uso de 16 bits de cor e o ideal 24
bits. Algumas placas suportam também 32 bits de cor, mas em se tratando de 2D os
32 bits correspondem a exatamente a mesma quantidade de cores que 24 bits, ou
seja, 16 milhões. Os 8 bits adicionais simplesmente não são usados. Esta opção é
encontrada principalmente em placas da Trident e é na verdade uma medida de
economia, pois como a placa de vídeo acessa a memória a 64 ou 128 bits dependendo
do modelo, é mais fácil para os projetistas usar 32 bits para cada ponto ao invés de
24, mas neste caso temos apenas um desperdício de memória.

Resolução e cores

Já que estamos por aqui, outra configuração importantíssima é a taxa de atualização.


Geralmente esta opção aparecerá no menu de propriedades de vídeo (painel de
controle/video)/configurações/ avançado/ monitor.

A taxa de atualização se refere ao número de vezes por segundo que a imagem é


atualizada no monitor. O grande problema é que os monitores atuais utilizam células
de fósforo para formar a imagem, que não conservam seu brilho por muito tempo,
tendo que ser reacendidas constantemente.

O ideal é usar uma taxa de atualização de 75 Hz ou mais. Usando menos que isso
teremos um fenômeno chamado flicker, onde a tela fica instável, piscando ou mesmo
temendo, como uma gelatina. É justamente o flicker que causa a sensação de cansaço
ao se olhar para o monitor por muito tempo, e a médio prazo pode até causar danos à
visão.

Outra coisa que ajuda e muito a diminuir o flicker é diminuir o brilho do monitor, o
ideal é usar a tela o mais escura possível, dentro do que for confortável naturalmente.
Uma dica é deixar o controle de brilho no mínimo e ajustar apenas pelo contraste.
Quanto maior for a taxa de atualização e quanto menor for a claridade da imagem
menor será o flicker e menor será o cansaço dos olhos.

As taxas de atualização máximas dependem tanto da placa de vídeo quanto do


monitor. Se você escolher uma taxa que não seja suportada pelo monitor a imagem
aparecerá desfocada. Apenas pressione Enter e o Windows retornará à configuração
anterior. Quanto menor a resolução de imagem escolhida maior será a taxa de
atualização suportada pelo monitor.

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Taxa de atualização

Quando falamos em imagens em 3D a coisa muda bastante de figura. Primeiro por que
ao processar uma imagem 3D a placa não usa a memória de vídeo apenas para
armazenar a imagem que será mostrada no monitor, mas principalmente para
armazenar as texturas que são usadas. Nos jogos atuais cada vez são usadas mais
texturas e texturas cada vez maiores. É justamente por isso que as placas de vídeo
atuais são tão poderosas. Para você ter uma idéia, na época do 386 uma “boa” placa
de vídeo vinha com um processador simples, com 20 ou 30 mil transistores e 256 KB
de memória.

A Voodoo 6, uma das placas topo de linha hoje em dia por sua vez trás quatro
processadores com quase 15 milhões de transístores cada um trabalhando em paralelo
e 128 MB de memória! Se for colocada em um micro médio, esta placa de vídeo
sozinha vai ter mais poder de processamento e memória que o resto do conjunto.

Voltando ao assunto principal, numa placa de vídeo a quantidade de memória não


determina a resolução de vídeo que poderá ser usada, mas sim a performance da
placa. O motivo é simples, se as texturas a serem usadas pelo jogo não couberem na
memória da placa, terão que ser armazenadas na memória RAM, e lidas usando o
barramento AGP. O problema é que neste caso teremos uma enorme degradação de
performance, pois demora muito mais tempo para ler uma textura armazenada na
memória RAM principal do que ler a mesma se estivesse armazenada na memória da
placa de vídeo.

Se for rodado um jogo simples, que use poucas texturas, então uma placa de 16 MB e
a mesma em versão de 32 MB apresentarão exatamente o mesmo desempenho, mas
caso seja usado um jogo mais pesado, que use um número maior de texturas,
provavelmente a placa de 32 MB se sairá muito melhor.

Qual é a vantagem de se ter uma placa 3D rápida?

As duas principais diferenças entre uma placa 3D mais lenta e outra rápida dentro os
jogos são a qualidade que imagem, que inclui a resolução de tela, número de cores e
efeitos 3D que serão usados, e o frame-rate, o número de quadros gerados por
segundo.

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A função da placa de vídeo 3D é basicamente desenhar as imagens e mostrá-las no


monitor. Quanto mais poderosa for a placa, mais polígonos será capaz de desenhar e
mais texturas será capaz de aplicar, acabando por gerar um número maior de quadros
por segundo, número chamado de frame-rate.

Quanto mais quadros forem gerados por segundo, mais perfeita será a movimentação
do jogo. Para que não seja possível perceber qualquer falha na fluidez da imagem, o
ideal seriam pelo menos 20 ou 25 quadros por segundo. Para você ter uma idéia, a TV
exibe 24 quadros, e desenhos animados variam entre 16 e 24 quadros. Normalmente
30 quadros são o valor considerado ideal no mundo dos games. Menos que isso
começarão a aparecer saltos, principalmente nas cenas mais carregadas, prejudicando
a jogabilidade.

Quanto maior for a resolução de vídeo usada, maior o número de cores e mais efeitos
forem usados, maior será o trabalho da placa de vídeo ao gerar cada quadro, e
consequentemente mais baixo será o frame-rate, e mais precária a movimentação do
jogo. Existe uma relação inversamente proporcional entre as duas coisas.

A resolução das imagens 3D pode ser escolhida dentro do próprio jogo, no menu de
opção de imagens. No menu de propriedades de vídeo do Windows você poderá
configurar mais algumas opções da placa, que realmente aparecem na forma das
opções “best performance”, “best image quality”, ou seja, melhor performance ou
melhor qualidade de imagem.

Mesmo usando uma placa mais antiga você provavelmente conseguira rodar rodos os
jogos mais atuais, o problema é que para isso você deverá deixar a resolução 3D em
640x 480 e desabilitar os recursos que melhoram a qualidade das imagens a fim de
manter um mínimo de jogabilidade.

Usando uma placa mais moderna por outro lado você poderá jogar seus jogos favoritos
com a melhor qualidade de imagem possível, usando 1024 x 768 de resolução, 32 bits
de cor, etc..

A importância dos drivers de vídeo

Um ponto fundamental atualmente quando falamos em placas 3D são justamente os


drivers. Simplificando, um driver é um pequeno programa, ou um “manual de
instruções” que permite ao sistema operacional utilizar todos os recursos da placa de
vídeo. Os fabricantes mantém os drivers de suas placas em constante
desenvolvimento, e a cada versão temos uma melhora tanto no desempenho quanto
na compatibilidade. Antes de instalar uma placa 3D, não deixe de fazer uma visita ao
site do respectivo fabricante e baixar os drivers mais recentes, que invariavelmente
terão mais recursos e serão mais rápidos do que os drivers que vem junto com a placa
(naturalmente bem mais antigos). Em alguns casos, a diferença de desempenho pode
passar de 50%!

No caso de chipsets que são usados em várias placas diferentes, como o Riva TnT,
fabricado pela Nvidia, mas vendido para diversos outros fabricantes que desenvolvem
placas 3D baseados nele, você terá à sua disposição tanto drivers desenvolvidos pelo
fabricante do chipset quanto drivers desenvolvidos pelo fabricante da placa. Se você
comprou uma Viper V550 por exemplo, poderá tanto usar os drivers da Diamond (a

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fabricante da placa) quanto os drivers da Nvidia. Em alguns casos, os drivers do


fabricante do chipset são melhores e em outros os drivers do fabricante da placa são
melhores (em geral o mais recente será o melhor, porém isto não é sempre uma
regra).

Surfando pela Net, você encontrará também drivers Beta, drivers que ainda estão em
fase de testes e que por isso ainda não foram oficialmente liberados pelo fabricantes,
mas que “vazaram” através de algum beta tester. Como sempre, um driver beta
permite que você tenha novos recursos em primeira mão, mas não são totalmente
estáveis. É como usar a versão beta de um novo Browser ou sistema operacional. Se
você gosta de fuçar e de testar drivers, então boa diversão, mas se você gosta
sossego, então utilize os drivers oficiais.

Monitores

O monitor tem uma importância vital, pois em conjunto com a placa de vídeo forma o
principal meio de comunicação entre a máquina e nós. Os fatores que diferenciam os
inúmeros modelos de monitores à venda no mercado, são basicamente o tamanho, o
Dot Pitch, ou o tamanho dos pontos que compõe e tela, as resoluções suportadas e a
taxa máxima de atualização da imagem.

Quanto ao tamanho, é a medida em polegadas entre as diagonais da tela. Os mais


usados atualmente ainda são os monitores de 14 e 15 polegadas, mas caso você
deseje trabalhar com aplicativos gráficos, ou mesmo utilizar o PC para jogos, será
muito beneficiado por um monitor de 17 ou mesmo 20 polegadas. Além do tamanho
físico, a vantagem dos monitores maiores, é que invariavelmente eles suportam
resoluções maiores, assim como maiores taxas de atualização.

Outra coisa importante com relação aos monitores é o tamanho dos pontos que
compõem a tela, ou Dot Pitch. Se você pegar uma lupa e examinar a tela de seu
monitor, verá que a imagem é formada por pontos verdes, azuis e vermelhos. Cada
conjunto de três pontos é chamado de tríade, e a distância diagonal entre dois pontos
da mesma cor, o que compõe justamente a medida de uma tríade é chamada de Dot
Pitch. O mais comum é encontrarmos monitores com Dot Pitch de 0.29 milímetros
quadrados. Alguns monitores mais recentes, porém, utilizam pontos menores, de 0.22
ou 0.19 mm, o que garante uma imagem de melhor qualidade. Evite porém alguns
monitores mais antigos que usam Dot Pitch de 0.39, pois neles a qualidade de imagem
é muito ruim.

Um bom monitor de 14 polegadas deve suportar resoluções de até 1024x756 pontos.


Monitores maiores também devem ser capazes de exibir resoluções de 1280x1024 ou
mesmo 1600x1200 no caso dos de 20 polegadas.

O mais comum por parte dos usuários que usam monitores de 14 polegadas, é o uso
de resolução de 800x600, pois mesmo quando suportadas, resoluções maiores acabam
sendo desconfortáveis em um monitor pequeno. No caso de monitores grandes porém,
o uso de resoluções maiores já é fortemente recomendado.

A última característica, e talvez a mais importante nos monitores, é a frequência de


atualização da imagem, ou “refresh rate”. Num monitor, um feixe de elétrons

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bombardeia continuamente a tela, formando a imagem. A quantidade de vezes por


segundo que este feixe atualiza a imagem, é chamada de taxa de atualização.

Um bom monitor, deve ser capaz de atualizar a imagem pelo menos 75 vezes por
segundo (75Hz). Porém, monitores de menor qualidade são capazes de manter uma
taxa de refresh de apenas 60 Hz, o que causa cintilação na imagem, o famoso flicker,
que vimos no início deste capítulo.

O flicker ocorre devido à perda de luminosidade das células de fósforo do monitor.


Usando uma taxa de renovação de menos de 75Hz, o tempo que o feixe de elétrons
demora para passar é muito longo, fazendo com que células percam parte do seu
brilho, sendo reacendidas bruscamente na próxima passagem do feixe de elétrons. Isto
faz com que as células pisquem, tornando instável a imagem. Esta instabilidade, além
de desconfortável, faz muito mal aos olhos.

A taxa de atualização do monitor também depende da resolução utilizada. No monitor,


a imagem é atualizada linha a linha, de cima para baixo. A quantidade de linhas que o
monitor é capaz de varrer por segundo é chamada de frequência horizontal, que é
medida em KHz. Os monitores de 14 polegadas geralmente têm frequência horizontal
de 49 KHz, ou seja, são capazes de atualizar 49 mil linhas por segundo. Isto é
suficiente quando vamos usar resolução de 640 x 480 ou mesmo 800x600, pois 49
KHz são suficientes para uma taxa de atualização de 75 Hz, o que é um bom valor.

Você poderia perguntar o por quê de 75 Hz, já que 49.000 / 600 dá 81,6. A resposta é
o retraço vertical e horizontal, que corresponde o tempo que o feixe de elétrons,
quando chega ao final de uma linha, ou à última linha da tela, demora para retornar ao
início e reiniciar a varredura.

O tempo perdido com o retraço varia de monitor para monitor, mas geralmente
consome 5 ou 6% do tempo total. Apesar dos monitores menores geralmente
suportarem resolução de 1024x768, esta não é recomendável, pois o monitor não seria
capaz de manter uma taxa de atualização de mais de 60Hz, gerando flicker. Monitores
maiores, porém, possuem frequências horizontais que podem ser de mais de 135 kHz,
o que nos proporciona boas taxas de atualização, mesmo em resoluções mais
elevadas.

Monitores LCD

Os monitores LCD, (Liquid Cristal Display, ou monitores de cristal líquido), já vêm há


várias décadas sendo usados em computadores portáteis. Atualmente vemos uma
popularização desta tecnologia também no mercado de computadores de mesa, apesar
da procura ainda ser pequena devido ao alto preço destes aparelhos. Mas o que os
monitores LCD tem de tão especial?

As vantagens

Os monitores LCD trazem várias vantagens sobre os monitores CRT (Catodic Ray Tube,
ou tubo de raios catódicos) usados atualmente, apesar de também possuírem algumas
desvantagens, destacando-se o alto preço

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Colocando lado a lado um monitor LCD e outro CRT, a primeira diferença que salta à
vista é justamente o tamanho. Os monitores de cristal são muito mais finos que os
tradicionais, o que explica seu uso em computadores portáteis. No caso de um micro
de mesa as vantagem neste caso não é tão evidente, mas de qualquer modo temos
alguma economia de espaço sobre a mesa.

Outra vantagem dos monitores LCD, é o fato de possuírem uma tela realmente plana,
o que elimina as distorções de imagem causadas pelas telas curvas dos monitores
CRT, e aumenta a área útil do monitor, já que não temos espaços desperdiçados nos
cantos da imagem.

Na ilustração abaixo por exemplo, temos um monitor LCD de 12,1 polegadas ao lado
de um monitor tradicional de 14 polegadas. Note que apesar do monitor LCD ser bem
menor, a área de exibição é quase equivalente à do monitor de 14 polegadas.

Um monitor LCD de 14 polegadas possui uma área de exibição maior do que um CRT
de 15 polegadas, enquanto que num LCD de 15 polegadas a área é quase equivalente
a um monitor tradicional de 17 polegadas.

Os monitores de cristal líquido também gastam menos eletricidade. Enquanto um


monitor tradicional de 14 polegadas consome por volta de 90 W, um LCD dificilmente
ultrapassa a marca dos 40W. Outra vantagem é que estes monitores emitem uma
quantidade muito menor de radiação nociva (praticamente nenhuma em alguns
modelos) o que os torna especialmente atraentes para quem fica muito tempo em
frente ao monitor diariamente.

Finalmente, nos monitores de cristal líquido não existe flicker, pois ao invés da imagem
ser formada pela ação do feixe de elétrons, como nos monitores CRT, cada ponto da
tela atua como uma pequena lâmpada, que muda sua tonalidade para formar a
imagem. O termo “refresh rate” não se aplica ao monitores de cristal líquido, pois
neles a imagem é sempre perfeita.

As desvantagens

Sem dúvida, a aparência de um LCD é muito mais elegante e moderna do que a de um


monitor tradicional, porém, como nada é perfeito, os LCDs também tem suas

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desvantagens: a área de visão é mais limitada, o contraste é mais baixo, e as


resoluções permitidas são bem mais limitadas.

Enquanto nos monitores tradicionais podemos ver a imagem exibida praticamente de


qualquer ângulo, temos nos LCDs o ângulo de visão limitado a apenas 90º acima disso
a imagem aparecerá com as cores distorcidas ou mesmo desaparecerá. Isto pode ser
até desejável em algumas situações, no caixa de um banco por exemplo, mas
normalmente é bem inconveniente.

O contraste da imagem também é bem mais baixo. Enquanto num monitor


convencional temos normalmente um contraste de 500:1, ou seja, uma variação de
500 vezes na emissão de luz do branco para o preto. Nos monitores de cristal líquido o
contraste varia entre 250:1 e 300:1 o que prejudica um pouco a qualidade da imagem,
principalmente a fidelidade das cores.

Temos também as limitações quanto às resoluções suportadas. Nos monitores CRT


temos à nossa disposição várias resoluções de tela diferentes, que vão desde os 320 x
200 pontos usados no MS-DOS até 1024x 768, 1200x 1024 ou até mesmo 1600x
1200, passando por várias resoluções intermediárias, como 400x300, 320x400,
320x480, 512x384x, 1152x864 entre outras, sendo que em todas as resoluções temos
uma imagem sem distorções.

Os monitores de cristal líquido por sua vez são bem mais limitados neste aspecto, pois
cada ponto da imagem é fisicamente representado por um conjunto de 3 pontos
(verde, vermelho e azul). Num monitor LCD com resolução de 1024x 768 por exemplo
tempos 3072 pontos horizontais e 768 verticais, sendo que cada conjunto de 3 pontos
forma um ponto da imagem. Como não é possível alterar a disposição física dos
pontos, temos a resolução máxima limitada ao número de pontos que compões a tela.
Podemos até usar resoluções menores, usando mais de um ponto da tela para
representar cada ponto da imagem, recurso chamado de fator escala.

Se por exemplo a resolução máxima do LCD é de 640 x 480, e é preciso exibir uma
tela DOS, que usa resolução de 320 x 240, serão usados 4 pontos da tela para
representar cada ponto da imagem. Neste caso o fator escala será 2 (2 x 2 ao invés de
um único ponto) como temos um número inteiro não há distorção na imagem. Se por
outro lado a resolução do LCD é de 1024x 768 e é preciso exibir 800x 600, teremos
um fator escala de 1.28, resultando em distorção da imagem. Veja um exemplo na
figura ao lado.

Apesar de não deixarem tanto a desejar em termos de qualidade de imagem, e


possuírem algumas vantagens interessantes, os monitores LCD ainda são
extremamente caros. Mesmo no exterior, os modelos mais baratos superam a marca
dos 700 dólares, sendo utilizáveis apenas em ambientes onde suas vantagens
compensam o preço bem mais alto.

Usando dois monitores

Você já deve ter ouvido falar muito do suporte a até nove monitores trazido pelo
Windows 98. Este recurso que também é suportado pelo Windows 2000 pode ser
bastante útil, principalmente para quem utiliza monitores de 14 ou 15 polegadas que
não suportam resoluções mais altas.

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O mais comum e prático é uso de dois monitores. Para isso você precisará apenas
comprar mais uma placa de vídeo. O segundo monitor pode ser qualquer monitor VGA
ou SVGA, colorido ou mesmo monocromático. Você pode utilizar até mesmo aquele
monitor velho que sobrou do upgrade de um velho 486. Isto é possível por que tanto a
configuração de resolução de vídeo quanto a quantidade de cores usadas podem ser
diferentes para cada monitor, já que cada um possui sua própria placa de vídeo. Você
pode por exemplo usar 1024 x 768 e 65.000 cores no monitor “titular” enquanto usa
640 x 480 e apenas 256 cores no segundo monitor.

O segundo monitor pode ser utilizado para expandir sua área de trabalho. As
possibilidades são muitas: enquanto está navegando na Internet, você pode por
exemplo deixar o navegador aberto no primeiro monitor e ao mesmo tempo manter
aberto o outlook e a barra do ICQ no segundo monitor, ao invés de ter a todo ter que
minimizar um e maximizar o outro. Pode também escrever alguma cosia no Word ao
mesmo tempo que pesquisa alguma coisa na Net usando o Navegador, com os dois
abetos ao mesmo tempo. Se for para transcrever ou resumir um texto então... bingo,
basta manter aberto o texto original em um monitor e usar o segundo monitor para
escrever o resumo, e ir escrevendo ao mesmo tempo que lê o texto original. Usar dois
monitores pode aumentar bastante a sua produtividade e não é um recurso muito
caro.

O recurso de múltiplos monitores é suportado apenas por placas de vídeo PCI ou AGP.
Placas ISA, VLB, EISA, etc. não podem ser usadas. Você pode utilizar tanto duas
placas PCI quanto uma AGP e uma PCI. Uma das placas será o vídeo primário e a outra
o vídeo secundário. Com exceção das placas com Chips Parmedia, quase todas as
placas atuais suportam ser utilizadas como vídeo secundário, o único porém é que nem
todas as placas suportam ser usadas como vídeo primário. Para obter informações
sobre placas de vídeo mais recentes, você pode contatar o fabricante ou o revendedor,
que poderão fornecer as especificações da placa. De qualquer modo, como são poucas
as placas incompatíveis com este recurso, eu recomendo que você primeiro faça um
teste, tentando entrar em contato com o suporte apenas caso a placa não funcione
adequadamente.

Depois de instalar fisicamente a segunda placa, basta carregar o Windows que o novo
hardware será encontrado. Caso o Windows possua o driver a placa será instalada
automaticamente, caso contrário será preciso fornecer os drivers do fabricante. Depois
de reinicializar o sistema, o primeiro monitor exibirá o desktop normalmente, mas o
segundo exibirá apenas um aviso em texto de que o Windows detectou o uso de dois
monitores. Abra o ícone vídeo do painel de controle e na guia de configurações
aparecerão agora dois monitores, ao invés de um, clique no ícone do segundo monitor
e será perguntado se você deseja ativá-lo, basta responder que sim. Agora é só
configurar a resolução e quantidade de cores a serem exibidas em cada monitor e,
tudo pronto.

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Configurando o segundo monitor

O segundo monitor funciona como uma extensão da área de trabalho do primeiro. Isto
significa que basta mover o mouse em direção ao segundo monitor para que o cursor
passe para ele. Na mesma janela de configurações, você deverá arrastar os monitores
de modo a representar sua posição física. Esta informação é usada para controlar a
ação do cursor do mouse:

Como disse, existe a possibilidade de instalar até 9 monitores. Na verdade esta marca
é bem complicada de atingir, pois as placas mãe em geral vem com no máximo 6 slots
PCI e um AGP, o que daria a possibilidade de instalar até 7 monitores. Mas, se você se
decidir por mais de dois monitores, 3, 4, 5 etc. o procedimento será basicamente o
mesmo. A minha recomendação é que você instale primeiro a primeira placa de vídeo,
instale os drivers, e apenas depois que tudo estiver funcionando a contento instale a
segunda. Após instalar os drivers e colocar tudo para funcionar, instale a terceira e
assim por diante.

Vídeo primário e secundário

Ao usar mais de um monitor, umas das placas de vídeo será configurada como vídeo
primário e as demais como secundárias, terciárias, etc. O vídeo primário será seu
monitor principal, onde surgirão as caixas de diálogo, onde a maioria dos programas
usará por defaut, etc. O status da placa de vídeo não é definida pelo Windows, mas
sim pelo BIOS, que elege qual placa será a primária de acordo com o slot PCI ao qual
esteja conectada. Se você estiver usando duas placas de vídeo PCI, e a placa errada
for definida como primária, bastará inverter a posição das duas.

Caso você esteja utilizando uma placa AGP e outra PCI, você terá u pouco mais de
trabalho, pois por defaut o a placa de vídeo PCI será detectada como primária. Na

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maioria dos casos você poderá alterar isso através da opção “Initialize First:
PCI/AGP” do BIOS Setup. Basta alterar a opção para: “Initialize First: AGP/PCI”.
Isto também se aplica a placas mãe com vídeo onboard, que em geral ocupa o
barramento AGP.

O Windows 2000 permite escolher qual placa será a primária através da própria janela
de propriedades de vídeo, neste caso você não precisará se preocupar com a detecção
do BIOS.

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Parte 8: Outros periféricos. Escolhendo a melhor configuração

Já estudamos o funcionamento de todos os componentes básicos de um PC:


processador, placa mãe, discos rígidos, memórias, placas de vídeo e monitores.
Finalizando a parte teórica deste curso, vou agora falar um pouco sobre gravação de
CDs, DVDs, Placas de som, modem, acesso rápido, e, para concluir algumas dicas de
upgrade.

Cd e Gravação de CD

Além dos CDs prensados, existem também os CDs graváveis, que são vendidos como
discos virgens e podem ser gravados uma única vez num gravador de CD-ROM, que ao
invés de “prensar” o CD, grava os dados através de um feixe laser mais forte, que
queima alguns pontos da camada de gravação do CD, substituindo os sulcos. Existem
também os CDs regraváveis que, assim como um disquete, podem ser gravados e
regravados várias vezes em um CD-RW.

O que muda de um CD gravável para um regravável é apenas a camada de gravação.


Num CD virgem comum, a camada de gravação é composta por material orgânico, um
tipo de plástico ou combustível, que se queima com o laser do gravador, tornando-se
inalterável. A substância usada nos CDs regraváveis por sua vez pode alternar entre
um estado opaco e outro cristalino, de acordo com a intensidade do laser. Esta
variação é quem permitem que eles sejam regravados várias vezes.

Praticamente todos os gravadores podem trabalhar com os dois tipos de mídias, mas
em geral a velocidade de regravação é bem mais baixa que a velocidade de gravação.
Outro problema é que por possuírem uma refração de luz bem menor, as mídias
regraváveis não são lidas em vários leitores de CD.

Gravar CDs é um processo bem simples. Basta instalar o gravador, como se fosse um
drive de CD comum. Depois de instalado, o Windows reconhecerá o gravador, mas
como um simples leitor de CDs, quem reconhecerá a verdadeira identidade do
gravador será programa de gravação. Existem vários programas de gravação
disponíveis no mercado, mas o mais comum e mais fácil de usar é o Easy CD Creator,
programa que acompanha a maioria dos gravadores. Basta instalar o programa e
começar a queimar seus CDs.

Um CD-ROM de boa qualidade pode durar mais de um século, desde que seja bem
conservado. Além de tomar cuidado com arranhões, você deve evitar expor seu CD
diretamente ao sol quente ou outras fontes de calor, pois o calor pode fundir a camada
reflexiva, inutilizando o CD. CDs gravados são especialmente sensíveis.

Os primeiros drives de CD-ROM eram capazes de ler dados a 150 KB/s. A próxima
geração de drives já era capaz de ler dados a cerca de 300 KB/s, o dobro. Estes
“novos” drives passaram então a ser chamados de CD-ROMs 2X, já que eram duas
vezes mais rápidos que os originais. Em seguida começaram a aparecer drives com
taxas de leitura de 600 KB/s ou 900 KB/s, sendo chamados respectivamente de 4x e
6x. Um drive de 32x deve ser capaz de ler dados a 4800 KB/s e assim por diante.

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Este mesmo padrão de velocidade aplica-se também aos gravadores de CD. Um


aparelho vendido como “8x/4x/32x” por exemplo, pode gravar CDs a 8x, regravar a
4x e ler a 32x.

DVD

Originalmente, o DVD foi concebido para armazenar filmes e substituir as fitas de vídeo
comuns. Apesar de grande, a capacidade de um CD comum é suficiente para
armazenar apenas poucos minutos de vídeo de alta resolução, enquanto um DVD pode
armazenar mais de 2 horas de vídeo com 500 linhas horizontais de resolução, o dobro
da resolução de um vídeo cassete comum. Outro recurso interessante do DVD é a
possibilidade de serem gravadas 8 dublagens e até 32 opções de legenda junto com o
filme.

Existem 4 tipos de DVD, que diferem na capacidade. O DVD 5 é capaz de armazenar


4,7 GB de dados ou 133 minutos de vídeo. O DVD 10 utiliza a mesma tecnologia do
DVD 5, mas nele são usados os dois lados do disco, dobrando a capacidade, temos
então 9,4 GB de dados ou 266 minutos de vídeo. Temos também o DVD 9 e o DVD 18,
que são capazes de armazenar respectivamente 8,5 e 17 GB de dados.

Fisicamente, um DVD é muito parecido com um CD comum, a diferença é que os


sulcos na mídia são bem menores e mais próximos uns dos outros. Enquanto no CD
cada bit óptico mede 0,83 nm (nanômetros), de comprimento e 1,6 nm de largura,
num DVD cada ranhura mede apenas 0,4 nm x 0,74 nm, permitindo gravar muito mais
dados no mesmo espaço físico.

Atualmente estamos vendo a popularização de um novo formato de compactação de


vídeo, que atinge níveis de compactação bem superiores ao do MPEG2 usado no DVD,
o “Divx;-)” (com o sorrisinho no final), que permite gravar duas horas de filme, com
uma qualidade próxima à do DVD num CD-ROM comum. O Divx;-) começou sendo
usado para a pirataria, mas é bem provável que com o passar do tempo ele passe a
ser utilizado para a venda de filmes, transmissão via Internet, etc. Se você trabalha
com produção de vídeos ou filmes, pode usar o novo formato para vender seus
trabalhos em CD-ROM, que qualquer um que tenha micro vai poder assistir. Você pode
encontrar os programas necessários e alguns tutoriais no http://www.divx-digest.com/

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A evolução das placas de som

Depois de quase uma década de domínio das placas de som ISA, com destaque para
as placas da família Sound Blaster, finalmente estamos vendo uma grande
popularização das placas de som PCI. Na verdade, elas já são a grande maioria. Está
tornando-se cada vez mais difícil encontrar modelos antigos à venda.

Afinal, se temos placas de vídeo PCI e placas SCSI PCI, por que não termos também
placas de som PCI? A primeira resposta que vem à mente, é que por serem periféricos
lentos, o barramento ISA já é mais do que suficiente para elas. Até certo ponto, este
raciocínio é verdadeiro, realmente, as primeiras placas de som não possuíam muito
poder de processamento, e consequentemente não precisavam de um barramento de
dados muito largo.

Existem porém, várias razões mais fortes para que as placas de som atuais sejam
produzidas apenas em versão PCI: a primeira é que o barramento ISA é cada vez mais
raro nas placas mãe recém lançadas, e a tendência geral é que ele deixe de fazer parte
das placas mãe novas (já era hora), por isso, uma placa de som ISA já sairia da
fábrica condenada a ser trocada por outra PCI no próximo upgrade.

A segunda é que o barramento PCI permite transferências de dados com uma


utilização de processador muito menor do que as mesmas transferências realizadas
através do barramento ISA. Isto significa que uma placa de som PCI carrega muito
menos o processador durante a reprodução dos sons, ajudando a melhorar a
performance geral do equipamento.

Finalmente, a terceira razão é que as placas atuais possuem um poder de


processamento incomparavelmente superior ao das placas do início da década de 90,
precisando de muito mais banda que os 16 MB/s permitidos pelo barramento ISA. Uma
Sound Blaster Live por exemplo, possui um poder de processamento estimado de 1
Gigaflop, mais de 30 vezes o poder de processamento de uma Sound Blaster 16
lançada no início dos anos 90. Na verdade, 1 Gigaflop é bem mais inclusive do que
muitos processadores modernos. Para você ter uma idéia, um Pentium 100 tem
apenas 0.2 Gigaflop de poder de processamento.

Mas afinal, no que é utilizado todo este poder de processamento, já que uma simples
SB16 de 10 anos atrás já é capaz de reproduzir música com qualidade de CD?

Placas de Som 3D

Mostrar imagens no monitor qualquer placa de vídeo ISA faz, mas conforme o poder
de processamento das placas foi evoluindo, não bastava mais apenas mostrar imagens
no monitor, a placa deveria também ser capaz de gerar gráficos em 3 dimensões. Hoje
em dia, não basta apenas gerar imagens 3D, uma boa placa tem que gerar imagens de
boa qualidade e com um alto frame rate.

Se podemos ter placas de vídeo 3D, capazes de tornar mais reais as imagens dos
jogos e aplicativos 3D, por que não ter também placas de som 3D? Os sons do mundo
real vêem de todos os lados, se alguém vier andando atrás de você, mesmo não vendo
a pessoa você saberá que tem alguém apenas prestando atenção na direção do som.

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Por que não ter este mesmo efeito nos jogos tridimensionais? O som em três
dimensões realmente dá uma nova perspectiva ao jogo, tornando-o muito mais
imersivo e real, parece um pouco difícil de acreditar, mas experimente ver isso em
ação. Nas palavras de um gamemaníaco : “Os sons do Quake 3 e do Half Life ficam
ANIMAIS... Você ouve certinho onde os caras estão!”... “Da pra levar uma boa
vantagem no Deathmatch”

Assim como nas placas de vídeo 3D, os efeitos sonoros em 3D são atualmente usados
apenas em jogos. Ouvindo músicas em MP3 ou um CD de música a qualidade de som
continua sendo a mesma.

Modems

Nada mais lógico do que usar as linhas telefônicas, largamente disponíveis para
realizar a comunicação entre computadores. Porém, usando linhas telefônicas comuns
enfrentamos um pequeno problema: os computadores trabalham com sinais digitais,
neles qualquer informação será armazenada e processada na forma de 0s ou 1s. As
linhas telefônicas por sua vez são analógicas, sendo adequadas para a transmissão de
voz, mas não para a transmissão de dados.

Justamente para permitir a comunicação entre computadores utilizando linhas


telefônicas comuns, foram criados os modems. Modem é a contração de modulador-
demodulador e se refere a um aparelho capaz de transformar sinais digitais em sinais
analógicos que são transmitidos pela linha telefônica e, em seguida, novamente
transformados em sinais digitais pelo modem receptor.

Os modems apresentaram uma notável evolução na última década. Os primeiros


modems eram capazes de transmitir apenas 300 bits de dados por segundo, enquanto
que os atuais são capazes de manter conexões com velocidades de até 56 Kbits por
segundo.

Hardmodems x Softmodems

Existem dois tipos de modems, que apesar de terem a mesma função, operam de
maneira ligeiramente diferente. Tradicionalmente, os modems trazem todos os
componentes necessários ao seu funcionamento, restando ao processador, apenas a
tarefa de dizer a ele o que fazer, estes modems “completos” são chamados de
hardmodems. Além dos modems tradicionais, você encontrará no mercado, alguns
modems que operam via software, que são chamados de Winmodems ou
softmodems e não possuem muitos dos componentes dos modems convencionais,
destacando-se a UART, o circuito que coordena o envio e o recebimento de dados. Para
que estes modems funcionem, é obrigatória a instalação de um programa que vem no
CD que acompanha o modem.

Como não possuem muitos componentes, estes modems são mais baratos; já cheguei
a ver um softmodem da Pctel, 56k, por US$ 20, enquanto um hardmodem de 56k da
US Robotics custa no mínimo 80 ou 90 dólares. O programa funciona como uma
espécie de emulador, fazendo com que o processador execute as funções que
normalmente seriam executadas pelo próprio modem, como o controle de
envio/recebimento de sinais, controle de erro entre outras. Logicamente o micro ficará

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mais lento do que o normal enquanto o modem estiver sendo usado, já que além de
suas funções normais, o processador acumulará as funções de controle do modem. O
mínimo, em termos de processador recomendado para o uso de um softmodem,
segundo os fabricantes, seria um Pentium 100. Os softmodems também costumam ser
mais sensíveis a linhas ruidosas ou de baixa qualidade, onde eles apresentam um
desempenho bem inferior aos hardmodems.

Apenas observando o “jeitão” do modem, e vendo o número de componentes que o


compõe é possível perceber facilmente se trata-se de um hardmodem ou de um
softmodem, pois estes últimos são muito mais simples. Mas se mesmo assim restarem
dúvidas, verifique a caixa e o manual de instruções; se por exemplo estiver escrito que
é preciso um processador Pentium ou Pentium MMX, ou que o modem só funciona no
Windows 98 e NT, com certeza trata-se de um Softmodem.

Outro indicativo é a necessidade de instalar algum programa para que o modem


funcione. Um modem tradicional só precisa que seja instalado um arquivo .INF (um
arquivo de texto com as configurações e especificações do modem) para funcionar. Um
softmodem por sua vez precisará que o programa emulador seja instalado.

Como sempre, temos neste caso o velho dilema de pagar mais caro por um
componente de qualidade ou pagar bem mais barato por um componente inferior. Se
você está montando um micro topo de linha, provavelmente não seria um bom negócio
economizar justamente no modem, por outro lado, se você está montando um micro
de baixo custo, um softmodem pode ser uma maneira de cortar custos, já que como
vimos a diferença pode passar dos 60 dólares.

Acesso rápido

Os modems tiveram um papel essencial no desenvolvimento e popularização da


Internet, já que são aparelhos relativamente baratos que permitem a qualquer um que
tenha um micro e uma linha telefônica acessar a rede pagando apenas uma ligação
local. Se não fossem eles a Internet jamais teria se tornado popular como é hoje.
Porém, atualmente vemos que os modems já deram o que tinham que dar.

Os modems são lentos comparados com outras formas de acesso, e não permitem que
se fique conectado muito tempo, devido ao preço das chamadas telefônicas e ao fato
da linha ficar ocupada. Somados os impostos, uma hora conectado em horário
comercial custa cerca de R$ 1,70 apenas em tarifas telefônicas. Acesse três horas por
dia 5 dias por semana e aumentará em cerca de 100 reais sua conta telefônica. Claro
que sempre existe a opção de acessar durante a madrugada, onde pagamos apenas
um pulso por ligação, mas as olheiras começam a incomodar depois de algum tempo...
:-)

Atualmente já existem basicamente 3 tecnologias de acesso rápido, que permitem ficar


24 horas conectado a 256 K em média, pagando apenas uma taxa mensal.

O meio mais popular é o acesso via ADSL, oferecido pelas próprias empresas de
telefonia em várias cidades. Em São Paulo por exemplo, o acesso via ADSL é chamado
de Speedy. O ADSL utiliza a própria linha telefônica, porém de forma diferente,
utilizando sinais de alta freqüência. Com isto, alem de não serem pagos pulsos para

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acessar a Internet, a linha fica desocupada. O acesso vai de 256K a 2 Mbps,


dependendo do plano.

Um segundo meio é o acesso via cabo, oferecido pelas emissoras de TV a cabo. O


acesso via cabo está disponível apenas nas áreas onde a TV a cabo está disponível e é
obrigatório que se assine também o serviço de TV, o que encarece a mensalidade. As
velocidades variam de 128 K a 1 Mbps, dependendo do plano.

Finalmente, temos o acesso via rádio, onde temos uma antena instalada no topo dos
edifícios e cabos puxados para os apartamentos. Geralmente este serviço está
disponível apenas para prédios e mesmo assim é preciso que haja um número mínimo
de moradores interessados.

Upgrade e atualizações

Como estudamos até aqui, todos componentes de um PC, influenciam diretamente no


desempenho global da máquina. Como num carro, onde um único componente de
baixo desempenho afeta negativamente todo o conjunto.

Apesar do desejo de todos ser um micro equipado com um processador topo de linha,
muita memória RAM, vários Gigabytes de espaço no disco rígido, placa de vídeo 3D,
DVD, etc. Nem todos estamos dispostos a gastar 2.000 ou 3.000 dólares numa
configuração assim. Entra em cena então o fator custo-beneficio: determinar qual
configuração seria melhor dentro do que se pode gastar. O objetivo deste tópico final,
é justamente este, ajudá-lo a escolher a melhor configuração em termos de custo-
beneficio em cada caso. Para isto, estudaremos no que cada componente afeta o
desempenho e em quais aplicações cada um é mais importante.

A primeira coisa que deve ser levada em conta é a aplicação a que o micro será
destinado, ou seja: quais programas serão utilizados nele. Um micro usado em um
escritório, onde são usados o Word, Excel e Internet por exemplo, não precisa de um
processador muito poderoso, mas é indispensável uma quantidade pelo menos
razoável de memória RAM, e um disco rígido razoavelmente rápido. Enquanto que,
num micro destinado a jogos, o principal seria um processador rápido, combinado com
uma boa placa de vídeo 3D.

Escolhendo a placa mãe

A placa mãe é o componente que deve ser escolhido com mais cuidado, pois uma placa
mãe de baixa qualidade colocará em risco tanto o desempenho quanto a confiabilidade
do equipamento.

Ao comprar uma placa mãe, verifique quais processadores ela suporta, se possui um
slot AGP e se a quantidade de slots PCI é suficiente para a quantidade de periféricos
que você pretende instalar. As placas com slot ISA já são cada vez mais raras.

A questão mais importante é a qualidade da placa. Além dos recursos, este é o


principal diferencial entre as várias que você encontrará no mercado. Placas de baixa
qualidade além de prejudicarem o desempenho, podem tornar o micro instável,

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causando travamentos constantes no Windows. Travamentos que freqüentemente são


causados por falhas de hardware, e não por bugs do programa.

Procure comprar placas de boas marcas, como Asus, Abit, Gigabyte, Soyo e
Supermicro. As placas da Intel também são excelentes, mas preste atenção se a placa
realmente foi fabricada pela Intel: muitos vendedores vendem placas com chipsets
Intel como “placas da Intel”. Muitos fabricantes usam chipsets Intel em suas placas,
mas isto não e garantia de qualidade. Não adianta uma placa de segunda linha possuir
um bom chipset.

Evite ao máximo comprar placas TX-Pro, VX-Pro, BX-Pro, SX-Pro, PC-100, Viagra, BX-
Cel, PC-Chips e placas que não trazem especificado o nome do fabricante. Apesar de
serem muito mais baratas, e quase sempre trazerem placas de som, vídeo, modems e
até placas de rede onboard, estas placas invariavelmente são de baixa qualidade,
sendo fabricadas geralmente pela PC-Chips, especializada em fabricar placas de
baixíssimo custo mas de qualidade duvidosa.

Você pode perguntar por que estas placas são inferiores, já que muitas vezes usam o
mesmo chipset de placas de boas marcas. O diferencial é a qualidade da placa de
circuito. Uma placa mãe é confeccionada usando-se uma técnica chamada MPCB
(multiple layer contact board) que consiste em várias placas empilhadas como se
fossem uma só. Acontece que uma placa de circuitos deste tipo tem que ser projetada
e fabricada minuciosamente, pois qualquer erro mínimo na posição das trilhas, fará
com que surjam interferências, que tornarão a placa instável. Isto também prejudica o
desempenho, impedindo que a comunicação entre os componentes seja feita na
velocidade normal. A diferença de desempenho de um micro montado com uma boa
placa mãe, para outro de configuração parecida, mas usando uma placa mãe de baixa
qualidade pode chegar a 20%. Equivaleria a trocar um Pentium III de 1 GHz por outro
de 800 MHz!

A fim de cortar custos, diminui-se o tempo de desenvolvimento e apela-se para


técnicas mais baratas e menos precisas de produção, criando os problemas que
descrevi. Certamente é tentador ver o anúncio de uma placa mãe que já vem com
placa de som, placa de vídeo e modem por 100 ou 120 dólares, enquanto uma placa
de uma boa marca custa 150, 180 ou mesmo 200 dólares e geralmente não traz
nenhum destes acessórios. Mas, lembre-se que esta economia pode lhe trazer muita
dor de cabeça, na forma de instabilidade, travamentos e incompatibilidades. Estas
placas podem até ser usadas em micros mais baratos, destinados a aplicações leves,
onde a economia é mais importante, mas não pense em usar uma em um micro mais
parrudo, pois não valerá à pena. Se o problema é dinheiro, prefira comprar um
processador mais simples e barato, mas colocá-lo em uma boa placa mãe.

Memória RAM

Se o micro possui pouca memória RAM, o processador terá que usar o disco rígido para
guardar os dados que deveriam ser armazenados na memória, tornando o sistema
extremamente lento. Por outro lado, instalar mais memória do que o necessário será
apenas um desperdício, pois não tornará o sistema mais rápido. Você notará que é
preciso instalar mais memória quando o micro começar a ficar lento e a acessar
intermitentemente o disco rígido em momentos de atividade mais intensa.

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Se o usuário trabalha apenas com aplicativos mais leves, como Word, Excel, Internet e
não costuma abrir mais de um aplicativo ao mesmo tempo, então 32 MB podem até
ser suficientes para alguns, mas o mínimo absoluto recomendável seriam 64 MB. Se,
por outro lado, são usados programas mais pesados ou se são abertos vários
programas ao mesmo tempo, então o mínimo seriam 96 MB e o ideal 128 MB. 128 MB
também são o ideal se o micro se destina principalmente a jogos.

Caso o micro se destine ao processamento de imagens, vídeo ou editoração, então


devem ser usados pelo menos 128 MB. Dependendo do tamanho dos arquivos a serem
processados, o ideal pode subir para 192 ou mesmo 256 MB. Se você está procurando
um micro que seja capaz de manter-se atualizado por bastante tempo, então 256 MB
de memória serão um bom investimento, mesmo que não vá precisar de tudo isso no
momento.

A instalação de mais memória pode dar um novo ânimo a um micro mais antigo,
principalmente se o micro possui apenas 8 ou 16 MB. Mas não exagere, pois mesmo
com muita memória será difícil rodar aplicativos mais pesados devido à fragilidade do
conjunto. O ideal seriam 16 ou 24 MB em micros 486 e de 32 a 64 MB em micros
Pentium ou K6 de 100 a 166 MHz. Com 64 MB de memória, mesmo um Pentium 133 já
conseguirá rodar o Windows ME ou 2000 com um mínimo de qualidade.

A quantidade mínima de memória para ter um bom desempenho também varia de


acordo com o sistema operacional. Por exemplo, o Windows 95, assim que aberto
consome 10 MB de memória. Num micro antigo, que tenha 24 MB de memória, já
teríamos um desempenho aceitável, pois sobrariam 14 MB para abrir programas antes
do sistema entrar em memória virtual. O Windows 98 SE já é mais pesado, consome
cerca de 22 MB de memória. Neste caso, com 24 MB de memória ficaríamos sem
praticamente nenhuma memória disponível, tornando o sistema bastante lento. O ideal
para rodar os programas atuais já seriam pelo menos 64 MB

Usando o Windows 2000 Workstation, o consumo é ainda mais alto, são necessários
quase 44 MB apenas para o sistema operacional. Por isso, para ter o mesmo
desempenho que seria obtido com o Windows 98 + 64 MB de memória, seriam
necessários 96 MB.

Processador

Nem sempre a instalação de um processador mais moderno torna o micro mais rápido.
Muitas vezes, aumentar a quantidade de memória ou trocar o disco rígido faz mais
efeito. Como sempre, depende da aplicação.

Caso o micro se destine principalmente a jogos, então vale à pena investir em um


processador topo de linha, como um Pentium III ou um AMD Athlon, porém apenas
depois de comprar uma boa placa de vídeo 3D. Caso o micro de destine ao
processamento de imagens ou editoração, um processador topo de linha irá ajudar,
mas apenas se o micro possuir bastante memória RAM. Se o dinheiro estiver curto, é
preferível comprar um processador médio, como um Celeron ou Duron e investir em
mais memória. Evite comprar processadores K6-2, pois além de ultrapassados, você
não poderá aproveitar a placa mãe num futuro upgrade.

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Finalmente, caso o micro se destine a aplicações leves, então o ideal será adquirir um
processador o mais simples possível e investir a economia em um pouco mais de
memória, um disco rígido melhor, ou numa placa mãe de melhor qualidade.

Disco Rígido

O desempenho do disco rígido determina a velocidade em que serão abertos


programas e arquivos. Um disco rígido rápido, também ajuda um pouco caso o micro
tenha pouca memória RAM. Mesmo com um processador parrudo e muita memória,
tudo ficará lento caso o disco rígido não acompanhe.

Quase sempre, os discos rígidos de maior capacidade são mais rápidos, mas como
sempre existem exceções. Procure saber o tempo de acesso, a velocidade de rotação e
a densidade do disco. O tempo de acesso do disco varia geralmente entre 8 e 12
milessegundos, dependendo do HD. O tempo de acesso determina quanto tempo a
cabeça de leitura demorará para achar o dado a ser lido. Um valor mais baixo
corresponde a um melhor desempenho.

A velocidade de rotação é medida em RPMs, ou rotações por minuto. Quanto mais


rápido o disco girar, mais rápido um dado será encontrado. A densidade, ou quantos
dados caberão em cada disco também determina o desempenho, pois como os dados
estarão mais próximos, serão localizados mais rapidamente. Você saberá a densidade
dividindo a capacidade total do disco rígido pela quantidade de faces de disco que ele
possui. Um disco de 8.4 GB, com 4 faces de disco, por exemplo, possui densidade de
2.1 GB por face. Quanto maior a densidade melhor.

Placa de Vídeo

As placas de vídeo mais antigas, são chamadas de placas 2D por que se limitam a
mostrar imagens no monitor. As placas 3D por sua vez, bem mais modernas ajudam o
processador a criar as imagens tridimensionais usadas em jogos e em alguns
aplicativos.

Caso o micro se destine a jogos, ou processamento de imagens 3D (usando o 3D


Studio por exemplo), é indispensável o uso de uma placa de vídeo 3D, caso contrário o
micro simplesmente não será capaz de rodar o aplicativo ou ficará extremamente
lento. Se, por outro lado, forem ser usados apenas aplicativos de escritório ou forem
ser processadas imagens em 2D, então uma placa de vídeo 3D não será necessária.

É muito comum encontrar à venda placas mãe que já vem com vídeo onboard. Em
geral o vídeo onboard possui alguns recursos 3D, suficientes para rodar alguns jogos
3D mais simples, mas com um desempenho muito longe de uma placa 3D média.

Você poderá usar o vídeo onboard caso o micro de destine basicamente a aplicativos
de escritório, Internet, etc. ou até mesmo para um ou outro jogo ocasional, desde que
você não se importe com, a pobreza das imagens. Mas, caso você faça questão de
jogar seus jogos com qualidade, então o ideal seria usar uma placa 3D de verdade.

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Surge então outro problema: as placas com vídeo onboard geralmente não trazem slot
AGP, e atualmente é bem complicado encontrar uma boa placa de vídeo 3D que venha
em versão PCI. Ou seja, se você pretende usar uma placa 3D, o melhor é procurar
uma placa mãe sem vídeo onboard, que venha com um slot AGP.

Modem

Atualmente, você só encontrará à venda modems de 56K, porém, encontrará tanto


hardmodems quanto softmodems. O “hardmodem” vem de “hardware” enquanto o
“softmodem” vem de “software”. A diferença entre os dois tipos é que os
Hardmodems executam eles mesmos todas as tarefas relacionadas com o envio e
recebimento de dados através da linha telefônica. Eles só incomodam o processador na
hora de entregar os dados recebidos, já devidamente decodificados e descompactados.

Os softmodems por sua vez contém apenas os dispositivos necessários para usar a
linha telefônica, eles não executam nenhum tipo de processamento. Adivinha pra
quem sobra então? Justamente para o processador principal, que além das suas
tarefas normais passa a ter que fazer também o trabalho do modem. Os softmodems
são os modems mais baratos, que costumam custar entre 20 e 40 dólares, porém
tornam o micro mais lento (quanto mais potente for o processador menor será a
perda) e não se dão muito bem como jogos multiplayer jogados via modem ou com
linhas ruidosas. Os hardmodems, por sua vez, são os modems mais caros, que custam
apartir de 80 dólares, mas executam eles mesmos todas as funções.

Placa de Som

De um modo geral, a placa de som não influencia em nada o desempenho do micro,


apenas determina a qualidade do áudio. Para uso normal, uma placa de som simples
como uma Sound Blaster 32, ou mesmo uma daquelas placas “genéricas” de 20 ou 25
dólares dão conta do recado. Placas mais caras farão diferença caso você pretenda
trabalhar com edição musical, ou faça questão de ouvir músicas em MIDI com o
máximo de qualidade.

Existem também placas de som 3D, como a Turtle Beath Montego e a Sound Blaster
Live, que geram sons que parecem vir de todas as direções, mesmo usando caixas
acústicas comuns. Este efeito é muito interessante em jogos, pois oferece uma
sensação de realidade muito maior. Imagine ouvir o som de um tiro, dentro de um
jogo, como se ele tivesse sido disparado por alguém que está bem atrás de você.

Upgrades e atualizações

Fazer um upgrade, significa trocar alguns componentes de um micro já ultrapassado a


fim de melhorar seu desempenho. Porém, muitas vezes, o micro está tão
desatualizado que seria preciso trocar quase todos os componentes para conseguir
atingir um desempenho aceitável. Neste caso, compensaria mais vender o micro antigo
e comprar um novo.

O segredo para realizar um bom upgrade, é detectar os “pontos fracos” da


configuração, componentes que possuem um desempenho muito inferior ao restante

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do conjunto. Para exemplificar, analisarei agora algumas configurações de micros


antigos típicos:

+ Configuração 1

Pocessador Pentium de 100 MHz 8 MB de memória RAM HD de 1.2


GB Placa de Vídeo de 1 MB Monitor SVGA de 14 polegadas

Temos aqui um micro bem antigo, de configuração


extremamente modesta, mas que tem um grave ponto
fraco: a pouca quantidade de memória RAM, apenas 8 MB
não são suficientes nem mesmo para rodar o Windows 95
com um mínimo de qualidade, que dizer do Windows 98,
2000 ou os programas atuais. O ideal aqui seria adicionar
mais 32 MB de memória, totalizando 40 MB, o que
multiplicaria a velocidade do equipamento. Também
valeria à pena trocar o processador por um K6 ou Pentium
de 200 MHz, já que neste caso não precisaríamos trocar
também a placa mãe.

Dois pentes de memória de 72 vias de 16 MB cada, e um


processador de 200 MHz custam cerca de 70 dólares, que
resultariam em um ganho de performance de pelo menos
300%. Note que neste caso precisaríamos usar
componentes usados. O disco rígido só deveria ser trocado
caso o usuário estivesse com problemas de espaço.

+ Configuração 2

Pentium 233 MMX 32 MB de memória RAM HD de 2.6 GB Placa de


vídeo de 2 MB Monitor SVGA de 14 polegadas

Agora temos uma configuração um pouco mais


equilibrada. As únicas mudanças viáveis seriam o aumento
da quantidade de memória para 64 MB e a troca do disco
rígido (caso o usuário esteja com problemas de espaço).

Não seria uma boa idéia pensar em trocar o processador,


pois para instalar um Pentium II, Celeron, ou mesmo um
K6-2 neste micro, teríamos que trocar também a placa
mãe. Caso os módulos de memória atuais sejam de 72
vias, o gasto seria ainda maior, já que as placas mãe mais
modernas possuem encaixes apenas para módulos de 168
vias o que nos obrigaria a trocar também as memórias.

Caso o usuário do micro goste de jogos, então uma placa


de vídeo 3D, de um modelo mais simples, seria uma boa
idéia.

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+ Configuração 3

Pentium II de 266 MHz 64 MB de memória RAM HD de 2.2 GB


Placa de vídeo Voodoo 3 2000 Monitor SVGA de 15 polegadas

A primeira coisa a considerar neste exemplo seria a troca


do processador por um Celeron de 500 ou 533 MHz, já
que poderíamos trocar apenas o processador. Teríamos
então uma excelente configuração, com exceção do disco
rígido, muito pequeno e lento para um micro deste porte.
Seria uma boa idéia trocá-lo por um de 20 GB ou mais. O
aumento da quantidade de memória para 128 MB deveria
ser considerado caso o usuário tenha o hábito de trabalhar
com vários programas abertos ao mesmo tempo, ou tenha
o hábito de abrir arquivos muito grandes, ou finalmente
caso deseje rodar o Windows 2000.

As peças antigas, no caso o processador o disco rígido


poderiam ser vendidas depois para cobrir parte do gasto
do upgrade. Existe um mercado muito grande para discos
rígidos usados.

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Parte 9: Setup

Parte 1: Introdução

Dizemos que o Bios é a primeira camada de software do sistema, quando o micro é


ligado, o Bios é a primeira coisa a ser carregada. A função do Bios é configurar vários
recursos da placa mãe, principalmente os endereços de IRQ e DMA usados pelos
periféricos instalados, e em seguida dar a partida no micro, carregando o sistema
operacional e passando para ele o controle do sistema.

O Setup por sua vez é um pequeno programa que permite configurar o Bios. A função
da bateria da placa mãe é justamente manter as configurações do Setup quando o
micro é desligado. Para acessar o Setup basta pressionar a tecla DEL durante ca
contagem de memória. Em algumas placas mãe é preciso pressionar a tecla F1, ou
alguma outra combinação de teclas. Em caso de dúvida consulte o manual.

Se você, por exemplo, desabilitar a porta do mouse dentro do Setup, ele não irá
funcionar dentro do Windows. A porta será reconhecida, mas vai aparecer com uma
exclamação no gerenciador de dispositivos, indicando que não está funcionando, e
assim por diante. Por aí da pra ter uma idéia de como configurações erradas no Setup
podem causar dor de cabeça.

A algum tempo atrás eu vi um exemplo prático disso num Pentium 166 que estava
extremamente lento. Entrando no Setup foi fácil descobrir o problema. alguém havia
desabilitado o cache L2 da placa mãe, uma verdadeira sabotagem :-) Num outro caso
semelhante haviam setado a porta IDE do disco rígido como Pio Mode 0, este é o modo
de operação mais lento, transmitindo apenas 3.3 MB/s, sabotando completamente o
desempenho do disco rígido e consequentemente o desempenho global. Configurando
corretamente a opção, como UDMA 33 (o máximo permitido pela placa) o desempenho
voltou ao normal.

Quando você instalar um modem que entra em conflito com o mouse, ou com a
segunda porta serial, e você não souber o esquema de jumpers para alterar o
endereço do modem, você também vai poder resolver o problema facilmente,
simplesmente entrando no Setup e mudando o endereço da porta serial que estiver em
conflito com ele.

Este curso destina-se a lhe apresentar as principais opções que podem ser
configuradas através do Setup, lhe dando embasamento técnico para resolve este tipo
de problema. As opções do Setup variam muito de placa para placa, por isso é
provável que muitas das opções que cito aqui não estejam na sua placa mãe, ou
mesmo que apareçam algumas opções que não estejam aqui. De qualquer forma, este
curso dará uma boa base para configurar qualquer tipo de placa mãe. Na dúvida
consulte o manual da placa, quase sempre ele traz descrições das opções, assim como
algumas sugestões de configuração.

Deixarei de lado propositadamente, muitas opções que apesar de continuarem


presentes no Setup de muitas placas, já tornaram-se obsoletas, não interferindo no
comportamento dos micros atuais.

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Parte 2: Sessôes do Setup

Abaixo estão dois screenshoots de telas principais de dois programas de Setup, um


com interface texto, o mais comum atualmente e outro com a interface gráfica da AMI.

Veja que apesar da diferença estética, ambos são divididos nas mesmas sessões
básicas. Cada seção armazena as opções relacionadas com um tema em especial,
confira:

Standard CMOS Setup (Standard Setup)

Configuração do drive de disquetes, data e hora e do disco rígido.

BIOS Features Setup (Advanced CMOS Setup)

Aparece bem abaixo da primeira opção. Este menu armazena opções como a
seqüência de boot, se o micro inicializará pelo HD ou pelo drive de disquetes, por
exemplo, e também a opção de desabilitar os caches L1 e L2 do processador.
Algumas opções podem aparecer com nomes diferentes, dependendo da marca e do
modelo do BIOS. A opção "CPU Internal Cache", por exemplo, aparece em alguns BIOS
como "CPU Level 1 Cache" ou "L1 Cache". Em casos como este, usarei o nome mais
comum da opção, colocando os demais entre parênteses.

Chipset Features Setup (Advanced Chipset Setup)

Esta seção armazena opções relacionadas com o desempenho da memória RAM e da


memória cache. Em placas mãe antigas, onde o cache L2 ainda fazia parte da placa
mãe, esta seção trazia uma opção que permitia selecionar a velocidade de
funcionamento do cache da placa mãe. Nas placas atuais, onde a freqüência de
operação do cache L2 diz respeito apenas ao processador, as opções mais importantes
localizadas nessa seção dizem respeito à memória RAM.

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PCI / Plug and Play Setup

Nesta seção, você pode configurar manualmente os endereços de IRQ e DMA ocupados
pelos periféricos. Mas, se todas as placas mãe atuais são plug and play, por que ainda
existe este tipo de opção? O problema surge se você for instalar uma placa de som,
rede, modem, ou qualquer placa antiga, que não seja plug and play. Estas placas
antigas, também chamadas de periféricos de legado, não aceitam que o Bios
determine quais endereços devem ocupar, elas simplesmente invadem o endereço
para o qual estejam configuradas.

Já que não se pode vender o inimigo, o jeito é fazer um acordo com ele. Neste caso
você deve entrar nesta seção do Setup e reservar os endereços de COM e IRQ
ocupados pela placa antiga. Se por exemplo cair nas suas mãos uma placa de som
antiga, que use o IRQ 5 e o DMA 1, selecione para os dois endereços a opção
"Legacy/ISA", isto orientará a placa mãe a deixar estes endereços vagos para serem
usados pela placa de som.

Naturalmente você só precisará se preocupar com esta seção ao mexer com


equipamentos antigos, ao montar um micro novo você nem precisará lembrar que ela
existe, bastará manter os valores defaut para as opções. Além da configuração manual
dos endereços, esta seção contém opções que permitem resolver muitos conflitos de
hardware que podem vir a surgir.

Power Management Setup

Aqui estão reunidas todas as opções relacionadas com os modos de economia de


energia. Estas opções, de desligamento do monitor, disco rígido, modo standby, etc.
podem ser configurados dentro do Windows, por isto não existe necessidade de
configura-las aqui no Setup. Caso a sua placa mãe tenha sensores de temperatura do
processador, de rotação do cooler, ou das voltagem de saída da fonte de alimentação,
todos os dados aparecerão dentro dessa seção, do lado direito da tela.

Integrated Peripherals (Features Setup)

Esta é uma das sessões mais úteis atualmente. Aqui você pode desabilitar qualquer
um dos dispositivos da placa mãe, incluindo as portas IDE, a porta do drive de
disquetes, porta de impressora, portas seriais etc., além de configurar algumas outras
opções e os endereços de IRQ ocupados por estes dispositivos.

IDE HDD Auto Detection (Detect IDE Master/Slave, Auto IDE)

Ao instalar um disco rígido novo, não se esqueça de usar esta opção para que o Bios o
detecte automaticamente.

Parte 3: Standard CMOS Setup (Standard Setup)

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Esta é a parte mais básica do Setup. São configurados aqui basicamente o tipo de
drive de disquetes usado, HD e a opção Halt On, que interrompe a inicialização do
micro caso seja detectado algum dos problemas especificados.

Hard Disks

Este item do Setup mostra os discos rígidos que estão instalados no computador. Para
detectar os discos instalados, basta usar a opção de IDE HDD Auto-Detection que se
encontra na tela principal do Setup.

Geralmente, este item não aparece exatamente com o nome "Hard Disks". Nos BIOS
Award com interface modo texto por exemplo, aparece na forma de uma tabela que
mostra os parâmetros de cada disco instalado.

Nos BIOS AMI com interface gráfica, geralmente temos este item subdividido em
Primary Master, Primary Slave, Secondary Master e Secondary Slave, cada um
exibindo as informações de um disco em particular.

Apesar de não ser recomendável, você pode configurar seu disco manualmente. Neste
caso, você deverá fornecer o número de cabeças de leitura (Head), cilindros (Cyln),
setores do disco (Sect), além do cilindro de pré-compensação de gravação (WPcom) e
a Zona de estacionamento das cabeças de leitura (LZone). Você pode fazer as
modificações através da opção Detect IDE HDD encontrada na tela principal do Setup.

Existem também tipos pré-definidos de discos, que geralmente vão do 1 ao 46.


Antigamente, existiam poucos tipos de discos rígidos, bastando configurar aqui o
modelo correspondente. Naquela época ainda não existia a opção de IDE HDD Auto-
Detection, mesmo por que nem existiam discos IDE :-). Nos manuais desses discos
mais antigos, existiam instruções como "Definir este disco como tipo 21 no Setup".
Estas opções são herdadas de BIOS mais antigos, com o objetivo de manter
compatibilidade com esses discos obsoletos, não sendo utilizáveis em nenhum disco
atual.

Floppy Drive A

Esta é a manjada opção de configuração do drive de disquetes. Caso o micro não


tenha um, não se esqueça de configura-la como disabled.

Halt On

Aqui podemos indicar qual procedimento o BIOS deverá tomar, caso sejam detectados
erros de hardware durante o POST. Ao ser encontrado algum conflito de endereços (do
modem com o mouse por exemplo), o sistema poderá parar a inicialização e exibir na
tela uma mensagem com o endereço em conflito, para que possamos tentar resolvê-lo,
ou mesmo ignorar o erro e tentar inicializar o sistema, ignorando os problemas. As
opções aqui são:

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All Errors: A inicialização será interrompida caso exista qualquer erro grave na
máquina: teclado não presente, configuração errada do tipo de drive de disquetes
instalado ou mesmo um conflito entre dois dispositivos.

No Errors: O BIOS ignorará qualquer erro e tentará inicializar o computador apesar de


qualquer configuração errada ou conflito que possa existir.

All, but Keyboard: A inicialização será interrompida por qualquer erro, menos erros
relacionados com o teclado. Mesmo que o teclado não seja encontrado, o sistema
inicializará normalmente.

All, but disk: Apesar de inicialização poder ser interrompida por qualquer outro erro,
serão ignorados erros relacionados com o drive de disquetes.

All, but disk/Key: Serão ignorados erros relacionados tanto com o drive de
disquetes, quanto com o teclado.

Parte 4: BIOS Features Setup (Advanced CMOS Setup)

Virus Warning (Anti-Virus)

Esta é uma proteção rudimentar contra vírus oferecida pelo BIOS. O BIOS não tem
condições de vasculhar o disco procurando por arquivos infectados, como fazem os
antivírus modernos, mas ativando esta opção ele irá monitorar gravações no setor de
boot do HD, também chamado de trilha MBR, onde a maioria dos vírus se instala. Caso
seja detectada alguma tentativa de gravação no setor de boot, o BIOS irá interceder,
interrompendo a gravação e exibindo na tela uma mensagem de alerta, perguntando
se deve autorizar ou não a gravação.

O problema em ativar esta opção, é que sempre que formos alterar o setor de boot,
editando as partições do disco, formatando o HD, ou mesmo instalando um novo
sistema operacional, o BIOS não saberá tratar-se de um acesso legítimo ao setor de
boot, e exibirá a mensagem, o que pode tornar-se irritante. Hoje em dia, considerando
que quase todo mundo já mantém um antivírus instalado, esta opção acaba servindo
mais para confundir usuários iniciantes ao se reinstalar o Windows, o melhor é
desabilita-la, principalmente em micros de clientes.

CPU Internal cache (CPU Level 1 cache, L1 cache)

Esta opção permite habilitar ou desabilitar o cache interno do processador, ou cache


L1. Claro que o recomendável é manter esta opção ativada, a menos que você queira
propositadamente diminuir o desempenho da máquina, rodar algum programa de
diagnóstico que recomende desabilitar a opção, ou suspeite de algum tipo de defeito.

CPU External cache (CPU Level 2 cache, L2 cache)

Aqui temos a opção de desativar o cache L2, encontrado na placa mãe ou integrado ao
processador. Claro que normalmente ele deve ficar ativado, pois a falta do cache L2
causa uma perda de performance de 40% a 70%, dependendo do processador.

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Similarmente ao cache L1, alguns programas que testam o hardware pedem que ele
seja desabilitado durante a checagem.

Algumas vezes, o cache L2 da placa mãe é danificado, fazendo com que o micro passe
a apresentar travamentos. Neste caso, uma opção é desativá-lo para solucionar o
problema, sacrificando a performance. Falhas no cache L2 são razoavelmente comuns
em placas mãe já com bastante uso, não sendo raros também os casos onde são
danificados com eletricidade estática por alguém mexendo sem cuidado no hardware
do computador. No caso dos processadores atuais, onde o cache é integrado no
próprio núcleo do processador, os defeitos são muito mais raros, mas ainda podem
ocorrer.

CPU L2 Cache ECC Checking

Todos os processadores Intel apartir do Pentium II 350, assim como os processadores


Athlon e Duron suportam este recurso, que permitem corrigir erros nos dados
armazenados no cache L2. Manter esta opção ativada, num processador compatível,
aumenta substancialmente a confiabilidade do micro.

Processor Number Feature

O número de identificação é um polêmico recurso encontrado no Pentium III e nos


Celerons mais recentes, que consiste em incluir um número de identificação no
processador. O objetivo seria possibilitar uma maior segurança nas transações online,
mas o recurso causou tanta confusão que nunca chegou a ser usado para este
propósito. Esta opção permite desabilitar o número, o que é recomendável para quem
se preocupa com sua privacidade online.

Quick Power On Self Test (Quick Boot)

Ativando esta opção o boot do micro será realizado mais rapidamente, mas alguns
erros não serão detectados.

Boot Sequence

Durante o processo de boot, o BIOS checa todos os drives disponíveis no sistema,


tanto HDs quanto disquetes e até mesmo CD-ROMs. Após sondar para descobrir quais
estão disponíveis, o BIOS procura o sistema operacional, passando para ele o controle
do sistema. Esta opção permite escolher a seqüência na qual os drives serão checados
durante o boot:

A, C: Esta é a opção mais comum. O BIOS irá checar primeiro o drive de disquete à
procura de algum sistema operacional e, caso não encontre nada, procurará no disco
rígido. Caso você escolha esta opção, jamais poderá deixar um disquete no drive
quando for inicializar o sistema, pois, caso contrário, o BIOS tentará sempre dar o boot
através dele.

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C, A: O disco rígido será checado primeiro, e em seguida o drive de disquete.


Selecionando esta opção, o boot demorará algumas frações de segundo a menos e
você poderá esquecer disquetes dentro do drive, já que o boot será sempre dado
através do disco rígido.

C only: Será checado somente o disco rígido. Quando for necessário dar um boot via
disquete, será preciso entrar novamente no Setup e mudar a opção para A, C.

BIOS mais recentes também suportam boot através de um CD-ROM, o qual deverá
estar obrigatoriamente ligado numa controladora IDE, pois o BIOS não tem condições
de detectar um CD-ROM antigo, ligado em uma placa de som. Neste caso, além das
opções de seqüência de boot anteriores, apareceriam opções como "A, C, CD-ROM" ou
"CD-ROM, C, A".

1st Boot, 2nd Boot, 3rd Boot e 4th Boot

Esta opção equivale à anterior, mas é encontrada em BIOS AMI. Basta configurar a
ordem da maneira mais conveniente, escolhendo entre drive de disquetes, HD e CD-
ROM.

Try other Boot Devices

Ao ser ativada esta opção, caso não seja capaz de encontrar algum sistema
operacional nos drives de disquetes ou discos rígidos IDE instalados, o BIOS irá
procurar também em outros dispositivos, como discos SCSI, drives LS de 120 MB, Zip
drives padrão IDE ou discos removíveis que estejam instalados. O suporte a estes
dispositivos, depende do nível de atualização do BIOS.

Boot UP Num Lock Status

A tecla Num Lock do teclado tem a função de alternar as funções das teclas teclado
numérico, entre as funções de Home, Page Down, Page Up, End, etc., e os números de
0 a 9 e operadores matemáticos. Esta opção serve apenas para determinar se a tecla
Num Lock permanecerá ativada (on) ou desativada (off) quando o micro for
inicializado.

Boot UP System Speed (CPU Speed at Boot)

Esta é uma opção obsoleta, que se destina a manter compatibilidade com algumas
placas de som e rede ISA, muito antigas. O melhor é escolher a opção "High" para que
o Boot seja mais rápido.

IDE HDD Block Mode

Esta opção é muito importante. O Block Mode permite que os dados do HD sejam
acessados em blocos, ao invés de ser acessado um setor por vez. Isto melhora muito o

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desempenho do HD, sendo que somente discos muito antigos não aceitam este
recurso.

É altamente recomendável manter esta opção ativada, caso contrário, o desempenho


do HD poderá cair em até 20%. Em alguns BIOS esta opção está na seção "Integrated
Peripherals", mas todos os BIOS razoavelmente modernos possuem suporte ao Block
Mode. Caso esta opção não exista no Setup da sua placa mãe, provavelmente estará
ativada por defaut. Em alguns casos, você poderá configurar esta opção com vários
valores diferentes, sendo recomendado o valor "optimal" ou "HDD Max".

Uma pequena advertência, é que segundo a Microsoft, o Windows NT 3.x e NT 4


possuem um bug, que pode apresentar corrupção de dados em alguns casos, estando
esta opção habilitada. No caso do Windows NT 4 o problema foi corrigido apartir do
Service Pack 2. Este problema existe apenas no Windows NT, não em outras versões
do Windows.

32-bit Disk Access

Mantendo esta opção ativada, as transferências de dados do HD para o processador ou


memória serão feitas utilizando palavras de 32 bits. Desabilitando a opção as
transferências serão feitas a 16 bits.

Como o barramento PCI opera a 32 bits, manter esta opção ativada irá melhorar um
pouco o desempenho geral do sistema.

Security Option (Password Check)

Você deve ter visto, na tela principal do Setup, uma opção para estabelecer uma
senha. Aqui podemos escolher entre as opções "Setup" e "Always" (que às vezes
aparece como "System"). Escolhendo a opção Setup, a senha será solicitada somente
para alterar as configurações do Setup. Escolhendo a opção Always, a senha será
solicitada toda a vez que o micro for ligado. A senha do Setup é um recurso útil, pois
nos permite restringir o uso do micro ou simplesmente barrar os "fuçadores de Setup".

PS/2 Mouse Function Control

Todas as placas atuais trazem ao lado do conector do teclado, uma porta PS/2, que
pode ser usada para a conexão de um mouse. Caso você esteja usando um mouse
serial, pode desabilitar a porta PS/2 através desta opção, liberando o IRQ 12 usado por
ela, que ficará livre para a instalação de outros dispositivos.

USB Function

Caso você não esteja utilizando as portas USB da placa mãe, pode desativa-las através
desta opção. Isto deixará livre o IRQ 8, utilizado por elas. Quanto mais IRQs livres
você tiver no sistema, menor será a possibilidade de surgirem conflitos de hardware.

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HDD Sequence SCSI / IDE First

Muitas vezes, temos instalados HDs IDE e SCSI no mesmo micro. Tipicamente nestes
casos, o BIOS dará o boot sempre usando o HD IDE, fazendo-o través do HD SCSI
apenas se não houver outro HD padrão IDE instalado. Esta opção, presente na maioria
dos BIOS mais recentes, permite justamente inverter esta ordem, tentando o boot
primeiramente através do primeiro HD SCSI instalado, fazendo-o através do disco IDE
apenas se não houver nenhum disco SCSI disponível.

BIOS Update (Flash BIOS Protection)

Todos os BIOS de placas modernas, são armazenados em chips de memória Flash, o


que permite sua atualização via software, a qual recebe o nome de upgrade de BIOS.
Este recurso permite ao fabricante da placa mãe lançar upgrades para corrigir bugs
encontrados no BIOS de algum modelo de placa mãe, ou mesmo acrescentar novos
recursos ou aumentar a compatibilidade do BIOS. Muitas vezes, você precisará
atualizar o BIOS da sua placa mãe a fim de ativar o suporte a um processador
recentemente lançado, por exemplo.

O problema, é que existem vírus como o Chernobil, capazes de alterar o BIOS com
propósitos destrutivos. Estes vírus são especialmente perigosos, pois além de causar
perda de arquivos, são capazes de causar um dano físico ao equipamento, já que
danificando o BIOS a placa mãe é inutilizada. Para barrar a ação destes vírus, a grande
maioria das placas mãe permitem desabilitar o recurso de regravação do BIOS.

Em algumas placas, isto é feito alterando um certo jumper na placa mãe, e em outras,
mais modernas, isto é feito através desta opção do Setup. Esta opção permite escolher
entre ativado (para permitir a regravação do BIOS) e desativado (para barrar qualquer
tentativa de alteração). Por medida de segurança, é recomendável manter desabilitada
esta opção, habilitando-a apenas quando você for fazer um upgrade de BIOS.

CPU Internal Core Speed (Processor Speed ou CPU speed)

Em quase todas as placas mãe atuais a configuração da velocidade do barramento e do


multiplicador é feita através do Setup. Em placas mãe mais recentes, a identificação da
voltagem e da velocidade do processador é feita automaticamente, pois estes dados
são fornecidos pelo próprio processador.

Esta opção se relaciona com o multiplicador de clock do processador. Apesar da


velocidade deste ser detectada automaticamente, muitos BIOS nos dão a opção de
aumentar ou diminuir este valor caso o usuário deseje. Esta opção só tem alguma
utilidade coso você esteja usando um processador AMD K6-2 ou então um Athlon ou
Duron destravado. Todos os processadores Intel atuais possuem o multiplicador
travado, ignorando o valor configurado nesta opção.

CPU External Speed (Bus Clock)

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Esta opção configura a freqüência de operação da placa mãe. É encontrada na grande


maioria das placas atuais, e é justamente a opção que permite fazer overclock.
Comece verificando quais freqüências a placa mãe permite. Se você estiver usando um
Pentium III, que usa bus de 100 MHz, é provável que ele funcione bem com bus de
112 MHz, caso esteja usando um Celeron, que usa bus de 66 MHz, poderá usar 75
MHz, ou até mesmo 100 Mhz em algumas versões.

Algumas placas mãe só oferecem as opções de 66 e 100 MHz, neste caso não existe
muito o que fazer.

Turbo Frequency

Encontrada apenas em algumas placas, esta opção permite aumentar o clock da placa
mãe em 2,5% ou 3% (varia de acordo com o modelo da placa). Caso você tenha
configurado seu processador para operar a 3x 100 por exemplo, ativando esta opção
ele passará a operar a 307 MHz (3x 102,5 MHz). Apesar de geralmente o sistema
funcionar bem com esta opção habilitada, em alguns casos pode haver alguma
instabilidade. Poderíamos classificar esta opção como uma espécie de overclock leve.

PCI clock

Em algumas placas mãe que suportam várias freqüências de barramento, como as Abit
BX6 e BH6, que suportam freqüências de até 143 MHz, é comum podermos alterar a
freqüência de operação do barramento PCI, entre 1/2 da freqüência da placa mãe, 1/3
da freqüência, ou 1/4 da freqüência.

Usando bus de 133 MHz, por exemplo, o ideal seria configurar o PCI para operar a 1/4
da freqüência da placa mãe, mantendo os 33 MHz padrão. A 100 MHz o ideal é que o
PCI funcione a 1/3 do clock da placa mãe e a 66 MHz o ideal é 1/2.

Configurar esta opção erradamente, fazendo com que o PCI opere acima dos 33 MHz
normais pode tornar o sistema instável, entretanto não existe perigo de danificar
nenhum periférico.

AGP CLK/CPU CLK

Podemos agora configurar a freqüência de operação do barramento AGP, em relação à


freqüência da placa mãe.. Geralmente estão disponíveis as opções 1/1 e 2/3. Como a
freqüência padrão do barramento AGP é de 66 MHz, usando bus de 66 MHz a opção
correta seria 1/1, sendo 2/3 caso esteja sendo utilizado bus de 100 MHz. Utilizando
bus de 133 MHz por sua vez, a opção ideal é 1/2, que novamente resultaria nos 66
MHz padrão.

Como no caso anterior, o sistema pode tornar-se instável caso o AGP esteja operando
acima dos 66 MHz ideais. Se ficará instável ou não vai depender do modelo de placas
de vídeo que tiver instalado.

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CPU Power Supply (Core Voltage)

Em algumas placas mãe, especialmente placas Abit, é possível alterar a voltagem do


processador livremente. Apesar dos processadores Pentium II ou posteriores serem
capazes de informar à placa mãe a voltagem correta, pode ser necessário aumentar
um pouco a voltagem para conseguir sucesso em um overclock mais agressivo.
Obviamente, isto deve ser feito com extrema cautela, pois uma voltagem muito alta
pode danificar o processador depois de pouco tempo de funcionamento.

System BIOS Shadow, Video Bios Shadow

Ativando estas opções, será feita uma cópia do Bios principal e do Bios da placa de
vídeo na memória RAM. Na época do DOS, esta opção servia para melhorar um pouco
o desempenho do sistema, pois o acesso ao Bios é mais rápido apartir da memória
RAM do que apartir do chip de onde ele fica originalmente armazenado.

Atualmente esta opção já não tem mais efeito, pois tanto no Windows 95/98/NT/2000,
quanto no Linux, o acesso ao hardware é feito através de drivers de dispositivos, e não
através das sub-rotinas do Bios. Neste caso, a ativação do Bios Shadow não causa
nenhuma melhoria na performance.

Parte 5: Chipset Features Setup (Advanced CMOS Setup)

Nesta seção é possível configurar opções relacionadas com o desempenho do sistema,


como o acesso à memória RAM e cache, entre outras opções importantes.

Auto Configuration

Esta opção nos oferece o recurso de configurar a maioria das opções do Chipset
Features Setup com valores default. Estas opções relacionadas basicamente com o
tempo de acesso das memórias e cache, serão então preenchidas com valores default,
visando garantir um maior grau de confiabilidade do sistema, porém, sempre
comprometendo um pouco da performance.

Cache Timing (Cache Read Cycle)

Aqui podemos configurar a velocidade de operação do cache L2. Os valores desta


opção aparecem geralmente na forma de seqüências de 4 números, como 3-2-2-2 ou
2-1-1-1. Note que esta opção refere-se à freqüência de operação do cache da placa
mãe, e por isso é encontrada apenas em placas mãe soquete 7.

Se você deseja o máximo de confiabilidade do seu sistema, então você deve configurar
esta opção com valores médios, ou habilitar a auto configuração. Entretanto, se deseja
obter maior desempenho, então pode tentar valores mais agressivos. Usando uma
placa mãe de qualidade pelo menos razoável, mesmo os valores mais baixos devem
funcionar sem problemas, a menos que você esteja fazendo overclock.

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SDRAM Configuration

Encontrada em algumas placas mais recentes, esta opção permite especificar a


velocidade de operação das memórias SDRAM instaladas no PC. Podemos escolher
entre vários valores, geralmente de 15 ns a até 8 ou 7 ns. Configurar esta opção com
uma velocidade inferior à velocidade das memórias instaladas provavelmente causará
instabilidade, enquanto um valor superior à velocidade real diminuirá a velocidade de
acesso às memórias. Esta opção só se aplica caso tenhamos memórias SDRAM
instaladas no computador.

SDRAM CAS Latency

Apartir das memórias FPM, usamos o modo de acesso rápido ao dados gravados nas
memórias, que consiste em estabelecer o valor RAS (linha) uma vez, e em seguida
enviar vários endereços CAS (coluna) em seqüência.

Esta opção permite configurar o intervalo entre o envio dos sinais CAS. Geralmente
estão disponíveis as opções "3" e "2". Apesar do valor 2 resultar em um pequeno
ganho de performance, você deve configurar esta opção de acordo com a especificação
de seus módulos. Na dúvida, escolha o valor 3, pois apesar do pequeno ganho de
desempenho, o uso de CAS 2 em memórias que não o suportam irá causar
instabilidade.

Geralmente, para conseguir que memórias PC-100 funcionem acima de 100 MHz, com
bus de 112 ou 124 MHz, ou que memórias PC-133 trabalhem com bus de 150 MHz é
preciso escolher o valor 3, mesmo que a especificação da memória seja 2. A
configuração correta desta opção é essencial para quem deseja fazer overclock.

SDRAM Cycle Time Tras/Trc

Nesta opção pode ser configurado o tempo que cada página de memória permanecerá
ativa para a transmissão de dados (Tras) e o tempo que o controlador de memória
aguardará antes de acessar novamente cada página de memória.

Geralmente estão disponíveis as opções "5/6" e "6/8". A primeira opção, 5/6


resultará num pequeno ganho de desempenho, porém poderá causar instabilidade caso
você esteja fazendo overclock. A opção "6/8" por sua vez assegura uma maior
tolerância dos módulos a freqüências acima da especificação, apesar de mais lenta.

SDRAM Ras to CAS Delay, SDRAM Cycle Length

São mais duas opções desempenho x estabilidade que estão disponíveis em algumas
placas. Escolhendo o valor 3 o acesso à memória será mais lento, porém a tolerância
dos módulos será maior, o que garantirá melhores possibilidades de overclock.
Escolher 2 significa algum ganho de desempenho.

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SDRAM Leadoff Command

Esta opção permite configurar o tempo que o controlador de memória aguardará antes
de ler um dado recentemente gravado. Estão disponíveis os valores 3 e 4. Escolha 3
para um melhor desempenho ou 4 para estabilidade ou overclock

SDRAM Bank Interleave

Esta opção não em a ver com a estabilidade, mas sendo corretamente configurada
permite melhorar um pouco o acesso à memória RAM.

A moral da história é a seguinte, existem dois tipos de módulos de memória DIMM


SDRAM, módulos de 2 bancos e módulos de 4 bancos. O processador pode acessar
dados apartir dos vários bancos em seqüência, melhorando o desempenho.

Os módulos de 2 bancos são os módulos de menor capacidade, geralmente 16 ou 32


MB que usando chips de 16 Mbits. Os módulos de 4 bancos por sua vez são os módulos
mais atuais, de 32 MB ou mais, que utilizam chis de 64 Mbits. Para saber se seus
módulos são de 2 ou 4 bancos, basta fazer as contas: divida a capacidade do módulo
pela quantidade de chips e multiplique por 8, assim você terá a capacidade de cada
chip em bits. Como disse, chips de 16 Mbits possuem 2 bancos, enquanto chips de 64
Mbits possuem 4 bancos.

Por exemplo, num módulo de memória de 32 MB, composto por 16 chips, cada chip
possui 2 MB, que equivalem a 16 Mbits.

Caso você esteja usando módulos de 2 bancos, configure esta opção com o valor "2-
Bank". Caso você esteja utilizando módulos de 4 bancos configure com o valor "4-
Bank".

AGP Aperture Size

O barramento AGP permite que uma placa de vídeo utilize a memória RAM principal
para armazenar texturas. Esta opção permite configurar o valor máximo de memória
que a placa poderá ocupar, evitando que ela se aproprie de toda a RAM disponível, não
deixando espaço para os programas que estiverem abertos. Aqui você encontrará
opções que vão de 4 MB a 256 MB, sendo recomendável escolher um valor
correspondente à metade da memória RAM instalada no sistema. Caso o valor não seja
suficiente, começarão a aparecer polígonos em branco durante a execução de jogos
programas que utilizem a placa 3D, justamente por que não houve espaço na memória
para armazenar a textura correspondente a eles. Neste caso, basta aumentar um
pouco o valor máximo.

Esta opção não é tão importante quanto parece, pois, em geral, as placas de vídeo 3D,
especialmente as mais recentes, nunca chegam a utilizar uma grande quantidade de
memória RAM para armazenar texturas, pois o uso deste recurso degrada bastante o
desempenho da placa. Na grande maioria dos casos, a placa de vídeo não chega a usar
mais de 8 MB de memória local para texturas.

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System Bios Cacheable / Video Bios Cacheable

Ativando estas opções, além de copiar o conteúdo do Bios principal e do Bios da placa
de vídeo para a memória RAM, será usada a memória cache para agilizar ainda mais
os acessos. Dentro do MS-DOS existe um pequeno ganho de performance, mas dentro
do Windows não existe ganho algum, pelo contrário, há uma pequena diminuição do
desempenho, pois uma pequena quantidade do precioso cache L2 será desperdiçada. O
melhor atualmente é desabilitar estas opções.

8 Bit I/O Recovery Time

O processador é capaz de realizar transferências de dados a cada pulso de clock..


Periféricos PCI e discos IDE também são capazes de realizar uma operação por ciclo de
seus respectivos barramentos. O problema é que algumas placas ISA de 8 bits muito
antigas, mesmo usando este já lento barramento, precisam de pequenas pausas entre
uma transferência e outra para funcionar corretamente. Esta opção permite definirmos
em ciclos de clock o tempo reservado a esta pausa.

Geralmente, podemos escolher um valor entre 0 (recurso desativado) e 8. Apesar de


serem raros os periféricos ISA que precisam deste recurso, por precaução é
recomendável configurar esta opção com o valor 4 ou manter o valor default. Também
é recomendável o valor 4 caso você esteja fazendo overclock. Isto não atrapalhará o
desempenho, pois mesmo com os tempos de espera, o barramento de dados
continuará sendo mais que suficiente para estes periféricos antigos.

16 Bit I/O Recovery Time

Esta opção é idêntica à anterior, aplicando-se desta vez às placas ISA de 16 bits. É
seguro configurar esta opção com o valor 0, pois por serem mais modernas, placas ISA
de 16 bits dificilmente precisam do intervalo. Caso você esteja fazendo overclock, é
prudente usar o valor 2.

Passive Release

Esta opção permite que o chipset acesse o barramento PCI ao mesmo tempo que as
placas ISA (caso exista alguma) estejam transferindo dados. Ativar esta opção
resultará em um pequeno ganho de desempenho, mas poderá causar problemas em
conjunto com algumas placas ISA antigas.

Delayed Transaction

é mais uma opção ligada ao barramento PCI. Permite ativar um pequeno buffer de
dados presente no chipset que armazenará as transferências de dados dos periféricos
ISA, transmitindo uma grande quantidade de dados de cada vez. Com isto melhora-se
o desempenho geral. Novamente, esta opção não irá funcionar com algumas placas
ISA antigas.

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AGP 2X mode

Esta opção é encontrada apenas em algumas placas antigas. Escolhendo "enabled" o


AGP operará no modo 2X, caso contrário será usado o modo 1X. Em algumas placas
escolher 2X pode causar instabilidade.

AGP 4X mode

Similarmente à opção anterior, algumas placas mãe permitem desabilitar o AGP 4X,
fazendo com que o AGP opere em modo 2X. Algumas placas de vídeo antigas podem
funcionar adequadamente apenas caso esta opção esteja desabilitada. Algumas placas
mãe podem apresentar instabilidade com o modo 4X habilitado.

Parte 6: Pci/Plug and Play Setup

O Plug and Play é um método que facilita bastante a configuração do sistema, assim
como a instalação de novos periféricos, pois permite ao BIOS e ao sistema operacional
atribuírem automaticamente endereços de IRQ e, quando necessário, canais de DMA,
sem intervenção do usuário. Quase todos os periféricos padrão PCI são Plug and Play,
justamente devido ao barramento PCI ser totalmente compatível com este padrão.
Mesmo muitas placas de expansão padrão ISA incorporam recursos Plug and Play.

De qualquer maneira, sempre é possível atribuir endereços manualmente para


solucionar conflitos causados por uma placa mais "brigona". Vamos então às
configurações:

Plug and Play Aware OS (Boot With PnP OS)

Atualmente, apenas o Windows 95, 98 e 2000 são totalmente compatíveis com o PnP.
Outros sistemas operacionais, como o Windows NT 4, oferecem compatibilidade
limitada, enquanto outros como o MS-DOS, OS/2, Windows 3.x não oferecem suporte
a este padrão.

Aqui, devemos informar se o sistema operacional que estamos rodando no micro é ou


não compatível com o PnP. Caso seja, o BIOS permitirá que o próprio sistema
operacional configure os endereços utilizados pelos periféricos, caso contrário, o
próprio BIOS cuidará desta tarefa.

É importante manter esta opção ativada caso você esteja utilizando o Windows 2000,
caso contrário poderão ocorrer problemas na detecção de alguns periféricos ISA,
especialmente modems. É muito comum em micros com o Windows 2000 o modem
simplesmente não funcionar enquanto esta opção permanecer desativada. Entretanto,
caso você esteja utilizando apenas placas PCI, a Microsoft recomenda manter esta
opção desativada, pois segundo eles a ativação pode causar problemas na detecção de
alguns periféricos.

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No caso Windows 98 novamente a recomendação da Microsoft é manter a opção


desativada, pois podem ocorrer problemas com o gerenciamento de energia do Win
98, o que poderá causar o famoso problema do micro travar ao desligar.

Já no Linux, recomenda-se o contrário, pois apesar do Linux não ser um sistema


totalmente plug-and-play, desativar esta opção pode impedir a detecção de alguns
periféricos.

Force Update ESCD

O ESCD (Extended System Configuration Data) é uma pequena parcela da memória do


CMOS, destinada a armazenar informações sobre a configuração atual dos recursos de
IRQ, DMA, endereços de I/O, etc.

Toda vez que o BIOS ou o sistema operacional, altera a configuração dos endereços,
altera também o ESCD. Por outro lado, sempre que o sistema é inicializado, primeiro o
BIOS e depois o sistema operacional lêem o ESCD, operando de acordo com seus
valores.

Ativando esta opção, o ESCD será apagado, forçando uma nova atribuição de
endereços a todos os periféricos Plug-and-Play, tanto por parte do Bios quanto do
sistema operacional, o que muitas vezes é suficiente para solucionar muitos conflitos.
Após o ESCD ser apagado, esta opção voltará automaticamente para o valor disabled.

Resources Controlled by

Aqui podemos definir de que modo será feita a configuração dos endereços de IRQ e
DMA. Geralmente estão disponíveis as opções Manual e Auto:

Auto: Selecionando esta opção, o BIOS atribuirá automaticamente as definições de


IRQ e DMA para todos os dispositivos. Esta opção é recomendada, já que funciona na
grande maioria das vezes sem problemas

Manual: Caso você esteja enfrentando algum conflito entre periféricos utilizando a
opção de auto configuração, ou simplesmente gosta de desafios, poderá selecionar a
opção "manual" e configurar os endereços manualmente. Neste caso, surgirão várias
opções a serem configuradas:

IRQ 3 / 4 / 5 / 6 / 7 / 8 / 9 / 10 / 11 / 12 / 13 / 14 / 15

Aqui temos a opção de reservar canais de IRQ para o uso de placas que não sejam
PnP. Geralmente, você poderá escolher entre as opções "PnP/PCI" (dependendo do
Bios o valor é "No/ICU") e "ISA" (que algumas vezes aparece como "Legacy ISA").

Na maioria dos casos, a configuração da interrupção a ser usada por cada dispositivo é
automaticamente configurada pelo BIOS, mas no caso de instalarmos uma placa ISA
não-PnP, do tipo onde configuramos os endereços de IRQ e DMA a serem utilizados
pela placa via jumpers, muito provavelmente o BIOS não será capaz de reconhecer os

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endereços ocupados por ela, destinando-os a outras placas e gerando conflitos de


hardware.

Por exemplo, caso você pretenda instalar uma placa de som ISA não-PnP configurada
para utilizar o IRQ 5, deverá reservá-lo aqui, selecionando para ele a opção "ISA".
Quase sempre os valores default do BIOS para estas opções funcionam, sendo raros os
casos em que é necessário alterá-los

DMA Chanel 0 / 1 / 3 / 5 / 6 / 7

Da mesma forma que acontece com as interrupções, precisamos às vezes reservar


canais de DMA para o uso de dispositivos que não sejam PnP. Caso, por exemplo, a
placa de som do exemplo anterior utilize os canais de DMA 1 e 5, devemos configurar
as opções correspondentes a eles com o valor "ISA".

Assign IRQ for VGA Card (Allocate IRQ to PCI VGA)

Esta opção permite reservar um endereço de IRQ para uso da placa de vídeo. A
maioria das placas aceleradoras 3D, ou seja, praticamente qualquer placa de vídeo
razoavelmente atual, só funciona adequadamente se esta opção estiver ativada.
Porém, a maioria das placas de vídeo 2D antigas não precisam desta interrupção.
Neste caso, poderíamos mantê-la desativada para livrar um IRQ. Se esta opção não
estiver disponível no Setup de seu micro, é por que está ativada por default ou por que
o BIOS é capaz de detectar automaticamente se a placa de vídeo instalada precisa ou
não de um canal exclusivo.

PCI IRQ Activated By

Com certeza você já deve ter ouvido dizer que em alguns casos duas ou mais placas
PCI podem compartilhar o mesmo endereço de IRQ, mas caso esteja em dúvida sobre
o por que disco acontecer em alguns micros e em outros não, esta opção pode ser a
resposta.

Apesar de desde as suas primeiras versões o barramento PCI permitir o


compartilhamento de IRQs, os primeiros periféricos PCI não eram compatíveis com, o
recurso. Por outro lado, quase todos os periféricos PCI atuais o são.

Esta opção possui duas alternativas, "Edge" e "Level". Caso você esteja configurando
o Setup de um micro antigo, montado a 2 ou 3 anos, então o recomendável é manter
a opção em Edge, pois provavelmente o PC terá placas PCI incompatíveis com o
recurso. Edge desativa o compartilhamento de IRQs, o que irá evitar problemas.

Porém, caso você esteja configurando um PC atual escolha a opção Level, que habilita
o compartilhamento de IRQs.

Parte 7: Power Management Setup

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Aqui estão concentradas as opções relacionadas com os modos de economia de


energia. Uma boa parte das opções podem ser configuradas dentro do Windows, mas
outras estão disponíveis apenas aqui.

Power Management

Aqui podemos habilitar ou desabilitar o funcionamento do Power Management.


Geralmente você encontrará disponíveis as seguintes opções:

Disabled: Todos os recursos de economia de energia ficarão desativados.

Min Saving: O Power Management ficará ativado, porém entrará em atividade apenas
após 45 ou 60 minutos (dependendo do BIOS) de inatividade do micro, provendo
pouca economia.

Max Saving: Economia máxima de energia, os componentes do micro começarão a


ser desligados após poucos minutos de inatividade

User Defined: Esta é a opção mais recomendada. Assim, nem 8 nem 80, poderemos
personalizar todas as configurações a nosso gosto.

Escolhendo a opção user defined, surgirá a possibilidade de configurar uma série de


opções, que veremos a seguir:

PM Control by APM

O APM, ou Advanced Power Management, é um padrão de gerenciamento de energia


criado pela Microsoft, que além de ser totalmente compatível com o Windows
95/98/NT/2000, é mais eficiente que a maioria dos padrões anteriores.

Esta opção ativa ou não o APM, sendo recomendável mantê-la ativada para um
gerenciamento mais eficiente.

Doze Mode/Standby Mode Timeout/Suspend Mode

Existem três níveis de economia de energia, que vão do Doze ao Suspend, passando
pelo Standby. A diferença entre os três é a quantidade de componentes que serão
desligados e, consequentemente, o quanto de energia elétrica será economizada.

Esta opção define depois de quanto tempo de inatividade o sistema passará


respectivamente para o Doze Mode, Standby mode e Suspend Mode. No doze mode
são desligados o HD e o monitor, no standby mode é desligado também a maior parte
do processador principal, resultando numa economia maior de energia, mas uma
demora maior quando quiser que o sistema volte. Finalmente, no standby mode quase
tudo é desligado, incluindo a placa de vídeo, som, etc. a economia de emergia é
máxima.

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HDD Power Down Timeout

O HD é um componente que pode ter sua vida útil bastante abreviada por uma
configuração inadequada do Power Management. No disco rígido, o motor principal gira
continuamente, mesmo quando não existe nenhum dado a ser lido ou gravado.
Quando o HD entra em modo de baixo consumo de energia, o motor principal é
desligado, justamente para economizar o máximo possível de energia. Este liga-desliga
do motor principal, causa um desgaste prematuro do equipamento, levando-o a
apresentar defeitos bem antes do normal. Como o HD consome cerca de apenas 10
watts, e é o componente mais crítico do sistema, já que armazena todos os seus dados
importantes, acaba não valendo à pena ativar esta opção, salvo em casos onde o
micro permanece várias horas corridas sem atividade.

Video Power Down Timeout

Sem dúvida, o componente que mais vale à pena ser colocado em modo de economia
de energia é o monitor, já que ele consome cerca de 100 Watts, quase metade do
consumo total do computador.

Mas, como no caso do HD, é preciso uma certa cautela na configuração do modo de
economia do monitor, pois ser ligado e desligado muitas vezes pode abreviar sua vida
útil, o mesmo caso de uma televisão, por exemplo. O recomendável é que o monitor
seja desligado apenas quando o micro for ficar muito tempo sem atividade. Aqui
podemos escolher, em minutos, o tempo de inatividade do sistema antes do monitor
entrar em modo de economia de energia.

Power Supply Type

Algumas placas mãe podem funcionar tanto em gabinetes equipados com fontes AT,
quanto com fontes padrão ATX, possuindo os dois conectores. Neste caso,
encontraremos no Setup esta opção, onde devemos informar qual tipo de fonte está
sendo utilizando.

Instant On Support

O recurso Instant On é suportado por algumas placas mãe. Através dele, quando
vamos em iniciar/desligar dentro do Windows, ou mesmo pressionamos diretamente o
botão liga-desliga, o micro não é desligado, entrando apenas em modo standby.
Quando pressionarmos novamente o botão liga-desliga o micro voltará à atividade,
sem a necessidade de um novo boot.

Power Button Function (Power Button Override)

No caso do BIOS ser compatível com o Instant On, e termos ativado a opção anterior,
temos aqui a opção de configurar a função do botão liga-desliga do gabinete. Assim, o

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micro pode ser realmente desligado quando o pressionamos, ou pode entrar apenas
em modo suspend, voltando à atividade quando pressionado novamente.

Eu pessoalmente acho um pouco arriscado usar o recurso de Instant On em terras


Tupiniquins, pois o sistema elétrico instável encontrado na maioria dos estados, que
gera picos de tensão e outros problemas, tornam um perigo manter um computador
24 horas ligado. Claro que isto não se aplica a você caso esteja usando um no-break e
fio-terra.

CPU Overheat Warning Temperature

Muitas placas mãe possuem sensores que, entre outras funções, monitoram a
temperatura do processador. Geralmente nestas placas, encontramos no Setup esta
opção, que permite especificar a temperatura a partir da qual o BIOS considerará
como aquecimento excessivo.

Geralmente, os processadores podem funcionar em temperaturas de até 70ºC (este é


um valor médio que pode variar de acordo com o modelo), acima disso, podem
começar a haver travamentos ou mesmo danos. Por cautela, uma temperatura
adequada de funcionamento é de no máximo 50 ou 55º C.

Caso o processador atinja a temperatura limite configurada aqui, a placa mãe


começará a emitir um aviso sonoro intermitente, que apesar de dar o alerta, pode
tornar-se muito chato.

CPU Overheat Clock Down

Sendo atingida a temperatura limite configurada na opção anterior, o BIOS oferece


como solução, diminuir momentaneamente a velocidade de operação do processador,
até que a temperatura volte a níveis seguros. Aqui podemos escolher entre
porcentagens do clock original, 12,5%, 25%, 37,5%, 50%, 62,5%, 75% ou 87,5%.
Também é possível desabilitar esta opção.

CPU Current Temperature

Caso sua placa mãe seja equipada com os sensores de temperatura, muito
provavelmente esta opção estará disponível. Aqui será informada a temperatura atual
do processador. Para ter uma medição mais precisa, verifique a temperatura depois de
utilizar o micro durante algumas horas.

MB Temperature

Aqui é informada a temperatura atual da placa mãe. Apesar dos chips encontrados na
motherboard não apresentarem um aquecimento tão acentuado quanto o processador,
pode ser interessante acompanhar sua temperatura.

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CPU Fan Speed

Mais um recurso oferecido pelas placas mãe mais modernas, esta opção permite
monitorar as rotações do cooler (ou fan) do processador, informando a sua velocidade
de rotação em RPMs. Um cooler razoável deve apresentar rotação de pelo menos 4000
RPMs, enquanto outros de melhor qualidade podem ultrapassar os 6.000 RPMs. Quanto
maior a velocidade de rotação do cooler, melhor será o resfriamento do processador.
Caso perceba uma rotação muito baixa, é recomendável trocar seu cooler por um
melhor.

Voltage monitor

Uma fonte AT alimenta a placa mãe com voltagens de 5 e 12 volts. Uma fonte ATX já
oferece também 3.3v. Muitas das placas mãe mais recentes possuem um chip
adicional, responsável por monitorar a alimentação oferecida pela fonte.

É perfeitamente normal que ocorram pequenas variações, como 3.4 ou 3.5v ao invés
de 3.3v, ou 12.4v ao invés de 12V. Grandes variações, porém, são sinal de defeitos na
fonte de alimentação, ou de uma rede elétrica precária, e podem causar mau
funcionamento ou mesmo danos ao equipamento. É recomendável, então, a
substituição da fonte, caso seja ela a culpada ou investir em um no-break e fio terra,
caso seja a rede elétrica que esteja com problemas.

Atualmente, é possível comprar um no-break simples por menos de 200 reais e,


considerando a proteção e segurança que ele oferece, é um bom negócio sem dúvida.
Instalar o fio terra também é bastante simples. Compre uma barra de cobre em
alguma casa de materiais elétricos, faça um buraco de uns 10 cm de largura no
quintal, ou em algum lugar onde tenha terra, encha com sal, jogue água e em seguida
crave a barra de cobre. Puxe um fio até o neutro da tomada tripolar onde será ligado o
no-break e vualá. Você pode testar se o fio terra está bem instalado usando um
lâmpada de 100 Watts comum: ligue o positivo da lâmpada na tomada e o negativo no
fio do terra. Se a lâmpada acender então o terra está bem instalado.

Parte 8: Integrated Peripherals (Features Setup)

Nesta seção podemos ativar ou desativas vários dos periféricos da placa mãe, como
por exemplo as portas IDE, seriais, paralelas, etc. Em muitas placas é possível
desativar também o vídeo, som, modem ou rede onboard.

Onboard IDE (On Chip PCI IDE)

Como já vimos, todas as placas mãe modernas possuem duas portas IDE embutidas,
que chamamos de IDE primária e IDE secundária.

Como todo dispositivo, estas portas usam canais de IRQ. Assim, caso utilizemos
apenas a IDE primária, ou mesmo uma controladora SCSI, poderia ser interessante
desabilitar a segunda ou ambas as interfaces IDE (no caso de usar apenas periféricos

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SCSI), a fim de manter livres seus canais de IRQ para a instalação de outros
dispositivos. Para isto, basta configurar adequadamente esta opção:

Both: Ambas as interfaces IDE ficarão ativadas.

Primary: Apenas a IDE primária ficará ativada

Secondary: Apenas a IDE secundária ficará ativada

Disabled: Ambas as interfaces IDE serão desabilitadas. Neste caso, ficaremos com os
IRQs 14 (usado pela IDE primária) e 15 (utilizado pela IDE secundária) livres para uso
de outros dispositivos.

IDE Primary Master Mode, IDE Secondary Master Mode


IDE Primary Slave Mode, IDE Secundary Slave Mode

As interfaces IDE são capazes de realizar transferências de dados em vários modos,


que vão desde o lento e antigo Pio mode 0 (3,3 MB/s) até o UDMA 66 utilizado pelos
HDs mais recentes. Devemos informar aqui qual é o modo de transferência de dados
utilizado pelos discos rígidos ou CD-ROMs instalados em cada interface IDE do sistema.
A maioria dos HDs de até 2 anos atrás, trabalham usando o Pio mode 4, enquanto os
mais recentes utilizam o UDMA 33 ou mesmo UDMA 66. A maioria dos drives de CD-
ROM utilizam o Pio mode 3, apesar dos modelos mais novos estarem suportando o Pio
4, ou mesmo o UDMA 33.

Caso tenha dúvida sobre o utilizado pelo seu disco, basta selecionar a opção "auto"
para que o BIOS detecte automaticamente o modo utilizado pelo dispositivo.

Ultra DMA-66/100 IDE Controller

Algumas placas mãe trazem um controlador IDE extra. Estas placas vem com 4 portas
IDE. Duas são as portas normais encontradas em qualquer placa mãe, enquanto as
adicionais são portas UDMA 66 ou UDMA 100. Esta opção permite desabilitar as duas
portas extras. Naturalmente só teria alguma utilidade caso por qualquer motivo você
não pretenda usa-las.

On Board FDC

Além de duas interfaces IDE, as placas mãe incluem também uma controladora de
drives de disquetes que pode ser desativada através desta opção. Geralmente esta
interface só é desabilitada quando o computador não possui drive de disquetes, ou
quando instalamos uma placa Super-IDE e desejamos desabilitar a interface de
disquetes da placa mãe para utilizar a interface da placa externa.

On Board Serial Port 1 e On Board Serial Port 2

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Esta opção permite desabilitar ou especificar um endereço diferente para as portas


seriais do micro. Temos duas portas seriais: a porta serial 1 geralmente é utilizada
pelo mouse, enquanto a segunda pode ser utilizada para a ligação de dois
computadores via cabo serial, instalação de um modem externo, ou de qualquer outro
dispositivo que use uma porta serial.

Por default, a porta serial 1 (On Board Serial Port 1) geralmente utilizada pelo mouse,
usa a COM 1 e o endereço de I/O 3F8. Caso você instale algum periférico que vá
utilizar esta porta (um modem configurado para utilizar a COM 1, por exemplo) poderá
mudar a porta utilizada pelo mouse para evitar conflitos. Em outros casos, você poderá
desabilitar a segunda porta serial, para manter livres os endereços usados por ela.

Serial Port 1 IRQ e Serial Port 2 IRQ

Aqui podemos escolher o canal de IRQ que será utilizado pelas interfaces seriais
instaladas no micro. O mais comum é configurarmos a Porta Serial 1, para usar o IRQ
4, e a porta serial 2, para usar a IRQ 3, mas, em alguns casos, pode ser preciso
escolher outras interrupções para solucionar conflitos.

On Board Parallel Port

Esta nada mais é do que a porta paralela usada pela impressora. Aqui temos a opção
de desabilitá-la. Claro que normalmente não faríamos isso, pois nossa impressora,
assim como outros periféricos que usam a porta paralela, parariam de funcionar.
Porém, em micros que não possuem impressora, desabilitar a porta paralela pode ser
uma boa opção para conseguir mais um IRQ livre.

Parallel Port Address

Aqui podemos escolher o endereço de I/O (input/output, ou entrada e saída) usado


pela porta paralela. Podemos escolher aqui entre três endereços: 378, 278 e 3BC.
Caso você tenha apenas uma porta paralela instalada no micro, poderá escolher
livremente qualquer um destes endereços. Caso esteja usando uma segunda porta
paralela instalada em um Slot ISA ou PCI, cada uma deverá usar um endereço próprio.
Podemos ter até 3 portas paralelas instaladas no micro.

Você pode adquirir novas portas paralelas na forma de placas de expansão ISA. VLB ou
PCI, encontradas com um pouco de dificuldade em lojas especializadas ou sucatões de
informática. Outra opção é comprar uma placa Super-IDE e configurar os jumpers da
placa para que as portas seriais, para joystick e interfaces de disco sejam
desabilitadas, permanecendo ativada apenas a porta paralela.

Parallel Port IRQ

Como todo dispositivo, a porta paralela também utiliza uma interrupção de IRQ.
Geralmente, temos a opção de configurar a porta para utilizar o IRQ 5 ou 7, sendo a

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última mais recomendável, já que geralmente o IRQ 5 é utilizado pela placa de som.
Alguns BIOS permitem também o uso de outros endereços.

On Board Parallel Port Mode (On Board Printer Mode)

As portas paralelas encontradas nas placas mãe modernas, podem trabalhar em


diferentes modos de operação. Aqui podemos justamente selecionar qual modo a porta
paralela deverá utilizar. Geralmente estão disponíveis as opções Normal, Bidirecional,
ECP e EPP.

Os modos Normal e Bidirecional são bem mais lentos. A diferença entre eles é que o
modo Bidirecional permite comunicação bidirecional. O modo ECP é mais rápido, sendo
usado por impressoras um pouco mais modernas, além de ser compatível com a
maioria dos Scanners, Zip Drives e outros dispositivos que utilizam a porta paralela.
Temos também o EPP, com velocidade semelhante ao ECP, porém com menos
recursos.

Geralmente, configuramos a porta paralela com ECP, pois este traz várias vantagens
sobre os outros modos, como o uso de um canal de DMA, que diminui a taxa de
ocupação do processador durante as transferencias de dados. Pode ser, porém, que
uma impressora ou outro periférico mais antigo só funcione adequadamente em uma
porta bidirecional. Neste caso, basta voltar aqui e mudar o modo de operação da
porta.

Init Display First (Inicialize First)

Esta opção tem dois valores, AGP e PCI e é útil em duas situações:

1- Caso você esteja utilizando dois monitores, usando uma placa AGP e outra PCI.
Através desta opção você poderá escolher qual das duas placas será o vídeo primário.

2- Caso você tenha uma placa mãe com vídeo onboard, pretenda substituí-lo por uma
placa 3D PCI e não exista nenhum jumper ou opção no Setup para desativar o vídeo
onboard. Neste caso basta configurar esta opção com o valor PCI. Assim a placa
onboard continuará ativada, mas não atrapalhará mais.

USB Controller (USB Enable)

Esta opção habilita ou não o uso do controlador USB (Universal Serial Bus) embutido
na placa mãe. Deixe esta opção ativada apenas caso esteja fazendo uso de algum
dispositivo USB. Caso contrário, será melhor desabilitar esta porta para liberar o canal
de IRQ usado por ela.

PS/2 Mouse Enable

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Habilita ou não a porta PS/2 encontrada na placa mãe. Caso você não esteja utilizando
esta porta, é recomendável desabilitá-la, assim deixaremos o IRQ 12, utilizado por ela,
livre para uso de outros dispositivos.

UART 2 use Infrared

Atualmente, o infravermelho está sendo bastante usado para a conexão entre


computadores, principalmente entre micros portáteis e até mesmo por mouses e
impressoras sem fio. Para usar um dispositivo que faz a transmissão de dados por infra
vermelho, conectamos um transmissor na porta serial 2 do micro. Este é uma pequena
placa com um fio e um transmissor na extremidade. Esta opção do Setup permite
justamente habilitar ou não o suporte à instalação deste tipo de dispositivo na Com 2.

Muitos notebooks já vem com um transmissor infravermelho instalado, neste caso


habilitar esta opção já deixaria o notebook pronto para transmitir via infravermelho.

Power On Function

Encontrada apenas em placas recentes, esta opção permite configurar os botões que
permitirão ligar o micro. O defaut é liga-lo apenas através do botão liga-desliga do
gabinete, mas algumas placas permitem também botões alternativos:

Keyboard 98: Ativa o botão de ligar encontrado em alguns teclados

Hot Key: Permite configurar um atalho do teclado para esta função, estão disponíveis
opções como Ctrl + F1

Mouse Left, Mouse Right: Para ligar o micro pressionando um dos botões do mouse.
Este recurso só irá funcionar com mouses PS/2, nada de mouses seriais ou USB.

Parte 9: Outras Opções

Security

Esta seção inclui as opções relacionadas com senhas e a opção de antivírus, que em
outros modelos de BIOS é encontrada na seção Advanced CMOS Setup.

Password

Esta é a opção que permite estabelecer uma senha para o micro. Por segurança, é
preciso digitar a senha duas vezes, para descartar a possibilidade de haver algum erro
de digitação na primeira.

Caso você deseje trocar a senha, então o BIOS pedirá que você digite primeiro a senha
antiga. A checagem da senha será feita de acordo com o programado no item Security
Option (Password Check) do Advanced CMOS Setup, podendo ser solicitada toda vez
que o micro for inicializado (opção System), ou somente para fazer alterações no
Setup (Always).

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Antivírus

Em alguns BIOS este item está na seção Advanced CMOS Setup. Caso no Setup do seu
micro ele apareça aqui, basta configurá-lo como descrito na outra seção.

IDE HDD Auto Detection (Detect IDE Master/Slave, Auto IDE)

Para um disco rígido poder ser utilizado, precisa antes ser reconhecido pelo BIOS. Este
reconhecimento consiste em informar o número de trilhas, cilindros, cabeças de leitura
e capacidade.

Apesar de podermos configurar estas opções manualmente, é sempre muito mais


recomendável permitir ao BIOS detectar automaticamente os discos que temos
instalados no sistema, o que é feito justamente nesta opção.

Caso o BIOS da sua placa seja Award, você poderá escolher entre três opções de
configuração do HD: o modo Normal, o modo Large e o modo LBA. O modo LBA
(Logical Block Addressing) oferece suporte a discos maiores que 504 Megabytes, sendo
a opção correta, caso o seu HD seja maior do que isso e você esteja usando o
Windows 95/98/NT ou qualquer outro sistema operacional que ofereça suporte a ele. O
modo Normal é usado por discos menores que 504 Megabytes.

O modo Large por sua vez, permite o uso de discos maiores que 504 Megabytes em
sistemas operacionais que não suportem o LBA, como versões antigas do MS-DOS e
algumas versões do Unix e Linux.

Load Setup Defaults

Esta opção permite carregar os valores default do Setup para todas as opções. É útil
no caso de você ter feito alterações no Setup que causem mau funcionamento do
micro e não lembre quais são. Carregando os valores default, o CMOS Setup carregará
suas configurações originais, de fábrica.

Nos BIOS AMI, geralmente encontramos além da opção de carregar os valores default,
mais duas opções:

Load Fail Safe Defaults

Quando o computador começa a apresentar mau funcionamento em algum de seus


componentes, começam a ocorrer travamentos constantes, além de outros problemas
misteriosos. Muitas vezes o micro sequer chega a inicializar.

Fail Safe significa "à prova de falhas". Esta opção permite justamente configurar o
Setup com valores que visam exigir o mínimo possível dos componentes, para que o
micro pelo menos funcione. São desabilitados os caches L1 e L2, as memórias passam
a funcionar muito mais lentamente, são ativadas todas as opções que visam detectar
erros durante o boot e, muitas vezes, é inclusive diminuído o clock do processador.

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Geralmente, usando este recurso, o micro volta a funcionar, apesar de com uma
velocidade muito baixa. O passo seguinte é ir habilitando os caches e aumentando a
velocidade das memórias aos poucos, a fim de descobrir qual componente está
falhando.

Load Best Values

Esta opção é justamente o oposto da anterior, carregando valores que visam extrair o
máximo de desempenho. Se você não tiver paciência para configurar manualmente
todas as opções do Setup, esta pode ser uma boa opção para otimizar o desempenho
do micro. Se você estiver usando componentes de boa qualidade, não deve ter
problemas usando esta opção, caso contrário, podem surgir problemas inesperados,
relacionados geralmente com falhas na memória RAM ou cache. De qualquer maneira,
bastará carregar os valores default do Setup ou configurar manualmente as opções
para tudo voltar à normalidade.

Save & Exit Setup

Terminando de configurar o Setup, basta usar esta opção para salvar todas as
alterações feitas e sair do Setup. Será perguntado então se é realmente isto que você
deseja, bastando responder "yes" à pergunta.

Exit Without Saving

Se você se arrependeu de alguma alteração feita, basta usar esta opção para sair do
Setup sem salvar nenhuma alteração.

Parte 10: AGP Driving Control

A opção AGP Driving Control, pode ser encontrada em várias placas mãe atuais, como
a Abit VT6 entre várias outras. De uns tempos pra cá venho recebendo alguns mails
perguntando sobre esta opção. Como estava pesquisando sobre ela, não pude
responder as perguntas, por isso estou aproveitando para responder a todos que tem
curiosidade sobre ela aqui.

Basicamente existem dois valores para a opção, Auto, ou Manual. O defaut é Auto,
mas alterando a opção para Manual, é possível escolher vários valores em hexa, de
00h a FFh. Mas para que diabos serve essa opção? Lendo o manual de qualquer uma
das placas você encontrará apenas uma vaga descrição, sugerindo manter o valor
"Auto", eu sempre recomendo a leitura dos manuais, mas neste caso eles não ajudam
muito...

Em primeiro lugar, esta opção é encontrada apenas em placas mãe com chipsets Via.
Ela determina a potência do sinal AGP usado para estabelecer comunicação entre a
placa de vídeo e o processador. A potência do sinal tem uma relação direta com o
tempo de acesso do barramento, por isso tem influência sobre a performance da placa
de vídeo 3D.

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Na opção "Auto" é usado uma espécie de denominador comum, visando manter


compatibilidade com o maior número possível de placas, porém sacrificando parte da
performance. O uso do valor Auto é uma dos motivos do desempenho AGP inferior
mostrado pelos chipsets Via em geral em comparação com chipsets Intel.

No caso dos Intel esta opção não aparece no Setup, pois o valor Auto é fixo,
inalterável. O motivo é que os chipsets Intel tem uma detecção automática do valor
muito mais precisa, o que permite a eles configurar automaticamente o melhor valor
para a placa que estiver sendo usada. Como os chipsets Via não possuem uma auto
detecção tão apurada, é dada no Setup a opção de estabelecer manualmente o valor
desejado. Cada placa de vídeo tem sua configuração ideal neste caso.

Não existe nenhum cálculo para descobrir o melhor valor AGP Driving Control para
cada placa de vídeo, infelizmente dependemos dos fabricantes para descobrir o valor
ideal. O problema é que muitas vezes os fabricantes disponibilizam esta informação
apenas para integradores, e não para o consumidor final, novamente sugerindo o valor
"Auto"... Tanto sigilo pode ser justificado pelo fato de que configurando o valor
incorretamente o desempenho da placa 3D pode ficar comprometido. Em alguns casos
é possível que o PC simplesmente deixe de dar boot.

A Asus por exemplo, recomenda o valor B9h para a Asus GeForce 6600 Pure, a Tyan
recomenda o valor A8h para qualquer placa mãe Tyan + uma placa GeForce 256, e
assim por diante. Garimpando, é possível encontrar informações tanto nos sites dos
fabricantes de placas mãe, quanto nos sites dos fabricantes de placas. Só não procure
no site da Via, pois é perda de tempo. Misteriosamente, eles, que seriam os maiores
interessados em esclarecer sobre a utilidade da opção simplesmente mantém sigilo
absoluto sobre ela.

Como disse, a configuração ideal desta opção varia de acordo com a placa mãe e placa
3D que estiverem sendo usadas, mudando de acordo com a combinação. É uma
espécie de ajuste fino que permite obter um pequeno ganho de performance.

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Parte 10: Gravando em CD

Originalmente, o Compact Disk, ou simplesmente CD, foi desenvolvido para armazenar


música, e substituir os antiquados discos de vinil com vantagens. Como num CD o som
é gravado no formato digital, com uma amostragem de 44.100 Hz, e 16 bits de
resolução, temos um som completamente livre de ruídos, e com uma qualidade quase
perfeita.

Não demorou muito para os fabricantes perceberem que, com um mínimo de esforço,
o CD também poderia ser usado para gravar dados. Criou-se então uma distinção: os
CDs destinados a gravar música passaram a ser chamados de CD-DA, ou "Compact
Disk Digital Audio" enquanto os destinados à gravação de dados passaram a ser
chamados de CD-ROM, ou "Compact Disk Read Only Remory".

Naquela época, os discos rígidos custavam bem mais que atualmente, e com uma
capacidade de armazenamento bem menor. Existia também um grande problema
relacionado à distribuição de softwares, já que com apenas 1,44 MB de capacidade,
são necessários inúmeros disquetes para armazenar programas grandes ou mesmo
jogos.

A grande capacidade, e o baixo custo de produção dos CD-ROMs, também tornaram


possíveis as enciclopédias digitais com som e vídeo, títulos em multimídia, e jogos
mais avançados. Imagine quantos disquetes seriam necessários para armazenar uma
enciclopédia como a Encarta da Microsoft, por exemplo, e quanto esse batalhão não
iria custar ;-)

Formatação

Como o CD foi originalmente desenvolvido para armazenar áudio, os dados são


gravados na forma de uma grande espiral (como num disco de vinil) ao invés de serem
usadas trilhas concêntricas como num HD. Esta espiral engloba todo o disco, dando
cerca de 20.000 "voltas" e tendo um comprimento total de quase 5 quilômetros. Esta
imensa espiral pode ser dividida em trilhas lógicas, cada uma englobando uma faixa de
um CD de áudio, por exemplo. Trilha lógica, pois a divisão existirá apenas do ponto de
vista do leitor. Fisicamente a espiral continuará sendo ininterrupta.

Cada bit gravado corresponde a um conjunto de sulcos no CD, e não a um único sulco
como poderíamos supor. De fato, são usados 17 sulcos para formar um bit 1 ou 0. O
uso desta grande quantidade de sulcos para cada bit é necessária para que, durante a
leitura, a cabeça de leitura tenha tempo suficiente para "perceber" a mudança entre
bits 1 e 0.

Um CD possui cerca de 106 bilhões de sulcos, ou "bits óticos". Se cada sulco


correspondesse a um bit de dados, teríamos uma capacidade incrível de
armazenamento por CD, mas não seria possível, pelo menos com a tecnologia atual,
desenvolver processos de gravação, e principalmente leitores de CD com cabeças
suficientemente sensíveis para conseguir ler os dados com esta precisão.

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A fim de chegar a um consenso quanto à capacidade ideal para o CD, ficou


determinado que ele deveria ser capaz de armazenar 74 minutos de música, com
amostragem de 44.100 Hz, e 16 bits de resolução, o que corresponde a cerca de 742
Megabytes. A fim de melhorar a organização, os dados são agrupados na forma de
setores, assim como num disco rígido. A diferença é que enquanto num HD cada setor
engloba 512 bytes, num CD cada setor (também chamado de "large frame") contém
2.352 bytes.

Como toda a mídia, o CD não é livre de erros de leitura. Num HD por exemplo, além
dos 512 bytes de dados, cada setor engloba mais algumas dezenas de bytes com
códigos de correção de erro, que são usados para detectar e corrigir qualquer
alteração nos dados anteriormente gravados. No caso de um CD de música porém, os
erros de leitura não causam grandes inconvenientes. Caso alguns bits não possam ser
lidos, o CD-Player simplesmente usaria interpolação para evitar quebras no som.

Num CD cada ponto de amostragem de som é composto por 16 bits, o que permite um
valor qualquer entre 0 e 65.535. Digamos que ao tocar uma música qualquer, fossem
extraídos os valores 54.580, 54.500, 53.700, houvesse um erro de leitura e em
seguida fosse lido o valor 52.000. Para tapar o "buraco" o CD-Player simplesmente
tiraria a média entre o valor anterior e o posterior (53.700 e 52.000) chegando a
52.850, que não é necessariamente o valor correto, mas serviria para evitar qualquer
alteração perceptível no som. Devido a isto, podemos aproveitar num CD de música,
todos os 2.352 bytes de cada setor, sendo que num CD de música, cada segundo de
áudio gravado ocupa 75 setores.

Num CD de música, além dos 2.352 bytes de dados, temos mais uma pequena área de
98 bits em cada setor, que armazena os dados do subcanal Q. Estes 98 bits são
reservados para armazenar informações adicionais sobre a faixa do CD que está sendo
tocada, tempo decorrido em minutos e segundos, o endereço do setor e 16 bits que
armazenam um código ECC rudimentar. Além de serem essenciais para manter uma
velocidade constante de leitura, estas informações são usadas pelos CD-Players para
exibir o tempo decorrido do início da faixa.

Veja como fica organizado cada setor num CD de áudio:

Dados Subcanal Q (98 bits)

Endereço
Sincronismo Controle Faixa Índice Minutos Segundos Frames Vago ECC
2.352 bytes do setor
(18.816 bits)
6 bits 8 bits 8 8 bits 8 bits 8 bits 8 bits 8 24 bits 16
bits bits bits

Num CD de dados, o cenário já é um pouco diferente. Ao contrário de um CD de


música, a falha na leitura de apenas alguns bits seria suficiente para inutilizar o
programa a ser lido. Para tornar o CD confiável para o armazenamento de dados,
foram reservados 288 bytes em cada setor para o armazenamento de códigos ECC,
permitindo a correção automática de qualquer alteração nos dados, sendo reservados
mais 16 bytes para sinais de sincronismo e endereçamento. Sobram então 2.048 bytes
em cada setor para armazenamento de dados. Como cada CD possui 330.000 setores,
chegamos a 650 MB de capacidade total de armazenamento de dados. Num CD de
dados, os 98 bits reservados ao subcanal Q não são usados. Veja como fica cada setor
em um CD de dados:

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Dados Sincronismo Endereçamento Código ECC Subcanal Q (não


utilizado)

2.048 bytes (16.384 288 bytes (2.304


12 bytes (96 bits) 4 bytes (32 bits) 98 bits
bits) bits)

Assim como num HD, cada setor de um CD de dados possui um endereço único,
armazenado no campo de 4 bytes reservado ao endereçamento. No início do CD, é
gravado um índice, chamado de TOC ("table of contents", ou "tabela de conteúdo")
que, semelhantemente à FAT de um HD, informa quais arquivos estão gravados no
disco e em quais setores cada um está. Veja que traduzindo para o português, TOC
vira "tabela", por isso não usamos o termo "o TOC" e sim "a TOC". Finalizando, a TOC
do CD também é às vezes chamada de índice.

Parte 2: Uma Salada de Padrões

Além dos padrões para CDs de música e CDs de dados, foram criados com o passar do
tempo vários outros padrões de CD, destinados a diferentes aplicações. Apesar da
mídia usada em todos ser a mesma (no caso o CD :-) a maneira como os dados são
organizados é diferente. Cada um destes padrões acabou recebendo como nome uma
cor; o padrão de CD de áudio original por exemplo, é chamado de "Red Book" ou livro
vermelho, enquanto o padrão de CDs de dados é chamado de "Yellow Book" ou livro
amarelo. Parece que ninguém sabe exatamente de onde surgiu a idéia de dar o nome
de uma cor a cada padrão, mas muitas pessoas dizem que os apelidos surgiram por
causa da cor da capa usada nos manuais que descreviam as especificações de cada
padrão.

Red Book: Este foi o padrão original para CDs de áudio, desenvolvido em uma
parceria entre a Philips e a Sony, publicado em 1980. Conhecido como "Compact Disk
digital Audio" ou CD-DA. Além do formato de gravação de áudio, o Red Book trouxe as
especificações físicas do CD-ROM (número de trilhas e setores, capacidade máxima,
etc.) que são usadas até hoje.

Yellow Book: Este nada mais é do que o padrão para CDs de dados que vimos
anteriormente. Assim como o Red Book, este foi desenvolvido através da parceria
entre a Philips e a Sony e publicado em 1983. O Yellow Book original previa dois
modos de gravação, o modo 1 e o modo 2. A diferença é que enquanto no modo 1
temos reservados 288 bytes em cada setor para os códigos de correção de erros, no
modo 2 todos os 2352 bytes do setor são usados para gravar dados (como nos CDs de
áudio). A idéia era usar o modo 2 para gravar CDs que armazenassem dados como
imagens e vídeo, onde a corrupção de alguns bits não causasse maiores problemas.

Em 1985, uma parceria entre vários fabricantes criou o ISO 9660, uma padronização
para CDs de dados, que estabelecia o uso do modo 1 como padrão entre várias outras
especificações. Como o ISO 9660 era compatível com vários sistemas operacionais,
tornou-se rapidamente o padrão da indústria.

Apesar de sua universalidade, o ISO 9660 tinha a grave limitação de permitir nomes
de arquivos de no máximo 8 caracteres (como no DOS). Para quebrar esta limitação,
outros fabricantes criaram extensões para o ISO 9660 original, que permitiam nomes
de arquivos longos. Porém, ao contrário do ISO que é universal, cada um destes
padrões pode ser lidos dentro de um sistema operacional em particular: a extensão

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que permite nomes longos dentro do Windows chamada-se "Joilet" a que se destina ao
Unix chama-se "Rock Ridge" enquanto a "Apple Extensions" destina-se aos Macs.

Green Book: Este padrão também é chamado de CD Interativo, ou CD-I, e foi


desenvolvido em 1986 novamente pela parceria Philips e Sony. Este formato foi
desenvolvido para ser usado em CDs de multimídia, que trouxessem gráficos, texto,
imagens e sons e pudessem ser visualizados usando um aparelho especial ligado à TV.
Este formato nunca foi muito usado e hoje está extinto.

Orange Book: Este é o conjunto de especificações para CDs graváveis e CDs


regraváveis, e traz vários recursos úteis para a gravação de CDs, como por exemplo, a
possibilidade de gravar CDs multiseção, ou seja, ao invés de gravar todo o CD de uma
vez e fechar a TOC, é possível gravar alguns arquivos de cada vez, até completar o
espaço livre do CD. A TOC é deixada em aberto, e fechada apenas quando o espaço
livre do CD se esgota. Tenha em mente alguns drives de CD-ROM, especialmente os
antigos não conseguem ler CDs multiseção.

White Book: Estas são as especificações para os Vídeo CDs, que nada mais são do
que CDs normais, que armazenam vídeo no formato MPEG ao invés de música. Os
vídeo CDs podem ser vistos em DVD-Players, ou então usando o CD-ROM do micro e
um programa que exiba filmes em MPEG, como o Movie Player do Windows.

Cada Vídeo CD pode armazenar aproximadamente 1 hora de filme, porém com uma
qualidade bem inferior à do DVD, algo parecido com a qualidade de uma fita HVS
comum. Apesar de serem raros no Brasil, os Vídeo CDs são relativamente comuns no
Japão e Estados Unidos, onde vários títulos são lançados neste formato.

Parte 3: Gravação de CDs

Durante vários anos, os CDs foram mídias somente para leitura. Você podia comprar
um programa em CD, mas se por algum motivo precisasse copiá-lo teria que usar
disquetes, Zip-drives ou algum outro dispositivo. Atualmente porém, vemos uma
grande popularização dos gravadores de CD-ROM, que em um futuro próximo
provavelmente se tornarão tão populares quanto as unidades de disquete. Qualquer
usuário com 300 ou 400 dólares, ou bem menos que isso, caso opte por um gravador
usado, pode comprar um gravador e sair gravando CDs com dados ou mesmo CDs de
música, sem muita dificuldade.

Como quase todo mundo hoje em dia possui um drive de CD-ROM, a possibilidade de
gravar CDs é útil também para o transporte de dados. Neste ramo, o CD revela-se
uma opção bem interessante em termos de custo-beneficio, já que possui uma
capacidade equivalente à de 6.5 discos Zip de 100 MB, ou mais de 400 disquetes,
sendo que uma boa mídia gravável não custa mais do que 2.5 ou 3 dólares (menos
que uma caixa de disquetes) e mídias de qualidade inferior chegam a ser vendidas por
menos de 1 dólar.

Outro recurso interessante é o recurso de multiseção, que permite deixar um CD


gravado "aberto". Através deste recurso suportado por qualquer gravador e programas
de gravação atuais, é possível gravar uma quantidade pequena de dados, 100 MB por

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exemplo, e depois ir gravando mais dados até que a capacidade total do CD seja
preenchida, diminuindo bastante o número de mídias necessárias para fazer backups
diários ou mesmo para transportar pequenas quantidades de dados.

Assim como nos drives de CD-ROM, a velocidade de gravação também é mostrada em


múltiplos de 150 KB/s. Um gravador 1x será capaz de gravar CDs a uma velocidade de
150 KB/s, um CD 2x a 300 KB/s, um de 4x a 600 KB/s e assim por diante. Gravando a
1x, um CD cheio demora cerca de uma hora para ser gravado, demorando apenas
meia hora a 2x ou cerca de 15 mim a 4x. Mesmo gravadores mais rápidos podem ser
configurados para gravar CDs a 2x ou mesmo 1x caso seja necessário.

Geralmente os gravadores são capazes de ler CDs a uma velocidade maior do que são
capazes de gravar: um drive 8x4, por exemplo, é capaz de ler a 8x e gravar a 4x.

Mídias

Um CD prensado comum é composto de três camadas: uma camada de plástico de


cerca de 1,2 mm de espessura, uma camada de alumínio, ouro ou platina onde são
gravados os dados, e sobre ela uma camada protetora de verniz. Em um CD-R,
também temos estas três camadas, a diferença é que temos uma quarta camada,
entre o plástico e a camada reflexiva, justamente a camada onde são gravados os
dados.

Esta fina camada é composta de produtos sensíveis ao calor, que tem sua composição
química alterada devido ao calor gerado pelo feixe laser do gravador, muito mais
potente que o usado na leitura do CD. As partes da superfície queimadas pelo laser
ficam opacas e criam pequenas bolhas, deixando de refletir a luz do leitor, substituindo
sulcos dos CDs prensados. Por isso é que na gíria dos micreiros é usada a expressão
"queimar CDs" para se referir ao processo de gravação.

Camada de policarboneto

Vimos que nos CDs prensados a camada de policarboneto é prensada conta um molde,
sendo gravados neste processo os sulcos que armazenam os dados. Num CD gravável,
a camada de policarboneto também é prensada, porém, ao invés de serem gravados

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os sulcos, é gravada a espiral de gravação. Todo o CD virgem já vem com esta espiral
pré gravada, onde serão gravados os dados. O gravador não é capaz de gravar dados
fora da espiral.

Camada reflexiva

Nos CDs prensados, a camada reflexiva é sempre feita de ligas de alumínio, prata ou
platina. Como a camada reflexiva é sempre prateada , e a camada de policarboneto é
transparente, os CDs prensados são sempre prateados.

Já nos CDs graváveis, a camada reflexiva pode ser tanto feita de outro 24 quilates
quanto de ligas de prata ou mesmo alumínio. A camada de gravação por sua vez, pode
ser transparente, azul ou verde, dependendo do material usado. De acordo com a
combinação de cor da cama reflexiva e da camada de gravação, podemos ter CDs
graváveis de várias cores diferentes.

Cores

Atualmente existem 5 substâncias diferentes que podem ser usadas para formar a
camada de gravação dos CDRs. Todas estas substâncias são orgânicas, um tipo de
plástico ou combustível, e justamente por isso podem ser queimadas pelo laser do
gravador. Cada uma estas substâncias foi desenvolvida por uma companhia diferente,
que detêm sua patente. Por serem diferentes, cada substância tem uma cor
predominante:

Substância Desenvolvido por: Cor Predominante

Cyanine Taiyo Yudem Azul

Phthalocyanine Mitsui Chemicals Transparente

Metallized Azo Verbatim/Mitsubishi Azul

Advanced Phthalocyanine
Mitsui Chemicals Verde claro
(tipo 5)

Formazan Kodak Verde claro

Como a camada de gravação é semi-transparente, a cor do CD gravável é formada por


uma combinação da cor da camada reflexiva (que pode ser dourada ou prateada) com
a cor da camada de gravação (azul, verde ou transparente):

Cor da mídia camada de gravação camada reflexiva

Dourado Phthalocyanine dourada (ouro)

Verde Claro
Advanced phthalocyanine prateada
(fabricadas pela Mitsui)

Verde Cyanine dourada (ouro)

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Azul Cyanine prateada

Azul escuro Metallized Azo prateada

Verde claro (de outros


Formazan prateada
fabricantes)

Dourado esverdeado Formazan dourada (ouro)

*Durante um certo tempo foram produzidas algumas mídias alaranjadas, estas mídias
usavam cyanine misturado com um tipo de corante e camada reflexiva prateada.

Além da cor, as substâncias diferem nos quesitos durabilidade e refração da luz. A


Phthalocyanine é dentre todas considerada a de melhor qualidade. Como ela é quase
transparente, os CDRs feitos com ela possuem uma refração de luz quase equivalente
à dos CDs prensados, sendo compatíveis com todos os leitores de CD-ROM. A
Phthalocyanine também tem uma durabilidade maior, cerca de 100 anos segundo o
fabricante. Isto claro, não significa que os CDs feitos com ela durarão todos este
tempo, pois temos também a durabilidade da camada reflexiva e condições de
armazenagem e conservação. Apenas os CDs dourados usam Phthalocyanine.

Recentemente a Mitsui criou um tipo mais sofisticado de Phthalocyanine chamado de


Advanced Phthalocyanine ou de Phthalocyanine tipo 5. Esta nova substância possui
uma refração de luz semelhante à da phthalocyanine comum, mas é bem mais
durável, chegando perto dos 200 anos. Sua cor também é um pouco diferente, ao
invés de transparente ela é verde claro. Esta substância é atualmente usada apenas
em mídias verde claro.

A Cyanine foi a primeira substância usada em CDRs, mas possui algumas


desvantagens em comparação à phthalocyanine. Sua durabilidade é estimada em 50
anos, e sua cor azulada causa uma diminuição na refração de luz, tornando as mídias
incompatíveis com alguns leitores mais antigos e aumentando o número de erros de
leitura em outros. Enquanto as mídias douradas feitas de phthalocyanine possuem
cerca de 85% da refração de luz dos CDs prensados, as mídias verdes e azuis feitas de
cyanine refletem apenas 70% da luz.

Existem dois tipos de cyanine: o que descrevi acima é a formula mais nova, usada
atualmente. A cyanine usada até cerca de 2 anos atrás possuía uma fórmula
ligeiramente diferente, o que a tornava menos durável. Enquanto a cyanine atual
chega a durar mais de 50 anos, a fórmula antiga tinha uma durabilidade estimada em
apenas 10 anos.

A Metallized Azo por sua vez é uma substância desenvolvida recentemente. Sua
refração de luz é semelhante à da cyanine (apesar de sua coloração ser mais escura),
mas sua durabilidade é maior, sendo estimada em 90 anos segundo os fabricantes.
Esta substância é usada apenas em mídias de coloração azul, que podem ser
distinguidas das azuis feitas de cyanine pela tonalidade mais escura.

Finalmente temos o Formazan, também desenvolvido recentemente. O Formazan


combina algumas das características da cyanine e phthalocyanine, possuindo uma
durabilidade estimada em cerca de 50 anos e uma refração de luz pouco inferior à da
phthalocyanine.

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Audio x Dados

Usando um gravador de CD, você pode tanto gravar CDs de dados, quanto CDs de
áudio, que poderá tocar em qualquer CD Player.

Existem porém algumas diferenças na leitura de um CD de música quando por um CD-


Player ou Diskman.

A velocidade padrão de leitura de um CD de música é apenas 1x, um CD-Player lê os


CDs a esta mesma velocidade, e vai tocando a música conforme a lê no CD. Se houver
um erro na leitura de algum setor do CD, ele não tentará uma segunda leitura (ate por
que não haveria tempo para isso) ele simplesmente ignorará o dado que não pôde ser
lido e usará interpolação para encobrir o "buraco". Muitas vezes o remendo feito
usando interpolação não é nem percebido, mas outras aparece na forma de um estalo,
ruído, distorção no som ou algo parecido. Quanto mais erros de leitura, pior será a
qualidade do som.

Para gravar CDs de música as mídias douradas (de phthalocyanine) e verde-claro (de
advanced phthalocyanine) são melhores, pois elas apresentam uma refração de luz
maior do que as verdes e azuis. Com uma refração de luz maior, fica mais "fácil" para
o leitor distinguir entre os 1s e 0s gravados, pois o sinal é mais forte, e
consequentemente temos menos erros de leitura. As mídias douradas e verde claro
também apresentam incompatibilidade com um número bem menor de leitores,
justamente por causa da maior refração de luz.

Durabilidade

Um ponto positivo é a maior vida útil das mídias de phthalocyanine , que com
conservação adequada é estimada chega a ser de 200 anos, contra apenas 50 das
mídias verdes e azuis. Claro que isso depende também da qualidade da mídia: apenas
as de ótima qualidade atingem estas marcas, mídias mais baratas chegam ao cúmulo
de não durarem mais que dois ou três meses depois de gravadas, começando a
apresentar bolhas na camada superior ou outros problemas que inutilizam o CD
gravado. Existem mídias à venda por preços realmente tentadores, já ví algumas
marcas à venda por até 60 centavos de dólar, menos de um terço do preço de uma
mídia de boa qualidade. Mas, não adianta comprar este tipo de mídia, pois além de
perder muitos CDs você enfrentará problemas de compatibilidade, corrupção de dados
e durabilidade, ou seja, só terá dor de cabeça.

Se você ainda acha que todos os CDs duram "por toda a vida" veja a ilustração ao
lado. A camada reflexiva deste CD oxidou quase que completamente, tornando o CD
quase transparente. A própria camada de gravação de deteriorou, formando várias
bolhas, que acabaram virando buracos. Este tipo de deterioração pode acontecer tanto
com CDs de qualidade muito baixa quanto com CDs de boa qualidade, porém
conservados inadequadamente.

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Como disse, boas mídias conservadas adequadamente em lugares com temperaturas


médias, sem muita umidade e principalmente sem serem expostas diretamente à luz
solar podem durar até 200 anos, mas, se você usar mídias de 1 real ou não tomar
cuidado com seus CDs, eles podem te deixar na mão depois de pouco tempo.

Um dos principais determinantes da durabilidade do CD é justamente a camada


protetora sobre a camada reflexiva. Alguns fabricantes aplicam apenas uma fina
camada de verniz sobre ela, estes CDs apresentam uma face superior mais brilhante e
um aspecto frágil. Este tipo de CD é o mais sensível, tanto a arranhões, quanto a luz
solar. Outros CDs, geralmente os de boas marcas possuem sobre esta camada de
verniz, uma nova camada protetora, destinada a protege-la e facilitar a impressão do
CD. Em alguns casos, como nos CDs com tecnologia "Infoguard", são usadas várias
camadas protetoras. Quanto maior for a proteção sobre a camada reflexiva, mais
resistente será o CD.

A minha experiência prática com gravação de CDs é que independentemente da cor,


mídias de boas marcas (veja a seguir), dificilmente apresentam qualquer problema,
enquanto mídias sem marca, mais baratas, costumam dar dor de cabeça também
independentemente da cor. Em se tratando de mídias graváveis, infelizmente quase
sempre a mais cara é melhor.

Reconhecendo mídias

Num CD gravável temos uma pequena área pré-gravada chamada ATIP que armazena
várias informações sobre a mídia e sobre o fabricante. Através destes dados é possível
descobrir a marca do CD com praticamente nenhuma margem de erro.

Existem alguns programas especializados nesta tarefa. Na minha opinião, o melhor


atualmente é o CDR-Identifier, um programa freeware. Clique aqui para baixa-lo (100
KB)

Claro que o programa não é perfeito, é incompatível com alguns modelos de


gravadores e não é capaz de reconhecer alguns poucos modelos de mídias, porém na
grande maioria dos casos ele faz um ótimo trabalho. Com ele é possível descobrir as
marcas tanto de mídias virgens como de CDRs já gravados. Ao baixar ao programa
não deixe de dar uma olhada no Read-me para checar quais são os gravadores
incompatíveis.

Parte 4: CDs Regraváveis, Cds de 80 Minutos e Oversize

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CDs Regraváveis

O gravadores de CD são muito práticos para fazer backups de grandes quantidades de


dados, transportar arquivos ou programas, e duplicar CDs de áudio ou dados, tarefas
para as quais eles apresentam um excelente custo-beneficio, considerando-se o baixo
custo das mídias virgens.

Os CDs graváveis porém, trazem a desvantagem de não permitirem regravação. Se


você gravar um CD hoje, e amanhã precisar alterar um único arquivo das centenas que
foram gravados, terá que gravar outro disco, não sendo possível alterar somente o
arquivo que foi alterado, como fazemos em disquetes ou com o disco rígido. Para
solucionar este inconveniente, surgiram os CDs regraváveis, que podem ter seu
conteúdo alterado livremente, praticamente com a mesma facilidade que temos com
mídias magnéticas como Zips e disquetes.

A mágica é permitida pela substância usada na composição da camada de gravação


dos CDs regraváveis. Enquanto em um CD gravável a camada de gravação é queimada
pelo laser, tornando-se inalterável após a gravação, a mídia regravável pode ser
alterada entre o estado cristalino e o opaco através de laseres de intensidades
diferentes. Esta técnica é bem interessante, pois com o laser, o material é fundido,
mas de acordo com a temperatura de fusão, ele assume características diferentes ao
esfriar. Um temperatura mais alta torna o material opaco, enquanto um laser um
pouco mais fraco o faz voltar ao estado original. Segundo os fabricantes, este tipo de
mídia pode ser reescrita mais de 1.000 vezes antes de começar a apresentar qualquer
problema, mas novamente isto depende da qualidade: algumas mídias começam a
apresentar erros depois de poucas regravações.

A princípio, qualquer software de gravação de CDs atual será capaz de trabalhar


normalmente com CDs regraváveis. Alguns são tão amigáveis, que permitem gravar
arquivos no CR-RW simplesmente arrastando-os dentro do Windows Explorer para o
ícone do drive, exatamente como faríamos para gravar arquivos em um disquete.

O maior problema com os CDs regraváveis, porém, é a compatibilidade. Um CD-R


reflete mais de 70% da luz que é refletida por um CD prensado, e por isso pode ser
lido por praticamente qualquer drive sem muita dificuldade. No caso de um CD-RW, a
refração é bem menor, cerca de apenas 20%.Para ler estas mídias o leitor precisa ser
equipado com um circuito especial, chamado AGC "automatic gain control", ou controle
automático de ganho. Este circuito, que é embutido na cabeça de leitura é capaz de
detectar a baixa taxa de reflexão da mídia, e aumentar a intensidade do laser de
leitura. Temos então um laser bem mais forte do que o usual, para compensar a baixa
reflexão da mídia, fazendo com que o laser refletido tenha uma intensidade parecida
com o normal.

Apenas os leitores de CD mais atuais, e mesmo assim nem todos, possuem o AGC,
pois este circuito é relativamente caro, fazendo com que muitos fabricantes optem por
retira-lo do projeto a fim de produzir leitores um pouco mais baratos. Você pode usar
um CD-RW para fazer seus backups, por exemplo, lendo-os posteriormente no próprio
gravador, mas talvez tenha que gravar um CD-R para poder transmiti-los a um amigo
com um drive de CD-ROM comum.

Além disso, os CDs regraváveis ainda trazem mais alguns inconvenientes. Como a taxa
de refração luminosa é bem mais baixa, a leitura do CD é mais difícil, tornando as

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mídias regraváveis muito mais sensíveis a arranhões, poeira, sujeira, etc. Trabalhando
com mídias regraváveis você deverá ser especialmente cuidadoso quanto ao
armazenamento.

Outro problema reside na durabilidade, que é muito menor do que a dos CDs
convencionais e à sensibilidade dos CDs a leituras sucessivas. Acontece que o material
que compõe os CDs regraváveis é sensível à mudanças de temperatura. por outro
lado, devido à baixa refração luminosa, o leitor é forçado a utilizar um laser muito mais
forte que o normal para lê-los. O resultado é que após ser lido varias vezes, uma mídia
regravável começa a apresentar corrompimento nos dados, principalmente mídias de
baixa qualidade. Definitivamente as mídias regraváveis não são as mais aconselháveis
para guardar dados importantes durante longos períodos.

Muitos usuários preferem usar mídias convencionais para fazer backups ao invés das
regraváveis pelo fato de que uma vez gravados os dados você os terá para sempre
(pelo menos em teoria, já que dificilmente alguém vive tanto quanto dura um bom CD
:-). Se daqui a 10 anos bater uma seção nostalgia e você resolver reler alguns e-mails
gravados em um CD bastará coloca-lo na bandeja do leitor, enquanto que se usasse
CDs regraváveis provavelmente já os teria apagado e gravado outra coisa por cima a
muito tempo.

Antigamente, a taxa de gravação em CDs regraváveis era de no máximo 2x, porém os


gravadores mais atuais conseguem velocidades muito maiores, 4x, 6x, 8x, ou até
mesmo 12x em alguns modelos. Lembre-se que alé, do gravador, a mídia a ser
gravada também precisa suportar estas velocidades mais altas de gravação.

As mídias regraváveis ainda custam bem caro comparado com mídias graváveis
comuns, boas mídias custam em torno de 15 a 25 reais por unidade, mas este preço
tende a baixar com o amadurecimento e popularização desta tecnologia.

CDs de 80 minutos

O Red Book, especificação original dos CDs, estipula uma distância fixa entre a
primeira e a última trilha do CD, porém, permite uma certa flexibilidade na distância
entre as trilhas, prevendo tanto mídias de 74 minutos (o mais comum) quanto mídias
capazes de armazenar 80 minutos de música.

Os CDs de 80 minutos possuem mais trilhas do que os CDs normais, de 74 minutos, e


permitem também que sejam gravados mais dados: 700 MB contra os 650 MB de um
CD normal. Como disse, a distância entre a primeira e a última trilha do CD é a
mesma, o que muda é apenas a distância entre as trilhas do CD, que passa a ser um
pouco menor. Veja que este recurso já é previsto no Red Book original, não é nenhum
padrão novo.

Como os CDs de 80 minutos podem ser lidos por praticamente todos os drives de CD,
eles vem sendo cada vez mais usados como mídia de jogos e programas, dificultando a
pirataria, já que os 700 MB de dados de um CD de 80 minutos não cabem num CD-R
normal, dificultando sua duplicação.

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Já existem também CD-R de 80 minutos de várias marcas. Estes são suportados por
quase todos os gravadores de CD, mas é preciso que o programa de gravação suporte
o uso deste tipo de mídia. Alguns programas compatíveis com os CDs de 80 minutos
são o Easy CD Creator Deluxe 3.5, CD Wizard Pro 4.65, CDRWIN 3.6, DiscJuggler
1.05.238, Nero Burning Rom 4.0.0.5, Prassi CD Rep Plus 2.0 e WinOnCD 3.5.

Alguns poucos leitores e também alguns gravadores de CD podem apresentar erros de


leitura quando usados CDs de 80 minutos. Isto não tem a ver com o fato do aparelho
ser recente ou antigo, e sim com características peculiares de cada um. Os gravadores
HP 8100i e Sony CRX-100 por exemplo, só são capazes de gravar os primeiros 78
minutos.

Claro que estes dois não são os únicos, mas na maioria dos casos é possível tornar o
gravador compatível com uma atualização do firmware do gravador. O firmware é uma
espécie de "BIOS" do gravador, uma pequena quantidade de memória flash que
armazena várias rotinas de software responsáveis pelo funcionamento do gravador.
Você encontrará tanto os arquivos binários quanto o programa de gravação na página
do fabricante do seu aparelho. A atualização do firmware envolve alguns riscos, por
isso não deixe de ler atentamente as instruções e advertências fornecidas pelo
fabricante.

Oversize

O Red Book especifica que além dos 74 ou 80 minutos normais, um CD deve ter uma
área de terminação de pelo mais 90 segundos. Esta área de terminação, chamada
"Lead Out" abrange as trilhas mais externas do CD, e pelos padrões fica sempre em
branco, servido com uma espécie de "capa" para o resto do CD. Apesar do padrão
exigir 90 segundos de lead out, geralmente os fabricantes reservam uma área maior,
120, 150 ou até mesmo 180 segundos.

Apesar de pelos padrões o lead out ter que sempre ficar em branco, suas trilhas são
perfeitamente utilizáveis para a gravação de dados. Muitos dos gravadores mais
modernos são capazes de gravar dados na área de terminação, chegando a 78 minutos
de música ou 690 MB de dados nos CDs normais, ou até 83 minutos num CD de 80
minutos. Este recurso é chamado de oversize, ou "acima da capacidade" numa
tradução livre.

Nem todos os gravadores de CD suportam o oversize, já que para gravar CDs neste
modo, é preciso deslocar o cabeçote de gravação até o final do CD, tarefa para a qual
muitos não estão preparados, seja por limitações físicas ou de firmware.

Para gravar CDs com oversize, também é necessário suporte por parte do software de
gravação. Apenas programas mais recentes, como o Nero, CDRWIN, Feurio!, Disc
Juggler, CD Rep Plus, CD Wizard Pro entre outros possuem este recurso. No Nero por
exemplo, a função de oversize é ativada em File/Preferences/Expert Features/Enable
Oversize. O maior problema é que estes programas são comerciais, ao contrário de
programas mais simples que costumam vir de graça com os gravadores.

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Todo CD gravável virgem já vem com algumas informações pré gravadas. Estas
informações são chamadas de ATIP, e incluem informações essenciais para que o
gravador possa fazer a gravação: a capacidade normal do disco, o fabricante do disco,
a formulação física do disco, a velocidade máxima de gravação suportada e o último
endereço onde podem ser gravados dados ou seja, a capacidade máxima do disco
incluindo o oversize.

Só um gravador de CD-R pode ler o ATIP, um drive de CD-ROM ou CD-Player


normalmente não pode, pois não precisa desta informação para ler o CD.

Veja que na ATIP estão indicadas tanto a última trilha do CD onde podem ser gravados
dados (a última trilha antes do início do Lead Out), trilha que indica a capacidade
normal do CD (por volta de 74 minutos) quanto a trilha onde o lead out termina. Um
gravador que não suporte oversize gravaria apenas até o início do lead out, na trilha
indicada no ATIP, enquanto um gravador compatível com o recurso de oversize pode
ignorar esta indicação e gravar até o final do lead out, usando a capacidade máxima
do CD.

Os fabricantes advertem que em alguns casos tentar gravar usando oversize em um


gravador não compatível pode até mesmo danificar o drive. Apesar de até agora não
ter notícias de nenhum caso de danos, isto indica que assim como outros hacks, como
overclock, este não é um recurso aprovado pelos fabricantes.

Mais um problema com o oversize é que muitos leitores de CD-ROM, mesmo alguns
dos de 40x mais recentes não são capazes de ler CDs com este recurso, e além disso,
a qualidade da mídia na últimas trilhas do CD, aproveitadas para gravar mais dados,
costuma ser inferior (já que esta área normalmente não seria usada), ocasionando
erros de leitura e diminuindo a confiabilidade do CD.

Parte 5: Configuração do Micro x Buffer Underrum

A gravação de um CD é um processo razoavelmente lento que não pode ser


interrompido de maneira alguma, caso contrário, a mídia que está sendo gravada será
perdida. O problema que mais atormenta os usuários de gravadores de CD é o famoso
"Buffer Underrun", uma situação onde a gravação é interrompida por falta de dados.

Todo gravador de CD possui um pequeno buffer, de 2 ou mesmo 4 MB nos drives mais


recentes e 1 MB ou 512 KB em gravadores mais antigos ou de baixa qualidade. Este
buffer funciona como uma "poupança" guardando dados que serão usados caso haja
qualquer interrupção momentânea no fornecimento de dados para o gravador,
evitando a perda da mídia. Assim que o gravador volta a receber dados, o buffer é
novamente preenchido, mais ou menos como a represa de uma usina hidrelétrica.

Pode parecer estranho que qualquer micro razoável não seja capaz de fornecer um
fluxo de dados de apenas 600 ou 1200 KB/s, sendo que um bom HD é quase 20 vezes
mais rápido do que isso, e até uma mísera porta paralela ECP seria capaz de suportar
com sobra um fluxo tão pequeno.

O problema neste caso, porém, não tem muito a ver com a velocidade da transmissão
de dados, e sim com a capacidade de transmitir dados do HD para o gravador de
forma ininterrupta. Neste aspecto, os HDs e gravadores de CD SCSI são muito

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melhores do que os IDE, já que o SCSI permite uma transferência de dados muito
mais estável e menos dependente da disponibilidade do processador.

O ideal seria o uso de um gravador SCSI e de um HD SCSI, o que asseguraria


gravações a 4x ou mais sem problemas de buffer underrun. A segunda opção seria um
gravador SCSI e um HD IDE razoavelmente rápido, o que também geraria bons
resultados.

Gravadores SCSI ainda são um pouco mais caros do que os IDE, mas sinceramente
esta diferença vale à pena, principalmente por que quase todos os gravadores SCSI já
acompanham placas SCSI, dispensando qualquer despesa adicional. Tendo uma placa
SCSI instalada, você terá também a possibilidade de instalar HDs e outros periféricos
SCSI no micro, complementando o bom negócio.

Caso você tenha decidido comprar um gravador IDE, ou já possua um, nossa terceira
opção será instalar o gravador sozinho na IDE secundária, deixando o HD também
sozinho na IDE primária. Desde que o seu HD seja razoavelmente rápido, e o gravador
possua pelo menos 2 MB de buffer, esta combinação também vai funcionar sem
problemas, apesar de você talvez perder uma mídia ou outra esporadicamente caso
utilize outros programas no micro enquanto estiver gravando os CDs. A menos que
você tenha mídias sobrando, de modo algum instale o gravador na mesma porta IDE
do disco rígido, pois isto causará interrupções nas transferências de dados que
colocarão a gravação em risco.

Em qualquer uma das situações acima, procure de desativar todos os programas


residentes antes de fazer as gravações, especialmente o antivírus, pois eles
atrapalham e muito as gravações, ajudando a causar esvaziamento do buffer.

Quanto maior for o buffer, maior é a segurança. Justamente por isso, muitos dos
gravadores mais modernos trazem 4 MB de buffer, o que garante gravações mais
seguras. 4 MB de buffer garantem cerca de seis segundos de dados numa gravação a
4x, tempo suficiente para abrir um arquivo grande do Word por exemplo.

Também é possível fazer gravações apartir do CD-ROM, facilitando por exemplo a


tarefa de duplicar um CD qualquer. Você sempre ouviu que o CD-ROM não deve ser
instalado na mesma porta IDE do disco rígido, e realmente isto está corretíssimo.
Porém, se você tiver um CD-ROM IDE, um disco rígido IDE e para completar um
gravador também IDE, o mais aconselhável caso você pretenda fazer gravações apartir
do CD-ROM seria instala-lo na IDE primária junto com o HD, deixando o gravador
sozinho na IDE secundária. Neste caso poderíamos fazer tanto gravações HD >
gravador quanto gravações CD > gravador com mais segurança, pois em ambos os
casos o gravador estaria instalado numa porta IDE diferente da do dispositivo que
fornecerá os dados.

Apesar de mais raros, existem também gravadores externos, que utilizam a porta
paralela. Apesar da portabilidade, estes drives acabam sendo os piores, pois além de
lenta, a porta paralela consome muitos recursos do processador durante as
transferências de dados, o que acaba por causar muitos problemas de buffer underrun.
Evite ao máximo comprar gravadores paralelos. Se por acaso você já tiver um, as
dicas para conseguir fazer boas gravações são configurar a porta paralela como "ECP"
no Setup, desativar todos os programas que estejam rodando em paralelo,

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principalmente o antivírus, desabilitar a proteção de tela e não utilizar o micro para


mais nada enquanto estiver gravando os CDs.

Outra opção de gravador portátil atualmente são os gravadores USB. Como todos os
demais periféricos USB, estes ainda não são muito comuns. A porta USB é uma
interface muito mais adequada do que a porta paralela para a gravação de CDs: é
mais rápida e principalmente, consome muito menos recursos do processador durante
as transferências de dados. Os gravadores USB costumam funcionar muito melhor do
que os paralelos, e como a porta USB permite um barramento de 12 megabits, ou 1,5
MB/s é possível gravar a 4 ou 6x sem problemas, apesar da maioria dos gravadores
permitir apenas 4x.

A instalação também é simples, depois de conectar o aparelho basta ligar o micro que
o Windows irá detectá-lo automaticamente, bastará então fornecer os drivers do
fabricante. Só será preciso fornecer os drivers da primeira vez que usar o aparelho. Ao
usar o um gravador USB evite ligar outros periféricos na mesma saída USB. Como as
placas mãe vem com duas saídas, reserve uma para o gravador e ligue todos os
demais periféricos na outra.

Seja qual for a configuração que estiver utilizando, antes de gravar seu CD, é
aconselhável desfragmentar o disco rígido, pois com os dados gravados
sequencialmente no disco, o tempo de acesso aos dados e a taxa de transferência
serão melhores, diminuindo muito a frequência de ocorrência de buffer underrun.

Caso você esteja gravando em velocidades mais altas, 4x ou mais, evite usar o micro
enquanto estiver gravando CDs, pois qualquer acesso ao disco rígido pode resultar no
esvaziamento do buffer, especialmente em gravadores IDE com 1 MB ou menos de
buffer. Lembre-se que gravando a 4x, 1MB de buffer correspondem a apenas segundo
e meio de dados. Abrir um programa pesado ou um arquivo grande pode estrangular a
transferência de dados durante um tempo razoável, mais do que suficiente para
esvaziar o buffer, principalmente se você estiver à mercê da porca multitarefa do
Windows 95/98. Definitivamente, para gravar CDs o sistema operacional mais
recomendável é o Windows 2000.

Dependendo da configuração da sua máquina, e principalmente da velocidade do disco


rígido, pode ser que seja possível rodar outros programas pesados, ou mesmo jogos
durante a gravação dos CDs, sem perder mídias. Neste caso, você saberá apenas
depois de tentar, mas a maioria dos programas de gravação permitem executar uma
simulação antes de partir para a gravação do CD. Nesta simulação, são reproduzidas
todas as etapas da gravação, porém nenhum dado é gravado no disco, permitindo que
você faça várias experiências sem arriscar perder mídias. Tenho um amigo que joga
até Quake 3 enquanto grava CDs e jura que até hoje não perdeu nenhuma mídia por
causa disso, como disse, vai da configuração do seu micro.

Se você estiver usando o Windows 2000, uma dica é pressionar crtl + alt + del para
abrir o gerenciado de tarefas. Localize o programa de gravação e mude a prioridade de
"Normal" para "Alta", isto ferá com que o Windows dê prioridade para o programa de
gravação, diminuindo a possibilidade de perder a mídia por causa de outros aplicativos.

Seguindo todos estes cuidados é possível gravar CDs praticamente em qualquer micro,
até mesmo num 486. Aliás se você costuma gravar muitos CDs, esta pode ser uma
boa opção para gravar os CDs sem ocupar o micro principal; comprar um outro micro,

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um Pentium 166 ou algo parecido e reserva-lo para a gravação dos CDs. Como disse a
maioria dos problemas de buffer underrun surgem ou devido a erros de configuração
ou a programas sendo executados durante as gravações; dedicando um micro
exclusivamente a esta tarefa, a possibilidade é muito menor.

Se mesmo com todos estes cuidados você ainda está tendo problemas de buffer
underrun (isso pode acontecer caso seu gravador possua um buffer pequeno, ou caso
seu HD seja muito lento, por exemplo) você pode diminuir a velocidade da gravação,
de 4x para 2x ou mesmo 1x. Com uma velocidade menor, o buffer demorará muito
mais para se esvaziar, e o problema será resolvido. Vale lembrar que mídias de má
qualidade muitas vezes dão problemas caso sejam gravadas a 4x ou mais. Para gravar
nesta velocidade é imprescindível que a mídia seja de boa qualidade.

Parte 6: Gravando CDs [parte 1]

Gravando CDs

Existem inúmeros programas de gravação de CDs, mas para não alongar muito, usarei
aqui apenas o Easy CD Creator 3.5, que é um dos programas mais usados. Em outros
programas a interface será diferente, mas as opções serão parecidas.

O Easy CD é capaz de reconhecer praticamente todos os gravadores de CD-ROM,


bastando apenas no caso de gravadores SCSI que a placa SCSI esteja corretamente
instalada. A mesma regra vale para outros programas de gravação. Salvo algum tipo
de incompatibilidade entre o gravador e o programa, qualquer programa de gravação
será capaz de reconhecer e utilizar o gravador, desde que ele esteja corretamente
instalado.

Como o próprio nome sugere, o Easy CD Creator é um programa extremamente


intuitivo e fácil de usar. Logo ao abrir o programa, você receberá uma mensagem de
boas vindas, perguntando se deseja gravar um CD de dados ou um CD de música.
Como já vimos, o formato de gravação de um CD de dados e outro de música é
diferente, já que num CD de dados são necessários códigos de correção de erros.

Gravando CDs de dados

Escolhendo a opção de gravar um CD de dados, você deverá fornecer a localização dos


arquivos ou pastas a serem gravados, basta selecionar o arquivo e clicar em "Add
Now". Para selecionar vários arquivos basta usar a tecla Shift. Você poderá usar
arquivos espalhados pelo HD, ou mesmo gravar arquivos direto de um leitor de CD-
ROM que também esteja instalado em seu sistema. Usar arquivos espalhados pode
causar problemas de buffer underrun, principalmente caso você esteja gravando a 4x.
Neste caso, procure juntar todos os arquivos uma única pasta, desfragmentar o disco,
e fazer a gravação a partir dela.

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Clicando em "Next" Surgirá mais uma mensagem, desta vez perguntando se você
deseja executar um teste de gravação antes de gravar os dados no CD. No teste de
gravação são executadas todas as etapas da gravação, porém nenhum dado é gravado
no disco, permitindo diagnosticar problemas de buffer underrun ou outros
inconvenientes sem arriscar perder a mídia. Este teste tem a mesma duração da
gravação, ou seja, de 15 minutos a uma hora, dependendo da velocidade escolhida.

Clicando novamente em "Next" surgirá mais uma caixa de mensagem, perguntando se


você deseja iniciar a gravação imediatamente, ou se deseja configurar mais alguma
coisa e deixar para gravar depois. Se esta é a primeira vez que você está usando o CD
Creator, clique em "Create Later" para acertar algumas configurações antes de
começar a gravação.

Na tela principal do programa, clicando em "File" e em seguida em "CD Layout


Properties" você entrará em um menu de configurações, onde poderá escolher o nome
do CD-ROM (o nome que aparecerá quando o CD for acessado através do Windows
Explorer), o formato de gravação entre ISO9660 e Joliet, e a maneira como os dados
serão gravados no disco.

O ISO9660 é um formato universal, uma espécie de html para CD-ROMs. Gravando


seu CD neste formato, os dados poderão ser lidos em qualquer sistema operacional,
como Mac OS, OS/2, UNIX, Linux e outros. Porém, neste formato, o nome dos
arquivos é limitado a apenas 8 caracteres, com uma extensão de 3 caracteres, como
no DOS.

Já no Joliet, os arquivos poderão conter até 63 caracteres, incluindo espaços e


caracteres especiais. Se o CD-ROM for ser lido em máquinas rodando o Windows
95/98/NT/2000, escolha o Joliet, pois ele permite arquivos com nomes longos.

Nesta mesma janela, temos mais três opções relacionadas à formatação do CD a ser
gravado. Escolhendo a opção "Preserve normal file ordering", os arquivos serão
gravados no CD-R exatamente na mesma ordem que se encontravam no disco rígido
ou CD-ROM. A opção "Re-order files to maximize disc creation speed" reorganiza a
ordem dos arquivos de modo a permitir uma gravação um pouco mais rápida, sem que
seja alterada a estrutura lógica do diretório. Por último, a opção "Re-order files to
maximize usable disc space" serve para reorganizar os arquivos de modo usar o
espaço do CD o mais racionalmente possível. Geralmente esta opção consegue liberar
alguns Kbytes de espaço no CD.

Na prática não existe quase diferença entre estas três opções, nada de
incompatibilidades ou ganhos significativos de espaço livre ou velocidade, escolha a
opção que lhe parecer melhor.

Alguns programas de gravação como o Packet CD e o Direct CD 3.0, oferecem a opção


de gravar os dados no CD de forma compaqtada. O algoritmo de compactação é
semelhante ao utilizado pelo Duble Space do Windows, isto significa que a taxa de
compressão depende do tipo de arquivos que for gravar. Gravando arquivos de texto,
documentos do Word, executáveis imagens em BMP, etc. você terá um grande
aumento no espaço útil do CD, porém gravam arquivos já compaqtados, imagens em
JPEG, etc. o ganho será quase nenhum. Mas, infelizmente, o Easy CD Creator 3.x não
suporta este recurso.

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Na Guia "Audio Setings" você pode especificar o título do CD e o nome do artista, que
serão exibidos quando o CD for tocado usando o CD Player do Windows por exemplo.

Voltando para a Janela principal do programa e entrando em "Tools" e "System Tests"


você encontrará vários testes úteis para conhecer as taxas de transferência permitidas
por seu HD e CD-ROM, determinar quais velocidades de gravação podem ser usadas
com segurança.

Em "Transfer Rate" você poderá testar de forma independente todos os seus discos
para determinar as velocidades de transferência permitidas por cada um. Caso além do
gravador você possua um CD-ROM comum, você poderá gravar dados ou música
diretamente a partir dele. Use o teste para saber quais são as taxas de transferência
alcançadas.

Executando o teste em um micro com um HD IDE de 2,6 GB, obtive para o disco
rígido, 1539 KB/s lendo arquivos pequenos e, 3072 KB/s lendo arquivos grandes, o
que a princípio me permitiria gravar a até 4x sem problemas. O CD-ROM de CD-ROM
32x Cyberdrive já ficou bem atrás, conseguindo apenas 514 KB/s lendo arquivos
pequenos e 682 KB/s lendo arquivos grandes. Caso fosse gravar a partir do CD-ROM,
poderia gravar a 2x, mas gravando a 4x enfrentaria problemas de buffer underrun.

Outro teste para o CD-ROM é a velocidade de extração de áudio, que pode ser feito na
guia "Audio Extraction". A extração digital de áudio permite extrair as faixas de um CD
de música digitalmente através da porta IDE (ou SCSI). Nem todos os CD-ROMs
possuem este recurso, que permite duplicar um CD de áudio gravando os dados
diretamente do CD-ROM para o CD-R. Executando o teste, fui notificado que meu CD-
ROM possui extração digital de áudio, e que a velocidade fica em 690 KB/s, o que me
permitiria duplicar um CD de música a 4x com uma pequena margem de segurança.

O último teste, encontrado na guia "Recorder" serve para testar o seu gravador,
descobrindo em quais velocidades (1x, 2x, 4x etc.) ele é capaz de gravar, fazendo
também um breve teste de gravação em cada velocidade para detectar possíveis
erros. Para executar este teste é preciso colocar um CD-R virgem no gravador, mas
não se preocupe, pois nenhum dado será gravado no disco.

Parte 7: Gravando CDs [parte 2]

Depois de terminar os testes e decidir em que velocidade vai gravar seu CD, basta
fechar a janela de testes e clicar no botão com a bolinha vermelha para começar a
gravação. Surgirá um último menu que lhe permitirá dar uma revisada nas
configurações da gravação e mudar o que desejar.

Na guia general, você poderá escolher qual gravador vai usar (caso tenha mais de um
instalado), a velocidade em que será feita a gravação (2x, 4x, etc.). Também poderá
escolher entre fazer a simulação de gravação e, caso não haja nenhum problema,
começar a gravação (Test And Create CD), gravar o CD diretamente, sem executar o
teste (Create CD) ou apenas executar o teste de gravação, sem gravar o CD (Test
Only).

Na guia "Advanced" você poderá alterar a forma de gravação, escolhendo entre três
opções:

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Escolhendo a opção "Leave Session Open" que poderá ser usada apenas em CDs de
áudio, o CD ficará aberto, permitindo que você insira mais faixas quando quiser, até
esgotar a capacidade do CD. O inconveniente deste método, é que, enquanto o CD não
for fechado você não poderá ouvi-lo em nenhum CD-Player, apenas no gravador.
Quando for gravar a última faixa, escolha a opção "Close Disc" para fechar o CD e
poder ouvi-lo onde quiser. A partir daí você não poderá gravar mais nada no CD.

A segunda opção, "Close Session and Leave Disk Open", é o defaut tanto para CDs
de dados quanto de áudio, permitindo fechar a seção, mas deixar o disco aberto. Desta
maneira, o disco poderá ser lido em qualquer drive de CD-ROM, e ao mesmo tempo
você poderá adicionar mais dados quando quiser, na forma de uma nova seção. O
problema em usar este modo é que temos uma grande perda de espaço útil: são
perdidos 25 MB para abrir a primeira seção e mais 15 MB para cada seção
subsequente. Isto significa que ao gravar um CD com 5 sessões, o espaço útil do CD
será reduzido em 85 MB.

Outro problema com este método é que alguns drives de CD, geralmente os mais
antigos, não são capazes de ler CDs multiseção.

Finalmente, temos a opção "Close Disk" na qual o disco será fechado assim que a
gravação atual terminar. Esta opção é a ideal caso você não pretenda acrescentar mais
dados no disco, pois evita perda de espaço e torna o CD mais compatível.

Na última guia "Summary", será mostrado um resumo das configurações de


gravação; caso alguma coisa esteja errada, basta clicar em "cancel" e alterar a
configuração que desejar.

Depois de revisar as configurações, basta clicar em OK para iniciar a gravação; será


mostrado um indicador de progresso com a quantidade de dados gravados e o tempo
restante para o término da gravação. Clicando em "details" você poderá acompanhar o
estado do buffer; o ideal é que durante a gravação ele se mantenha a 100%.

Gravando CDs de áudio

Para gravar um CD de áudio, basta escolher a opção "Audio CD" na tela de boas vindas
do Easy CD. Caso além do gravador, você tenha instalado um drive de CD-ROM com
capacidade de fazer extração de áudio digital, você poderá duplicar CDs gravado direto
do drive de CD-ROM. Para isso, basta selecionar todas as trilhas e clicar no botão "Add
Now". Não deixe de executar antes o teste de extração de áudio para verificar a
velocidade de extração de áudio alcançada pelo seu CD-ROM, lembre-se a velocidade
de extração de áudio é diferente da velocidade nominal do CD-ROM, muitos aparelhos
de 32x ou mais mal conseguem fazer extração a 2x. Se você não possui um segundo
drive, ou se deseja fazer uma coletânea com músicas de vários CDs, você também
poderá gravar as músicas no disco rígido na forma de arquivos WAV, para depois
gravá-las no CD-R.

Você poderá gravar não somente músicas, mas qualquer arquivo sonoro com extensão
WAV, como gravações de voz feitas no gravador de som do Windows.

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Para ripar as músicas, ou seja, gravá-las no disco rígido, basta selecionar a opção
"Create CD Later" e na tela principal do Easy CD, clicar com o botão direito sobre a
música a ser ripada e em seguida em "Pre-record to Wav file". Tanto faz ripar as
músicas a partir de um drive de CD-ROM ou usar o próprio gravador, a única diferença
é um Drive de CD-ROM 32 ou 40x geralmente será bem mais rápido.

Depois que tudo estiver pronto, basta criar um novo layout de CD de áudio, e adicionar
os arquivos WAV a serem gravados. Você poderá gravar até 74 minutos de áudio em
cada CD virgem.

Também é possível gravar músicas apartir de discos de vinil ou fitas K-7 comuns,
bastando ter instalada uma placa de som. Usaremos para isso o CD Spin Doctor.

Este programa faz parte da versão "deluxe" do Easy CD. A versão que normalmente
vem de brinde junto com os gravadores é a versão "Lite", que possui os mesmos
recursos, porém não traz alguns acessórios, entre eles o próprio Spin Doctor. A versão
deluxe ser comprada.

O primeiro passo é conectar seu aparelho de som à entrada line-in da placa de som do
micro. Para isso você precisará de uma cabo P2 estéreo x RCA, este cabo também é
utilizado para ligar Diskmans ou Walkmans a aparelhos de som, e poderá ser
encontrado sem muita dificuldade em casas de equipamentos sonoros. A versão
original do Easy CD Deluxe já acompanha um cabo adequado.

Depois de conectar o aparelho ao micro, basta clicar no botão 1 do Spin Doctor e


selecionar a fonte de gravação, que poderá ser uma fita K-7, um disco de vinil, ou
mesmo um CD-ROM que não possua extração digital de áudio.

Clique agora no botão 2 do Spin Doctor, "Music Destination", e escolha gravar música
na forma de um arquivo WAV no disco rígido.

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CD MEGA CURSOS

Basta agora clicar no botão 3 "Record to Disk" para começar a gravação. Após
terminar, basta voltar ao Easy CD Creator para gravar as faixas no CD, lembrando que
você poderá gravar até 74 minutos de áudio, divididos em no máximo, em 99 faixas
em cada CD.

Mais uma possibilidade é gravar arquivos de música MP3 ou VQF conseguidos pela
Internet em um CD de áudio, que poderá ser ouvido em qualquer CD-Player. Para isso
você deverá primeiro converter o arquivo para WAV, já que somente este formato é
compatível com CDs de áudio. No MP3.com, site encontrado no endereço
http://www.mp3.com, você encontrará vários programas que fazem esta tarefa,
muitos inclusive gratuitos.

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