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H IPERTENSO
D ESCRIO
A hipertenso pode ser definida como uma condio na qual a presso arterial se eleva de tal forma
que se torna benfica a sua diminuio. Atualmente, de acordo com as definies da Organizao Mundial de
Sade e da Sociedade Portuguesa de Hipertenso, considera-se haver hipertenso arterial quando os valores de
presso sangunea so superiores a 140 e/ou 90 mmHg, respetivamente para a presso sistlica e diastlica.
M ECANISMO F ISIOPATOLGICO
A hipertenso normalmente dividi- tenso essencial, alguns dos fatores
da em duas categorias: hipertenso que desencadeiam hipertenso secun-
primria e secundria. dria podem ser corrigidos ou trata-
A hipertenso primria (ou essen- dos. Entre as causas mais comuns de
cial), que ocorre em 90% a 95% dos hipertenso secundria encontram-se
casos, de origem multifatorial a doena renal (parenquimatosa,
(incluindo mecanismos hemodinmi- hipertenso renovascular), a apneia
cos, neuronais, hormonais e renais), do sono, doena adrenocortical, feo-
pelo que no possvel identificar cromocitoma e coartao da aorta e
uma causa nica da elevao crnica iatrognica. Alguns medicamentos
na presso sangunea. Deste modo o podem causar hipertenso como efei-
tratamento consiste na normalizao to secundrio, tais como vasoconstri- C ONTEDO
dos valores da presso arterial com tores, glucocorticoides, ciclosporina, D ESCRIO 77
medidas no farmacolgicas e farma- contracetivos orais, alguns AINEs, M ECANISMO 77
colgicas. Apenas 5% a 10% dos F ISIOPATOLGICO
venlafaxina, entre outros, podendo
casos de hipertenso so classificados E VOLUO 78
ser causa de hipertenso secundria
como hipertenso secundria (ou ou fator de agravamento de hiperten- T RATAMENTO 78
Dependentemente
do medicamento em
causa e do mecanismo
envolvido na elevao T RATAMENTO
tensional, esta poder
O tratamento da hipertenso
ocorrer quase
secundria faz-se pela suspenso
imediatamente aps a da causa (medicamento).
administrao do
frmaco ou aps
vrios dias ou
semanas
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H IPERTENSO
Autores
Ins Ribeiro Vaz, Tcnica de Farmacovigilncia da Unidade de Farmacovigilncia do
Norte
Joana Marques, Tcnica de Farmacovigilncia da Unidade de Farmacovigilncia do Norte
Jorge Polnia, Professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e
Coordenador da Unidade de Farmacovigilncia do Norte
Agradecimentos
Unidade de Farmacovigilncia do Sul
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