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Vários países europeus têm testes de língua e cultura e outras medidas, como assinatura de contratos
de direitos e deveres ou sistemas de pontos para os seus imigrantes. A ideia, dizem os governos, é
promover uma imigração com potencial de integração. Outros acusam os governos de tentarem
simplesmente limitar o número de residentes estrangeiros no seu território e as naturalizações.
A ideia dos testes de inteligência para os imigrantes, avançada por um político conservador alemão, foi o pretexto
para uma visita a várias destas políticas em países europeus.
1 of 11 16/07/2010 21:49
Como a Europa tenta integrar (ou controlar) os seus imigrantes... http://publico.pt/Mundo/como-a-europa-tenta-integrar-ou-cont...
Alemanha
A polémica surgiu dentro e fora da Alemanha quando Peter Trapp, especialista em política interna do partido da
chanceler Angela Merkel, sugeriu que se fizessem testes de inteligência para os imigrantes que queiram viver e
trabalhar no país. "Para além de educação e qualificação profissional, devíamos ter em conta a inteligência. Sou a
favor de testes de inteligência para imigrantes." A ministra da Integração, Maria Böhmer, reagiu logo, dizendo
que a própria sugestão "não revela muita inteligência".
As principais dificuldades para os imigrantes na Alemanha são a língua e o facto de o país limitar a dupla
cidadania. Imigrantes a viver na Alemanha que desejem obter a autorização de residência têm já de fazer testes de
língua (em que lhes é exigido um nível básico, ou seja, devem conseguir expressar-se sobre a vida quotidiana) e
ainda um teste de conhecimentos sobre a sociedade alemã.
A Alemanha introduziu ainda, em Setembro de 2008, um teste de naturalização para os imigrantes que queiram
obter a cidadania. Trata-se de um teste de cultura, história e democracia, com 33 questões de escolha múltipla -
desde quantos estados federados tem a Alemanha até porque se ajoelhou Willy Brandt no antigo gueto de
Varsóvia. Das 33 perguntas, 17 têm de ter resposta correcta.
Uma outra medida, proposta pela comissária alemã da Integração (que ainda não está em vigor, mas que o
Governo quer adoptar durante esta legislatura), é a assinatura de um contrato pelo imigrante dizendo que aceita
certos valores (liberdade de imprensa ou direitos iguais para as mulheres, por exemplo) quando decidir ir viver
para a Alemanha. O projecto deverá começar a ser testado este ano em regiões-modelo, com voluntários.
O número de pessoas a pedir a nacionalidade alemã tem vindo a baixar: em 2000, naturalizaram-se mais de 186
mil pessoas, em 2004 foram pouco mais de 127 mil. Nos anos de 2008 e 2009, houve na Alemanha mais pessoas
a emigrar do que a imigrar, contrariando uma tendência de décadas. O país tem cerca de 15 milhões de imigrantes,
numa população total de 82 milhões, e o maior grupo é de origem turca (cerca de três milhões).
Reino Unido
O Reino Unido está num período de consulta em relação ao estabelecimento de um limite anual para a imigração
de fora da União Europeia. O Governo de David Cameron quer reduzir os números da imigração dos anos 1990,
para "dezenas de milhares, e não centenas de milhares", segundo o Ministério do Interior. Já está em vigor um
limite temporário, para evitar um pico de imigração em antecipação das restrições.
O país tem, desde 2005, testes de língua, assim como de cultura e costumes para os imigrantes que requerem a
cidadania (no ano passado, foram mais de 193 mil). As perguntas vão desde legislação até história, passando por
questões relativas ao dia-a-dia (como pagar impostos, etc...). Quando um residente recebe a cidadania, tem
obrigatoriamente de participar numa cerimónia solene em que presta lealdade à pátria e à Rainha e recebe as
boas-vindas à sociedade.
Enquanto isso, o Reino Unido tenta também livrar-se de imigrantes de outros países europeus que estejam em
situação precária, sem trabalho e sem meios de regressar a casa: uma das últimas medidas é oferecer bilhetes de
avião, só de ida, a sem-abrigo vindos de países europeus. Esta medida está em vigor há 18 meses e já permitiu o
regresso a casa de centenas de pessoas, segundo o Ministério do Interior. Outros países europeus têm tentado
levar a cabo esta medida, para imigrantes de fora da UE: a União Europeia criou um fundo de 676 milhões de
euros em cinco anos para a repatriação voluntária de imigrantes ilegais.
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2 of 11 16/07/2010 21:49
Como a Europa tenta integrar (ou controlar) os seus imigrantes... http://publico.pt/Mundo/como-a-europa-tenta-integrar-ou-cont...
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Isto afinal é uma aldeia
1.- No momento actual, há mais de 200 milhões de pessoas emigrando pelo mundo. Isto quer dizer que ...
joaquim d'odemira
04.07.2010 09:56
3 of 11 16/07/2010 21:49
Como a Europa tenta integrar (ou controlar) os seus imigrantes... http://publico.pt/Mundo/como-a-europa-tenta-integrar-ou-cont...
eugolbedarucorp
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Como a Europa tenta integrar (ou controlar) os seus imigrantes... http://publico.pt/Mundo/como-a-europa-tenta-integrar-ou-cont...
Via PÚBLICO
Imigração.
Sem dúvida,somos uma aldeia. Mas tem que haver regras.Fronteiras abertas...tudo bem, mas todo
o imigrante devia apresentar-se na esquadra da policia do bairro e câmara municipal,
identificando-se dizendo onde ia morar e trabalhar, e o estava feito o controle.Não é só por uma
questão de segurança que devem ser feitos estes procedimentos.
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1.- No momento actual, há mais de 200 milhões de pessoas emigrando pelo mundo. Isto quer dizer
que mais de 3% da população mundial está fora da sua terra natal, em busca de oportunidades e do
sonho de futuro noutro lugar; 2.-Milhões dessas pessoas deixam lares e familiares pressionados por
injustiças, violência ou preconceitos; 3.-Na sua imensa maioria, estes emigrantes contribuem para
o desenvolvimento dos países de acolhimento, trabalham, reivindicam direitos elementares,
dividem os recursos naturais cada vez mais escassos e sofrem discriminações, deportações
individuais e/ou em grupo; 4.- As emigrações humanas tiveram lugar, em todos os tempos, e nas
mais variadas circunstâncias. Existiram sempre migrações tribais, nacionais, de classes ou
individuais; 5.- As causas da emigração têm sido ao longo dos tempos de ordem essencialmente
económica. Mas também as há por questões políticas,religiosas,etc.; 6.- Portugal tem sido um país
de gente que vai e vem. Mas outros Povos também : a emigração já tocou quase todo o mundo.E
felizmente que é assim. Isto afinal é uma aldeia.
5 of 11 16/07/2010 21:49
Como a Europa tenta integrar (ou controlar) os seus imigrantes... http://publico.pt/Mundo/como-a-europa-tenta-integrar-ou-cont...
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das perversões nacionais, controle muito bem, perversão e humilhações xenófobas NÃO, somos
considerados um país agradável e acolhedor, que assim continuemos; não implica que seja um
porta escancarada para a imigração.
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Escrevi também um comentário sobre esta problemática, mas lamentavelmente, não foi publicado.
6 of 11 16/07/2010 21:49
Como a Europa tenta integrar (ou controlar) os seus imigrantes... http://publico.pt/Mundo/como-a-europa-tenta-integrar-ou-cont...
6.
Nuno Vicente , Lisboa, Portugal. 05.07.2010 21:54
Inteligência, precisamente
Qualquer espécie ou género ou "filo" de avaliação neste tipo de contexto sofre de uma natural
perversidade, até porque governo e legislação (i.e. qualquer espécie de autoridade) também sofrem
de limites (não são panaceias, panaceia é a inteligência, e esta não é uma "autoridade", é uma coisa
muito difícil de discernir). Mas não é só, a primeira medida que deveria esperar esta medida é a
Prova, um Juízo, de Constitucionalidade. Resumindo: sim, é tapar o sol com a peneira, mascarar
com produção de decisões vinculativas o imperativo (de inteligência) que consiste em quaisquer
(sim, quaisquer) Estados serem constituídos por cidadãos civilizados e responsáveis. É que não é
possível a inteligência ser implementada por uns Estados sobre os outros (isto é quando os mesmos
carecem dela, não é preciso ser um "psiquiatra" da governança para o saber). Ah, e eu sou uma
pessoa com um QI apreciável. E eu costumo dizer, "Sou Europeu logo sou Português" (como já
ficou aparente, eu aprecio quase-paradoxos ;). Por isso acho que devemos ter cuidado quando
decidimos brincar aos países. Porque pelo menos eu, tenho coisas mais produtivas do que fantasias
para implementar e para aceitar. Uma chatice...
7.
QED , Lisboa. 05.07.2010 09:03
A troca
É-me completamente indiferente a côr das pessoas, a sua religião (desde que não ma queiram
impôr, e isto também vale para os Católicos), a sua língua de origem, etc. Tenho o maior orgulho
em que estrangeiros de qualquer nacionalidade escolham o meu País para viver, e se queiram
naturalizar, tornando-se Portugueses!!! O que já não me é indiferente, é quando as pessoas que
vêm de África, do Brasil, ou de outro lado qualquer, querem vir para cá fazer a mesma vida que
faziam nos seus países de origem, trazendo os seus costumes, crenças e preconceitos, etc. É um
enriquecimento recíproco a TROCA de culturas. Mas quando as pessoas em vez de se
enriquecerem adquirindo também a nossa, e dando-nos a partilhar a dêles, trazem apenas para cá a
SUA, isso, é um empobrecimento que redunda na perda de identidade das duas partes e na criação
de Ghettos com imensos efeitos nefastos a médio e a longo prazo...
8.
patrícia , setúbal, portugal. 04.07.2010 22:18
Amadis, amadis, 17,56 - à vinte anos / há vinte anos - e recordem: "Defendu aux chiens e aux
portugais"
7 of 11 16/07/2010 21:49
Como a Europa tenta integrar (ou controlar) os seus imigrantes... http://publico.pt/Mundo/como-a-europa-tenta-integrar-ou-cont...
9.
sara , coimbra, portugal. 04.07.2010 22:11
Espero que não comecem a fazer testes de inteligência e outros aos portugueses que foram/vão
para Espanha, França, Alemanha, Luxemburgo, Inglaterra, etc / ou que vejam quem faz exames
aos russos, ucranianos - claro, uma coisa é na União, outra de fora / isto de inteligência tem muito
que se lhe diga...
10.
Anónimo , UK. 04.07.2010 19:58
Diversidade
Concordo com a utilizacao de um teste de inteligencia e cultural. Alias, um teste cultural nao
deveria ser so sobre politica, como sao sugeridos no exemplo da alemanha. Trabalho no
estrangeiro com pessoas que nao reconhecem "os simpsons" ou nao tem o minimo conhecimento
de geografia, por exemplo, n sabem apontar no mapa paises europeus, e quado se fala da "piada
internacional Berlusconi" nao se conseguem rir pois n sabem kem e'. A situacao e' tao triste k ate
da para rir. Concordo acima de tudo que assinem um documento em komo aceitam a liberdade de
imprensa e deviam banir ja as burcas. Como obedecemos as leis deles nos paises deles, kdo ca vem
tb tem de respeitar as nossas.
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