O documento discute a importância da preservação do patrimônio histórico e arquitetônico das cidades. Aponta que a modernidade colocou em questão as tradições, mas também levou ao valor daquilo que se perde, gerando uma nova consciência histórica e a necessidade de preservar testemunhos culturais do passado. Também destaca os problemas causados pela perda de identidade dos lugares e a especulação imobiliária, que levam à construção de espaços urbanos genéricos e desprovidos de características
O documento discute a importância da preservação do patrimônio histórico e arquitetônico das cidades. Aponta que a modernidade colocou em questão as tradições, mas também levou ao valor daquilo que se perde, gerando uma nova consciência histórica e a necessidade de preservar testemunhos culturais do passado. Também destaca os problemas causados pela perda de identidade dos lugares e a especulação imobiliária, que levam à construção de espaços urbanos genéricos e desprovidos de características
O documento discute a importância da preservação do patrimônio histórico e arquitetônico das cidades. Aponta que a modernidade colocou em questão as tradições, mas também levou ao valor daquilo que se perde, gerando uma nova consciência histórica e a necessidade de preservar testemunhos culturais do passado. Também destaca os problemas causados pela perda de identidade dos lugares e a especulação imobiliária, que levam à construção de espaços urbanos genéricos e desprovidos de características
- prefcio de nuno portas muito interessante no livro cor e
cidade histrica VER
A falncia da cidade moderna e a (re)descoberta do desenho da
cidade histrica introduziram aproximaes disciplinares onde o colectivo, o permanente eo tipolgico substituram a voragem individualista, objectual e criativa que, durante a primeira metade do sculo passado, orientaram a arquitectura introduoo
pag 27- anomalias
O olhar arquitectnico eminentemente selectivo, O que se
v depende do que se sabe. Conhecendo os valores patrimoniais e divulgando-se esse conhecimento, promove-se uma maior e mais democrtica partilha das decises de salvaguarda. Destruir por ignorncia nao tem o mesmo peso que destruir por opo consciente pag 28
primeira carta de salvaguarda- pag 36
institucionalizando o objectivo da salvaguarda, levantam-se questes para as quais importava encontrar resposta, tais como: quais os monumentos a preservar, qual o seu valor, como assegurar a proteco dos seus valores? pag 37
a amergencia de uma nova sensibilidade face ao patrimnio
histrico est directamente ligada ao despontar da rEVOLUO industrial. Com constata Franoise choay, le monde rvolu du pass la continuit et lhomogneite que lui confrait la permanence du faire Manuel des hommes. Le monumento historique acquiert de ce fait une nouvelle determination temporelle. (...) Il est cantonn dans un pass du pass. Pag 38
As tradies sao postas em causa pela modernidade mas, no
momento en que se anuncia um mundo novo, (re)descobre-se o valor do que se perde. Uma nova conscincia histrica que, justamente, no tem nada de objectivo, nem de cientfico, ocorre quando se alteram dramaticamente o ritmos do tempo e da vida. Dessa nova conscincia nascer a necessidade de manter contacto com os testemunhos culturais do passado. A luta pela salvaguarda patrimonial coexistir intimamente com o advento da prpria modernidade, surgindo a consagrao de um novo tipo de culto: o dos monumentos. Pag 82
O termo Reabilitao, que comea a surgir no discurso da
conservao patrimonial em 1968, divulgando-se sobretudo depois do sipsiode avignon, fica tambm consagrado na Declarao de Amesterdo. Articulando a recuperaoo dos valores existentes num edifcio com a sua beneficiao , a reabilitao surge como uma possibilidade concreta de adaptar as estuturas internas dos edifcios habitacionais antigos s necessidades e exigncias de uso contemporneas, evitando a perda dos valores arquitectnicos e urbansticos essenciais pag 93
- tipologia, simbolismo- giulio carlo argan - carta europeia dos direitos cidade ( genova, 1992) fiquei na pag 128
Hoje verifica-se uma intensa perda de lugar. As revolues do
mundo moderno desintegraram a noo de lugar urbano tradicional, as novas relaes entre o espao e o tempo conduziram a formas extremas de disperso do que antes era concentraoo. As relaes entre vida social e espaos urbanos ou arquitectnicos alteraram-se radicalmente. Dentro da prpria cidade, os espaos urbanos perdem coerncia e tornam-se abstractos: a estrada substitui a rua; o frum deixa de ser a praa urbana e agora substitudo por uma rede de equipamentos mais ou menos distantes (os centros comerciais), servidos por interminveis redes de infra- estruturas (como as radiais e as circulares). Pag 115
Se, como afirma Norberg-Schulz, a definio figurativa do espao
urbano constitui uma das mais importantes manifestaes das contantes e das diferenas que constroem a especificidade de um carcter local, fornecendo-lhe a sua identidade, ento devemos concluir que a conservao um dos contributos vitais para evitar a sempre traumtica perda do lugar. Pag 117
Situao que Cervelatti considera ainda mais bvia e visvel devido
a uma ampla falta de carcter da edificaoo recente, considera ainda mais bvia e visvel devido a uma ampla falta de carcter da edificao recente, tal como se demonstra nas extensas periferias que produzimos, sem a menor especificidade ou adequaoo ao lugar, segundo critrios universais de natureza desterritorializada, criando uma identidade genrica que recorre a materiais, representaes e formas de habitar estereotipadas, homogneas, em grande medida fruto do sistema produtivo da civilizaoo e cultira industrial tardia. Pag 120 referencia de Teses defendidas em P.cervellati, la citt bella. Il recupero dellambiente urbano, Bolonha, II Molino, 1991
um dos problemas ligados perda de identidade A especulao
imobiliria traduz-se sempre numa incorrecta norma de restauro. Recorrendo s enormes capacidades produtivas do nosso tempo, a especulao vulgariza, no urbanismo e na arquitectura que promove, uma identidade feita de no-identidade, construindo esteretipos de habitat massificados, representando modos de habitar idnticos, em subrbios extensos e iguais, de gente igual que iunda enormes e iguais periferias. Aqui importa esclarecer que o sentido freudiano e traumtico da perda tambm pdoe ser sentido colectivamente e de uma forma muito intensa.
Trata-se do chamado fachadismo cuja definio poder
corresponder, grosso modo, demolioo sistemtica do interior de edifcios antigos, substituindo-o por uma nova construo, com profundas mudans tipolgicas, volumtricas, estruturais e construtivas, preservando as antigas fachadas de forma acrtica, ou reconstruindo-as de acordo com imitaes foradas das originais. Pag 137