You are on page 1of 31
” MIGUEL SEREDIUK{MILANO \ \ AVALIACKO QUALI-QUANTITATIVA E MANEJO DA ARBORIZACAO URBANA: EXEMPLO DE MARINGA - PR Tese apresentada ao Curso de Pés-Gradua- ao em Engenharia Florestal do Setor de Giéncias Agrérias da Universidade Federal do Parana, como requisito parcial & obten- gao do Titulo de “Doutor em Ciéncias Flo- restais” CURITIBA 1988 MINISTERIO DA ECUCMCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA SETOR DE CIENCIAS SGRARIAS COORDENACAD DO CURSO DE PUS-GRADUACHO EM ENGENHARIA FLORESTAL Os membros da Comissdo Examinadora designada pelo Colegiado do Curso de Pos-Gradusc&o em Engenharia Florestal para realizar a argui;%o da Tese de Doutorago apresentada pelo candidate MIGUEL SEREDIUK MILANO, sob o titulo “AVALIAGAD QUALI-QUANTITATIVA DE ARBORIZACAO URBANA: EXEMPLO DE MARINGA, PR*, para obtengdo do grau de Doutor em Ciencias Florestais ~ Curso de Pds-Graduagdo em Engenharia Florestal do Sctor de Ciencias Asrarias da Universidade Federal do Parand. rea de concentracdo: SILVICULTURA, apds haver analisado o referido travaiho € arsuido o candidato, $30 de parecer pela “APROVAGAO" da Tese, completando assim os requisitos necessarios para receber o grau @ o Diploma a DOUTOR EM CIENCIAS FLORESTAIS. Curitiba, de dezembro de 1988 Qe nba Cesath~s Professor Doutor Felisperto Cavalheiro Primeiro Examinador “ V0. G Que Ot Professor Dolitor Jose Pedro de Oliveira Costa Segundo Examinador ape Professor Doutor Mar Inoue Quarto Examinagor Ph.D Ronatag Viana Soares omiss Zo Professé AGRADECIMEN 10S A Pcefeitura de Maringé nas pessoas do senhor Prefeito Municipal, faid Felicio Ferreira e do senhor Secretaério Municipal de Servicos Péblicos, Antonio fortato, pela viabili:acio econémica e estrutural deste trabalto. Ao meu orientador, Prof. Dr. Ronaldo Viana Soares, pela dedicada e atenciosa orientacio em todas as fases do curso ora em concluséo, especialmente no trabalho de tese. Aos meus co-orientadores, Profs. Dr. Mario Takao Inoue e Dr. Antonio José de Araijo e examinadores Dr. Felisberto Cavalheiro e Dr. Jose Pedro de Oliveira Costa, pelas oportunas sugestées. As professoras Leide Yassuko Takahashi e Sueli Sato Martins e professor Elias Nunes Martins da Universidade. Estadual de Maringé, pela valiosa colaboracio na coleta de dados, sugestdes sobre o trabalho e, acima de tudo, amizade demonstrada. Ao colega Engenheiro Florestal Valmir Augusto. Detzel, dedicado companheiro e grande colaborador, sem o qual este trabalho teria sido muito mais dificil. Ao sempre amigo prof. Dartagnan Baggio Emerenciano pela inestimavel 6 incansavel colaboragao no processamento dos dados. Ao grande amigo prof. Nivaldo Eduardo Rizzi pela disposigio em assumir meus compromissos didéticos viabilizando este curso, bem como a todos os demais amigos, professores e funciongrio do Curso de Engenharia Florestal - U.F.Pr. que, de aad uma forma ou outra, sempre colaboraram para o bom termo desta empreitada. Aos eolegas funciongrios da Prefeitura de Maringg, ldia Maria, Teca, Kiko, Denilson, Antwnio Donizete, Sr. Franc:sco, Blio e todos aqueles que, com seu tvabalho, colaboraram direta e indiretamente para @ viabilizagéo derite. A técnica Mariza Drusina, pelo trabalho de digitagio e processamento e 4s estagidérias, académicas de Engeni aria Florestal Damaris da Silva Seraphim e Andrea Mallet Bufrem, pelo sempre dedicado auxilio. Especial agradecimento & minha esposa, Sineia Mara, pela compreenséo durante os wltimos longos e dificeis meses de realizagéo deste trabalho. iv BIOGRAFIA RQ AUTOR MIGUEL SEREDIUK MILANO, filho de Miguel Agulham Milino e Marja Serediuk Milano, nasceu nc dia 27 de maio de 195¢ em Palmital - Pr. Rea: izou seu curso primério no Grupo Escolar de Palmital, © ginasial no Colégio Agricola Arlindo Ribeiro (Guarapuava - Pr.), © cientifico no Colégio Nilo Cairo (Apucarana - Pr.) e o nfvel superior na Universidade Federal do Parané (Curitiba - Pr.), onde graduou-se Engenheiro Florestal em janeiro de 1979. Como académico participou de diversos cursos de extensio universitéria, congressos e seminérios e foi presidente do Nucleo de Estudos Florestais, orgao discente do Curso de Engenharia Florestal/UFPR. Graduado, lecionou Ecologia Florestal e Arborizagéo © Paisagismo na Universidade Federal Rural de Pernambuco durante o ano de 1979 e atuou como Engenheirc Florestal da Fundacdo Nacional do Indio nos trés estados do Sul durante o ano de 1980. Em dezembro de 19680 foi aprovado em concurso para professor cdldborador do Departamento de Silvicultura e ManeJjo/UFPR, -tendo passado a Assistente em 1981. Em margo de 1982 iniciou o curso de pés-graduaggo em Engenharia’ Florestal a nivel de mestrado, concluindo-o em setembro de 1984, cot a dissertacio “Avaliacio e andlise da Lan arborizagéo de ruas dé Cubitiba- PR". all No periodo de maio de 1986 a naio dé 1987 foi coordenador do Curso de Engenharia Florestal - U'PR. Em margo de 1986 iniciou o curso de pés-graduacio cm Engenharia ‘lorestal, a nivel de dowsorado, ora em conclusao. Entre: outubro de 1987 e julho de 1988 foi consultor da SEMA - Secretaria Especial de Mei> Ambiente responsével pele elaboraggo do componente “Unidsdes de Conservagao" do Projeto Nacional do Meio Ambiente em n:gociacio entre o governo brasileiro e o Banco Mundial. Atualmente 6 Professor Adjunto, responsével pelas disciplinas de Conservac&o da Natureza e Paisagismo, Manejo de Areas Silvestres, Arborizagio Urbanae Paisagiemo e diretor financeiro da Fundagio de Pesquisas Florestais do Parané (FUPEF). vi SUMARIO LSTA DH FIGURAS. x LiSTA DE TABELAS.. xii xv 1 1 lt 3 2 REVISAO DA LITERATURA...... see 4 2.1 BENEFICIOS DA ARBORIZAGAO URBANA...... . 5 2.2 PLANEJAMENTO DA ARBORIZACAO URBANA...........+..- 7 2.2.1. Areas verdes urbanas... se 8 2.2.2 Arborizac&o de rua we 10 2.2.2.1 © ambiente urbano. . sete eens oe iL 2.2.2.2 0 espago fisico disponivel . nee 12 2.2.2.3 As caracteristicas das especies a utilizar....... 13 2.2.3 ‘ Manejo...... : 17 2.3 AVALIAGAO DA ARBORIZACAO -URBANA. . 20 2.3.1 Indices de cobertura vegetal....... . 20 2.3.2 Distribuigao da cobertura vegetal................ 22 2.3.3. , Quantidade e qualidade da arborizagdo de ruas.... 22 3 “ MATERIAIS E METODOS.............- 25 3.1 : AREA DE ESTUDOS: CIDADE DE MARINGA.. 25 3.1.1 Localizacio geografica.. 25 3.1.2 Caracteristicas ambientais -- 26 _ vit 4.3.1 4.8.2 4.3.3 4.3.3.1 4.3.3.2 4.3.3.3 4.3.4 4.3.4.1 4.3.4.2 4.3.4.3 4.3.4.4 Caracteristicas antrépicas Historico.........05 Demografia e espaco urbanc. AVALIACAO DA ARBORIZACAO URBANA Inventario das 4reas verdes urbanas ptblicas..... Inventaério da arborizacio de ruas........ Inventario quantitativo total Iaventario qualitativo por amostragem..........-+ RESULTADOS E DISCUSSAO. . INVENTARIO DA ARBORIZAGAO. .. Areas verdes urbanas Ruas arborizadas. Inventaério quantitativo total.........---.--+ sees Inventério qualitativo por amostragem SITUAGAO DAS AREAS VERDES, SITUAGKO DA ARBORIZACAO DE RUAS... Quantidade, distribuig&o e composicao Plantio irregular.......-- Qualidade das 4rvores. Condigaio..... seeeeeeeeee Tipo de raiz.... Principais problemas. Caracteristicas dos plantios Altura do primeiro galho ou bifurcacto Area livre. Porte das 4rvores. Localizacéo/das arvores... ~ vidi 40 40 40 40 40 45 49 51 51 54 55 55 59 62 69 68 69 72 76 4.3.4.5 Espacamento entre drvores.. 4.3.4.6 Relagio “porte x espago" : 85 4.3.5 Necessidades de manejo..... . sees 86 4.4 INDICES DE AREAS VERDES Ot ARBORIZAGAO URBANA.... 96 4.5 MANEJO, MONITORAMENTO E REPLANEJAMENTO AKBORIZASHO. 99 5 CONCLUSOES. . . - 106 +. 109 114 115 ix © ox 0 10 an 12 13 LISTA DE EIGURAS PROPOSYA DE FLUXOGRAMA DE PLANEJAMENTO DE ARBORIZACAO DE RUAS.....--+2200eee eee sae deeeeereeenee 16 LOCALIZAGKO GEOGRAFICA DE MAR.NGA 25 AREA URBANA PLANEJADA E OCUPADA DE MARINGA...------ 29 PROCEDIMENTO DE MEDICGAO DE ALTURA (H) E ALTURA DA BIFURCACAO (Hb) COM REGUA RETRATIL DURKON (RrD), CAP. COM FITA METRICA, DISTANCIAS DO MEIO-FIO (mf), FIACKO (a(F)) E CONSTRUGOES (ct), COM TRENA E ALTURA DA FIAGAO(h(F)), COM HIPSOMETRO. .. PROCEDIMENTO DE MEDICAO COM TRENA DAS DISTANCIAS DO MEIO-FIO (mf), CONSTRUCOES (ct), ENTRE ARVORES (esp), AREA LIVRE (a.1.) = DIAMETRO DE COPA (0 copa) LONGITUDINAL E TRANSVERSAL, ESTE DIVIDIDO EM RAIOS NO SENTIDO DA RUA (Rr) E DAS CONSTRUGOES (Re).-----+++ +. 38 DISTRIBUIGAO DAS AREAS VERDES DE MARINGA. . 42 RUAS ARBORIZADAS DE MARINGA..... 44 CROQUI DA AMOSTRAGEM......--+++ 47 FUNDOS DE VALES PROTEGIDOS NA AREA URBANA DE MARINGA. 52 HISTOGRAMA DE FREQUENCIA DA ALTURA DO PRIMEIRO GALHO OU BIFURACAGAO, PARA A POPULAGAO AMOSTRADA....----+ 68 HISTOGRAMAS DE FREQUENCIA DA AREA LIVRE DAS CALCADAS LATERAIS, DO CANTEIRO CENTRAL, E DO TOTAL AMOSTRADO, INDISTINTAMENTE cece weceeeeseeess TL HISTOGRAMA DE FREQUENCIA DA DISTANCIA DO MEIO-FIO, PARA A POPULACAO AMOSTRADA. .. - : seveeee 7 HICTOGRAMA DE,-FREQUENCIA DA DISTANCIA DO MURO OU CONSTRUGOES, BARA‘A POPULAGAO AMOSTRADA...----- sees 79 x 14 16 AL Az HISTOGRA'A DR FREQUENCIA DA D1S‘'ANCIA DA PROJECAO DA FIAGAO AEREA, PARA A POPULAGAO AMOSTRADA.... HISTOGHRAMA Di; FREQUENCTA DA ALTURA DA FIAGRO AEREA, PARA /. POPULAGAO AMOSTRADA..... : HISTOGRAMA DE FREQUENCIA DO _ROVAGAMENTO ENTIRE ARVORES, PARA A POPULAGAO AMOSTRADA.... 1.2.22... 0- LOCAL ZACAO E SUBDIVISAO BAEICA DAS AREAS ONDE SK PROURDEU O TESTE DE AMOSTRAGE!:..... FORMULARIO DE COLETA DE DADOS UTILIZADO xi 10 it LISTA DE TABELAS EVOLUCAO DEMOGRAFICA EM MARINGS (PMM/57) . SITUAGAO DAS AREAS VERDES DE MARINGA...... . ESPECIZS PLANTADAS, NOMERO DE ARVORES POR ESPECIE PLANTADA (N), FREQUENCIA PERCENTUAL REAL DE PLANTIO (FR%) E FREQUENCIA ESTIMADA PELA AMOSTRAGEM (FE%).. EFICIENCIA DO TAMANHO E FORMA DE UNIDADES AMOSTRAIS TESTADAS......- : EXPECTATIVA DA INTENSIDADE DE AMOSTRAGEM CONSIDERANDO- SE 5, 10 E 15 UNIDADES AMOSTRAIS COLETADAS, CONFORME METODO PADRAO DE INVENTARIO (ne(a)) E PELO METODO DO SEMI-INTERVALO D§ CONFIANGA (ne(b))..- TAMANHO DAS AREAS VERDES, NUMERO DE AREAS POR CLASSE DE TAMANHO, TAMANHO MEDIO E QUANTIDADE DE AREA VERDE ACUMULADA DISPONIVEL....- : FREQUENCIAS PERCENTUAIS REAL (FR%) E ESTIMADA _(FEX) PARA AS ESPECIES MAIS PLANTADAS E FREQUENCIAS ACUMULADAS POR GRUPOS DE ESPECIES. . FREQUENCIAS PERCENTUAL REAL (FR%) E ESTIMADA (FE%) DAS ESPECIES MAIS PLANTADAS, POR UNIDADE DE AMOSTRA.... NUMERO DE ESPECIES (esp) E DE ARVORES AMOSTRADAS (Fa), NUMERO E FREQUENCIA PERCENTUAL DE ARVORES DE PLANTIO IRREGULAR (FI* e F%) E POR CLASSE DE CONDIGAO (C e F%) E CONDIGAO MEDIA (CM), POR UNIDADE DE AMOSTRA.....- . NUMERO . DE ARVORES AMOSTRADAS (Fa) E FREQUENCIA PERCENTUAL ESTIMADA (Fe), NUMERO DE ARVORES E FREQUENCIA DE PLANTIO IRREGULAR (PI e FX) E NUMERO DE ARVORES POR CLASSE DE CONDIGAO (Ce FX) E CONDICAO MEDIA (CM), POR ESPECIE....... eeteeeee seeeeeeeee NUMERO DE ESPECIES (N“ SP), DE ARVORES AMOSTRADAS (Fa), DE ARVORES E FREQUENCIA PERCENTUAL POR TIPO DE RAIZ (R © FX) © RAIZ MEDIA, POR UNIDADE DE AMOSTRA xii 30 41 43 46 48 50 53 54 57 58 60 12 13 14 15 16 “17 18 19 21 22 23 NUMERO DE ARVORES AMOSTRADAS (Fa) E FREQUENCIA PERCENTUAL ESTIMADA (Fe), DE ARVORES E FREQUENCIA PERCENTUAL POR TIPO DE RAIZ (R e F%) E RAIZ MEDIA, POR ESPECIE. NUMERO DE ESPECIES (N~ SP), DE ARVORES AMOSTRADAS (Fa), DE ARVORES E FREQUENCIA DE OCORRENCIA (F%) DE DANOS FISICOS POR ACIDENTE OU VANDALISMO (DV), POR _ PODA (DP), POR TUTORAMENTO (DT), POR ATIVIDADES DE CONSTRUCKO CIVIL (DC) E PROBLEMAS FITOSSANITARIOS (PF), POR UNIDADE DE-AMOSTRA......---+-2eeeeeee eee e re eeeeeee NUMERO DE ARVORES AMOSTRADAS (Fa), DE ARVORES E FREQUENCIA DE OCORRENCIA (F%) DE DANOS FISICOS POR ACIDENTE OU VANDALISMO (DV), POR PODA (DP), POR TUTORAMENTO (DT), POR ATIVIDADES DE CONSTRUCAO CIVIL (DC) E DE PROBLEMAS FITOSSANITARIOS (PF), POR ESPECIE.. ALTURA DO PRIMEIRO GALHO OU BIFURCACAO: MEDIA (x), DESVIO PADRAO (s) E FREQUENCIA PERCENTUAL POR CLASSE DE ALTURA, POR UNIDADE DE AMOSTRA. AREA LIVRE: MEDIA (), DESVIO PADRAO (s) E FREQUENCIA PERCENTUAL POR CLASSE DE TAMANHO, POR UNIDADE DE NOMERO DE ARVORES AMOSTRADAS (Fa), MEDIA E DESVIO PADRAO (s) DA CIRCUNFERENCIA A ALTURA DO PEITO (CAP), ALTURA (H) E DIAMETRO DE COPA (D.COPA), PARA A POPULAGAO AMOSTRADA. . . CIRCUNFERENCIA A ALTURA DO PEITO (CAP): MEDIA (X), DESVIO PADRAO (s) E FREQUENCIA PERCENTUAL POR CLASSE DE CIRCUNFERENCIA, PARA AS ESPECIES MAIS PLANTADAS......- DIAMETRO DE COPA: MEDIA (%), DESVIO PADRAO (5) E FREQUENCIA PERCENTUAL POR CLASSE DE DIAMETRO, PARA AS ESPECIES MAIS PLANTADAS......-2---+:eeeereeeeeeeeseeee ALTURA DAS ARVORES: MEDIA (%), DESVIO PADRAO (s) E FREQUENCIA PERCENTUAL POR CLASSE DE ALTURA PARA AS ESPECIES MAIS PLANTADAS....------++ee+eeeeeeeeeeeeeees DISTANCEA DO MEIO-FIO: MEDIA (%), DESVIO PADRAO (s) E FREQUENCIA PERCENTUAL POR CLASSE DE DISTANCIA, POR UNIDADE DE AMOSTRA : DISTANCIA DAS CONSTRUGOES: MEDIA (%), DESVIO PADRAO (s) E FREQUENCIA PERCENTUAL POR CLASSE DE DISTANCIA, POR UNIDADE DE AMOSTRA . DISTANCIA DA -PROJECAO DA FIAKO AEREA: MEDIA (), DESVIO PADRAO ((s)‘E FREQUENCIA PERCENTUAL POR CLASSE DE DISTANCIA, POR UNIDADE DE AMOSTRA.....-..2+2---+e000e+ f xiii 61 64 65 69 72 73 74 75 76 78 79 82 24 25 26 27 28 29 30 31 32 ALTURA DA FIACKO AEREA: MEDIA (X), DESVIO PADRAO (s) E FREQUENCIA PERCENTUAL POR CLASSE DE DISTANCIA, POR UNIDADE DE AMOSTRA| ESPACAMENTO: MEDIA (%), DESVIO PADRAO (s) E FREQUENCIA PERCENTUAL POR CLASSE DE DISTANCIA, POR ESPECIE....... RELAGAO ENTRE O PORTE DAS ARVORES E 0 ESPACO DISPONIVEL: MEDIA E FREQUENCIA PERCENTUAL POR CLASSE DE RELAGAO, POR UNIDADE DE AMOSTRA......... MEDIA () E DESVIO PADRAO (s) DO DIAMETRO DE COPA (D.COPA) E RAIOS DA COPA NO SENTIDO DAS CONSTRUGOES (Re) E DA RUA (Rr), PARA AS ESPECIES MAIS PLANTADAS... NUMERO DE ARVORES E NECESSIDADES PERCENTUAIS DE PODA LEVE (PL), PODA PESADA (PP), CONTROLE FITOSSANITARIO (CF), REPARO DE DANOS FISICOS (RDF) E DE REMOCAO COM REPOSIGRO (CR) E SEM REPOSICAO (SR), POR UNIDADE DE AMOSTRA. FREQUENCIA AMOSTRADA E NECESSIDADES PERCENTUAIS DE PODA LEVE (PL), PODA PESADA (PP), CONTROLE FITOSSANITARIO (CF), REPARO DE DANOS FISICOS (RDF) E DE REMOCAO COM REPOSIGAO (CR) E SEM REPOSICAO (SR), PARA AS ESPECIES MAIS PLANTADAS. . INDICES DE AREAS VERDES URBANAS PUBLICAS DE MARINGA... AREA VERDE URBANA PROVENIENTE DA ARBORIZACAO DE RUAS, POR ESPECIE E TOTAL........ CLASSIFICAGKO DE QUALIDADE DAS ARVORES DE RUA. xiv 83 84 87 87 91 93 97 99 103 RESUMO Com objetivo de estabelecimento de metodologia de avaliagdo de arborizagdo urbana e de principios e métodos de funejo, foi onalisada @ situagio da cidade de Maringé - Pr. que venta, com uma populagio atual estimada em 290.000 habitantes- Stilizando-se de inventarios totais de areas verdes pablicas © de Grvores de ruas, foi identificada a quantidade de éreas verdes da aidede e utiligando-se de inventario por amostragem foi estudada @ qualidade da arborizacao de ruas. As areas verdes publicas Gompreendem 85 unidades homogeneamente distribuidas pelo espace Grbano que totalizam 1.931.145 m’ e apresentam-se, em termos de tiperficie, 92,0% arborizadas, §,4% em fase de arborizacdo © 3.5% por arborizar, A arborizagéo de ruas compreende 62.818 | arvores Polundas de mais de 75 espécies e totaliza uma area arborizada de 3.877.745m?. © conjunto das 4reas verdes mais a arborizacéo de fuas soma 20,62m?/habitante, sendo esta ultima responsével por 87% desse total. A partir de um teste de amostragem, identificou= te como mais eficiente unidades amostrais de 200x500m, © 8 Salidade da arborizagéo de ruas foi identificada através de fiventario por amostragem com 95% de probabilidade e 10% de erro: Muuiisdes’ 2.743 arvores provenientes de 15 amostras de um total Gs 307 amostras potenciais, este procedimento mostrou-se Gficiente. Foi constatado que, das 75 espécies identificadas, as fo mais plantadas compreendem 96,3% da arborizacio e a primeiva geis plantada, Caesalpinia peltophoroides, chega a atingir 49,6%- De total da arborizacdo 20,3% provém de plantios voluntarios ou feregulares realizados, genericamente, com Adrvores -de_ baixa qualidade. A condicio’ geral média das arvores, entretanto, weontra-se entre boa e satisfatéria, o mesmo ocorrendo om Slagdo ao tipo de raiz. Entre os principais problemas Teeektrados, oa danos fisicds.provocades por poda inadequada gtcunem o primeiro lugar (28,8%) seguidos de danos por vandaliono se acidentes (24,9%), por tutoramento inadequado (3.2%) © por Stividade de conatrugdo civil (2,2%). Problemas fitossanitarios ative 6,7X das Arvores. Entre os paraémetros que indicam 3 Qualidade dos plantios, a altura do primeiro galho ou bifurcacgo favtomo a area livre de crescimento da 4rvore encontram-se squém tS" Shdicado, enquanto as distancias das 4rvores ao meio fio Gntre Arvores encontram-se dentro do desejaével. Entre 0s fRitementos necessérios de imediato, a poda leve € requerida por tbe das 4rvores seguida de poda pesada para corre¢io de, fovme on'36,1%, reparos de danos fisicbs em 23,4%, remogdo de 11.3% © Coatrole fitosaanitario em 6,7%. Concluiu-se que a_metodologia Cetiisada foi adequada e que a condicéo geral da arborizacéo | € boa, sendo a falta de planejamento © de monitoramento ae causal dos problemas encontrados. ‘Recomenda-se a imediata elaboracéo de Piano de arborizag’o com programas destinados a suprir 36 soeaidades atuais deimanejo e permitir a” expanséo da Sberizagdo dentro def cPitérios e conceitos tecnicamente dequados. : . 1. INTRODUCAQ Atualmente, mais de 43 % da populagio mundial vive em cidades e a tendéncia, a julgar pelo comportamento demografico dos chamados paises desenvolvidos, 6 que este percentual aumente. Eetimativas indicam que o Brasil conta hoje com mais de 73% da sua populas&o nas zonas urbanas enquanto na década de 50 este percentual ngo atingia 50 %.* Entretanto, caracteristicas do meio urbano como a imper- meabilizasio do solo por pavimentagio e —construgdes, utilizag’o macica de materiais como concreto, vidro, ferro, asfalto e ceraémica, redusfo dréstica da cobertura vegetal © poluigdes atmosférica, hidrica, visual e sonora tornam o padréo do ambiente urbano muito inferior Aquele necessério &s adequadas condigdes de vida humana. A vegetacko, porém, através de suas fungdes ecolégicas, econémicas @ sociais, pode desempenhar importante papel na melhoria das condigées de vida das populagdes urbanas. Para tal, nun espago avidamente disputado com finalidades t&o diversas como habitacdéo, infraestrutura, circulagio, servicos e produtos, & necessério um profundo e adequado processo de planejamento que, obrigatoriamente, tenha bases técnico-cientificas. * cf. IBGE/Fundo das—.Nagées Unidas para Atividades Populacionais/ENCYCLOPAEDIA BRITANNICA DO BRASIL (Livro do Ano 3987). / Maringé, com uma populagad atual esvimaua em sey man, habitantes (PHM), por muitos considerada a cidade mais arborizada do pais, apresenta-se como um “laboratério” perfeito para a realizagdo de pesquisas necessérias ao desenvolvimento do processo de planejamento do setor:/ 6 uma cidade de médio porte que, embora nascida “planejada", n&o teve devidamente estruturada a arborizacio urbana que hoje ostenta./ Conclues Ss Localizada em regifo de clim& sub-tropical cuja média das temperaturas’ méximas chega a 28°C, esta cidade nfo pode prescindir, entre outros, do grande beneficio micro climatico da arborizagdo que, por inadequagao, provoca sérios danos’a rede de distribuicgo elétrica, até o momento 6 controlados com o inaceitaével sistema de poda drastica e/ou deformante das drvores. Tal situacéo, acima’ de tudo, € decorréncia tanto do desconhecimento generalizado da importancia da vegetaggo nos centros urbanos, quanto do baixo nivel de desenvolvimento técnico-cientifico da arborizagao urbana, notadamente no que se refere a planejamento. Enguanto a literatura estrangeira disponivel xevela que inestiméveis avancos vém sendo obtidos nos paises desenvolvidos, no Brasil os recentes I e II Encontros Nacionais sobre Arborizagio Urbana (1985 e 1987), embora com consideraveis avangos entre ume outro, mostram apenas que é de iniciagio a fase em que a atividade se encontra. Resultado de tal situagéo é a prética de manejo © condugéic @a arborizagio, até recentemente utilizada em Maringé e ainda corrente em inimeras cidades brasileiras que, invariavelmente, conta com a contrariedade-da populac&o, cada dia mais informada sobre a problematica ambiental conservacionista. 1.1, OBJETIVOS Em face do exposto, foi planejado este trabalho, cujos objetivos sio: a) estabelecer e testar uma metodologia de avaliagéo quali-~ quantitativa de arborizagao urbana; b) quantificar a cobertura em “areas verdes” publicas da cidade de Maringé; c) analisar as caracteristicas técnicas da arborizacio de ruas local 4) estabelecer principios e métodos de planejamento e manejo da arborizagao de ruas. 2. REVISAO DA LITERATURA A complexidade da arborizagio, bem como a diversidade de caracteristicas e politicas urbanas variam de cidade para cidade dificultando uma definigio consensual aceitavel para “arborizagio urbana”. Entretanto, j& que sto claras as fungSes © beneficios da vegetagio no. ambiente das cidades, podé-se mesmo questionar a necessidade de una definigtio formal (HUDSON). CE Arborizar uma. cidade néo significa apenas plantar arvores” em suas ruas, Jardins e prages ou criar éreas verdes de recreacao piblica, ‘uma, vez’ que os plantios devem atingir objetivos de ornamentagSo, ‘de imelhoria microclimética e de diminuigio de poluigio.’ Portanto, “a arborizagio deve ser fundamentada em critérios técnico-cientificos que viabilizom tais fungées (uttano”). 22 Em sentido amplo, como .apresentado por GREY & DENEKE , compreende-se como arboriza¢io urbana o conjunto de terras Piblicas e particulares com cobertura arbérea que uma cidade apresenta. Entretanto, considerada a inacessibilidade ptiblicae a propria .facilidade de supressdo da cobertura arbérea das areas privadas, garantidas tanto pelo direito de‘propriedade quanto pelas deficiéncias operativas das administracdes municipais, 6 a cobertura arbérea das 4reas abertas ou coletivas que constitui um importante setor da administracgio piblica. Esta pode dividir- fo em dois sub-setores: o de 4reas verdes c o da arborizacio de ruas. 2.1. BENEFICIOS DA ARBORIZACAO URBANA Elementos climaticos como a intensidade de radiag&o solar, a temperatura, a umidade relativa do ar, a precipitagdo e a circulacéo do ar, entre outros, so afetados pelas condigdes de artificialidade do meio urbano tais como as caracteristicas de sua superficie, o suprimento extra de energia, a auséncia de vegetagdo, a poluiciio do ar e as caracteristicas dos materiais e 1 edificagdes (BERNATZKY ). Racor ll; é . SK \ As 4rvores e outros vegetais, interceptando, absorvendo,) refletindo e transmitindo radiagio solar, captando e transpirando Agua e interferindo com a velocidade e diregéo dos ventos podem ser extremamente eficientes na melhoria do micro clima urbano e, em consequéncia, atuar positivamente para o conforto humano, uma vez que a acio dos elementos climéticos, isolados ou em interagio, € grandemente respons4vel pela sensag&io de conforto ou 22 69 25 desconforto do homem (GREY & DENEKE ; SCHUBERT ; HEISLER ; As 4rvores no ambiente urbano, em funcéo de sual 5, caracteristicas imorfolégicas, fisioldgicas e genéticas, tém consideraével . potericial de remoc&o de particulas e absor¢éio de . 69 71 gases poluentes da atmosfera (SCHUBERT ; SMITH & DOCHINGER ) Estudos sobre a capacidade de captactio e/ou retengio de particulas sélidas do ar tém sido apresentados tanto em. termos absolutos como relativos. Segundo Laporx’”, cortinas vegetais experimentais implantadas donfro de cidades, indicam que as 4rvores sio capazes de diminuir em 10% 0 teor de poeira do ar. * 32 KELLER , citado por JENSEN et alii estimou em 68,2 e 31,9, toneladas de pé por hectare a capacidade de remogéo, de Fagus e| Picea respectivamente. Qvanto aos poluentes quimicos, A medida que estes néo existam om niveis permanetemente téxicos, varias espécies vegetais tém a capacidade de biofiltragao e mesmo metabolizacao e transferéncia de compostos tais como S02, NO2, 03 e derivados de eloro ¢ fluor (LAPOIX’s ROBERTS; cestaro’). \ Embora sejam mais importantes psicolégica que fisicamente, f os vegetais séo efetivamente capazes de, em func&o de suas caracteristicas morfolégicas,’ do tipo de plantio e da estac&o do ano, diminuir a poTui¢&o sonora e melhorarem o aspecto visual 26 60 41 dos centros urbanos (HERRINGTON ; REETHOF & HEISLER ; LAPOIX )| Ainda, segundo SCHROEDER & CANNON’, as arvores de rua tém un poderoso impacto sobre como as pessoas julgam a qualidade estética de areas residenciais, contribuindo significativamente para a qualidade visual das ruas. Assim, se as 4rvores atuam na melhoria microclimatica, na diminuigéo da poluico e satisfazem as préprias necessidades estéticas das pessoas, elas contribuem direta e indiretamente 7 28 Para a saiide fisica e mental do homem (BERNATZKY ; HOEHNE ). aL ' Segundo LAPOIX , também deve ser levado em conta a ag&o ° 3 anti-microbiana.. das arvores (50 germes/m de ar na 3 floresta de Fontainnebleau contra 4.000.000 germes/m em uma grande 16ja de Paris)'e sua importancia psicolégica, verificavel * KELLER, T/ Auswirkungen der Luftverunreinigungen auf die Vegeta tion. Stadtehvgiene, 22: 130-136, 1971. pera cresuunus exigencia ae areas veraes urpanas pela socicaade. Isto tudo considerado, os beneficios sociais e econémicos 24 constituem uma decorréncia légica. Segundo GOLD , as arvores nas cidades aumentam a satisfac%o dos usuarios de parques e pracas, contribuem para o aumento do valor das propriedades e Proporcionam estimulos & sensibilidade humana. Essas constatagées foram, direta © indiretamonte, comprovadas por BARTENSTEIN§ e TAKAHASHT & MARTINS — Enfim, as 4rvores podem desempenhar um papel vital para o bem-estar das comunidades urbanas. A capacidade “nica das arvores em controlar muitos dos efeitos adversos do meio urbano, contribuindo para uma significativa melhoria da qualidade de vida, determina a existéncia de uma crescente necessidade de reas verdes urbanas, a serem manejadas como um recurso de 34 miltiplo uso em prol de toda a comunidade (JOHNSTON ). 2.2. PLANEJAMENTO DA ARBORIZAGRO URBANA Embora a arboriza¢do urbana constitua um setor especial do servigo piblico, ela pode ser melhor entendida a partir dos dois sub-setores b&ésicos que a compée: Areas verdes e arborizactio do rvas. No primeiro deles, encontram-se as atividades de planejamento. e administragfo-dos jardins, pragas, parques e demais modalidades de 4reas verdes piblicas, tanto a nivel de distribuicdo espacial global na malha urbana quanto a0 nivel de projeto paisagistico, éxecugHo e manejo de unidades individuais. No segundo estdo as atividades de planejamento, implantacéo e fanejo da arborizagéo de ruas e avenidas que constitui a rede de unifio entre as 4reas verdes. 2.2.1. Areas verdes urbanas 23 Segundo GRIFFITH & SILVA, embora quase todas as cidades brasileiras tenham pragas, parques e outras d4reas verdes on popula¢io pode ter,momentos de lazer e desfrutar a estética da natureza, poucas tém estes espacos organizados de modo que nao sejam apenas mais uma coleg%o avulsa de espacos abertos ao ar livre. Observando que o conjunto de unidades pode ganhar forca e ampliar a razdo de existir se organizado na forma de um sistema, 23 GRIFFITH & SILVA considerem como fundamental para o planejamento deste, a andlise dos seguintes aspecto. a) embora seja frequentemente preconizada a importancia da aquisigéo de Areas periféricas as cidades, antes que sejam urbanizadas, para futura transformagdo em areas . verdes necessaric considerar que, mesmo menores e mais caras, as Areas centrais podem ser mais importantes a esse fim; b) a fungdo principal do sistema de areas verdes urbanas néo € de criar reffigios para que as pessoas possam escapar da cidade mas sim, possibilitar A popula¢do momentos de lazer junto a um ambiente natural, respeitada sua vivéncia urbana e o rio contacto com outras pessoas; c) para ser efetivo, o plano do sistema de 4reas verdes ndo precisa necessariamente obedecer a um plano diretor da cidade mas, mais provavelmente, ser orientado por um modelo organico que viabilize seu desenvolvimento coerentemente com o crescimento Tirbano; d) a melhor maneira de avaliagio de um sistema de Areas verdes 6 necessariamente, a quantidade de espago verde por habitante, uma vez que aspectos como forma, qualidade e distribuicdo das areas edo fundamentais; e) a os de recursos ngo const: tui uma limitag, fundamental ao planejamento e implantagdo de um sistema de dreas verdes, visto que é possivel contornd-la através da otimizagdo racionalizac¢éo da aplicagiio dos recursos disponiveis, do estabelecimento de credibilidade dentro e fora da administragao de apoio externo. 41 Segundo LAPOIX , as normas para o estabelecimento dos piblica © atrav espagos urbanos abertos devem estar fundamentadas em pesquisar sobre: a) 0 desejo expresso dos habitantes segundo niveis sécio- econémico, sécio-cultural e etario; b) a densidade de frequéncia aceitével para cada espace em fun! principalmente da sua natureza ecolégica; ©) a frequéncia previsivel ou constatada; d) os custos de implantacto, gesttio e animagtio da(s) érea(s) em questo. Esse autor éonsi a ainda que, A nog%o de normalizasio, deve-se acrescentar a de distribuigio espacial e indica eer preferivel que os espagos abertos estejam diluidos por todo o meio construide do que concentrados em um sé ponto da cidade. Ay fealidade, entretanto, normalmente 6 outra. Segundo MALINSKY , em geral, quando existem, os planos urbanos para as \areas verdes so estaticos, fragmentados e nao proporcionam —Mstrumentos capazes de explorar o potencial da 4rvore, nem como elemento de definigao do espaco urbano © nem para a conquista de novos espacos abertos que atendam as demandas da populacéo Condensando algumas das consideragdes apresentadas, o modelo de planejamento alemdo ocidental, coma definicdo de "reas verdes" regionalizadas, caracteriza e condiciona uma mais homogénea distribuicio espacial, através de parques de bairro e parques distritais, | permitindo 0 estabelecimento = de f proporcionalidade de 4rea entre estes e destes com a populacio, conforme descrito por CAVALHEIRO Além destes aspectos, a atenc&o para com metodologias alternativas ou de aproveitamento de 4reas por vezes marginais 6 de grande valia. A proposta de preservacdo e transformagio de fundos de vales em parques lineares, de aproveitamento de ruas de baixa densidade de tr&fego para transformac&o nos também lineares ‘jardins ambientais", ou a utilizagio das faixas laterais de ferrovias como ciclovias arborizadas, constituem exemplos claros 30 deste tipo de aproveitamento em Curitiba (IPPUC ). 2.2.2. Arborizagao de ruas 48 Segundo MILANO , © pais conta tanto com cidades arborizadas, que em sua maioria, nfo contaram com um planejamento prévio e, em consequéncia apresentam sérios problemas de manejo, como com cidades cuja arborizagéo foi previamente planejada mas, pela incipiéncia da pesquisa e planejamento nesta 4rea, também apresentam problemas. Assim, s&o consideradas trés hipéteses de planejamento: planejamento prévio; planejamento de arborizacdo Jé jantaga ©; repianegamento. Genericamente, 0 procesao de planejamento da arborizacio de ruas de uma cidade devera, em qualquer das circunstancias, considerar os seguintes fatores basicos e condicionantes: 2.2.2.1. 0 ambiente urbano: deve ser adequadamente conhecido, uma vez que constitui pré-condigao ao sucesso da arborizacao. Como qualquer ser vivo, cada espécie vegetal é dependente de condigées ambientais favoraéreis a sobrevivéncia e também, além disto, ao seu adequado desenvolvimento. Estas exigéncias, variaveis em termos de condigées climéticas e edaficas em interagio, apresentam-se em niveis de limites minimos e maximos, dentro dos quais se estabelecem faixas de valores e/ou caracteristicas para um étimo desenvolvimento biolégico de cada 69 4 51 espécie (SCHUBERT ; BALENSIEFER & WIECHETECK ; MIRANDA ). © lima urbano, como é sabido , difere daquele de ambientes naturais e, portanto, precisa ser devidamente: conhecido em suas caracteristicas. A amplitude das variagées térmicas diérias, estacionais_e anuais, o regime pluviométrico, o balanco hidrico, a vumidade relativa do ar, o regime dos ventos, a ocorréncia de fendmenos especificos como neves, geadas, granizos e vendavais, além de aspectos relacionados 4s alterasSes nas condigSes quali-quantitativas da luminosidade nas cidades, devem 12 2 40 ser dimensionadas (CHAIMOVICH et alii ; ANDRESEN ; KRUG ; 65 SANTAMOUR JR.) Os solos, que além de suporte fisico para as 4rvores constituem o substrato nutritive do qual dependem para seu desenvolvimento, nas cidades apresentam-se quase sempre deepeios residencisie ou industriais. Com caracteristicas fisico- quimicas alteradas, os solos podem promover distarbios nas fungdees fisioldgicas bésicas das plantas como a absor¢fo de agua © nutrientes, a fotossintese © a transpiracdéo (SANTAMOUR JR.'s MIRANDA”; KRAMER & KOSLOWSKI”). Ainda, considerando que existe variagdes inter.e intra especifica quanto a tolerancia a diferentes tipos de solos e as caracteristicas de crescimento, a adequada selecio de espécies constitui fator bésico para superar problemas desta ordem (ANDRESSEN'; PATTERSON”). Por fim, cabe considerar as condic&es qualitativas do ar urbano, normalmente com elevddas concentragdes de poluentes advindos de atividades industriais e do processo de descarga da combustéo de veiculos automotores. Particulas sélidas em suspensio, goticulas de éleo expelidas pelos motores, altas concentragdes de CO, SO2 ‘e compostos de Fluor e Cloro afetam as condigdes de sobrevivéncia de\intimeras espécies e variedades de plantas por asdes que vio do simples “entupimento” dos estématos A necroses nos tecidos e alteracdes nas fungées fisiolégicas. Entretanto, j4 podem ser encontradas na literatura listagens de espécies e variedades tolerantes e suscetiveie a diferentes tipos de toxidez dos poluentes mais importantes 62 7 32 15 (ROBERTS ; BERNATZKY ; JENSEN et alii ; DAVIS & GERHOLD ). 2.2.2.2. © espago fisico disponivel: no j& normalmente pequeno espago compreendido pelas calcadas ou passeios, o tronco da 4rvore disputa espagos com veiculos mal estacionados e com os préprios pedestres. Na parte aérea, sua copa disputa espaco com Anvariavelmente podada. © mesmo ocorre na sua parte subterranea onde, além da m4 qualidade fisica do solo, as raizes, frequentemente, s&o mutiladas pelas obras de instalacio e manutengdo de redes de distribuigaio de agua, coletores de esgotos 51 72 66 ou galerias de escoamento pluvial (MIRANDA ; SOUZA ; SANTIAGO Por isso, é€ fundamental o perfeito conhecimento do espago fisico tri-dimensional disponivel e nao apenas das dimensdes de ealgadas e ruas como normalmente vem acontecendo. A altura e Posi¢ao da fiagio aérea e a posic¢io e profundidade das instalacdes subteraneas, s8o dados basicos para a definicao do Porte adequado da 4rvore a ser utilizado, da posi¢&o de plantio e mesmo, se 6 possivel realizar a arborizac&o (BALENSIEFER & wrEcHereck’ , scHuserr’’) 2.2.2.3. As caracteristicas das espécies a utilizar: .além do efeito estético, a arborizacéio de ruas deve apresentar beneficios como. @ melhoria micro-climética e a minimizag&o dos efeitos das poluigSes atmosférica, sonora e visual. Por isto, deve-se considerar devidamente as caracteristicas das espécies a utilizar. E necessério que a selecto das espécies leve em ‘consideracko suas capacidades de adaptacio, sobrevivéncia e desenvolvimento no local do plantio. Portanto, além de caracteristicas como Porte, tipo de copa, folhas, flores, auséncia de frutos, hébito de crescimento das raizes e auséncia de principios téxicos e/ou alérgicos, s&o necessérios as arvores Me Aweo, WMWEUYENR COPUSULIIOEOE TLMIVAOR, TRBIBTeNtia a pragas e doencas; toleraéncia acs poluentes mais comuns e de maior concentragéo e; toleréncia as baixas condigées de aeracéo do 69 22 2 solo, se for o caso (SCHUBERT ; GREY & DENEKE ; ANDRESEN ; 64 17 53 75 SANTAMOUR JR. .; VIEDMA & CORREA ; NELSON ; TYZNIK ; 27 78 HIMELICK e WEIDHASS ). “Com a observaneia dos aspectos considerados, deve elaborado um plano de arborizac3o que, como resultado de um amplo processo de planejamento, deve responder as questées 0 que(?), como(?), onde(?) © quando(?) plantar (utLaNo’”” “°). © plano deve estabelecer para cada rua ou padr&o de rua o porte de 4rvore utilizdvel ou a espécie a utilizar, indicando se © plantio ser& de um ou ambos os lados das ruas. Deve definir paisagisticamente se o plantio seré regular com uma tnica espécie por rua, intercalado por espécies diferentes a cada determinado numero de quarteirdes ou totalmente misto dentro de padrées de porte aceitéveis curranpa’’; sovza’”; cozzo”). Dentro do Plano, por razdes estéticas e também fitossanit4rias, deve-se estabelecer o nimero de , espécies a utilizar e a proporcionalidade de uso de cada eapécie, em relacéo) ao total de 4rvores a ser plantado, sendo que cada espécie nao, deve ultrapassar- 10 - 15% da populac&o total de 4rvores de rua (rumen; GREY & DENEKE’”). Da mesma maneira, ser&o definidos os padrées de qualidade| © porte das mudas que, invaridvelmente, deverio contar cor 72 51 metros (SOUZA ; MIRANDA ). adequadas condicgées fitossanitérias 6 altura minima entre 2e 4/ Ser&o definidos também a posig&o de plantio, o espacamento e érea livre de pavimentacgdéo junto 4 muda ou 4rvore, além de recomendagées sobre tamanho das covas (minimo de 50x50x50cm), adubagao ou tipo de corregéo de solo indicada, tipo e periodicidade de irrigacio apéso plantio e caracteristicas do sistema de tutoramento ces’; wean” s BALMER & ZAMBRANA” 3 ScHUBERD urRANDA’). Tendo em vista os amplos objetivos que a arborizagio de ruas deve cumprir e observando que, embora sejam as arvores maiores e mais velhas que apresentam maior atrago estética a0 piblico, SCHOREDER & CANNON” lenbran que, de um ponto de vista silvicultural, n&o s&o necessariamente elas as mais desejaéveis para a arborizagao. * Ainda, GERHOLD & SACKSTEDER’, considerando que a escolha das. espécies ou variedades mais apropriadas para sitios eapecificos 6 um problema desafiador, mesmo para os mais experientes, sugere uma estratégia tripla de selecao baseando-se em: (1) explorar mais completamente os conhecimentos disponiveis (2) acompanhar testes de 4rvores para obtencio ‘de dados mais objetivos e expressivos e; (3) considerar andlises especiais de plantios existentes com vistas a suprir deficiéncias correntes, até que os resultados dos testes se tornem disponiveis. Tanto para fins de avaliag4o do cumprimentq de metas planejadas, como para fins de acompanhamento ¢ anélise das condicdes dos povoamentos e resultados que venham a ser obtidos, 6 necess4rio que a implementa¢do do plano tenha um constante acompanhamento. Este acompanhamento planificado, por ruas ou regides ou por outros aspectos, deve permitir, através de mapas, informacdes atualizadas sobre poreées efetivamente arborizadas, em Processo | de arborizacdo ou em projeto, assim como a idade dos plantios- Além dito, através de bancos de dados computadorizados cu Por fichérics, deve possibilitar informagées sobre a qualidade a arvores, seu desenvolvimento, problemas fitossanitarios, realizagio ‘de podas ou outras atividades de manejo, permitindo que a qualquer momento o planejamento possa ser revisto © n&o se 52 constitua em um intrumento estético e desatualizado (MURGAS + 20 GERHOLD, STEINER & SACKSTEDER ). Neste sentido, 6 apresentada na FIGURA 1, uma proposta de fluxograma de planejamento da 48 arborizagao de ruas (MILANO ). FIGURA PROPOSTA DE FLUXOGRAMA DE PLANEJAMENTO DE ARBORTZAGAO DE RUAS. JN |e lesvecies Ee f lesead Fsico aanco oe pasos t t 48 Fonte: MILANO \

You might also like