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Guia para escritores iniciantes
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Introdução
Bem, isso é só uma meia verdade. Pois, afinal, seu trabalho está
apenas começando.
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1 - Primeiros passos
3 – Os primeiros leitores
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1 - Primeiros passos
Antes de mais nada, parabéns. Você dedicou tempo, esforço e talento para concluir
uma obra literária – seja ela um romance, uma coletânea (de contos ou de poesia),
uma biografia, o que for. E isso não é nada fácil. Você deixou de ir ao cinema, sair
com os amigos, jogar videogame ou simplesmente relaxar nos seus horários livres.
O sonho de quase todo escritor é divulgar os seus escritos de alguma forma e ter
reconhecimento pelo que fez. Publicar é tornar algo acessível. E a menos que você
seja um bocado mais excêntrico que a maioria dos escritores que eu conheço, é
exatamente isso o que você quer: que as pessoas leiam o que você escreveu.
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Nem „lá fora‟, onde o mercado de literatura de gênero existe, as coisas são simples
desse jeito. No Brasil, com seu mercado restrito e restritivo, o trajeto é bem mais
complicado.
Alguns autores gostam de deixar um original na gaveta por um tempo para poder
observá-lo com certo distanciamento. Não há uma fórmula para isso, apesar de ser
recomendável, sequer tem-se um tempo determinado. Você faz se e quanto tempo
quiser. Porém, é certo que se passar muito tempo entre a escrita e a sua releitura, a
tendência é que você ache o original uma „grande porcaria‟ e queira reescrevê-lo
todo. Escritores geralmente têm uma autocrítica acima do saudável.
Nessa leitura, você deve procurar incoerências internas na obra: nomes trocados (o
que costuma acontecer com freqüência em livros longos com personagens que
aparecem poucas vezes), erros de cronologia, descrições de lugares que se
confundem, furos na trama. Assim como fazer uma revisão ortográfica e gramatical
básica. Se você não sabe muito, use o corretor do seu processador de texto. Mas
lembre-se que ele não é perfeito e provavelmente vai deixar passar muitas coisas.
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aos seus primeiros leitores, que vão receber a obra para ler mesmo antes dela
publicada, já receber um original bem cuidado.
É do que falaremos a seguir, após uma pequena pausa para falar sobre como
proteger a sua obra.
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2 - Protegendo o seu original
Antes de mais nada, fique calmo. Um monte de novos escritores entra na paranóia
de que seu livro é o novo Senhor dos Anéis ou o novo Duna e acha que tudo e todos
querem roubar seu original para ganhar milhões. Fique tranqüilo, isso não vai
acontecer. (Não estou dizendo que seu livro vai ser um fracasso ou coisa do tipo. É
só que as pessoas não andam por aí caçando novos sucessos de forma ilegal)
A maneira mais fácil, simples e direta para proteger o seu trabalho é o registro no
Escritório de Direitos Autorais, ou E.D.A. da Fundação Biblioteca Nacional.
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Antes de mais nada, vamos esclarecer algumas dúvidas em relação ao que pode ou
não entrar nisso. Para começar, toda e qualquer obra intelectual é protegida. Na
definição da lei, obras intelectuais são as criações do espírito, expressas por
qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível,
conhecido ou que se invente no futuro. Criações, nesse caso, excluem
idéias: não adianta ter um vislumbre do que pode ser sua obra-prima,
digamos „Capitão obcecado persegue baleia branca. Baleia vence‟,
escrever isso em um papel e registrar.
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O direito moral sobre uma obra é inalienável (isso não tem nada a ver
com ets). É o seu direito de ser reconhecido como criador da obra, de
ter seu nome na capa do seu livro ou na letra da música. Não se vende,
não se dá, não se empresta. (ghost writers não estão na berlinda aqui).
Na letra da lei:
II - a edição;
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VI - a distribuição, quando não intrínseca ao contrato firmado pela
autor com terceiros para uso ou exploração da obra;
(..)
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O registro no E.D.A. não é obrigatório (porém o depósito legal da
obra já publicada é, mas isso fica para mais tarde) e todas as obras de
autoria clara tem seus direitos protegidos por essa lei mesmo sem o
registro. Só que o documento pode dar uma segurança maior ao
escritor iniciante, além de ser uma salvaguarda a mais dos seus
direitos como autor. Além de ser a forma mais direta de provar a
autoria de uma obra caso isso seja necessário.
- Letras de músicas
- Partituras musicais
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Tendo certeza que a sua obra é passível de registro, é hora de botar
mãos a obra e registrar. Quais são os procedimentos?
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material. Para maiores informações, acesse
http://www.creativecommons.org.br/
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3 - Os primeiros leitores
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juntam pessoas para assistir os capítulos de uma novela e darem suas
opiniões. São chamados de grupos de discussão.
Então, é para isso que o beta reader serve, para testar a resposta dos
seus leitores ao que você escreveu e permitir que você melhore o seu
livro a partir do feedback que irá receber.
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Pense em como você o construiu, no tamanho dele, se é um livro de
contos, um romance, um épico em versos, o primeiro de uma série. Se
é steampunk, space opera, fantasia urbana... Pense nas influências que
você recebeu para escrevê-lo. Poe? Lovecraft? Clarke? Pratchett?
Afinal, seu livro tem muitas chances de agradar a quem gosta de ler as
mesmas coisas que você.
Outra coisa a ser feita é limitar o número de pessoas que vão ler esse
original. Mais de dez é multidão.
Amigos próximos são uma opção razoável, mas com cautela. São
poucos os que têm coragem de ser sinceros e dizer a sua verdadeira
opinião sobre seu livro – eles não querem ferir seus sentimentos.
Escolha aqueles que você sabe que vão dar um veredicto honesto. E
mesmo assim eles não podem ser mais que um terço do total dos seus
beta readers.
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No caso, as comunidades virtuais de escritores e leitores são a melhor
saída. Não estou sugerindo que você vá entrar nelas agora.
Sinceramente, espero que você já participe, lendo e debatendo sobre
literatura. Principalmente porque assim você começa a criar um
círculo de amizades e colegas. Como dizem os caras da área de
marketing e administração, networking é tudo.
Pois esta é outra questão: o que fazer com o resultado dessa leitura?
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Antes de mais nada, estabeleça um prazo máximo para recepção de
comentários. Isso vai depender do tamanho do seu livro e da
disponibilidade dos leitores. É bom perguntar a eles quanto tempo
mais ou menos vai demorar. E nunca, nunca fique cobrando antes do
prazo terminar. A pessoa está lhe fazendo um favor.
E pode ter certeza de que nem todo mundo vai conseguir fazer isso no
prazo.
Agora vem o primeiro baque. Nem todo mundo vai ter adorado
simplesmente TUDO no seu livro. Vão ter contos ou capítulos ou
partes que vão desagradar a todos. E pode mesmo ter alguém que vai
virar para você e dizer: “cara, isso aqui não presta nem para papel
higiênico”.
Respire fundo.
Nem Tolkien agrada todo mundo, não vai ser você que vai começar.
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Filtre as críticas – sejam elas negativas ou construtivas – e veja o que
pode tirar de bom delas. Se alguém disser que seu protagonista é
chato, não responda dizendo „chato é você‟. Pergunte o motivo – sim,
é legal dar as pessoas chance de debater as opiniões delas. Mas não
exagere nas réplicas, pode parecer que é apenas uma tentativa de
defender o seu livro, o que geralmente é verdade. Veja os pontos que
desagradaram a mais pessoas, descubra os motivos e pense se não vale
a pena revê-los.
Aproveite para dar mais uma relida no seu material, seguindo boas
sugestões dos seus leitores. A fase seguinte vai ser bem pior para o
seu ego, acredite.
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que você tem erros de gramática e torça para o seu revisor ser melhor
que você.
“A atividade de copidesque é mais complexa que a de revisão. (…) Se um texto é mal redigido, com repetições
injustificáveis, mal paragrafado, contendo ideias desconexas, primando pela falta de coesão e coerência textual etc.,
ele deve ser copidescado. No processo de copidesque, o profissional propõe, reescreve, revisita o original, com a
finalidade precípua de „relavrar‟ o texto.” (NETO, Aristides Coelho. Além da Revisão: critérios para revisão textual.
Brasília: Editora Senac-DF, 2008)
Deu para perceber que é no copidesque que seu livro vai ser
verdadeiramente massacrado, né? Mas nesse ponto, é cedo para se
preocupar com isso. Voltemos aos leitores críticos.
O leitor crítico é quem vai dar uma opinião sobre o seu texto. A
diferença dele para o beta reader é ser uma opinião embasada. Você
acabou de escrever um romance de FC passado em um universo em
que a Terra gerou uma grande e pacifica organização que por acaso
tem um braço armado que sai por aí atirando em outras naves.
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Sabiamente, você pediu para fãs de Star Trek serem os seus beta
readers. Porém, seus leitores críticos têm que ser mais do que apenas
apreciadores do gênero. Eles têm que entendê-lo.
Lembra quando eu falei lá em cima que é bom ter contatos com outros
leitores e escritores? Eis um dos motivos. Geralmente as pessoas que
mais entendem de Ficção Científica, Fantasia e Terror são as que
escrevem nesses gêneros. Ter acesso a escritores – bem sucedidos de
preferência – é uma boa forma de conseguir leitores críticos.
Mais uma vez: seja paciente. Nem todos têm tempo para ler originais
ou mesmo vontade. Respeite isso, não insista e não os ofenda. É um
favor que eles estão fazendo – ou deixando de fazer.
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Você também pode pagar um leitor crítico. Escritores em início de
carreira costumam prestar esse serviço. A grande vantagem é que
assim o prazo tem ser cumprido. A desvantagem é que dói no bolso.
Aqui vale a mesma coisa que para os beta readers. Filtre as críticas,
aceite as que lhe parecerem válidas e deixe de lado as que forem
apenas rabugices de crítico. Lembre-se: a obra é sua, você dá a palavra
final e por aí vai.
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4 - Como chegar às editoras
Não vão ser mais críticas construtivas ou negativas. Chegou a vez das
famosas cartas de recusa – e do jeito que o mercado editorial está,
agradeça se encontrar uma editora gentil o bastante para perder tempo
mandando uma cartinha dessas, mesmo que padrão.
Se você conseguir uma agência para a sua saga de space opera, ótimo!
Mande-me um email que eu quero saber quem é. Como
provavelmente não vai ser bem assim, bem vindo ao passo seguinte.
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Antes de qualquer coisa, prepare-se: é muito, mas muito difícil um
manuscrito não solicitado ser lido e efetivamente publicado nas
grandes editoras. Ficou famosa a declaração de uma das maiores
editoras do Brasil que afirmou ter, em quinze anos, publicado apenas
um livro retirado da slush pile – nome nada lisonjeiro.
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E claro, existem uma infinidade de pequenas editoras, de distribuição
local, que podem publicar o seu livro – e às vezes tem o maior
interesse nisso. Com a facilidade da internet, isso já não dificulta
tanto.
O segredo para ter o seu original lido é saber a quem pedir. Por
exemplo, não adiantaria nada para a J.K. Rowling mandar Harry
Potter para a Editora Vozes. Mas se você tiver um infanto-juvenil
calcado em valores cristãos, essa pode ser uma boa idéia.
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Eis então outro segredo: entrar de penetra em festa chique é
geralmente pagar mico por não estar devidamente trajado. Já imaginou
se o convite é de gala e você vai de esporte fino?
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- O tempo de espera por uma resposta.
Deu certo?
Parabéns!
Mesmo.
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Agora, é hora de ler com muita atenção o contrato. Se você é
analfabeto em juridiquês, peça a um advogado, mesmo que custe
algum dinheiro. No final, vai sair barato, acredite.
Afinal, nem sempre o seu livro vai encontrar uma editora disposta a
investir nele. O segredo (sim, isso está parecendo manual de auto-
ajuda) é não desistir, afinal quando você quer realmente alguma coisa,
o universo conspira ao seu favor e tudo o que tiver de ser será.
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5 - Viva, viva, viva a sociedade alternativa...
Até uns séculos atrás, para conseguir publicar algo era preciso muita
grana e a autorização da Igreja. Graças ao avanço tecnológico e ao
estado laico, as coisas mudaram.
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Ebooks para que te quero!
Em tempos de realidade virtual, colocar sua obra na web pode ser uma
excelente saída para botar a cara na janela. O Brasil tem um grande
número de internautas e a possibilidade de downloads é muito grande.
Pode ser que você encontre alguém que faça os dois por um bom
preço, pode até ser que um amigo faça sem cobrar.
Nesse caso, lembre-se das palavras do meu sábio pai: não existe
lanche de graça. Ao não pagar por um serviço profissional, você estará
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recebendo um favor de alguém. Logo, fica bem mais difícil cobrar
prazos e qualidade.
É nessa hora que você lembra do dinheiro que economizou com a tia
da xerox, certo?
Nada além do que tiver gasto para ajeitar o original (seguindo os passos para
preparar seu ebook). A editora não vai cobrar nada de você.
Nessa hora, você também vai se lembrar do que meu pai diz sobre lanches grátis e
desconfiar de tanta bondade. Eu explico: não é bondade, é inteligência.
Os livros por demanda tem um preço mínimo estabelecido pelo próprio site para
cobrir os custos de cada exemplar e ainda dar lucro para eles. O preço final cobrado
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do consumidor é definido por você: o autor é quem decide o quanto quer ganhar por
exemplar.
Parece perfeito, né? Pena que o valor do frete geralmente encarece muito o livro.
Porém, o esquema é válido e tem gente tendo bons resultados com o Clube dos
Autores.
Edição paga
Na verdade, editoras como a Scortecci não trabalham por demanda e sim por
pequenas tiragens. Elas oferecem uma gama de serviços editoriais, como revisão,
diagramação, capa, impressão... e vão cobrar por cada um deles. Caro. Além delas,
há outras – e mesmo editoras que publicam no esquema “normal”, por vezes podem
cobrar pelos serviços, como a Novo Século e a Giz Editorial.
Há muitas, muitas outras, com uma ampla variedade de preços. Tudo vai depender
da qualidade dos serviços gráficos, do número de exemplares, da ganância do
editor...
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Impressão paga
Estou nada.
Lá em cima, falei sobre a edição paga. Agora, estou falando sobre a *impressão*
paga. Aqui, você não é cliente da editora e sim de uma gráfica. O procedimento é
mais ou menos como o da Lulu.Com: você chega com tudo pronto e leva para a
gráfica.
A diferença é que com a gráfica você vai combinar uma quantidade “x” de
exemplares e vai pagar por eles.
Também vai ficar a seu cargo uma série de detalhes, como as orelhas do livro, a
ficha catalográfica, arranjar um ISBN. (algumas gráficas são editoras, então isso
pode ser simplificado)
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Orelha todo mundo conhece, é aquela tira da capa que fica dobrada para dentro do
livro e meu pai usa para marcar a página que está lendo, esbodegando o livro todo
(explicação supertécnica, eu sei). Geralmente traz um texto sobre o livro e uma
pequena biografia do autor.
Ficha catalográfica é aquele retângulo (ou quadrado) que vem no verso da folha de
rosto, com os dados de catalogação do livro. Ela é vital, portanto corra atrás de um
bibliotecário! Uma boa ficha vai evitar que seu livro chamado Raízes do mal seja
arquivado na parte de botânica. Folha de rosto é aquela página que tem o nome do
seu livro, o seu nome, o nome da editora (se tiver), edição, local e data.
É com ela que se pede o ISBN, um número internacional para identificação de obras
intelectuais, o código de barras que você vê na contracapa do livro. No Brasil, o
órgão responsável pela emissão do ISBN é a Biblioteca Nacional.
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Sinceramente, eu acho que a relação entre editora e escritor tem que ser de
contratante e contratado. Se é para ser cliente, seja cliente de uma gráfica.
Porém, a edição paga tem suas vantagens, como por exemplo a certeza de que o
livro vai estar em pontos de venda virtuais e que pelo menos alguma divulgação vai
ter. Se você optar por tratar direto com a gráfica, vai ter que passar por todo o
processo de preparação do livro, além de ser o único responsável pela divulgação e
distribuição do bichinho.
O ebook ainda tem um sério problema: dificilmente vai dar algum dinheiro. No
Brasil, não há uma cultura de comprar objetos virtuais. Mesmo lá fora, isso ainda é
muito incipiente e os autores que divulgam suas obras em ebooks preferem pedir
contribuições ao invés de vender seus livros.
O melhor esquema para quem está começando, tem algum pouco dinheiro e sabe
que vai demorar a vender o seu livro seria mesmo a edição por demanda. Porém,
isso ainda não é uma opção muito viável no Brasil, embora o panorama esteja
mudando.
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6 - Divulgação nos tempos de web 2.0
Então, para terminar o nosso assunto, vou dar algumas dicas para você
tentar sair do ostracismo e virar uma estrela literária.
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O principal meio de divulgação do seu material é um press release,
um pequeno texto jornalístico falando do seu livro e de você. É
essencial que ele tenha o número de páginas e o preço de venda. Esse
texto, impresso, ilustrado com a capa e uma boa foto sua, deve ser
enviado a possíveis divulgadores de sua obra, como jornalistas,
produtores de programas de rádio e televisão, blogueiros e formadores
de opinião.
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ilustrações com um bom desenhista. Assim, seu trailer terá um ar
exclusivo, que só ele terá.
Lançamento(s)
É preciso escolher bem o local. Ele deve ser acessível, com uma boa
circulação e com transporte público. Livrarias de shopping são
excelentes opções, por dificilmente estarem vazias e terem fácil
acesso. São pontos de encontro de pessoas que procuram por
novidades literárias.
Mas não despreze a livraria do seu bairro. Às vezes, é bom para reunir
a família e os amigos mais próximos para colher os louros do seu
árduo trabalho na frente da tela branca.
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se você precisa fornecer alguma coisa. Quantos livros são necessários,
até quando podem ser entregues e como é o pagamento.
Uma observação: se você for uma pessoa muito pop e conhecer gente
em vários lugares, veja se vale a pena agendar lançamentos em outras
cidades, até mesmo estados. Pode não compensar financeiramente a
curto prazo, porém rende bons contatos e divulgação.
Caindo na rede
Primeira coisa: spam é algo muito feio. Não saia enviando emails para
desconhecidos.
Para os seus conhecidos, pode. Afinal, eles tem que pagar pelo erro de
ter dado o email para você.
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propaganda própria por semana repetidas vezes pode torná-lo mal
visto. Entrar em comunidades só para se auto-alardear também.
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