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AFETIVIDADE E INTIMIDADE 3 a - Dulcinéa da Mata Ribeiro Monteiro Sg a INTRODUGAO sivencé-o, das atitdes 5 brine Fealas, BU a Ribmissio « 0 O envelhecimento envolve virias transformagées; dentre elas Be ee ca destacamos as vvdnelas da afetvidade eda tntimidade, que cs- 82. son grépon ak partes da patsrena aeinco tots me eae ere’ ah, cobra ee ee oo referencialteérico da psicologiaanalftica de Car] Gustay Jung, com suc tudo pode, perdoa, spelt, desculpy; do mistcho ae {has bases arquetices« mitolégicas,articulados ao pensamento fue ue nfo se explica, se constata. Em sua autoblograf, jung “ de Mato, expresso na obra O Banque. As vivéncas da afetdae (1875) rolaciona a dindmica de Eros aos contedos de nego eda intimidade apresentam peculardades na vehice, e=8@ a aque podem ser expressos pelos arquétipos de animur eanj. Stal fesuiee mente capile na clagies de asl de fama edeamis, fo, 2c pean earees Pe afetiva. A clcicia de Eroves. "25 rade. “tende-se das slturas {nfinitas do’ céu 20s abisman tenebrosge ch pity etdetalvvenls ums bipartgto no fue de vide [perms del sonia ae ners regis S ewe cles aati ono can dale sh iniie acannae ae Ae vidide, 0 ptior.O pedestal cientfic ¢ tecnoligico preduz uma ‘met dlesejo, un prefertnci, uth anelo; én toler mnacioe. pads mitosis to cchir este eee aur esse ua pret i Taleas femininas da psique (Hillman, 2001). Recuperas todas 25 dlumehsbes da alma nos traa mais rativos flees Afsto cle, Bai G60 Milas lions aa aaa aa Gio so as bases da vida, consrutmos nono minds paras Ga Sa Sree Gar ‘iscarsos de Fedro, Pausinias, Erixfmzca, Aristdfanes, Bale setgo do afeto, da ternura que dedieanos ao outro, ene, Soares sAecoe dee pot cada orsdor ‘nos questions Restrepo (2000)? A terra &um parsdigma de ceaiay Ipprizer esphitual, amizade, palxdo pelo uber, canvivencis a ser adquitida tanta no terreno amoroso, quanto nO ascese erética, etc. Em edo, no espago cosmogénico, ele € ) siemifica como no politico, « outros. Justamente o que nos dife. Frotégenes, o pai do mundo e da flicidade, é 0 amor que propi- S| rencia da: nteligéncia artificial dos robés é ‘nossa capacidade de nos ia aemanacto dos dont. Em Pausinia etio os critriogalorasvot —~ smoclonar, a afetividade que nos impulsiona na convivéncla lar oases amor que metaboliaaztracio mis trinscendente, que terpessoal, fet e lin Jemegioe _ piso lingmgern, emocio era, compo ements, com Se quer amar c acompanher a vide toda; é um amor quenio con- sss conexées ou dishungtes, t8m sido a ardamitele- vie com aservidio ao astro, mas do proprio amor. ExvExiowen, " Sia ea raed sti Sng pane * Satorgensedos-ns, daser humana ede-sua insergiona toll oe sacierencs paixSes ansociados’ criativdade, G amor é du NS dade cdamica. plo alma dos homeni. A dinémica dos opottosestd em todas Somos seresfaltosos € errantes em busca do Paraiso, tegundo Fealidades. Os fendmenoi amorosos tém miltipls faces fl, ¢ se relfiex sees clvedonnapecanog saree niles see quo dill écaptar sua plena signtSeagno e profundidadel Fé am Serie Erin, smos soe deans, sea dalGc lot tmor lav pie pipe seets atragio dos =~ fonts meee nos tiansformaes ficlantes, igo 3 modcrago « tharmoniocs couric doe ‘Bo suceder continud dos afetof, ent aynores 25, confor- ido — eikos —,viculado i vio~ SN Hes tie junguians, Podemos vvenciar as infintas wuances do Jénci, a0 excesto ¢'@ intempérarica. Curiosamente, 2 satide surge de comonflins coe st ifents formas: comapemca ans- da himcnioas toenca cae 4 pawn nine ace ca, com os filhos, com os amigos, com o animal de estimasio, com {es cing Herialit e Jing nos incama rele Aisfane,atrarls ps sonhos... Todas sio geracas por uma forga, usta atragéo, um da linguapem mities 5,08 Seres Eran Saat esc lncis Newon vite dt de gos “Tomon tg peau a a ees dle como uma forea que tados os cbjetos de massa possuem, que mascilings a5, 0 - atral em todas as diregée e fez igagbes do universo, Assimcomo nina. Com tl in ‘0s deuses ¢; por su 2 gravida gafeto,oamord.como tna cola que antén snk. PeGE erp fei dasa pi. a ounile Bun pecans hiiamnst susGiecrepulsto que _cida pate vive A procuca de sin outa parte buscondes a ttle scontdse em diferentes niveis, ee “de pordids, Os cies foramn arrumadas e polides, porén um 2a . Sey con mera dane cond. Acts afl 2 Bales de nent humane, Catan dente Sate dg, tormbise metade que anda sempre & procara di otra meta Ghodareeeamedede iad emerge _ Dues de gn, de un mote spac oe laa ate. , pois é0 discurso que rejeta a velhice. Eros tem uma sparen Nees Wo mal a ERO ae ee companhia dos ovens efoge dos velhos, que si Feios, « no feio nfo se rina amor. Zoumor que domina as relagBes ruperficiais, da socabi- lidede, do prazer e do go2o ligado a0 atpecto fisico. Nele nfo hé sprofndamento, nio se alcanga philla: “Quanto i beleza de sua seroseuvirr ent flores bem ote; poi no qu nfo ore ce, como no que jé loresceu, 0 corpo, sma ou o que quer gue tele nfo se assenta o Amor...” (Platio, 2001, p. 139) Sécrates,falando através de Diotima (sacerdlotisa de Apolo), sfirma ser Eros um inteymedidrio entre homens e deuses, que N03 eonecta com 0 divino, £ im Eros epifinteo, que celebra& Flaca Ry tema fangto de transmitir algo. Platio relata a iliagao de Eros, ‘oriundo de dois opostos fecundantes. Segundo ele, os deuses ban- queteavam por ocuso do nascimento de Afrodite, quando o deus Poros ou Recurso, filko de Prudéncia, encontra Penia— Pobre- 1a, uma simples mortal. Dessa relagio nace Eros, que herdou tiie a fle lnorincl ea ca ee SBnita Abedorasoerecumer commen Pere Ee chegaraonde quer: movida pela stems tnisti de pasagem de Gani tee, tie ee ff 4, Eros, como propbe Plato, ocasiona um parto em beleza, tan- to no corpo camo na alima, sendo sempre o porta-voz da transfor ‘Teza quer dar & luz, gerando idéias, virtudes, gerando do senstvel zo inteligfel, Platfo expo a asceseerstica a0 amor, aos belos compos, a0 ofits, + intelighilidale das idncias até aleangar ‘ontemplagfo do Absoluto enquanta Belea, Agu essa a lingua gem port gue talge nce Bi one He hosdete ghee feita entre ¢ tera dos hament e o reino dos deues, Com alin. anagem, nés moras fentamos nos acercardesse reino, sem po- Tian jamais 0 penctrar Finalmente, em Aleebfades, Eros traza nice da patito dionisfaca, em contraposicio ao sublime mundo das idéias. Ele ‘lata suas tentativas de seduzir Sécrates, na urgancia do aqui e do agora, na desmedida patsio que nfo suporta adlamentoz, £ una xallagto ao inatingivel objeto de descjo dos sentidos. Alcebfades tecoloca fazenco as vontades de Séerates, clana por satisfagio © prazer, nfo sports viver o adiamento de seus desejos, como tam bmn nfo fz sprendngens. ¥ Naescalaevolutva, desde os protozosios, dum processo de ska qu depot, pt Xeni as ‘nov anltal Aa ae echo cea ome ovoareers imal: Assen, da atx = Us do germ ec case donllics oer oer ‘Sestg feceemnemmun Cae esc esau 1hia de translormagio dos corpos eda alina se processando nos Giclos de nostat vidas? Vivemos passagene de violenta paix, de : laxiria, do encanto do primeiro flho, do encontro de mos ami | {84 nos momentos de dor, de entrege plena no abriros bragos emt ‘temos abragzs, de inefavel alegria com a chegada dos netos, da cumplicidade de toda uma vida, ‘Assim, com o Iucro dos anos, chegamos i yelhice e a velhice Mo fard © que x maturidade nfo fer, pois tudo se articula nessa ‘isterfosa tea telacional que € vida, Hillman (2001) afirma qui ° dirige o envelhecimento e 0 envelheciments Sitter. Cabe-nos vivencisn 40 a0 longo da vids, aletivas para chegarmosao Am. i (cis inconscienteinvSluntiria de um fator pafquiea e aubjetva para | urn expelho, © 0 que nele vemos somos n6s mesinos. A retirada vetivideue e Inwnidate 7 1239 dian recordagSese flies por termos vvido Fnaliza Plato afc. iando que a visio do pensamento «: ssnxergar com agu- dex qundh os lia Omega s peer ee x ¢ prncalnen ine aoe te ape Tg = DEFINICOES ie f Afetividade | ~ A origern etimolégica da palavra afeto 0 verbo latino affcere, ue significa ser afetado, estar comovido, ter 2 CS acme ae potter que idles apave infin EARS ae Numa expressio podtica, af lar entre a entre 0, Por isso, virencier 0 mundo dos ate 98 nos torna criativos, envolvidos, amantes, tanto quanto passio. zals, chimentose iados. Falar de afevidade€ Blar de ake da 5 io, da i ee; Sia EmiogBes originals que organizam mossas goes e passbiitam nos dentingoer Freud e Jung buscaram diferentes formas de superar a dicoto- ‘a psique-soma c, com seus conceitos-limites, fama de um es. ppago de trocas «transformagbes.E da fonte somitica da babio-rurgeepreaact - Ea. Freud, da fonte somé io ditcolea = da palavra articulada 3 x Galbtadé.oaspscta psiquico da energia gc acannon sentacio da pul o€ O afeto e eognigio io processbe de natures deren, (Os afetos primérios se estruturam nos primérdlos da vida sto bisicos para o desenvolvimento das pestous. So comuniciveis ¢ _gerador pela eaboracio priméria da experi@aca, eno 46 pulstonals (Conbescat, 1998). Cor 0 conceito de arquétipos, gue sfo pre lispostg6es Inatas de reagio, ung (O.C. vol. VIIU/2) delineou o {quanto psique-som slo co-determinantes em nossa estruturagdo Yetta, Freud e Jung fazer um salto qufatico:hé wm sentido s0- ritico que expressa a fingfo dos érgéos e um sentido palquica que express uma sigificagio, Jung, abordando os aspectos relacionais, expe 08 arquétipos sinus © enime predispasicées contra-sexusis jens mias= aailnas, na mulher, constituem o animes, eas diniraleas fr nas, no homens, arquétipos trans la poastbilidade. em a ania. [ai arquétipos faze lh pe de aluagio, positiva ou negath a teraura Gu para a destruigto, Tse i complementdasde na comes: ‘Gia com os opoitos.-~ ES cess ena aneurin a) dee exparato socal ons mulheres ti sizo eobides em nossa caltun. Quanto mais inconsciente a homem estver de su oma, i td ERE ae ieee TE wea a pessoa de sexo oposta. Os homent edicadae para busears posi- ae profisiona e a0 ideal do gucrreiro, deixam de lado o dornno da afetividade © da inte Fogem dasa gre ued ig, le rie bidos de lgar-e aos encantos da sensiblidadee, aetim, projet ¢ buscam viver tais aspectos femininos (anima) através da mulher, indica pode ocorrer com as mulheres, que deixar de lado a dinimicas mavens srtculsdas xopoder © Maser sade ovina ats do pact, Mas gerements 2p a seginda metde: tals aspects contra- sexuais da psique €p F. mA pijerionsefiedo Jang -TW, - ragio e mundo, como diz Finstein somos mats do que penszmos geese Asolude £4 capa defn de contre con- ape omrmn sr es eo sea so de novas poseibilidades. Entre cla de Eros ory possibilidade de manter ativos os OragBes O da corageny, | da generosidade, o do amar, 0 do gesto fecundo. ad ‘OQ amor se coloca no imaginfrio como o paraiso, onde si ‘mof enconiar o que nao possuimos, a nossa completude no oy, tro, Texiashitje da aorsoiasCenortic us ‘os. Os eaminhos das relagGes afetlvas, da intimidade-€ da sex sera. Shs Tidade #40 lab Kes u aprender «ning prradoxo da incompletude e da Inteinez, a baixar nostas de a agile a abrir oragae dante do outre,cpur ares ns Bagildedes is mig ee las anos fazer com ‘ci que as relagées se desgastem, tomando diff mobilicarprahos amaresos. © éio sarge articulado pelo sentimenta de pers en decihsso, que é singulatid se cometem as malores violéncias. O querer bem: pode signif querer que o outro seja igual anés. As pressées amorosas so furantes, ¢, assim, anos de conviréncla podem nio propiciar 2 aptendizgem do amor, mas a eristalizagio de sutis violéncas, A atual geragio de idosos é marcada por desigualdades de rlacSey gues fexontenthoo pater de home ore sade dificil, pois tememas 0 encontro com o va- eu Lxo Zio. Port, um. processo abertura a nés mesmos, de aprender a nos fazer companhia ¢ a ‘blo necesita do outro pata exis, o que & te desejara companhia de alguém, — a ef abertas, aconselha Bachelard (1985), Porém, se nos ex” __preésamps através dos sentimentos, ficamos mais aptos a sentir as ‘também 5a at i indiziveis. Segundo Platio, a fronteira entre 2 tor doshomens eo reino dar deuses.Intinidade ¢a sensagio ree junto, de estar com o outro. # expresta pelo olhar, pelo toque, pelo gesto de ternura ou raiva, pela cumplicidade. Arendt (1997) confirma que a realidade do mundo é garantida pela pre- senga do outro, é 2 realidade compartilhada, . Entimaidade implica confabilidade, isto 6 poder acreditar, = tregar-se a0 outro, sentir que hi uma base para ser e seguir sendo @ ques Oe Wheacta, Segundo Winnlose (1996), quando 3d daficits nos cuidados pessoais nos primérdios de vids, a pessoa perde contato com suas necessidades bisicas e deixa de necessitar de uma relagio embassda na confianga e comunica¢io pessoal. No | se abre aos afetos, passa a ter medo da proximidade, cria defesas, 7; radonal esabelece um tipo de pensamentooperatéro 0 prg- tmético rigido, para no vivenciar ameagas do aniquilamento de si. ‘RRAU halen oxen eum Uma NTeNPSLTAE E ee ee eee sega cessed feet a Sat cee ore sel, cue apemat permed Comore ec Topi Sr quan ann tulsa tec aurora matee ae ern aga SE SE octpa ear raat aS” Eat eaecn ae cee Toes ‘um coatinuo processo de crlagfo, na tessiura de nossas Hlografl- Spitbarca esrb, comlirams grote Tooter rig ‘Gros de Diotima) e néo 16 da pessoa especial (Eros de Alecbiades)Z cotasempreo presents, o lugar do acon feces umsamo era que avaricuins pases fara, de seus dirctoy, sRaHiecea Ho cabarbeuto como Hlka mai mem. E difel ® complexa a vivéncia da mutualidade dees pao péis. Para 6 dilema estruturante de como sentir a dependéndia’ afetiva e nfo perder aidentidade e a singulatidede, existe a cons tants busca de vivero proceso de lterntncia ere a enc — Penia—e of recufsos e poderes — Poros. A forca sm ‘venciada a partir da fatura, a cada Raquecs, Seat propod de co-gestio para o amor ; * VIVENCIAS DA AFETIVIDADE E DA INTIMIDADE i A questi da temporalidade e da finitude se ccloca como elxo #7 estruturante par a mersfo nas potencalidades da vids. Ea que = propicerd evar oradiamentor no vier. © tempo tanto enfraguce c= como fortalecs. Na realidade, 0 tempo nio é um inimigo do ve -24 Tho, mas do Jovem ele devora escaba coma a juventude (llnen, %, 2061). : Pela medicina ortombleatr, é a proliferacio dos racials ves que nos envelhece. Goldin (1995), fazendo um paralel, i tua que, na vida emocional, se dé 0 oposto: o que nos envelhece de uma forma negra sfo or radieas prescs, pos 36 Ibid ou energa live circulante possibilita a vitalidade ea riqueza de expe riéncies. Segunda Jung (O.C. val-I1L/2), nosta libido é umn quar tum que. ae mfesia pa semusldade, na afetividade, ne bu stemoldgica.¢ no encontro com a transcendéncia Ela se equipara 20 Fros platBnico. Quanto mit abertos aos impulsos vitais, sereiOs. jects negativos da velhice nao se referem 4 falta de capacidade, mas} GE det nox andy baw isto, so mgresso. Quanto malo # aides ca sutmacponaia daabittinde euaicede cages ce, malora desalzacio-e mais acenbada apossbiinade te renlidade, x “A principal patologia da velhice & » nossa idéta da yelbie=" (Hillman, 2001, p. 18). A escolha é de cada um de nés. Segundo, op 2 ser no mundo, com real necessiade de estar com os outros. SO a ue abre 0 coragio para eseutar e dislogzr, permitindo sentir a Hi rnerabilidade c expressé-la;o amor de Alceblades, que vibra com. # desejo erético; o amor de Diotima, que fz irradia sentimentos Ff afetos. Essas escolhas libertam 0 idoso do risco da solidio cam [sas nefastas influéncias na sade fisica e ps(quica. As infinitas Fl porsblidades de Eros — ou, no sentido junguiano, da libido if etamorfoseando-se em nossas vidas — so agi temateada nos reacionamentos de casa, familiar de amizade. E Ter=Ross.« Kesler (200%; p: rafores opr “os. ak lades de Relacio de Casal ssoal em outras éreas, A ideatidade © a nto al dessa idoaas sao vivencadas pendente das realy tomarem éridos e sem sentido individual, especial vas pls indepen cada You lost ca teh ‘As novas gerages pio tm mais o casamento como vefeulo de artculagio do amor edo sexo, privilegiando o relacionamenta que promove intimidade c satisfagio pessoal (Monteiro, 1998). ‘Assunnir a passagem dos'anos evidencis uma atitade afetva de ieitagio de nés mesmos e dos outros. O modelo relacional dos ‘muantes, proprio do discurso de Aleebfades,impde-te couno ino clo de relacio de casal, mas os arroubos da patxéo geralimente fe arrefecem, havenda em cor ti = licidade, iho, 0 gosto gostoso,de ficar juntos, de schar graga; 6 uma Iie Sia que pena, ne a 4 pena, Yio prépria do discurso de $6 Psp ac los lines da ylltog alr do crauloah nalogia, para oe lodoamore da exualidade (Chopra, 1996): O autor Sif; convoca a pensar no amor, procurar 0 amor, encorajar 0 amor, Poit a educagio do amor comes num momento ¢ termina na {fy cemidade, A outra pessoa é apenas wm pretexto, pelo qual da- ff mot ands mesmos 2 permissio para sentir o amor, paindo © a fp speslidade, TetIhard de Chardin (in Buscagha, 2001, p: 110) die 7Utignos,¢ para sempre reetiaremos wm ao outro," ‘Quando se vivencia essa relagio deamor ecumplicidade, a dor tetra na viuvea € de muito desamparo e reelaboracSes. A clabo- {, mgfo do luto implica um rompimento afetivo e cognitive com © [rasaco, permitindo uma reinsercio no cotidiano, Contudo, a viu~ 4h; Ye.oua seperacto, aa dlalética dos opostos, podem trazer a pos- lidede de iberdade e alegria, isto quando howve wana relagdo de autoritarismo ¢ posse. Independentemente do tipa de elagio “vida com o ebujuge, sua perda tende 2 eausarsbaloe nas estrut- "ts vivencsis dos Hoses, levando-os a readaptagSer cri, po ees tendo que morar com os filhos ou em aslos. Ea vivéncia da Jin recanta interno. \ Quais Eros privilegiamos? O amor proposto por Fedro, qua) pica a emanasio dos dons, dos afetas; o amor de Pausinlas,| aprender ligbes na vida, de descobrie quem somos, o qu teme-, ee eae as poder ¢ 0 significado do verdadeico Se POCO Aatual 1-8 basicamente em tama. da. alguns ainda realizados por escolhas in- ghee ates, Nessa relagio, a maiorfa das mulheces bri sido da_ realizacic if se mantém com o prsar dos anos. A pasa e0-ugorsemal Desejos tho vitals como amor « sexo permsinecem por toda. a iG, oquemude Cs comdtnaa de ono wean Pier 2 ‘tadrome da perda do ninhe. Simbolicamente, nisho é matriz e ) fg bi; pode ser uma casa, um quarto, uma cadeira de balango “eS “a ‘Aleve ramiinde 1389 Relagao Familiar A furala constitul-se um reduto especial das vivéncas afetias ce dosamores, Nas geragSes passadas, a recto familar baseava-re Jem algo que Ihe era incrente, natural pelos lagos bildgicos que Ictiavam uma rede de direitos, deveres © afetos. No entanto, cala mais essa ineréncia bioldgica se desfaz, abrindo urn espago stemolgico para famaia como ina constr, uma conga lagos de respeito e confianca. As obrigagies e os deveres dos ios para com os pais idosos, a sjuda materiale afetva, no sia algo inerente is relagbes ems, mas sim urna conquista feita por nossasatitudes na deacSo de nosso amor eda fetividade que cal. tivamos. ‘Na visio janguiana, é premente aos idosos se articularem na construe tl mexmot io cao purser, ito 6 rea tdi micas anquetpices da erianga qe mabiizam a espontaneide ‘Westie, term. Contes ditmiascultradas i gp de trocis permanece abet os direitos © deveres elo delines. dos, hi uma relagio eviativa ¢ dialogada, permitinde a Eros ser «pifinico, como propée Diotima. Nietasche (1996) alexta pare « te de ressentimento emégoa, conclamando-n0s 4 agio, hatin. dade. O maior compromisso moral do homem consiste em per- sonalizar-se, em resgatar a vontade de poténcia para si, Herfan- ddez (2004) conclama para que a cada dia possamos aprofuundar o \ 98 _contato conosco, no conhecer ¢ no amar. O lucro das anos deve abrir espago para religbes mais espontineas, para maior liberda- de para estar com os outros, sea em que nfvel for de envalvimen- to aletivo bu sexual Na teia relacional familiar, av6 ou avd inchiem-se num afeto especial, um ato de acolher na inteireza. Ox avés nfo esto coma 1lssio de educer, nfo estio no fineionamenta pragindtica do “tet ‘que" da rotina dos pais; eles estio mais articulados i captacéo das potencialidades dos netos. Eles passam as histéras, os sonhos, 0 {que aconteces ants ia ilo tempore. Av8 ou.av so teres de dedica- Gio, destinados a aprec asain, ‘conseguem ver .alimentam 0 sen- ‘mento basieo de onipoténcia, vital 20 deseavalvimento emé ‘nal das riancas. A inspiaio fez parte do ser avd e nfo a preocu- 0, pois esta em nada ajuda a crianga, servindo para tomnécla thsegura. ee formes bas along ise conta pr bla. Ser avd ouav6 € dizer aa netor aqui éo sett fagar; o mundo tem tnuitos lugares onde voct pode ficar com seguranca e confor- ‘e (iiimes, 2001). Amizade © compankirismo, a liberdade, a simplicidade nutrem a ve- Ihice. Os vineulos vvidos podem ter as mals diferentes duragies.¢ Intensidades, mas 0 que importa éa fidelidade ao proprio desejo. “Na telarelacional, as velhas relagdes tem uma vitalidade que apdia, a vida; sem els & mals dif! fcarmos vivo (Ellman, 2001). No ‘oso, a cificuldade de criar novos inculos ¢ grande devido a pre~_ ae ae ea feng sc, Aste a consiste-ean se e acomodar-se émais fell do que romper com a8 censuras: este 40 risco do aprisionamento no diseurzo de Agatio, de que no velho nio cabe o amcr. ‘Nos rclagSes afta criatves — pla — hum desenvovimesta da identidade, da iberdade e da mutualidade, HE accitagio, confi nga © co-participacio na solugio de problemas, hd uma histéria sprnpartihada, Esa relagio & como uta fogo que iumina e aquece. unifo que leva a experincias de maior intimidede, encomtra de Self com Self, isto 6, de toaldaces, e nfo apenas ego com ego, PPRRCRRRReReeeeeeteenennananecanadg eee sae Aide einai’ come conclama Jung, Essa dinéenica também é expressa por Buber (1979), pels palais principfa Bic, que designao elacionamen- _to vivido Ta reciprocidade cna confirmagio’miitsas- [Nas relagées aletivas opressivas —avikor —, hi dependéncia, ddominacio « posse. Hé um jogo de poder gerando iiveja, cine & dio. Os desafetos sio os afetos contaminnados por migos erea- switinentos ing 1G FAIA) each mone cena ge, Sanaa Fees tgone pigs topo? geet Sie depot, do uno mul da mporlcta dee prtprics dejo Ser aha ir Siinieriade de oaks Maar eect aes como fogo que consome enrijece. Quant cen quando se bt au im amigo, 20 proprio modelo ideal Ein Bber, era relagio 6 ‘expressa pela palavra principio Fit-lsso, que ¢ 0 relacionamento iaet tiprio do ser egstico, em tlizagio e uma stitade Siatiate ao alte, eonTs wails eats geen ‘as procesios que se entrelacain ems profunds dualicade. ~Platio-(2001), no discurso de Eriximaco, explicita a dinamica de Eros na doen, &Inepavelmente esti Se Tz mal penten 1: “O cofre Relea eid (oes eco ree oe oie ete eae da ea ‘phe log aldol walneal ‘Eos sila tesa oa opm cde a Bien eee pee Uae mea Payne pe a es ana me yo ens Se trees eoeaa rae et eee coats ene oes See i ods dpa sig trou, ar npeaei CONCLUSOES Qualqueridade é sempre tempo de viver, de Iavidade dentro do mistério coleivo que, pars tada wm, tern im, comego ¢ um fim préprios. Amer, = edad ccm sie _slement 3 Rudsmental na tess Is. No pereurso erent afetiny Leto (1998) aiming jocmee nor bertar do oe lo desejo para descobririned o.sujeito do desejo.Yoltando ao panteSo grego, conclufmos o'perturso das ei Poms Co tmor da forms Go apts acon 4a captagio; quer rat do outro; é préprio da rianga, memo ade 50 ou 80 anos de Idade. Err €0 amor do deseja, da angéatiy da\, fata, € 4 fscinagio pelo que €belo,stbo; €vivido principaladn te pelos jovens. Fle ecm da oe fade ¢ da, fraternade, mis proprio do adultos é um amgr de troca, mash ‘aexpectativa de retribuigio pelo que foi daclo. Agape, finalmente, & ‘amor gratuito, quea nada aspiea;€tranapestoal; € maior vivéh- _, \ Giada liberdade humana; é como o sol que radia sua Iu, eh, Hi \ dereco; € Nrraclagia de ouncr, gratia © contagion. Asin 6 &yivenciado)na alterndncia dessas diferentes formas: no jovext, ais intransigthdlas, no adulto, eom mais trocar, e no yo sibio, com mais eapacidide de generasidade e gratwidade, d6 da Cami car alerta para nfo-correr 0 ‘como algo que engole e roubs 2 vida, & como uns inimiga: ‘pronto ss oe eae cn msi EE do “Ahi no meu tempo...” Hiiman (2001) arma gee os We vividos podem acabar com o idoso, em vez de dara ele un menta, tomando-o um ser peculiar e nico no seu proces Inclviduagto. ‘Caminhar, Ceminhar po presente, tem verdade (leds para os gregos) articula-se 0 desvelameyt ser, i experiéncis fondamental de ser coma devir ge sempre berto para uma nova abertura, Essa abertura do delsar-e fecundar pelo consiante vie a der, pelo ence aes eR ‘amor € do dio, do maseuli nino, do novo e do vetho, em que acoesio ea expansto te po “lien na perene teceagem do viver: Ede €o prod individaacio, into €, de nos tomnarmos reaknente aq

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